Anatomia Flashcards
(21 cards)
Descreva o formato, tamanho, bordas, revestimento e suspensão dos ovários.
Os ovários possuem formato de amêndoa e dimensões aproximadas de 3 cm x 2 cm x 1,5 cm. A borda anterior é suspensa pelo mesovário (prega peritoneal que se subdivide do ligamento largo) e a borda posterior é livre. Os ovários são revestidos pela túnica albugínea do ovário (uma cápsula de tecido conjuntivo), que é coberta por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano. Os vasos sanguíneos, linfáticos e os nervos ovarianos entram e saem da face superolateral do ovário através do ligamento suspensor do ovário. Medialmente no mesovário, um ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero
Descreva a irrigação, drenagem e inervação dos ovários.
Irrigação: artérias ováricas (origem da aorta abdominal) e artéria uterina ascendente (origem da a. ilíaca interna) bifurcam-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas e anastomosam-se entre si.
Drenagem: plexo venoso pampiniforme, cujas veias geralmente se fundem para formar uma única veia ovárica, que deixa a pelve menor com a artéria ovárica. A veia ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior; a veia ovárica esquerda drena para a veia renal esquerda.
Inervação: as fibras pré-ganglionares simpáticas se originam dos segmentos torácicos T10 a T12 da medula espinhal, e as pós-ganglionares seguem para os ovários através dos plexos periovarianos. Já as fibras parassimpáticas têm origem no nervo vago e seguem até os ovários através do plexo hipogástrico inferior, onde se conectam com as fibras simpáticas.
Descreva o tamanho, a localização, as partes e os óstios das tubas uterinas.
As tubas possuem cerca de 10 cm de tamanho, localizadas na mesossalpinge (borda superior do ligamento largo). É dividida em parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo (que possui as fímbrias) e possui dois óstios: uterino e abdominal.
Descreva a irrigação, drenagem e inervação das tubas uterinas.
Irrigação: artérias ováricas (origem da aorta abdominal) e artéria uterina ascendente (origem da a. ilíaca interna) bifurcam-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas e anastomosam-se entre si.
Drenagem: as veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino (uterovaginal).
Inervação: as fibras pré-ganglionares simpáticas se originam dos segmentos torácicos T10 a L1 da medula espinhal, e as pós-ganglionares seguem para as tubas através dos plexos periovarianos e do plexo hipogástrico inferior. Já as fibras parassimpáticas têm origem no nervo vago e dos nervos pélvicos e seguem até as tubas através do plexo hipogástrico inferior, onde se conectam com as fibras simpáticas.
Descreva o formato, localização, posição, partes, camadas e ligamentos do útero.
O útero é um órgão oco, piriforme, situado entre a bexiga urinária e o reto, geralmente antevertido e antefletido, de modo que sua massa fica sobre a bexiga urinária. Anteriormente, o útero é separado da bexiga urinária pela escavação vesicouterina, e posteriormente, o útero é separado do colo sigmoide por uma lâmina de peritônio e da cavidade peritoneal e do reto pela escavação retouterina (ou fundo de saco de Douglas). O útero é dividido em fundo, corpo, istmo e colo, e é formado por 3 camadas: endométrio, miométrio e perimétrio. O útero é suspenso pelo ligamento útero-ovárico, ligamento redondo do útero, ligamento largo do útero, ligamentos transversos do colo (cardinais ou de Mackenrodt) e ligamentos uterossacros.
Como são descritas as variações na posição do útero?
Geralmente anteversofletido, o útero pode ter graus de retroversão, sendo o 1º grau o mais próximo da posição normal e o 3º grau o mais próximo do contorno retal (que, neste caso, se encontra alterado).
Descreva a irrigação, drenagem e inervação do útero.
Irrigação: artéria uterina (ramo da artéria ilíaca interna) e ramos uterinos das artérias ováricas (ramos da aorta abdominal).
Drenagem: plexo venoso uterino, que drena na veia ilíaca interna.
Inervação: as fibras pré-ganglionares simpáticas se originam dos segmentos T10 a L2 da medula espinhal, e as pós-ganglionares seguem para o útero através do plexo hipogástrico inferior. Já as fibras parassimpáticas têm origem dos nervos pélvicos e seguem até o útero através do plexo hipogástrico inferior, onde se conectam com as fibras simpáticas.
Descreva o tamanho, localização e relações da vagina.
A vagina estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina e possui de 7 a 9 cm de comprimento. O óstio da vagina localiza-se no vestíbulo da vagina (fenda entre os lábios menores do pudendo), junto ao óstio externo da uretra, aos ductos da glândula vestibular maior (de Bartholin) e das glândulas vestibulares menores (parauretrais). A vagina está relacionada: anteriormente com o fundo da bexiga e a uretra; lateralmente com o músculo levantador do ânus, a fáscia visceral da pelve e os ureteres; posteriormente (da parte inferior para a superior) com o canal anal, o reto e a escavação retouterina.
Descreva a irrigação, drenagem e inervação da vagina.
Irrigação: artérias uterinas (parte superior) e ramos das artérias vaginal e pudenda interna (partes média e inferior).
Drenagem: plexo venoso vaginal, cujas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal e drenando para as veias ilíacas internas através da veia uterina.
Inervação: as fibras pré-ganglionares simpáticas se originam dos segmentos torácicos T11 a L2 da medula espinhal, e as pós-ganglionares seguem para a vagina através do plexo hipogástrico inferior. Já as fibras parassimpáticas têm origem dos nervos pélvicos e seguem até a vagina através do plexo hipogástrico inferior, onde se conectam com as fibras simpáticas. A inervação sensitiva ocorre principalmente através do nervo pudendo (S2-S4), responsável pela percepção da dor e do prazer sexual.
Diferencie os 4 tipos de bacia pélvica.
Ginecoide: estreito superior arredondado e diâmetro transverso é pouco maior que o anteroposterior.
Androide: estreito superior triangular e diâmetro transverso é igual ou um pouco menor que o anteroposterior.
Antropoide: aspecto ovalado longo e diâmetro anteroposterior é muito maior que o transverso.
Platipeloide: aspecto ovoide e diâmetro transverso é muito maior que o anteroposterior.
Quais as delimitações e diâmetros do estreito superior da pelve menor?
Delimitações
- Posteriormente: promontório e asas do sacro;
- Lateralmente: linhas e eminências ileopectíneas;
- Anteriormente: borda superior da pube e sínfise púbica.
- Diâmetro oblíquo: eminência ileopectínea à sinostose sacroilíaca
- Diâmetro transverso máximo: maior diâmetro do estreito superior
- Diâmetro transverso médio: equidistante entre o promontório e a sínfise púbica
- Diâmetro anteroposterior (conjugata obstétrica): borda posterior da sínfise púbica ao promontório
Quais as delimitações e diâmetros do estreito médio da pelve menor?
Delimitações: borda inferior da sínfise púbica e pelas espinhas isquiáticas.
- Diâmetro sacro médio-púbico: S3 até meio da borda posterior da sínfise púbica
- Diâmetro bi-isquiático: 10,5 cm
Quais as delimitações e diâmetros do estreito inferior da pelve menor?
Delimitações:
Anterior : borda inferior da sínfise púbica
Lateralmente : mm sacroilíacos
Posterior : mm isquiococcígeos
- Diâmetro transverso: bituberoso (11 cm)
- Diâmetro anteroposterior (conjugata exitus): borda inferior da sínfise púbica até ponta do cóccix (9,5 cm -> 11 cm)
Como são avaliados os estreitos superior, médio e inferior da bacia obstétrica?
Estreito superior: medida da conjugata diagonal, que deve ser maior que 11,5 (correspondendo a uma conjugata obstétrica maior que 10) ou apresentar promontório inatingível.
Estreito médio: avaliar distância das espinhas isquiáticas (diâmetro transverso ou bi-isquiático), ponto de maior estreitamento do canal de parto (10,5 cm).
Estreito inferior: ângulo subpúbico maior que 90º e diâmetro bituberoso maior que 11 cm.
Qual a referência do ponto 0 de De Lee?
Diâmetro bi-isquiático.
Onde se localizam os planos de Hodge?
Plano I: borda superior da sínfise púbica.
Plano II: borda inferior da sínfise púbica.
Plano III: diâmetro bi-isquiático.
Plano IV: nível da ponta do cóccix.
Descreva a localização, tamanho, revestimento e organização interna dos testículos.
Os testículos encontram-se suspensos no escroto pelos funículos espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se em posição mais baixa do que o direito. Possuem cerca de 4 a 6 cm e são revestidos pela túnica albugínea (mais interna) e pela túnica vaginal (mais externa, com camada visceral e parietal). Internamente, o testículo é composto por lóbulos separados por septos de tecido conjuntivo. Cada lóbulo contém entre dois e três túbulos seminíferos, onde os espermatozóides e hormônios sexuais são produzidos. Os túbulos convergem na região posterior do testículo para a rede testicular, de onde formam os dúctulos eferentes do testículo.
Descreva a irrigação, drenagem e inervação dos testículos.
Irrigação: artérias testiculares (ramos da aorta abdominal), pode se anastomosar com a artéria do ducto deferente.
Drenagem: plexo venoso pampiniforme, que converge para as veias testiculares. A veia testicular direita ascende e entra na veia cava inferior; a veia testicular esquerda drena para a veia renal esquerda.
Inervação: plexo nervoso testicular, que contém fibras simpáticas do segmento T10 (e às vezes de T11) da medula espinal, fibras aferentes viscerais e, talvez, fibras parassimpáticas vagais.
Descreva a localização e as partes do epidídimo.
O epidídimo localiza-se na superfície posterior dos testículos e é dividido em cabeça (parte expandida superior formada pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 dúctulos eferentes), corpo (ducto do epidídimo enovelado) e cauda (contínua com o ducto deferente).
Descreva o trajeto do ducto deferente.
Começa na cauda do epidídimo, ascende posterior ao testículo e medial ao epidídimo, penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal, cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve. Segue ao longo da parede lateral da pelve, externamente ao peritônio parietal e termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
Descreva a localização, secreção e estrutura das vesículas seminais.
Cada vesícula seminal é situada entre o fundo da bexiga e o reto, e se separa do reto pela escavação retovesical. Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.