Capítulo 7 - A Procura de Moeda Flashcards

1
Q

A Procura da Moeda

Quem foram os principais atores da Teoria Quantitativa da Moeda?

A

John Stuart Mill e Irving Fisher.

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2
Q

A Procura da Moeda

O que postula a Teoria Quantitativa da Moeda?

A

Soluções de equilíbrio de longo-prazo.

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3
Q

A Procura da Moeda

O que acontece no curto-prazo, na sequência de um choque qualquer, durante o processo de ajustamento?

A

Alteram-se as variáveis relevantes, nomeadamente:
- rendimento real;
- velocidade de circulação de moeda;
- nível geral de preços (variável de ajustamento por excelência).

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4
Q

A Procura da Moeda

Como se caracteriza a Teoria Quantitativa da Moeda sob a versão das transações?

A

Versão desenvolvida por Fisher.
Admite que.
- oferta nominal de moeda (M) é exógena (controlada pela autoridade monetária);
- por período de tempo, a economia efetua um certo nº de transações (T);
- as transações são realizadas a um dado preço médio (P^T);
- cada unidade monetária circula a uma certa velocidade média de transação (V^T).

Equação de troca de Fisher:
M x V^T = T x P^T

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5
Q

A Procura da Moeda

A equação de troca de Fisher é uma tautologia? Porquê?

A

Sim, porque é necessariamente verdade que a qtd. de moeda em circulação, multiplicada pela sua velocidade média de circulação (que é constante no longo-prazo) é igual ao valor das transações feitas nesse período, em equilíbrio de longo-prazo.

V^T = (P^T x T)/M

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6
Q

A Procura da Moeda

Qual é a grande diferença da Versão das Transações para a Versão de Cambridge? O que acontece às variáveis consideradas nas duas versões?

A

A Versão de Cambridge abandona a variável transações (T) e introduz a varável rendimento real (Y).

Os preços (P) são perfeitamente flexíveis em ambos os sentidos => rendimento real em equilíbrio de longo prazo é o de pleno emprego => qualquer valor inferior ou superior a este valor é transitório (sendo eliminado por movimentos nos preços).

A velocidade de circulação da moeda passa agora a denominar-se de velocidade rendimento de circulação da moeda (V). Em eq. de longo-prazo, é constante.

A oferta nominal de moeda continua a ser considerada exógena.

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7
Q

A Procura da Moeda

Como fica a equação da teoria quantitativa na versão de Cambridge?

A

M x V = P x Y
Onde PY designa o rendimento nominal por período de tempo.

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8
Q

A Procura da Moeda

Qual é a expressão da função procura de moeda segundo a versão de Cambridge da Teoria Quantitativa da Moeda? De que depende a procura de moeda?

A

M^d = (PY)/V = k PY
Onde k =1/V.

Esta equação exprime a procura nominal de moeda como sendo uma certa proporção do rendimento nominal.

Depende positiva e proporcionalmente do nível de preços e do rendimento real.

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9
Q

A Procura da Moeda

Qual é a diferença da constituição do rendimento real do período e das transações na versão de Cambridge?

A

O rendimento real é constituído por bens e serviços finais produzidos no período e avaliados a preços de mercado constantes; e só contam uma vez para o cálculo.
As transações podem incidir sobre bens produzidos noutros períodos, finais ou não finais; e contam tantas vezes quantas as transações a que foram alvo.

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10
Q

A Procura da Moeda

O quê que os agentes económicos procuram na versão de Cambridge?

A

A quantidade nominal de moeda que, para os preços em vigor, lhes proporcione o poder de compra real desejado.

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11
Q

A Procura da Moeda

A que é igual a procura real de moeda na versão de Cambridge?

A

É igual à procura nominal de moeda deflacionada pelo nível geral de preços, ou seja:
M^d / P = kY.

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12
Q

A Procura da Moeda

Qual é a expressão do nível geral de preços como função da oferta nominal de moeda e a sua procura real na versão de Cambridge?

A

P = M / (kY)

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13
Q

A Procura da Moeda

No equilíbrio de longo prazo, qual é a expressão da taxa de inflação na versão de Cambridge? Qual é o principal fator explicativo desta? Que conclusões se podem retirar?

A

p^. = m^. - k^. - y^.

Mas, como se assume que em equilíbrio de longo-prazo a velocidade rendimento de circulação é constante e o rendimento real se encontra em pleno-emprego, a taxa de inflação no longo-prazo é essencialmente explicada pelo comportamento da oferta de moeda, variando na mesma proporção e sentido => p^. = m^.

Existe a equiproporcionalidade entre os preços e a quantidade de moeda em circulação => a taxa de variação dos preços é exatamente igual à taxa de variação da oferta de moeda.

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14
Q

A Procura da Moeda

O que acontece perante um choque positivo que faz expandir a massa monetária na versão de Cambridge? Qual é o ajustamento correspondente no curto-prazo?

A

Expansão não antecipada da massa monetária => aumento dos encaixes monetários reais na posse do público acima do que é desejado => desiquilíbrio dos portefólios pois passa a hvaer mais moeda do que o pretendido e, segundo a lei de Walras, menos dos outros ativos.
No momento em que acontece o choque, k aumenta => V diminui => é preciso diminuir k (e é por aqui que se começa o ajustamento) => aumentar V => acréscimo das despesas para se livrar da moeda em excesso.
Numa economia fechada, só é possível com a intervanção da autoridade monetária => reduz o stock de moeda em circulação <= aumento proporcional no nível geral de preços que só termina quando k regressar ao valor de equilíbrio.

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15
Q

A Procura da Moeda

O que acontece se a massa monetária aumentar de M (em eq.) para M’=2M na versão de Cambridge?

A

Uma vez que no longo-prazo a moeda não afeta variáveis reais, então M’=2M=k(2P)Y, tal que a procura real de moeda continua a ser exatamente a mesma: 2M/2P = M/P = kY.

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16
Q

A Procura da Moeda

O que acontece ao ajustamento de uma expansão inesperada da massa monetária numa economia aberta na versão de Cambridge?

A

O setor externo serve como válvula de escape, no sentido em que o processo de ajustamento não recai totalmente sobre os preços, mas também na balança de pagamento ou na taxa de câmbio.

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17
Q

A Procura da Moeda

A oferta de moeda tem impacto nas variáveis reais de longo-prazo na versão de Cambridge?

A

Não. No entanto, tem no curto-prazo.
Neutralidade da moeda.

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18
Q

A Procura da Moeda

Quais são os 3 motivos da explicação da procura de moeda para Keynes?

A
  • Motivo transações;
  • Motivo precaução;
  • Motivo especulação.

A perspetiva de Keynes vê a moeda como um de vários ativos na consituição de um portefólio.

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19
Q

A Procura da Moeda

Como é constituída a riqueza (W) para Keynes?

A

A riqueza pode ser detida na forma de moeda (M) e de obrigações (B) => W = M^d + B^d.

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20
Q

A Procura da Moeda

O que se conclui do equilíbrio no mercado monetário relativamente à oferta e à procura de Moeda (M) e de obrigações (B)?

A

M^d + B^d = M^S + B^S
=> M^S - M^d = B^d - B^S
Com esta relação verifica-se a lei de Walras: o Excesso de oferta de um dado ativo é necessariamente igual ao excesso da procura dos outros ativos.

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21
Q

A Procura da Moeda

Como é que os motivos 1) transações, 2) precaução e 3) especulação vêem a moeda?

A

1) É vista nos exatos termos da sua concetualização: meio de troca geralmente aceite. Sendo compatível com o decurso das transações económicas.
2) É vista como reserva de valor, de modo a satisfazer necessidades futuras que só a moeda é capaz de otimizar.
3) Vista como reserva de valor, mas como função negativa do custo de oportunidade respetivo dado pela taxa de juro que remunera aplicações alternativas.

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22
Q

A Procura da Moeda

Porquê que os indivíduos escolhem deter moeda nos seus portefólios de ativos no modelo Keynesiano?

A

Por precaução e em grau que depende da medida de aversão ao risco, para acorrer a necessidades circunstanciais como doenças, desemprego e outras.
Para este efeito, a moeda goza de vantagem relativa da sua liquidez.

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23
Q

A Procura da Moeda

A quantidade de moeda procurada pelos motivos transação e precaução são função positiva ou negativa do rendimento?

A

Positiva.

24
Q

A Procura da Moeda

Qual o impacto da variação das taxas de juro no motivo especulação?

A

A relação entre as taxas de juro e o preço das obrigações no mercado é inversa (P = C / r) => à medida que as taxas de juro sobem, o preço da obrigação vai descendo => quanto mais baixa o preço da obrigação, < expectativas que ele continue a descer, ou seja, > expectativas que ele suba => preço baixo induz compra destas obrigações => reformulação dos portefólios a favor das obrigações e em detrimento da moeda (troca de moeda por obrigações) => diminui a procura de moeda e aumenta a procura de obrigações.

25
Q

A Procura da Moeda

Qual é o pressuposto essencial na abordagem keynesiana?

A

O rendimento de equilíbrio não é de pleno emprego, situa-se abaixo deste, havendo desemprego na situação normal => preços rígidos => ajustamentos ocorrem pela via das quantidades (por via do rendimento real) => alterações no rendimento em termos nominais e em termos reais (não havendo distinção).

26
Q

A Procura da Moeda

Qual é a função procura nominal de moeda para Keynes?

A

M^d = f(Y) + g(r)

27
Q

A Procura da Moeda

Qual é a importância da taxa de juro no modelo Keynesiano?

A

A taxa de juro (r) é uma variável monetária porque se forma no mercado monetário => cabe a esta restabelecer o equilíbrio de mercado na sequência da sua perturbação via o comportamento da oferta de moeda.

28
Q

A Procura da Moeda

Como se transmite a PM no modelo Keynesiano?

A

Transmite-se no mercado real por via da influência que a taxa de juro exerce sobre o investimento, ceteris paribus, e através do multiplicador do investimento, no rendimento real.

29
Q

A Procura da Moeda

Que tipo de relação existe entre a procura de moeda e a taxa de juro para Keynes?

A

Relação negativa.

30
Q

A Procura da Moeda

Qual a relação entre a taxa de juro e o rendimento real para Keynes?

A

Positiva => relação descrita pela LM.

31
Q

A Procura da Moeda

Qual é a expressão da LM, assumindo que a função procura de moeda é dada pela expressão: M^d = αPY - βr?

A

Resolve-se a procura de moeda em ordem a r:
r = (αPY - M) / β

32
Q

A Procura da Moeda

Como se atinge a situação de equilíbrio na economia segundo o modelo keynesiano?

A

Através da interação do mercado monetário, representado pela curva LM, com o mercado real, representado pela curva IS => a taxa de juro de equilíbrio e o rendimento real são determinados conjuntamente.

33
Q

A Procura da Moeda

Em que consiste a armadilha de liquidez?

A

A LM é uma linha horizontal.
A PM deixa de ser um instrumento efetivo de PM, na medida em que variações do stock de moeda não conseguem influenciar as taxas de juro.

34
Q

A Procura da Moeda

Como se caracteriza a teoria quantitativa da moeda para Friedman?

A

É a teoria da procura de moeda e não uma teoria do rendimento nem uma teoria dos preços.

35
Q

A Procura da Moeda

Segundo Friedman, quem procura moeda e porquê?

A

Os indivíduos porque são titulares de riqueza e encontram na moeda um ativo alternativo para a reserva de valor;
As empresas porque a moeda é um bem de capital imprescindível ao bom decurso do processo produtivo, onde se combina com outros inputs para a produção dos bens finais.

36
Q

A Procura da Moeda

Segundo Friedman, quais são os determinantes da procura de moeda?

A

A) Riqueza total - desempenha um papel semelhante ao da restrição orçamental - é riqueza tudo o que gera fluxos periódicos de rendimento ou de B&S consumíveis => rendimento nominal é a remuneração periódica de todas as formas de riqueza a uma certa taxa de juro: Y = rW. Este rendimento diz-se permanente, o qual deve ser constante no curto-prazo. Consequentemente, Brunner e Meltzer interpretam a perspetiva de Friedman como uma teoria da flutuação dos preços em torno da posição de longo-prazo de uma economia com rencimento igual ao permanente, e não como uma teoria de curto-prazo.

B) Remuneração da moeda e de ativos alternativos. A remuneração da moeda é a taxa de juro a que se vencem os depósitos à ordem e ainda a variação no seu poder de aquisição de bens e serviços (que depende negativamente do NGP).

C) Nível geral dos preços. Afeta a remuneração real de todos os ativos.

D) Gostos e preferências por moeda. A procura de moeda está associada à procura de portefólios, a qual é função dos gostos e preferências compatível com a maximização do nível de utilidade. Os gostos e preferências, μ, tende a ser constante ao longo do tempo, mas pode mudar devido a períodos de incerteza.

Riqueza é um stock.
Rendimento é um fluxo.

37
Q

A Procura da Moeda

Qual a formulação da função procura nominal de moeda de Friedman? Qual a relação entre a procura de moeda e as suas variáveis?

A

M^d = f(P, r_B, r_E, 1/P x dP/dt, ω, Y, μ), onde:
- P é o NGP; (+)
- r_B é a taxa de remuneração das obrigações; (-)
- r_E é a taxa de remuneração das ações; (-)
- 1/P x dP/dt é a taxa de inflação esperada; (-)
- ω é a remuneração do capital humano (rácio entre capital não humano e capital humano); (-)
- Y é o rendimento nominal; (+)
- μ corresponde aos gostos e preferências por moeda. (+)

r = g(r_B, r_E)

38
Q

A Procura da Moeda

Que pressuposto fundamental Friedman considera para a construção da função nominal da procura de moeda?

A

Existe ausência de ilusão monetária, pois é uma função homogénea de primeiro grau em P. Assim, vem que:
(M^d/P) = f(r_B, r_E, 1/P x dP/dt, ω, Y/P, μ)

Ou seja, a procura de moeda relevante para a perspetiva de Friedman é a procura real.

39
Q

A Procura da Moeda

O que Friedman postula acerca da função procura de moeda?

A
  • É estável (mas não tem de ser constante!!!);
  • Depende de um número reduzido de variáveis explicativas;
  • Os fatores que a afetam são independentes dos que atingem a oferta.

A procura de moeda é mais importante que a procura de outros ativos, uma vez que consegue explicar, em conjunto com a oferta de moeda, o comportamento dos preços ao longo do tempo como sendo um fenómeno essencialmente monetário fruto de desequilíbrios no mercado monetário e de que é responsável a autoridade monetária.

P = M / f(r_B, r_E, 1/P x dP/dt, ω, Y/P, μ)

Não há nenhuma violação do pressuposto quando a velocidade de circulação de moeda aumenta em períodos de hiper-inflação.

40
Q

A Procura da Moeda

Críticas a Friedman?

A

A capacidade da PO para perturbar as condições de equilíbrio no mercado monetário é de nula relevância.

O impacto da PO no mercado monetário acontece indiretamente através da sua capacidade em modificar argumentos da função procura, mais concretamente o rendimento permanente na posse dos agentes económicos.

41
Q

A Procura da Moeda

Qual a expressão da função da procura de moeda de Friedman na forma logarítmica?

A

M^d = kPY^ηe^(-αr)
- k é uma constante;
- P é o NGP;
- Y é o rendimento real (e não o permanente);
- r é a taxa de juro;
- η é a elasticidade rendimento da procura de moeda (>0);
- α é a sensibilidade da procura de moeda a variações na taxa de juro (>0).

42
Q

A Procura da Moeda

Qual a expressão para a taxa de inflação segundo a procura logaritmizada de Friedman?

A

Em equilíbrio do mercado monetário, se diferenciarmos em ordem ao tempo a expressão logaritmizada da procura de moeda, vem:
p^. = m^. - ηy^. + α(dr/dt)

Ceteris paribus, a taxa de inflação é tanto maior quanto:
- > a taxa a que cresce a oferta de moeda;
- > o aumento da taxa de juro;
- < a expansão do PIB.

43
Q

A Procura da Moeda

Qual é a importância da sensibilidade da procura de moeda à taxa de juro?

A

Diz quanto é que a taxa de juro terá de se ajustar para restabelecer o reequilíbrio do mercado monetário na sequência de um choque.

Quanto > a sensibilidade, < terá de ser o ajuste da taxa de juro.

44
Q

A Procura da Moeda

O que se considera para contornar o facto de o processo de ajustamento ser lento nos preços em Friedman?

A

Acrescenta-se uma variável λ que corresponde à velocidade do mecanismo de ajustamento.

p^.t = λ(m^.t - ηy^.t + α(dr/dt)) + (1-λ)p^.t-1

Ou seja, a taxa de inflação é uma média, ponderada exponencialmente, dos choque monetários que ocorreram nesse período e em períodos passados, de maneira que quanto mais recente é o choque, mais peso terá na formação da taxa, e vice-versa.

Como a procura de moeda é estável e independente dos fatores que determinam a sua oferta, os desequilíbrios do MM e os seus efeitos (como a inflação) são atribuíveis ao comportamento da oferta, a qual é determinada pelos BC.

45
Q

A Procura da Moeda

O que é a inflação?

A

Aumento sustentado e continuado do NGP, sendo um fenómeno essencialmente monetário.

46
Q

A Procura da Moeda

Quais são as classes que Karnosky distingue para os fatores não monetários?

A
  • Fatores que têm um impacto transitório sobre o NGP e sobre a taxa de inflação;
  • Fatores que têm um impacto permanente sobre o NGP, mas um impacto apenas transitório sobre a taxa de inflação.
47
Q

A Procura da Moeda

Qual é a expressão simplificada da teoria quantitativa da moeda em termos dinâmicos para Karnosky?

A

p^. = m^. - y^.

  • p^. é a taxa de inflação;
  • m^. é a taxa de crescimento do stock nominal de moeda;
  • y^. é a taxa de crescimento do rendimento real.
48
Q

A Procura da Moeda

Supondo que os fatores têm um impacto permanente sobre a taxa de inflação, o que acontece se o BC conduzir uma PM mais expansionista?

A

A taxa de crescimento do stock nominal de moeda aumenta => a taxa de inflação aumenta => PM expenasionista resulta num aumento permanente da taxa de crescimento dos preços, ou seja, gerou um aumento da inflação.

49
Q

A Procura da Moeda

Supondo que os fatores têm um impacto transitório sobre o NGP e sobre a taxa de inflação, o que acontece se o governo conduzir uma PO para controlar a inflação?

A

No momento em que há congelamento dos preços, estes crescem a uma taxa inferior à compatível com as condições do mercado monetário, nomeadamente com a taxa de crescimento da oferta de moeda.

No momento da abolição do congelamento dos preços, estes crescem a uma taxa superior à compatível com as condições do MM, nomeadamente com a tx de crescimento da oferta de moeda, para um efeito de catching-up.

A partir do momento em que o catching-up termina, os preços passam a crescer à taxa de crescimento de longo-prazo determinada pelas condições do mercado monetário.

Conclusão: o congelamento dos preços durante um determinado período de tempo não tem efeito permanente sobre o seu nível nem sobre a sua taxa de crescimento, pelo que não se altera a taxa de inflação.

50
Q

A Procura da Moeda

Supondo que os fatores têm um impacto permanente sobre o NGP, mas apenas transitório sobre a taxa de inflação, o que acontece se o governo aumentar a taxa do IVA (imposto indireto)?

A

No momento em que aumenta a taxa do IVA, o NGP aumenta permanentemente, mas a sua taxa de crescimento aumenta apenas de forma transitória (de forma a o NGP atingir o patamar acima).

Conclusão: fatores do lado dos custos, como o aumento de impostos indiretos, o aumento do preço das matérias primas, o aumento único dos salários não acompanhado pelo aumento da produtividade, nunca poderão ser causa de inflação. A inflação é um fenómeno essencialmente monetário, os fatores reais apenas podem afetar temporariamente a taxa de cresciemento dos preços.

51
Q

A Procura da Moeda

Segundo Lucas, existem evidências econométricas a favor da teoria quantitativa da moeda?

A

Sim. Tanto estudos cross-section como estudos baseados em séries temporais concluem que o aumento da taxa de crescimento da oferta nominal de moeda gera um aumento proporcional nos preços no longo-prazo (taxa de inflação de longo prazo).

52
Q

A Procura da Moeda

Segundo De Grauwe, que aspetos é preciso ter em atenção relativamente à relação proporcional entre a taxa de inflação e a taxa de crescimento da oferta nominal de moeda?

A

1) No curto-prazo, esta relação não é táo evidente, devido a não neutralidade da moeda (ou super-neutralidade) neste prazo.
2) Países que tenham baixas taxas de inflação e/ou baixas taxas de oferta nominal de moeda não têm uma relação proporcional, isto é, a oferta nominal de moeda não é um bom previsor para a inflação em países que tenham baixas taxas de inflação.

53
Q

A Procura da Moeda

Segundo os estudos de De Grauwe, como utilizam os BC a oferta do stock nominal de moeda para as decisões de PM?

A

Dada a razão de não ser um bom indicador da previsão da inflação em países em que a taxa de inflação seja baixa, os BCs principais (FED e BCE) não a têm em consideração na formulação da PM.

O coeficiente de correlação entre as variáveis taxa de inflação e taxa de crescimento M3 para a Zona Euro é positivo, mas inferior ao que a teoria quantitativa da moeda previa.

54
Q

A Procura da Moeda

Quais as 6 principais características do novo modelo keynesiano?

A

1) Modelo de eq. geral, simples, formado por um sistema de 3 equações a três variáveis dependentes: a taxa de inflação, a taxa de juro oficial e o rendimento real;
2) As equações estruturais são derivadas a partir dos processos de otimização de agentes económicos racionais;
3) Na eq. relativa à formação da taxa de juro oficial, integra a função reação da autoridade monetária exposta segundo a regra de Taylor;
4) É um modelo sem moeda. Os agregados monetários são excluídos neste modelo, de maneira que a moeda é entendida como não tendo nenhuma influencia direta na formação seja da taxa de inflação seja do rendimento real;
5) Modelo com incorporação das expectativas;
6) Entre as variáveis independentes, encontram-se os desvios das variáveis dependentes efetiva e objetivo.

É, então, um modelo que é válido no curto e médio-prazo, não apresentando nenhum constrangimento à condução de PM por via das taxas de juro oficiais. A quantidade de moeda em circulação é uma variável endógena determinada pela procura à taxa de juro oficial fixada pelo BC.

55
Q

A Procura da Moeda

Quais são as 3 expressões do novo modelo keynesiano? E qual o seu significado?

A

Pág. 212 do livro.

A 1ª eq. (que tem como var. dependente a taxa de inflação) corresponde à Nova Curva Keynesiana de Phillips, a qual se deriva a partir do problema de otimização da empresa individual em concorrência monopolística e com algum grau de rigidez nos preços.

A 2ª eq. (que tem como var. dependente o rendimento real) corresponde à curva da procura agregada dominada pelas expectativas, refletindo o comportamento de otimização do consumidor racional e o equilíbrio no mercado de B&S.

A 3ª eq. (que tem como var. dependente a taxa de juro nominal oficial) corresponde à regra de Taylor, especificando em que sentido deve agir o BC sobre a taxa de juro nominal.

56
Q

A Procura da Moeda

Qual é a relação da variável dependente e as variáveis independentes das 3 equações do novo modelo de Keynes?

A
  • A taxa de inflação varia positivamente com a taxa de inflação esperada, mas menos do que ela em consequência da rigidez nos preços;
  • A taxa de inflação varia positivamente com o output gap;
  • O produto real varia negativamente com a taxa de juro real;
  • O produto real varia positivamente com o valor esperado para o produto real;
  • A taxa de juro nominal varia positivamente com o output gap;
  • A taxa de juro nominal varia positivamente com o gap da taxa de inflação.