HII Flashcards
(9 cards)
HHI DEFINIÇÃO
Aumento de PIC, sem sinais localizatorios, sem fator anatômico causal identificável, embora possa ser precipitada pelo uso de medicações
HII - paciente tipico
Mais comum em mulheres adultas-jovens com sobrepeso/obesidade;
*** Obesidade/sobrepeso é um fator de risco muito importante. Quando analisamos mulheres obesas de 20-40 anos a prevalência é cerca de 20x maior (falou na questão sobre IMC já desconfiaf de HII)
HII - diagnostico
Sinais e sintomas causados pelo aumento da pressão intracraniana (cefaleia, zumbido, nauseas/vomitos, paralisia de VI) ou presença de papiledema
Ausência de outras causas identificáveis para a HIC - EXCLUIR lesao solida, Obstruções/fístulas/MAV/dificuldades no sistema de drenagem venosa craniana.
Composição liquórica normal
Aumento da PIC medido por raquimanometria através de punção lombar em decúbito lateral (> 25 cmH20 em adultos e > 28 cmH20 em crianças).
Na suspeita de HIC, antes de indicar uma punção lombar, devemos sempre excluir a presença de uma lesão expansiva através de exames de imagem do SNC!
Ausência de dilatação dos ventrículos cerebrais ou causa estrutural para a HIC
HII condições envolvidas
Uso de alguns medicamentos (clorpromazina, aco, amiodarona,…) e Distúrbios metabólicos/nutricionais (def vit D,..) ou endocrinos (cushing, tireoidopatias, ..)
HII achados possiveis
Na ausência de uma causa identificável, alguns aspectos que corroboram o diagnóstico de HII são (a prova do CBO gosta de cobrar estes sinais):
Achatamento da esclera posterior (80%)
Alargamento do espaço subaracnoide perióptico (70%)
Deslocamento vertical do nervo óptico (45%)
Protrusão do globo
Sela túrcica parcialmente vazia (40%)
HII CLINICA SISTEMICA
Cefaleia - sintoma mais comum (94%). Pode ser acompanhada de náuseas e vômitos. Tipicamente é diária, pulsátil e pode acordar o paciente à noite. Não está associada ao aumento da pressão, são dados não correlacionados
Obscurecimento visual transitório (68%). Geralmente duram menos de 30 segundos, com recuperação visual completa. Podem ser unilaterais ou bilaterais e estarem associados ou não à mudança de decúbito
Zumbidos pulsáteis intracranianos (58% dos pacientes). Geralmente unilaterais, melhoram com a redução da PIC ou com a compressão da veia jugular ipsilateral
Fotopsias (54%)
Dor retrobulbar (44%)
Diplopia horizontal devido à lesão do NC VI causada pela HIC (não é sinal localizatório)
Perda visual (30%)
Dor à movimentação ocular (22%)
HII CLINICA OCULAR
Papiledema - sinal mais importante. Podemos encontrar qualquer estágio do papiledema - inicial, bem desenvolvido, crônico ou atrófico. Quase sempre está presente e na grande maioria das vezes é bilateral
Paresia do NC VI - segunda alteração neuro oftalmológica mais importante. Pode ser unilateral ou bilateral e está presente em 10-20% dos pacientes. Não representa sinal localizatório
E SINAIS DE ACOMETIMENTO DO NERVO OPTICO:
Baixa Acuidade visual
Sensibilidade ao contraste
Discromatopsia
DPAR - pode estar presente caso o acometimento seja assimétrico
Campo visual - alterações de campo visual são muito comuns.
HII acompanhamento
Alem do exame basico: neuroftalmologico, AV, o OCT com avaliação do complexo de camada celulas ganglionares ganha importância. Pois o edema do NO pode melhorar, mas sera que gerou atrofia e reduziu no grafico ou melhorou e tudo ficou preservado?
Se houver evolução para atrofia óptica, ocorrerá redução compatível das células ganglionares, com diminuição da espessura do complexo avaliado ao OCT
Se ocorrer resolução do papiledema sem atrofia, o complexo de células ganglionares permanecerá estável
HII TTO
Os pilares do tratamento são:
1)Orientação dietética/perda de peso, caso haja obesidade ou sobrepeso. É uma etapa fundamental no tratamento e pode ser suficiente para resolver a HIC em alguns pacientes. Em pacientes com obesidade mórbida e perda visual por HII, a cirurgia bariátrica pode ser uma alternativa de tratamento
2) Inibidores da anidrase carbônica por via oral. A Acetazolamida é a droga de primeira linha no tratamento da HII. Promove redução da PIC por reduzir a produção de líquor no plexo coroide. A dosagem habitual é de 1-2g/dia, podendo chegar a 4g/dia (outras opções: furosemida, topiramato)
Se refratario: pode usar corticoide e/ou partir para o tto cirurgico
Pacientes assintomáticos, com função visual normal e papiledema discreto podem ser acompanhados. O tratamento será instituído caso haja deterioração da função visual.