DISTURBIOS DA TIREOIDE Flashcards

(110 cards)

1
Q

PORQUE NO HIPERTIREOIDISMO PRIMÁRIO O TSH ESTÁ BAIXO?

A

PORQUE O PROBLEMA ESTÁ NA TIREOIDE. TEMOS UMA TIREOIDE HIPERFUNCIONANTE LIBERANDO T3 E T4 SEM ESTIMULO DA HIPOFISE. POR FEEDBACK NEGATIVO O TSH ESTARÁ BAIXO OU NORMAL.

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2
Q

O QUE SIGNIFICA UM ANTI TPO POSITIVO? EM QUAIS DOENÇAS PODERÁ ESTAR POSITIVO?

A

A presença de anti-TPO indica que o sistema imunológico está atacando a própria tireoide.

✅ Tireoidite de Hashimoto:
Doença autoimune destrutiva: o corpo ataca e destrói a tireoide ao longo do tempo.

O anti-TPO está presente em 90-100% dos casos.

✅ Doença de Graves:
Também autoimune, mas estimulante: o corpo produz anticorpos (TRAb) que imitam o TSH e hiperestimulam a tireoide.

O anti-TPO pode estar presente em 70-80% dos casos, mas não é o principal causador da doença.

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3
Q

TRAb (anticorpo anti-receptor de TSH) é mecanismo de qual doença autoimune?

A

Doença de Graves

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4
Q

anticorpos (TRAb) que imitam qual hormonio?

A

TSH

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5
Q

V OU F. O anticorpo antitireoglobulina (anti-Tg) é um autoanticorpo comum em doenças autoimunes da tireoide. Tem papel primário o em relação ao anti-TPO no diagnóstico de tireoidite de Hashimoto tendo maior sensibilidade e especificidade do que o anti-TPO. Ele é dirigido contra a tireoglobulina, uma proteína usada pela tireoide para produzir T3 e T4. No Câncer de tireoide (papilífero, folicular):
Após tireoidectomia total, o anti-Tg pode ser usado como marcador tumoral, junto com a dosagem da própria tireoglobulina sérica.
Se a tireoide foi removida e os anticorpos permanecem elevados, pode indicar doença residual ou recidiva.

A

FALSO.

O ANTI TG É MENOS SENSÍVEL E MENOS ESPECÍFICO QUE O ANTI TPO PARA TH. LOGO, É SECUNDÁRIO. MAS É VERDADE SOBRE EM QUAIS CANCERES ELE SERVE COMO MARCADOR.

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6
Q

IDOSO APÁTICO, COM FRAQUEZA, ANOREXIA, CONFUSÃO MENTAL E PALISIA PERIÓDICA, ALÉM DE FIBRILAÇÃO ATRIAL. EXAMES LABORATORIAIS MOSTRAM TSH BAIXO E HIPOCALEMIA. QUAL O DIAGNÓSTICO?

A

HIPERTIREOIDISMO APÁTICO. NÃO HÁ SINAIS E SINTOMAS ADRENERGICOS COMO É COMUM NO HIPERTIREOIDISMO.

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7
Q

V OU F. A AMIODARONA PODE CAUSAR TIREOTOXICOSE TANTO COM HIPERTIREOIDISMO COMO SEM HIPERTIREDOIDISMO ASSOCIADO.

A

VERDADEIRO.

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8
Q

📌 DOENÇA DE PLUMMER = ADENOMA TOXICO. Comum em pacientes jovens. Na Cintilografia: várias áreas “quentes” intercaladas com áreas frias. V OU F?

A

FALSO.
📌 DOENÇA DE PLUMMER = BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO
Múltiplos nódulos tireoidianos funcionantes e autônomos. Comum em pacientes idosos, as a cintolografia está correta. Cintilografia: várias áreas “quentes” intercaladas com áreas frias.

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9
Q

V ou F. A síndrome de Jod-Basedow é um hipotireoidismo imunomediado .

A

falso. A síndrome de Jod-Basedow é um hipertireoidismo induzido pela exposição excessiva ao iodo, especialmente em pessoas com bócio multinodular pré-existente ou adenoma tóxico..

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10
Q

Porque amiodarona pode causar hipertireoidismo?

A

Porque é uma droga rica em iodo.

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11
Q

V ou F. Utilizamos propanolol em altas doses para tireotoxicose para bloquear a conversão de T3 em T4.

A

Falso. Não se usa propanolol em altas doses para tireotoxicose. No máximo é 40 mg 4 x ao dia para reduzir os sintomas da doença, não para tratar.

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12
Q

V ou F. Atenolol é a medicação de escolha nos pacientes asmáticos com tireotoxicose.

A

Falso. Não se usa atenolol em pacientes asmáticos. Com esse intuito deve-se utilizar verapamil ou Diltiazem.

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13
Q

A oftalmopatia de GRAVES é induzida através do anticorpo TRAB que destroi os glicosaminoglicanos. Esse processo é responsável exclusivamente pela exoftalmia. V ou F

A

FALSO.

O TRAb ativa fibroblastos da órbita, que produzem glicosaminoglicanos, levando a edema, inflamação e fibrose — responsáveis por exoftalmia, diplopia e edema palpebral.
Ou seja, não causa apenas exoftalmia.

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14
Q

A dermopatia de Graves é uma manifestação precoce da doença de Graves. Trata-se de um edema depressivo que ocorre em areas de trauma.

A

Falso. É um sinal tardio.

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15
Q

QUAL A CONDUTA EM PAICNETE COM TSH REDUZIDO NA AUSENCIA DE SINTOMAS DE HIPERTIREOIDISMO?

A

REALIZAR CINTILOGRAFIA COM CAPTAÇÃO DE 2 E DE 24 HORAS.

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16
Q

V OU F. O metimazol é preferível ao propitiluracil nas crises de tireotoxicose por sua ação mais rápida.

A

❌ FALSO.

🔹 Na crise tireotóxica (tempestade tireoidiana), o propiltiouracil (PTU) é preferido ao metimazol, por sua ação mais ampla. Além de inibir a enzima tireoperoxidase (TPO), como o metimazol, ele também inibe também a conversão periférica de T4 em T3, o PTU reduz mais rapidamente os níveis de T3 circulante, que é o principal responsável pela toxicidade clínica.

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17
Q

V ou F: No 1º trimestre da gestação, prefere-se o metimazol por menor risco de malformações.

A

❌ FALSO.
Prefere-se o PTU no 1º trimestre por menor risco de teratogenicidade. O metimazol é retomado no 2º trimestre.

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18
Q

V ou F: O metimazol é preferido ao PTU no 2º e 3º trimestres da gestação devido ao risco de hepatotoxicidade grave associado ao uso prolongado de PTU.

A

✅ VERDADEIRO.
O PTU é hepatotóxico quando usado por tempo prolongado, por isso o metimazol é retomado após o 1º trimestre.

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19
Q

V ou F: Em caso de agranulocitose por metimazol, pode-se trocá-lo por propiltiouracil.

A

❌ FALSO.
Agranulocitose contraindica o uso de qualquer tioamida. O tratamento deve ser feito com iodo radioativo ou cirurgia.

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20
Q

V ou F: A presença de oftalmopatia de Graves está associada a maior chance de remissão com tionamidas.

A

❌ FALSO.
A oftalmopatia está associada a maior risco de recidiva e pior prognóstico.

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21
Q

V ou F: O uso prolongado de tionamidas (12 a 18 meses ou mais) está relacionado a maior chance de remissão.

A

Tratamentos mais longos aumentam a chance de remissão definitiva.

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22
Q

V ou F: Pacientes com bócio volumoso apresentam menor chance de remissão após tratamento clínico e é uma indicação de cirurgia se ele for sintomático, assim como quando há suspeira de neoplasia e em casos de bocio multinodular toxico.

A

✅ VERDADEIRO.

Pacientes com bócio volumoso têm menor chance de remissão com tionamidas.
Além disso, o bócio volumoso sintomático, a suspeita de neoplasia e o bócio multinodular tóxico são indicações clássicas de cirurgia (tireoidectomia).

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23
Q

V ou F: O iodo radioativo pode piorar oftalmopatia, mas está indicado em gestantes e em pacientes com adenoma tóxico.

A

❌ FALSO.

Vamos por partes:

❗️O que está correto:
✅ O iodo radioativo pode piorar a oftalmopatia de Graves, especialmente em tabagistas.

✅ Está indicado no adenoma tóxico (Doença de Plummer), pois trata a área hiperfuncionante seletivamente.

🚫 O que está incorreto:
❌ O iodo radioativo é contraindicado na gestação e lactação, pois atravessa a placenta e pode causar hipotireoidismo fetal ou destruição da glândula fetal.

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24
Q

V ou F: A amigdalite de repetição em paciente com doença de Graves em uso de metimazol pode indicar agranulocitose, que é um efeito adverso comum.

A

❌ FALSO.
A amigdalite de repetição pode indicar agranulocitose, um efeito adverso grave, porém raro (< 0,5%) dos antitireoidianos, exigindo suspensão imediata da medicação e investigação com hemograma.

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25
V ou F: Hepatite e vasculite são efeitos adversos graves e pouco frequentes dos antitireoidianos.
Ambos são raros, mas exigem suspensão imediata do medicamento.
26
V ou F: A presença de rash cutâneo, mesmo que leve em pacientes usando antitireoidianos exige suspensão imediata da medicação.
❌ FALSO. Rash leve ou moderado pode ser manejado com anti-histamínicos, sem suspender a medicação. A suspensão é indicada apenas em casos graves, com sinais sistêmicos ou risco de síndrome de hipersensibilidade.
27
V ou F: O iodo deve ser administrado antes da tionamida no tratamento da crise tireotóxica.
❌ FALSO. O iodo deve ser dado pelo menos 1 hora após a tionamida, para evitar aumento da síntese hormonal (fenômeno de Jod-Basedow).
28
V ou F: O propranolol é utilizado na crise tireotóxica apenas para controlar os sintomas adrenérgicos, sem efeito sobre os hormônios tireoidianos.
❌ FALSO. Além de controlar os sintomas adrenérgicos, o propranolol inibe a conversão periférica de T4 em T3 ao bloquear a enzima 5'-desiodase, especialmente em doses altas.
29
V ou F: Corticoides como hidrocortisona são usados na crise tireotóxica para reduzir a inflamação
❌ FALSO. Embora os corticoides tenham ação anti-inflamatória, na crise tireotóxica eles são usados principalmente por dois motivos principais: 🎯 Motivos principais do uso de corticoides (ex: hidrocortisona): Inibir a conversão periférica de T4 em T3 (assim como o propranolol e o PTU) Prevenir e tratar insuficiência adrenal relativa, que pode ocorrer em estados catabólicos graves como a tempestade tireoidiana
30
V ou F: A amiodarona, o interferon e o lítio são drogas associadas ao hipotireoidismo central.
❌ FALSO. A amiodarona, o interferon e o lítio estão associados ao hipotireoidismo periférico, pois agem diretamente na glândula tireoide, interferindo na síntese ou liberação dos hormônios tireoidianos.
31
V ou F: Os glicocorticoides e a dobutamina causam hipotireoidismo central por agirem diretamente sobre a glândula tireoide.
❌ FALSO. Essas drogas agem sobre o eixo hipotálamo-hipófise, inibindo TSH, e não diretamente sobre a tireoide.
32
V ou F: O TSH não sobe no hipotireoidismo central porque a hipófise está doente ou inibida e não responde adequadamente à queda do T4.
✅ VERDADEIRO. No hipotireoidismo central, o problema está no eixo hipotálamo-hipófise, especialmente na hipófise (forma secundária). Por isso, mesmo com T4 livre baixo, a hipófise não secreta TSH em quantidade suficiente, ou secreta TSH biologicamente inativo. 📌 Resultado: TSH baixo ou inadequadamente normal, quando o esperado seria um TSH alto em resposta à queda do T4.
33
V ou F: No hipotireoidismo central, a prolactina está sempre reduzida porque a hipófise está doente.
❌ FALSO. A prolactina pode estar normal, aumentada ou diminuída, dependendo da extensão e localização da lesão hipotalâmico-hipofisária.
34
V ou F: A hiponatremia no hipotireoidismo ocorre principalmente por perda renal de sódio.
❌ FALSO. A hiponatremia no hipotireoidismo é dilucional, causada por retenção de água livre devido à redução da filtração glomerular e ao aumento inapropriado de ADH, e não por perda de sódio.
35
V ou F: TSH alto com T4 livre baixo indica hipotireoidismo primário, como ocorre na Tireoidite de Hashimoto.
✅ VERDADEIRO. No hipotireoidismo primário, a falha está na tireoide, levando a T4 livre baixo e TSH alto (resposta compensatória).
36
V ou F: No hipotireoidismo secundário ou terciário, o TSH costuma estar elevado para compensar o T4 livre baixo.
❌ FALSO. No hipotireoidismo central (secundário ou terciário), o TSH está baixo ou inapropriadamente normal, mesmo com T4 livre baixo, por falha na hipófise ou hipotálamo.
37
V ou F: A tireoidite de Hashimoto é mais comum em homens idosos.
❌ FALSO. É muito mais comum em mulheres, como ocorre com a maioria das doenças autoimunes.
38
V ou F: Os principais anticorpos associados à tireoidite de Hashimoto são o anti-TPO e o antitireoglobulina.
✅ VERDADEIRO. Esses autoanticorpos são típicos da doença, especialmente o anti-TPO.
39
V ou F: A levotiroxina é usada na tireoidite de hashimoto porque é o hormônio ativo que age diretamente nos tecidos.
❌ FALSO. A levotiroxina (T4) é um pró-hormônio, convertido em T3 nos tecidos. É preferida por sua meia-vida longa, titulação fácil e baixo custo.
40
V ou F: A primeira dosagem de TSH no tratamento da tireoidite de hashimoto deve ser feita uma semana após iniciar a levotiroxina.
❌ FALSO. A primeira reavaliação deve ser feita em 6 a 12 semanas, tempo necessário para o equilíbrio hormonal.
41
V ou F: A principal causa de hipotireoidismo congênito é a Tireoidite de Hashimoto.
❌ FALSO. A principal causa é a glândula tireoide ectópica ou disgênese tireoidiana (agenesia, hipoplasia, ectopia).
42
V ou F: No recém-nascido, o hipotireoidismo congênito pode se manifestar com icterícia prolongada, choro rouco, constipação e sonolência.
✅ VERDADEIRO. São sinais clássicos do cretinismo, o quadro clínico do hipotireoidismo congênito.
43
V ou F: No coma mixedematoso há aumento do cortisol, hipertermia, taquicardia e QT curto.
❌ FALSO. O coma mixedematoso cursa com hipotermia, bradicardia, QT longo, e pode haver insuficiência adrenal relativa, não aumento de cortisol.
44
V ou F: Em pacientes com menos de 60 anos, o alvo terapêutico do TSH no hipotireoidismo é entre 1 e 2,5 mUI/L.
✅ VERDADEIRO. Esse é o intervalo ideal para adultos jovens e de meia idade, sem comorbidades significativas.
45
V ou F: Em pacientes entre 60 e 70 anos, o TSH deve ser mantido abaixo de 2 mUI/L para evitar sintomas.
❌ FALSO. Nessa faixa etária, o alvo terapêutico é mais permissivo, com TSH entre 3 e 4 mUI/L, para evitar efeitos adversos da reposição excessiva.
46
V ou F: Em idosos com mais de 70 anos, é aceitável manter o TSH entre 4 e 6 mUI/L.
✅ VERDADEIRO. Com o envelhecimento, as metas de TSH são mais altas, pois o organismo tolera níveis levemente elevados sem prejuízo clínico.
47
V ou F: Durante o 1º e 2º trimestre da gestação, o TSH deve ser mantido abaixo de 3,5 mUI/L.
❌ FALSO. Nesses trimestres, o TSH deve ser mantido < 2,5 mUI/L, devido à importância dos hormônios tireoidianos no desenvolvimento fetal.
48
V ou F: No 3º trimestre da gestação, o alvo do TSH pode ser até 3 mUI/L.
✅ VERDADEIRO. A referência para o 3º trimestre é um pouco mais permissiva, com TSH até 3 mUI/L.
49
V ou F: A tireoidite de De Quervain está associada a infecção bacteriana aguda e purulenta.
❌ FALSO. Ela ocorre tipicamente algumas semanas após uma infecção viral, e não é bacteriana nem supurativa.
50
V ou F: A tireotoxicose da tireoidite de De Quervain costuma ser persistente e exige tratamento com tionamidas.
❌ FALSO. A tireotoxicose é transitória, devido à liberação de hormônios pré-formados. Tionamidas não têm indicação, pois não há aumento de síntese hormonal.
51
V ou F: O tratamento da tireoidite de De Quervain é sintomático com AINEs ou corticoides, nos casos mais graves.
✅ VERDADEIRO. AINEs ou AAS são a primeira linha. Em casos intensos ou refratários, usam-se corticoides (ex: prednisona).
52
V ou F: A Tireoidite de De Quervain também é conhecida como Tireoidite Granulomatosa ou Tireoidite de Células Gigantes.
✅ VERDADEIRO. A Tireoidite de De Quervain recebe os nomes de: Tireoidite Granulomatosa Subaguda Tireoidite de Células Gigantes Tireoidite Subaguda Dolorosa Todos esses termos referem-se à mesma condição inflamatória, de provável origem viral.
53
V ou F: A tireoidite pós-parto pode cursar com tireotoxicose seguida de hipotireoidismo e geralmente ocorre até 1 ano após o parto.
✅ VERDADEIRO. A evolução típica envolve tireotoxicose entre 1–6 meses pós-parto, seguida por hipotireoidismo, com 80% dos casos normalizando em até 1 ano.
54
V ou F: A tireoidite pós-parto é dolorosa e acompanhada de bócio endurecido.
❌ FALSO. O bócio costuma ser discreto, firme e indolor, e os sintomas geralmente são inespecíficos físicos ou psicológicos.
55
V ou F: A tireoidite linfocítica indolor é semelhante à tireoidite pós-parto, mas sem relação com gestação.
✅ VERDADEIRO. Ambas são consideradas variantes da tireoidite de Hashimoto, e se manifestam com padrão autoimune semelhante.
56
V ou F: A tireoidite de Riedel é caracterizada por bócio doloroso e febre, sendo frequentemente confundida com infecção aguda.
❌ FALSO. A tireoidite de Riedel é indolor, cursa com massa endurecida e infiltrativa, e pode simular câncer de tireoide.
57
V ou F: O diagnóstico definitivo da tireoidite de Riedel é feito por biópsia, sendo o tratamento cirúrgico e com imunomoduladores como o tamoxifeno.
✅ VERDADEIRO. A biópsia é essencial para diferenciar de neoplasias agressivas, e o tratamento inclui cirurgia descompressiva, corticoides e, às vezes, tamoxifeno.
58
V ou F: A amiodarona pode causar tanto hipotireoidismo quanto tireotoxicose.
✅ VERDADEIRO. A droga interfere na função tireoidiana de múltiplas formas, podendo causar ambos os extremos da disfunção
59
V ou F: O efeito Wolff-Chaikoff é uma indução transitória de tireotoxicose pela amiodarona.
❌ FALSO. O efeito Wolff-Chaikoff provoca uma supressão transitória da função tireoidiana (não tireotoxicose), devido à sobrecarga de iodo.
60
V ou F: Cerca de 10-15% dos usuários de amiodarona desenvolvem hipotireoidismo.
✅ VERDADEIRO. O hipotireoidismo é uma manifestação comum do uso prolongado da amiodarona, especialmente em áreas com suficiente ingestão de iodo.
61
V ou F: A avaliação inicial de um nódulo tireoidiano deve sempre incluir a dosagem da função tireoidiana.
✅ VERDADEIRO. A dosagem de TSH é o primeiro passo para avaliar se o nódulo é funcionante ou não, além de ajudar no direcionamento do risco.
62
V ou F: A principal importância clínica de um nódulo de tireoide é descartar hipertireoidismo subclínico.
❌ FALSO. A principal preocupação inicial é descartar câncer de tireoide, especialmente em nódulos suspeitos ou de rápido crescimento.
63
V ou F: Incidentalomas são nódulos tireoidianos maiores que 2 cm encontrados em exames de imagem de rotina.
❌ FALSO. Incidentalomas são geralmente menores que 1 cm, achados incidentalmente em exames realizados por outro motivo.
64
V ou F: História de irradiação prévia da região cervical aumenta o risco de malignidade em nódulo tireoidiano.
✅ VERDADEIRO. Irradiação cervical ou craniana prévia é um fator de risco importante para câncer de tireoide, especialmente em jovens.
65
V ou F: A velocidade de crescimento do nódulo e a presença de sintomas compressivos são irrelevantes na avaliação clínica.
❌ FALSO. Crescimento rápido e sintomas compressivos (disfagia, rouquidão, sensação de massa) são sinais de alerta clínico.
66
V ou F: História familiar de câncer de tireoide ou síndromes genéticas como polipose familiar aumentam o risco de malignidade em nódulos.
✅ VERDADEIRO. Essas condições estão associadas a maior risco de câncer de tireoide, especialmente carcinoma medular e papilífero.
67
V ou F: O risco de malignidade em nódulo tireoidiano é maior em mulheres do que em homens.
❌ FALSO. Homens têm risco de malignidade 2 a 3 vezes maior que mulheres, embora nódulos sejam mais comuns nelas.
68
V ou F: A presença de microcalcificações, margens infiltrativas e altura maior que a largura em nódulo tireoidiano aumentam a chance de malignidade.
✅ VERDADEIRO. Essas são características ecográficas suspeitas, com forte associação a carcinoma papilífero.
69
V ou F: Cistos tireoidianos, mesmo grandes, têm risco significativo de malignidade e devem ser sempre puncionados.
❌ FALSO. Cistos tireoidianos são benignos, não requerem acompanhamento nem PAAF, exceto se gerarem sintomas estéticos ou compressivos.
70
V ou F: Nódulo espongiforme só deve ser puncionado se for maior que 2 cm, por seu padrão benigno.
✅ VERDADEIRO. Nódulo espongiforme tem baixo risco de malignidade, e a punção só é indicada se >2 cm.
71
V ou F: Todo nódulo tireoidiano menor que 1 cm é benigno.
❌ FALSO. Qualquer nódulo pode ser maligno, independentemente do tamanho. Inclusive, o microcarcinoma papilífero tem <1 cm.
72
V ou F: Nódulo misto, com porção sólida e componente líquido central, tende a ser benigno.
✅ VERDADEIRO. Esse padrão sugere benignidade, especialmente na ausência de outras características suspeitas.
73
V ou F: Nódulos com TSH suprimido devem ser investigados com cintilografia, pois geralmente são benignos.
✅ VERDADEIRO. TSH baixo sugere nódulo autônomo (hiperfuncionante), que é raramente maligno, sendo investigado por cintilografia.
74
Frente: V ou F: Nódulos tireoidianos em pacientes com TSH alto têm maior risco de malignidade.
✅ VERDADEIRO. TSH elevado tem correlação com maior risco de câncer de tireoide, especialmente papilífero.
75
V ou F: A cintilografia da tireoide deve ser solicitada como exame inicial em todos os casos de nódulo tireoidiano.
❌ FALSO. A cintilografia só está indicada quando o TSH está suprimido (baixo). Se o TSH estiver normal ou alto, o exame não é necessário.
76
V ou F: Nódulos hiperfuncionantes ("quentes") na cintilografia são raramente malignos.
✅ VERDADEIRO. Nódulos autônomos captores de iodo são muito improváveis de serem malignos. Por isso, não exigem PAAF.
77
V ou F: Todo nódulo tireoidiano com características suspeitas ao ultrassom deve ser puncionado, independentemente da captação na cintilografia.
❌ FALSO. Se o nódulo for hiperfuncionante na cintilografia, a chance de câncer é muito baixa, mesmo com ecografia suspeita. Dispensa PAAF.
78
V ou F: A principal indicação da PAAF é a avaliação citológica de nódulos hipoecogênicos ou com características suspeitas ao ultrassom.
✅ VERDADEIRO. PAAF é o exame padrão-ouro para avaliar malignidade, especialmente em nódulos sólidos, hipoecogênicos, com microcalcificações ou margens irregulares.
79
V ou F: O sistema Bethesda classifica a citologia obtida por PAAF de nódulo tireoidiano em seis categorias.
✅ VERDADEIRO. A classificação Bethesda possui 6 categorias, variando de não diagnóstica a carcinoma maligno, com orientações específicas para cada uma.
80
V ou F: A categoria Bethesda II (benigno) tem risco de malignidade menor que 3%, e o seguimento é feito com ultrassom.
Verso: ✅ VERDADEIRO. Bethesda II tem baixo risco de câncer (<3%), e recomenda-se USG de controle periódico, geralmente entre 6-18 meses.
81
V ou F: Bethesda I (não diagnóstico) sempre descarta câncer.
❌ FALSO. Bethesda I significa material insuficiente ou não representativo. Deve-se repetir a PAAF com nova punção guiada por USG em 3 meses.
82
V ou F: A categoria Bethesda III (atipia de significado indeterminado – ASC-US) tem risco de malignidade intermediário e conduta controversa.
✅ VERDADEIRO. Bethesda III tem risco de malignidade de 5-15%, e pode-se optar por: Repetir PAAF Realizar teste molecular (se disponível) Cirurgia em casos selecionados
83
V ou F: Bethesda IV (neoplasia folicular ou suspeita) tem risco de câncer de 15 a 30% e geralmente indica cirurgia.
✅ VERDADEIRO. A diferença entre adenoma e carcinoma folicular depende da invasão, que só é possível verificar com cirurgia e histopatológico.
84
V ou F: A categoria Bethesda V (suspeita de malignidade) indica risco de câncer entre 60 e 75% e deve ser acompanhada com novo ultrassom.
❌ FALSO. Bethesda V tem alto risco de malignidade e a conduta indicada é cirurgia (geralmente tireoidectomia lobar ou total).
85
V ou F: A categoria Bethesda VI indica câncer de tireoide confirmado citologicamente e deve ser tratada com cirurgia.
✅ VERDADEIRO. Bethesda VI representa citologia francamente maligna (geralmente carcinoma papilífero) e a conduta é tireoidectomia.
86
V ou F: O carcinoma papilar da tireoide é o mais comum e se dissemina principalmente por via linfática.
✅ VERDADEIRO. É o tipo mais prevalente, com disseminação linfática, especialmente para linfonodos cervicais.
87
V ou F: O carcinoma folicular da tireoide se dissemina predominantemente por via linfática.
❌ FALSO. O carcinoma folicular se dissemina por via hematogênica, com metástases para pulmão, ossos e fígado.
88
V ou F: O carcinoma folicular é mais comum em regiões com deficiência de iodo.
✅ VERDADEIRO. A carência de iodo está fortemente associada ao aumento da incidência de carcinoma folicular.
89
V ou F: O carcinoma medular da tireoide está associado à produção aumentada de TSH e à elevação de T4 livre.
❌ FALSO. O carcinoma medular não tem relação com TSH ou T4. Origina-se das células C parafoliculares e produz calcitonina, sendo este seu principal marcador.
90
V ou F: A elevação da calcitonina é característica do carcinoma medular da tireoide.
✅ VERDADEIRO. Calcitonina elevada é um marcador tumoral típico e pode ser usada para rastrear recorrência ou metástase.
91
V ou F: O carcinoma medular pode ter origem esporádica ou fazer parte de síndromes genéticas como a MEN 2.
✅ VERDADEIRO. Ele pode ser esporádico ou familiar, sendo parte do espectro da síndrome MEN 2A e 2B (mutação RET).
92
V ou F: O carcinoma papilar nunca dá metástase pulmonar.
❌ FALSO. Apesar de preferir via linfática, o carcinoma papilar pode metastatizar para pulmão, principalmente em crianças e jovens.
93
V ou F: A principal diferença entre o adenoma folicular e o carcinoma folicular da tireoide é a presença de invasão capsular e/ou vascular.
✅ VERDADEIRO. Adenoma folicular é encapsulado e não invade cápsula ou vasos. Carcinoma folicular apresenta invasão capsular e/ou vascular, critério essencial para o diagnóstico.
94
V ou F: A punção aspirativa (PAAF) consegue distinguir de forma definitiva entre adenoma folicular e carcinoma folicular.
❌ FALSO. A PAAF não diferencia adenoma de carcinoma folicular, pois não avalia invasão capsular ou vascular — isso só é possível por análise histopatológica após cirurgia.
95
V ou F: Os adenomas foliculares são massas solitárias, geralmente indolores, com cerca de 3 cm, e derivam do epitélio folicular.
✅ VERDADEIRO. Essa é a apresentação típica dos adenomas foliculares, que são benignos.
96
V ou F: A incidência de nódulos tireoidianos é maior em homens jovens.
❌ FALSO. Nódulos são mais comuns em mulheres e aumentam com a idade.
97
V ou F: Entre os nódulos benignos da tireoide, as principais causas incluem bócio multinodular, tireoidite de Hashimoto e adenoma folicular.
✅ VERDADEIRO. Essas são causas frequentes e benignas de nódulos tireoidianos.
98
V ou F: O carcinoma anaplásico da tireoide é o tipo mais comum e de melhor prognóstico.
❌ FALSO. O carcinoma papilífero é o mais comum. O anaplásico é o mais agressivo e tem o pior prognóstico.
99
V ou F: Os carcinomas da tireoide podem ser classificados em papilífero, folicular, medular e anaplásico.
✅ VERDADEIRO. Esses são os quatro principais tipos histológicos de câncer de tireoide.
100
V ou F: A neoplasia endócrina múltipla tipo 2 é caracterizada pela associação de CMT, feocromocitoma e hiperparatireoidismo.
Essa tríade define a NEM 2A, sendo o CMT geralmente o primeiro tumor a se manifestar.
101
V ou F: O diagnóstico de carcinoma medular da tireoide, seja esporádico ou hereditário, envolve análise do proto-oncogene RET.
A mutação no proto-oncogene RET está envolvida na forma hereditária do CMT e no rastreio familiar.
102
V ou F: As células C do carcinoma medular de tireoide produzem apenas calcitonina.
❌ FALSO. Além da calcitonina, produzem diversas substâncias: CEA, CGRP, amiloide, ACTH, VIP, somatostatina, serotonina, prostaglandinas, entre outras.
103
V ou F: As duas principais complicações da tireoidectomia, em ordem de frequência, são: hipocalcemia por hipoparatireoidismo e rouquidão por lesão do nervo laríngeo recorrente.
Essas são as complicações mais comuns da cirurgia da tireoide, geralmente transitórias, mas podem ser permanentes em alguns casos.
104
V ou F: A hipocalcemia pós-operatória é causada exclusivamente pela remoção das glândulas paratireoides.
❌ FALSO. A hipocalcemia pode ocorrer também por manipulação excessiva das paratireoides ou por isquemia devido à lesão vascular, mesmo sem remoção.
105
V ou F: Os sintomas de hipocalcemia pós-tireoidectomia geralmente aparecem entre 24 a 48 horas após a cirurgia e podem desaparecer até 72 horas.
✅ VERDADEIRO. Essa é a cronologia clássica dos sintomas de hipoparatireoidismo transitório.
106
V ou F: A lesão unilateral do nervo laríngeo recorrente pode causar rouquidão no pós-operatório da tireoidectomia.
✅ VERDADEIRO. Essa lesão leva à paralisia de uma prega vocal, causando disfonia (rouquidão). A maioria dos casos é transitória.
107
V ou F: Os sinais de Trousseau e Chvostek são manifestações clássicas da hipocalcemia, especialmente no pós-operatório de tireoidectomia.
✅ VERDADEIRO. São sinais neuromusculares típicos da hipocalcemia aguda, comum após lesão ou remoção das paratireoides.
108
V ou F: O sinal de Trousseau é caracterizado pela contração da face após percussão do nervo facial.
Essa descrição é do sinal de Chvostek. O sinal de Trousseau é o espasmo carpopodal induzido por isquemia ao inflar o manguito de pressão arterial.
109
V ou F: A causa dos sinais de Trousseau e Chvostek é a hipocalcemia, frequentemente associada à deficiência de PTH.
✅ VERDADEIRO. A deficiência de PTH leva à queda do cálcio ionizado, causando hiperexcitabilidade neuromuscular e esses sinais clínicos.
110
Doente sexo feminino, 45 anos, com história de disfagia, apresenta-se com nódulo da tireoide, com 12mm na Ecografia. Realizou PAAF que revelou nódulo cístico. Analiticamente, TSH 0,5 µU/mL e T4 livre 1 ng/dL. No caso clínico em apreço, qual o tratamento mais adequado?
Solicitar cintilografia de tireoide para confirmar se o nódulo é hiperfuncionante (nódulo quente). Se confirmado: Como o nódulo tem componente cístico e o paciente apresenta sintoma leve (disfagia), as opções incluem: Observação clínica se sintomas forem leves e função tireoidiana estável Iodoterapia se houver piora funcional ou crescimento Aspiração do conteúdo cístico se o nódulo for volumoso e causar sintomas compressivos