Diabetes Mellitus Gestacional Flashcards

(13 cards)

1
Q

Defina DMG

A

Qualquer grau de intolerância ao
carboidrato diagnosticada durante* a gravidez, levando ao aumento de açúcar no sangue, com remissão após o término da gestação.
*Existe a possibilidade da intolerância não ter sido diagnosticada previamente a gravidez – DM II:

• Diabetes mellitus gestacional: mulher com
hiperglicemia detectada pela primeira vez
durante a gravidez, com níveis glicêmicos
sanguíneos acima dos critérios de diagnósticos
para DMG (≥ 92 mg/dL).
• Diabetes mellitus diagnosticado na gestação
(overt diabetes): mulher sem diagnóstico
prévio de DM, com hiperglicemia detectada na
gravidez e com níveis glicêmicos sanguíneos
que atingem os valores ≥ 126 mg/dL em jejum
ou ≥ 200 mg/dL aleatória.

A DMG é uma patologia do 3º trimestre causada pelo aumento da resistência periférica à insulina (obesidade) e aumento dos hormônios: lactogênio placentário (HLP),
GH, estrógenos, progesterona e cortisol.

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2
Q

Quais os fatores de risco da DMG

A

Idade
Sobrepeso/obsidade
Antecedentes familiares de DM
Antecedentes pessoais de alterações metabólicas como:
- HbA1c>=5,7 %
- SOP
- Hipertrigliceridemia
- HAS
- Acantose nigricans
- Doença cardiovascular aterosclerotica
- USO de medicamentos hiperglicemiantes
Antecedentes obstétricos:
- Duas ou mais perdas gestacionais previas
- DMG
- polidramio
- Macrossomiia
- Óbito fetal/prenatal sem causa determinada
- Malformação fetal

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3
Q

Qual a fisiopatologia da DMG

A

O aumento do lactogênio placentário (HLP) gera
aumento da resistência periférica a insulina, que faz com que haja redução da secreção de insulina pelo pâncreas. Isso leva a hiperglicemia materna (pós-prandial)
A glicose e os anticorpos anti-insulina conseguem
atravessar a barreira placentária, enquanto a insulina
não consegue.
Assim, a hiperglicemia materna causa hiperglicemia
fetal, que gera estímulo pancreático fetal, levando a
hiperinsulinemia fetal e resistência periférica a insulina
no feto.

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4
Q

Impactos ao feto durante a gestação em mães com DMG

A

A hiperglicemia fetal induz a:
• Macrossomia ou feto grande para a idade
gestacional.
• Hipoxia fetal.
• Óbito fetal.
• Hipoglicemia neonatal (hiperinsulinemia fetal).
• Síndrome do desconforto respiratório (↓
pneumócitos tipo II).

Além disso:
• ↑ taxas de abortamentos espontâneos
(ambiente hostil a nidação e mal formações).
• Valores de HbA1c maiores que 8% são
relacionados a risco de malformações 3-6x
maior.
• O risco relativo para anomalias do SNC e do
aparelho cardiovascular é de 15,5 a 18 vezes
maior, respectivamente.
• A síndrome de regressão caudal, embora muito
rara, ocorre quase exclusivamente em
gestações complicadas pelo diabetes.
• As malformações fetais são responsáveis por
cerca de 50% das mortes perinatais nessa
população.

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5
Q

Exames laboratoriais na DMG

A

Avaliação de complicações crônicas e patologias associadas ao diabetes:
- Hemoglobina glicada
- Proteínas totais e albuminas
- Proteinúria de 24h ou microalbuminuria
- Lipidograma
- Ureia e creatina
- Sódio, potássio e cálcio séricos
- Ácido úrico
- Urina rotina
- Urocultura
-> Fundoscopia e ECG somente ao diagnostico de DMG

Hemoglobina flocada (HbA1c):
- Reflete a glicemia nos últimos 3 meses
- Meta <= 6,5%
- Frequência -> colher a cada 3 meses

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6
Q

Diagnóstico da DMG

A

2º/3º trimestre: TTOG 75g: em jejum, 1hr e 2hr.
RASTREAMENTO:
• Normal
- 1ª consulta: glicemia de jejum (1º
trimestre) → valor normal < 92 mg/dl
- 24-28 semanas: TTOG 75g
▪ Jejum < 92 mg/dl
▪ 1ª hora < 180 mg/dl
▪ 2ª hora < 153 mg/dl
• Diabetes gestacional (DMG)
- Glicemia de jejum de 8 horas ≥ 92 e
≤ 125 mg/dl na primeira consulta
OU
- Se pelo menos um dos valores do TTOG
for ≥ que a referência entre 24-28
semanas.
• Diabetes pré-gestacional (Overt ou DM II)
- Glicemia de jejum (8 horas) ≥126 mg/dl
ou glicemia aleatória ≥ 200 mg/dl +
sintomas de POLIS ou
- HbA1C ≥ 6,5%.

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7
Q

Conduta na DMG

A

• Equipe multiprofissional: médico, enfermeira,
nutricionista, assistente social e psicólogo.
• Pré-natal quinzenal.
• HbA1c no momento do diagnóstico e a cada 2 a
3 meses.
• Urocultura bimensal.
• PBF após 28ª semana.
• Ecocardiograma fetal na DM II: 24-26 sem
• US mensal após 28 sem → peso fetal.
• Motivar a adesão: +/- 70% aderem ao
tratamento → dieta, exercício físico e
insulinoterapia.

CONTROLE GLICÊMICO: através da dosagem capilar pelo glicosímetro (dextro):
• Simplificado: 4X/ dia – jejum (<95) e 1 hora
após café, almoço e jantar (<140).
• Completo: (se usuária de insulina 7x/dia) –
simplificado + glicemia pré-almoço e pré-jantar
e as 3 da manhã.

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8
Q

Tratamento da DMG

A

Dieta balanceada: 1800 a 2200 cal com 50% de
carboidratos, 30% de lipídeos e 20% de proteínas.
• Dieta fracionada em 6 refeições diárias: café da
manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da
tarde, jantar e ceia.
• Uso de adoçante: aspartame, sucralose.
• Exercício físico (desde que não haja
contraindicação) de 30 min 3x/ semana,
caminhada, alongamento, bicicleta, pilates e
hidroterapia.
Dieta + atividade física obtêm controle glicêmico
adequado em 60% das gestantes.

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9
Q

Hipoglicemiantes na gestação

A

Não é consenso o uso no tratamento de DMG

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10
Q

Insulinoterapia na DMG

A

Indicada quando após 1 semana de dieta e exercício físico não se observar um controle adequado (alteração ≥30% em relação a normalidade).
• Prefere-se o uso de insulina humana
intermediária (NPH) fracionada em 3 doses
diárias, na dose de 0,5 UI até 1 UI/ Kg (depende
do trimestre e IMC).
• Fracionamento:
- ½ da dose total antes do café da manhã:
- ¼ antes do almoço
- ¼ às 22 horas
• Insulina Regular (R): se necessário.
• DM1: diminuição da dose de insulina basal (fase anabólica da gestação → tende a hipoglicemia materna.

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11
Q

Riscos da DMG

A

RISCOS MATERNOS:
• Infecções: urinárias, corrimento vaginal.
• Pré-eclâmpsia – 30%.
• Polidrâmnio.
• TPP.
• Rotura prematura das membranas.
• Atonia uterina.
• > Índice de cesariana.
• Risco de continuar DM: 5%.
• Risco de intolerância a glicose: 25%.
• Hipo/hiperglicemia/coma.
• Alterações vasculares principalmente renais e
retinianas.

RISCOS FETAIS AO NASCIMENTO:
• Hipoglicemia.
• Stress respiratório.
• Macrossomia.
• Tocotraumatismo - distocia de ombro.
• Cardiopatia: miocardiopatia hipertrófica e
septal.
• Hiperviscosidade: policitemia.
• Distúrbio hidroeletrolítico: hipocalcemia,
hipomagnesemia.
• Hipóxia fetal.
• Icterícia.

RISCOS FUTUROS PARA O RN DMG:
• Síndrome metabólica.
• Obesidade.
• Hipertensão e DM.

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12
Q

Parto quando há DMG

A

• RCIU: parto em 37 semanas com controle
inadequado.
• Macrossomia: parto em 38 sem ou antes se
descontrole glicêmico ou mudança na curva de
crescimento ou polidrâmnio.
• Se feto < 4000 g controle adequado: parto em
39-40 semanas.
• Se piora clínica materna (retinopatia e
nefropatia) - DM I.

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13
Q

Puerpério das gestantes com DMG

A

• Retirar insulina se DMG sem complicações.
• Manter 50% da dose se controle inadequado no
pré-natal.
• Retorno às doses de insulina se DM pré-
gestacional.
• Reintroduzir hipoglicemiante oral se DM II

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