Síndromes Hipertensivas Na Gravidez Flashcards

(29 cards)

1
Q

O que são síndromes hipertensivas?

A

Define-se HÁ na gestação, a presença de PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg, confirmada em duas medidas com intervalo de 4 horas

As desordens hipertensivas na gravidez acometem 10-
15% das gestações, sendo uma das grandes causas de
morbimortalidade materno-fetal.

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2
Q

Classificação de síndrome hipertensiva na gravidez

A

Hipertensa arterial na primeira metade a gestação:
- Hipertensão arterial crônica
- Síndrome do jaleco branco - white coat hypertension

Hipertensão arterial na segunda metade da gestação:
- Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
- Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica
- Hipertensão gestacional

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3
Q

Hipertensao arterial crônica, defina

A

Se manifesta antes da gravidez ou antes da 20ª semanas e que se matem após a 12ª semana do puerpério

Acomete 5% das gestações, principalmente me idades avançadas

Diagnóstico: ausência de proteinúria, edema e fundoscopia anormal

Apresenta-o as maiores taxas de complicações: - RCIU
- Sofrimento fetal
- DPP
- Prematuridade com altas taxas de mortalidade
- Mortalidade materna (eclâmpsia - 45%)

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4
Q

Defina síndrome do jaleco branco

A

presença de hipertensão arterial (≥ 140 e/ou ≥ 90mmHg) durante as consultas pré-natais, porém inferior a 135 e/ou 85 mmHg em avaliações domiciliares.

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5
Q

Defina pré-eclâmpsia sobreposta à HAS

A

A PE se sobrepõe a HAC em 15% a 30% dos casos.
Acomete a mulher hipertensa crônica que, após a 20ª semana de gravidez, evolui com:
• Aparecimento ou piora da proteinúria;
ou
• Necessidade de incremento medicamentoso;
ou
• Lesão de órgão alvo; ou
• Comprometimento placentário (Doppler).

O risco é maior em mulheres com doença renal prévia,
diabetes, colagenoses, síndrome antifosfolípides e
gemelares.

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6
Q

Defina hipertensão gestacional

A

Hipertensão que aparece após a 20ª semana de
gravidez, e que regride após 12ª semana do puerpério.
• Oligossintomáticas: sem proteinúria e sem as
características da PE e outras alterações
sistêmicas
• Necessária correlação com exames
laboratoriais para diferenciar da PE
• 25% evoluem com PE.

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7
Q

Defina pré-eclâmpsia

A

Doença multifatorial e multissistêmica, específica da gestação e que se manifesta em gestante previamente normotensa após a 20ª semana de gestação.

Classicamente diagnosticada pela presença de
hipertensão arterial ≥ 140x90 mmHg associada ou não à proteinúria e edema.
Também se considera pré-eclâmpsia quando, na
ausência de proteinúria, ocorre disfunção de órgão alvo (deterioração clínica e/ou laboratorial): SNC, cardiorrespiratório, hematológico, rins, fígado e disfunção placentária (RCIU ou alteração no Doppler fetal)

As disfunções dos órgãos alvos são situações de maior gravidade aumentando a morbimortalidade materna

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8
Q

Quais sinais de deteriorização clinica na PE (pré-eclâmpsia)

A

• Presença de crise ou emergência hipertensiva:
PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥110 mmHg.
• Sinais de iminência de eclâmpsia:
comprometimento do SNC
• Eclâmpsia: desenvolvimento de convulsões
tônico-clônicas.
• Sinais de síndrome HELLP: disfunção hepática.
• Oligúria.
• Insuficiência renal aguda.
• Edema pulmonar / dor torácica

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9
Q

Qual a epidemiologia da PE

A

• É a complicação mais comum da gravidez e a
principal causa de morbimortalidade materna e
perinatal no 1º mundo (10%-15%).
• Atinge 6 % a 17% em primigesta, 2% a 4% nas
multíparas, principalmente com história
anterior de PE.
• Brasil: 1,5%-7% para a pré-eclâmpsia e 0,6 %
para a eclâmpsia.
• 0,1% a 2,7% evoluem a eclâmpsia.
• É uma doença autolimitada e suas
manifestações tendem a desaparecer no
puerpério.
• Mais comum na raça negra.
• Excepcionalmente a mulher ficará hipertensa.

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10
Q

Como é feito o diagnostico PE

A

• PA ≥ 140x 90 mmHg.
• Presença da proteína sFlt-1 (fms-like Tyrosine
kinase-1): lesão do sinciciotrofoblasto →
produção exagerada de fatores
antiangiogênicos pelo tecido placentário.
• Presença da proteína PLGF (Placental Growth
Factor).
• Presença de proteína ≥ 300 mg em urina de 24h ou relação proteína/creatinina urinária ≥ 0,3
mg/dl em amostra isolada ou fita reagente com
≥ 2 +.
• A medida pressórica deve ser realizada
idealmente com a paciente sentada
(ambulatório), com braço esquerdo a nível do
coração e após 10 minutos de repouso;
alternativamente com a gestante em decúbito
lateral esquerda ou deitada a 45º (quando
internada, para evitar compressão da VCI).
sFlt-1 + PLGF → vasoconstrição

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11
Q

Quais os fatores de risco da PE

A

• HA crônica (PAD 80-89 na 1ª consulta pré-natal)
• Idade > 40
• IMC > 30
• Historia familiar de PE
• Nuliparidade
• Gestação múltipla
• DM preexistente
• Baixa exposição aos espermatozoides.
• Extremo da fertilidade.
• Ovodoação/ FIV.
• Doença renal.
• Doença reumática/ trombofilias.
• Infecções maternas.
• Susceptibilidade genética.
• Doença trofoblástica.
• Tabagismo

Os fatores de risco levam a uma alteração na
placentogênese, que faz com que a placenta seja menor ou menos vascularizada. Assim ocorre isquemia útero-placentária, o que gera vasoconstrição generalizada na
gestante e restrição de crescimento fetal

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12
Q

Qual o quadro clinico da PE

A

• PA ≥ 140x90 em qualquer fase.
• Ganho de peso ≥ 1000g/ semanal ou
3000g/mês.
• Edema.
• Urina espumosa → proteinúria.
• Oligúria: diurese inferior a 500 mL/24h.
• Tonturas, cefaleias, epigastralgia, escotomas,
fosfenas, turvação da visão, convulsões,
hiperreflexia.
• Doppler: incisura protodiastólica + após 26ª
semana de gestação.
• Fibronectina: proteína endotelial aumentado.

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13
Q

Como é dividida a classificação da PE

A

QUANTO À GRAVIDADE: Pode ou não estar
acompanhada de edema e/ou proteinúria
• PE leve: PA ≥140 X 90 mmHg, sem
comprometimento orgânico, aferidas em duas
ocasiões após a 20ª semana de gestação.
• PE grave: PA ≥ 160x110 mmHg com
deterioração clínica ou com comprometimento
orgânico: rins, cérebro, fígado, pulmão, sistema
sanguíneo e SNC.
QUANTO AO PERÍODO:
• Precoce (< 34 semanas - desordem placentária)
• Tardia (≥ 34 semanas - síndromes metabólicas,
inflamação e comprometimento endotelial
crônico).

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14
Q

Explique a PE leve

A

• PA ≥ 140 x 90 e < 160 x 110 mmHg
• Ausência de comprometimento orgânico
• Exames hepáticos normais
• Plaquetas normais (> 100 mil)
• Edema ou proteinúria podem estar ausentes

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15
Q

Explique uma PE grave (com disfunção orgânica)

A

• PA ≥ 160x110.
• Edema, proteinúria.
• ↑ enzimas hepáticas.
• Plaquetas diminuídas < 100 mil
• Oligúria < 500 ml/dia.
• Creatinina > 1,0 mg%.
• TGO/TGP > 40 UI/L
• Anemia hemolítica, presença de esquizócitos.
• Edema agudo de pulmão/ dor torácica.
• RCIU, alteração no Doppler.
• Sintomas (SNC): alteração comportamento →
iminência de eclâmpsia.
• Eclâmpsia

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16
Q

O que é iminência de eclampsia

A

É um quadro que precede a eclâmpsia.
• Apresenta nítido comprometimento do sistema
nervoso central: cefaleia, fotofobia, escotomas,
fosfinas, embaçamento visual (hemeralopia),
amaurose, torpor, obnubilação, alteração do
comportamento.
• Hiperreflexia.
• Náuseas e vômitos, dor epigástrica ou em
hipocôndrio direito, sintomas estes
relacionados com comprometimento hepático
→ síndrome HELLP.

17
Q

Defina eclâmpsia

A

• Sintomas de PE com convulsão e/ou coma.
• Ocorrência: durante a gestação, trabalho de
parto ou puerpério.
• 50% acontecem em gestação pré-termo e 25%
no puerpério.
• Alta mortalidade materna e fetal.
• Causas da convulsão: vasoespasmos →
isquemia, edema citotóxico e infarto tecidual.

Quadro clinico da PE:
• PA ≥ 140x90 em qualquer fase.
• Ganho de peso ≥ 1000g/ semanal ou
3000g/mês.
• Edema.
• Urina espumosa → proteinúria.
• Oligúria: diurese inferior a 500 mL/24h.
• Tonturas, cefaleias, epigastralgia, escotomas,
fosfenas, turvação da visão, convulsões,
hiperreflexia.
• Doppler: incisura protodiastólica + após 26ª
semana de gestação.
• Fibronectina: proteína endotelial aumentado.

18
Q

Qual a Fisiopatologia da eclâmpsia

A

A completa etiologia permanece desconhecida, o que
impede que se atue na prevenção do seu
desenvolvimento de maneira realmente efetiva
(prevenção primária).
A identificação de fatores de risco permite a atuação no
sentido de impedir a manifestação de formas graves da
doença (prevenção secundária).
Na PE as alterações metabólicas da gestação normal
tornam-se exacerbadas.
PRINCIPAIS HIPÓTESES:
• Predisposição genética.
• Resposta inflamatória sistêmica.
• Quebra de tolerância imunológica.
• Deficiência do estado nutricional.
• Desequilíbrio angiogênico.
➔ Placentação deficiente → invasão trofoblástica

19
Q

Teoria inflamatória da fisiopatologia da Eclâmpsia

A

• 1º estágio pré-clínico: alterações no
desenvolvimento placentário e modificações na
circulação uterina ocasionam hipóxia do tecido
placentário determinando o estresse oxidativo e
a produção excessiva de fatores inflamatórios
(prostaglandinas) e antiangiogênicos.
• 2º estágio clínico: a disfunção placentária e os
fatores liberados por ela lesam o endotélio
sistemicamente, resultando em hipertensão
arterial e o comprometimento de órgãos-alvo,
sendo as alterações glomerulares
(glomeruloendoteliose) as mais características
das lesões e responsáveis pelo aparecimento
da proteinúria.
A glomeruloendoteliose é um dos principais marcadores
de pré-eclâmpsia, e representa a perda da capacidade
de filtração proteica pelos glomérulos.

20
Q

Teoria endotelial-angiogênica da Eclâmpsia

A

O óxido nítrico é produzido em grande quantidade na gestação normal, e tem ação vasodilatadora fisiológica.
Sua redução provoca vasoconstrição peri-renal, renal e proteinúria, que podem levar a RCIU.
A vasoconstrição é causada por:
• Aumento da endotelina
• Aumento do ácido araquidônico
• Redução do óxido nítrico
Além disso, o aumento dos fatores angiogênicos,
como sFlt-1 (fms-like Tyrosine kinase-1) e PLGF
(Placental Growth Factor) levam a endoteliose
glomerular e, consequentemente, proteinúria.

21
Q

Teoria imunológica da Eclâmpsia

A

O trofoblasto é um aloenxerto, e é considerado um corpo estranho. Assim, células deciduais e macrófagos liberam citocinas e peptídeos que desencadeiam uma resposta inflamatória, na qual ocorre:
• Ação vasoconstritora e agregante plaquetária
devido à:
- Aumento do tromboxano (TxA2)
- Ativação do SRAA
• Redução da ação vasodilatadora e relaxante do
endotélio devido à:
- Pouca ação da prostaciclina (PGI2)
- Pouca ação do óxido nítrico
- Geralmente em primigestas, gestação
gemelar e na troca de parceiros

22
Q

Teoria da má adaptação trofoblastica da Eclâmpsia

A

A placentogênese inadequada leva a liberação de fatores anti-angiogênicos, que ativam fatores
endoteliais sistêmicos, levando a descompensação materna.
O trofoblasto é responsável pela nutrição fetal até 6-7 semanas de gestação. Após esse prazo, a nutrição é feita pela anastomose do vaso fetal placentário com o vaso materno (chamado de fluxo interviloso), pelas arteríolas espiralares.

PLACENTOGÊNESE NORMAL: 2 ondas de invasão
trofoblástica:
• 1ª onda: 9-12 semana → invasão da porção
decidual das aa. Espiralares pelos macrófagos
• 2ª onda: 16-20 semana → trofoblasto invade a
camada superficial miometrial das arteríolas
• As 2 ondas ocasionam uma área de baixa
pressão.

PLACENTOGÊNESE ANORMAL:
Na PE, as ondas de invasão trofoblástica se fazem de
forma deficiente, com destruição apenas parcial do
endotélio. A destruição parcial mantém o vaso contraído
→ alta pressão → isquemia placentária → PE

Voltando à má adaptação trofoblástica:
Na PE ocorre a destruição parcial das arteríolas
espiraladas por deficiência da segunda onda de invasão trofoblástica.
• NORMAL: Entre 9ª-20ª semana → trofoblasto
invade os vasos endometriais → destruição do
tecido muscular endotelial → dilatação das aa.
espiralares → área baixa resistência (maior
fluxo)
• Na PRÉ-ECLÂMPSIA, apenas entre 30-50% das
artérias sofrem a invasão do trofoblasto →
redução do diâmetro vascular → redução do
fluxo úteroplacentário → isquemia placentária
→ liberação de citocinas → lesão endotelial
(trombose + fibrina), edema, aumento da
resistência vascular → hipertensão
generalizada (por vasoconstrição generalizada).
• A isquemia ocasiona também lesão endotelial
renal → endotelioseglomerular.
• Deficiência de óxido nítrico (que regula o tônus
vascular).

23
Q

Consequências fisiopatologicas da Eclâmpsia

A

Aumento da reatividade vascular -> vaso espasmo arteriolar, que resulta nas consequências:
- Placentárias: insuficiência placentária, baixo peso fetal, sofrimento fetal, óbito fetal
- Hemodinamicas: aumento da resistente vascular - hipertensão, queda do volume plasmático, aumento da permeabilidade capilar - edema
- Uterinas: hipertonia, DPP
- Hemtologicas: trombocitopenia, hemodiálise micro-angiopatica
- Renais: aumento da retenção de sódio, queda do fluxo plasmático renal, queda da filtração glomerular, aumento úrico (endoteliose glomerular, proteinúria)

25
Explique sindrome de Hellp
Complicação da pré eclâmpsia, sendo que 20% das PE evoluem para síndrome HELLP. Hemolisys Elevated Liver enzimes test and Low Platelet counts (hemólise, elevação das enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas). Caracteriza-se por quadro de sangramento generalizado (CIVD), plaquetopenia, epigastralgia e dor em hipocôndrio direito. Causa de alta mortalidade por sangramento e descolamento placentário. LABORATÓRIO: Voltando à má adaptação trofoblástica: Na PE ocorre a destruição parcial das arteríolas espiraladas por deficiência da segunda onda de invasão trofoblástica. • Hemólise: anemia grave (concentração de hemoglobina ≤ 8g/dL). • Desidrogenase lática (DHL) > 600 UI/L. • Bilirrubina indireta ≥ 1,0 mg/dL. • Haptoglobina < 25 mg/dL (marcador mais sensível de hemólise). • Presença de esquizócitos (fragmentadas) e equinócitos (espiculadas) em sangue periférico. • TGO e TGP ≥ 70 UI/L • Plaquetopenia: definida por valores < 100.000/mm³.
26
Exames realizados no descolamento placentário
• Hemograma com plaquetas. • Coagulograma. • TGO, TGP, LDH. • Urina 1. • Proteinúria de 24 horas > 300 mg/dl ou relação creatinina-proteinúria > 0,3 mg/dl. • Ureia, creatinina > 1,0 mg/dL, Na, K. • Bilirrubinas. • Ácido úrico. • ECG e RX de tórax.
27
Tratamento para eclâmpsia
A decisão de introduzir anti-hipertensivos deve considerar os riscos e benefícios para a mãe e o feto, tomando-se como fatores principais o valor da pressão arterial e a presença ou não de sinais e sintomas relacionados aos níveis pressóricos. Cuidados: • Repouso em decúbito lteral esquerdo. • Dieta hiper proteica, • Avaliação multidisciplinar. Farmacológico: • Sedação: Diazepam/ levopromazina • Anti-hipertensivos: metil dopa, hidralazina, anlodipino, caverdilol. • Iminência de eclâmpsia: abaixar a PA, sulfato de Mg e resolução da gravidez se feto viável ou piora clinica materna ou vitalidade fetal não tranquilizadora. • Eclâmpsia: igual a iminência com conduta ativa em resolver a gestação após estabilizar a paciente (parada da convulsão, estabilização da PA). Anti-hipertensivos: • Metildopa → uso ambulatorial • Hidralazina, nifedipino → tratamento de crise ou emergência hipertensiva em gestantes Sulfato de magnésio (MgSO4): droga de escolha para tratamento de iminência de eclâmpsia e eclâmpsia. • Trata-se de um neuromodulador: ação anticonvulsivante. Age nos receptores do glutamato, um neurotransmissor, responsável pela lesão neuronal. • Age na junção neuromuscular → vasodilatação cerebral e reversão do vasoespasmo cerebral, aumentando o limiar da convulsão. • Estabilizador da membrana celular. • Bloqueador dos canais de cálcio. • Os principais esquemas de uso do sulfato de magnésio são o de Pritchard (IM) e o de Zuspan (EV).
28
Profilaxia da eclampsia
• AAS 100 mg de 12-36 semanas – redução de 47%. • Calcio: 1 a 2 g de carbonato de cálcio ao dia ou 2 a 4 g de citrato de cálcio ao dia – redução de até 55%. • Início entre 12ª a 20ª semanas.
29
Parto e puerpério de pacientes com eclâmpsia
• IG < 24 semanas: alta mortalidade perinatal (>80%) e morbimortalidade materna (27% a 71%). Portanto, diante de quadros de deterioração clínica, recomenda-se a interrupção da gestação. • IG ≥ 24 semanas e < 34 semanas: tratar, monitoração materno-fetal, corticoterapia. • IG entre 34 e 37 semanas: tratar e monitoração materno-fetal. • IG ≥ 37 semanas: parto!!!!!!! • No puerpério retirar o anti-hipertensivo se PE não complicada, diminuir a dose ou reintroduzir o medicamento usado antes da gravidez (HAS)