Bradiarritmias Flashcards
(37 cards)
Bradiarritmia
Definição, possíveis alterações causadoras
Todo distúrbio de ritmo com frequência cardíaca inferior a 50 bpm, podendo ele estar relacionado a alterações na geração do impulso elétrico que deflagra a contração do miocárdio ou na propagação do impulso, ou seja, ou há um bloqueio sinoatrial ou um bloqueio atrioventricular.
Bradiarritmia
Sinais e sintomas
Clínica de congestão pulmonar/edema agudo de pulmão, dispneia, fadiga, rebaixamento do nível de consciência, tonteira/pré-síncope síncope, hipotensão, hipotensão ortostática, desconforto torácico.
Bradiarritmia
Principais entidades
Bradicardia sinusal, BAV 1º grau Mobitz I, BAV 2º grau Mobitz II, BAV 3º grau/BAVT, doença do nó sinusal.
Qual a bradicardia mais comum da prática?
Bradicardia sinusal.
Bradicardia Sinusal
Definição
FC baixa < 50 bpm + Onda “P” positiva em D2 D3 e AvF E seguida de um QRS E intervalo PR = 120-200ms.
Bradicardia sinusal
Causas
Sono, vagotonia (pessoas muito bem condicionadas), uso de droga bradicardizante. Ou seja, pode ser fisiológica, patológica ou induzida por medicamentos.
Bradicardia sinusal
Conduta
• Assintomático: observar
• Sintomático: atropina 1mg a cada 3-5 min (max 3 mg).
• Refratário: Na maioria das vezes responde bem, mas se não respondeu à atropina, eventualmente usar dopamina (2-20 mg/kg) ou adrenalina IV em bomba de infusão contínua (2-10 mg/min) ou marca-passo (transcutâneo ou transvenoso -> definitivo) (se estiver disponível e na prova escolher ele).
BAV
Fisiopatologia
Degeneração idiopática e fibrocálcica (hipertensos, diabéticos -> depósito de cálcio) afetam o tecido de condução atrioventricular especializado.
(V) ou (F)
Os BAVs, independente da localização, tem prognóstico e conduta terapêutica bastante semelhante.
Falso. A localização tem relação direta com o prognóstico e a conduta terapêutica.
BAVs benignos x malignos
Localização, entidades, características e conduta
• Os bloqueios benignos são os de localização alta (NAV), ou seja, supra-hissianos, sendo eles o BAV de 1º grau e de 2º grau MI. Apresentam QRS estreito; FC 40-60 bpm e sofrem regulação autonômica -> Não geram tanta repercussão clínica e respondem a atropina. Conduta: mesma da Bradicardia sinusal.
• Os bloqueios malignos são os infranodais, ou seja, intra ou infra hissianos, sendo eles o BAV de 2º grau MII e de 3º grau/BAVT. Apresentam QRS largo, frequência ventricular < 40 bpm (ventrículo assume função de marca-passo), instabilidade elétrica (predispondo a assistolias prolongadas) e ausência de controle autonômico -> Tem mais repercussão clínica e não responde a atropina.
Conduta: marca-passo.
BAV de 1º grau
Definição
PR alargado (>120ms) constante + sem onda P bloqueada (estímulo demora mas sempre passa).
BAV de 1º grau
Causas
Aumento do tônus vagal do NAV, miocardites, IAM, doença de Chagas, e ação de drogas (digitalicos, betabloqueadores, verapamil).
BAV de 2º grau MI
Definição
PR com alargamento progressivo e algumas ondas P bloqueadas.
Obs: Ocorre em 75% nodo AV, é supra-hissiano.
BAV de 2º grau MI
Causas
IAM, Doença de Chagas, intoxicação digitálica, BB.
Em que consiste o “Fenômeno de Wenckeback”?
Expressão clínica do BAV 1º grau Mobitz 1.
BAV 1º grau MII
Definição
PR normal e algumas ondas P bloqueadas.
Obs: Intra ou infra hissiano.
Em que consiste o “Fenômeno de Hay”?
Expressão clínica do BAV de 1º grau MII
BAV 3º / BAVT
Definição
Dissociação completa entre P e QRS.
Obs: Pode ser pré, intra ou pós feixe de his (61% abaixo do feixe de his).
Atividade ventricular regular (RR regular), atividade atrial regular, sem relação entre ritmos atrial e ventricular (L. e. está presente dissociação AV);
+ a FC ventricular é determinada pela origem do marca-passo de escape, a FC atrial é > (e independente da) frequência ventricular (átrios e ventrículos são comandados por marca-passos independentes), desconfiar quando FC muito baixa (< 40/30);
+ onda P normal em tamanho e forma, sendo algumas não seguidas por QRS;
+ não existe verdadeiro intervalo PR (átrios e ventrículos contraem independe um do outro);
+ QRS estreito ou alargado, dependendo da localização do marca-passo de escape e da condição do sistema de condução intraventricular.
Dica para identificar BAVT
Traçar uma linha entre 2 ondas P e traçar linhas para frente e trás, verificando algumas ondas P dentro do QRS. As ondas P entram (às vezes os deformando, apagando o raminho inicial negativo) e somem do QRS, entram nas ondas T e apiculam elas. Podem fazer assistolia.
BAVT
Causas
IAM, doença de Chagas, drogas, processos degenerativos. Na fase aguda o IAM geralmente é inferior, preditor independente.
(V) ou (F)
BAV maligno = marca passo.
Falso! Primeiro devemos excluir causas reversíveis.
Doença do nó sinusal
Fisiopatologia, definição, população mais frequente
- Está relacionado ao processo degenerativo do nodo sinusal e do tecido miocárdicoatrial circunjacente e se mostra secundário ao envelhecimento . Lev-Legegré.
- Pode cursar com pausa sinusal (prolongamento maior para iniciar o próximo batimento), bradi sinusal, taquisupra alternadas com bradi sinusal, escape juncional ou pausas > > sd bradi-taqui. Indicação de marca-passo definitivo.
- A presença dessas alterações associada à tontura, pré-síncope define a doença do nó sinusal.
- Mais frequente em mulheres entre 60-69 anos.
Marca passo
Indicações
Bradicardia sinusal refratária, BAVs benignos refratários e BAVs malignos sem causa reversível aparente.
Marca passo
3 Princípios
Todo e qualquer marca-passo funciona com 3 princípios: 1 par de eletrodos (para colocar a corrente elétrica) + 1 cabo (que será a conectado aos eletrodos e que chegará até uma unidade geradora, que gera a corrente) + unidade geradora.