Caso 4: úlceras e corrimento vaginal Flashcards

(93 cards)

1
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL
As infecções do trato reprodutivo – ITR são divididas em
- endógenas, iatrogênicas e IST
quais exemplos temos

A

Infecções endógenas (candidíase vulvovaginal e vaginose bacteriana);
› Infecções iatrogênicas (infecções pós-aborto, pós-parto);
› IST (tricomoníase, infecção por C. trachomatis e N. gonorrhoeae).

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2
Q

Quadro 28 – Exame ginecológico e IST

A

Quadro 28 – Exame ginecológico e IST
1o: basicão
depois: se tiver possibilidade, coletar material endocervical para cultura de gonorrhoeae em meio de transporte e pesquisa de trachomatis e gonorrhoeae por biologia molecular

> pode substituir biologia molecular por urina de 1o jato (min 4 hr na bexiga)

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3
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL
a colpocitologia oncótica e a colposcopia NÃO deve ser realizados com intuito de diagnosticar 3

A

vulvovaginite
vaginose
cervicite

quando indicados (ex rastreio de neoplasia) devem ser feitos de preferencia após tratamento das ITR (infeccao trato reprodutivo)

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4
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL

  • agente etiológico
A

Candida albicans é o agente etiológico da candidíase vulvovaginal – CVV em 80%
a 92% dos casos, podendo o restante ser devido às espécies não albicans (glabrata,
tropicalis, krusei, parapsilosis) e Saccharomyces cerevisae

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5
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
Quadro 29 – Fatores que predispõem à candidíase vulvovaginal

A

Quadro 29 – Fatores que predispõem à candidíase vulvovaginal

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6
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
quando é definida CVV recorrente

A

CVVR é definida quando a paciente reporta quatro ou mais
episódios sintomáticos de CVV em um ano

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7
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
A CVV classifica-se em CVV não complicada e CVV complicada 5
explique cada uma

A

É considerada não
complicada quando presentes todos os critérios a seguir: sintomas leves/moderados,
frequência esporádica, agente etiológico C. albicans e ausência de comorbidades.
Por outro lado, considera-se CVV complicada quando presente pelo menos um dos seguintes
critérios: sintomas intensos, frequência recorrente (CVVR), agente etiológico não albicans
(glabrata, kruzei), presença de comorbidades (diabetes, HIV) ou gestação

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8
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
diagnóstico
climicamente sinais e sintomas 6
sinais característicos 7

A

Clinicamente, a paciente pode referir os seguintes sinais e sintomas diante de uma
CVV clássica: prurido, ardência, corrimento geralmente grumoso, sem odor, dispareunia
de introito vaginal e disúria externa.

Os sinais característicos são eritema e fissuras
vulvares, corrimento grumoso, com placas de cor branca aderidas à parede vaginal,
edema vulvar, escoriações e lesões satélites, por vezes pustulosas pelo ato de coçar.

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9
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
citologia a fresco
como ph fica?

A

Para a citologia a fresco, utiliza-se soro fisiológico e hidróxido de potássio a 10%, a
fim de visibilizar a presença de hifas e/ou esporos dos fungos. Além disso, a CVV está
associada a pH normal vaginal (<4,5)

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10
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
com a citologia a fresco negativo e forte suspeita de CVV deve-se realizar

A

Diante de forte suspeita de CVV, mas com citologia a fresco negativa, deve-se realizar
cultura vaginal específica em meios de Sabouraud, Nickerson ou Microstix-candida

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11
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- CANDIDÍASE VAGINAL
Quadro 33 – Tratamento de candidíase vulvovaginal

A

Quadro 33 – Tratamento de candidíase vulvovaginal

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12
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
associada a
agentes etiologicos sendo o principal X + outros 9

A

A vaginose bacteriana – VB é a desordem mais frequente do trato genital inferior
entre mulheres em idade reprodutiva (gestantes ou não) e a causa mais prevalente
de corrimento vaginal com odor fétido.

Está associada à perda de lactobacilos e ao
crescimento de inúmeras bactérias, bacilos e cocos Gram-negativos anaeróbicos,

com predomínio de Gardnerella vaginalis,

seguida de Atopobium vaginae, Mobiluncus spp.,
Mobiluncus curtesii, Mobinculus mulieris, Bacteroides spp., Prevotella spp., Mycoplasma
hominis, Ureaplasma urealyticum e Streptococcus agalactie (grupo B).

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13
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
aumenta o risco de aquisição de
e quando presente nos procedimentos invasivos aumenta o risco de

A

A VB aumenta o risco de aquisição de IST (incluindo o HIV), e pode trazer
complicações às cirurgias ginecológicas e à gravidez (estando associada a ruptura
prematura de membranas, corioamnionite, prematuridade e endometrite pós-cesárea).
Quando presente nos procedimentos invasivos, como curetagem uterina, biopsia
de endométrio e inserção de dispositivo intrauterino – DIU, a VB aumenta o risco de
doença inflamatória pélvica – DIP.

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14
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
patogênese da infecção
- como é identificada no exame especular (parede vaginais, cor, shiller, corrimento)

A

Sem lactobacilos, o pH aumenta e a Gardnerella vaginalis produz aminoácidos, os
quais são quebrados pelas bactérias anaeróbicas da VB em aminas voláteis (putrescina
e cadaverina), levando ao odor desagradável, particularmente após o coito e a
menstruação (que alcalinizam o conteúdo vaginal), o que constitui a principal queixa
da paciente

A afecção é facilmente identificada ao exame especular, que mostra as
paredes vaginais em sua maioria íntegras, marrons e homogêneas ao teste de Schiller,
banhadas por corrimento perolado bolhoso em decorrência das aminas voláteis.

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15
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
diagnóstico
Se a microscopia estiver disponível, o diagnóstico é realizado na presença de pelo
menos três critérios de Amse 4

A

› Corrimento vaginal homogêneo;
› pH >4,5;
› Presença de clue cells (células guia) no exame de lâmina a fresco;
› Teste de Whiff positivo (odor fétido das aminas com adição de hidróxido de
potássio a 10%).

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16
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
diagnóstico
- qual padrão ouro
- nome do mais comumente usado

ver tabela Quadro 30 – Sistema de Nugent para diagnóstico de vaginose bacteriana

A

O padrão-ouro é a coloração por Gram do fluido vaginal. Quantifica-se o número
de bactérias e lactobacilos patogênicos, resultando em um escore que determina se há
infecção. O mais comumente utilizado é o sistema de Nugent

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17
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
diagnóstico
- há indicação de tratamento de rastreamento de vaginose bacteriana em mulheres assintómaticas
- qual indicação de tratamento

A

Não há indicação de rastreamento de vaginose bacteriana em mulheres
assintomáticas.

O tratamento é recomendado para mulheres sintomáticas e para
assintomáticas quando grávidas, especialmente aquelas com histórico de parto
pré-termo e que apresentem comorbidades ou potencial risco de complicações
(previamente à inserção de DIU, cirurgias ginecológicas e exames invasivos no trato
genital). O tratamento deve ser simultâneo ao procedimento, não havendo razão para
sua suspensão ou adiamento.

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18
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
diagnóstico
há recorrência? porque acontece

A

A recorrência de VB após o tratamento é comum: 15% a 30% das mulheres
apresentam VB sintomática 30 a 90 dias após a terapia com antibióticos, enquanto 70%
das pacientes experimentam uma recorrência em nove meses

Algumas causas justificam a falta de resposta terapêutica aos esquemas
convencionais; dentre elas, atividade sexual frequente sem uso de preservativos,
duchas vaginais, utilização de DIU, inadequada resposta imune e resistência bacteriana
aos imidazólicos. Cepas de Atopobium vaginae resistentes ao metronidazol são
identificadas em várias portadoras de vaginose bacteriana recorrente – VBR; contudo,
esses bacilos são sensíveis à clindamicina e às cefalosporinas.

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19
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- VAGINOSE BACTERIANA
Quadro 34 – Tratamento de vaginose bacteriana

A

Quadro 34 – Tratamento de vaginose bacteriana

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20
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE
é um tipo de
causada por

A

Vulvovaginite menos frequente nos dias atuais, a tricomoníase é causada por um
protozoário flagelado unicelular, o Trichomonas vaginalis, e parasita com mais frequência
a genitália feminina que a masculina

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21
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE
seus sinais e sintomas característicos consistem em
5
em caso de inflamação intensa 2
também ocorrer 2

A

Seus sinais e sintomas característicos consistem
em corrimento vaginal intenso, amarelo-esverdeado, por vezes acinzentado, bolhoso
e espumoso, acompanhado de odor fétido (na maioria dos casos, lembrando peixe) e
prurido eventual, que pode constituir reação alérgica à afecção. Em caso de inflamação
intensa, o corrimento aumenta e pode haver sinusiorragia e dispareunia157. Também
podem ocorrer edema vulvar e sintomas urinários, como disúria

Cerca de 30% dos casos são assintomáticos, mas algum sinal clínico pode aparecer.
Não há complicações sérias na mulher na grande maioria dos casos, mas a tricomoníase
pode propiciar a transmissão de outros agentes infecciosos agressivos, facilitar DIP, VB e, na
gestação, quando não tratada, pode evoluir para rotura prematura das membranas

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22
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE
no exame especular percebem-se

A

No exame especular, percebem-se microulcerações que dão ao colo uterino
um aspecto de morango ou framboesa (teste de Schiller “onçoide” ou “tigroide”). A
transudação inflamatória das paredes vaginais eleva o pH para 6,7 a 7,5 e, nesse meio
alcalino, pode surgir variada flora bacteriana patogênica, inclusive anaeróbica; por
conseguinte, se estabelece a vaginose bacteriana associada, que libera as aminas de
odor fétido, além de provocar bolhas no corrimento vaginal purulento.

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23
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE
diagnóstico
- exame mais comum
- visualiza-se

A

O diagnóstico laboratorial microbiológico mais comum é o exame a fresco, mediante
gota do conteúdo vaginal e soro fisiológico, com observação do parasita ao microscópio.

Habitualmente, visualiza-se o movimento do protozoário, que é flagelado, e um grande
número de leucócitos

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24
Q

INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE
diagnóstico
- teste das aminas
- bacterioscopia gram
- cultura

A

O pH quase sempre é maior que 5,0. Na maioria dos casos, o
teste das aminas é positivo.
À bacterioscopia com coloração pelo método de Gram,
observa-se o parasita Gram-negativo, de morfologia característica.
A cultura pode ser
requisitada nos casos de difícil diagnóstico. Os meios de cultura são vários e incluem o
de Diamond, Trichosel e In Pouch TV

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25
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- TRICOMONÍASE Quadro 35 – Tratamento de tricomoníase
Quadro 35 – Tratamento de tricomoníase metronidazol
26
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite são frequentemente assintómaticos nos casos sintomáticos. as principais queixas são 6 principais agentes etiológicos
Nos casos sintomáticos, as principais queixas são corrimento vaginal, sangramento intermenstrual ou pós-coito, dispareunia, disúria, polaciúria e dor pélvica crônica Os principais agentes etiológicos são Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae
27
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite os fatores associados à prevalência de cervicite são 5
mulheres sexualmente ativas com idade inferior a 25 anos, novas ou múltiplas parcerias sexuais, parcerias com IST, história prévia ou presença de outra IST e uso irregular de preservativo
28
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite - exame físico
Ao exame físico, podem estar presentes dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no orifício externo do colo, edema cervical e sangramento ao toque da espátula ou swab.
29
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite As principais complicações da cervicite por clamídia e gonorreia, quando não tratadas, incluem 4 O risco de desenvolvimento de sequelas está ligado ao
dor pélvica, DIP, gravidez ectópica e infertilidade O risco de desenvolvimento de sequelas está ligado ao número de episódios de DIP
30
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite As infecções por C. trachomatis e N. gonorrhoeae em mulheres, frequentemente, não produzem corrimento vaginal; entretanto, se ao exame especular for constatada 3 deve ser tratada para
As infecções por C. trachomatis e N. gonorrhoeae em mulheres, frequentemente, não produzem corrimento vaginal; entretanto, se ao exame especular for constatada a presença de muco-pus cervical, friabilidade do colo ou teste do cotonete positivo, a paciente deve ser tratada para gonorreia e clamídia, pois esses são os agentes etiológicos mais frequentes da cervicite mucopurulenta ou endocervicite – inflamação da mucosa endocervical.
31
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite Os sinais e sintomas da cervicite por C. trachomatis ou N. gonorrhoeae, em 60% a 80% das vezes, caracterizam-se por 3 além disso outros sintomas como 5 podem estar associados
dor à manipulação do colo, muco cervical turvo ou amarelado e friabilidade cervical Além disso, outros sintomas, como corrimento vaginal, febre, dor pélvica, dispareunia e disúria também podem estar associados à cervicite, não sendo contemplados no fluxograma
32
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite manifestações na gravidez e no RN
As infecções gonocócicas ou por clamídia durante a gravidez poderão estar relacionadas a partos pré-termo, ruptura prematura de membrana, perdas fetais, retardo de crescimento intrauterino e endometrite puerperal, além de conjuntivite e pneumonia do RN No RN, a principal manifestação clínica é a conjuntivite, podendo ocorrer também septicemia, artrite, abcessos de couro cabeludo, pneumonia, meningite, endocardite e estomatite A oftalmia neonatal, definida como conjuntivite purulenta do RN, ocorre no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira, especialmente quando causada pela N. gonorrhoeae. Por isso, a doença deve ser tratada imediatamente, a fim de prevenir dano oculardema de pálpebras e conjuntiva e/ou presença de material mucopurulento nos olhos.
33
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite- diagnóstico de cervicite metodo de escolha para casos sintomaticos e assintomaticos e para casos sintomaticos
o diagnóstico laboratorial da cervicite causada por C. trachomatis e N. gonorrhoeae pode ser feito pela detecção do material genético dos agentes infecciosos por biologia molecular. Esse método é o de escolha para todos os casos, sintomáticos e assintomáticos. Para os casos sintomáticos, a cervicite gonocócica também pode ser diagnosticada pela identificação do gonococo após cultura em meio seletivo (Thayer-Martin modificado), a partir de amostras endocervicais
34
INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO VAGINAL- cervicite- tratamento Quadro 31 – Tratamento de gonorreia e clamídia
Quadro 31 – Tratamento de gonorreia e clamídia
35
Figura 11 – Fluxograma para o manejo de corrimento vaginal Figura 12 – Fluxograma para o manejo de cervicite
gura 11 – Fluxograma para o manejo de corrimento vaginal Figura 12 – Fluxograma para o manejo de cervicite
36
PARTICULARIDADES - ver se precisa tricomoniose, vaginose bacteriana e candidiase
A tricomoníase vaginal pode alterar a classe da citologia oncológica. Por isso, quando houver alterações morfológicas celulares e tricomoníase, deve-se realizar o tratamento e repetir a citologia após três meses, para avaliar se as alterações persistem. VAGINOSE VB recorrente: o triplo regime (metronidazol gel dez dias + ácido bórico 21 dias + metronidazol gel duas vezes por semana, por quatro a seis meses) parece promissor, porém requer validação com estudo prospectivo randomizado e controlado. O papel do ácido bórico é remover o “biofilme” vaginal que facilitaria a persistência das bactérias patogênicas O uso de antissépticos, prébióticos e próbióticos e a reposição de lactobacilos vem sendo estudada, mas há ainda longo caminho a percorrer, pois a reposição deve ser realizada com as espécies que habitam a vagina e produzem H2O2, características primordiais para a proteção contra várias infecções, inclusive VB CANDIDIASE Nos casos recorrentes ou de difícil controle, devem-se investigar as causas sistêmicas predisponentes (diabetes e imunodepressão, inclusive a infecção pelo HIV e uso de corticoides). Dentre as reações adversas raras (entre 0,01% e 0,1%) do uso do fluconazol, citam-se agranulocitose, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, anafilaxia, angioedema, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hipocalemia, toxicidade e insuficiência hepática.
37
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL A presença de úlcera genital está associada a um elevado risco de transmissão de
HIV
38
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Aspectos específicos das úlceras genitais os aspectos clínicos bastam para definir qual agente etiológico?
Os aspectos clínicos das úlceras genitais são bastante variados e têm baixo poder preditivo do agente etiológico (baixa relação de sensibilidade e especificidade), mesmo nos casos considerados clássicos.
39
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- sífilis primária ocorre após período de incubação primeira manifestação caracterizada por (uma ou várias ulceras, localização, dor, etc) duração do estágio
A sífilis primária, também conhecida como “cancro duro”, ocorre após o contato sexual com o indivíduo infectado período de incubação é de dez a 90 dias (média de três semanas). primeira manifestação é caracterizada por úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais do tegumento), indolor, com base endurecida e fundo limpo, rica em treponemas
40
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- herpes genital primoinfecção herpética - período de incubação - característica - manifestações gerais - quando acomete o colo ou uretra nos homens
A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio de seis dias. Em geral, representa uma manifestação mais severa, caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente citrino, raramente turvo. O quadro local na primoinfecção costuma ser bastante sintomático e, na maioria das vezes, é acompanhado de manifestações gerais, podendo cursar com febre, mal- estar, mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária. Em especial, nas mulheres, pode simular quadro de infeção urinária baixa. A linfadenomegalia inguinal dolorosa bilateral está presente em 50% dos casos Quando o HSV acomete o colo do útero, é comum o corrimento vaginal, que pode ser abundante. Entre os homens, o acometimento da uretra pode provocar corrimento, sendo raramente acompanhado de lesões extragenitais. O quadro pode durar de duas a três semanas
41
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- herpes genital após a infecção genital, como ele entra em latência e em que local? qual tipo do vírus que apresenta mais episódios de recorrência
Após a infecção genital, o HSV ascende pelos nervos periféricos sensoriais, penetra nos núcleos das células dos gânglios sensitivos e entra em um estado de latência. Nenhuma medida terapêutica reduz a ocorrência de infecção do gânglio sensitivo. Episódios de recorrência são bem mais frequentes entre pacientes que apresentam primoinfecção por HSV-2 que por HSV-1.
42
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- herpes genital Após a infecção genital primária por HSV-2 ou HSV-1, respectivamente, 90% e 60% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses, por reativação viral. Essa reativação deve-se a quadros infecciosos, exposição à radiação ultravioleta, traumatismos locais, menstruação, estresse físico ou emocional, antibioticoterapia prolongada e/ou imunodeficiência quadro clínico das recorrências onde geralmente costuma a se localizar as lesões se apresentam como
O quadro clínico das recorrências é menos intenso que o observado na primoinfecção e pode ser precedido de sintomas prodrômicos característicos, como prurido leve ou sensação de “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital. A recorrência tende a ocorrer na mesma localização da lesão inicial, geralmente em zonas inervadas pelos nervos sensitivos sacrais. As lesões podem ser cutâneas e/ ou mucosas. Apresentam-se como vesículas agrupadas sobre base eritematosa, que evoluem para pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas. Nas mucosas, é incomum a visualização das vesículas, uma vez que seus tetos se rompem muito facilmente . Mais raramente, a ocorrência de lesões pode ser acompanhada de sintomas gerais. As lesões regridem espontaneamente em sete a dez dias, com ou sem cicatriz. A tendência natural dos surtos é se tornarem menos intensos e menos frequentes com o passar do tempo.
43
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Herpes genital tratamento Quadro 38 – Tratamento de herpes genital
Quadro 38 – Tratamento de herpes genital
44
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- crancoide - agente etiológico - mais freq em qual região - outra denominação 3 - período de incubação - mais frequente em qual sexo
O cancroide é uma afecção provocada por Haemophilus ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais. Denomina-se também cancro mole, cancro venéreo ou cancro de Ducrey. O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas. O risco de infecção em uma relação sexual é de 80%, mais frequente em homens
45
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-crancoide característica das lesões (uma ou múltiplas, dor, borda, fundo, conteúdo, odor)
as lesões são dolorosas, geralmente múltiplas e devidas à autoinoculação. A borda é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo heterogêneo, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido, que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil
46
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-crancoide localizações mais freq nos homens e nas mulheres pode atingir os X no início, ocorre (evolução da lesão)
No homem, as localizações mais frequentes são no frênulo e sulco bálano-prepucial; na mulher, na fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios. Em 30% a 50% dos pacientes, a bactéria atinge os linfonodos inguino-crurais (bubão), sendo unilaterais em 2/3 dos casos, observados quase exclusivamente no sexo masculino pelas características anatômicas da drenagem linfática. No início, ocorre tumefação sólida e dolorosa, que evolui para liquefação e fistulização em 50% dos casos, tipicamente por orifício único. Raramente, apresenta-se sob a forma de lesão extragenital ou doença sistêmica.
47
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-crancoide cicatrização e aspiração com agulha de grosso calibre
A cicatrização pode ser desfigurante. A aspiração, com agulha de grosso calibre, dos gânglios linfáticos regionais comprometidos é indicada para alívio de linfonodos tensos e com flutuação. São contraindicadas a incisão com drenagem ou excisão dos linfonodos acometidos
48
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-Linfogranuloma venéreo – LGV - etiologia - manifestação clínica mais comum
O LGV é causado por Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3. A manifestação clínica mais comum é a linfadenopatia inguinal e/ou femoral, já que esses sorotipos são altamente invasivos aos tecidos linfáticos.
49
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-Linfogranuloma venéreo – LGV A evolução da doença ocorre em três fases: inoculação, disseminação linfática regional e sequelas, que são descritas a seguir FASE DE INOCULAÇÃO
inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. Muitas vezes, não é notada pelo paciente e raramente é observada pelo profissional de saúde. Localiza-se, no homem, no sulco coronal, frênulo e prepúcio; na mulher, na parede vaginal posterior, colo uterino, fúrcula e outras partes da genitália externa
50
INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-Linfogranuloma venéreo – LGV FASE DE DISSEMINAÇÃO LINFÁTICA
no homem, a linfadenopatia inguinal se desenvolve entre uma e seis semanas após a lesão inicial; é geralmente unilateral (em 70% dos casos) e se constitui no principal motivo da consulta. Na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação.
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-Linfogranuloma venéreo – LGV FASE DE SEQUELAS
o comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente fundidos em uma grande massa. A lesão da região anal pode levar a proctite e proctocolite hemorrágica. O contato orogenital pode causar glossite ulcerativa difusa, com linfadenopatia regional. Podem ocorrer sintomas gerais, como febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo. Os bubões que se tornarem flutuantes podem ser aspirados com agulha calibrosa, não devendo ser incisados cirurgicamente. A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiomene. Também podem ocorrer fístulas retais, vaginais e vesicais, além de estenose retal.
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL-Linfogranuloma venéreo – LGV Recomenda-se a pesquisa de X em praticantes de sexo anal que apresentem úlceras anorretais. Mulheres com prática de coito anal ou HSH receptivos podem apresentar Y como manifestação inicial. O uso de preservativos ou outros métodos de barreira para sexo oral, vaginal e anal previnem a infecção por X Acessórios sexuais devem ser limpos antes de sua utilização, sendo necessariamente de uso individual
X: C. trachomatis Y: proctocolites
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Donovanose - agente etiológico - acomete preferencialmente 4 - clima - outro nome - freq asscociada à
É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis. Acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais. A donovanose (granuloma inguinal) está frequentemente associada à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não sejam bem conhecidos, sendo sua transmissibilidade baixa
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Donovanose quadro clínico se inicia com a evolução da úlcera pode se tornar costuma ser única ou múltiplas
O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil. ulceração evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou úlcero- vegetante. As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho” nas bordas cutâneas e/ou mucosas
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Donovanose há predileção pelas regiões pode se formar X na região inguina na mulher a forma Y é sequela tardia
Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal. Não ocorre adenite, embora raramente possam se formar pseudobubões (granulações subcutâneas) na região inguinal, quase sempre unilaterais. Na mulher, a forma elefantiásica é uma sequela tardia, sendo observada quando há predomínio de fenômenos obstrutivos linfáticos. A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorre a partir de lesões genitais ou perigenitais primárias.
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- Quadro 39 – Tratamento de cancroide, LGV e donovanose Quadro 40 – Tratamento de sífilis adquirida
Quadro 39 – Tratamento de cancroide, LGV e donovanose Quadro 40 – Tratamento de sífilis adquirida
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- métodos diagnósticos de úlceras genitais
A microscopia é única opção de teste laboratorial existente no SUS para auxiliar no diagnóstico etiológico das úlceras genitais e está disponível para detecção de Haemophilus ducreyi e Treponema pallidum, conforme descrito a seguir
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- métodos diagnósticos de úlceras genitais como fica microscopia do Haemophilus ducreyi resultado positivo e negativo
Microscopia de material corado pela técnica de coloração de Gram: visualização de bacilos Gram-negativos típicos, de tamanho pequeno, agrupados em correntes dos tipos “cardume de peixes”, “vias férreas” ou “impressões digitais” em material coletado das úlceras genitais Coleta do material biológico: coleta do exsudato seroso da base da lesão, livre de eritrócitos, outros organismos e restos de tecido. Resultado positivo: presença de achados morfológicos típicos de Haemophilus ducreyi na amostra biológica. Resultado negativo: ausência de achados morfológicos típicos de Haemophilus ducreyi na amostra biológica. O resultado negativo não exclui a possibilidade de presença do patógeno, pois nem sempre é possível visualizar as morfologias típicas
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- métodos diagnósticos de úlceras genitais como fica microscopia do Treponema pallidum? resultado positivo e negativo
microscopia de campo escuro: pode ser realizada tanto com amostras obtidas de lesões primárias como de lesões secundárias de sífilis, em adultos ou em crianças. Não é recomendada para materiais de cavidade oral, devido à colonização por outras espiroquetas que podem interferir no diagnóstico de sífilis. O material é levado ao microscópio com condensador de campo escuro, permitindo a visualização do T. pallidum vivo e móvel, devendo ser analisado imediatamente após a coleta da amostra. Coleta do material biológico: sempre que houver disponibilidade, deve-se fazer o exame a fresco do exsudato seroso da lesão, livre de eritrócitos, outros organismos e restos de tecido. Resultado positivo: visualização de treponemas na amostra biológica com morfologia e mobilidade características de T. pallidum . Resultado negativo: ausência de treponemas na amostra biológica. Porém, esse resultado não exclui a sífilis. A não detecção do treponema utilizando essa metodologia também pode indicar que: › O número de T. pallidum presente na amostra não é o suficiente para sua detecção; ou › A lesão está próxima da cura natural; ou › O paciente recebeu tratamento sistêmico ou tópico
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INFECÇÕES QUE CAUSAM ÚLCERA GENITAL- métodos diagnósticos de úlceras genitais como fica microscopia dos demais patógenos? HSV1, 2, clamídia, klebsiella
Para os demais patógenos, isto é, HSV-1 e HSV-2, Chlamydia trachomatis, sorovariantes (L1, L2, L2a, L2b e L3) e Klebsiella granulomatis, o diagnóstico se dará pela exclusão de caso de sífilis (Treponema pallidum) e cancroide (Haemophilus ducreyi), associado ao histórico de exposição ao risco, sinais e sintomas clínico
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inFecÇÕeS Que cauSam úlcera genital Figura 14 – Fluxograma para o manejo de infecções que causam úlcera genita
inFecÇÕeS Que cauSam úlcera genital Figura 14 – Fluxograma para o manejo de infecções que causam úlcera genita
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TRATA O PARCEIRO SEXUAL?
O diagnóstico de uma IST tem implicações que não se verificam nas infecções endógenas ou iatrogênicas, como a necessidade de orientação e tratamento de parcerias sexuais.
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INFECÇÕES QUE CAUSAM CORRIMENTO URETRAL uretrite definição e meios de transmissão
são caracterizadas por inflamação e corrimento uretral Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral.
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uretritres fatores associados 5
idade jovem, baixo nível socioeconômico, múltiplas parcerias ou nova parceria sexual, histórico de IST uso irregular de preservativos
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Etiologia das uretrites os mais frequentes das uretrites são:
Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis
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Etiologia das uretrites Outros agentes menos frequentes:
Trichomonas vaginalis, Ureaplasma urealyticum, enterobactérias (nas relações anais insertivas), Mycoplasma genitalium, vírus do herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus), adenovírus Candida sp.
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Uretrite gonocócica definição descrição agente etiológico
É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral, causado por Neisseria gonorrhoeae (diplococo Gram-negativo intracelular)
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Uretrite gonocócica quadro clínico geral/ campos de acometimento
Os sinais e sintomas são determinados pelos locais primários de infecção: membranas mucosas da uretra (uretrite), endocérvice (cervicite), reto (proctite), faringe (faringite) e conjuntiva (conjuntivite).
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Uretrite gonocócica quadro clínico homem e mulher
HOMEM 10% assintomatico sintomático>> 80 % CORRIMENTO mucupurulento ou purulento 50% disúria Raramente, há queixa de sensibilidade aumentada no epidídimo e queixas compatíveis com balanite (dor, edema, prurido, hiperemia da região prepucial, descamação da mucosa e, em alguns casos, material purulento e de odor desagradável no prepúcio). MULHER frequentemente assintomática
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Uretrite gonocócica O período de incubação
dois a cinco dias após a infecção
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Uretrite gonocócica complicações no homem
ocorrem por infecção ascendente a partir da uretra, podendo ocasionar orquiepididimite, prostatite e estenose de uretra.
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Uretrite não gonocócica definição
É a uretrite sintomática em que a bacterioscopia pela coloração de Gram, cultura e detecção de material genético por biologia molecular são negativas para o gonococo.
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Uretrite não gonocócica etiologia
Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, entre outros
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A infecção por x no homem é responsável por aproximadamente 50% dos casos de uretrite não gonocócica
clamídia
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Uretrite não gonocócica transmissão e periodo de incubação
contato sexual (risco de 20% por ato período de incubação, no homem, de 14 a 21 dias.
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Uretrite não gonocócica Estima-se que dois terços das parceiras estáveis de homens com uretrite não gonocócica hospedem a C. trachomatis na endocérvice. >> QUAL CONSEQUENCIA DISSO?
Estas podem reinfectar sua(s) parceria(s) sexual(ais)e desenvolver quadro de DIP (doença inflamatória pélvica) se permanecerem sem tratamento.
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Uretrite não gonocócica quadro clínico das formas de apresentação
presença de corrimentos mucoides, discretos, com disúria leve e intermitente (isso é forma aguda??) A uretrite subaguda é a forma de apresentação em aproximadamente 50% dos pacientes com uretrite causada por C. trachomatis. ?? como é essa forma? pdf só jogou isso alguns casos: os corrimentos das uretrites não gonocócicas podem simular, clinicamente, os da gonorreia
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Uretrite não gonocócica complicaçõespor Clamydia tracomathis
As uretrites causadas por C. trachomatis podem evoluir para prostatite, epididimite, balanite, conjuntivite (por autoinoculação) e síndrome uretro-conjuntivo-sinovial ou síndrome de Reiter.
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Uretrite persistente definição (procurar
Os pacientes com diagnóstico de uretrite devem retornar ao serviço de saúde entre sete e dez dias após o término do tratamento.
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Uretrites persistentes Fatores associados a uretrites persistentes
› Reexposição a parceria sexual não tratada. › Infecção adquirida de outra parceria sexual. › Medicamentos incorretamente tomados e/ou esquemas não completados. › Infecção por outros patógenos. › Presença de organismos
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Uretrites persistentes etiologia ver se tem mais
: Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis e Ureaplasma urealyticum).
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Uretrite persistente como conduzir atendimento
avaliação, principalmente, por meio da história clínica, considerando a possibilidade de reinfecção ou o tratamento inadequado para clamídia e gonorreia. Descartadas tais situações, devem-se pesquisar agentes não suscetíveis ao tratamento anterior (ex.: Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis e Ureaplasma urealyticum). Outras causas não infecciosas de uretrites, como trauma (ordenha continuada), instrumentalização e inserção de corpos estranhos intrauretrais ou parauretrais (piercings) e irritação química (uso de certos produtos lubrificantes e espermicidas) devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de uretrites persistentes
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Mycoplasma genitalium grupo acometido e complicações relacionadas
importante causa de uretrite não gonocócica e também de algumas doenças do trato genital em mulheres em mulheres, foi associado ao aumento do risco de cervicite, DIP, parto prematuro, infertilidade e aborto espontâneo
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M. genitalium não apresenta parede celular; portanto, antibióticos como os betalactâmicos (incluindo penicilinas e cefalosporinas) não são eficazes A introdução da azitromicina, usada como terapia de dose única para infecções por clamídia, resultou na depuração do M. genitalium do trato urogenital, ocorrendo eliminação do patógeno sem evolução para doença. Com o passar dos anos>> tendência ascendente na prevalência de infecções por M. genitalium resistentes aos macrolídeos moxifloxacina permanece altamente ativa contra a maioria dos M. genitalium resistentes a macrolídeos A moxifloxacina não está disponível no SUS para uso nas infecções por Mycoplasma genitallium.
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Métodos diagnósticos de uretrites assintomáticas
Após a identificação de risco de IST (por meio da anamnese, incluindo história sexual) e a exclusão de sinais e sintomas clínicos, é necessário realizar o rastreamento dos assintomáticos de acordo com os critérios descritos s na seção 2.4, Quadro 5 metodo diagnostico de escolha é a detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular.
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas
Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular Bacterioscopia Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo de ThayerMartin ou similar O teste de esterase leucocitária na urina de primeiro jato, ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas métodos diagnósticos incorporados ao SUS: 1. Detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular:
elevada sensibilidade e especificidade/ define agente estiológico/ metodo de rastreio para infecções assintomaticas
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas métodos diagnósticos incorporados ao SUS: 2 Bacterioscopia:
coloração de Gram é um método rápido e possui bom desempenho para o diagnóstico de gonorreia em homens sintomáticos com corrimento uretral. A infecção gonocócica é estabelecida pela presença de diplococos Gram-negativos intracelulares em leucócitos polimorfonucleares. Em mulheres, no entanto, o esfregaço de secreções cervicais detecta apenas 40% a 60% das infecções. Isso ocorre porque a flora vaginal é densa e a identificação dos diplococos Gram-negativos pode ficar comprometida. Outra razão para essa baixa sensibilidade pode ser o número reduzido de gonococos nos esfregaços de amostras da endocérvice ou falha técnica na coleta. O diagnóstico de pessoas assintomáticas por microscopia não é recomendado;
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas métodos diagnósticos incorporados ao SUS 3Cultura de amostras de corrimento uretral em meio seletivo de ThayerMartin ou similar
resumo: é meio ruim pq nao é especifico para N gonorrhoae (que seria o objetivo) útil na identificação de Neisseria gonorrhoae As colônias Gram-negativas, oxidase e catalase positivas devem ser submetidas a provas bioquímicas para confirmação da espécie Neisseria gonorrhoae, pois o meio seletivo permite o crescimento de outras espécies do gênero Neisseria;
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas O teste de esterase leucocitária na urina de primeiro jato: POSITIVO ou exame microscópico de sedimento urinário de primeiro jato com:
mais de dez leucócitos polimorfonucleares (>10 PMN) por campo, sugere presença de infecção, mas não define o agente infeccioso. Portanto, será utilizado na ausência dos outros métodos.
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Métodos diagnósticos para uretrites sintomáticas Além da identificação do patógeno, quando possível, é importante investigar:
o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos para cepas isoladas e identificadas como Neisseria gonorrhoeae, para fins de vigilância da resistência apresentada por esse patógeno.
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Fluxograma para o manejo clínico de corrimento uretral
Figura 13 – Fluxograma para o manejo de corrimento uretral
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Tratamento de uretrites
Quadro 37 – Tratamento de uretrites