Alergias Flashcards
Evolutivamente, os contrates radiológicos sofreram profundas mudanças. Os primeiros a surgir no mundo da medicina eram moléculas baseadas em íons inorgânicos, como chumbo, bismuto e bário,que apresentavam osmolaridades bastantes altas,muito maiores que as do plasma e com um perfil bastante tóxico. Hoje, compostos mais fisiológicos foram alcançados, de modo que encontramos dois grandes grupos de contrastes. No primeiro grupo estão oscontrastes iônicos, ou baseados no iodo, e que possuem osmolaridade aumentada em relação ao plasma(entre 1.400 a 1.800 mOsm.kg-1). No segundo grupo estão os contrastesnão iônicos, que possuem baixa osmolaridade(entre 550 e 880 mOsm.kg-1). A osmolaridade está diretamente associada com os efeitos colaterais, sendo os agentes iônicos mais tóxicos
Sempre que possível, deve se optar pelas menores doses de contraste e utilizaros de baixa osmolaridade.A hidratação prévia com solução salina na dose de 1 mL.kg.-1h-1 deve ser iniciada 12 horas antes do procedimento e ser mantida por, no mínimo, 12 horas depois do exame. Pacientes que serão candidatos a procedimentos ambulatoriais devem ser orientado à hidratação oral com ingestão de ao menos 2 litros de líquido antes e após o procedimento.
Estudos recentes sugeriramnão haver benefício da alcalinização da urina pela utilização de bicarbonato de sódioquando comparado com a hidratação com cristaloide. - Porém não gera efeito deleterio.
Certas populações de pacientes estão sob maior risco para alergia ao látex. Entre elas, destacam-sepacientes com exposição frequente ou prolongada a produtos que contenham látex, como cateteres vesicais.
Lembrem-se sempre do risco em paciente com mielomeningoceleou anomalias congênitas urológicas. Eles são muito mais susceptíveis, apresentando umaincidência de alergia ao látex estimada em 50%. Deve-se evitar a exposição ao látex desde o nascimento destespaciente para evitar subsequente sensibilização. Como protocolos farmacológicos profiláticos (corticosteroides e anti-histamínicos) não se provaram efetivos em reduzir a ocorrência ou a gravidade da reação ao látex, deve-seproporcionar ambiente livre de látex.
Também denominada de hipersensibilidade imediata ou reação do tipo I de Gell e Coombs, exige sensibilização prévia dos linfócitos B pelo antígeno num prazo mínimo de duas se- manas. Os linfócitos B então produzem o anticorpo IgE o qual se liga aos mastócitos e basófilos. Nova exposição ao antígeno faz com que haja liberação de mediadores através da reação Ag+Ac+célula. Pacientes com antece- dentes alérgicos do tipo asma extrínseca, rinite alérgica são os mais suscetíveis de desenvolver reações anafiláticas.
Profissionais da área de saúde, e pessoas com alta exposição ocupacional ou industrial às proteínas do látex bem como crianças com spina bifida, anormalidades urogenitais, cateterizações freqüentes e múltiplos procedimentos cirúrgicos têm maior risco de reação alérgica ao látex. Alimentos como banana, abacate, quiwi, mamão e castanha possuem proteínas antigenicamente semelhantes às proteínas do látex natural e, quando ingeridos, podem desencadear reações alérgicas nestes pacientes.
Tratamento da anafilaxia
As três pedras angulares do tratamento são a correção da hipoxemia, a inibição da liberação de mediadores químicos e a restauração da volemia.
Tratamento da anafilaxia - epinefrina
A administração de qualquer droga anestésica ou possíveis antígenos deve ser interrompida de imediato. Os meios de monitorização disponíveis devem ser empregados. Simultane- amente, administra-se oxigênio suplementar (com intubação da traquéia em casos mais extremos) e adrenalina endovenosa na dose de 5μg/kg; em situações de menor gravidade utiliza-se a via subcutânea. A adrenalina é fundamental no tratamento, sendo considerada como o antagonista natural da histamina.
Tratamento de anafilaxia. Reposição de líquidos
A reposição volêmica deve ser feita de maneira rápida com 1-3 litros de cristalóides, para restaurar o compartimento intravas- cular espoliado pela intensa translocação de fluidos. As soluções colóides não parecem tra- zer benefícios adicionais, sendo que a infusão rápida de algumas pode induzir à liberação di- reta de histamina.
Tratamento de anafilaxia. Outras medidas
Medidas adicionais podem ser adotadas, caso a resposta ao tratamento inicial seja insatisfató- ria: o uso de anti-histamínicos, especialmente a difenidramina na dose de 0,5-1mg/kg EV, pode bloquear receptores H1 ainda não ocupados. A aminofilina é empregada em broncoespasmos persistentes na dose de 3 a 5mg/kg. Drogas α- adrenérgicas eventualmente são necessárias para manter a pressão circulatória de perfusão até a restauração do volume intravascular, especial- mente quando o componente de vasodilatação é preponderante.
As manifestações clínicas são urticária, rash cutâneo, broncoespasmo, hipotensão, choque e edema pulmonar. Entretanto, o reconhecimento da anafilaxia pode ser mais difícil em um paciente anestesiado, pois ele não vai ser capaz de relatar sintomas e os sinais cutâneos podem estar ocultos pelos campos cirúrgicos. Além disso, determinadas características clínicas, tais como a hipotensão e broncoespasmo, são vistas com frequência na prática anestésica e, geralmente, não estão relacionadas com anafilaxia.Os sinais clínicos geralmente aparecem dentro dos primeiros minutos após a exposição.Os primeiros sinais podem ser retardados com certos alérgenos, tais como látex, antibióticos, clorexidina e coloides por via intravenosa, mas o desenvolvimento de choque de causa aparentemente inexplicável tem alta suspeição de reação grave.
AVasopressinaesta bem indicada em contexto de paciente em choque vasoplegico que não responde a adrenalina, não como droga de primeira linha, e sim como conduta de resgate.
Mastócitos e basófilos liberam várias substâncias biologicamente ativas. A histamina é o principal mediador no homem, ela age sobre receptores específicos H1 e H2. A ativação de H1 aumenta a permeabilidade capilar, causa broncoconstricção e contração dos músculos lisos. O estímulo dos receptores H2 aumenta a secreção ácida gástrica e inibe a ativação dos próprios mastócitos. A vasodilatação observada é resultado do estímulo dos dois tipos de receptores. A histamina é rapidamente metabolizada no nível das células endoteliais.
Algumas explicações mecanísticas para as reações à protamina incluem liberação endotelial de óxido nítrico, degranulação de mastócitos e liberação de histamina associada à infusão rápida. Um estudo de Kimmel et al. concluiu que o uso de insulina-NPH (protamina neutra Hagedorn), a alergia documentada a peixe e o histórico de alergias médicas não causadas por protamina representam fatores de risco independentes para reações de hipersensibilidade à protamina. Nesse estudo, 39% dos pacientes submetidos a cirurgias cardíacas apresentavam um ou mais desses fatores de risco. Outros possíveis, porém não confirmados, fatores de risco incluem exposição anterior à protamina,histórico de vasectomia,função do VE diminuída e instabilidade hemodinâmica.127 O local da injeção não influencia a incidência de reações à protamina.128 O pré-tratamento com o bloqueio de histamina não épreventivo.
Agente causador de reação anafilática ou anafilactóide:
Succinilcolina