Abdome Agudo Flashcards
(18 cards)
Menores de 2 anos
Gastroenterite, constipação, infecção urinária, intussuscepção, volvo…
2 a 5 anos
Gastroenterite, apendicite, constipação, infecção urinária, intussuscepção…
5 a 12 anos
Gastroenterite, apendicite, constipação, infecção urinária, trauma…
Maiores de 12 anos
Apendicite, gastroenterite, constipação, dismenorreia, anexite…
Apendicite aguda
Maior incidência de dor abdominal de intervenção cirúrgica em crianças e adolescentes
Em crianças maiores de 5 anos, o quadro clínico é similar ao do adulto (dor migratória para FID, náuseas, vômito e febre)
Em crianças menores de 5 anos, apresentação atípica, podendo progredir rapidamente, gerando atrasos diagnósticos e altas taxas de apêndices complicados
Evolução da apendicite
Oclusão da luz - acúmulo de fluido - dilatação- inflamação - isquemia - perfuração - formação de abscesso
- um apêndice normal, normalmente não é visto
- paracecal é a posição melhor vista
USG ou TC - apendicite
Em pediatria devemos priorizar o uso do USG
- em pacientes com sobrepeso, existe uma maior facilidade para ver a apendicite na TAC
USG - características da apendicite
Apêndice aperistáltico (fisiopatologia de uma obstrução), incompreensível (caracteristica mais sensível para verificar), dilatado (maior que 7mm), aumento da ecogenicidade (mais branco) dos planos adjacentes (processo inflamatório local), líquido periapendicular (ter líquido inflamatório não é sinônimo da apendicite)
TAC - apendicite aguda
Apêndice dilatado (> 8 ou 9 mm)
Paredes espessadas
Realce parietal (uso do contraste na maioria das vezes não é necessário)
Densificação dos planos gordurosos adjacentes (processo inflamatório local)
Fluido periapendicular
- o contraste é utilizar para casos de dificuldade em enxergar
- a gordura na TC normalmente é hipodensa
Diagnóstico diferencial - apendicite aguda
Adenite mesentérica: linfonodos aumentados, espessamento da parede ileocecal, apêndice cecal normal
Intussuscepção intestinal
Causa mais comum de obstrução intestinal em lactentes, principalmente na faixa entre 5-9 meses
Invaginação de uma porção proximal do intestino dentro de um segmento mais distal, podendo comprometer o suprimento sanguíneo intestinal, levando à isquemia e perfuração
Íleocólica é a grande maioria
“Tríade clássica”: dor abdominal, fezes gelatinosas e hematoquezia
Estenose hipertrófica do piloro
Espessamento muscular idiopático no piloro
Obstrução progressiva
Mais comum no sexo M
Ocorre entre 1 semana e 3 meses de vida
Vômitos não biliosos “em jato”
Palpação de oliva no exame físico
Método de escolha - USG (reservar EED para quadros atípicos e para afastar outras patologias)
EHP - USG
Camada muscular do piloro > 3mm (corte transversal)
Diâmetro longitudinal (> 15 mm)
Esvaziamento gástrico ratardado
Ondas peristálticas vigorosas e peristalse reversa
Piloro persistentemente fechado
Escroto Agudo Pediátrico
Dor escrotal de início súbito, vermelhidão e inchaço
- orquiepididimite aguda X torção testicular
Como o acometimento testicular costuma ser unilateral, geralmente começamos o exame pelo lado assintomático para ter uma base de comparação
Modalidade escolhida: USG
Orquiepididimite aguda
Infecção da bexiga ou próstata - vasos deferentes- linfáticos do cordão espermático - epidídimo - testículos
Dos picos de prevalência: menores de 2 anos e maiores de 6 anos
A cabeça do epidídimo é a região mais acometida
Associam-se, geralmente, hidrocele reativa e espessamento da bolsa escrotal
Achados de USG - orquiepididimite aguda
Aumento do tamanho do órgão
Ecogenicidade diminuída, normal, ou aumentada (a depender do tempo de evolução)
Inflamação - aumento do fluxo no epidídimo, testículo ou ambos (Doppler)
Torção testicular
Obstrução do fluxo venoso - obstrução do fluxo arterial
A extensão da isquemia dependerá do grau de torção e do tempo de evolução
Melhor resposta cirúrgica: tratamento realizado em 4-6h
Diferenciação entre torção testicular e orquiepididimite é um desafio clínico - exames de imagem como ferramenta importante
Torção testicular - achados de USG
Nas fases iniciais da torção (1-3h), a ecogenicidade testicular é normal; com a progressão, o aumento do testículo afetado e ecogenicidade aumentada ou heterogênea são comuns
Avaliação do cordão espermático é fundamental - localizar ponto de torção
Em torções incompletas ou iniciais, pode haver fluxo vascular no testículo afetado, dificultando o diagnóstico
Diagnóstico definitivo de torção completa é feito quando o fluxo sanguíneo é visualizado no lado normal mas está ausente no lado alterado