Ecologia e controle de plantas daninhas. Flashcards

(187 cards)

1
Q

PLANTAS DANINHAS

A

De modo geral, planta daninha poderia ser considerada qualquer planta que ocorre em determinado local ou condição em que não é desejada.

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2
Q

Contudo, uma planta só deveria ser considerada daninha se ______________________________________________________________________________________________________, como agricultura e pecuária.

A

causar direta ou indiretamente algum prejuízo às atividades humanas

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3
Q

Mesmo espécies cultivadas podem ser consideradas daninhas quando ocorrem, por exemplo?

A

invadindo lavouras subsequentes na forma de tiguera (população espontânea de espécies cultivadas que se estabelecem a partir
das perdas na colheita e na pré-colheita).

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4
Q

Além da redução da produtividade pela competição com a cultura e de __________________________________________________________
pela necessidade de controle, as plantas daninhas podem provocar outros prejuízos que podem ser
diferenciados em diretos e indiretos.

A

onerar os custos de produção

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5
Q

planta daninha
Os prejuízos diretos incluem a?

A

a redução da qualidade do produto
comercial (daninhas em maio a hortaliças, sementes em meio a fibras);

a não-certificação de sementes e
mudas ou até mesmo a condenação de campos de produção e lotes de sementes pela presença de sementes
nocivas proibidas;

a intoxicação de animais em pastagens pelo consumo de plantas daninhas tóxicas;

parasitismo direto por plantas parasitas como, por exemplo, erva-de-passarinho.

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6
Q

planta daninha
Já os danos indiretos envolvem principalmente?

A

o papel das plantas daninhas como hospedeiras para pragas e doenças e o prejuízo que podem causar à realização de certos tratos culturais, como é o caso da trepadeira corda-de-viola que reduz enormemente a eficiência das colhedoras.

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7
Q

BIOLOGIA E EVOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS

A

As plantas daninhas apresentam características próprias que favorecem o seu comportamento
invasivo e a sua perpetuação e disseminação, além de dificultarem seu controle.

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8
Q

Características e classificação das plantas daninhas

A

As plantas daninhas podem ser inicialmente diferenciadas em comuns e verdadeiras.

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9
Q

Características e classificação das plantas daninhas
As plantas daninhas comuns?

A

não têm a capacidade de sobreviver em condições adversas, ou seja, não têm o mesmo nível adaptativo que as plantas daninhas verdadeiras.

As plantas daninhas comuns correspondem
principalmente às plantas cultivadas que ocorrem espontaneamente depois da colheita.

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10
Q

Características e classificação das plantas daninhas
Já as plantas daninhas verdadeiras apresentam?

A

diversas características que favorecem a sua sobrevivência e
disseminação

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11
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* São extremamente ____________, ou seja, capazes de produzir enormes quantidades de propágulos
(sementes, bulbos, tubérculos, rizomas).

A

prolíficas

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12
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* _______________ _____________ das sementes e demais propágulos. As sementes viáveis presentes na superfície
ou enterradas no solo constituem o seu banco de sementes.

A

Grande viabilidade

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13
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* São capazes de germinar a __________ ___________.

A

grandes profundidades

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14
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* ________________ devido à existência de dormência nas sementes, fazendo com que a germinação ocorra de maneira bastante espaçada ao longo do tempo.

A

Germinação assíncrona

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15
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* Muitas espécies apresentam __________________________________, com propagação tanto
vegetativa (estolões, rizomas, tubérculos) quanto sexuada por sementes.

A

mecanismos alternativos de reprodução

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16
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
*_______________________________________, que podem ser disseminados pelo vento, pela água e por
animais (tanto internamente, após passarem pelo sistema digestivo, quanto externamente, aderidos à
superfície do corpo, denominadas respectivamente dispersão zoócora e auxócora).

A

Facilidade de dispersão de propágulos

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17
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* Crescimento e desenvolvimento _______________________________________, comumente mais rápido que da cultura.

A

iniciais bastante rápidos

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18
Q

Características e classificação das plantas daninhas verdadeiras
* _______________________________, que se mantêm viáveis por longos períodos de tempo.

A

Longevidade dos propágulos

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19
Q

A maioria das espécies de plantas daninhas pertence às famílias?

A

Gramineae (ou Poaceae) e
Asteraceae (ou Compositae).

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20
Q

Quanto ao ciclo de desenvolvimento, as plantas daninhas podem ser
classificadas em:
* Anuais:

A

completam o ciclo de vida (germinação, desenvolvimento, florescimento, produção de
sementes, senescência e morte) dentro do período de um ano, podendo ser anuais de verão (germinação na primavera e senescência no outono) ou de inverno (germinação no outono/inverno e senescência no verão).

São plantas herbáceas cuja propagação se dá principalmente por sementes. O controle dessas plantas deve ser realizado antes da produção de sementes.

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21
Q

Quanto ao ciclo de desenvolvimento, as plantas daninhas podem ser
classificadas em:
* Bienais:

A

o ciclo de vida tem duração de cerca de dois anos, com desenvolvimento vegetativo no primeiro ano e reprodutivo no segundo. Assim, devem ser controladas ainda no primeiro ano.

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22
Q

Quanto ao ciclo de desenvolvimento, as plantas daninhas podem ser
classificadas em:
* Perenes ou vivazes:

A

vivem por mais de dois anos e se caracterizam por diferentes eventos de crescimento a partir dos caules e raízes que não morrem. Sua propagação se dá por sementes e também vegetativamente. Geralmente o controle mecânico é pouco eficiente em decorrência da propagação vegetativa, devendo ser aplicados herbicidas de ação sistêmica para seu controle.

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23
Q

As plantas daninhas perenes podem ser ainda classificadas em:
* Perenes herbáceas simples:

A

reprodução por sementes.

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24
Q

As plantas daninhas perenes podem ser ainda classificadas em:
* Perenes herbáceas complexas:

A

propagação vegetativa e por sementes.

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25
As plantas daninhasperenes podem ser ainda classificadas em: * Perenes lenhosas:
apresentam crescimento secundário.
26
As plantas daninhas perenes podem ser ainda classificadas em: * Perenes rizomatosas:
produzem caules subterrâneos.
27
As plantas daninhas perenes podem ser ainda classificadas em: * Perenes estoloníferas:
emitem estolões sobre a superfície do solo.
28
As plantas daninhas perenes podem ser ainda classificadas em: * Perenes tuberosas:
apresentam tubérculos.
29
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Herbáceas:
caule herbáceo e pequeno porte.
30
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Arbustivas:
caule mais lenhoso, ramificado desde a base. Mais comuns em pastagens.
31
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Arbóreas:
caule lenhoso e ramificações na porção superior do caule. Ocorrem em pastagens.
32
33
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Hemiepífitas:
inicialmente desenvolvem-se como epífitas, mas depois as raízes atingem o solo.
34
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Epífitas:
crescem sobre outras plantas sem desenvolverem parasitismo.
35
Quanto ao hábito de crescimento, podemos identificar plantas daninhas: * Parasitas:
parasitam a planta hospedeira da qual retiram a seiva bruta ou a elaborada.
36
Quanto ao hábitat onde se desenvolvem, as plantas daninhas podem ser: * Terrestres:
desenvolvem-se no solo. Existem plantas daninhas com diferentes níveis de exigência em fertilidade do solo, sendo comumente empregadas como indicadoras desta. Por exemplo, caruru e beldroega preferem solos férteis, enquanto gramíneas são mais tolerantes a solos de elevada acidez e baixa fertilidade.
37
Quanto ao hábitat onde se desenvolvem, as plantas daninhas podem ser: * Higrófitas ou de baixadas:
desenvolvem-se preferencialmente em solos mais úmidos.
38
Quanto ao hábitat onde se desenvolvem, as plantas daninhas podem ser: * Aquáticas:
habitam corpos hídricos ou suas imediações. Subdividem-se em **marginais ou de talude** (ocorrem às margens de rios e lagoas); **flutuantes** (na superfície da água com raízes submersas, como o aguapé); **submersas livres** (vivem submersas, como as algas); **submersas ancoradas** (submersas com as raízes fixadas no leito); e **emergentes** (folhas emersas e raízes submersas, como a taboa).
39
40
Quanto ao hábitat onde se desenvolvem, as plantas daninhas podem ser: * Parasitas:
vivem sobre e às custas de outras plantas, como a erva-de-passarinho.
41
O processo de domesticação e melhoramento das plantas cultivadas levou a enormes ganhos de produtividade, mas foi em geral acompanhado da?
**redução do potencial de competição** contra as plantas daninhas. Essa competição decorre do desenvolvimento da cultura e da planta daninha na mesma área, competindo por recursos escassos como água, nutrientes e luz.
42
A competição representa uma?
interação ecológica que se estabelece entre os indivíduos quando a intensidade de remoção de recursos do meio é maior que a capacidade do meio em fornecê-los ou quando um indivíduo impede o acesso do outro a tais recursos. Contudo, os prejuízos causados pelas plantas daninhas não decorrem apenas da competição por recursos escassos do meio, mas também por outros fatores, como a **alelopatia**.
43
Assim, dá-se o nome de ____________ a todos esses fatores que afetam as plantas cultivadas em decorrência da presença de plantas daninhas.
interferência
44
As formas de interferência podem ser classificadas em: * Alelospolia ou competição:
redução da disponibilidade dos fatores de crescimento.
45
As formas de interferência podem ser classificadas em: * Alelopatia:
interferência decorrente de compostos químicos liberados no ambiente.
46
As formas de interferência podem ser classificadas em: * Alelomediação:
interações decorrentes de mudanças provocadas no ambiente ou na microbiota.
47
Diversos fatores afetam a competição entre a cultura e a planta daninha?
como a **espécie cultivada** (velocidade de crescimento, densidade do dossel, tolerância a condições desfavoráveis), **a espécie da planta daninha** (capacidade de competição, alelopatia), **a fase de desenvolvimento de ambos** (as culturas são mais afetadas no início do desenvolvimento vegetativo), **densidade e distribuição** das plantas daninhas na área (intensidade de infestação) e da **duração da competição.**
48
De maneira geral, quanto maior o período de interferência, maiores os danos decorrentes da infestação das plantas cultivadas com a população infestante.
Contudo, o grau de interferência varia **ao longo do tempo** em decorrência dos fatores discutidos anteriormente.
49
foram propostas diversas terminologias para caracterizar a interação entre planta cultivada e planta daninha ao longo do tempo:
* Período anterior à interferência: * Período total de prevenção da interferência: * Período crítico de competição:
50
* Período anterior à interferência:
período após o plantio no qual a cultura e as plantas daninhas estão ainda muito pequenas e afastadas, de modo que **ainda não se estabeleceu a interferência.** Ao término desse período, a presença de plantas daninhas passa a comprometer irreversivelmente a produção devido à competição que se estabelece.
51
* Período total de prevenção da interferência:
**período total de tempo em que a produtividade da cultura é afetada pela presença de plantas daninhas.** Ao final desse período, a cultura atinge um estágio de desenvolvimento capaz de sobrepor a competição da população infestante e o controle deixa de ser necessário, ou seja, ao final desse período as plantas daninhas deixam de afetar a produtividade.
52
* Período crítico de competição:
**período compreendido entre o momento em que deve ser iniciado o controle e o momento em que as práticas de controle podem ser interrompidas**, ou seja, que vai do limite superior do período anterior à interferência até o término do período total de prevenção da interferência.
53
Alelopatia
As plantas produzem diversos metabólitos secundários que aparentemente não têm função metabólica direta. Muitos desses compostos estão associados a mecanismos de proteção contra o ataque de pragas e patógenos. Alguns desses compostos podem ser absorvidos por outras plantas, causando respostas fisiológicas nestas. Essas moléculas são chamadas de aleloquímicos, que são substâncias liberadas por um organismo que causa reações específicas em um organismo de outra espécie (ou seja, interações interespecíficas). No caso específico das plantas, as interações entre plantas mediadas por aleloquímicos são chamadas de alelopatia.
54
Os aleloquímicos podem ser liberados para o ambiente de diferentes formas?
rincipalmente por volatilização a partir das folhas, lixiviação, exsudação radicular e durante a decomposição dos resíduos vegetais.
55
Os __________________ na palhada são particularmente importantes para culturas anuais, pois podem ter efeitos sobre os plantios subsequentes e favorecer o controle de plantas daninhas.
aleloquímicos presentes
56
alhadas de diversas culturas e plantas de cobertura, como trigo, arroz, centeio, nabo forrageiro, colza, tremoço, sorgo, crotalária, eucalipto e leucena?
já tiveram seu potencial alelopático demonstrado, o que pode ser considerado no planejamento de esquemas de rotação de culturas. Os aleloquímicos comumente agem sobre sementes, inibindo a germinação, mas também podem afetar o crescimento das raízes e da parte aérea. A quantificação dos efeitos da alelopatia em campo é extremamente difícil devido ao grande número de fatores envolvidos, mas experimentos em menor escala comumente evidenciam o efeito alelopático nas interações entre plantas.
57
O controle químico de plantas daninhas propiciou consideráveis ganhos de produtividade, mas o uso/
inadequado e repetitivo dos herbicidas ao longo dos anos levou ao desenvolvimento de populações resistentes. Assim, a integração de diferentes métodos de controle constitui uma necessidade, propiciando vantagens como maior efetividade do controle, redução dos custos, menor contaminação ambiental e maior segurança às pessoas.
58
Os métodos de manejo integrado de plantas daninhas têm, portanto, a finalidade de?
favorecer o desenvolvimento da cultura em detrimento da planta daninha pela integração dos métodos de controle físicos, mecânicos, culturais, biológicos e químicos.
59
* Erradicação:
as plantas daninhas são eliminadas pela **destruição das sementes e estruturas de propagação vegetativa** (destruição do inóculo). É uma prática cara e empregada em **pequenas áreas ou em cultivo protegido** (substrato e canteiros). Pode ser feita por métodos físicos (discutidos a seguir) ou químicos. Neste caso, são empregados **fumigantes de solo.** Esses produtos, quando aplicados no solo, volatilizam e se espalham na forma de gás. Por muitos anos o brometo de metila foi o principal fumigante de solo empregado na agricultura, mas seu uso foi **proibido**. Atualmente, têm uso permitido como fumigantes de solo o **metamsódico (granulado) e o dazomete (suspensão).**
60
* Prevenção:
impedir a entrada de plantas daninhas em locais nos quais elas ainda não ocorram ou evitar a disseminação de uma planta que já ocorre localizadamente. É uma importante estratégia de manejo, já que evita gastos posteriores com controle. A principal prática de prevenção seria o emprego de sementes e mudas de qualidade e isentos de propágulos. Outras práticas incluem a limpeza de máquinas e equipamentos, limpeza e quarentena de animais provenientes de áreas com infestação, aplicação de estercos já compostados e estabilizados.
61
Controle físico * Calor:
temperaturas acima de 45-55 °C são suficientes para matar tecidos vegetais, enquanto sementes necessitam de temperaturas mais altas. A aplicação de calor pode ser feita de diversas maneiras. Durante as queimadas, o calor é aplicado pelo **uso do fogo,** destruindo a vegetação e resíduos vegetais sobre a superfície do solo, mas com pequeno efeito em maiores profundidades. **O uso de água quente ou vapor** é bastante viável em pequenas áreas, como em canteiros e na produção de mudas e plantas ornamentais em cultivo protegido. Essa prática foi bastante disseminada recentemente quando foi proibida a comercialização do fumigante brometo de metila, usado para esterilização de solo e substrato. A solarização também é empregada para esterilização de solo e substrato, mas usando a própria energia do sol. O solo ou substrato é acomodado em camadas não muito espessas, sendo umedecido e coberto por um plástico transparente. A radiação de ondas curtas emitida pelo sol atravessa o plástico transparente e aquece o solo ou substrato, sendo a transmissão do calor favorecida pela umidade. A massa aquecida passa então irradiar calor em ondas longas, que são retidas pelo plástico transparente.
62
Controle físico * Água:
a inundação pode ser empregada para o controle de plantas daninhas tanto por ocasionar a sua morte quanto por interferir na germinação de sementes. Um exemplo característico é o controle do arroz vermelho em plantios de arroz irrigado por inundação com mudas pré-germinadas: a inundação impede a germinação do arroz vermelho, mas permite o desenvolvimento das sementes de arroz pré-germinadas.
63
Controle físico * Descarga elétrica ou eletrocussão:
método relativamente novo (seu desenvolvimento se dau ainda na década de 1990) e ainda pouco empregado de controle de plantas daninhas. São empregados equipamentos que aplicam descargas elétricas de alta voltagem nas plantas daninhas a partir de eletrodos no solo e na parte aérea. A descarga elétrica provoca rompimento das células e destruição dos tecidos, levando as plantas à morte.
64
Controle físico * Mulching e cobertura morta:
**o mulching é a aplicação de plástico sobre a superfície do solo**, sendo uma prática bastante eficaz para controle de plantas daninhas. A cobertura morta age pelo mesmo princípio, mas empregando resíduos como cascas, palhas e outros materiais vegetais. Essa prática, porém, poderia vir a ser considerada como um método de controle cultural em algumas provas, mesmo quando os resíduos não são provenientes da própria lavoura.
65
Controle mecânico
O controle mecânico, para ser efetivo, deve ser realizado antes da produção de sementes das plantas daninhas, sendo pouco eficiente para controle daquelas plantas que apresentam propagação vegetativa.
66
Controle mecânico * Arranquio ou monda:
remoção manual de plantas daninhas. Empregada em jardins, hortas caseiras e também em viveiros de produção de mudas.
67
Controle mecânico * Capina manual:
ainda é um método comumente empregado, não apenas em pequenas lavouras de subsistência, mas também para controle de plantas daninhas na linha de plantio em lavouras perenes (como pomares e cafezais) recém-implantadas.
68
Controle mecânico * Roçada:
corte da parte aérea das plantas daninhas, podendo ser manual ou mecanizada. As roçadoras manuais são adequadas para pequenas áreas e locais mais declivosos, que impossibilitam tratos culturais mecanizados. As roçadoras mecanizadas são bastante empregadas para controle de plantas daninhas nas entrelinhas de lavouras perenes, como cafezais e pomares.
69
Controle mecânico * Cultivo mecanizado:
constitui um dos principais métodos de controle de plantas daninhas devido à rapidez, baixo custo das operações e boa eficiência quando o solo está seco e as plantas daninhas estão pequenas. Se baseia na ruptura do contato entre as raízes da planta daninha e o solo e também no seu enterrio, dependendo do implemento. **Os cultivadores são implementos com hastes ou dentes para mobilização do solo e arranquio das plantas daninhas nas entrelinhas de culturas anuais.** Os implementos de preparo de solo, como arado e grade, também atuam no controle de plantas daninhas, sendo que a aração provoca a inversão da leiva (camada de solo cortada pelo implemento) e enterrio das plantas daninhas. Outros implementos, como enxada rotativa e trincha rompem a camada superficial do solo, cortando as plantas daninhas e abaixo da superfície e arrancando-as.
70
O controle de plantas daninhas pelo cultivo mecanizado tem como desvantagens
**a limitação para controle de plantas daninhas na linha de plantio (limitado às entrelinhas), a menor eficiência quando realizado com solo excessivamente úmido, a impossibilidade de controle de plantas daninhas que se propagam vegetativamente, o favorecimento do processo erosivo pela exposição do solo, a possibilidade de danos ao sistema radicular da cultura e a formação de camadas compactadas (pé-de-grade ou pé-dearado).**
71
Controle cultural
Se baseia no emprego de práticas agrícolas que favorecem a cultura em detrimento das plantas daninhas e que auxiliam na sua eliminação.
72
Controle cultural * Emprego de cultivares mais competitivas:
o **emprego de cultivares com maior capacidade de competição** contra a plantas daninhas configura um método de controle cultural. A maior capacidade de competição pode decorrer do crescimento mais rápido (precocidade), sistema radicular mais abundante e agressivo e metabolismo mais eficiente, por exemplo.
73
Controle cultural * Rotação de culturas:
as plantas daninhas com maior capacidade de infestação em geral apresentam exigências semelhantes às das culturas, o que dificulta o seu controle. O emprego da rotação de culturas rompe o ciclo das plantas daninhas e impede o seu predomínio na área. Para tanto, devem ser inseridas no esquema de rotação culturas que tenham hábitos de crescimento e características contrastantes em relação às plantas daninhas que predominam na área.
74
Controle cultural * Espaçamento:
em geral, o menor espaçamento entre as linhas de plantio favorece o controle das plantas daninhas sensíveis ao sombreamento.
75
Controle cultural * Plantas de cobertura e adubos verdes:
são plantas com grande capacidade de competição com as plantas daninhas, favorecendo a redução do banco de sementes de plantas infestantes e a melhoria das condições químicas e físicas do solo. Em regiões mais frias empregam-se tremoço, ervilhaca, azevém, nabo, aveia e centeio, enquanto em regiões mais quentes são mais comuns mucuna, crotalárias, guandu, feijãode- porco, lab-lab e milheto.
76
Controle biológico
Se baseia na redução da população de plantas daninhas e da sua capacidade de competição pelo emprego de organismos, como fungos, bactérias, vírus e insetos. Não tem sido empregado comercialmente para controle de plantas daninhas no Brasil, mas existem vários casos de sucesso no mundo.
77
As estratégias de controle biológico clássico envolvem a?
**a introdução de um patógeno ou inseto fitófago que não ocorre na área para controle de uma planta daninha geralmente também exótica.** Existem riscos associados a essas introduções decorrentes da falta de conhecimentos detalhados da sua biologia, principalmente da sua capacidade de ampliar o espectro de hospedeiros.
78
O controle biológico inundativo se baseia principalmente?
**na aplicação de fungos, bactérias ou vírus sobre uma população de plantas infestantes**, criando assim um surto epidêmico que leva ao controle das plantas daninhas. Como têm modo de aplicação semelhante aos herbicidas convencionais e ação relativamente rápida, o desenvolvimento de produtos comerciais ("bio-herbicidas") é de interesse da indústria. Não existem produtos registrados no Brasil, mas vários produtos comerciais encontram-se disponíveis em outros países, como Devine® (fungo Phytophthora palmivora) e Collego® (fungo Colletotrichum gloeosporioides f.sp. aeschynomene para controle de angiquinho). Os herbicidas microbianos devem ser testados quanto ao efeito em organismos não alvo. Sua eficácia é fortemente afetada pelas condições ambientais.
79
Já o controle biológico aumentativo?
**se baseia em introduções de insetos fitófagos e fungos fitopatogênicos ao longo do tempo, para que essas populações se estabeleçam na área.** Como exemplo, tem-se a estratégia de controle de tiririca pela introdução de esporos da ferrugem Puccinia caniculata.
80
O controle de plantas daninhas pelo **efeito alelopático** da cultura ou das plantas de cobertura pode ser considerado um método de ____________________________.
controle biológico
81
Controle químico
O controle químico de plantas daninhas se iniciou com o emprego de herbicidas inorgânicos, como sais de cobre e sulfato ferroso no início do século XX. Na década de 1940 foi desenvolvido o primeiro herbicida sintético, o 2,4-D. Na década de 1950, diversos outros herbicidas sintéticos surgiram, como amidas, carbamatos e triazinas.
82
O controle químico de plantas daninhas tem sido largamente empregado na agricultura devido às seguintes vantagens que proporciona:
* Menor demanda por mão-de-obra. * Maior eficiência, mesmo na época chuvosa. * Controle eficiente mesmo na linha de plantio e não afeta o sistema radicular das culturas (como é o caso dos cultivadores mecânicos). * Permite o cultivo mínimo e plantio direto. * Controle de plantas daninhas com propagação vegetativa. * Compatível com plantio a lanço, enquanto os cultivadores só funcionam para culturas plantadas em linha.
83
O controle químico eficiente depende do conhecimento da?
**do conhecimento da fisiologia das plantas daninhas, dos modos de ação e classificação dos herbicidas e da tecnologia de aplicação de produtos químicos**. Quando aplicado sem critério, o controle químico pode levar à contaminação do solo e do meio ambiente e à seleção de plantas daninhas resistentes à ação dos herbicidas.
84
Quanto à seletividade, os herbicidas podem ser classificados em: * Seletivos:
são tolerados por determinada espécie ou cultivar.
85
A seletividade é um atributo relativo:
Pois depende principalmente do estágio de desenvolvimento da planta e da dose aplicada. Quando um herbicida é seletivo para determinada cultura, isso significa que aquela cultura não é afetada pelo herbicida. Por exemplo, o 2,4-D é seletivo para cana-de-açúcar, atrazine é seletivo para milho, fomesafem é seletivo para feijão e imazaquim é seletivo para soja.
86
é comum a terminologia e ______________, para os produtos que controlam seletivamente plantas de folhas largas (dicotiledôneas)
latifolicidas
87
e __________, para os produtos que controla seletivamente gramíneas (monocotiledôneas).
graminicidas São exemplos de latifolicidas a bentazona, o acifluorfem e o lactofem, enquanto como graminicidas tem-se a trifluralina e o fluazifope.
88
Quanto à seletividade, os herbicidas podem ser classificados em: * Não-seletivos:
apresentam amplo espectro de ação, ou seja, agem indiscriminadamente sobre um grande número de espécies quando aplicados na dose recomendada. Geralmente são aplicados como dessecantes (em pré-plantio ou em pré-colheita) ou para aplicação dirigida. Exemplos de herbicidas nãoseletivos incluem o glifosato, o paraquate e o diquate. A tecnologia do DNA recombinante permitiu a obtenção de plantas transgênicas com resistência a herbicidas não-seletivos, como é o caso clássico da soja RR (Roundup Ready®) lançada no final da década de 1990, resistente ao glifosato.
89
A seletividade dos herbicidas atua por diferentes mecanismos: * Fatores relacionados ao herbicida:
incluem a dose aplicada, a formulação do herbicida e a sua localização durante a aplicação. A dose aplicada deve ser tal que provoque morte das plantas daninhas, mas não da cultura. As formulações e o uso de espalhantes adesivos podem aumentar ou reduzir a toxicidade dos herbicidas para a cultura. As substâncias que, aplicadas anteriormente às plantas ou em mistura com os herbicidas, reduzem a sua toxicidade à cultura são chamadas de "safeners" ou protetores. O efeito da localização é discutido a seguir.
90
A seletividade dos herbicidas atua por diferentes mecanismos: * Fatores relacionados às plantas:
decorre de características morfológicas ou fisiológicas das plantas, como **absorção diferencial**, idade da planta (plantas jovens são mais suscetíveis), **translocação diferencial** (herbicida não é transportado) e **metabolismo diferencial ou destoxificação** (as plantas apresentam enzimas capazes de metabolizar a molécula do herbicida).
91
A seletividade dos herbicidas atua por diferentes mecanismos: * Seletividade toponômica ou de posição:
a localização espacial do herbicida em relação à cultura faz com que o mesmo atinge teores tóxicos próximos às plantas daninhas, mas não próximo à cultura. Ocorre quando **herbicidas de pré-emergência aplicados à superfície do solo** não são lixiviados para a profundidade em que as sementes ou as raízes da cultura se encontram ou quando **herbicidas de pós-emergência são aplicados com jato dirigido para as entrelinhas**, sem atingir as folhas da cultura.
92
Plantas daninhas de folhas estreitas (monocotiledôneas)
Poaceae * Capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) * Capim-colchão (Digitaria horizontalis) * Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus) * Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) * Capim-da-guiné (Paspalum paniculatum) * Capim-arroz (Echinochloa crusgalli) * Capim-amargoso (Digitaria insularis) * Capim-azedo (Paspalum conjugatum) * Capim-colonião (Panicum maximum) * Capim-braquiária (Brachiaria decumbens) * Grama-batatais (Paspalum notatum) * Grama-seda (Cynodon dactylon) * Azevém-anual (Lolium multiflorum) * Arroz-vermelho (Oryza sativa) Cyperaceae * Tiririca (Cyperus rotundus, C. lanceolatus) * Tiriricão (Cyperus esculentus) * Tiririca-do-brejo (Cyperus iria) * Junquinho (Cyperus ferax, C. difformis, C. odoratus)
93
Plantas daninhas de folhas largas (dicotiledôneas)
Amaranthaceae * Caruru (Amaranthus deflexus), caruru-gigante (Amaranthus retroflexus), caruru-deespinho (Amaranthus spinosus), caruru-roxo (Amaranthus hybridus), caruru-de-mancha (Amaranthus viridis) * Apaga-fogo (Alternanthera tenella) Asteraceae * Carrapicho-rasteiro (Acanthospermum australe), Carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum hispidum) * Mentrasto (Ageratum conyzoides) * Losna (Artemisia verlotorum) * Picão-preto (Bidens pilosa) * Fazendeiro ou picão-branco (Galinsoga parviflora) * Buva (Conyza bonariensis) * Falsa-serralha (Emilia fosbergii) * Serralha (Sonchus oleraceus) Brassicaceae * Mostarda (Brassica rapa) * Nabo ou Nabiça (Raphanus sativus) Commelinaceae * Trapoeraba (Commelina benghalensis, C. erecta) Convolvulaceae * Corda-de-viola (Ipomoea spp.) Euphorbiaceae * Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta) * Amendoim-bravo (Euphorbia heterophylla) Fabaceae * Fedegoso (Senna obtusifolia, S. occidentalis) * Angiquinho (Aeschynomeme denticulata, A. rudis) * Carrapicho-beiço-de-boi (Desmodium tortuosum) Lamiaceae * Rubim (Leonurus sibiricus) Malvaceae * Guanxuma (Malvastrum coromandelianum, Sida rhombifolia, S. cordifolia, S. glaziovii, S. santaremensis, S. spinosa, S. urens) Portulacaceae * Beldroega (Portulaca oleracea) Rubiaceae * Poaia-branca (Richardia brasiliensis) Solanaceae * Joá-bravo (Solanum sisymbrifolium)
94
A _____________________________________________________________ é essencial para o controle químico efetivo das plantas daninhas.
escolha da época de aplicação adequada
95
A escolha da época de aplicação depende das?
estruturas vegetais que efetivamente irão absorver o ingrediente ativo, podendo ser as raízes ou as folhas.
96
Quanto à época de aplicação, os herbicidas podem ser classificados em: * Pré-plantio incorporado (PPI):
são aplicados **anteriormente ao plantio e incorporado**s por revolvimento do solo ou irrigação (quando têm maior solubilidade). São **absorvidos pelas raízes e agem preferencialmente sobre plântulas** (mecanismos que afetam a divisão celular, por exemplo). Geralmente os princípios ativos que exigem incorporação apresentam alguma limitação quanto à **volatilidade, fotodegradação ou solubilidade em água muito baixa.** Seu uso é limitado e tem decaído, já que são incompatíveis com plantio direto.
97
Quanto à época de aplicação, os herbicidas podem ser classificados em: * Pré-emergência (PRÉ):
**aplicados antes da emergência das plantas daninhas**, podendo ser aplicados antes ou depois da emergência da cultura (neste caso, com aplicação de produtos seletivos). Para aplicação em PRÉ, os princípios ativos devem ser **absorvidos pelas raízes**, sendo essencial que haja **disponibilidade de água** para que a absorção ocorra. Os produtos aplicados em PRÉ podem ser não-seletivos. Como exemplo, tem-se o imazaquim, o alacloro e o diurom.
98
Quanto à época de aplicação, os herbicidas podem ser classificados em: * Pós-emergência (PÓS):
os herbicidas de PÓS são **aplicados na parte aérea das plantas daninhas, sendo, portanto, absorvidos pelas folhas.** A cultura pode estar presente (chamado de pós-emergência total) ou não, sendo que, quando a cultura se encontra já estabelecida, devem ser aplicados produtos seletivos, a aplicação deve ser dirigida ou devem ser aplicados em lavouras transgênicas tolerantes. A eficácia da aplicação em PÓS é maior quando as **plantas daninhas se encontram ainda jovens** (3-4 folhas para dicotiledôneas e antes do perfilhamento para monocotiledôneas). Essa condição é indicada como PÓS inicial ou precoce, havendo também produtos que controlam as plantas daninhas em PÓS tardia (ou seja, plantas mais velhas e mais desenvolvidas). Quando as plantas daninhas se encontram mais desenvolvidas, são necessárias doses maiores ou produtos sistêmicos. Exemplos de herbicidas tipicamente aplicados em pósemergência incluem o glifosato e a bentazona.
99
O simples contato do herbicida com a planta não é suficiente para que ele exerça seu efeito, devendo ser ___________________ _____________________________________________________________________________, onde as reações do metabolismo sobre as quais agirá efetivamente ocorrem.
absorvido para atingir o interior das células
100
Quanto à translocação na planta, os herbicidas podem ter ação:
* De contato: * Sistêmica:
101
Quanto à translocação na planta, os herbicidas podem ter ação: * De contato:
agem no local de absorção ou próximo a ele, não sendo transportados pelo sistema vascular. Sua ação se limita aos locais de penetração, o que exige uma boa qualidade de cobertura durante a aplicação para maior eficiência. Geralmente têm ação rápida. Exemplos de herbicidas de contato incluem a bentazona, o lactofem e o paraquate.
102
Quanto à translocação na planta, os herbicidas podem ter ação: * Sistêmica:
**são transportados pelo xilema, floema ou ambos. Sua ação é mais demorada e necessitam que as plantas se encontrem com metabolismo plenamente ativo para agirem.** Alguns produtos sistêmicos têm rápida absorção, como fluazifop, fenoxaprop, sethoxydim e clethodim, enquanto outros têm absorção mais lenta, como o glifosato e o 2,4-D, necessitando de um período mínimo de 4 horas sem chuva após a aplicação para boa eficiência. Quando esses produtos são aplicados em doses muito altas, agem como dessecantes, já que provocam rápida morte dos tecidos, o que resulta em menor tempo para sua translocação.
103
Uma das maiores limitações ao controle químico de plantas daninhas é o surgimento de populações de?
plantas resistentes aos herbicidas. Essas populações de biótipos resistentes **surgem em decorrência da pressão de seleção exercida pela aplicação repetida de um mesmo herbicida ou de herbicidas com mesmo mecanismo de ação ao longo do tempo.** O uso extensivo de glifosato a partir do lançamento de cultivares transgênicas resistentes, por exemplo, acelerou o surgimento de plantas daninhas com resistência a esse herbicida que até então era tido como de baixo risco de desenvolvimento de resistência.
104
Uma planta é dita sensível?
a determinado herbicida quando ela tem seu **crescimento e desenvolvimento comprometidos** pela exposição àquela molécula, podendo morrer quando submetida a determinada dose.
105
Já a tolerância representa uma característica da planta de?
conseguir sobreviver e se reproduzir mesmo tendo sofrido injúrias pela exposição a determinado herbicida.
106
Resistência é a capacidade de determinados indivíduos da população (ou biótipos) de?
de sobreviverem à exposição a doses do herbicida que seriam letais para a maioria das plantas da população.
107
Os biótipos resistentes podem exibir adicionalmente dois outros tipos de resistência?
A cruzada e a múltipla.
108
A resistência cruzada ocorre quando um biótipo é?
resistente a dois ou mais herbicidas com um mesmo mecanismo de ação.
109
Já a resistência múltipla ocorre quando?
determinado biótipo é resistente a dois ou mais herbicidas com modos de ação diferentes.
110
A resistência de plantas a herbicidas pode ocorrer pela ação dos seguintes mecanismos de resistência: * Alteração do local de ação:
alteração em um ou mais aminoácidos de enzimas envolvidas no mecanismo de ação do herbicida pode levar à não eficácia do produto.
111
A resistência de plantas a herbicidas pode ocorrer pela ação dos seguintes mecanismos de resistência: * Metabolização:
o biótipo tem capacidade de metabolizar e decompor a molécula do herbicida. Esse é o mecanismo apresentado pela maioria das culturas tolerantes a determinados herbicidas.
112
A resistência de plantas a herbicidas pode ocorrer pela ação dos seguintes mecanismos de resistência: * Compartimentalização:
a molécula do herbicida é armazenada em locais onde não expressa seu efeito tóxico, como no interior do vacúolo, ou inativada pela ligação com algum metabólito da planta.
113
A resistência de plantas a herbicidas pode ocorrer pela ação dos seguintes mecanismos de resistência: * Absorção e translocação:
a quantidade de herbicida que atinge o local de ação é reduzida em decorrência de menores taxas de absorção ou translocação do herbicida na planta.
114
A _______________________ é o principal fator que leva ao surgimento de populações de plantas daninhas resistentes a herbicidas, associada à variabilidade genética da população infestante (probabilidade de ocorrência de resistência).
pressão de seleção
115
A pressão de seleção é definida pela?
intensidade de seleção (aplicações repetidas do mesmo herbicida) e pela duração do contato das plantas com o herbicida (sua persistência).
116
O manejo da resistência envolve a adoção de práticas que tenham como objetivo a redução da pressão de seleção, como:
* Limitar as aplicações de um mesmo herbicida. * Empregar herbicidas com diferentes mecanismos de ação, realizando aplicações sequenciais de herbicidas com ação distinta ou fazendo rotação de mecanismos de ação. * Usar misturas de herbicidas com diferentes mecanismos de ação. As misturas de herbicidas com diferentes mecanismos de ação permitem um controle eficiente mais duradouro que os produtos usados isoladamente, já que a possibilidade de resistência múltipla é pequena. Os herbicidas em mistura devem idealmente controlar o mesmo espectro de plantas daninhas, apresentar persistência similar e diferentes mecanismos de destoxificação. * Realizar rotação de culturas. * Rotacionar os métodos de controle de plantas daninhas. * Acompanhar mudanças na flora infestante. * Usar sementes de qualidade e isentas de sementes de plantas daninhas.
117
As misturas de herbicidas apresentam diversas vantagens além da redução do risco de resistência, como:
* controle de maior número de espécies de plantas daninhas; * menor risco de danos à cultura pois são usadas doses menores de cada herbicida; * o uso de menores doses propicia menor contaminação dos alimentos e do ambiente; * menor custo do controle, pela maior eficácia, economia de operações e menores doses; * ampliam a seletividade, pelo sinergismo no controle das plantas daninhas e antagonismo nos danos causados à cultura.
118
O comportamento dos herbicidas no solo afeta?
grandemente não só a sua eficácia no controle das plantas daninhas, mas também a sua possibilidade de contaminação dos recursos hídricos.
119
A persistência de um herbicida no solo depende das?
características do próprio herbicida e do solo, sendo resultado de um balanço entre os processos de retenção, transporte e transformação.
120
A ____________ indica a capacidade do solo de reter um herbicida ou outro pesticida qualquer, sendo o somatório dos processos de absorção, adsorção e precipitação.
retenção
121
A ________ corresponde à passagem do herbicida aplicado no solo para o interior das plantas.
absorção Estima-se que apenas de 1 a 10% dos herbicidas aplicados no solo são efetivamente absorvidos pelo sistema radicular.
122
A ________________ envolve a formação de precipitados na superfície das partículas do solo ou pela formação de ligações covalentes de alta energia entre os herbicidas e o solo.
precipitação
123
Já a _____________ é um fenômeno reversível decorrente da interação entre o herbicida e a superfície dos coloides do solo (argilas e substâncias húmicas da matéria orgânica).
adsorção
124
A quantificação individualizada desses processos é difícil, então eles são tratados genérica e conjuntamente como ______________.
sorção
125
Os produtos aplicados podem sofrer grandes perdas por diversos fenômenos de ______________.
transporte
126
A sorção, juntamente com a solubilidade, define a tendência do herbicida de sofrer transporte por _______________ ou não.
lixiviação
127
Quanto **menor a sorção** e maior a solubilidade, mais facilmente o herbicida é __________________________ ou para o lençol freático.
transportado através do perfil do solo para camadas mais profundas
128
A perda de herbicidas por lixiviação em geral fica entre 0 e 4% do total aplicado. Outros processos de transporte que os herbicidas e os pesticidas em geral sofrem no solo são?
o escorrimento superficial (ou run-off) e a volatilização.
129
O escorrimento superficial é?
mais acentuado quando ocorrem chuvas intensas logo após a aplicação de pesticidas em solo descoberto, com arraste das partículas de solo juntamente com as moléculas dos produtos aplicados. Em geral representa um baixo potencial de perda, de 0 a 10% do total aplicado.
130
A volatilização representa a?
passagem do herbicida da fase líquida para a fase gasosa, representando uma das principais formas de perdas dos herbicidas aplicados. Dependendo da molécula, as perdas por volatilização podem variar de 10 a 90% do total de herbicida aplicado. A trifluralina, por exemplo, é facilmente perdida por volatilização, devendo ser incorporada ao solo. As perdas por volatilização dependem principalmente da solubilidade e da pressão de vapor do herbicida (discutida a seguir), mas também de fatores como incorporação ao solo (por revolvimento ou pela água de irrigação, dependendo da solubilidade), da temperatura (maior temperatura, maiores perdas) e da formulação do produto.
131
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Solubilidade:
indica a **quantidade máxima de herbicida que se dissolve em água** pura a dada temperatura, sendo um reflexo da polaridade da substância. Quanto mais solúvel a molécula, mais facilmente lixiviada ela é.
132
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Pressão de vapor:
é uma medida da **tendência da molécula a sofrer volatilização.** Quanto maior a pressão de vapor do herbicida, mais facilmente volatilizado ele é.
133
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Coeficiente de sorção (Kd):
representa a relação entre a concentração de herbicida que permanece no solo e a concentração de herbicida na solução de equilíbrio. **Quanto maior o Kd, maior a tendência do herbicida de permanecer retido ao solo.**
134
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Coeficiente de sorção normalizado (Koc):
o teor de **carbono orgânico do solo é um dos principais fatores que afeta a sorção dos herbicidas**, sendo que o Koc incorpora esse critério ao coeficiente de sorção, permitindo a comparação entre herbicidas considerando o efeito da matéria orgânica do solo na sorção.
135
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Coeficiente de partição octanol-água (Kow):
indica a tendência do herbicida de ser solúvel em água ou em solventes apolares, ou seja, é uma **medida da sua hidrofilicidade e lipofilicidade.** Herbicidas apolares têm Kow acima de 10.000, enquanto os herbicidas polares têm Kow menor que 10.
136
As principais características dos herbicidas que controlam a retenção e os processos de transporte dos herbicidas no solo: * Constante de dissociação (pKa):
representa o valor de pH em que metade das moléculas encontram-se dissociadas e metade das moléculas em solução encontram-se não dissociadas.
137
Conforme a capacidade de dissociação, os herbicidas podem ser diferenciados em: * Derivados de ácidos fracos:
são capazes de doar H+, originando **moléculas carregadas negativamente** quando dissociados, ou seja, quando o pH do meio é maior que o pKa, encontram-se predominantemente na **forma aniônica (carregados negativamente), sendo mais facilmente lixiviados.**
138
Conforme a capacidade de dissociação, os herbicidas podem ser diferenciados em: * Derivados de bases fracas:
são capazes de receber H+, **originando íons carregados positivamente** (cátions). Quando o pH do meio é menor que o pKa, encontram-se predominantemente na **forma catiônica**, sendo por isso mais facilmente **retidos pelos coloides do solo** (que tem carga líquida negativa na superfície dos coloides).
139
Conforme a capacidade de dissociação, os herbicidas podem ser diferenciados em: * Não-iônicos:
não doam nem recebem prótons, permanecendo não ionizados no solo (neutralidade de cargas apenas, já que as moléculas podem ser polares ou apolares).
140
Além da possibilidade de perdas por transporte, a persistência do herbicida no solo também é afetada pelos processos de?
transformação que as moléculas sofrem. Herbicidas com grande persistência no solo podem provocar o fenômeno chamado de **"carryover",** que corresponde ao seu efeito fitotóxico sobre as culturas sensíveis implantadas em sucessão na área.
141
A persistência do herbicida no solo geralmente é indicada pelo seu tempo de meia-vida, que indica o período de tempo (geralmente em dias) necessário para que ocorra?
degradação de 50% das moléculas do herbicida.
142
A persistência depende basicamente de fatores relacionados?
ao **solo** (teores de argila e matéria orgânica, mineralogia, pH, população de microrganismos), do **ambiente** (umidade, temperatura, precipitação), das práticas culturais (sistema de plantio, doses aplicadas) e da própria **molécula aplicada** (recalcitrância à ação microbiana, estabilidade química).
143
144
Os herbicidas aplicados no solo podem sofrer os seguintes processos de degradação: * Degradação química:
degradação das moléculas por reações químicas não mediadas por organismos, como hidrólise e oxirredução.
145
Os herbicidas aplicados no solo podem sofrer os seguintes processos de degradação: * Degradação biológica, microbiana ou biodegradação:
corresponde à transformação das moléculas aplicadas em outros compostos químicos até a sua total mineralização, sendo efetuado pela atividade enzimática dos organismos do solo (fungos e bactérias).
146
Os herbicidas aplicados no solo podem sofrer os seguintes processos de degradação: * Fotodecomposição ou fotólise:
inativação das moléculas pela radiação solar, que provoca reações de hidrólise, oxidação, isomerização, polimerização e, principalmente, desalogenação (perda de radical halogenado, como Cl).
147
Mecanismo de ação
Mecanismo de ação diz respeito ao evento metabólico afetado pelo herbicida
148
Modo de ação
inclui o conjunto de todas as reações metabólicas afetadas desse ponto em diante, além dos sintomas visuais exibidos pelas plantas.
149
A classificação mais aceita quanto aos mecanismos de ação é dada pelo comitê HRAC (Herbicide Resistance Action Comittee), que estabelece?
que estabelece diferentes mecanismos de ação identificados por letras de A a Z (onde são agrupados os herbicidas com mecanismo de ação ainda desconhecido). Os principais mecanismos de ação serão discutidos a seguir, ressaltando-se também os grupos químicos aos quais os herbicidas pertencem de acordo com a classificação usada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários - AGROFIT (agrofit.agricultura.gov.br).
150
Herbicidas auxínicos
Também chamados de mimetizadores de auxinas, auxinas sintéticas, reguladores de crescimento e herbicidas hormonais.
151
Herbicidas auxínicos Apresentam efeito sistêmico?
sendo facilmente translocados pelo floema. Têm ação mesmo em concentrações muito baixas em plantas suscetíveis (podem ocasionar problemas de deriva em aplicações com alta pressão e tanques de pulverizadores mal lavados).
152
Herbicidas auxínicos O mecanismo de ação está?
associado à divisão e alongamento celular. Ocorre aumento da síntese de ácidos nucleicos e afrouxamento da parede celular (enzima celulase), associados a divisões celulares e alongamento celular desordenados. O primeiro sintoma que ocorre é a epinastia das folhas (curvatura do limbo foliar para baixo). Outros sintomas incluem deformação do limbo foliar, engrossamento e morte de raízes, formação de tumores no caule (obstrução do floema) e morte da planta em até 3-5 semanas.
153
Herbicidas auxínicos Esses herbicidas têm ação?
Esses herbicidas têm ação seletiva para gramíneas (tolerantes), sendo aplicados principalmente para controle de plantas daninhas de folhas largas (exceto os ácidos fenoxipropiônicos, conforme será visto adiante).
154
Herbicidas auxínicos registrados para uso no Brasil pertencem aos seguintes grupos químicos: * Ácido oxialcanoico:
**o 2,4-D** foi o primeiro herbicida sintético desenvolvido, com ação sistêmica e **seletiva para folhas largas.** Existem formulações como sais e como aminas, sendo as primeiras rapidamente absorvidas pelas raízes e as segundas rapidamente absorvidas pelas folhas. Existem diversas formulações e misturas com 2,4-D disponíveis em inúmeros produtos comerciais. Além do 2,4-D, também pertence a esse grupo o **MCPA.**
155
Herbicidas auxínicos registrados para uso no Brasil pertencem aos seguintes grupos químicos: * Ácido benzoico:
o **dicamba** é o principal produto deste grupo químico. Tem ação semelhante ao 2,4-D, sendo recomendado principalmente para uso em lavouras de gramíneas, como **cana e trigo**, e quando ocorrem **plantas daninhas resistentes ao 2,4-D**.
156
Herbicidas auxínicos registrados para uso no Brasil pertencem aos seguintes grupos químicos: * Ácido piridinocarboxílico:
o principal princípio ativo deste grupo é o **picloram, incluindo também o tiazopir**. O picloram apresenta grande atividade contra **dicotiledôneas**. Muito utilizado em mistura com outros herbicidas auxínicos para controle de **plantas daninhas perenes em pastagens. Tem alta persistência na planta e no ambiente**, o que pode afetar culturas sensíveis plantadas em sucessão (como fumo, tomate, pimentão, algodão e uva).
157
Herbicidas auxínicos registrados para uso no Brasil pertencem aos seguintes grupos químicos: * Ácido piridiniloxialcanoico:
o triclopir tem efeito similar ao picloram, mas com degradação mais rápida no solo. Muito usado para controle de dicotiledôneas em arroz e pastagens, mas também no controle de plantas daninhas em gramados, campos esportivos, jardins e açudes. Outros princípios ativos do grupo incluem o aminopiralide e o fluroxipir.
158
Herbicidas auxínicos registrados para uso no Brasil pertencem aos seguintes grupos químicos: * Ácido quinolinocarboxílico:
único ingrediente ativo registrado é o quincloraque para a cultura do arroz irrigado.
159
Inibidores do fotossistema II
Esses herbicidas são largamente empregados na agricultura em todo o mundo. Seu mecanismo de ação está relacionado ao bloqueio do transporte de elétrons do fotossitema II, que processa as reações luminosas (fotólise da água e síntese de ATP e NADPH), para o fotossistema I (fase bioquímica). Esse transporte é mediado por enzimas plastoquinonas, que são bloqueadas pela ação dos herbicidas. Com isso, além da redução da atividade fotossintética, ocorre formação de clorofilas excitadas que provocam danos às membranas dos cloroplastos (tilacoides) pela peroxidação de lipídeos.
160
Inibidores do fotossistema II Esses herbicidas são translocados exclusivamente?
via xilema (em pós-emergência, deve-se obter boa cobertura foliar) e não provocam sintomas no sistema radicular. Todos podem ser absorvidos pelo sistema radicular, mas diversos princípios ativos também podem ser absorvidos pelas folhas. Assim, têm boa eficiência quando aplicados em pré-emergência. **Para aplicação em pós-emergência, deve-se adicionar espalhante adesivo à calda, pois comumente apresentam menor penetração cuticular.**
161
Inibidores do fotossistema II O movimento desses herbicidas no solo e a sua persistência no ambiente?
é bastante variável em função da molécula do ingrediente ativo. Apresentam diversos mecanismo de seletividade, como a seletividade toponômica ou de posição (aplicados em pré-emergência não translocam no solo e, assim, não atingem as raízes das plântulas da cultura) e por metabolismo diferencial (degradação da atrazina no milho e sorgo, degradação do propanil no arroz).
162
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Anilida:
o **propanil** é seletivo para arroz, sendo aplicado em pós-emergência da cultura e das plantas daninhas sem adjuvante (nesse caso pode provocar fitotoxidez na cultura). As plantas de arroz apresentam teores elevados da enzima arilacilamidase, que degradam o herbicida antes que este atinja os cloroplastos.
163
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Triazinas:
o herbicida atrazina é largamente aplicado em cana, milho e sorgo. Tem ação seletiva e sistêmica (tranlocada via xilema), sendo aplicado tanto em pré quanto em pós-emergência. Em préemergência, a dose é afetada pela textura do solo (solo argiloso, maior dose). A seletividade para milho e sorgo se deve à capacidade dessas plantas de metabolizar a atrazina. Outros herbicidas desse grupo incluem a ametrina (cana, café), a prometrina (pré-emergência em algodão), simazina (formulações em mistura com atrazina principalmente para milho).
164
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Ureias:
em geral apresentam baixa mobilidade no perfil do solo, sendo aplicados principalmente em pré-emergência, já que são eficientemente absorvidos pelas raízes. São empregados no Brasil os ingredientes ativos diuron (muito adsorvido aos coloides do solo, apresentando seletividade toponômica para o algodão e outras culturas em pré-emergência), linuron e tebutiuron (amplo espectro de ação, muito usado em cana e para controle de arbustos perenes em pastagens).
165
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Triazinonas:
inclui herbicidas como **metribuzim** (seletivo contra folhas largas, aplicado principalmente em pré-emergência das plantas daninhas em cana, café, batata, tomate e soja) e hexazinona (seletivo para cana).
166
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Triazolinonas:
o herbicida **amicarbazone** é empregado em cana e milho principalmente em préemergência das plantas daninhas.
167
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Benzotiadiazinonas:
o herbicida **bentazona** tem ação seletiva e de contato, sendo aplicado em pósemergência em soja, feijão, milho, trigo e arroz de sequeiro e irrigado.
168
Os principais herbicidas inibidores do fotossistema II empregados no Brasil distribuem-se nos seguintes grupos químicos: * Benzonitrilas:
**ioxinil** é herbicida seletivo para alho e cebola aplicado em pós-emergência.
169
Inibidores do fotossistema I
Também chamados de formadores de radicais livres. São cátions **altamente solúveis em água derivados da amônia quaternária. Por isso, são facilmente adsorvidos ao solo. Sua absorção pelas folhas é muito rápida**, em até 30 min, provocando rápida morte dos tecidos foliares (necrose) em poucas horas, o que não permite que haja tempo para ser translocado (ação de contato).
170
Inibidores do fotossistema I O mecanismo de ação desses herbicidas se baseia na?
absorção de elétrons do fotossitema I com produção de radicais livres que levam à ruptura das membranas celulares.
171
Inibidores do fotossistema I * Bipiridílios:
o **paraquate e o diquate** são largamente empregados como dessecantes em précolheita e em pós-emergência das plantas daninhas e pré-emergência da cultura. Sua ação é não-seletiva e de contato, sendo aplicado em pós-emergência. Apresentam elevada toxicidade.
172
Inibidores da formação dos microtúbulos
Também chamados de inibidores da polimerização da tubulina. Atuam sobre a **divisão celular**, impedindo a formação do fuso mitótico responsável pela separação dos cromossomos durante a mitose. Agem principalmente no **sistema radicular**, inibindo o crescimento da radícula e a formação das raízes laterais. Não são eficientes contra plantas daninhas já desenvolvidas. São bastante **eficientes contra gramíneas.**
173
Inibidores da formação dos microtúbulos * Dinitroanilinas:
a **trifluralina e a pendimetalina** são aplicados em **pré-emergência** das plantas daninhas e antes do transplantio ou semeadura da cultura. São fortemente adsorvidos aos coloides do solo e lentamente degradados, apresentando boa ação contra gramíneas. A trifluralina apresenta alta pressão de vapor, devendo ser incorporada ao solo (**pré-plantio incorporado**) A seletividade para determinadas culturas é toponômica (de posição), enquanto a cenoura é altamente tolerante por ser capaz de metabolizar as dinitroanilinas.
174
Inibidores da síntese de ácidos graxos de cadeia muito longa O mecanismo de ação não é totalmente compreendido, mas provocam?
mas provocam inibição da síntese de ácidos graxos de cadeias muito longas, inibindo o crescimento celular, principalmente de raízes. Surgiram na década de 1950 e foram extensivamente usados em soja e milho. Controlam plântulas durante a germinação e após a emergência, principalmente de gramíneas. São absorvidos pelas raízes (aplicados em pré-emergência).
175
Inibidores da síntese de ácidos graxos de cadeia muito longa * Cloroacetanilidas:
são empregados em pré-emergência das plantas daninhas para controle principalmente de gramíneas, incluindo os ingredientes ativos alacloro (algodão, amendoim, café, cana, milho, soja), metolacloro (algodão, cana, milho, feijão, soja) e acetocloro (cana e milho).
176
Inibidores da PPO
Também chamados de inibidores da PROTOX, inibidores da síntese do tetrapirrole ou inibidores da síntese da protoporfirina. **Inibem a ação da enzima protoporfirinogêniop oxidase (PPO ou PROTOX). Provocam acúmulo de protoporfirina no citoplasma que leva à formação de espécies reativas de oxigênio, causando degradação de membranas celulares e morte dos tecidos**. Têm rápida ação, produzindo necrose dos tecidos em 4-6 horas e morte das partes tratadas em 1-3 dias. Não são translocados nas plantas, mas podem ser absorvidos por raízes, caules e folhas.
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Inibidores da PPO * Éteres difenílicos:
geralmente são fortemente retidos aos coloides do solo, sendo por isso pouco móveis no perfil. Alguns apresentam grande persistência no solo, como o fomesafem, podendo afetar as culturas em sucessão. **São aplicados geralmente em pré-emergência ou pós-emergência precoce (plantas daninhas com 2-4 folhas).** Os ingredientes ativos usados no Brasil incluem o fomesafem (feijão e soja), acifluorfem (feijão e soja), o lactofem (soja) e o oxifluorfem (algodão, arroz irrigado, café, cana, cebola, citros, eucalipto e pinus).
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Inibidores da PPO * Ciclohexenodicarboximida:
herbicidas seletivos de ação não sistêmica para aplicação em pré e pós-emergência. A **flumioxazina** é registrado para diversas culturas (algodão, batata, café, cana, cebola, citros, eucalipto, feijão, milho, soja e pinus), enquanto o **flumicloraque** é registrado para soja.
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Inibidores da PPO * Oxadiazolona:
a **oxadiazona** é aplicada principalmente na pré-emergência das plantas daninhas, sendo registrada para alho, arroz irrigado (controle de arroz vermelho), cana e cebola.
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Inibidores da PPO * Triazolinona e triazolonas:
a **samicarbazona** é aplicada em pré-emergência (principalmente cana e também milho) enquanto a carfentrazona e a sulfentrazona (triazolonas) são registradas para diversas culturas em pré e pós-emergência.
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Inibidores da PPO * Pirimidinadiona:
**saflufenacil** é aplicado em pós-emergência como herbicida seletivo (cana) e também como dessecante em pré-colheita (soja, milho, feijão, batata).
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Inibidores da acetolactato sintase
Os herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (inibidores da ALS) estão dentre os mais empregados atualmente. A inibição da ALS interrompe a síntese de aminoácidos ramificados e leva à interrupção da síntese proteica. Esses herbicidas apresentam o maior número de ocorrências de plantas daninhas resistentes.
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Inibidores da acetolactato sintase Diferentes grupos químicos de herbicidas atuam como inibidores da ALS: * Sulfonilureias:
* Sulfonilureias: apresentam atividade mesmo em concentrações muito baixas, seletividade para diversas culturas (algodão, arroz, batata, milho feijão soja, trigo, cana, pinus, variando em função do produto) e baixa toxicidade para mamíferos. Controlam espécies de folha larga e gramíneas dependendo do produto, podendo ser aplicados via foliar ou no solo. Diversos ingredientes ativos estão registrados para uso no Brasil, como azimsulfurom (herbicida sistêmico de pós-emergência seletivo para arroz irrigado), ciclossulfumurom (herbicida sistêmico de pós-emergência seletivo para arroz irrigado), clorimurom (herbicida sistêmico de pós-emergência latifolicida seletivo para soja), etoxissulfurom (controle de tiririca e outras plantas daninhas em cana e arroz irrigado), flazassulfurom (aplicação em pré-emergência na cana e em pós-emergência em cana, café e tomate para controle de plantas daninhas de folhas estritas e folhas largas), foramsulfurom (herbicida de pós-emergência seletivo para milho), halossulfurom (controle de tiririca em cana e na produção de grama), iodossulfurom (arroz, cana, trigo, eucalipto e pinus), metsulfurom (controle de folhas largas seletivo para trigo, cana, arroz, aveia, cevada e pastagens), nicossulfurom (seletivo para milho, controlando plantas daninhas de folhas estritas e folhas largas), orthosulfamurom (pósemergência em arroz e maturador para cana), pirazossulfurom (pós-emergência em arroz irrigado), sulfometurom (herbicida de pré-emergência em mistura com outros ingredientes ativos e maturador para cana) e trifloxissulfurom (seletivo para algodão e cana).
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Inibidores da acetolactato sintase Diferentes grupos químicos de herbicidas atuam como inibidores da ALS: * Imidazolinonas:
são herbicidas sistêmicos translocados pelo floema para aplicação em pré e pósemergência. Causam rápida paralisação do crescimento, com necrose dos meristemas apicais 2-4 dias após a aplicação. Usadas para controle de plantas daninhas de folha larga e gramíneas, apresentando baixa toxicidade para mamíferos. Existem cultivares de soja transgênica resistente a imidazolinonas. O imazaquim é usado em pré-emergência para controle de plantas daninhas de folha larga em lavouras de soja, apresentando grande persistência no solo que pode afetar lavouras de safrinha (milho é bastante sensível) ou de inverno. Já o imazetapir também é recomendado principalmente para uso em pré e pós-emergência para controle de gramíneas e daninhas de folha larga em soja e arroz irrigado. O imazapir tem longa persistência no solo, sendo empregado para arroz de sequeiro e irrigado (controle de arroz vermelho), milho, soja, cana, pinus e seringueira. O imazapique é empregado em arroz de sequeiro e irrigado (controle de arroz vermelho), soja, milho, amendoim e cana. O imazamoxi é empregado para aplicação de pós-emergência em amendoim, feijão, soja, arroz, milho, canola e girassol.
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Inibidores da acetolactato sintase Diferentes grupos químicos de herbicidas atuam como inibidores da ALS: * Triazolopirimidinas:
cloransulam é herbicida de pós-emergência seletivo para soja, diclosulam é herbicida de pós-emergência seletivo para soja e cana, flumetsulam é seletivo para soja e aplicação em préemergência, penoxsulam é herbicida seletivo para pós-emergência em arroz.
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Inibidores da EPSP
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