Doenças da Junção Neuromuscular Flashcards

(262 cards)

1
Q

Quais os componentes da junção neuromuscular?

A
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2
Q

Quais os componentes pré- sinápticos da junção neuromuscular?

A

Membrana pré-sináptica

Acetilcolina-transferase (CHAT)

(Unifica as moléculas de acetilcolina → armazenamento de acetilcolina)

Canal de cálcio voltagem-dependente

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3
Q

Canal iônico responsável pela liberação do conteúdo das vesículas na fenda sináptica?

A

Canais de cálcio voltagem-dependente

(Há a fusão da vesícula com a membrana celular do neurônio, liberando o neurotransmissor)

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4
Q

Como se encontra a acetil-colinesterase na junção neuromuscular?

A

Ancorada numa cauda de colágeno do botão pós-sináptico

(COLQ)

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5
Q

Onde se encontram os receptores de acetilcolina?

A

Na membrana dos botões pós-sinápticos

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6
Q

Outras estruturas responsáveis pelo adequado funcionamento da junção neuromuscular?

A

MuSK

LRP4

DOK-7

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7
Q

O que é a agrina?

A

Substância que é liberada junta à acetilcolina

Acopla-se à LRP-4, ativando o complexo agrina-LRP4-MuSK → integrando e estabilizando o sinal dos receptores de acetilcolina → influxo de sódio para dentro do músculo.

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8
Q

O que explica a fadiga muscular nos pacientes com miastenia gravis?

A

Há uma liberação imediata de mais acetilcolina, vencendo a competição com os anticorpos antireceptores de acetilcolina.

Com o tempo, vai-se acabando os quanta do neurotransmissor, levando à fadiga.

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9
Q

Por que uma contração persistindo por 10 segundos leva a uma melhora do quadro de fadiga?

A

A contração voluntária de curto prazo funciona como uma despolarização tetânica → influxo de cálcio → liberação de um segundo quantumde acetilcolina, melhorando a força. Logo em seguida cai, piora.

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10
Q

Teste do gelo?

A

Há uma melhora da ptose quando se coloca o gelo nesta.

O frio reduz o efeito da acetilcolinesterase → aumenta a biodisponibilidade da acetilcolina.

O frio também aumenta a abertura dos canais de cálcio → mais acetilcolina liberada.

Os canais de sódio também ficam abertos por mais tempo → mais disparos musculares.

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11
Q

Como se comporta a miastenia gravis em tempos de frio e calor?

A

Frio → melhora dos sintomas

Calor → piora dos sintomas

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12
Q

Qual o decremento considerado normal na estimulação repetitiva da ENMG (3 Hz)?

A

De até 10%

(Só se faz a estimulação repetitiva quando se está pensando em doença de junção)

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13
Q

Decremento considerado anormal na estimulação repetitiva da ENMG?

A

Acima de dez por cento entre o primeiro e o quarto (ou quinto) estímulos.

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14
Q

O que sugere um decremento à estimulação repetitiva de 2-3 Hz na ENMG?

A

Distúrbio da junção neuromuscular

(Pré ou pós-sináptica)

Não sugere condições específicas

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15
Q

Como diferenciar do ponto de vista neurofisiológico as condições das junções neuromusculares?

A

Aumentando-se a frequência da estimulação repetitiva para 30-50 Hz

(Funciona como uma contração voluntária)

Incremento 40-60% sugere botulismo

Incremento de 60-100% sugere Lambert-Eaton

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16
Q

Incremento que sugere Eaton-Lambert na ENMG?

A

Incremento de 60-100% na estimulação repetitiva de 30-50 HZ.

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17
Q

Incremento que sugere o botulismo na ENMG?

A

Incremento de 40-6 0% na estimulação repetitiva de 30-50 HZ.

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18
Q

Incremento normal na estimulação repetitiva de 30-50 Hz?

A

Entre 20-40%

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19
Q

Botulismo e Lambert-Eaton… Síndromes pré ou pós-sinápticas?

A

PRÉ-sinápticas!

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20
Q

Por que há incremento do potencial de ação na estimulação de muito alta frequência?

A

Há um influxo brutal de cálcio pelos canais voltagem-dependente

Muita acetilcolina na placa

Incremento nos potenciais musculares compostos

(Equivale a fazer uma contração muscular voluntária por 10s)

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21
Q

Por que aquecer o membro do paciente para fazer ENMG?

A

Pelos efeitos do frio na resposta de decremento

(Lembrar que o frio:

Diminui a ação da acetilcolinesterase

Aumenta o influxo de cálcio pré-sináptico

Aumenta o influxo de sódio (e diminui o limiar de despolarização) pós-sináptico)

Aquecer o membro > 30-32°

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22
Q

Quais os alvos da miastenia gravis?

A

Receptor nicotínico de acetilcolina

Quinase específica do músculo (MuSK)

Proteína 4 relacionada ao receptor de lipoproteína de baixa densidade (LRP4)

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23
Q

Como acontece a produção de anticorpos contra os receptores de acetilcolina?

A

Hiperplasia folicular (70% dos casos) → sensibilização dos anticorpos: há um fator inicial (infecção viral, geralmente) → citocinas inflamatórias + alteração de células T regulatórias → produção de células B (que produzirão os anticorpos) no centro germinal do timo.

OU

Timoma (10-15%) → a produção de células T é feita no timo, exportando as células para a periferia, lá estimulando as células B → anticorpos contra os receptores de acetilcolina.

OU

Sem patologia tímica (15%).

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24
Q

Quais os tipos de anticorpos presentes na miastenia gravis tipo anti-receptor de acetilcolina?

A

IgG1 e 3.

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25
Importância dos anticorpos anti-AChR?
Prevalência: 70% na forma ocular pura e 85% na forma generalizada O IgG1 e o IgG3 ativam a cascata de complemento, danificando a membrana sináptica. ***_Obs.: a quantidade total de anticorpos não se relaciona com a gravidade dos sintomas._***
26
Patogênese da miastenia gravis anti-MuSK positivo?
Desencadeantes desconhecidos Quando o anticorpo se liga ao MuSK, altera a sua ligação ao LRP4, fazendo com que os receptores de acetilcolina (que estariam condensados), possuam outra conformação → fraqueza. 10% dos pacientes com MG ***_NÃO FIXAM COMPLEMENTO_*** ***_IgG4_*** ***_Sobretudo produzidos por resposta Th2_*** (Mas também Th1 e Th17)
27
Patogênese da miastenia gravis anti-LRP4?
Até 5% dos pacientes Não se sabe o mecanismo desencadeante Tampouco o mecanismo de ação ***_Predominantemente IgG1, possuindo ativação do complemento_***
28
Sintomas de fraqueza/fadigabilidade ocular?
**Ptose** - assimétrica, piora quando se olha pra cima **Diplopia** - fraqueza sobretudo do reto medial
29
Sintomas da fraqueza/fadigabilidade bulbar?
Disartria - lingual, bucal e palatal (fala anasalada) Disfagia - pneumonias recorrentes (sinais sutis) Disfonia Fraqueza mastigatória - fadiga de mandíbula, com comprometimento de fechamento \> abertura
30
Sintomas/sinais de fraqueza/fadigabilidade facial?
Fechamento frustro das pálpebras Face inferior - sialorreia
31
Manifestações da paresia/fadigabilidade de membros?
Geralmente proximal e simétrica MMSS \> MMII Raramente focal
32
Ptose - simétrica ou assimétrica?
Assimétrica
33
Sinais semiológicos na avaliação da ptose?
Sinal de Cogan Sinal da Cortina Sinal da sobrancelha
34
Em que consiste o sinal de Cogan?
O paciente olha pra baixo, depois pra cima Vê-se uma queda da pálpebra logo após olhar pra cima
35
Sinal da sobrancelha?
A sobrancelha do lado ptótico está elevada em relação ao lado contralateral
36
Sinal da cortina?
Quando se faz a elevação passiva da pálpebra ptótica, a contralateral tem uma leve queda
37
Como geralmente se manifesta a MG inicialmente?
Paresia ocular (Persiste ocular pura em apenas 10-20% dos pacientes)
38
Dos pacientes com miastenia gravis, quantos vão para a insuficiência respiratória?
Até 10%
39
Como caracterizar a crise miastênica?
Episódio de insuficiência respiratória
40
Sinais clínicos de iminência de crise miastênica?
41
Classificação de Osserman modificada?
42
Como classificar a MG de acordo com o tipo do curso?
Ocular/Generalizada/Orofaríngea
43
Como classificar a MG de acordo com a idade de aparecimento?
Infantil - antes da puberdade Início precoce - antes dos 50 anos Início tardio - após os 50 anos
44
Como classificar a MG de acordo com a especificidade do anticorpo?
Anti-AChR Anti-MuSK Anti-LRP4 Soronegativa
45
Como classificar a MG de acordo com a patologia tímica?
Timo normal/atrófico Hiperplasia tímica Timoma
46
Diferenças entre as características da doença de início precoce x início tardio?
47
HLA relacionados à MG de início precoce?
HLA-DR3 e HLA-B8
48
HLAs relacionados à MG de início tardio?
HLA-B7, HLA-DR2, HLA-DR4, HLA-DQw8.
49
Existe associação clara entre timoma x MG x HLA?
Não! Aquelas causadas por timoma geralmente não possuem associação com HLA
50
Positividade do MuSK nas formas oculares isoladas?
Muito, mas muito, mas muito raramente!
51
Pico de miastenia gravis associada ao timoma?
\>50 anos (Curso e prognóstico semelhante àquela de início tardio)
52
Características da MG anti-MuSK positiva?
53
Sinal do triplo sulco Relacionada ao MuSK+ na MG.
54
Forma de miastenia gravis que pode estar relacionada com atrofia muscular, sobretudo de língua?
MuSK+.
55
MuSK+ responde bem aos anticolinesterásicos?
NÃO! Responde bem ao rituximabe.
56
Clínica da forma LRP4?
Semelhante à do AChR Predomina em mulheres Bom prognóstico
57
Características da MG soronegativa?
Clínica variável, semelhante à forma generalizada Incidência duvidosa (AChR de baixa afinidade?) Respondem à terapia imunossupressora, plasmaférese e timectomia Pode haver hiperplasia tímica
58
Características da miastenia gravis neonatal?
Ocasionada pela passagem de anticorpos maternos pela placenta ***_Início poucas horas após o nascimento, pico no terceiro dia_*** (Hipotonia e fraqueza generalizada, choro e sucção débeis, acúmulo de secreção e leite na cavidade oral) Prognóstico bom - 90% recupera em dois meses Recorrência em gestações futuras: 75%
59
Como realizar o diagnóstico CLÍNICO?
Quadro clínico compatível Teste do gelo Teste de prostigmine
60
Como realizar o diagnóstico LABORATORIAL?
ENMG Dosagem de anticorpos TC ou RM de tórax
61
Como realizar o teste de prostigmine?
Injeta-se um miligrama de neostigmina (adultos) ou 0,5 mg (em crianças até 40 kg) Aguardam-se 05 minutos Percebe-se melhora Obs.: no passado usava-se edrofônio Obs.2: pode-se usar piridostigmina via oral
62
Droga utilizada para minimizar os efeitos cardíacos do neostigmine/edrofônio, SEM alterar a resposta em musculatura estriada esquelética?
Atropina! 0,5 mg IV em adultos, 0,25 mg em crianças Aguardar cinco minutos Contar FC Se não elevar \> 15% a FC inicial, pode-se repetir a dose
63
Como realizar o ice pack test na MG?
Coloca-se gelo por cinco minutos no olho do paciente Há uma melhora da ptose \>/= 2 mm Sensibilidade e especificidade \> 90%
64
Qual o primeiro exame laboratorial a ser solicitado na suspeita clínica de MG?
Anticorpos! (Todo paciente deve realizar) MG + timoma = quase certeza ser AChR positivo Suspeita de MG com AChR negativo = pedir anti-MuSK
65
Fez ENMG na MG, deu sugestivo, mesmo assim solicitar os anticorpos?
SIM!
66
Tipos de anticorpos anti-AChR?
Anticorpo ligador Anticorpo bloqueador Anticorpo modulador
67
Subtipo de anti-AChR com maior acurácia?
Anticorpo ligador (Pode estar presente em parentes sadios de pacientes com MG, na neo de pulmão, timoma, doença hepática autoimune, reação transplante x hospedeiro)
68
Subtipo de anti-AChR com falso-positivo por contaminação bacteriana?
Anticorpo modulador
69
Sensibilidade da estimulação repetitiva na ENMG para MG?
60% | (Obs.: \< 50% se forma ocular)
70
Sensibilidade de fibra única no diagnóstico ENMG da MG?
90% (Falso positivo em: distrofia fascio-escapulo-umeral; polimiosite DNM; PNP). (Obs.: 60% se forma ocular)
71
TC ou RM?
RM possui maior eficácia em diferenciar timoma x não timoma
72
Organograma diagnóstico da MG?
73
Diagnósticos diferenciais da MG?
74
Como se manifesta a miastenia gravis?
Períodos de atividade entremeados a períodos de remissão.
75
O que é uma crise miastênica?
IRespA com necessidade de suporte ventilatório (Alguns autores consideram a complementação de “fraqueza bulbar importante”) 15-20% dos pacientes apresentarão uma crise miastênica ao longo da doença Idade média de 72 anos Miastenia de início tardio
76
Principal desencadeante das crises miastênicas e porcentagem da mortalidade?
Infecção (metade) 4-10% de mortalidade
77
Qual anticorpo mata mais na crise miastênica? Qual tem maior gravidade de crise e maior duração de internação?
Tudo igual. Também não há relação entre o status prévio do paciente e a crise miastênica.
78
Quais os componentes do ciclo respiratório afetados na crise miastênica?
Tanto a inspiração quanto a expiração
79
Como avaliar o comprometimento da inpiração na miastenia gravis?
Capacidade vital e pressão inspiratória (A expiração é avaliada através da medida da pressão expiratória)
80
Causas de obstrução das vias aéreas superiores na miastenia gravis?
Fraqueza da musculatura bulbar (***_Obs.: nos pacientes anti-MuSK positivos, a fraqueza bulbar pode PRECEDER a fraqueza da musculatura respiratória_***)
81
Características da avaliação à beira-leito preditoras de crise miastênica?
Uso de musculatura acessória Aumento da frequência respiratória Paresia da musculatura cervical Tosse fraca ***_Incapacidade de contar até vinte em um único fôlego_***
82
Gasometria e oximetria na avaliação beira-leito para predizer crise miastênica?
Não! Dessaturação, hipoxemia e hipercarbia são tardias!
83
Medidas importantes a serem avaliadas na suspeita de crise miastênica?
Capacidade vital forçada, pressão inspiratória máxima e pressão expiratória máxima
84
Parâmetros preditores da necessidade de IOT na miastenia gravis?
CV \< 20 mL/kg PI \< 30 cmH20 PE \< 40 cmH20
85
Corticosteróides como descompensadores de MG?
Até 50% dos pacientes podem apresentar piora clínica após a introdução do corticoide ao tratamento Sobretudo entre o quinto e o décimo dia
86
Medicamentos a serem evitados nos pacientes com MG?
87
Crise miastênica = tratamento de alta resposta = ?
Imunoglobulina humana endovenosa (1-2g/kg/dia por 2-5 dias) OU Plasmaférese (5-7 sessões, dias alternados)
88
Dificiência de IgA - atentar para qual tratamento da MG?
Imunoglobulina (Anafilaxia - risco aumentado. Dosar nesses pacientes com MG)
89
Escolha de tratamento em gestantes com MG?
Imunoglobulina humana
90
Qual terapêutica possui um início mais rápido (em torno de dois dias)?
Plasmaférese
91
Pacientes anti-MuSK - dar preferência a qual tratamento?
Plasmaférese
92
Corticoides na crise miastênica?
Se já faz uso, ajustar para 1-1,5 mg/kg/dia, por pelo menos 30 dias (Seguir com desmame) Se não fazia uso, iniciar 1-1,5 mg/kg/dia, durante ou após o tratamento com IVIG ou Plex
93
Pulsoterapia na crise miastênica?
500mg-1g/dia, durante cinco dias Associada à IVIG ou Plasmaférese OU Quando pouca resposta a essas terapêuticas
94
Problema do início dos corticóides?
Piora do quadro respiratório, sobretudo naqueles que não estão em uso de ventilação mecânica
95
Deve-se suspender a piridostigmina durante a crise miastênica?
Antigamente se suspendia o anticolinesterásico Atualmente tende-se a manter a medicação (Além de poder encurtar o tempo da crise) Obs.: pode aumentar as secreções em pacientes em VMI.
96
Qual a melhor via de administração do anticolinesterásico durante a crise?
Via oral! (Alguns serviços usam IV e até de forma contínua)
97
Qual o melhor momento de uso de anticolinesterásico durante a crise miastênica?
Sem consenso Alguns autores advogam suspensão inicial e reintrodução tempos antes de extubar o paciente
98
Anticolinesterásicos na crise miastênica - opções seguras para uso isolado?
Não!
99
Quais os sintomas de uma intoxicação por piridostigmina?
100
E quando o paciente com MG não melhora com o tratamento de primeira linha?
Tratar complicações → infecções, DHE etc; Se IVIG, pode fazer IVIG ou plasmaférese Se plasmaférese, IVIG
101
Rituximabe no contexto de MG?
Sim! No paciente que não respondeu às outras terapias e continua grave!
102
Mudança de protocolo terapêutico da miastenia no paciente COVID grave?
Não!
103
Qual das terapêuticas emergenciais possui efeito mais rápido na crise miastênica?
Plasmaférese | (Início de efeito em 48h)
104
Manejo ambulatorial da MG?
Tratamento sintomático - piridostigmina - virtualmente todos os pacientes Manutenção - maioria necessita de corticoides ou imunossupressores
105
Objetivo do tratamento de manutenção?
Remissão dos sintomas ou manifestações mínimas, sem prejuízos funcionais pro paciente
106
Primeira linha do tratamento de manutenção?
Corticóides
107
Quando fazer uso de imunossupressores?
Altas doses de corticoterapia Refratariedade ou intolerância aos corticóides
108
Quando iniciar os corticosteróides?
Pacientes sem controles apenas com a piridostigmina Raramente doses superiores a 0,75 mg/kg/dia Maioria necessita de pelo menos 5mg/dia por longos períodos 25% de chances de piora dos sintomas no início do tratamento
109
Qual o imunossupressor com a maior evidência no tratamento da MG?
Azatioprina
110
Características do uso da azatioprina no tratamento da MG?
Dose alvo: 2(2,5)-3mg/kg/dia Objetivo: controle dos sintomas com prednisona = 10mg/dia Limitações: dispepsia, hepato, nefro e mielotoxicidade ***_Malignidade em usos prolongados_***
111
Segundo fármaco imunossupressor com mais evidências no tratamento da miastenia gravis?
Ciclosporina
112
Tratamento da MG com ciclosporina - como fazer e quais são os efeitos colaterais?
4-6 mg/kg/dia - efeito em 2-3 meses Nefrotoxicidade, hipertensão e neoplasias (10% drop-off por insuficiência renal)
113
Tacrolimus na miastenia gravis?
3-5 mg/kg/dia Efeito em 4 - 8 semanas Poucos efeitos colaterais ***_Maior efeito em até cinco anos, em timomatosos (anti-riodina positivos)_*** ***_(Sobretudo se níveis séricos \> 4,8)_***
114
Micofenolato na MG?
2-2,5g/dia Efeito após 06-12 semanas Teratogenicidade Poucos efeitos colaterais Altos custos mensais Poucos benefícios em estudos randomizados (Resultados conflitantes)
115
Metotrexato na MG?
15-20 mg/semana Efeito em 1-3 meses Teratogenicidade Mielo e hepatotóxico Não é melhor que o placebo pra reduzir corticoide (Resultados conflitantes)
116
Quando é indicada a timectomia?
Em TODOS os casos de timoma! O efeito total demora de meses a anos Não é substituto da terapia imunossupressora Pacientes anti-AChR com até cinco anos de doença, entre 18-65 anos, parecem ter melhores resultados. (Menos anticorpos na periferia) Taxa de remissão semelhante àquela dos pacientes não timomatosos
117
Paciente ideal para a timectomia?
Pacientes anti-AChR com até cinco anos de doença, entre 18-65 anos, parecem ter melhores resultados.
118
Tempo para efeito da timectomia?
Até dois anos
119
Por que compensar o paciente antes da timectomia?
Durante a cirurgia, a liberação de anticorpos pode levar a uma crise miastênica
120
Porcentagem de casos refratários na MG?
15-20%
121
Como definir a refratariedade na MG?
Resposta sub-óptima com terapias imunossupressoras Necessidade intermitente de infusões de imunoglobulina e plasmaférese Incapacidade de redução de dose de corticóide sem recidiva
122
Quais as medidas para os casos refratários?
Plasmaférese “crônica” IVIG “crônica” Rituximabe Ciclofosfamida Eculizumabe (Ainda não aprovado NO BRASIL para a miastenia)
123
Ciclofosfamida na miastenia gravis?
Dose de 500mg/m² de superfície corpórea Doses mensais Efeito em 2-4 semanas Nefro e mielotoxicidade Cistite hemorrágica Náuseas e vômitos Alopecia
124
Como diminuir a mielotoxicidade da ciclofosfamida?
Infusão por via INTRAVENOSA | (Infusão mensal, por 3-6 meses)
125
Rituximabe na miastenia gravis?
375 mg/m²/semana durante quatro semanas, após, mensal por dois meses ou 375 mg/m²/semana durante quatro semanas ou Duas doses de 1g com duas semanas de intervalo Remissão em até 80% (Quando maior a dose, maior o benefício) ***_Sobretudo para pacientes anti-MuSK_*** ***_(Evidência controversa para o anti-AChR)_***
126
Mecanismo de ação do rituximabe?
Anticorpo monoclonal anti-CD20 | (Linfócitos B)
127
Eculizumabe na MG?
Já aprovada no exterior (No Brasil apenas para hemoglobinúria paroxística noturna)
128
Mecanismo de ação do eculizumabe?
Anticorpo monoclonal que inibe a clivagem de C5 em C5 a e C5b Previne a formação do complexo terminal C5b-9 Efeitos perduram por mais de um ano Diminui as exacerbações, as internações e o uso de medicamentos de resgate Melhora da qualidade de vida
129
Eculizumabe - Anti-AChR ou anti-MuSK?
Anti-AChR (Anti-MuSK é pouco ou nada dependente da cascata de complemento)
130
Inibidores de complemento com efeitos tão rápidos quanto a imunoglobulina?
Sim!
131
Piridostigmina - dose máxima?
Até 360 mg/dia.
132
Quando (em que dose) geralmente iniciar os imunossupressores na forma ocular?
A partir de 25 mg/dia de prednisona (Início com 5mg/dia, aumentos graduais até 25 mg/dia)
133
Dose de corticoide na forma generalizada da MG?
Prednisona 20mg/dia - aumentar até 1,5mg/kg, depois desmame
134
Quando introduzir o rituximabe no anti-MuSK?
Piridostigmina → Corticoide → Rituximabe. (Ou imunossupressor (azatioprina) → Rituximabe)
135
Tratamento não farmacológico da MG?
Treinamentos aeróbicos e de resistência (até alta carga) aumentam a força máxima e a capacidade funcional Vacinação indicada a TODOS os pacientes (salvo vírus vivos), inclusive pneumococo e gripe
136
Cuidados antes de realizar a vacina?
Deixar o paciente bem, porque pode ter reação vacinal, com piora transitória dos sintomas
137
Medicamentos contraindicados na MG?
138
Síndrome de Lambert-Eaton e Botulismo - pré ou pós-sinápticas?
Pré!
139
Epidemiologia da síndrome de Lambert-Eaton?
Rara (0,4 caso/milhão → 10x mais rara que miastenia gravis) Até 60% dos casos são relacionados a neoplasias
140
Neoplasias mais comumemente relacionadas à síndrome de Lambert-Eaton?
Carcinoma de pequenas células Linfoproliferativas Mama Próstata
141
Epidemiologia da síndrome de Lambert-Eaton (SLE) não paraneoplásica?
65% relacionada ao haplótipo HLA-B8-DR3 Mais comum em mulheres Por volta dos 40 anos
142
Fisiopatologia da SLE?
Anticorpos anti-canais de cálcio voltagem-dependentes Menos cálcio entra nas células Menos vesículas se fundem à membrana plasmática Menos neurotransmissores nas vesículas sinápticas
143
Anticorpo anti-canal de cálcio voltagem dependente (VGCC) tipo P/Q?
presente em até 90% dos casos, porém 36% de especificidade
144
Anticorpo anti-canal de cálcio voltagem dependente (VGCC) tipo N?
Presente em 50% dos casos Mais frequente nas formas paraneoplásicas
145
Anti-SOX 1?
Marcador de neoplasia - carcinoma de pequenas células
146
SLE soro-negativa?
10-15% Geralmente não associadas às neoplasias
147
Quadro clínico da SLE?
Fraqueza flutuante Predomínio em MMII Geralmente se inicia com dificuldade de deambular MMII proximal \> MMSS proximal \>\> distal \>\> musculatura crânio-ocular
148
Características clínicas geralmente presentes nas formas paraneoplásicas da SLE?
Progressão mais rápida e agressiva Ataxia cerebelar Ganglionopatia Encefalite límbica
149
SLE costuma ter crise com insuficiência respiratória?
Não!
150
Facilitação após exercício físico breve ocorre em até 40% dos casos de…?
Eaton-Lambert Obs.: facilitação dos reflexos após contração breve (10s) em até 50%
151
Principal sintoma disautonômico na síndrome de Eaton-Lambert?
Xerostomia Outros: hipotensão postural, sintomas gastrointestinais, altearções de pupila…
152
LEMS é fator de bom prognóstico em neoplasia…?
De pequenas células
153
Sobrevida da SLE na forma não-paraneoplásica?
Semelhante à da população em geral
154
Sobrevida da forma paraneoplásica da SLE?
Sobrevida da neoplasia subjacente
155
Principais diagnósticos diferenciais da SLE?
Doença do neurônio motor Miosites Miastenia gravis
156
ENMG em repouso na SLE?
CMAPs (potenciais de ação composto do músculo) com baixa amplitude, podendo ter decremento, igual à miastenia gravis
157
Resposta a exercícios na SLE avaliados pela ENMG?
Incremento em até \>60% (Ou incremento à estimulação repetitiva de 20-50 Hz)
158
Incremento \> 100% na ENMG da SLE?
Anti-VGCC positivo
159
Testes sorológicos mais realizados para diagnóstico de SLE?
Pesquisa de anticorpos anticanais de cálcio voltagem dependente - anti-VGCC P/Q
160
Função do PET/FDG na SLE?
Pesquisa de neoplasias (\>95% se manifestam nos primeiros dois anos da doença)
161
Tratamento - 3,4-diaminopiridina (3,4-DAP)?
Inibidor do canal de potássio - diminui a repolarização da membrana - mais fácil de ativar os canais de cálcio Não possui no Brasil
162
Piridostigmina na SLE?
Menos efeito que a 3,4-diaminopiridina Começar 3 x 30 mg Máximo: 6 x 60 mg
163
Droga de remissão?
3,4-diaminopiridina
164
Droga para controle de fraqueza leve?
Piridostigmina
165
Fraqueza moderada/grave - droga na SLE?
Prednisona E Azatioprina
166
Tratamento da SLE grave?
Prednisona + Azatioprina E Plasmaférese OU Imunoglobulina
167
Características gerais do botulismo?
Síndrome rara e potencialmente fatal Paralisia flácida aguda Causada pelo Clostridium botulinum (Bacilo gram-positivo anaeróbio)
168
Formas de se contrair o botulismo?
Intestinal → consumo de alimentos mal armazenados De ferimentos e forma infantil → liberação sistêmica *in vivo* Iatrogênica → injeções para estética, espasmos, distonia Inalatório → acidentes, bioterrorismo
169
Veneno mais potente para o ser humano?
Toxina botulínica Dose letal de 1ng/kg
170
Forma mais comum de contaminação com a toxina botulínica?
Acidades/forma infantil
171
Quantos tipos de toxina botulínica existem?
Oito sorotipos - A a H
172
Sorotipos mais comuns do botulismo?
A e B
173
Como se dá a forma infantil do botulismo?
Produção de toxinas no trato digestivo ou respiratório após ingestão ou inalação de esporos Falta de um sistema imunológico robusto e microbiota imatura Principal fator de risco: mel (principalmente o favo) Maior período de incubação
174
Como se dá a forma instestinal?
Ingesta de toxina pré-formada | (Principalmente conservas caseiras)
175
Como se dá o botulismo a partir de ferimentos?
Colônias produzem toxinas após germinação em tecido morto
176
Qual a fisiopatologia do botulismo?
A toxina entra na célula por transcitose → liga-se aos terminais pré-sinápticos autonômicos e das junções neuromusculares → clivagem do complexo polipeptídico SNARE → inviabiliza a fusão das vesículas de acetilcolina
177
Componentes do SNARE?
SNAP-25 VAMP Sintaxina
178
Qual a função dos SNAREs?
Permitir que as vesículas de neurotransmissores se fundam à membrana
179
Como se dá a clínica do botulismo?
Paralisia DESCENDENTE progressiva Oculofacial → cervical → torácica (IRespA) → membros
180
Período de incubação do botulismo?
Forma intestinal → 12 - 72h 5 - 15 dias → ferimentos
181
Sintomas autonômicos geralmente presentes no botulismo?
Midríase Xerostomia Disfagia
182
Padrão de comprometimento de sensibilidade no botulismo?
Geralmente poupa as vias sensitivas
183
Causa de insuficiência respiratória no botulismo?
Comprometimento do diafragma e da musculatura intercostal
184
Pródromo do botulismo intestinal?
Dor abdominal, náuseas e vômitos 12-72h após a ingestão da toxina
185
Pico de incidência do botulismo infantil?
04 meses → síndrome do bebê hipotônico (Gravidade variável. Geralmente com constipação → íleo paralítico grave)
186
Características do botulismo por ferimentos?
Associado a sintomas bulbares e celulite
187
Diagnósticos diferenciais do botulismo?
Miastenia Polirradiculoneuropatia aguda (Miller-Fisher) Porfiria Síndromes de tronco Intoxicações outras - atropina e curare
188
Prognóstico do botulismo?
Mortalidade geral em torno de 3% | (Intestinal \> ferimentos \> infantil)
189
Fatores de pior prognóstico do botulismo?
Idade avançada Antecedente de ICC ou ICo Dispneia ou disfagia no início do quadro IOT **AUSÊNCIA DE DIARREIA**
190
Tempo para recuperação total da funcionalidade após o botulismo?
Meses a anos
191
Eletroneuromiografia no botulismo?
Baixa amplitude e curta duração dos CMAPS (potenciais de ação muscular composta) ***_Decremento à estimulação repetitiva a baixa frequência_*** ***_Incremento à estimulação repetitiva à alta frequência_*** ***_(Quanto maior a frequência, maior o incremento)_***
192
Única técnica confiável disponível para confirmar a presença da toxina botulínica?
Bioensaio em camundongos
193
Exames que podem ser realizados para auxiliar no diagnóstico de botulismo?
Cultura de amostra de fezes (forma intestinal) ou tecido debridado (forma por ferimento)
194
Quando notificar o botulismo?
NA SUSPEITA
195
Quando internar o paciente com botulismo em CTI?
SEMPRE
196
Quando considerar IOT no botulismo?
CVF \< 30% do previsto
197
Quando considerar NPT no botulismo?
Íleo paralítico grave
198
Antitoxina heptavalente?
Encurta a duração da doença, melhorando prognóstico Resposta depende do momento da administração | (Aumenta o número de SNAREs e diminui o número de toxina)
199
Quando administrar a imunoglobulina humana para o botulismo?
Menores de um ano
200
Quando usar antibióticos no botulismo?
Forma por ferimentos
201
Quais antibióticos usar no botulismo?
Penicilina cristalina OU Metronidazol
202
Quais classes de antibióticos NÃO usar no botulismo?
AMINOGLICOSÍDEOS e TETRACICLINAS | (Podem piorar a evolução do botulismo)
203
Pupilas no botulismo?
MIDRIÁTICAS e ***_FIXAS!_***
204
O que são as síndromems miastênicas congênitas?
Doenças genéticas (monogenéticas - mendelianas) Geralmente autossômica recessiva Leva a uma disfunção proteica, levando a uma disfunção neuromuscular
205
Como se dá a manifestação dos sintomas das miastenias congênitas?
Quanto mais se estimula, mais junções são ativadas, maior a fraqueza Comprometimento de ***_musculatura estriada_*** | (Fraqueza dinâmica)
206
Forma dos receptores nicotínicos de acetilcolina?
Estrutura pentamérica
207
Diferença entre os receptores de acetilcolina fetais e dos adultos?
Fetal → subunidade gama Adulto → subunidade épsilon Demais iguais → duas alfas, uma beta e uma delta
208
Tipos de defeitos de receptores na miastenia congênita?
Cinético → abre ou fecha mais rápido os canais de sódio → piora da via de desorganização (acetilcolina; organização → agrina) Defeito quantitativo dos receptores.
209
Principal subunidade dos receptores de acetilcolina que apresenta defeito na miastenia congênita?
Épsilon | (Subunidade específica do adulto)
210
Quadro clínico da miastenia congênita?
Fraqueza fatigável (incluindo músculos oculares e cranianos) Início na infância Autoanticorpos negativos Alterações eletrofisiológicas da junção
211
O que avaliar na ausência de alterações eletrofisiológicas na suspeita de miastenias congênitas?
Resposta aos anticolinesterásicos
212
Na miastenia congênita que inicia na idade adulta, o que leva a suspeitar da etiologia?
Falta de resposta à prednisona Histórico familiar
213
Diagnóstico confirmatório?
"Teste genético molecular direcionado" ou “Teste de alto rendimento”
214
Característica da fraqueza muscular na miastenia congênita?
Flutuação! Piora com o exercício, melhora com o repouso | (Como todas as doenças de junção!)
215
Idade de início de manifestações clínicas da maior parte das miastenias congênitas?
\< 02 anos
216
Gene responsável pela codificação da acetilcolina transferase?
ChAT
217
Miastenia congênita pela ChAT - características?
Apresentação perinatal ou em primeira infância Fraqueza respiratória importante e apneia várias vezes ao dia, sobretudo durante o sono ENMG com decremento após estímulo prolongado de alta frequência Sintomas fatigáveis em musculaturas bulbares, oculares e apendiculares Geralmente possui alguma resposta à acetilcolinesterase
218
Principal proteína responsável pela junção da acetil à colina?
ChAT
219
Miastenia congênita pela ChAT - pré ou pós-sináptica?
Pós!
220
ENMG na ChAT?
Decremento após estímulo prolongado (20 minutos a 10 Hz) de alta frequência (Estará normal se fizer nos protocolos usuais)
221
Gene relacionado à forma mais comum de miastenia congênita?
ChRNE
222
Qual a função do gene ChRNE?
Codifica a subunidade épsilon do AChR
223
Características clínicas da miastenia por ChRNE?
\< 02 anos Comprometimento ocular, com ptose e oftalmoparesia Fraqueza moderada a grave em membros, com fatigabilidade Alterações características à ENMG Boa resposta aos anticolinesterásicos
224
Resposta da miastenia por ChRNE aos anticolinesterásicos?
Boa!
225
Miastenia congênita que já foi considerada como uma síndrome de comprometimento de cinturas ("síndrome miastênica de cinturas")?
DOK7
226
Características clínicas da miastenia congênita pela DOK7?
Codificação da proteína DOK-7 → importante para a manutenção da JNM Início variável (na infância ou no adulto) Quadro de cinturas Atrofia de língua ***_Ptose palpebral SEM COMPROMETIMENTO DE MOE_*** Alterações características na ENMG ***_NÃO APRESENTAM RESPOSTA OU PIORAM AOS ANTICOLINESTERÁSICOS_***
227
Resposta da miastenia por DOK7 aos anticolinesterásicos?
Não responde e pode piorar
228
Comprometimento de face pela DOK7?
Não! Poupa face e MOE Compromete pálpebras
229
Miastenia por comprometimento da DOK7 - pré ou pós-sináptica?
Pós!
230
Miastenia congênita por defeito na rapsina?
Proteína importante para o desenvolvimento e a manutenção da JNM Ptose palpebral, fraqueza facial, cervical e bulbar ***_Alteração de MOE não é comum, porém ptose sim_*** ALGUMA resposta a anticolinesterásicos
231
Miastenia congênita por defeito na rapsina - forma precoce?
Mais comum Hipotonia neonatal, com ou sem artrogripose Síndromes apneicas
232
Miastenia congênita por defeito na rapsina - início tardio?
Final da infância ou idade adulta Fraqueza fatigável dos membros
233
Miastenia congênita com muita apneia, pensar em…?
ChAT Se não for ChAT, pensar na Rapsina
234
Existe melhora da apneia ao longo dos anos na miastenia por defeito da rapsina?
SIM!
235
Miastenia pela COLQ?
Início precoce Comprometimento da MOE Fraqueza apendicular Escoliose Hiperextensibilidade ***_Lentificação do reflexo pupilar_*** Alterações características na ENMG Potencial de ação repetitivo em até 50% dos casos
236
Ação da COLQ?
Codificação da cauda colagênica da acetilcolina que se liga na acetilcolinesterase (Defeito → o receptor fica mais tempo aberto, mais sódio entra, maior desorganização da função muscular)
237
Ação dos colinesterásicos na COLQ?
PIORA O QUADRO
238
Função da GFPT1?
Glicosilação das proteínas da JNM
239
Clínica da miastenia por alterações da GFPT1?
Apresentação na infância Fraqueza proximal dos quatro membros ***_Sem oftalmoparesia_*** Pode haver ptose Alterações miopáticas na ENMG Atrofia e liposubstituição da musculatura proximal CPK elevada, gregados tubulares na biópsia Boa resposta aos anticolinesterásicos
240
Resposta da GFPT1 aos anticolinesterásicos?
Boa!
241
Misto de miopatia + miastenia?
GFPT1 (Liposubstituição à RM + biópsia com comprometimento muscular + ENMG demonstrando padrão miopático)
242
Causa de comprometimento de cinturas, além da miastenia por defeito no gene da DOK7?
GFPT1
243
Miastenia congênita por síndrome de canal lento?
Mutações em subunidades do AChR que levam a alterações cinéticas deste receptor Autossômico dominante Início na infância Fraqueza de extensores dos dedos e flexores do pescoço Escoliose Envolvimento menor dos músculos cranianos e do MOE Pode haver potencial de ação repetitivo na ENMG Piora dos sintomas com anticolinesterásicos Melhora com bloqueadores do canal
244
Tipo de herança da miastenia por síndrome de canal lento?
Dominante
245
Forma de miastenia congênita que melhora com fluoxetina?
Síndrome de canais lentos! (A fluoxetina funciona como uma bloqueadora do canal)
246
Miastenias com início precoce de apneias súbitas?
ChAT e RAPSN
247
Miastenia com reflexo pupilar lentificado?
COLQ
248
Miastenia com potencial de ação repetitivo?
COLQ e canal lento
249
Miastenia com herança autossômica dominante?
Canal lento e SYT2
250
Miastenias com padrão de cintura, poupando MOE?
DOK7, GFPT1, RAPSN
251
Miastenias que pioram com anticolinesterásicos?
COLQ, canal lento, DOK7 e MUSK
252
Miastenias refratárias aos anticolinesterásicos?
DOK7, Musk, AGRN, LRP4
253
Miastenias de início tardio?
DOK7, RAPSN
254
Miastenias com alterações miopáticas?
GFPT1, DAPGT1, GMPPB
255
Miastenias com artrogripose?
CHRNG, RAPSN, ChAT
256
Miastenias com alterações cognitivas?
DPAGT1, GMPPB e SNAP25
257
Alterações de movimento ainda no feto são causas de…?
Artrogripose
258
Miastenia associada ao defeito da subunidade gama (fetal)?
CHRNG
259
Tratamento das miastenias pré-sinápticas?
Anticolinesterásicos 3,4-diaminopiridina?
260
Tratamento da miastenia nas formas sinápticas (COLQ)?
Efedrina e salbutamol
261
Tratamento das miastenias pós-sinápticas?
Anticolinesterásicos, efedrina, salbutamol, 3,4-diaminopiridina Síndrome do canal lento: fluoxetina e quinidina SCN4A (síndromes dos canais de sódio): anticolinesterásicos e acetazolamida
262
Miastenias pós-sinápticas refratárias aos anticolinesterásicos, como tratar?
Salbutamol Efedrina