Cefaléia Flashcards
(27 cards)
Classificação das cefaleias pela ICHD-3?
Primárias (sem causa identificável) e secundárias (decorrentes de lesão ou doença sistêmica).
Quais são as principais cefaleias primárias?
Migrânea, cefaleia tipo tensão, cefaleia em salvas.
Critérios da migrânea sem aura?
≥5 crises de 4-72h com ≥2: unilateral, pulsátil, moderada/forte, piora com esforço + náusea e/ou fotofobia/fonofobia.
Critérios da migrânea com aura?
≥2 crises com aura visual, sensitiva, linguagem, motora reversível + ≥3: evolução lenta, sintomas consecutivos, duração 5-60 min, unilateral, sintoma positivo, aura seguida de dor.
Critérios de migrânea crônica?
Cefaleia ≥15 dias/mês por >3 meses, sendo ≥8 com características de migrânea ou resposta a triptanos/ergot.
Sinais de alarme em cefaleia (SNNOOP10)?
Sinais sistêmicos, neoplasia prévia, neurológico, início súbito, idade >50 anos, padrão progressivo, posição, precipitantes, papiledema, gravidez, trauma, imunossupressão, nova droga, dor ocular.
Cefaleia tensional episódica?
≥10 episódios com dor bilateral, pressão, leve/moderada, sem náusea e no máximo 1: fotofobia/fonofobia; sem piora com esforço físico.
Cefaleia tensional crônica?
≥15 dias/mês, dor contínua leve/moderada, bilateral, pressão, sem vômitos, sem mais de 1 sintoma associado.
Critérios de cefaleia em salvas?
≥5 crises com dor intensa unilateral orbitária/temporal 15-180min + sintomas autonômicos ipsilaterais ou agitação. Frequência de 1 a 8 por dia.
Cefaleia em salvas episódica vs crônica?
Episódica: ≥2 salvas com ≥3 meses sem dor entre elas. Crônica: sem períodos livres de dor ou com remissões <3 meses por ≥1 ano.
Fases da migrânea?
Pródromo, aura (30%), crise, pósdromo.
Fatores de risco para migrânea crônica?
Sexo feminino, baixa renda, insônia, depressão, dor crônica, obesidade, uso excessivo de medicação.
Abordagem terapêutica da migrânea?
Evitar fatores de risco, tratamento profilático (ex: betabloqueadores, topiramato) e tratamento abortivo (ex: triptanos).
Quando suspeitar de cefaleia secundária?
Presença de sinais de alarme como início súbito, idade >50 anos, alterações neurológicas, febre, imunossupressão, trauma, etc.
O que é cefaleia em trovão?
Cefaleia de início súbito e intensidade máxima em menos de 1 minuto; comum em hemorragia subaracnoide.
Principal exame de imagem inicial na cefaleia com sinais de alarme?
Tomografia de crânio sem contraste.
Exame complementar padrão-ouro para investigação de hemorragia subaracnoide?
Punção lombar com análise do líquor (xantocromia, hemácias persistentes).
Causa mais comum de cefaleia nova em paciente imunossuprimido?
Meningite oportunista (ex: criptocócica, tuberculosa).
Conduta frente à cefaleia com papiledema?
Solicitar imagem antes da punção lombar para excluir lesão expansiva com risco de herniação.
Achado típico na cefaleia tensional crônica?
Dor em pressão ou aperto, bilateral, sem agravamento por atividade física, sem náuseas e com fotofobia leve ou ausente.
Causa de cefaleia refratária a analgésicos comuns?
Cefaleia por uso excessivo de medicação (abuso de analgésicos).
Sinais autonômicos associados à cefaleia em salvas?
Lacrimejamento, congestão nasal, rinorreia, ptose, miose, sudorese facial.
Exemplo de cefaleia secundária a distúrbio de pressão do líquor?
Hipotensão licórica (cefaleia ortostática) e hipertensão intracraniana idiopática (papiledema, piora matinal).
Abordagem inicial na cefaleia aguda grave sem déficit focal?
Avaliação de sinais de alarme, tomografia sem contraste, considerar punção lombar.