Diabetes Mellitus Flashcards

(66 cards)

1
Q

Diabetes Mellitus é a ___ª causa de morte por doença.

A

6

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2
Q

Doença ______________ crónica, caracterizada por uma __________________. Pode provocar a longo prazo lesões tecidulares graves, nos ________, rins, ________ e vasos sanguíneos.

A

metabólica; hiperglicémia; olhos; nervos

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3
Q

A diabetes tipo 1 é mais comum do que a diabetes tipo 2. Verdadeiro ou Falso?

A

Falso. A diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que a tipo 1.

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4
Q

Actualmente, 80 a 90 % dos doentes diabéticos tipo 2 sofre de obesidade. Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro

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5
Q

Nos países ditos ricos, a incidência de diabetes tipo 2 tem vindo a _____________.

A

aumentar

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6
Q

______% dos casos de diabetes podem ser prevenidos com uma dieta e estilo de vida saudável.

A

90

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7
Q

Faça as correspondências corretas.

  1. Diabetes tipo I
  2. Diabetes tipo II

A. Doente idoso, obeso, arteriosclerótico, hipertenso, manifestação insidiosa dos sintomas
B. Doente jovem, magro, não arteriosclerótico com pressão arterial normal e manifestação súbita e aguda da doença.

A

1B)
2A)

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8
Q

Em 1979, a diabetes era classificada entre primária e secundária.

Era primária se não houver outra ______________ associada. Dentro deste campo, pode ser de tipo I (______________ da insulina) ou de tipo II (_________________ da insulina).

Era secundária se viesse associada a outra patologia. Pode manifestar-se de 6 formas diferentes: doença _______________ crónica (ex.: alcoolismo); patologias hormonais (feocromocitoma; _________________; cushing; stress); induzida por __________________ (_______________, estrogénios, cortisona); anomalias no recetor para a _____________ ou ___________________; síndromes genéticos (ex.: lipodistrofia); diabetes _______________.

A

patologia; dependente; independente; pancreática; acromegália; medicamentos; diuréticos; insulina; auto-anticorpos; gestacional

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9
Q

Em 2002, havia _____ tipos etiologicamente distintos de diabetes.

  1. Tipo 1: autoimune ou _______________ (quando não se identificam anticorpos)
  2. Tipo 2: A) Não obeso e B) Obeso. Devida à ________________ relativa, com maior ou menor grau de resistência à _____________.
  3. Diabetes gestacional: qualquer grau de ______________ à glucose registada na gravidez.
  4. Outros: tipo MODY (Maturity-onset-diabetes in the young)
A

4; idiopática; insulinopenia; insulina; intolerância

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10
Q

Desde 2022 que existem _____ tipos etiologicamente distintos de diabetes.

1) Diabetes tipo 1 (devido à destruição autoimune das células β, que conduz à deficiência absoluta de ____________, incluindo a diabetes ____________ ___________ do adulto).

2) Diabetes tipo 2 (devida à ________ progressiva da _____________ adequada de insulina pelas células β-cell que se encontra frequentemente na base da ______________ à insulina).

3) Tipos específicos de diabetes devidos a outras causas ex: Síndromes de diabetes ______________ (tais como diabetes neonatal e diabetes juvenil); doenças do pâncreas exócrino (como a fibrose quística e a
______________) ou diabetes induzida por medicamentos ou agentes químicos (exs: ____________________, tratamento do HIV/SIDA ou após o transplante de orgãos).

4) Diabetes mellitus gestacional (diabetes diagnosticada no 2º ou 3º ______________ da gravidez que não resulta de uma diabetes pré-concecional).

A

4; insulina; latente autoimune; perda; secreção; resistência; monogénica; pancreatite; glucocorticóides; trimestre

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11
Q

A etiologia da diabetes tipo I pode ser _____________ (forma rápida e forma lenta) e _____________.

A forma rápida ocorre principalmente em ___________ e ____________.

A forma lenta ocorre em _____________ (LADA).

A

autoimune; idiopática; crianças; adolescentes; adultos

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12
Q

Quais são os 3 marcadores de diabetes tipo I autoimune?

A

1) Anticorpos anti-ilhéus (ICA): presentes em 80% dos diabéticos com <5 anos diabetes ativa.

2) Anticorpos anti-insulina:
- <5 anos quase 100% de positividade
- 5 a 15 anos – 62% de atividade
- > 15 anos -15% de atividade

3) Anticorpos anti-descarboxilase do ác.Glutâmico (anti-GAD): Podem aparecer vários anos antes da instalação da doença (marcador em indivíduos de risco).

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13
Q

Os ICA atacam as ___________ _______ dos ilhéus de ______________ do pâncreas.

A

células beta; Langerhans

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14
Q

Quais são as caraterísticas básicas da diabetes tipo I (8)?

A

1) Afeta 5-10% dos diabéticos

2) Ausência de produção de insulina e aumento do glucagon

3) Manifesta-se nos jovens (12-14 anos nos rapazes, 10-12 nas raparigas)

4) Presença de anticorpos ou não

5) Associado ao HLA DR3 e DR4

6) Quadro clínico inicial: polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso

7) Complicação mais frequente – coma cetoacidótico

8) Insulinoterapia imprescindível

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15
Q

Qual é a função do glucagon?

A

O glucagon é produzido pelas células alfa do pâncreas e aumenta o nível de glicose no sangue, estimulando o fígado a libertar glicose armazenada na forma de glicogénio.

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16
Q
A
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17
Q

Define coma cetoacidótico.

A

É uma complicação grave da diabetes que ocorre quando o corpo tem níveis muito altos de glicose no sangue e um excesso de corpos cetónicos, levando a uma acidose metabólica e, eventualmente, a perda de consciência.

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18
Q

Define polidipsia.

A

Sensação de sede excessiva.

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19
Q

Define poliúria.

A

Débito urinário superior a 3 L/dia.

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20
Q

Define polifagia.

A

Sensação de fome excessiva.

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21
Q

A diabetes tipo I envolve a destruição de mais de 80% das células alfa, não havendo alterações nas células beta. Verdadeiro ou Falso?

A

Falso. As células beta são as que são destruídas e as alfa não sofrem alterações.

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22
Q

Porque é que apesar de haver hiperglicémia nos diabéticos, o glucagon aumenta?

A

DM 1: A falta de insulina (destruição autoimune remove praticamente todas as células beta) para travar as células alfa de produzir glucagon.

DM 2: As células beta começam a falhar (seja por exaustão, lipotoxicidade, inflamação, etc.). Produzem menos insulina e perdem capacidade de inibir as células alfa. Como o sinal inibitório da insulina desaparece ou é fraco, as células alfa continuam a produzir glucagon mesmo com glicose alta. Além disso, as próprias células alfa parecem ficar “desensibilizadas” ao efeito da glicose alta (defeito intrínseco).

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23
Q

A insulina inibe diretamente as células alfa (por sinalização local no pâncreas). Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro

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24
Q

O aumento da glucose no sangue leva a um aumento da ______________, que, por sua vez, provoca ________________ e hyperosmolar ____________. Hyperosmolar coma em conjunto com o aumento de corpos ____________ e ketoacidosis geram ____________. A __________________ pode provocar um choque que também leva a um ____________.

A

osmolalidade; desidratação; coma; cetónicos; coma; desidratação; coma

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25
De que forma é que a diabetes afeta os neurónios?
Há uma menor fonte de energia.
26
Uma reduzida concentração de glicose nas células provoca o quê nos músculos, no fígado e no metabolismo lipídico?
Nos músculos vai haver um aumento da glicogenólise (degradação do glicogénio para formar glicose) e da proteólise (quebra de proteínas para formar aminoácidos). Isto causa muscle wasting. No fígado, vai haver um aumento da glicogenólise e da lipólise, o que, por sua vez, causa cetogénese e gluconeogénese (formação de glucose a partir de percursores não-carboidratos: aminoácidos e lípidos). Em geral, há um aumento da lipólise generalizado à massa gorda do corpo. Os ácidos gordos em excesso levam a um aumento excessivo de actil-CoA (que é convertido pelo fígado em acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona - corpos cetónicos/cetogénese).
27
Os corpos cetónicos são produtos da glicogenólise. Verdadeiro ou Falso?
Falso. São produtos da lipólise.
28
Quais são algumas complicações da diabetes tipo 1?
A falta de insulina gera: 1) Proteólise: > gluconeogénese--> > amoniémia --> > N urinário --> coma --> morte 2) Menos glucose e Mais glicogenólise: hiperglicémia --> glicosúria e diurese --> perda de água e iões --> desidratação --> hemoconcentração --> hipotensão e hipoperfusão --> insuficiência renal --> coma --> morte 3) Lipólise: > cetogénese --> cetonémia --> acidose metabólica --> saída de K+ das células --> coração disritmias ou enfarte --> morte A HIPOTENSÃO E A HIPOPERFUSÃO TAMBÉM SÃO CAUSADAS PELO AUMENTO DE NITROGÉNIO NA URINA E TAMBÉM CAUSAM DISRITMIAS OU ENFARTES
29
O amoníaco não é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica. Verdadeiro ou Falso?
Falso
30
Como é que a cetogénese, a acidose metabólica e a saída de potássio das células estão interligadas?
Quando há muitos corpos cetónicos → o pH sanguíneo baixa → temos acidose metabólica. Quando o sangue fica mais ácido (pH ↓), há mais H⁺ no líquido extracelular e o corpo tenta amortecer a acidose. H⁺ entra nas células. Para manter o equilíbrio elétrico, o K⁺ (potássio) sai das células para o sangue. Isto causa hipercaliémia no sangue.
31
Quando há hipercaliémia pode afirmar-se que o total de potássio no corpo é elevado. Verdadeiro ou Falso?
Falso. Apesar da hipercaliémia no sangue, o total de potássio corporal pode estar baixo, porque muito potássio foi perdido na urina (diurese osmótica na diabetes descompensada).
32
Quais são as caraterísticas básicas da diabetes tipo 2 (9)?
1) Afecta 90 a 95% dos diabéticos (EUA – 2% dos ind. com mais de 45 anos) 2) Níveis séricos de insulina normais, baixos ou elevados 3) Aumento dos níveis séricos de glucagon 4) Manifesta-se nos adultos (45 anos) 5) Doença de carácter familiar – transmissão poligénica 6) Quadro clínico inicial-podem apresentar hiperglicémia sem sintomatologia 7) Complicação mais frequente – coma hiperosmolar 8) Não necessitam inicialmente de insulinoterapia (podem transitar de um estado ao outro) 9) Associada à obesidade (fator ambiental)
33
A obesidade abdominal (IMC > 30) tem maior efeito sobre a resistência à insulina. Verdadeiro ou Falso?
Verdadeiro
34
A insulina promove a entrada de glicose tecidos (sobretudo através do transportador ___________).
GLUT-4
35
A nível molecular, como é que a resistência à insulina se manifesta?
Downregulation do recetor da insulina: 1) Menos recetores na membrana → menos insulina a ser captada. 2) ↓ Fosforilação do recetor e da atividade da tirosina cinase: mesmo quando a insulina liga ao recetor, o sinal que passa para dentro da célula (via tirosina cinase) está enfraquecido. 3) Impedimento da fusão das vesículas GLUT-4 com a membrana plasmática: sem fusão correta → a glicose não entra → hiperglicémia.
36
Quais são os fatores responsáveis pela perda de sensibilidade à insulina na diabetes tipo 2?
- Mutações nos genes do recetor e da sua via de sinalização (evidenciado pelo knockout dos genes que codificam para as proteínas de sinalização). - Obesidade.
37
De que forma é que a obesidade causa diabetes tipo II?
A desregulação das adipocinas (hormonas proteicas que os adipócitos libertam para a circulação sistémica em resposta a alterações metabólicas) pode levar à resistência à insulina. A adiponectina é um adipocina que aumenta a sensibilidade à insulina, melhora o metabolismo lipídico e tem efeitos anti-inflamatórios. No entanto, em casos de obesidade: quanto mais gordura visceral → mais inflamação → menos adiponectina. A resistina é uma adipocina que aumenta a resistência à insulina. A leptina induz a sensação de saciedade (ao nível dos recetores do SNC), o que induz sensibilidade à insulina. Portanto, concentrações reduzidas desta adipocina podem originar resistência à insulina. Além disso, o nível de triglicéridos intracelular é muito aumentado no músculo e no fígado (FFAs) e estes e os produtos do metabolismo dos ácidos gordos são potentes inibidores da sinalização pela insulina.
38
A resistina aumenta em resposta à ________________ do tecido adiposo, aumentando, também, a resistência à insulina.
inflamação
39
Quais são as duas deficiências metabólicas da DM tipo II?
1) Resistência à insulina: diminuição da capacidade dos tecidos em responder à insulina, podendo ter origem na disfunção das células beta. 2) Disfunção das células beta: inadequada secreção de insulina (muitas vezes, consequência da resistência à insulina).
40
Define resistência à insulina.
É a resistência aos efeitos da insulina na mobilização, metabolismo e armazenamento da glucose.
41
Como é que se faz a monitorização laboratorial do doente diabético?
1) Quantificação da hemoglobina A1c (V.N. < 6%). Traduz a glicémia nos 120 dias anteriores. 2) Quantificação da microalbuminúria (valores de albumina na urina inferiores a 30 mg/24h). 3) Pesquisa de acetona urinária (diabetes tipo 1). 4) Triglicéridos, colesterol, LDL e HDL.
42
Quem deve fazer o teste da glicémia?
- Todas as pessoas com mais de 45 anos (se o teste for normal repetir de 3 em 3 anos). - Deve ser feito a pessoas mais jovens quando: obesas; tenham um parente em 1º grau com diabetes; tenham tido diabetes gestacional ou um bébé com mais de 4 Kg; sejam hipertensas (>140/90); tenham um valor de triglicéridos > a 250 mg/dl; num teste anterior tenham demonstrado índice glicémico.
43
Como é que se faz um teste oral de tolerância à glucose?
1) Admnistração oral de 75g de glucose. 2) Colheitas de sangue aos 60 e 120 minutos. 3) O diabético apresenta valores no jejum superiores a 126 mg/dL e às 2h superiores a 200 mg/dL.
44
Quais são os 3 critérios para o diagnóstico da diabetes?
I - Glicémia em jejum (superior ou igual a 126 mg/dL ou 7.0 mmol/L) II - Sintomas clássicos + glicémia ocasional (superior ou igual a 200 mg/dL) III - Glicémia superior ou igual a 200 mg/dL (11.1 mmol/L) na PTGO (Prova da Tolerância Oral à Glicose)
45
Define anomalia da glicémia em jejum.
A anomalia da glicémia em jejum (AGJ), também conhecida como pré-diabetes, ocorre quando os níveis de glicose no sangue em jejum estão elevados, mas não altos o suficiente para serem diagnosticados como diabetes (110-126 mg/dL).
46
Define tolerância oral à glicose diminuída.
Tolerância diminuída à glicose (TDG), também conhecida como pré-diabetes, é uma condição onde o corpo não consegue processar a glicose da forma ideal, levando a níveis de açúcar no sangue acima do normal, mas não suficientes para ser considerado diabetes (quandos os valores de jejum são inferiores a 126 mg/dL e às 2h estão entre 140 e 200 mg/dL).
47
Quais são as 4 principais causas da lesão das células beta na DM tipo 2?
1) Redução do número de células beta. 2) Toxicidade da glucose. 3) Deposição de amilóide nos ilhéus. 4) Resistência à insulina.
48
Como é que a resistência à insulina lesa as células beta?
A resistência à insulina força as células beta do pâncreas a trabalhar em excesso para compensar. Com o tempo, essa sobrecarga leva à sua disfunção e morte.
49
A diabetes tipo 2 pode causar síndrome de diabetes tipo ___ - like (diabetes insulino-dependente).
1
50
Na neuropatia diabética, quer os nervos ____________, quer os recetores sensoriais distais e os nervos do sistema nervoso _______________ são afetados. Os doentes diabéticos sofrem, assim, de: perda de sensibilidade nas extremidades; alteração da função ____________; oscilações na ____________ _____________; alterações no funcionamento ________________________; e disfunção erétil.
motores; autónomo; motora; pressão arterial; gastrointestinal
51
A doença macrovascular é caraterística de vasos sanguíneos como a ___________ e outras artérias de grande e médio calibre. A ___________________ tende a aumentar as concentrações de lípidos no sangue que provocam uma ________________ acelerada, causando: -hipertensão arterial; -insuficiência _______________; -enfarte do miocárdio; -______________ (morte de tecidos); -_________________ intermitente.
aorta; hiperglicémia; cardíaca; gangrena; claudicação
52
Porque é que a cetoacidose é rara em diabetes tipo II?
Na DM2, o doente tem (pelo menos no início) alguma insulina endógena. Mesmo pequenas quantidades de insulina conseguem inibir a lipólise e suprimir a cetogénese hepática. Por isso, mesmo com hiperglicémia grave, geralmente não há cetoacidose.
53
Quais são as manifestações mais graves da diabetes (5)?
- Doença cardiovascular (43%) - Doença renal - Doença ocular - Diabetosporose - MAFLD (esteatohepatite associada a disfunção metabólica): é uma forma avançada de doença hepática gordurosa não alcoólica caraterizada pela inflamação e danos ao fígado devido ao excesso de gordura.
54
49% das pessoas com diabetes desenvolvem _______________, cataratas e _______________.
retinopatias; glaucoma
55
Em que é que consiste a glicosilação não enzimática?
A glicose liga-se ao grupo amino de proteínas intra ou extracelulares. Esta reacção vai formar produtos terminais de glicosilação avançada (AGE) ou produtos de Amadori–Reacção de Maillard. Os AGE provocam o cross-linking do colagénio tipo I (diminui a elasticidade dos vasos) e do tipo IV (diminui a adesão celular). Proteínas plasmáticas como a albumina ligam se às membranas basais glicosiladas dos vasos diminuindo a sua elasticidade.
56
O que é a microangiopatia?
Ocorre um espessamento difuso da membrana basal, principalmente nos capilares, por deposição de colagénio, sobretudo do tipo IV. As paredes dos vasos ficam danificadas, podendo romper-se e criar hemorragias. Os capilares ficam mais permeáveis às proteínas plasmáticas. É especialmente evidente nos capilares da pele, músculo esquelético, retina, glomérulos renais e medula renal.
57
Na retinopatia pré-proliferativa existem muitas vezes __________________. Caracteriza-se também por haver maior _________________ dos capilares, originando _____________.
microaneurismas; permeabilidade; edemas
58
Já a retinopatia proliferativa é caraterizada por existir _________________ de vasos sanguíneos à superfície do nervo óptico e da retina.
proliferação
59
A hiperglicémia, ou alto nível de açúcar no sangue, causa um aumento da produção de ________________ (DAG) dentro das células. O DAG, em conjunto com iões ___________, ativa a proteína quinase C (PKC). A ativação da PKC pode estimular a produção de _____________ ______________ ___________ __________ (VEGF) e, consequentemente, a neoangiogénese, um processo fundamental em diversas patologias, como a ______________ diabética.
diacilglicerol; cálcio; vascular endothelial growth factor; retinopatia
60
O DAG é um produto da glicólise. Verdadeiro ou Falso?
Verdadeiro
61
De que forma é que a produção de VEGF leva à microangiopatia e à retinopatia diabética?
- Actividade aumentada de Endotelina-1 (vasoconstritor) e actividade diminuída de eNOS – sintase de monóxido de azoto endotelial (vasodilatador) - Produção de moléculas pró-fibrinogénicas como TGF-β - Produção da molécula pró-coagulante PAI-1 - Produção de citocinas pró-inflamatórias
62
A função renal é afetada pela diabetes, perdendo-se proteínas na urina - ______________.
proteinúria
63
A nefropatia diabética pode gerar lesões ________________ através do espessamento da ________________ ___________ dos capilares glomerulares, ao aumento difuso da matriz ______________ e a depósitos de matriz ___________ na periferia dos glomérulos. Também podem ocorrer lesões vasculares renais (como a ______________ renal) ou pielonefrite.
glomerulares; matriz basal; mesangial; laminar; aterosclerose
64
Quais são os tecidos que não necessitam de insulina para transportar a glucose?
Células nervosas, rins e vasos sanguíneos.
65
Qual é a consequência da hiperglicémia nos tecidos que não necessitam da insulina para captarem glicose?
A hiperglicémia gera um aumento da glucose intracelular, que vai entrar na via poliol (via metabólica secundária da glicose que é mais ativada em contextos em que existe excesso de glicose). Aqui é convertida em sorbitol pela enzima aldose redutase (que consome NADPH para formar NADP+) e o sorbitol, por sua vez, é convertido em frutose pela sorbitol desidrogenase (que consome NAD+ para produzir NADH). Como o NADPH é consumido e este é necessário para regenerar a glutationa reduzida (GSH), as concentrações de GSH vão diminuir. A GSH é um importante antioxidante e a sua redução vai levar a um aumento da suscetibilidade das células ao stress oxidativo.
66
O que é o stress oxidativo?
É o excesso de radicais livres que ultrapassa as defesas antioxidantes e causa dano celular. É um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigénio (ROS) e a capacidade de defesa antioxidante do organismo.