CM 05 - GRANDES SÍNDROMES ENDÓCRINAS - TIREOIDE, SUPRARRENAL E ADRENAL Flashcards
(145 cards)
COMO FUNÇÕES TIREOIDIANAS DE SÍNTESE SP
1) Captação do iodo (bombas de sódio-iodeto).
2) Oxidação, organificação e síntese (participação da TPO-tireoperoxidase).
3) Transporte (TBG – globulina ligadora de tiroxina).
4) Metabolismo (dessiodases… O tipo 1 é inibida nas doenças sistêmicas).
Principais mecanismos REGULATÓRIOS DA GLÂNDULA TIREOIDE SÃO:
❯ Eixo hipotálamo-hipófise-tireoide;
❯ Autorregulação pelo iodo:
- efeito Wolff-Chaikoff ( iodo induzindo hipotireoidismo)
- fenômeno de Jod-Basedow ( iodo induzindo hipertireoidismo).
OS TESTES DE FUNÇÃO TIREOIDEANA SÃO:
❯ Dosagem de TSH, T3 e T4 (TSH é o mais sensível);
❯ Captação tireoidiana de iodo radioativo em 24h (RAIU – aumentada no hipertireoidismo e reduzida nas tireoidites, tireotoxicose factícia e hipotireoidismo);
❯ Cintilografia (avaliação de nódulos, tireoide ectópica, neoplasias)
OS TESTES DE DEFINIÇÃO ANATÔMICA DA TIREOIDE SÃO:
USG,
PAAF,
biópsia
INTERPRETAÇÃO:
- HIPERTIREOIDISMO PRIMÁRIO:
- HIPERTIREOIDISMO SECUNDÁRIO:
- HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO:
- HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO:
- T3/T4 ELEVADOS, TSH MUITO REDUZIDO
- T3/T4 ELEVADOS, TSH NORMAL OU POUCO ELEVADO
- T3/T4 REDUZIDOS, TSH MUITO ELEVADO
- T3/T4 REDUZIDOS, TSH NORMAL OU POUCO REDUZIDO
- Quadro resultante do excesso de hormônios
tireoidianos. - tireotoxicose decorrente de uma hiperprodução de hormônios tireoidianos.
- Tireotoxicose
- Hipertireoidismo
SOBRE A ETIOLOGIA DAS DISFUNÇÕES NA TIREOIDE
Grande diagnóstico diferencial = TIREOTOXICOSE SEM e COM HIPERTIREOIDISMO.
❯ Com hipertireoidismo:
❯ Sem hipertireoidismo:
❯ Com hipertireoidismo: Graves (principal causa), BMT, adenoma tóxico; induzido por iodo, mola hidatiforme, adenoma hipofisário.
❯ Sem hipertireoidismo: tireoidite, tireotoxicose factícia, tecido ectópico (estroma ovariano).
É a principal causa de hipertireoidismo, respondendo por até 80% dos casos!! Mulheres (9:1) entre 20-50 anos. Três tipos principais de Autoanticorpos (TRAb, anti-TPO, anti-TG) não específicos. A clínica tem insônia, cansaço extremo, agitação psicomotora,
incapacidade de concentração, nervosismo, dificuldade em controlar emoções, agressividade, sudorese excessiva, intolerância ao calor e
hiperdefecação (aumento do número de evacuações diárias) e perda ponderal apesar de hiperfagia. Um achado importante é a presença de oligo/amenorreia!!
DOENÇA DE GRAVES
Achados clínicos típicos na Doença de Graves
(1) Bócio difuso;
(2) oftalmopatia (40%) - Exoftalmia ou proptose bilateral, edema periorbitário, e hiperemia conjuntival.
(3) dermopatia infiltrativa (< 5%) – mixedema pré-tibial (espessamento em placas, com aspecto de “casca de laranja”);
(4) acropatia: baqueteamento digital.
Classificação pela American Thyroid Association (NOSPECS) da oftalmopatia no Graves:
0 = (ausência de sinais e sintomas).
1 = (apenas retração palpebral e proptose leve, sem
sintomas).
2 = (tecidos moles afetados, edema periorbital).
3 = (proptose > 22 mm).
4 = (diplopia).
5 = (córnea acometida).
6 = (alteração visual por acometimento do nervo óptico)
Todo paciente com diagnóstico de fibrilação atrial deve ter seus hormônios tireoidianos medidos, pois essa é uma complicação comum da tireotoxicose!! Assim, idosos sem sintomas clássicos, apenas com alterações cardiovasculares (ex.: FA) associados com sintomas inespecíficos (astenia, fraqueza muscular intensa e depressão), apresentam:
Hipertireoidismo apático
Os 3 principais Autoanticorpos na Doença de Graves são:
(1) antirreceptor do TSH (TRAb), que pode
antagonizar (TRAb-bloq) ou estimular o TSH (TSI);
(2) antitireoperoxidase (anti-TPO); e
(3) antitireoglobulina (anti-TG).
Exame usado no diagnóstico diferencial com as tireoidites subagudas
Captação de iodo radioativo (RAIU)
Graves = hipercaptação homogênea (muito hormônio sendo sintetizado). Tireoidites = captação reduzida (liberação de hormônio armazenado).
Exame usada no diagnóstico diferencial com a tireotoxicose factícia.
Tireoglobulina
Graves/tireoidite = elevada. Factícia = reduzida
Preparo pré-operatório da Cirurgia para tratamento de Doença de Graves é feito com
drogas antitireoidianas (por 6 semanas antes) + iodeto de potássio – lugol (7-10 dias antes).
Drogas adjuvantes ao tratamento de Doença de Graves
(1) Betabloqueadores (controle das manifestações adrenérgicas); e
(2) lítio (nos pacientes alérgicos a tionamidas).
Tratamento de Gestantes com Doença de Graves
Terapia de escolha: drogas, com preferência pelo propiltiouracil (não teratogênico) no 1º trimestre e MMZ no restante da gravidez (risco de hepatite pelo PTU)
É definido como um estado de exacerbação dos achados da tireotoxicose, com evidências de descompensação de um ou mais sistemas. Podemos encontrar confusão, delirium, agitação, psicose, estupor e até coma. Outros sinais clássicos são: febre alta, insuficiência cardíaca de alto débito, hipertensão com PA divergente, taquicardia acentuada, FA aguda, icterícia, sudorese intensa, diarreia, náusea e vômitos.
Crise tireotóxica (tempestade tireoidiana)
Principais fatores precipitantes da Crise tireotóxica são:
Infecções, cirurgia (tireoidiana e não tireoidiana), trauma à glândula tireoide, terapia com iodo radioativo, suspensão de drogas antitireoidianas, uso de amiodarona, ingestão de hormônios tireoidianos, insuficiência cardíaca, toxemia da gravidez, hipoglicemia, parto, estresse emocional importante,
embolia pulmonar, acidente vascular encefálico, cetoacidose diabética
Quadro clínico da Crise tireotóxica:
(1) Alteração no estado mental, variando desde agitação e psicose franca até estupor e coma.
(2) Hipertermia.
(3) Taquicardia e insuficiência cardíaca de alto débito.
(4) Disfunção hepática e gastrointestinal, com diarreia, náusea, vômitos, dor abdominal e icterícia.
Tratamento da Crise tireotóxica:
(1) PTU em altas doses (MMZ não bloqueia conversão periférica de T4 em T3).
(2) Iodo (administrado pelo menos uma hora após o PTU para evitar o efeito Jod-Basedow).(3) Propranolol (controle dos sintomas adrenérgicos e ainda bloqueio da conversão T4 → T3 em altas doses).
(4) Dexametasona (para evitar insuficiência suprarrenal, além de possuir efeito bloqueador na conversão de T4 em T3
Doença comum em Mulheres > 50 anos. Quadro clínico tem tireotoxicose menos exuberante com mais sintomas compressivos, como tosse (traqueia), disfagia (esôfago) e rouquidão (nervo laríngeo recorrente). Apresenta o sinal de Pemberton: sufusão facial e distensão de jugular quando eleva os braços (“bócio mergulhante”).
BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO
EXAME DIAGNÓSTICO DO BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO
Cintilografia tireoidiana: múltiplos nódulos hipercaptantes.
Terapia de escolha no BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO:
Cirurgia (tireoidectomia subtotal) ou radioiodo em caso de risco cirúrgico elevado (não ocorre remissão espontânea com drogas antitireoidianas)



