CASO 8 - HEMORRAGIA PÓS PARTO Flashcards

1
Q

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

A
  1. Distinguir a hemorragia pós-parto precoce da tardia, reconhecendo as principais etiologias em ambos os casos;
  2. Identificar a epidemiologia e principais fatores de risco, inferindo medidas profiláticas, quando estas forem possíveis;
  3. Diferenciar os mecanismos etiopatogênicos da hemorragia pós-parto, organizando de acordo com o fator atribuído (Multiparidade; parto instrumentalizado; macrossomia e polidramnia; DPPNI);
  4. Relacionar os exames laboratoriais solicitados diante de um quadro de hemorragia pós-parto, reconhecendo o momento em que devem ser solicitados;
  5. Descrever as principais manobras, medicamentos e abordagens cirúrgicas para tratamento da hemorragia pós-parto, interpretando a sequência em que devem ser realizadas e em que situações.
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2
Q

PRINCIPAL CAUSA - MORTALIDADE FETAL (MUNDO)

A

Hemorragia pós-parto
30% de todos os óbitos maternos nos países
em desenvolvimento.

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3
Q

PRINCIPAL CAUSA - MORTALIDADE FETAL (BRASIL)

A
  1. Hipertensão
  2. A hemorragia pós-parto é a segunda causa mais importante.
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4
Q

HEMORRAGIA PUERPERAL

DEFINIÇÃO

A

Sangramento excessivo que torna a paciente sintomática (vertigem, síncope) e/ou que resulta em sinais de hipovolemia (hipotensão, taquicardia ou oligúria).

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5
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

DEFINIÇÃO - OMS

A

Perda de sangue ≥ 500 mℓ;

a perda ≥ 1.000 mℓ é classificada como grave.

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6
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

DEFINIÇÃO - ACOG

A
  • Perda de sangue ≥ 1.000 mℓ qualquer que seja a via do parto, ou
  • a perda de sangue acompanhada de sinais e sintomas de hipovolemia
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7
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

CLASSIFICAÇÃO

A

classificada em:
* primária
* secundária

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8
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

PRIMÁRIA - DEFINIÇÃO

A

Quando acontece nas primeiras 24h após o parto;

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9
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

SECUNDÁRIA - DEFINIÇÃO

A

Quando ocorre após as primeiras 24 horas até 6 a 12 semanas após o parto.

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10
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

FATORES (2)

A

Qualquer fator que interfira em:
* contração miometrial
* produção de prostaglandinas

poderá acarretar um aumento da perda sanguínea da puérpera.

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11
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

CAUSAS (7)

A

● Hipotonia e atonia uterina.
● Laceração de trajeto.
● Retenção placentária ou de fragmentos.
● Placentação anormal.
● Rotura uterina.
● Inversão uterina.
● Distúrbios de coagulação.

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12
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

4T’S - CAUSAS

A

Mnemônico dos 4T
● Tono (atonia uterina).
● Trauma (laceração de trajeto).
● Tecido (retenção placentária ou de fragmentos).
● Trombina (coagulopatia).

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13
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

DIAGNÓSTICO

A

Clínico

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14
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

SINTOMAS - CHOQUE HEMORRAGICO

A
  1. PALPITAÇÕES
  2. VERTIGENS
  3. TAQUICARDIA
  4. FRAQUEZA
  5. SUDORESE
  6. AGITAÇÃO
  7. PALIDEZ
  8. OLIGÚRIA
  9. DISPNEIA
  10. ANURIA
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15
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

FATORES DE RISCO

A

● Multiparidade.
● Placentação anômala.
● Trabalho de parto prolongado.
● Trabalho de parto de evolução muito rápida.
● Anestesia geral (halogenados, pois levam ao relaxamento uterino).
● Infiltração miometrial por sangue (útero de Couvelaire).
● Miométrio mal perfundido (hipotensão que pode decorrer de analgesia).
● Sobredistensão uterina (gestação gemelar, polidramnia ou macrossomia fetal).
● Cesárea prévia e atual.
● Parto vaginal operatório (a fórcipe, versão com grande extração).
● Episiotomia.
● Tempo prolongado do terceiro período.
● Uso de ocitocina no primeiro período.
● Atonia uterina prévia.
● Descolamento prematuro de placenta.
● Corioamnionite.
● Embolia amniótica.
● Níveis pressóricos maternos.

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16
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

PREVENÇÃO

A

Recomenda-se o manejo ativo do terceiro período do parto como forma de reduzir a incidência de hemorragia puerpera

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17
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

CONDUTA ATIVA - MEDIDAS (3)

A

-Administração de ocitocina;
-Massagem uterina;
-Tração controlada do cordão.

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18
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Medicação profilática mais efetiva e com menor número de efeitos colaterais

A

A ocitocina é administrada no momento da dequitação, aplicando-se 10 UI IM ou IV diluida.

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19
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

COMPLICAÇÕES (5)

A
  1. anemia,
  2. fadiga crônica,
  3. choque hipovolêmico,
  4. Coagulação Intravascular Disseminada (CID),
  5. insuficiência renal, hepática e respiratória.
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20
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Síndrome de Sheehan - DEFINIÇÃO

A

NECROSE DA GLANDULA PITUITÁRIA DEVIDO A HEMORRAGIA PÓS PARTO
complicação tardia da hemorragia obstétrica de qualquer etiologia
A hipóxia, em função do espasmo das artérias pituitárias, é que leva à necrose da hipófise.

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21
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Síndrome de Sheehan - SINTOMAS

A

Insuficiência hipofisária em graus variados:
1. Agalactia,
1. amenorreia,
1. atrofia genital,
1. hipotireoidismo e
1. insuficiência adrenal.

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22
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Principal causa de hemorragia e choque hipovolêmico após o secundamento.

A

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

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23
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

DEFINIÇÃO

A

Ocorre quando há perda na eficiência da manutenção da contração miometrial.

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24
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

FATORES DE RISCO (7)

A

Possui como principais fatores de risco:
● Miométrio mal perfundido (hipotensão) e miométrio perfundido por sangue (útero de Couvelaire);
● Menor contração miometrial (leiomiomas uterinos);
● Anestesia geral (halogenados), que leva ao relaxamento uterino;
● Sobredistensão uterina (gemelaridade, polidramnia, macrossomia);
● Trabalho de parto prolongado;
● Trabalho de parto de evolução muito rápida;
● Atonia uterina em gestação prévia;
● Corioamnionite.

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25
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

MANIFESTAÇÕES CLINICAS

A
  • sangramento vaginal, que, não necessariamente, é volumoso.
  • pode ser moderado e contínuo, até o momento em que se verifica
    hipovolemia importante.
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26
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

ACHADOS - EXAMES FISICO

A
  • Útero subinvoluído, acima da cicatriz umbilical, flácido e depressível.
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27
Q

HPP

PRIMEIRA CONDUTA - EXAME FISICO

A

Considerando a sua frequência e importância, a avaliação da
contratilidade uterina
deve ser a primeira conduta do exame físico em uma paciente com hemorragia puerperal.

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28
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

CONDUTA (5)

A
  1. CONDUTA
  2. MEDIDAS GERAIS
  3. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
  4. TÉCNICAS DE TAMPONAMENTO
  5. TRATAMENTO CIRÚRGICO
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29
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

MEDIDAS GERAIS (4)

A
  • Acesso venoso calibroso com infusão rápida de 2.000 a 3.000 ml de Soro Fisiológico (SF) 0,9% ou Ringer lactato.
  • Cateter vesical de demora para controle do débito urinário (manter débito urinário acima de 30 ml/h).
  • Reserva de hemoderivados.
  • Massagem do fundo uterino: ela pode ser externa ou mesmo com as duas mãos – a primeira comprime o fundo uterino e a segunda mão, fechada e colocada por via vaginal, comprime a parede anterior do útero. Esta manobra é denominada de manobra de Hamilton
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30
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

OPÇÃO - REPOSIÇÃO VOLEMICA

A

Risco:
Evitar reposição volêmica mais agressiva para prevenir coagulopatia dilucional.

Estratégia:
Reposição em bolus de 500 mL de solução cristaloide (preferencialmente Ringer com lactato aquecido).

Objetivo:
Manter a pressão arterial estável, com sistólica ≥ 80 mmHg e pressão arterial média de 50 a 60 mmHg.

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31
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO - UTEROTONICOS

A

São medicações que irão promover a contratilidade uterina e são consideradas de primeira linha no tratamento. Eles deverão sempre ser utilizados antes de partir para o tratamento cirúrgico.

  • Ocitocina é a medicação de escolha
  • Metilergonovina ou ergometrina é um medicamento de segunda linha.
  • Misoprostol agente uterotônico prostaglandínico.
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32
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Reavaliação da Reposição Volêmica

A

Ao fim da infusão de cada solução de 500 mℓ, devem-se reavaliar os sinais vitais e avaliar se é necessário infundir mais volume.

Alguns protocolos sugerem limitar a infusão a 2 ℓ de solução cristaloide.

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33
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Infusão de > X ℓ está associada a mais sangramento e desfechos maternos adversos.

A

Infusão de > 4 ℓ está associada a mais sangramento e desfechos maternos adversos.

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34
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

UTEROTONICOS - Ácido Tranexâmico

A

Deve ser administrado na dose de 1 g em 10 minutos para hemorragia pós-parto de qualquer etiologia. Após 30 minutos, caso o sangramento se mantenha, essa dose poderá ser repetida.

REZENDE 15ªED.

35
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

TÉCNICAS DE TAMPONAMENTO

A
  1. Balão de Barki
  2. Sonda de Foley

Estão recomendadas quando houver falha na contração uterina bimanual e na terapia medicamentosa.

36
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Balão de Barki - DEFINIÇÃO

A
  • Consiste em um balão inflado com 300 a 500 ml de solução salina dentro do útero.
  • Ele deve ser removido 12 horas após a inserção
  • No mesmo sentido, também é possível utilizar o balão de Sengstaken-
    Blakemore, normalmente utilizado para hemorragias esofagianas.
37
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Sonda de Foley

A
  • Caso não esteja disponível o Balão de Bakri, é possível a inserção de várias sondas de Foley com balão de 60 ml inflado com solução salina para conter o sangramento.
  • Também deve ser retirado após 12 a 24 horas.
38
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

TRATAMENTO CIRÚRGICO - INDICAÇÃO

A
  • Está indicado nos casos de falha das medidas nao farmacologicas, farmacologicas e de tamponamento.
  • É importante salientar que devem ser também afastadas outras causas de sangramento, como retenção de restos ovulares, lacerações do trajeto e coagulopatias.
39
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Corresponde à sutura uterina com fio absorvível (catgut cromado ou vicryl número um), que tem sido executada em casos de atonia não responsiva aos uterotônicos em cesarianas.

A

TRATAMENTO CIRÚRGICO - Suturas de B-Lynch

Possui como vantagens a preservação da fertilidade e evita a histerectomia.

40
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

TRATAMENTO CIRÚRGICO - OPÇÕES

A
  1. Suturas de B-Lynch
  2. Ligadura das Artérias Uterinas
  3. Ligadura das Artérias Hipogástricas
  4. Radiologia intervencionista
  5. Histerectomia
41
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Tem as vantagens de preservar a fertilidade e ser minimamente invasivo, porém vários protocolos restringem seu uso aos casos em que há estabilidade hemodinâmica.

A

Radiologia intervencionista

42
Q

HIPOTONIA – ATONIA UTERINA

Quando indicada, deve ser preferencialmente realizada a subtotal, pois esta técnica é mais rápida, menos invasiva e menos
sujeita a complicações.

A

Histerectomia

SUBTOTAL = (deixando o colo do útero)

43
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Segunda maior causa de hemorragia puerperal precoce.

A

LACERAÇÕES DO TRAJETO

44
Q

LACERAÇÕES DO TRAJETO

SUSPEITA - LESÕES TRAUMÁTICAS

A

A presença de sangramento persistente em paciente com útero contraído

45
Q

LACERAÇÕES DO TRAJETO

FATORES DE RISCO (4)

A

● Episiotomia extensa;
● Feto macrossômico;
● Manobra de Kristeller intempestiva e/ou inadequada;
● Parto pélvico operatório (fórcipe, versão com grande extração).

46
Q

LACERAÇÕES DO TRAJETO

MEDIDAS GERAIS (6)

A
  • Hemostasia imediata
  • Correção das lacerações, normalmente no centro cirúrgico.
  • Em Sangramento intenso, o uso de sedação e anestesia geral de curta duração pode ser necessário.
  • Acesso venoso calibroso com reposição volêmica,
  • Cateterismo vesical de demora
  • Uso de uterotônicos
47
Q

LACERAÇÕES DO TRAJETO

TTO

A
  • O tratamento é realizado por revisão do canal de parto.*
48
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

  • A retenção de restos causa hemorragia em virtude da dificuldade de contração miometrial.
  • Eles dificultam as contrações uterinas e, consequentemente, a involução normal que torna impossível a regeneração endometrial.
  • Por essa razão, ocorrem perdas sanguíneas contínuas, ora escassas, ora abundantes

DEFINIÇÃO

A

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

49
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

CAUSAS (3)

A

A retenção da placenta ou de seus restos pode ser causado por:
1. retenção de cotilédones avulsos,
2. lobo sucenturiado ou
3. acretismo placentário.

50
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

ACHADOS - EXAME FISICO

A

Ao exame, além de graus variados de hemorragia, observamos:
* útero discretamente aumentado de tamanho em relação à época do puerpério
* canal cervical dilatado.

51
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

EXAME COMPLEMENTAR - CONFIRMA

A

Diagnóstico pode ser confirmado pela ultrassonografia.

52
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

NECESSIDADE DE BIOPSIAR MATERIAL CURETADO

A

O exame histopatológico do material curetado é indispensável, pois deve-se excluir a presença de doença trofoblástica gestacional.

53
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

PREVENÇÃO

A

Revisão sistemática e rotineira da placenta, imediatamente após a dequitação.

54
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

TTO

A
  • Infusão de ocitócitos (para estímulo da contração miometrial),
  • Remoção da placenta ou dos restos placentários, após anestesia, mediante a manobra de Credé (processo utilizado para o descolamento da placenta)
  • curagem (extração manual da placenta) ou curetagem uterina (restos placentários).
55
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

DEFINIÇÃO - MANOBRA DE CREDÉ

A

A manobra de Credé consiste na compressão do fundo uterino antes do desprendimento placentário.

56
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

FALHA - MANOBRA DE CREDÉ

A

A Falha da manobra de Credé impõe a realização do descolamento manual da placenta (curagem).

Devido ao risco de dequitação incompleta com retenção de cotilédones ou de membranas, inversão uterina e choque.

57
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

Extração manual da placenta - COMO É FEITO

A
  1. Introdução da mão direita na vagina, avançando até o útero e alcançando a área onde a placenta está localizada, usando o cordão umbilical como guia.
  2. A mão esquerda é colocada na parede abdominal, no nível do fundo uterino.
  3. Depois de identificar a borda da placenta, é feita uma manobra para separá-la, movendo os dedos progressivamente para cima até que toda a superfície placentária inserida esteja completamente separada.
58
Q

RETENÇÃO PLACENTÁRIA OU DE RESTOS PLACENTÁRIOS

CURAGEM DIGITAL - ONDE É EMPREGADA

A

Empregada após o secundamento nos casos onde persiste a dúvida, quando há suspeita de retenção de restos ovulares após o exame da placenta delivrada.

59
Q

HEMATOMAS

HEMATOMAS - MAIS COMUNS

A

Os hematomas mais comuns são os:
* vulvoperineais,
* vaginais,
* pós- episiotomias e
* subperitoneais

60
Q

HEMATOMAS

CARACTERISTICAS

A

Observa-se:
* tumoração de crescimento rápido, não redutível, de coloração azul ou violácea e dolorosa. Se houver infecção da coleção, ocorre febre.

Em alguns casos, a perda sanguínea pode não se exteriorizar e ficar retida na forma de um hematoma.

O diagnóstico é em geral fácil, exceto pela variedade subperitoneal.

61
Q

HEMATOMAS

PROGNÓSTICO E CONDUTA (1+4)

A

Dependem do volume de sangue represado.

Nos hematomas pouco volumosos (< 3 cm):
* Expectante, já que em sua grande maioria são reabsorvidos.

Hematomas volumosos, com compressão de órgãos vizinhos e dor intensa:
* indica-se a abertura seguida de
* hemostasia do vaso sangrante,
* colocação de dreno e
* curativo compressivo.

62
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

DEFINIÇÃO

A

Invaginação do fundo uterino, em forma de dedo de luva, que pode alcançar o segmento inferior, ultrapassá-lo, chegar à vagina (inversão parcial) e surgir fora da vulva (inversão total).

63
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

CAUSAS - PÓS PARTO

A

É uma complicação rara e que se deve à má assistência ao secundamento, com tração exagerada do cordão umbilical ligado à placenta ainda implantada ao fundo uterino.

64
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

FATORES DE RISCO (4)

A

● Hipotonia uterina;
● Esvaziamento súbito da cavidade uterina, principalmente se ela estava muito distendida;
● Pressão violenta sobre o corpo da matriz relaxada, com o objetivo de extrair a placenta;
● Tração sobre o cordão umbilical ou sobre a placenta parcialmente aderida.

65
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

CLASSIFICAÇÕES

A

A classificação anatômica nomeia as diversas formas de inversão de acordo com o grau de reviramento e a intensidade do descenso.

1º grau (incompleto): o fundo está dentro da cavidade endometrial
2º grau (completo): o fundo se projeta através do orifício cervical
3º grau (prolapso): o fundo se projeta para ou além do intróito
4º grau (total): tanto o útero quanto a vagina estão invertidos e se projetam para fora do corpo

66
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

DIAGNÓSTICO (3)

A

Condições Clássicas para o Diagnóstico de Inversão Uterina Aguda
● Fuga da matriz na palpação abdominal.
● Choque.
● Hemorragia.

Clinicamente, a inversão uterina se apresenta com dor aguda e hemorragia precoce que leva ao choque em minutos.

67
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

TIPO DE CHOQUE

A

O choque é classicamente de origem neurogênica.
O choque, muitas vezes intenso, pode não guardar relação com a perda sanguínea.

68
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

EXAME FISICO - ACHADOS

A
  • ausência do fundo uterino no exame abdominal
  • massa firme palpável no colo uterino ou abaixo dele.
69
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

TTO

A
  • Instituição de dois acessos venosos distintos, um para perfusão de solução salina e outro para hemotransfusão.
  • Correção manual imediata da inversão uterina, de preferência sob anestesia geral.
70
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

Palma da mão no centro do fundo de útero, que agora está invertido, e a ponta dos dedos realiza pressão para cima. - NOME DA MANOBRA

A

MANOBRA DE TAXE

71
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

TRATAMENTO FARMACOLOGICO

A

Durante a realização da manobra devem ser empregados uterolíticos (betamiméticos ou sulfato de magnésio) com o objetivo de facilitar a reposição do órgão na pelve materna.

72
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

CONDUTA - SUCESSO DA MANOBRA DE CORREÇÃO MANUAL (TAXE)

A

Após o sucesso da manobra:
* suspende-se o uterolítico
* administra-se ocitocina em altas doses para manter o útero em sua posição

A manobra de Taxe é efetiva em mais de 90% dos casos, sem a necessidade de realização de procedimento adicional.

73
Q

INVERSÃO UTERINA AGUDA

CONDUTA - FALHA DA MANOBRA DE CORREÇÃO MANUAL (TAXE)

A
  • Laparotomia, que consiste na tração do fundo uterino até sua posição original utilizando-se pinças de Allis.
74
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

PREVENÇÃO - MEDIDAS GERAIS

REZENDE 15ªED

A
  • Clampeamento oportuno do cordão (entre 1 e 3 minutos pós-parto) com benefícios para o recém-nascido.
  • A tração controlada do cordão ser realizado apenas por profissional treinado.
  • Massagem uterina seja realizada a cada 15 minutos nas primeiras 2 horas após o parto, pois auxilia no diagnóstico precoce da atonia uterina.
75
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

PROFILAXIA - FARMACOLOGICA

A

OCITOCINA IV - 10 UI em administração lenta de solução (3 a 5 minutos)
(Reduz a incidência de hemorragia pós-parto grave e de transfusão sanguínea)

Outros medicamentos, além da ocitocina, também são efetivos na prevenção da hemorragia pós-parto. Com exceção da carbetocina, a ocitocina é superior e/ou tem menos efeitos colaterais que as demais.

76
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

ESTIMATIVA - PERDA SANGUINEA

A

Em geral, a perda é estimada por meio visual.

porém há uma tendência a subestimar a perda em até 50%, que é ainda maior quanto maior a perda de sangue

77
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

COMPRESSAS - ESTIMATIVA DE VOLUME DE SANGUE

A
78
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Abordagem inicial
primeiro pacote de intervenções para a hemorragia pós-parto

A

O mnemônico De-MOTIVO
* Detecção precoce,
* Massagem,
* Ocitocina,
* Tranexâmico,
* reposição volêmica IV,
* Outras medidas

79
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

NA VIGENCIA DE HPP - QUAIS EXAMES COLETAR (6)

A

Deve-se aproveitar o momento para coletar exames de sangue, que incluem:
* tipagem sanguínea com prova cruzada,
* coagulograma,
* dosagem de fibrinogênio,
* concentração de hemoglobina,
* hematócrito
* plaquetas.

80
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

Coagulopatia Hemodilucional

A

Pacientes submetidas à reanimação cristaloide frequentemente desenvolvem diluição dos fatores da coagulação e das plaquetas, o que leva à coagulopatia hemodilucional.

Em alguns casos, reposição de fatores de coagulação é necessária para o tratamento do sangramento intenso.

81
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

CRITERIOS - TRANSFUSÃO MACIÇA

A

Qualquer uma das situações a seguir, as quais geralmente denotam presença de choque grave.

  • Reposição volêmica > 50% da volemia nas primeiras 2 horas
  • Queda da hemoglobina > 4 g/dℓ na vigência do sangramento
  • Transfusão maior ou igual a 4 unidades CH na vigência do sangramento
  • Instabilidade hemodinâmica na vigência de sangramento com necessidade de medicação vasopressora.
82
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

ACHADO USG - RESTOS OVULARES

A

Massa ecogênica na cavidade uterina e diâmetro anteroposterior de 25 mm nos dias 1 a 7 do pós-parto estão associados à retenção de restos ovulares

83
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

A extensão do sangramento na hemorragia pós-parto _________ (PRIMARIA/SECUNDARIA) é menor do que na _________ (PRIMARIA/SECUNDARIA)

A

A extensão do sangramento na hemorragia pós-parto secundária é menor do que na primária.

84
Q

HEMORRAGIA PÓS PARTO - HPP

SUSPEITA DE ENDOMETRITE - CONDUTA

A

ANTIBIOTICOTERAPIA
clindamicina e gentamicina IV
Até melhora clinica