Carcinoma da Próstata Flashcards

1
Q

Quais são os fatores de risco para carcinoma da próstata?

A

Idade avançada (++), raça negra (++), testosterona, dieta rica em gorduras, carnes vermelhas ou processadas, hábitos etílicos, história familiar (por alteraçõesno BRCA1, BRCA2 e HOXB13)

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2
Q

Que fatores podem ser protetores de carcinoma da próstata?

A

Obesidade e alguns fármacos como metformina, estatinas etc.

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3
Q

Realizamos algum tipo de rastreio para o carcinoma da próstata?

A

Não, uma vez que o rastreio pode levar a sobretratamento

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4
Q

A que sintomas está associado o carcinoma da próstata?

A

Inicialmente é assintomático, sendo que após o crescimento pode haver invasão da uretra ou do colo vesical com poliaquiúria, disúria, hesitação, alteração do jato urinário, dor ao ejacular e hematúria. Se já houver metástases, com compressão medular, pode haver diminuição da força muscular dos MI e incontinência

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5
Q

Qual é a utilidade do PSA?

A

Como o PSA é produzido por tecido prostático benigno e maligno, pode ser detatado no pâncreas e nas glândulas salivares e pode estar aumentado devido à HBP, instrumentação uretral e infeções, temos que enquadrar o seu aumento no caso clínico. Diminui com agentes que diminuem a testosterona sérica como agonistas e antagonistas LHRH (usados no tratamen do CaP) e por inibidores da 5-alfa-redutase. O cut-off é aos 4ng/ml. Deve ser ajustado à idade.

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6
Q

Como ajustamos o PSA à idade?

A

40-49: <2, 50-59: <3, 60-69:<4, 70-79:<5.5

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7
Q

Quais são as vantagens da RM multiparamétrica?

A

Identifica zonas que não foram percecionadas através do toque retal, uma vez que avalia as ponderações em T1, T2, o comportamento dinâmico ao contraste e a restrição à difusão. Também pode ser útil para guiar a biópsia, mas tem um custo elevado

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8
Q

Como é a classificação Pi-RADS?

A

Pi-RADS 1: Presença de neoplasia maligna clinicamente relevante muito pouco provável
Pi-RADS 2: Presença de neoplasia maligna clinicamente relevante pouco provável
Pi-RADS 3: Presença de neoplasia maligna clinicamente relevante equívoca
Pi-RADS 4: Presença de neoplasia maligna clinicamente relevante provável
Pi-RADS 5: Presença de neoplasia maligna clinicamente relevante muito provável

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9
Q

Quando usamos, e que dados fornece a ecografia transretal?

A

É utilizada como auxílio da bióspia prostática. Pode detatar nódulos hipoecogénicos que, se se localizarem à periferia, correspondem a CaP em 60% dos casos, nódulos isoecogénicos 39% e hiperecogénicos 1%. Podemos dizer que há invasão das vesículas seminais se houver abaulamento da implatação das vesículas, assimetria na ecogeneidade associadas a zonas hipoecogénicas da base

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10
Q

Quando está indicada a bióspia prostática?

A

Quando há alterações do toque retal, aumento do PSA e lesões detatadas na RM (Pi-RADS 3,4 ou 5)

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11
Q

Quando repetimos a biópsia?

A

Quando há manutenção da suspeita clínica mesmo após a biópsia negativa, achados positivos na RM e quando em biópsia prévia for detetada proliferação atípica de pequenos ácinos, neoplasia intrapitelial extensa de alto grau (HGPIN), glândulas atípicas adjacentes a HGPIN e carcinoma intraductal

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12
Q

Que preparação é necessária na bióspia prostática?

A

Antibioterapia profilática, ter em atenção a utilização de anticoagulantes/antiagregantes pelo doente e enema de limpeza

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13
Q

Como é a escala de Gleason?

A

Classificamos em 5 tipos de padrões:
1 - Glândulas bem definidas
2 - Glândulas menos definidas com células pleomórficas
3 - Glândulas irregulares
4 - Fusão de glândulas
5 - Clusters de células tumorais, sem definição de glândulas
Depois fazemos a escala com os dois padrões mais predominantes

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14
Q

Como é que traduzimos a escala de Gleason para a de ISUP?

A

ISUP: 1=2-6 GLEASON
2=7(3+4)
3=7(4+3)
4=8(4+4 ou 3+5 ou 5+3)
5=9-10

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15
Q

Que ECDs fazemos para estadiamento do carcinoma da próstata?

A

Cintigrama ósseo (para pesquisa de mx ósseas, sendo que raramente é positivo em doentes com PSA<10ng/mL), PET-PSMA (sensibilidade superior), RM Pélvica (para verificar se existe estadiamento extraprostático), TC toraco-abdomino-pélvica e Eco renal (em doentes com doença avançada ou metastada para deteçao de hidronefrose, que é uma consequencia da invasao dos ureteres)

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16
Q

Como é o estadiamento TNM no carcinoma da próstata?

A

T1a: achado acidental <5% da peça histológica
T1b: achado acidental >5% da peça histológica
T1c: achado em biópsia realizada por elevaç\ao do PSA
T2a: envolve <50% de apenas 1 lobo prostático
T2b: envolve >50% de apenas 1 lobo prostático
T2c: enolve os 2 lobos prostáticos
T3a: extensao extra-cápsula
T3b: invasao das vesículas seminais
T4: tume fixo ou envolve as estruturas adjacentes (exceto as vesículas seminais)

N0: sem atingimento ganglionar
N1: atingimento de ganglios loco regionais

M0: sem metástases
M1a: metástases dos ganglios nao locorregionais
M1b: metástases ósseas
M1c: metastases noutros órgaos

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17
Q

Quando consideramos um doente de baixo risco com
CaP?

A

PSA<10ng/ml, Gleason<7, ISUP 1, cT1,T2a

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18
Q

Quando consideramos um doente de risco intermédio com
CaP?

A

PSA 10-20 ng/ml, Glaason 7, ISUP 2/3, cT2b

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19
Q

Quando consideramos um doente de alto risco com
CaP?

A

PSA > 20 ng/mL, Gleason>7, ISUP 4/5, T2b, T3, T4, N+

20
Q

Que estratégias curativas temos no CaP?

A

Vigilancia ativa, terapia focal, prostatectomia radical com ou sem linfadenectomia pélvica, radioterapia externa, braquiterapia

21
Q

Como fazemos vigilancia ativa no CaP?

A

PSA (pode haver aumento abrupto), toque retal (podem aparecer novas características), realizaçao de biópsias (pode haver um Gleason mais avançado) e RM

22
Q

Quais sao os doentes ideias para terapia focal no CaP?

A

Atingimento unilateral, baixo volume prostático, classificaçao de risco baixo,esperança de vida > 10 anos e lesao completamente destrutível pelas técnicas de terapia focal

23
Q

Que técnincas de terapia focal existem?

A

Quimioterapia, terapêutica fotodinâmica, criablação, ablação laser focal e eletroporação

24
Q

Quando fazemos linfadenectomia pélvica na prostatectomia radical?

A

Em doentes com elevado risco de metástases ganglionares

25
Q

Que efeitos secundários podem surgir da prostatectomia radical?

A

Disunção erétil e incontinência urinária (há recuperação em alguns meses, contrariamente à radioterapia, principalmente se houver preservação dos vasos e dos nervos) e complicações relacionadas com a cirurgia (infeção, hemorragia etc.)

26
Q

Qual é o doente ideal para prostatectomia radical?

A

Jovem, sem comorbilidades, continente e potente e com doença localizada

27
Q

Quais são as características da radioterapia externa?

A

Tem taxa de cura a longo prazo inferior à prostatectomia e permite que haja controlo locorregional da doença. Pode ser realizada isoladamente ou em conjunto com hormonoterapia (que leva a melhores resultados a longo prazo)

28
Q

Quais são os efeitos secundários da radioterapia externa?

A

Deterioração lenta da função sexual e da continência urinári (com fraca recuperação), provoca LUTS de armazenamento e esvaziamento, toxicidade a longo prazo (pode originar cistite ou protite rádica)

29
Q

Qual é o doente ideal para radioterapia externa?

A

Mais velho, com comorbilidades, sem LUTS (uma vez que a radioterapia os agrava)

30
Q

Qual é o doente ideal para braquiterapia?

A

CaP de baixo risco, volume prostático baixo, sem LUTS

31
Q

Quais são as contraindicações absolutas para braquiterapia?

A

Esperança de vida limitada, risco anestésico inaceitável, doença sistémica e ausência de reto

32
Q

Quais são as contraindicações relativas para braquiterapia?

A

IPSS>20, história de radioterapia pélvica, RTU-P prévia, volume prostático>60cm3 e doença inflamatória intestinal

33
Q

Que efeitos secundários podem surgir da braquiterapia?

A

LUTS de armazenamento e esvaziamento, toxicidade a longo prazo (cistite rádica e protite rádica), incontinência urinária (menor que na RT) e disfunção erétil

34
Q

Qual é o tratamento paliativo de 1a linha?

A

Hormonoterapia

35
Q

O que podemos dar na hormonoterapia?

A

Agonistas LHR/antagonistas LHRH (bloqueiam o eixo hipotálamo-hipófise-gónada e a produção de androgénios): goserrelina e leuprorrelina
Antiandrogénios (bloqueiam os recetores periféricos dos androgénios nos órgãos albvo): bicalutamida e flutamida
Castração cirúrgica: orquidectomia

36
Q

Quais são os efeitos secundários na hormonoterapia?

A

Impotência, dminuição da líbido, risco cardiovascular, perda de massa óssea

37
Q

Quando e o que se usa para a quimioterapia no CaP?

A

Usa-se como 2a linha quando é resistente à castração. Utiliza-se docetaxel e cabazitaxel

38
Q

Como fazemos a avaliação pós-operatória?

A

Avaliamos o estado funcional geral, urinário e sexual e vemos os resultados das margens, do PSA (<0.2ng/ml), o estadiamento e o score de Gleason pela anatomia patológica

39
Q

Como fazemos a reabilitação da continência urinária?

A

Fisioterapia do pavimento pélvico (exercícios de Kegel), anticolinérgicos ou agonistas B3 e cirurgia

40
Q

Como fazemos a reabilitação da função erétil?

A

Inibidores fosfodiesterase 5, alprostadil (intracavernoso ou uretral), aparelhos de vácuo e cirurgia (para colocação de prótese peniana)

41
Q

Como fazemos a vigilância a longo e médio prazo após tratamento do CaP?

A

Fazemos exame clínico e toque retal a cada 3-4meses nos 2 primeiros anos, a cada 6 meses dos 2-5 anos e anualmente a partir dos 5 anos.
O toque retal faz-se sempre que há PSA positivo ou sintomatologia

42
Q

Como fazemos as biópsias prostáticas?

A

Geralmente são biópsias randomizadas, uma vez que nõ sabemos onde está o cancro. São feitas por via transretal, mas também podem ser feitas por via transperitoneal. Faz-se em duplo sextante (com 6 disparos em cada lado, 2 na base direita, 2 no andar médio e 2 no apéx à direita e igual no lado esquerdo)

43
Q

O que são biópsias de fusão?

A

Como já não se fazem biópsias sem RM, utiliza-se fusão cognitiva em que se vê onde está a lesão na RM, fazemos ecografia e quando se deteta o local que parece ser correspondente ao das imagens faz-se biópsia

44
Q

Que tipo cancro são geralmente os da próstata?

A

Adenocarcinomas

45
Q

Quais são as características da PET PSMA?

A

Utiliza um antigénio específico da membrana, muito específico do cancro da próstata - o PSMA que emite radiação.