ANATOMIA DAS VIAS OPTICAS Flashcards

(19 cards)

1
Q

Quais são as estruturas da via optica

A

A via óptica começa nos fotorreceptores, cones e bastonetes, que estimulam as células bipolares (podendo haver modulação pelas células horizontais e amácrinas), que por sua vez estimulam as células ganglionares. Os axônios das células ganglionares dão origem à camada de fibras nervosas da retina, que convergem para formar o nervo óptico. Passam pelo Quiasma optico > Trato Optico e estes neurônios farão sinapse apenas no corpo geniculado lateral.. Do corpo geniculado lateral partem as radiações ópticas que fazem sinapse no córtex occipital

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2
Q

Porções do nervo optico

A

Intraocular: 1 mm → A mais cobrada em prova
Intraorbitária: 20-30 mm (dentro do cone muscular)
Intracanalicular: 6 mm (dentro do canal óptico)
Intracraniana: 10 mm (termina no quiasma óptico)

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3
Q

A posição das fibras em relação à papila

A

As fibras nasais ao disco óptico convergem para a porção nasal do disco
As fibras da porção nasal da mácula ( presentes na hemirretina nasal) convergem em linha reta para a porção temporal do disco (o caminho mais curto, bem diretas), pelo feixe papilomacular
As fibras da porção temporal da mácula arqueiam-se superior e inferiormente, evitando passar sobre a fóvea, para também chegar à região temporal do disco (caminho mais longo)
As fibras temporais extramaculares formam um trajeto arqueado superior e inferior para atingirem as porções superior e inferior do disco óptico (evitam cruzar sobre a mácula e suas fibras)
Portanto, pode-se resumir que as fibras da hemirretina temporal adentram o nervo óptico principalmente pelos polos superior e inferior, enquanto as da hemirretina nasal entram predominantemente pelos polos nasal e temporal (feixe papilomocular)

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4
Q

A partir de porção do nervo optico começa a mielinização?

A

A partir da porção pos laminar da parte intraorbital. Antes disso (laminar e pre laminar), nao é mielinizado

** Oligodentrócito que mieliniza

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5
Q

COMO AS FIBRAS SE POSICIONAM NO QUIASMA e possivel associação com as doenças a partir do campo visual

A

As fibras nasais inferiores entram na parte inferior e anterior do quiasma, estando em contato com a hipófise -> tumores ali podem dar alteração temporal superior no campo visual inicialmente, progredindo para todo hemicampo temporal conforme cresce
As fibras nasais sup entram superiormente e posterior -> lesão aqui começa atingindo campo temporal inferior para só dps progredir (ex: craniofaringioma)

LESÃO BITEMPORAL (quiasma) e:
Começou defeito no CV pior na parte debaixo (lesão sup) -> penso em craniofaringioma
Começou defeito no CV pior na parte de cima (lesão inf) -> penso mais em hipófise

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6
Q

O que é o Escotoma juncional de Taquair e o Joelho de Wilbrand

A

Ocorre que o trajeto as fibras nasais inferiores do lado contralateral passam próximas a entrada do nervo no quiasma, assim, lesões na sua extremidade distal vão gerar escotomas centrais ipsilaterais (nervo ótico do mesmo lado) e um escotoma temporal superior contralateral (lesão das fibras nasais inferiores que cruzaram)

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7
Q

Qual causas mais comuns de compressão quiasmática

A

Os adenomas hipofisários são as causas mais comuns de compressão quiasmática. Esse tipo de compressão quiasmática causa o clássico defeito campimétrico hemianopsia bitemporal, de início no campo visual superior, até se tornar completo.

Obs.: Um pega de prova é com outro tumor que comprime o quiasma, que é o craniofaringioma. Nesse caso, porém, o tumor comprime de cima para baixo, causando hemianopsia bitemporal, porém com início em campo inferior.

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8
Q

Quais fibras compoe o trato optico e achados no CV

A

Composto por fibras da retina temporal ipsilateral (não cruzaram no quiasma) e da retina nasal contralateral (cruzaram no quiasma).

Uma lesão do trato óptico causa uma hemianopsia (perda de metade do campo visual) homônima (acometimento do mesmo lado nos campos de cada olho) contralateral (o acometimento do trato óptico direito causa a perda da metade esquerda do campo visual)
—> FOGEM DO LADO DA LESÃO

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9
Q

Achados no DO em lesões do trato optico

A

Como as fibras nasais que caminham no trato óptico são contralaterais, o padrão de atrofia em banda é observado no olho contralateral (perda de células ganglionares nasais)

As fibras temporais ipsilaterais lesadas geram um padrão de atrofia generalizada (vertical**) não muito intensa no nervo óptico ipsilateral, pela lesão das fibras temporais arqueadas superior e inferior e as fibras temporais maculares

Vertical (lado acometido): retina temporal
Horizontal (contralateral): retina nasal - fibras que cruzaram

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10
Q

Avaliação pupilar em lesões da via optica, até que parte se espera alteração?

A

Até trato optico.
LESÃO APÓS O TRATO ÓPTICO NÃO ALTERA REFLEXO FOTOMOTOR (ex: lesão de corpo geniculado lateral, radiações e córtex occipital); A via pupilar se separa da via óptica na porção final do trato óptico, quando se dirige ao mesencéfalo

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11
Q

Pode ocorrer DPAR em lesões do trato optico?

A

Sim, a via pupilar só se difere da via tradicional apos o trato optico (nao espere alt pupilar em lesão em corpo geniculado lateral, radiações e cortex occiptal).
Aqui o defeito vai ser MAIOR NO OLHO CONTRALATERAL A LESÃO, pois carrega as fibras nasais, responsaveis pela maior quantidade de fibras do trato.
No campo visual, espera-se DPAR no olho com defeito de campo TEMPORAL (FIBRAS NASAIS)

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12
Q

Lesões apos o trato optico não observamos:

A

Alt pupilar e atrofia optica.

Lesões das vias ópticas retroquiasmáticas (corpo geniculado lateral, radiações ópticas e córtex occipital) não observamos DPAR, pois já ocorreu a separação das fibras do reflexo pupilar, e não observamos atrofia óptica, porque já estamos num neurônio seguinte da via visual, no corpo geniculado lateral ha uma nova sinapse, separando os neurônios que vem do nervo óptico/quiasma/trato óptico dos que vão para o córtex occipital

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13
Q

Causas de lesão do trato optico

A

As causas das lesões do trato óptico geralmente são as mesmas que causam síndromes quiasmáticas, especialmente os adenomas hipofisários e os craniofaringiomas. Além disso podem ser lesado por gliomas de quiasma óptico extensos, por aneurismas de artéria carótida interna, além de lesões de natureza traumática, desmielinizante e vascular. Síndromes isoladas do trato óptico são incomuns devido à proximidade com o quiasma, o hipotálamo, lobo temporal e tronco cerebral

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14
Q

Quais fibras fazem sinapse no corpo geniculado e quais passam direto. E em quais camadas

A

As fibras retinianas cruzadas NASAIS terminam nas camadas 1,4 e 6 ( só chegam mais tarde (caminham mais por terem cruzado), atrasaram mas ainda tem ”um quarto procêis”)
As fibras retinianas diretas (ipsilaterais - TEMPORAIS) terminam nas camadas 2, 3 e 5 (para gravar 2+3=5)

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15
Q

Qual o trajeto de cada radiação optica

A

fibras inferiores temporais ipsilaterais e nasais contralaterais (que são responsáveis pelo campo visual superior) vão pelo lobo temporal, constituindo a chamada alça de Meyer

As fibras superiores temporais ipsilaterais e nasais contralaterais (responsáveis pelo campo visual inferior), caminham posteriormente através do lobo parietal

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16
Q

Como aparece no CV lesão no corpo geniculado lateral

A

Semelhante a do trato optico: foge do lado da lesão! Porem cada vez mais congruente. É raro lesão de corpo geniculado

Lesões mais graves podem causas hemianopsia homônima contralateral completa - lesão corpo geniculado a esquerda -> lesão das fibras temporais esquerdas (campo de visão nasal) e das fibras nasais que cruzaram do OD (campo de visão temporal direito)

Geralmente esse padrão vaia té nas radiações opticas antes delas se dividirem para os lobos parietal e temporal

17
Q

CV em lesão das radiações opticas temporais

A

No lobo temporal, as fibras anteroinferiores da alça de Meyer contém projeções das fibras retinianas inferiores: sua lesão produz quadrantopsia homônima superior incongruente contralateral, conhecida como “pie in the sky”

Ex: AVE no lobo temporal esquerdo -> acometimento das fibras inferiores (campo de visão superior), seja temporal do mesmo lado (campo de visão nasal sup) e nasal contralateral (visão temporal contralateral) - torta pra cima e a direita.

18
Q

identifica a topografia provavel da lesão cortical: quadrantopsia homônima superior à direita

A

“pie in the sky”, por lesão em lobo temporal à esquerda

Pegou campo superior -> lesão inferior (lobo temporal)

Pegou campo à direita, onde no OD é campo temporal (fibras nervosas nasais - lado contralateral)
OE campo nasal (fibras nervosas temporais - não cruzaram, mesmo lado) -> lesão a esquerda

19
Q

identifica a topografia provavel da lesão cortical: quadrantopsia homônima inferior à esquerda

A

Se inferior -> acometimento lobo parietal (superior).

Se perda de campo a esquerda:
OD campo nasal (fibras temporais -> as que nao cruzaram, mesmo lado da lesão)
OE campo temporal (fibras nervosas nasais, as que cruzaram)

Lesão em lobo parietal a direita