Celulites, Erisipelas e Fasceítes necrotizantes (IDSA Guides 2014) Flashcards

1
Q

Recomendações para Erisipela e Celulite > Avaliação > Culturas de sangue ou aspirados cutâneos, biópsias ou
swabs ?

A

Não são rotineiramente recomendados

  • divergência quanto à recomendação das culturas de sangue
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2
Q

Recomendações para Erisipela e Celulite > Avaliação > Quando considerar: Exame cutâneo e microscópico de aspirados, biópsias ou zaragatoas cutâneas ?

A
  • Deve ser considerado em pacientes com
    malignidade na quimioterapia, neutropenia, imunodeficiência mediada por células grave, lesões por imersão e mordidas de animais
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3
Q

Recomendações CELULITE > Tratamento > Celulite sem sinais sistêmicos de infecção X com sinais sistêmicos

A
  • Sem sinais sistêmicos > Agente ativo contra estrepto (Penicilina/ Amoxicilina/ Amoxicilina-clavulanato/ Dicloxicilina/ Cefalexina/etc)
  • Com sinais sistêmicos (sem purulenta) > Atb sistêmicos indicados (muitos também acrescentam cobertura para MSSA)
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4
Q

Recomendações CELULITE > Tratamento > Celulite associada a trauma penetrante, evidencia de infecção pro MRSA em outros locais, colonização nasal de com MRSA, uso drogas injetáveis, drenagem purulenta ou SIRS ?

A
  • Vancomicina ou outro atb eficaz contra MRSA e estrepto (MRSA é incomum, cobri-lo apenas nessas situações)
  • nesses pctes gravemente comprometidos a cobertura antimicrobiana de amplo espectro pode ser consderada (Recomendado como regime empírico nesses casos > vancomicina mais piperacilina-tazobactam ou imipenem-meropenem)
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5
Q

Recomendações CELULITE > Tratamento > Duração recomendada do tratamento?

A

-5 dias podendo prolongar caso não melhore

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6
Q

Recomendações CELULITE > Tratamento > Medidas adjacentes ao tratamento

A
  • Elevação da área afetada
  • Tratamento de fatores predisponentes > Edema, distúrbios cutâneos subjacentes
  • Se celulite de membro inferior > examinar espaços interdigitais dos dedos dos pés pois se tratadas fissuras,
    descamação ou maceração, reduz-se as reinfecções
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7
Q

Recomendações CELULITE > Tratamento > Recomendações tratamento ambulatorial x hospitalar

A
  • Ambulatorial > Não possuem SRIS/ estado mental preservado/ sem instabilidade hemodinâmica (normalmente grau leve não purulento)
  • Hospitalização > Se houver preocupação com maior infecção necrosante/ pouca adesão à terapia ambulatorial/ imunocomprometidos/ falha ambulatorial/ (normalmente moderado ou grave, não purulento)
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8
Q

Celulite e Erisipela > Generalidades

A
  • Infecções cutâneas difusas e superficiais que se espalham
  • Ocorre quando o patógeno viola os tecidos cutâneos superficiais (especialmente em pele frágil ou com defesas comprometidas)
  • áreas eritematosas que rapidamente se espalham/ edemas/ sensibilidade e calor
  • pele pode se assemelhar a casca de laranja
  • podem desenvolver-se > vesículas, bolhas, petequias ou equimoses
  • manifestações sistêmicas leves (mais comuns - febre, taquicardia, confusão, hipotensão, leucocitose)
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9
Q

Erisipela x Celulite

A
  • ERISIPELA - Infecção limitada a derme superior, incluindo linfáticos superficiais / Fronteiras mais definidas
  • CELULITE - envolve derme e gordura subcutânea, ou seja, + profunda
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10
Q

Celulite e Erisipela > Etiologias

A
  • Maioria estrepto grupo A
  • Geralmente de infecções (tenia pedis, eritrasma, etc) nos espaços interdigitais
  • Outras vezes reservatório é canal anal ou vaginal (estrepto B)
  • MRSA geralmente incomum
  • S.aureus - menos frequentes (tipicamente associadas a feridas abertas ou trauma anterior, seringas)
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11
Q

Celulite e Erisipelas > Quando desconfiar das etiologias menos comuns?:

A
  • Mordidas animais
  • lesões por imersão em água doce ou salgada
  • neutropenia
  • imunodeficiencia celular (abre leque para gram neg)
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12
Q

Fasceíte Necrotizante > Recomendações de avaliação

A

Recomenda-se consulta cirúrgica imediata p pctes com infecções agressivas associadas a sinais de toxicidade sistêmica ou suspeita de fasceíte necrotizante/gangrena gasosa

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13
Q

Fasceíte Necrotizante > Definição

A

Infecção subcutÂnea agressiva(infecta todo tecido entre a pele e os músculos subjacentes)

  • extensa lesão de pele visível na maioria
  • apresentação inicial é de celulite que avança rápida ou lentamente
  • Progride com toxicidade sistêmica (febre/ desorientação/ letargia)
  • No local > Inflamação/ edema/ descoloração/ gangrena/ anestesia/ endurecimento característico do tec subcutâneo/ amplo trato eritematoso ao longo da infecção
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14
Q

Fasceíte Necrosante > Bacteriologia

A
  • Formas MONOMICROBIANAS (S.pyogenes/ S. aureus/ Estrepto/ etc)
  • Formas POLIMICROBIANAS

OBS: Maioria adquirida na comunidade e nos membros

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15
Q

Fasceíte Necrotizante > Predisponentes

A
  • DM
  • Aterosclerose
  • Doença vascular
  • Insuficiência venosa com edema
  • Estase venosa
  • Insuf vascular
  • úlcera
  • drogas injetáveis
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16
Q

Fasceíte Necrotizante > Condições mais associadas a infecções POLIMICROBIANAS

A
  • Abscessos perianais/ Penetração abdominal/ Trauma/ Cirurgias intestinais
  • úlceras de decúbito
  • Locais injeção (drogas ilícitas)
  • Fenda de episotomia/ infecção vulvovaginal

obs: maioria dos patógenos na forma polimicrobiana oriundos das floras genital e intestinal

17
Q

Fasceíte Necrotizante > DIAGNÓSTICO > Fatores que sugerem ENVOLVIMENTO TECIDUAL PROFUNDO

A
  • Dor intensa desproporcional À clínica
  • Falha em responder a Atb convencional
  • Sensação dura do subcutÂneo estendendo-se além da área aparente
  • Toxicidade sistêmica (com estado mental alterado)
  • Edema ou sensibilidade além da área aparente
  • Creptação (gás no tecido)
  • Lesões bolhosas
  • Necrose da pele ou equimoses
  • Geralmente não purulenta
18
Q

Fasceíte necrotizante > Exames complementares

A
  • TC e RM podem mostrar tudo acima embora possam atrasar conduta
  • Cultura e Gram das amostras de TECIDOS PROFUNDOS dão o diagnóstico bacteriológico definitivo (tecido superficial pode confundir etiologia)
  • Se dúvida na clínica > pequena incisão para explorar planos profundos
  • DIAGNÓSTICO CLÍNICO BASTA!
19
Q

Fasceíte Necrotizante > Tratamento

A
  • INTERVENÇÃO CIRÚRGICA É MANDATÓRIA (debridações são necessárias)
  • Reposição fluidos
  • Terapia Atb até que desbridamento não seja mais necessário + haja melhora clínica + febre ausente por 72h
    > Empírico com anti-aeróbios e anaeróbios e anti-MRSA (Vanco/ Linezolida/ Daptomicina)
    > Acrescentar > 1)Pioeracilintazobactam/ 2) Carbapenem/ 3) Ceftriaxona + Metronidazol/ 4) Fluoroquinolona + Metronidazol
  • Após cultura selecionar terapia correta
20
Q

Fasceíte Necrotizante > Gangrena Fournier

A
  • Envolve > Escroto e pênis ou Vulva (poupando testículos/ glande e cordões espermáticos)
  • Idade média 50-60
  • 80% doenças subjacentes (principalmente DM)
  • Geralmente À partir de infecção perianal ou retroperitoneal que se espalhou ao longo dos planos fasciais até genitália
  • Gangrena geralmente limitada a pele e subcutÂneo
  • Debridamento cirúrgico