Cardiologia Flashcards
(107 cards)
Drogas que tem impacto sobre a sobrevida bem estabelecido na SCA.
AAS, beta-bloqueador e clopidogrel (ABC).
Um paciente de 65 anos de idade, hipertenso, diabético e dislipidêmico procurou o PA pois evoluiu com dor torácica em aperto com irradiação para o dorso e braço esquerdo, desencadeado por esforço físico. Relata que após sentar-se e se acalmar, a dor passou espontaneamente. Relata episódios prévios semelhantes, cuja frequência aumentou na última semana.
No momento do atendimento, estava assintomático. O ECG demonstra ondas T de polaridade invertida e morfologia simétrica em D2, AVL, V5 e V6. PA = 130x90; Fc = 90; ausculta cardíaca sem alterações.
Qual é o diagnóstico e a conduta?
Esse paciente apresenta dor anginosa típica, sugerindo suboclusão coronariana. O ECG demonstra alterações sugestivas de isquemia: ondas T de polaridade invertida e simétricas nas derivações da esquerda. Já temos um diagnóstico de SÍNDROME CORONARIANA AGUDA SEM SUPRA DE ST.
Deve-se, então, DOSAR MARCADORES DE NECROSE para diferenciar entre angina instável e IAM sem supra. Em seguida, devem ser utilizados escores clínicos para avaliação da gravidade (TIMI ou GRACE) e para direcionar a conduta.
Pacientes de médio/alto risco (como esse) devem ser internados e monitorizados por 24-48h, com realização de ECG e marcadores de necrose seriados. A conduta farmacológica imediata consiste no uso de AAS, clopidogrel, heparina e beta-bloqueador. Nitratos são os antianginosos de 1ª escolha.
A maioria dos casos será encaminhada para cateterismo e ANGIOPLASTIA PRECOCE (< 24h) → pacientes de risco médio/alto, presença de infra de ST ao ECG, elevação de troponinas. Em quadros de instabilidade hemodinâmica, TV ou FV ou dor refratária faz-se a angioplastia imediata (< 2h).
📌 Na suboclusão NUNCA devemos fazer trombolíticos (aumento paradoxal da mortalidade).
Em quanto tempo deve ser feito o CATE em uma SCA sem SST?
INVASIVA IMEDIATA (< 2h)
- INSTABILIDADE hemodinâmica.
- Choque cardiogênico.
- Angina refratária.
- Insuficiência mitral aguda.
INVASIVA PRECOCE (< 24h)
- Alto risco (GRACE > 140).
- Elevação de MARCADORES de necrose miocárdica.
- Alterações dinâmicas de ST.
INVASIVA (< 72h)
- GRACE 109 a 140 ou TIMI ≥ 2.
- COMORBIDADES: DM ou DRC (TFG < 60).
- Disfunção de VE (FEVE < 40).
- ICP ou CRVM prévias.
CONSERVADORA
- Dúvida do diagnóstico.
- Baixo risco: TIMI 0-1 ou GRACE < 109.
- Preferência do paciente.
Descreva o escore de TIMI.
O TIMI serve para estratificar o risco diante de um contexto de de IAM sem supraST. São 7 itens avaliados:
- Idade ≥ 65.
- Elevação de marcadores de necrose.
- Desvio ST ≥ 0,5mm.
- Uso de AAS no últimos 7 dias.
- ≥ 3 fatores de risco para DAC → HAS, DM, dislipidemia, tabagismo, história familiar.
- DAC prévia conhecida (estenose ≥50% ao CATE).
- Angina grave recente (≥ 2 episódios em 24h).
TIMI 0-2 = baixo risco → cogitar investigação conservadora (teste ergométrico ainda na internação após estabilização).
TIMI 3-4 = moderado risco → CATE.
TIMI 5-7 = alto risco → CATE.
📌 Mas cuidado! Há recomendações novas de CATE já a partir de TIMI ≥ 2.
Paciente apresentou SCA, foi realizado manejo inicial e manteve-se hemodinamicamente estável. 72h depois evoluiu com PIORA SÚBITA DO QUADRO, apresentando sopro holossistólico em BEE baixa, hipotensão e estertores crepitantes no pulmão.
Qual é a principal HD e o tratamento?
Note que, após um IAM, esse paciente evoluiu subitamente com sinais de insuficiência ventricular esquerda: CHOQUE e EDEMA AGUDO DE PULMÃO.
Considerando também o sopro HOLOSSISTÓLICO, o mais provável é que tenha ocorrido RUPTURA DO SEPTO INTERVENTRICULAR, uma complicação mecânica do IAM anterior (coronária DA).
O tratamento é SEMPRE CIRÚRGICO.
📌 O principal diagnóstico diferencial é a ruptura de músculo papilar, que mais comumente decorre de IAM inferior. Nesse caso, o sopro é apenas sistólico, mas muitas vezes a distinção só é possível com ECO.
Quais são os exames iniciais para investigação de ANGINA ESTÁVEL?
São feitos TESTES PROVOCATIVOS DE ISQUEMIA:
- O exame de escolha inicial é o TESTE ERGOMÉTRICO. Mas atenção: ele só pode ser feito para pacientes com ECG de base normal (logo, não pode se tiver BRE) e com capacidade de fazer exercício físico.
- Se o ECG de base for anormal, opta-se por CINTILOGRAFIA ou ECO de esforço.
- Se o paciente não consegue fazer exercício, utiliza-se estresse farmacológico: cintilografia com dipiridamol ou adenosina; ou ECO com dobutamina.
Indicações de CATE na angina estável.
- Pacientes REFRATÁRIOS ao tratamento farmacológico;
- Pacientes de ALTO RISCO nos exames provocativos → infra > 2 mm ou que dura > 5 min; arritmia ventricular; distúrbio de condução; déficit inotrópico (PAS não se eleva); isquemia no estágio 1 de Bruce (3 min andando a 4m/min).
Contraindicações ao uso de trombolítico.
- PAS > 185 ou PAD > 110;
- Sangramento ativo (exceto menstruação);
- Coagulopatia;
- Dissecção aórtica;
- Tumor craniano, malformação arteriovenosa ou AVE hemorrágico prévios;
- Nos últimos 3 meses: AVE isquêmico ou TCE.
📌 No caso de SCA, os trombolíticos só costumam ser indicados em ATÉ 12 HORAS do início dos sintomas (depois disso, a necrose já está estabelecida). São escolhidos quando a angioplastia não é possível, com tempo porta-agulha recomendado de 30 minutos.
Paciente com supra de ST em D2, D3 e AVF, apresentando-se com hipotensão arterial, turgência jugular e pulmões limpos. Qual é o diagnóstico mais provável e a conduta?Paciente com supra de ST em D2, D3 e AVF, apresentando-se com hipotensão arterial, turgência jugular e pulmões limpos.
Qual é o diagnóstico mais provável e a conduta?
As derivações com supra evidenciam um infarto de parede inferior. Mas atenção: esse paciente apresenta quadro clínico de falência de ventrículo direito! O INFARTO DE VD frequentemente se associa ao inferior, pois ambas as regiões são supridas pela CORONÁRIA DIREITA. Pode ser confirmado com a solicitação de V3R e V4R.
Existem algumas limitações para o tratamento no infarto de VD:
- São CONTRAINDICADAS drogas que reduzem a pré-carga ventricular: nitratos, morfina, BB e diuréticos;
- É necessário otimizar o retorno venoso → fazer REPOSIÇÃO VOLÊMICA seguida de reperfusão.
Contraindicações para o uso de BB na SCA.
- Uso de cocaína → causa vasoconstrição coronariana exacerbada (“sobram” apenas os receptores alfa, que são vasoconstritores, para serem estimulados);
- PAS < 100;
- Bradicardia (FC < 60 bpm);
- BAV 2º ou 3º grau;
- DPOC ou broncoespasmo graves;
- Infarto de VD;
- Sinais clínicos de falência de VE;
- Killip II, III ou IV.
📌 Cuidado aqui PO##%! Killip II, que cursa com B3 ou estertores, parece ser “de boa” mas já indica uma congestão que contraindica o beta-bloqueador!
Conduta inicial de um paciente com SCA.
Os passos iniciais são MOVENDO: Monitor (obter ECG), Oxímetro, Veia e Desfibrilador
- O2 se Sat < 90%;
- Aspirina (325 mg) + clopidogrel + heparina;
- Para a dor → nitrato sublingual. Progredir com nitroglicerina venosa ou morfina em caso de dor refratária;
- BB (carvedilol não!);
- Estatina (após estabilização);
- IECA.
Descreva a conduta específica para os pacientes com SCA e supra de ST.
ANGIOPLASTIA o mais rápido possível: tempo porta balão de 90 min, ou até 120 min se transferência for necessária.
Se não é possível transferir para angioplastia em tempo hábil, fazer TROMBOLÍTICO com tempo porta-agulha de 30 min. A tenecteplase é a opção preferencial.
📌 Para os pacientes em choque, com IC grave ou contraindicação ao uso de trombolítico, preferir a angioplastia independente do tempo.
Diagnósticos diferenciais da SCA em caso de supra de ST.
- PERICARDITE: supra côncavo difuso + infra de PR.
- ANGINA VASOESPÁSTICA (Prinzmetal): geralmente em jovens tabagistas ou usuários de cocaína. O supra desaparece em até 30 minutos. Trata-se com BCC e nitrato → NÃO pode dar BB.
- CARDIOPATIA ISQUÊMICA POR ESTRESSE (Takotsubo): normalmente em mulheres pós-menopausa. Tem uma clínica muito parecida com o IAM (inclusiva com supraST e elevação de enzimas), mas as coronárias são normais ao CATE (este revela o aspecto de “balonamento apical”). O quadro posteriormente é revertido.
Paciente de 52 anos, no terceiro dia após um IAM de parede inferior. Ao exame físico, apresentava quarta bulha, hipotensão arterial e irregularidade do ritmo cardíaco, caracterizada por pausas ventriculares precedidas ritmicamente por uma redução progressiva da intensidade da primeira bulha.
Ao ECG, havia prolongamento sucessivo do intervalo PR e eventuais ondas P não seguidas por QRS.
Qual é o diagnóstico?
Tanto a escuta como o ECG desse paciente demonstram o fenômeno de WENCKEBACH → aumento progressivo do iPR acompanhado de redução progressiva do iRR, culminando em uma falha de transmissão atrioventricular.
Trata-se, portanto, de BAV DE 2º GRAU MOBITZ 1, uma forma benigna e que tem boa resposta ao uso de atropina.
📌 O IAM de parede inferior, como no caso, está muito associado aos bloqueios atrioventriculares. A ocorrência de BAVT é um marcador de mal prognóstico.
Homem de 55 anos teve IAM há 5 semanas. Hoje, retorna ao serviço médico queixando-se de dor retroesternal ventilatório-dependente.
Qual é a hipótese diagnóstica?
Suspeitamos de pericardite diante de um quadro de dor retroesternal ventilatório-dependente que alivia com a inclinação do tronco para frente (“prece maometana”). À ausculta, notamos o atrito pericárdico. O ECG pode demonstrar supraST difuso côncavo e infraPR.
No caso, a HD é de SÍNDROME DE DRESSLER. Trata-se de uma etiologia de pericardite pós-IAM de natureza AUTOIMUNE. Costuma surgir de SEMANAS A MESES após o IAM e é autolimitada.
O principal diagnóstico diferencial nas provas é pericardite EPISTENOCÁRDICA, que é mais PRECOCE (ocorre mais até 10 dias após o IAM). Ocorre por interação entre a área de necrose e o pericárdio, sendo mais frequente em IAMs grandes. Logo, tem PIOR PROGNÓSTICO do que a síndrome de Dressler.
OBS: outras etiologias de pericardite comuns na prova são:
- Viral → ocorre semanas após IVAS → é autolimitada e tratada com AINEs e colchicina.
- Bacteriana → clínica mais florida → → ATBs parenterais + drenagem.
- Urêmica → é indicação de diálise! Mas atenção, não podemos fazer anticoagulação pois o derrame é sanguinolento.
Como ocorre a evolução da lesão isquêmica na SCA com supra de ST?
O IAMCSST evolui como: isquemia → corrente de lesão → necrose (é a única irreverssível).
1) ISQUEMIA: altera a onda T.
- SUBENDOCÁRDICA: onda T POSITIVA, apiculada e simétrica.
- —> Por que isso ocorre? Pois a onda de repolarização vai fisiologicamente do epicárdio para o endocárdio. Logo, seguirá seu vetor normal mas de maneira mais lenta.
- SUBEPICÁRDICA OU TRANSMURAL: onda T NEGATIVA, apiculada e simétrica.
- —> Pois a onda de repolarização vai se inverter (irá do endocárdio para o epicárdio).
📌 O vetor de repolarização é no sentido oposto do de despolarização, mas ocorre com carga oposta. Logo, ambos ficam positivos no ECG normal.
2) CORRENTE DE LESÃO: altera o segmento ST → o vetor vai em direção à área lesada.
- SUBENDOCÁRDICA: INFRA de ST (vetor vai “fugir” do eletrodo).
- SUBEPICÁRDICA OU TRANSMURAL: SUPRA de ST (vetor irá em direção ao eletrodo).
3) NECROSE: altera QRS, gerando onda Q patológica ou desaparecimento da onda R.
OBS: as lesões subendocárdicas são por oclusão parcial, enquanto as epicárdicas e transmurais são completas.
Diante de um IAM de parede inferior é fundamental excluirmos IAM de VD (por isso, devemos solicitar V3R e V4R). Mas, através de um ECG sem essas derivações, como já podemos desconfiar de IAM de VD?
A parede inferior é irrigada em 70% das pessoas pela coronária direita e em 30% pela circunflexa (que é ramo da esquerda).
Desconfiamos que a irrigação inferior é feita pela coronária direita se:
- Supra ST DIII > supra DII (DIII mostra mais o VD do que DII).
- Infra ST em DI e aVL (imagem em espelho).
- SupraST presente em V1 e ausente em V2 → é o mais característico.
Por outro lado, desconfiamos que a irrigação é feita pela circunflexa no contexto oposto:
- Supra ST DII > DIII.
- Supra ST em DI e aVL.
📌 O funcionamento de VD depende muito de volume sanguíneo. Por isso, diante de uma IAM de VD, não podemos utilizar drogas que reduzem a pré-carga (diuréticos, nitratos e morfina) e é importante realizar reposição volêmica.
Quais são os critérios eletrocardiográficos para considerarmos o IAM como sendo de supraST?
Basicamente, supraST > 1mm em duas derivações consecutivas da mesma parede ou BRE novo (ou presumivelmente novo). Porém, há uma exceção:
Em V2 e V3, consideramos supra se:
- Mulheres → > 1,5mm.
- Homens < 40 anos → > 2,5mm.
- Homens > 40 anos → > 2mm.
Após o tratamento de um IAM, quais são os principais critérios de reperfusão?
O principal critério de reperfusão é a DIMINUIÇÃO ≥ 50% DO SUPRA DE ST EM ATÉ 90 MINUTOS.
Outros achados que apontam para a restauração do fluxo são:
- Surgimento de Ritmo Idioventricular Acelerado (RIVA).
- Inversão da onda T até 4h após o início do IAM nas derivações que apresentavam o supra.
- Pico precoce de CK-MB (entre 8-12h).
No contexto de um IAM, qual é a diferença entre a estratégia fármaco-invasiva e a ICP (intervenção coronariana percutânea) de resgate?
Antes de explicar, devemos lembrar que o tempo porta-agulha deve ser < 30mins e o porta-balão < 90mins (ou no máximo 120min no caso de transporte até um hospital que realize a ICP).
A estratégia fármaco-invasiva é aplicada quando o tempo porta-balão contando com o transporte para o hospital com ICP é > 120 mins. Ela consiste na administração do trombolítico pré-hospitalar com posterior ICP em até 24h.
Já a ICP de resgate é feita se houver falha da fibrinólise (ausência de critérios de reperfusão ou recorrência da dor) ou reoclusão.
📌 O principal critério de reperfusão é a diminuição do supraST em pelo menos 50% em 90mins.
Como as principais complicações do IAM podem cair na prova?
- Choque cardiogênico → principal causa de óbito intra-hospitalar;
- Fibrilação ventricular → principal causa de óbito nas primeiras 48h;
- Ruptura de VE → colapso hemodinâmico com dissociação eletromecânica;
- Ruptura de músculo papilar → insuficiência mitral aguda → sopro sistólico no ictus irradiando para a axila;
- Ruptura de septo IV → CIV → sopro sistólico no 4 espaço interscostal irradiando para a direita;
- Aneurisma de VE → supraST persistente.
- Pericardite epistenocárdica (ou pós-IAM) → 1º ao 10º dia pós-IAM e com mal prognóstico;
- Síndrome de Dressler → pericardite autoimune autolimitada semanas a meses pós IAM.
Descreva a classificação de Killip.
Killip 1 = sem B3 ou estertores.
Killip 2 = B3 e estertores.
Killip 3 = EAP.
Killip 4 = choque cardiogênico.
Qual heparina é preferida no IAM após a reperfusão?
Após trombólise química → HBPM (enoxaparina);
Após angioplastia → HNF.
📌 Nos pacientes que não receberam terapia de reperfusão, não há preferência.
Escore HEART.
O escore HEART é de grande utilidade para guiarmos nossa conduta diante de pacientes com DOR TORÁCICA DUVIDOSA e que têm ELETROCARDIOGRAMA e TROPONINA NÃO-DIAGNÓSTICOS. A pontuação vai de 0 a 10, e, quanto maior for, mais agressivos e devemos ser. São pontuados 5 elementos de em 0, 1 ou 2:
- H → History (anamnese) → pouco (0), moderadamente (1) ou muito suspeita (2);
- E → ECG → normal (0), alterações de repolarização inespecíficas (1), ou com desvio de ST significativo (2);
- A → Age → < 45 anos (0), 45-64 anos (1), ≥ 65 anos (2);
- R → Rick factors → nenhum (0), 1-2 (1), ≥ 3 ou aterosclerose previamente tratada (2);
- T → Troponin → normal (0), 1-3x LSN (1), ≥ 3x LSN (2).
Agora, vamos às condutas:
- ≤ 3 = ALTA hospitalar e acompanhamento ambulatorial na ausência de outros diagnósticos alternativos que necessitem de maior cuidado;
- ≥ 4 = realizamos um TESTE INVASIVO → NEGATIVO = ALTA (vide acima) e POSITIVO = TRATAR COMO SCA.
📌 Lembrando que se já for tipicamente uma SCA evidente (ex: IAM com SST) ou caso o ECG e/ou as tropininas seriadas se alterem, nem precisa fazer esse escore antes de indicar o tratamento para SCA. Se por outro lado o quadro não for nem um pouco suspeito de SCA, também nem precisa fazer o escore.