Antagonistas Colinergicos Flashcards

(88 cards)

1
Q

O que é um antagonista colinérgico?

A

🔹 Termo geral para fármacos que se ligam aos colinoceptores (muscarínicos ou nicotínicos) e previnem os efeitos da acetilcolina (ACh) ou de outros agonistas colinérgicos.

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2
Q

Qual é o grupo de antagonistas colinérgicos clinicamente mais útil?

A

✅ Bloqueadores seletivos dos receptores muscarínicos..

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3
Q

Quais são os nomes utilizados para os bloqueadores seletivos dos receptores muscarínicos?

A

🔹 Fármacos anticolinérgicos (termo impróprio, pois antagonizam apenas os receptores muscarínicos).
🔹 Fármacos antimuscarínicos (termo mais preciso).
🔹 Parassimpaticolíticos.

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4
Q

Qual é o efeito dos fármacos antimuscarínicos no sistema nervoso autônomo?

A

✅ Interrompem os efeitos da inervação parassimpática.
✅ Deixam as ações da estimulação simpática sem oposição.

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5
Q

O que são bloqueadores ganglionares e qual sua especificidade?

A

🔹 Grupo de fármacos com preferência pelos receptores nicotínicos dos gânglios simpáticos e parassimpáticos..

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6
Q

Qual é a importância clínica dos bloqueadores ganglionares?

A

⚠️ Menos importantes clinicamente entre os anticolinérgicos.

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7
Q

O que são bloqueadores neuromusculares (BNMs)?

A

🔹 Fármacos que interferem com a transmissão dos impulsos eferentes aos músculos esqueléticos.
🔹 Principalmente antagonistas nicotínicos.

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8
Q

Quais são as indicações clínicas dos bloqueadores neuromusculares (BNMs)?

A

✅ Empregados como adjuvantes no relaxamento da musculatura esquelética.
✅ Usados na anestesia durante a cirurgia.
✅ Aplicados na intubação.
✅ Utilizados em vários procedimentos ortopédicos.

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9
Q

O que é a atropina?

A

A atropina é um alcaloide amina terciária da beladona com alta afinidade pelos receptores muscarínicos.

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10
Q

Qual o mecanismo de ação da atropina?

A

A atropina liga-se competitivamente à acetilcolina (ACh) e impede sua ligação aos receptores muscarínicos.

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11
Q

A atropina atua no sistema nervoso central (SNC)?

A

Sim, a atropina atua tanto central quanto perifericamente.

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12
Q

Quanto tempo duram os efeitos da atropina?

A

Os efeitos da atropina duram cerca de 4 horas, exceto quando aplicada topicamente no olho, onde podem durar dias.

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13
Q

Todos os órgãos neuroefetores respondem da mesma forma à atropina?

A

Não, os órgãos neuroefetores têm sensibilidade variável à atropina.

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14
Q

Quais os efeitos inibidores mais intensos da atropina?

A

Os efeitos inibidores mais intensos ocorrem nos brônquios e nas secreções de suor e saliva.

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15
Q

Como a atropina afeta o olho?

A

A atropina bloqueia toda a atividade muscarínica no olho, resultando em:

•	Midríase persistente (dilatação da pupila)
•	Ausência de resposta à luz
•	Cicloplegia (incapacidade de focar a visão para perto)
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16
Q

Qual o risco que a atropina pode apresentar para pacientes com condicoes oculares?

A

Em Pacientes com glaucoma de ângulo fechado atropina pode aumentar perigosamente a pressão intraocular nesses pacientes.

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17
Q

Como a atropina age no trato gastrintestinal (TGI)?

A

• Atua como antiespasmódico, reduzindo a atividade do TGI.
• A atropina e a escopolamina são provavelmente os antiespasmódicos mais potentes disponíveis.
• Reduz a motilidade gástrica, mas não afeta significativamente a produção de ácido clorídrico.
• Não é eficaz no tratamento da úlcera péptica.

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18
Q

Qual antagonista muscarínico M1 reduz a secreção gástrica sem antagonizar outros sistemas?

A

A pirenzepina.

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19
Q

Que efeitos colaterais da atropina podem reduzir a adesão ao tratamento?

A

Doses de atropina que reduzem os espasmos também diminuem a secreção salivar, a acomodação ocular e a micção.

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20
Q

Como a atropina afeta o sistema cardiovascular em doses baixas?

A

Em doses baixas, o efeito predominante é a diminuição da frequência cardíaca. Esse efeito ocorre pelo bloqueio dos receptores M1 nos neurônios pré-juncionais (ou pré-sinápticos) inibitórios, permitindo aumento da liberação de ACh.

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21
Q

Como a atropina afeta o sistema cardiovascular em doses mais altas?

A

Doses mais altas de atropina causam aumento progressivo da frequência cardíaca pelo bloqueio dos receptores M2 no nódulo sinoatrial.

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22
Q

Como a atropina afeta as secreções glandulares?

A

A atropina bloqueia os receptores muscarínicos nas glândulas salivares, produzindo xerostomia (secura da boca).

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23
Q

Além das glândulas salivares, quais outras glândulas são afetadas pela atropina?

A

As glândulas sudoríparas e lacrimais também são afetadas de maneira similar.

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24
Q

Qual risco a inibição da secreção de suor pode trazer?

A

A inibição da secreção de suor pode causar elevação da temperatura corporal, o que pode ser perigoso em crianças e idosos.

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25
Como a atropina é usada no tratamento oftálmico?
A atropina tópica exerce efeito midriático e cicloplegico, permitindo a mensuração de erros de refração sem interferência da capacidade adaptativa do olho.
26
Por que a atropina foi substituída por outros fármacos na oftalmologia?
Porque sua midríase prolongada dura de 7 a 14 dias, enquanto fármacos como ciclopentolato e tropicamida duram 6 a 24 horas.
27
Que fármacos são mais utilizados para dilatação pupilar quando a cicloplegia não é necessária?
A fenilefrina ou fármacos α-adrenérgicos similares.
28
Como a atropina é usada como antiespasmódico?
A atropina é usada para relaxar o trato gastrintestinal (TGI).
29
Como a atropina é usada no tratamento cardiovascular?
A atropina é usada para tratar bradicardias de várias etiologias.
30
Como a atropina é usada como antissecretor?
A atropina pode ser usada para bloquear secreções do trato respiratório superior e inferior antes de cirurgias.
31
Como a atropina age no tratamento de intoxicações?
A atropina é usada no tratamento de intoxicações por: • Organofosforados (inseticidas, gases de nervos) • Dosagens excessivas de anticolinesterásicos usados na clínica (ex.: fisostigmina) • Alguns tipos de envenenamentos por cogumelos contendo substâncias colinérgicas que bloqueiam as colinesterases
32
Por que doses maciças de atropina podem ser necessárias no tratamento de intoxicações?
Doses maciças de atropina podem ser necessárias por um longo período para neutralizar o envenenamento.
33
Qual a importância da atropina no tratamento dos efeitos tóxicos centrais de anticolinesterásicos?
A atropina tem a capacidade de entrar no sistema nervoso central (SNC), sendo essencial no tratamento de efeitos tóxicos centrais de anticolinesterásicos.
34
Como a atropina é absorvida, metabolizada e excretada?
A atropina é bem absorvida, parcialmente biotransformada no fígado e eliminada primariamente na urina.
35
Qual a meia-vida da atropina?
A meia-vida da atropina é de cerca de 4 horas.
36
Quais os efeitos adversos da atropina no sistema periférico?
Dependendo da dose, a atropina pode causar: • Xerostomia (boca seca) • Visão turva • Sensação de “areia nos olhos” • Taquicardia • Constipação
37
Quais os efeitos adversos da atropina no sistema nervoso central (SNC)?
Os efeitos no SNC incluem: • Intranquilidade • Confusão • Alucinações • Delírio • Em casos graves, pode evoluir para depressão, colapso dos sistemas circulatório e respiratório e morte.
38
Como a toxicidade por atropina pode ser neutralizada?
Dosagens baixas de inibidores da colinesterase, como a fisostigmina, podem ser usadas para neutralizar a toxicidade por atropina. (É literalmente o raciocínio inverso)
39
A atropina pode causar qual alteração urinária?
Sim, a atropina pode causar incômoda retenção de urina.
40
Por que a atropina pode ser perigosa para crianças?
Crianças são sensíveis aos efeitos da atropina, especialmente ao rápido aumento da temperatura corporal que ela pode causar.
41
O que é a escopolamina e como ela se compara à atropina?
A escopolamina é um alcaloide amina terciária de origem vegetal, assim como a atropina. Ela produz efeitos periféricos similares aos da atropina, mas possui: • Maior ação no SNC, com efeitos observados mesmo em dosagens terapêuticas. • Duração de ação mais longa.
42
Qual é a principal aplicação da escopolamina no SNC?
A escopolamina é um dos fármacos anticinetóticos mais eficazes disponíveis.
43
Qual efeito a escopolamina tem sobre a memória?
A escopolamina tem o efeito incomum de bloquear a memória de curta duração.
44
Como a escopolamina afeta o nível de consciência?
• Diferente da atropina, a escopolamina causa sedação. • Em doses mais elevadas, pode causar excitação.
45
A escopolamina pode causar euforia?
Sim, a escopolamina pode causar euforia e, por isso, é sujeita a abuso.
46
Para quais condições a escopolamina é utilizada?
A escopolamina é usada para prevenir: • Cinetose (enjoo de movimento) • Náuseas e vômitos pós-cirúrgicos
47
Como a escopolamina é administrada para a cinetose?
Para a cinetose, a escopolamina está disponível como adesivo tópico, que pode ser eficaz por até 3 dias.
48
A escopolamina é mais eficaz para prevenir ou tratar a cinetose?
A escopolamina é muito mais eficaz para prevenir a cinetose do que para tratar o enjoo em andamento.
49
Como são a farmacocinética e os efeitos adversos da escopolamina em comparação com a atropina?
Os aspectos farmacocinéticos e os efeitos adversos da escopolamina são similares aos da atropina.
50
O que são o ipratrópio e o tiotrópio?
O ipratrópio e o tiotrópio são derivados quaternários da atropina utilizados como broncodilatadores.
51
43. Para quais condições o ipratrópio e o tiotrópio são indicados?
Esses fármacos são aprovados para o tratamento de manutenção do broncoespasmo associado à DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).
52
O ipratrópio tem alguma indicação adicional além da DPOC?
Sim, o ipratrópio também é usado no tratamento agudo do broncoespasmo na asma.
53
Como o ipratrópio e o tiotrópio são administrados?
Ambos os fármacos são administrados por inalação.
54
Qual é a vantagem dos derivados quaternários da atropina em relação à absorção sistêmica?
Devido às suas cargas positivas, esses fármacos não entram na circulação sistêmica nem no SNC, o que isola seus efeitos no sistema pulmonar.
55
Qual é a principal vantagem do tiotrópio sobre o ipratrópio?
O tiotrópio tem a vantagem de ser administrado uma vez ao dia, enquanto o ipratrópio requer dosagens de até quatro vezes ao dia.
56
57
O que são bloqueadores ganglionares e como atuam?
Os bloqueadores ganglionares atuam nos receptores nicotínicos dos gânglios autônomos simpático e parassimpático. Alguns também bloqueiam os canais iônicos dos gânglios autônomos.
58
Os bloqueadores ganglionares apresentam seletividade entre os gânglios simpático e parassimpático?
Não, esses fármacos não possuem seletividade entre os gânglios simpático e parassimpático, bloqueando completamente os impulsos do sistema nervoso autônomo (SNA) nos receptores nicotínicos.
59
Os bloqueadores ganglionares têm ação como antagonistas neuromusculares?
Não, esses fármacos não são eficazes como antagonistas neuromusculares.
60
Como os bloqueadores ganglionares atuam no SNA?
Eles bloqueiam completamente os impulsos do SNA nos receptores nicotínicos.
61
Qual é a classificação dos bloqueadores ganglionares, com exceção da nicotina?
Os bloqueadores ganglionares (exceto a nicotina) são antagonistas competitivos não despolarizantes.
62
Por que os bloqueadores ganglionares são pouco utilizados na clínica?
A resposta desses fármacos é complexa e imprevisível, tornando seu uso raro na terapêutica. No entanto, são frequentemente usados como ferramenta na farmacologia experimental.
63
O que é a nicotina e onde ela é encontrada?
A nicotina é um componente da fumaça do cigarro, considerada um veneno com várias ações indesejadas.
64
A nicotina tem algum benefício terapêutico?
Não, a nicotina não possui benefícios terapêuticos e é prejudicial à saúde.
65
Como a nicotina atua nos gânglios autônomos?
Dependendo da dose, a nicotina despolariza os gânglios autônomos, causando primeiro estimulação e, em seguida, paralisia de todos os gânglios.
66
Como ocorre o efeito estimulante da nicotina?
O efeito estimulante resulta do aumento da liberação de neurotransmissores devido à sua ação nos gânglios simpáticos e parassimpáticos. Por exemplo, o aumento da liberação de dopamina e norepinefrina pode ser associado com prazer e com su- pressão de apetite.
67
Que efeitos a nicotina pode causar no organismo?
Os efeitos incluem: ✅ Aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca (pela liberação de neurotransmissores adrenérgicos e ativação da suprarrenal). ✅ Aumento do peristaltismo e das secreções. Em doses elevadas: ❌ Queda da pressão arterial devido ao bloqueio ganglionar. ❌ Cessação da atividade da musculatura do TGI e da bexiga.
68
O que são bloqueadores neuromusculares (BNMs) e qual é seu mecanismo de ação geral?
Os BNMs bloqueiam a transmissão colinérgica entre o terminal nervoso motor e o receptor nicotínico no músculo esquelético. Eles possuem alguma similaridade química com a ACh e podem atuar como: ✅ Antagonistas (não despolarizantes). ✅ Agonistas (despolarizantes).
69
Para que os bloqueadores neuromusculares são utilizados clinicamente?
Os BNMs são usados durante cirurgias para: ✅ Facilitar a intubação endotraqueal. ✅ Proporcionar relaxamento muscular completo com doses anestésicas baixas. Isso permite uma recuperação mais rápida da anestesia e reduz a depressão respiratória pós-cirúrgica.
70
Qual foi o primeiro bloqueador neuromuscular não despolarizante conhecido?
O curare, utilizado por caçadores nativos da América do Sul para paralisar a caça.
71
Quais fármacos substituíram a tubocurarina?
Os fármacos modernos com menos efeitos adversos incluem: ✅ Cisatracúrio. ✅ Pancurônio. ✅ Rocurônio. ✅ Vecurônio.
72
Como os bloqueadores neuromusculares aumentaram a segurança da anestesia?
Eles reduziram a necessidade de doses altas de anestésico para relaxamento muscular, permitindo uma recuperação mais rápida e completa após a cirurgia. ⚠️ Os BNMs não devem ser usados como substitutos de anestesia inadequadamente profunda!
73
Como atuam os bloqueadores neuromusculares não despolarizantes em doses baixas?
Em doses baixas, esses fármacos: ✅ Competem com a ACh pelo receptor nicotínico sem estimulá-lo. ✅ Impedem a despolarização da membrana muscular. ✅ Inibem a contração muscular. Esse efeito pode ser revertido com inibidores da colinesterase, como neostigmina e edrofônio, que aumentam a concentração de ACh na junção neuromuscular (JNM). Os anestesiologistas utilizam essa estratégia para diminuir a duração do bloqueio neuromuscular. Além disso, em dosagens baixas, os músculos respondem em graus variados à estimulação elétrica, permitindo o monitoramento do bloqueio neuromuscular.
74
O que acontece em doses elevadas de bloqueadores neuromusculares não despolarizantes?
Em doses elevadas, esses fármacos bloqueiam os canais iônicos na placa motora, resultando em: ✅ Enfraquecimento adicional da transmissão neuromuscular. ✅ Diminuição da eficácia dos inibidores da colinesterase na reversão do bloqueio. ✅ Bloqueio completo, impedindo a resposta do músculo à estimulação elétrica direta.
75
A paralisia muscular ocorre de forma uniforme em todos os músculos?
Não, diferentes músculos apresentam sensibilidades variadas. 📌 Ordem de paralisia: 1️⃣ Músculos pequenos de contração rápida (face e olhos). 2️⃣ Dedos, pernas, músculos do pescoço e do tronco. 3️⃣ Músculos intercostais. 4️⃣ Diafragma (último a ser paralisado). 📌 Ordem de recuperação: inversa à paralisia.
76
Como os bloqueadores neuromusculares são administrados?
✅ Via intravenosa (IV) (principal). ✅ Via intramuscular (IM) (ocasionalmente). ⚠️ Não são eficazes por via oral devido à presença de aminas quaternárias que impedem a absorção intestinal.
77
Os bloqueadores neuromusculares atravessam a barreira hematoencefálica?
Não, pois possuem estrutura volumosa e não penetram membranas. ✅ Não entram nas células. ✅ Não atravessam a barreira hematoencefálica.
78
Como ocorre a eliminação dos bloqueadores neuromusculares?
🔹 Pancurônio → Excretado inalterado na urina. 🔹 Cisatracúrio → Degradado espontaneamente no plasma e por hidrólise de éster. 🔹 Vecurônio e rocurônio → Desacetilados no fígado, com depuração mais lenta em pacientes com doença hepática. ⚠️ Nota sobre atracúrio: Ele foi substituído pelo cisatracúrio, pois libera histamina e pode ser biotransformado em laudanosina, que provoca convulsões. O cisatracúrio é menos propenso a causar esses efeitos.
79
Os bloqueadores neuromusculares são seguros?
Sim, em geral são seguros, com efeitos adversos mínimos. ⚠️ Os efeitos adversos específicos dos BNMs estão listados na Figura 5.11.
80
Ver interacoes farmacologicas direto, n me parece relevante……
81
Como atuam os fármacos bloqueadores neuromusculares despolarizantes?
Os bloqueadores despolarizantes atuam por despolarização da membrana plasmática da fibra muscular, de forma semelhante à ACh. No entanto, são mais resistentes à degradação pela acetilcolinesterase (AChE), causando uma despolarização mais persistente das fibras musculares. A succinilcolina é o único relaxante muscular despolarizante utilizado atualmente.
82
Qual o mecanismo de ação da succinilcolina como bloqueador neuromuscular despolarizante?
A succinilcolina liga-se ao receptor nicotínico da JNM e age como a ACh, despolarizando a membrana. Diferente da ACh, que é degradada rapidamente pela AChE, a succinilcolina persiste na fenda sináptica em altas concentrações, permanecendo fixada ao receptor por mais tempo e provocando estimulação contínua. • A fase I do bloqueio envolve a abertura dos canais de sódio, levando a despolarização e fasciculações musculares transitórias. • Com a ligação persistente, o receptor torna-se incapaz de transmitir novos impulsos. • A fase II ocorre com a repolarização gradual (por fechamento/bloqueio dos canais de sódio), resultando em paralisia flácida.
83
De que forma variações genéticas podem afetar a duração da ação da succinilcolina?
A duração da ação da succinilcolina depende de sua difusão da placa motora e de sua hidrólise pela pseudocolinesterase plasmática. Pacientes com variantes genéticas que reduzem ou eliminam a atividade dessa enzima apresentam paralisia neuromuscular prolongada.
84
Quais são os efeitos da succinilcolina sobre os músculos respiratórios?
Como os bloqueadores não despolarizantes, a succinilcolina paralisa os músculos respiratórios por último. Inicialmente, causa fasciculações breves que podem provocar dor muscular. A dor pode ser evitada com dose prévia de bloqueador não despolarizante.
85
Por que a ação da succinilcolina é extremamente curta?
Porque é rapidamente hidrolisada pela pseudocolinesterase plasmática. A succinilcolina que atinge a JNM não é degradada pela AChE, mas sim redistribuída para o plasma, onde é finalmente biotransformada. Essa propriedade confere uma ação terapêutica de poucos minutos.
86
Quais são os usos terapêuticos da succinilcolina?
• É usada para intubação endotraqueal rápida durante a indução anestésica, quando é essencial evitar aspiração do conteúdo gástrico. • Também é usada durante tratamento com choque eletroconvulsivo.
87
Como é administrada a succinilcolina e o que determina sua duração de ação?
A succinilcolina é administrada por via intravenosa (IV). Sua curta duração de ação resulta da redistribuição e da rápida hidrólise pela pseudocolinesterase plasmática. Pode ser administrada por infusão contínua para manter o efeito. Seu efeito desaparece rapidamente após a suspensão.
88
Quais são os principais efeitos adversos da succinilcolina?
a. Hipertermia maligna: Pode ser desencadeada em pacientes suscetíveis. b. Apneia prolongada: Ocorre em pacientes com deficiência ou forma atípica de pseudocolinesterase, resultando em paralisia prolongada do diafragma. A liberação de potássio pode agravar o quadro, especialmente em pacientes com desequilíbrios eletrolíticos, como aqueles tratados com digoxina ou diuréticos. c. Hiperpotassemia: Aumenta a liberação de potássio intracelular, sendo perigosa em pacientes com queimaduras ou lesão tecidual extensa, que já têm perdas elevadas de potássio celular.