PARES CRANIANOS Flashcards
(13 cards)
NUCLEO DO III PAR E QUAIS OS TRAJETOS DOS SEUS SUBNUCLEOS
ORIGEM no mesencéfalo, sendo que:
- O subnúcleo do Músculo Elevador da Pálpebra Superior só tem 1 (verde), logo, lesões no seu subnúcleo lá no mesencéfalo espera-se uma ptose palpebral bilateral.
- Os 2 subnúcleos do RS (roxos) têm cruzamento das suas fibras (inverva o RS contralateral)
- O restante: RM, RI, OI e Reflexos Pupilares (nucleo de Edinger Westphal) têm 2 nucleos e não cruzados (ipsilaterais)
Está muito proximo do nucleo do troclear
SINTOMAS DA PARALISIA DE NERVO III:
Ptose grave pelo acomet MEPS
Olho tende a ficar XT por inatividade do Reto Medial, prevalecendo o RL. Não consegue fazer adução.
Nao consegue olhar pra cima (RS e OI)
Até consegue olhar pouco pra baixo pela ação do OS, porém nao muito pelo acometimento do RI
Anisocoria (midriase pelo acomet parassimpatico) - piora no claro
Paralisia isolada de III pensar em…
Aneurisma de ACP ipsilateral
Relação com Artéria comunicante Posterior, tendo somente o III par passando próximo. Logo, um aneurisma ali daria uma paralisia ISOLADA de III par → investigar
Ainda mais se tiver acomet pupilar.
midriase OD, anisocoria que piora no claro (pois o OE vai se contrair mais e aumentar a diferença), ptose importante (cotonete levantando), XT, MOE comprometida (RM, RI, OI, RS)
Aneurismas que surgem na junção da artéria comunicante posterior e artéria carótida interna ficam adjacentes ao nervo oculomotor, e, portanto, podem produzir paralisia do oculomotor associada à expansão ou rotura do aneurisma. Lembrando que o acometimento pupilar ocorre primeiro pois as fibras pupilomotoras ficam mais superficiais no nervo, ficando mais próximas à artéria comunicante posterior. Por isso, em um paciente com paralisia do nervo oculomotor associado ao acometimento pupilar, você deve sempre pensar que a causa é um aneurisma. Por outro lado, quando não há acometimento pupilar, o quadro é geralmente secundário à doença microvascular (Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica, hiperlipidemia)
TCE e avaliação do III par, qual relação
O III par Passa pelo Tentorio - tenda do cerebelo (III par na seta, apoiado no tentorio) - estrutura fibrosa. Como é rígida, um efeito de massa (ex hematoma) provocando herniação do uncus (parte medial do lobo temporal) pelo forame magno pode comprimir o III par -> av. pupilar no trauma (MIDRIASE IPSILATERAL)
Estruturas contidas mo SEIO CAVERNOSO
Local de diversas estruturas, incluindo Hipófise, Carótida, seio esfenoidal, plexo simpático (3o neurônio da via simpática pupilar), NERVOS III, IV, V e VI (pega V par exceto ramo mandibular, mandibula ta la em baixo, não faz sentido ter caminho aqui por cima)
Sintomatologia totalmente variada, pode ser um caso de paciente com diversas paralisias de pares cranianos. SEMPRE UNILAT
Mas nao pega Nervo ótico, Ramo Mandibular do V ou VII par (2 + 5 = 7 // Mandíbula ta la embaixo, não faz sentido passar aqui)
Uma maneira de localizar se há lesão no seio cavernoso é testar a sensibilidade trigeminal (pega maxila e não pega mandibula)
- Sd Tolosa Hunt: inflamação granulomatosa ao nivel do seio cavernoso (DOLOROSA - HUNT dói); O tratamento é a corticoterapia, sendo bastante responsiva
Nervos que passam pela FOS
Passa pela FOS, dentro do Anel de Zinn -> Pode ter a Sd FOS (clinica de paralisia de III, IV, ramo oftalmico do V, VI: ptose, midriase fixa, moe alterada, ausencia de sensib corneana
** Não pega nervo optico (não tem bav - este passa pelo canal optico) - aí seria sindrome do apice orbitario
Trajeto e possiveis causas de lesao de III par
Passa pelo tronco cerebral
Passa perto da ACP (aneurismas)
Passa pelo tentorio (TCE)
Passa pelo seio cavernoso
Passa pela FOS
Dçs microvasculares como ateromatose, vasculites, DM, tabagismo, ocorre lesão nos vasa vasorum do nervo, dando a paralisia mas sem comprometer a periferia, onde ficam as fibras responsáveis pela pupila. Lesões assim vão dar a paralisia do III sem alt reflexo pupilar. Tende a ser tto clínico, caso não seja uma massa ainda em crescimento
Já dano dos vasos maiores que nutrem a periferia, provenientes da piamater, vão gerar alterações do III com reflexo pupilar acometido - tende a ser lesões que precisam de intervenção cirúrgica -> lesões cirurgicas acometem a pupila
LESAO DE III E REGENERAÇÃO ABERRANTE APOS
SINAL PSEUDO VON GRAEFE
vai regenerando e inervando estruturas de forma anarquica. Os movimentos ficam anti natural.
> > FIBRAS QUE IRIAM PARA O RM VÃO PARA O MEPS (+ comum das aberrantes)
Assim, quando tenta aduzir, nao consegue tanto e a palpebra sobe
NUCLEO DO IV PAR: TRAJETO
inerva somente Oblíquo Superior
Origem no mesencéfalo;
Eles cruzam 100% lá mesmo no tronco (cruzado - o núcleo do troclear a esq inerva o OS direito), saindo por trás (unico)
Passa pela FOS, porém fora do Anel de Zinn.
PARALISIA DE IV CLINICA
Paralisia OS OE hipertropia e exotropia do olho acometido
(C) Quando olha pra cima, parece normal mas o OE acometido sobe mais por não ter função contrária vindo debaixo (Nasal Inferior) - hipertropia e exotropia do olho acometido
(B) Na adução percebe-se mais o defeito, ele nao consegue olhar para baixo em direção ao nariz
(A) Orto, o olho foge para lateral e superior pela ação do RL e RS normofuncionantes - foge do defeito Nasal inf, vai para o vetor TEMPORAL SUP -> hipertropia e exotropia (Diplopia vertical é mais difícil do paciente compensar)
(D) Abdução normal
POSIÇÃO COMPENSATÓRIA:
Ja que orto ele fica com a hipertropia e exotropia (Vetor TS), ele vira a cabeça para o outro lado para ver com essa região temporal superior
VI PAR TRAJETO
ORIGEM: está mais abaixo que o III e IV, fica mais ao nível da ponte,
—> PARALISIA ISOLADA DE VI É MUITO DIFÍCIL SER ACOMETIMENTO DO SEU NÚCLEO
O nucleo está muito perto de outras estruturas
TRAJETO: pelo seio cavernoso (passa 3 até 6 / não passa 2 + 5 mandibular = 7 facial)
passa pela FOS, dentro do Anel de Zinn (“NAO”),
Tem íntima relação com o V, VI, VII, VIII -> Sd foVILLe (alt sensibilidade facial VII, abdução do olhar VI, motricidade facial V, sintomas vestibuloauditivos VIII)
PARALISIA DE VI CLINICA
Reto medial prevalecendo, dando um ET e não conseguindo abduzir o lado acometido;
Dificuldade / piora quando olha para longe (onde precisa parar de convergir - desfazer o ET)
PARALISIA DE VI CAUSAS
Microvascular (maioria), mas tbm tumor, HIC (caso que tiver paralisia de VI bilateral = HIC), dç desmielinizante (ex: miastenia), Dç tireoidiana (apesar do RL ser o menos acometido)
Um exemplo de tumor é o NEURINOMA DE ACUSTICO. Perda auditiva + hipoestesia corneana (primeiro sinal oftalmologico) + paralisia de RL = neuroimagem e pensar nesse dg