Apendicite Flashcards

(23 cards)

1
Q

Conceito

A

Processo inflamatório do apêndice cecal caracterizado por obstrução do lúmen, aumento da produção de muco, proliferação de germes, isquemia, necrose e perfuração da parede

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2
Q

Epidemiologia

A

Causa mais comum de abdome agudo na infância, variação sazonal, fator de proteção: fibra alimentar/leite materno, história familiar
Idade:
Maior prevalência em escolares de 6 a 10 anos, adolescentes e adultos jovens, menor prevalência em pré-escolares e lactentes (excepcional em RNs)
Sexo: mais em meninos do que em meninas

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3
Q

Fisiopatologia

A

Obstrução da luz do apêndice - secreção de muco - aumento da pressão - obstrução linfática e venosa - edema - proliferação bacteriana - ulcerações de mucosa - trombose venosa - isquemia - necrose - perfuração

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4
Q

Classificação

A

AA flegmonosa/edematosa: hiperemia e edema do apêndice
AA supurativa: apêndice e mesoapêndice são edematosos e com exsudato fibrino-purulento
AA gangrenosa: existe superação maior e áreas de gangrena na parede, pode haver microperfurações
AA perfurada: há perfuração macroscópica do apêndice
AA bloqueada: perfuração apendicular sofre bloqueio das vísceras adjacentes

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5
Q

Diagnóstico

A

História clínica, exame físico, exames complementares

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6
Q

Posição do apêndice

A

Retrocecal (intra ou retroperitoneal): 55-60%
Descendente ou subcecal: 2%
Pélvica: 35-40%
Mesocecal pós-ileal ou posterior: 1%
Pré-ileal ou anterior: 1%
Látero-cecal: 2%

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7
Q

Quadro clínico

A

Sintomas principais: dor abdominal, anorexia, náuseas/vômitos, febre moderada
Outros sintomas: diarreia, polaciúria, disúria, dor em flanco ou dorso, constipação, distensão abdominal

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8
Q

Exame físico

A

Observar atentamente o deambular da criança, observar o tipo de respiração (havendo peritonite, o tipo respiratório costal é predominante), observar o estado de hidratação e se há fáscies de dor, observar distensão abdominal em casos de apendicite com peritonite difusa, ruídos hidroaéreos costumam ser diminuídos ou ausentes em peritonite

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9
Q

Sinal de blumberg

A

Dor à descompressão brusca da fossa ilíaca direita, está presente em 35-65% dos casos

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10
Q

Sinal de Rovsing

A

A pressão contínua sobre cólon descendente e transverso faz com que gases intestinais distendam o cólon direito e o ceco, causando dor referida na fossa ilíaca direita. É observado em <5% dos casos

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11
Q

Sinal do psoas (em apendicite retrocecal)

A

Com o paciente em decúbito lateral esquerdo, pede-se para ele realizar uma hiperextensão da coxa direita, que será dolorosa, ou o examinador estende a coxa direita do paciente enquanto aplica uma contra-resistência no quadril direito

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12
Q

Sinal do obturador (apendicite pélvica)

A

Dor abdominal vaga junto ao hipogástrio por inervação somática escassa. Pesquisa-se pela rotação interna da coxa direita flexionada com o paciente em decúbito dorsal

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13
Q

Ausculta cardio-respiratória

A

Taquicardia
Exclusão de pneumonia em LID

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14
Q

Toque retal

A

Questionável em crianças
Abscesso apendicular
Doença tubo-ovariana (adolescentes)
Constipação crônica

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15
Q

Diferença em T. Axilo-retal

A

Em desuso
> 1,2 C pode significar peritonite

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16
Q

Exames laboratoriais

A

Leucograma - normal, leucocitose discreta, hiperleucocitose
RX de tórax - diagnóstico de pneumonia
RX de abdome - cada vez menos usado (fecalito - 20%, lactentes, escoliose, apagamento do psoas, obstrução, íleo, velamento em FID)
Sumário de urina - diferencial de ITU (20-30 leucócitos/campo, piúria e corrimento vaginal, apêndice próximo a bexiga e ureter)

17
Q

Ultrassonografia

A

Visualização do apêndice patológico em vários locais
Fluido livre periapendicular
Abscesso apendicular
Diâmetro maior que 7mm

18
Q

Diagnóstico diferencial - não cirúrgicos

A

Obstrução apendicular transitória, inflamação pélvica em meninas, peritonite primária, adenite mesentérica, pneumonia, gastroenterite, infecção urinária, crise de fecalização, constipação intestinal, tiflite leucêmica, púrpura de Henoch-Schoenlein

19
Q

Diagnóstico diferencial - cirúrgicas

A

Diverticulite de Meckel, invaginação intestinal, torção do cisto ovariano, colelitíase

20
Q

Tratamento

A

Hidratação parenteral, antibioticoterapia, cirurgia convencional, cirurgia laparoscópica

21
Q

Antibiótico

A

Evitar complicações infecciosas, abscesso de ferida operatória, abscesso intracavitário, tratamento de processo infeccioso já instalado

22
Q

Cuidados pós operatórios

A

Sonda nasogástrica - raramente necessária
Sedação da dor e controle da hipertermia
Uso de antieméticos (metoclopramida ou cloridrato de onsasentrona)
Antibioticoterapia (iniciar antes da lapatoromia) com gentamicina e metronidazol por 24h, em AA flegmonosa e por 48h em apendicite supurativa
Hidratação parenteral
Deambulação precoce

23
Q

Adenite mesentérica

A

Predomínio de dor abdominal-persistente
Linfonodos mesentéricos são geralmente em QID, esta condição às vezes imita apendicite
O USG de abdome faz o diagnóstico
Etiologia viral
Yersinia enterocolitica: causa rara de diarreia inflamatória
Atinge íleo terminal podendo mimetizar apendicite aguda e associar-se com linfadenite mesentérica