Principais pragas das culturas agrícolas Flashcards

(96 cards)

1
Q

Algodão
* Bicudo-do-algodoeiro

A

(Anthonomus grandis): principal praga do algodoeiro.

Os primeiros besouros
migram para a lavoura durante o florescimento. A oviposição ocorre principalmente nos botões florais (que ficam deformados, “flor-balão”), mas também nas flores e maçãs.

Adultos e larvas se alimentam
internamente das maçãs
, provocando grandes prejuízos.

Controle cultural (e legislativo, em alguns estados) pela remoção da soqueira, enleiramento e queima dos restos culturais (controle do bicudo, broca-da-raiz, lagarta-rosada e percevejo-castanho).

Controle químico realizado em cultura armadilha plantado ao redor
da área. Esse plantio é realizado de um a três meses antes da implantação da lavoura (até cinco linhas de
planta suscetível ou a própria cultivar comercial), sendo realizado controle químico com fipronil, piretroides
ou organofosforados. Controle comportamental por coleta massal com armadilhas contendo feromônio.

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2
Q

Algodão

A
  • Lagartas: provocam grandes prejuízos na cotonicultura, atacando tanto botões florais quanto
    maçãs, como a lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella), a lagarta-da-maçã (Heliothis virescens) e a lagartado-cartucho (Spodoptera fruiperda); quanto as folhas, como o curuquerê (Alabama argillacea).
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3
Q

Algodão
A lagarta rosada:

A

A lagarta rosada realiza a oviposição nos botões florais e nas maças jovens. As larvas penetram nos tecidos e atingem as sementes, afetando a produção e qualidade das fibras e também a qualidade do óleo da semente.

Sintomas característicos de flores “roseta” (não se abrem) e maçãs “carimã” (defeituosas, não se abrem).
Controle cultural pelo plantio fora da época de pico populacional da praga (maio em SP).

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4
Q

Algodão
lagarta-da-maçã

A

As mariposas da lagarta-da-maçã realizam a postura nas regiões apicais, sendo que as lagartas se alimentam inicialmente de
brotações e botões florais e depois passam a atacar as maçãs.

*A lagarta-do-cartucho provoca danos
semelhantes.

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5
Q

Algodão
Curuquerê (Alabama argillacea).

A

o curuquerê é uma lagarta com potencial de consumo de grandes áreas foliares, chegando a causar prejuízos significativos pela desfolha que provoca. Controle químico seletivo com benzoilureias e não-seletivo com piretroides ou organofosforados.

Controle biológico com Bacillus thuringiensis e tricograma. Controle comportamental de lagarta-rosada por confundimento com feromônio sexual.

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6
Q

Algodão
* Ácaros:

A
  • Ácaros: principalmente o ácaro-rajado (Tetranychus urticae) e o ácaro-branco
    (Polyphagotarsonemus latus), e também o ácaro-vermelho (Tetranychus ludeni) ocasionalmente
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7
Q

Algodão
ácaro-rajado (Tetranychus urticae)

A

viva na face inferior das folhas do terço médio da planta (tecem teias para proteção dos ovos), provocando sintomas na face superior das folhas. Formam-se manchas marrom-avermelhadas esparsas que
coalescem. Sua incidência é favorecida por altas temperaturas, baixa umidade e pela adubação nitrogenada.
Provoca prejuízos na quantidade e qualidade das fibras.

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8
Q

Algodão
o ácaro-vermelho (Tetranychus ludeni)

A

O ácaro-vermelho tem menor importância e tem
efeitos semelhantes ao ácaro-rajado.

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9
Q

Algodão
ácaro-branco
(Polyphagotarsonemus latus)

A

O ácaro-branco (também chamado de ácaro-da-rasgadura) também
vive na face inferior das folhas (não tece teia), mas no terço superior da planta. Atacam folhas novas,
provocando escurecimento e enrolamento das bordas para baixo, evoluindo para rasgaduras no limbo.
Favorecido por elevadas temperaturas e chuva. O ataque nas brotações reduz o número de maçãs e a
qualidade das fibras. Controle químico com avermectinas, enxofre, benzoilureias e organofosforados.

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10
Q

Algodão
* Pulgões:

A
  • Pulgões: uma das principais pragas do algodoeiro (Aphis gossypii principalmente e também Myzus
    persicae), principalmente em plantas jovens.

Alimentam-se sugando seiva da planta, vivendo sob as folhas
e em brotações. Provocam encarquilhamento das folhas e deformação dos brotos, levando ao
depauperamento da planta.

São transmissores de viroses (vermelhão e azulão do algodoeiro) e a excreção açucarada que secretam leva ao desenvolvimento de fumagina nas folhas, com redução da área
fotossintética. Controle químico com inseticidas sistêmicos neonicotinoides e organofosforados e
tratamento de sementes.

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11
Q

Algodão
* Broca-da-raiz (Eutinobothrus brasiliensis):

A
  • Broca-da-raiz (Eutinobothrus brasiliensis): pequeno besouro que realiza a postura endofítica na
    região do coleto da planta. Após a eclosão, as larvas alimentam-se dos tecidos do colmo, criando galerias
    em direção à raízes. O coleto torna-se engrossado e a planta exibe sintomas de amarelecimento e murcha
    por devido à destruição dos vasos condutores. Controle químico por tratamento de sementes (fipronil,
    neonicotinoides).
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12
Q

Algodão
* Tripes (Frankliniella schultzei):

A
  • Tripes (Frankliniella schultzei): praga inicial. São raspadores-sugadores, alimentando-se do conteúdo celular extravasado das células.

As bordas das folhas atacadas voltam-se para cima, ocorrem estrias prateadas ou esbranquiçadas. Favorecidos por condições de temperatura mais baixa e menor umidade.

Controle químico principalmente com produtos sistêmicos (organofosforados e neonicotinoides) e tratamento de sementes (fipronil).

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13
Q

Arroz
* Percevejo-do-colmo (Tibraca limbativentris):

A

também chamado de percevejo-marrom, suga a seiva
dos colmos das plantas de arroz. Injeta toxinas que originam os sintomas de “coração morto”, com morte
de hastes nas plantas jovens, e “panícula branca”, com chochamento dos grãos em plantas em estágio
reprodutivo. Controle químico por piretroides ou pela associação de neonicotinoides + piretroides

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14
Q

Arroz
* Percevejo-da panícula ou chupão-do-arroz (Oebalus poecilus):

A

percevejo marrom-avermelhado
com expansões laterais no tórax. Provoca germinação dos grãos na planta (viviparidade) pela entrada de
água nos orifícios de alimentação.

Os grãos leitosos se tornam chochos ou atrofiados e quebradiços durante
o beneficiamento.

Controle químico pela associação de neonicotinoides + piretroides (ou sulfoxaminas +
piretroides)

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15
Q

Arroz
* Gorgulho-aquático ou bicheira-do-arroz (Oryzophagus oryzae):

A

besouros com ciclo de vida anfíbio,
ocorrendo nas lavouras de arroz inundado.

A postura ocorre nas hastes, onde as larvas eclodem e se
alimentam, migrando posteriormente para as raízes, onde completam a metamorfose.

Os prejuízos podem
ser bastante significativos, sendo os danos mais severos em canteiros de mudas.

Controle químico por
tratamento de sementes (fipronil, neonicotinoide) ou pulverização (benzoilureias, clorantraniliprole,
neonicotinoides).

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16
Q

Arroz
Outras pragas generalistas

A

Outras pragas generalistas (que acometem outras culturas) incluem cupins (discutidos mais adiante);
lagartas, como a lagarta-elasmo, o curuquerê-dos-capinzais, a lagarta-do-cartucho (tratadas nas pragas do
milho) e a broca-da-cana (no arroz também causa “coração morto” e “panícula branca”); e cigarrinhas
(pragas de pastagens).

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17
Q

Cafeeiro
* Broca-do-café (Hypothenemus hampei)

A

besouro de cerca de 3 mm que se alimenta dos grãos de
café. Os adultos permanecem nos frutos caídos durante a entressafra, migrando para os frutos em novembro
a janeiro (período de trânsito da broca).

Provocam danos graves à produção pela depreciação da qualidade do café. O controle biológico é realizado pelo parasitoide vespa-de-Uganda e com a aplicação do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana. Controle cultural pela colheita com repasse e colheita de varrição, reduzindo a pressão de inóculo pela remoção dos frutos da área, evitando que a infestação passe de uma safra para a outra.

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18
Q

Cafeeiro
* Bicho-mineiro (Leucoptera coffeella):

A

as mariposas ovipositam nas folhas. Quando os ovos eclodem,
as lagartas penetram a epiderme e constroem galerias no interior das folhas (minas), provocando intensa
desfolha
.

A incidência é mais severa no período chuvoso.

O controle biológico é realizado por vespas parasitoides.

O controle químico preventivo é comumente feito juntamente com o tratamento para
ferrugem, pela associação de fungicidas e neonicotinoides.

O controle químico deve ser feito com produtos sistêmicos (neonicotinoides) ou com efeito em profundidade (cartap, avermectinas).

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19
Q

Cafeeiro
* Ácaros:

A

principalmente o ácaro-vermelho (Oligonychus ilicis). Furam as células e se alimentam do conteúdo celular que extravasa. Provocam bronzeamento nas folhas que têm também aderidas à superfície teias e sujeira características da presença de ácaros.

Controle biológico com ácaros predadores. Fungicidas
cúpricos e inseticidas piretroides estimulam a reprodução dos ácaros. Controle químico com rotação de
produtos acaricidas
(enxofre, avermectinas, cetoenois, como espirodiclofeno).

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20
Q

Cafeeiro
* Cigarras: várias espécies

A
  • Cigarras: várias espécies (Quesada gigas, Fidicina sp.). Após a eclosão dos ovos (postura endofítica
    nos ramos), as ninfas de primeiro ínstar migram para o sistema radicular onde se alim entam sugando seiva.

Controle químico com neonicotinoides. Controle comportamental com armadilhas sonoras.

Controle biológico com nematoides entomopatogênicos.

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21
Q

Cana
* Broca-da-cana-de-açúcar
(Diatrea saccharalis):

A

principal praga da cultura. O adulto é uma mariposa (2,5 cm) que realiza a postura dos ovos nas folhas. As lagartas alimentam-se inicialmente das folhas, depois migram para as bainhas e penetram nos colmos, onde abrem galerias de baixo para cima. Em plantas novas, provocam secamento de colmos e “coração morto”.

Os prejuízos indiretos são muito grandes, pois os orifícios abertos servem de entrada para fungos causadores da podridão vermelha (Colletotricum falcatum e Fusarium moniliforme), que reduz grandemente o rendimento de álcool e açúcar.

Práticas de controle
cultural incluem a colheita sem desponte e o uso de variedades resistentes ou tolerantes.

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22
Q

Cana
O controle biológico da broca-da-cana?

A

constitui um dos programas de maior sucesso no Brasil, sendo empregados
vespas parasitoides de ovos (Trichogramma galloi) e de lagartas (Cotesia flavipes).

Controle químico preferencialmente com produtos seletivos, como benzoilureias.

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23
Q

Cana
* Broca-gigante (Castnia licus):

A

importante praga nas lavouras de cana do Nordeste, causando
prejuízos semelhantes à broca-da-cana, mas sem um método de controle eficiente.

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24
Q

Cana
* Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus):

A

a postura ocorre nas folhas, onde as lagartas inicialmente se alimentam, depois migrando para a região do coleto, onde penetram no colmo e escavam galerias em direção ao solo. Provocam amarelecimento e murcha dos colmos com “coração negro”.

O controle é pouco eficiente pela localização subterrânea das lagartas, porém são desfavorecidas por ambiente úmido.

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25
Cana * Cigarrinhas (*Mahanarva fimbriolata e M. posticata*):
tanto as ninfas quanto os adultos sugam seiva, porém os adultos também **injetam toxinas** que provocam sintoma de "queima". **Produzem "ninho" de espuma esbranquiçada** para proteção. As ninfas de M. fimbriolata vivem nas raízes, enquanto de M. posticata vivem nas bainhas das folhas. Causam grandes **prejuízos no rendimento de açúcar**. Controle biológico com o fungo *Metarhizium anisopliae* (favorecido por condições de maior umidade). Controle químico com neonicotinoides.
26
Cana * Besouros:
**diversas espécies que atacam principalmente os toletes recém-plantados** e as raízes (especialmente as larvas). Algumas espécies subterrâneas (como Migdolus fryanus) são de difícil controle. Controle químico pelo **tratamento dos toletes com fipronil** no sulco de plantio e controle comportamental com **iscas-tóxicas** (toletes banhados com calda de melaço + inseticida) e por **feromônio** (monitoramento e coleta massal) para M. fryanus.
27
Cana * Lagartas:
* Lagartas: **diversas espécies, como o curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes), a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e a lagarta-do-trigo (Pseudoletia sequax.** Prejuízos decorrentes da desfolha intensa que podem provocar em condições de alta infestação, principalmente nos primeiros meses de estabelecimento das lavouras.
28
Cana * Pulgões (*Rhopalosiphum maidis e Melanaphis sacchari*):
apesar da relativa resistência da cana a esses insetos sugadores, eles são **vetores do vírus do mosaico da cana. Controle cultural pela eliminação de touceiras acometidas.**
29
Feijão * Pragas de solo:
**lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) e pulgãoda-raiz.** O controle se dá principalmente pelo **tratamento de sementes**. A lagarta-elasmo abre galerias na região do coleto da planta, provocando **murchamento e morte** (favorecidas em condições de menor umidade). A lagarta-rosca passa o dia enrolada enterrada no solo e à noite **corta as plantas rente ao solo**. O pulgão-da-raiz provoca **murchamento das plantas mais novas.**
30
Feijão * Mosca-branca (*Bemisia tabaci*):
são insetos sugadores pequenos (1 mm). **Sugam a seiva das folhas e injetam toxinas, porém os maiores prejuízos são decorrentes da transmissão do vírus do mosaico dourado e do vírus do mosaico anão**. Controle cultural pela eliminação de restos culturais e plantas hospedeiras, uso de variedades resistentes e evitar plantio escalonado. Controle química via tratamento de sementes e **neonicotinoides**. Controle biológico com *Beauveria bassiana* (em associação com neonicotinoide).
31
Feijão * Cigarrinha-verde (**Empoasca kraemeri**):
injetam toxinas ao se alimentarem sugando a seiva, provocando o sintoma de "enfezamento" (folíolos enrolados para baixo). Controle químico com neonicotinoides.
32
Feijão * Vaquinhas:
diversas espécies de besouros que se alimentam das folhas e provocam prejuízos quando a infestação é muito intensa.
33
Feijão * Lagartas:
* Lagartas: diversas espécies que provocam desfolha, como lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens), lagarta-cabeça-de-fósfor0 (Urbanus proteus) e lagarta-enroladeira (Omiodes indicatus). Ocorrem também espécies de lagarta-das-vagens (Etiella zinckenella e Michaelus jebus) que atacam as vagens e consomem os grãos. Controle químico seletivo com **benzoilureias** (inibidores da síntese de quitina), clorantraniliprole (contração muscular e paralisia) e controle biológico com *Bacillus thuringiensis*.
34
Milho * Pragas de solo:
cupins, diversas larvas de besouros (angorá, coró, larva-alfinete) e o percevejocastanho. O principal controle se dá pelo tratamento de sementes (fipronil).
35
Milho cupins
Os cupins (Procornitermes striatus) vivem em ninhos subterrâneos nas proximidades das lavouras e atacam as sementes antes da germinação.
36
Milho angorá (*Astylus variegatus*)
Os insetos adultos do angorá (Astylus variegatus) alimentam-se de pólen, enquanto as larvas (chamadas de peludinhas) atacam sementes antes e depois da germinação, ocasionando falhas no plantio.
37
Milho As larvas dos corós
As larvas dos corós (Diloboderus abderus, coró-das-pastagens, e Phyllophaga triticophaga, coró-do-trigo) alimentam-se das raízes das plantas, podendo provocar seu tombamento e morte. Além do controle químico via tratamento de sementes, são controlados por inseticidas de solo, por métodos culturais (aração, rotação de culturas) e controle biológico com **Metarhizium anisopliae.**
38
Milho A larva-alfinete (*Diabrotica speciosa*)
A A larva-alfinete (Diabrotica speciosa) ataca as regiões de crescimento das raízes de plantas recém-germinadas e as raízes adventícias, provocando encurvamento das plantas ("pescoço de ganso" ou "milho ajoelhado"). ataca as regiões de crescimento das raízes de plantas recém-germinadas e as raízes adventícias, provocando encurvamento das plantas ("pescoço de ganso" ou "milho ajoelhado").
39
Milho percevejo castanho (*Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae*)
Os adultos e ninfas do sugam seiva das raízes, provocando amarelecimento e murchamento das plantas.
40
Milho * Lagarta-elasmo (*Elasmopalpus lignosellus*):
as lagartas destroem a gema apical e provocam o sintoma de "coração negro". Controle por tratamento de sementes. Condições de maior umidade são menos favoráveis à praga (plantio direto, irrigação).
41
Milho * Lagarta-rosca (*Agrotis ipsilon*):
além do corte de plantas novas, a lagarta-rosca, quando infesta plantas mais velhas, abre galerias na base do colmo, provocando "coração morto" e induzindo perfilhamento, com prejuízos significativos na produção. Controle por tratamento de sementes.
42
Milho * Percevejo-barriga-verde (*Dichelops sp.*):
sugam a seiva na base do colmo, provocando murchamento e também podendo induzir ao perfilhamento (planta torna-se improdutiva). Controle por tratamento de sementes.
43
Milho * Lagarta-do-cartucho (*Spodoptera frugiperda*):
as lagartas de primeiro ínstar alimentam-se das folhas mais novas raspando-as. Depois, **migram para o cartucho do milho** (região apical), chegando a destruílo completamente. Uma das principais pragas do milho, levando a grandes perdas de produção pela intensa desfolha. Controle biológico com Baculovirus spodoptera, **Bacillus thuringiensis e parasitoides Trichogramma sp.** Controle químico seletivo com benzoilureias (lagartas jovens) ou não seletivo com organofosforados e piretroides.
44
Milho * Cigarrinha-do-milho (*Dalbulus maidis*):
ninfas e adultos vivem no cartucho, sugando seiva. Além de transmissores de patógenos, causam enfezamento do milho (encurtamento dos internódios). Ocorre principalmente em plantios tardios ou de safrinha.
45
Milho * Pulgão (*Rhopalosiphum maidis*):
provoca danos pouco significativos ao milho, mas aproveita-se deste hospedeiro para afetar outras culturas (cana-de-açúcar), sendo transmissor de viroses.
46
Milho * Lagarta-da-espiga (*Helicoverpa zea*):
as mariposas realizam a postura dos ovos preferencialmente nos pistilos ("cabelo do milho"), que servem de alimento inicial para as lagartas. Posteriormente essas migram para a espiga e se alimentam dos grãos. Ao final do período larval, deixam a espiga e migram para o solo, onde completam a metamorfose. Os danos são significativos, pela redução na fertilização (destruição de estigmas e estiletes), destruição de grãos e favorecimento de podridões nas espigas. O controle por pulverizações é pouco eficiente, pois deve ser dirigido às espigas, o que exige operações manuais. Controle **biológico com Trichogramma pretiosum**.
47
Milho * Percevejo-do-milho (*Leptoglossus zonatus*):
percevejos de coloração marrom com expansões laterais nas pernas posteriores. Adultos e ninfas sugam os grãos da espiga. Controle químico com organofosforados.
48
Soja * Lagartas:
a principal é a **lagarta-da-soja (*Anticarsia gemmatalis*)**, mas ocorrem outras espécies também, como a lagarta-falsa-medideira (*Pseudoplusia includens*), a lagarta-cabeça-de-fósfor0 (*Urbanus proteus*) e a lagarta-enroladeira (*Omiodes indicatus*). A lagarta-da-soja pode ser controlada por **Baculovirus anticarsia**, enquanto as demais lagartas podem ser controladas seletivamente com **benzoilureias** (inibidores da síntese de quitina), clorantraniliprole (contração muscular e paralisia) e **Bacillus thuringiensis.**
49
Soja * Percevejos:
* Percevejos: **percevejo-verde** (Nezara viridula, *Acrosternum sp.*), **percevejo-marrom** (*Euschistos heros*), percevejo-barriga-verde (Dichelops sp.), percevejo-asa-negra (Edessa meditabunda), percevejoverde- pequeno (Piezodorus guildinii). São insetos **sugadores de seiva**, **injetando toxinas** ao se alimentarem que levam à retenção das folhas **("soja louca")**. Causam grandes prejuízos quando **atacam as vagens**. Controle com organofosforados ou associação de neonicotinoide + piretroide.
50
Pragas das plantas hortícolas Insetos sugadores transmissores de viroses * Pulgão:
insetos afídeos (Hemiptera: Aphididae) que atacam praticamente todas as plantas hortícolas e ornamentais. **Além do depauperamento das plantas devido à sucção de seiva, são importantes vetores de viroses.** As principais espécies são Mizus persicae (2 mm, coloração geral verde claro), praga generalista (solanáceas e outras), transmissor do vírus Y, vírus do mosaico e vírus do enrolamento das folhas; Macrosiphum euphorbiae (3 a 4 mm, esverdeado com cabeça e tórax amarelados), praga de solanáceas; Brevycorine brassicae (2 mm, coloração verde com camada cerosa branca), praga das crucíferas; Aphis gossypii (coloração amarelo-claro a verde-escuro), praga das cucurbitáceas e malváceas (algodão, quiabo); Dactynotus sonchi (2 a 3 mm, roxo escuro), praga das hortaliças asteráceas (alface, chicória, almeirão), transmissor do vírus do mosaico da alface; Cavariella aegopodii (2 a 3 mm, coloração geral verde escura), o pulgão-da-cenoura, transmissor do vírus do "amarelão" ou "vermelhão" da cenoura. O monitoramento populacional pode ser feito com **armadilhas de atrativas de coloração amarelo vivo**, tanto em bandejas com água quanto armadilhas adesivas. Controle químico com organofosforados ou neonicotinoides sistêmicos.
51
Pragas das plantas hortícolas Insetos sugadores transmissores de viroses * Tripes:
insetos pequenos com asas franjadas. A espécie Thrips tabaci é a praga mais importante praga da cebola, levando ao **secamento das folhas** (inicialmente com estrias prateadas e posteriormente com clorose), além de serem transmissores de viroses. Em solanáceas (especialmente no tomateiro) e em cucurbitáceas ocorrem espécies de Frankliniella sp., transmissor do vírus do vira-cabeça do tomateiro.
52
Pragas das plantas hortícolas Insetos sugadores transmissores de viroses * Mosca-branca (*Bemisia tabaci*):
os adultos medem cerca de 1 mm, com **pulverulência branca**. Alimentam-se na face inferior das folhas, onde pode ser encontrada também a fumagina decorrente da excreção do honeydew. Transmissoras de viroses da família dos **geminivírus (mosaicos)**. Controle químico com neonicotinoides (associação neonicotinoide + piretroide) ou com reguladores de crescimento, que agem sobre as ninfas (piriproxifem, um juvenoide).
53
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos
Os insetos adultos são mariposas, enquanto as lagartas são minadoras de folhas ou broqueadoras de frutos.
54
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos * Traça-da-batatinha (*Phthorimaea operculella*):
* Traça-da-batatinha (Phthorimaea operculella): as mariposas realizam a postura tanto nas folhas quanto nos tubérculos. As lagartas que **penetram nas folhas** constroem galerias (minadoras de folhas). Os **tubérculos atacados** podem ser totalmente destruídos. A praga pode ser **levada do campo para as unidades de armazenamento**, onde continua se desenvolvendo. Controle químico com piretroides, organofosforados ou carbamatos. Também ataca o tomateiro.
55
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos * Traça-das-crucíferas (*Plutella xylostella*):
as mariposas realizam a postura nas folhas. As lagartas **penetram no tecido foliar**, onde inicialmente se alimentam. Posteriormente voltam à superfície e passam a se alimentar da **epiderme das folhas**, tornando-as inutilizadas para o consumo.
56
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos * Traça-do-tomateiro (*Tuta absoluta*):
ataca todas as partes da planta e durante todo o seu ciclo. Penetram nos órgãos e **destroem brotações, além de afetarem também os frutos.** Controle cultural: evitar escalonamento de plantio. Controle biológico com o parasitoide **Trichogramma pretiosum e com Bacillus thuringiensis**. Controle com reguladores de crescimento ou outros inseticidas neurotóxicos.
57
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos * Broca-das-cucurbitáceas (*Diaohania nitidalis e D. hyalinata*):
as mariposas realizam a postura nas folhas, ramos, flores e frutos. As lagartas **alimentam-se de qualquer parte do vegetal**, mas preferem consumir os frutos. Controle cultural utilizando a **abobrinha italiana como planta isca**, onde se realiza o controle químico localizado. O controle de D. hyalinata é mais fácil, pois as lagartas têm o hábito de se alimentar das folhas, o que possibilita o uso de produtos seletivos como benzoilureias e Bacillus thuringiensis. A **polinização dessas plantas é dependente de insetos**, principalmente abelhas, devendo o controle químico ser executado à tarde.
58
Pragas das plantas hortícolas Minadores de folhas e broqueadores de frutos * Broca-da-couve (Hellula phidilealis):
as lagartas broqueiam as hastes, provocando secamento. Controle químico com inseticidas com ação em profundidade.
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* Mosca-das-frutas:
principal espécie é Ceratitis capitata (moca-do-mediterrâneo), mas também moscas do gênero Anastrepha (mosca-sulamericana). C. capitata tem coloração amarelada, com desenhos escuros no tórax e faixas transversais cinzas no abdome. Anastrepha sp. tem o corpo também amarelado, mas de coloração mais uniforme, e com ovipsitor bem mais longo. Após o acasalamento, as fêmeas passam por um período de maturação dos ovos em que buscam se alimentar de açúcares e proteínas. A oviposição é endofítica (no mesocarpo), sendo que as larvas migram para o endocarpo depois da eclosão, onde se alimentam. O ovipositor mais longo e quitinoso de Anastrepha sp. permite a postura em frutos mais verdes, enquanto C. capitata realiza a oviposição em frutos mais maduros. Quando terminam seu desenvolvimento, as larvas deixam os frutos e caem ao solo, onde finalizam a metamorfose. Após a emergência, as fêmeas passam por um período de maturação sexual (11 dias para C. capitata e 7 a 30 dias para Anastrepha sp.) em que se alimentam de proteínas e carboidratos para a produção de ovos férteis. O ciclo é de cerca de 20 a 30 dias em temperaturas médias de 25 a 30 °C.
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As moscas-das-frutas são pragas?
são pragas generalistas, atacando diversas plantas frutíferas e outros frutos também (como café). Por esse motivo apresentam sucessão hospedeira, ou seja, passam de um hospedeiro a outro garantindo a sua sobrevivência. Os prejuízos à fruticultura são grandes, pois o dano provocado pelas larvas no endocarpo torna os frutos imprestáveis ao consumo, além de provocar a queda dos frutos infestados. Controle cultural pela remoção dos frutos caídos do pomar, que devem ser enterrados e cobertos com tela de mosquiteiro (impede a saída das moscas, mas permite dos inimigos naturais). Controle químico pela aplicação de caldas de melaço com organofosforados nas bordas dos talhões (evitar a entrada da praga). Controle autocida pela técnica do macho estéril.
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Citros * Bicho-furão (Ecdytophola aurantiana):
a mariposa, de coloração marrom escuro, realiza a postura sobre os frutos. Após a eclosão, as lagartas permanecem sobre a superfície, raspando a casca e só depois penetrando no fruto. Ao redor do local de entrada se forma uma lesão marrom e dura, havendo também acúmulo característico de excrementos. Provoca danos diretos pela **queda dos frutos**. Infestação mais intensa nos meses de verão. **O controle deve ser efetuado antes da entrada das lagartas nos frutos**, com pulverizações ao entardecer (hábito crepuscular da mariposa). O monitoramento é feito com armadilhas contendo feromônio sexual.
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Citros * Lagarta-minadora ou minador-dos-citros:
microlepidóptero cujas larvas vivem no interior das folhas onde produzem galerias serpenteantes de coloração prateada. **As folhas atacadas tornam-se retorcidas e secas. As lesões favorecem a disseminação do cancro cítrico causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri.**
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Citros * Cigarrinhas:
diversas espécies que atacam folhas novas ou velhas. Sua principal importância está na **transmissão da bactéria Xylella fastidiosa**, causadora da clorose variegada dos citros (amarelinho).
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Citros * Psilídeo (Diaphorina citri):
pequeno inseto sugador (2 mm) que leva ao **enrolamento das folhas e engruvinhamento das brotações**. Os ramos afetados secam, comprometendo a produção. Favorecem o desenvolvimento de fumagina pela excreção açucarada. **Vetores da bacteriose greening.**
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Citros * Pulgão-preto-dos-citros (Toxoptera citricida):
insetos sugadores que provocam atrofia e encarquilhamento de folhas e brotações. **Vetores do vírus da tristeza dos citros.**
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Citros * Ácaros: o ácaro-da-leprose (Brevipalpus phoenicis)
tem coloração alaranjada, atacando folhas, ramos e frutos, levando à sua queda. Transmitem o **vírus da leprose dos citros.** O ácaro-da-falsa-ferrugem (Phyllocoptruta oleivora) tem aspecto vermiforme, sendo favorecidos por condições de maior umidade. As folhas atacadas exibem o sintoma de **"mancha de graxa"** e caem precocemente. Os frutos atacados ficam com coloração escura característica. Controle biológico por ácaros predadores. Controle cultural com instalação de quebra-ventos e catação de frutos caídos. Controle químico com acaricidas (enxofre, calda sulfocálcica, avermectinas e outros).
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Citros * Cochonilhas:
* Cochonilhas: diversas espécies de cochonilhas com e sem carapaça. O prejuízo é bastante significativo, pela grande quantidade de seiva que sugam, o que leva ao depauperamento e até mesmo morte da planta. Os frutos afetados ficam com aspecto que compromete o comércio. Favorecem o desenvolvimento de **fumagina**. O controle químico dos insetos sugadores (cochonilhas, psilídeo, pulgãopreto) é feito principalmente com organofosforados e óleo mineral (para controle de cochonilhas sem carapaça ou em mistura com inseticidas para cochonilhas com carapaça).
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Frutíferas tropicais * Cochonilha-do-abacaxi (Dysmicoccus brevipes):
esses insetos sugadores recobertos por pulverulência cerosa são a mais **importante praga do abacaxi**. Podem atacar frutos, base das folhas e raízes, o que dificulta seu controle. Ao sugarem a seixa, **inoculam toxinas** que provocam o sintoma de **“murcha do abacaxi”**. Controle químico com imersão das mudas antes do plantio em solução com inseticida e aplicação de neonicotinoides.
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Frutíferas tropicais * Moleque-da-bananeira (Cosmopolites sordidus):
pequeno besouro (11 mm) de coloração preta uniforme. A postura dos ovos é feita no pseudocaule. **As larvas abrem galerias no rizoma.** Os prejuízos são muito grandes. As galerias abertas no rizoma e psedocaule provocam o **depauperamento da planta** e levar à morte da planta. O ataque facilita o tombamento das bananeiras pelo vento e os orifícios abertos **favorecem a incidência do mal-do-panamá**. Controle cultural pelo **plantio de mudas e rizomas isentos da praga**. Controle químico com inseticidas **organofosforados granulados** aplicados na base das plantas ou na forma de **iscas** (porções cortadas de pseudocaule de plantas já colhidas. Controle comportamental com **feromônio sexual**, usado tanto para monitoramento quanto para coleta massal em armadilhas de solo.
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Frutíferas temperadas * Pulgão-lanígero (Eriosoma lanigerum):
inseto com cerca de 2 mm de comprimento, abdome de coloração carmin recoberto por substâncias cerosas esbranquiçadas. Ataca troncos, ramos, brotos, raízes e frutos, provocando intumescências características pela ação das picadas. Infestações intensas tornam as **plantas bastante depauperadas**, com produção de frutos pequenos e levando até à morte da planta. Controle cultural pelo uso de **variedades resistentes** como porta-enxerto e arranquio e queima de plantas muito atacadas. Controle biológico com **micro-himenóptero parasitoide** (*Aphelinus mali*). Controle químico por tratamento de inverno dos troncos com organofosforados e óleo emulsionável.
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Frutíferas temperadas * Piolho-de-são-josé (Quadraspidiotus perniciosus):
inseto sugador com cerca de 2 mm e coloração marrom-acinzentada. Uma das pragas mais importantes das frutíferas, em especial das de clima temperado. Levam ao **depauperamento da planta** pela sucção contínua de seiva e **injeção de toxinas,** comprometendo enormemente a produção. Praga com alto potencial biótico, chegando a recobrir totalmente o tronco e ramos. Controle químico com associação de organofosforados ou neonicotinoides com óleo emulsionável.
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Frutíferas temperadas * Mariposa-oriental (Grapholita molesta):
micro-lepidóptero de hábito crepuscular. A postura ocorre nas folhas e as lagartas se deslocam procurando locais para **penetração, que podem ser ramos ou frutos, onde escavam galerias.** O ataque em ramos novos leva à **morte de brotações**. **O ataque aos frutos é extremamente prejudicial, inviabilizando a sua comercialização.** Uma das mais importantes pragas de frutíferas rosáceas (macieira, pessegueiro). O monitoramento populacional é feito com armadilhas contendo **feromônio sexual, que também pode ser empregado para controle comportamental por confundimento**. Controle químico com piretroides ou organofosforados, pulverizados preferencialmente após as 17h para atingir os insetos adultos.
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Frutíferas temperadas * Ácaro-vermelho (Panonychus ulmi):
ácaros de coloração vermelha intensa, sendo uma praga-chave da macieira. Controle químico com acaricidas. Controle biológico com ácaros predadores.
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Pragas de pastagens e forrageiras * Cigarrinhas:
diversas espécies de **insetos sugadores** (Mahanarva fimbriolata, Deois sach, D. flavopicta, Zulia entreriana). A postura ocorre no solo ou sobre restos vegetais e, após a eclosão, as ninfas migram para a região do colo das plantas, onde se alimenta. Formam uma cobertura de **espuma branca** característica para proteção. Sua ocorrência é favorecida pela **maior umidade do solo**, sendo a infestação mais intensa no período chuvoso. Os danos são significativos devido à **injeção de toxinas** pelos adultos ao se alimentarem, provocando amarelecimento e **secamento das folhas** ("queima" das pastagens). Controle cultural pelo uso de variedades resistentes (Brachiaria brizantha cv. Marandu) Controle químico com neonicotinoide + piretroide. Controle biológico com Metarhizium anisoplae.
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Pragas de pastagens e forrageiras * Lagartas:
a mais importante é o **curuquerê-dos-capinzais** (Mocis latipes). Praga de ocorrência cíclica, provocando desfolha muito intensa quando ocorrem **surtos**. Controle biológico bastante efetivo com Bacillus thuringiensis quando as lagartas ainda estão nos primeiros ínstares.
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Pragas de pastagens e forrageiras * Gafanhotos:
diversas espécies como o gafanhoto migratório (Schistocerca sp.), o gafanhoto-crioulo e outros. São pragas que ocorrem em **surtos, com enorme potencial destrutivo** quando atingem grandes populações. São **pragas polífagas**, mas com preferência por gramíneas. Controle químico logo após a eclosão das primeiras ninfas, evitando assim que se espalhem. Controle com **iscas tóxicas** à base de grãos, melaço e inseticidas organofosforados.
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Pragas de florestas * Lagartas:
inúmeras espécies que provocam **desfolha**. Controle biológico desempenhado por diversas espécies de parasitoides e pela aplicação de Bacillus thuringiensis.
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Pragas de florestas * Brocas:
diversas espécies que **broqueiam ramos e troncos**, podendo levar as plantas à morte.
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Pragas de florestas * Percevejo-bronzeado (Thaumastocoris peregrinus):
praga nativa da Austrália detectada no Brasil em 2008. Sugam seiva das folhas, produzindo o sintoma de **bronzeamento** (seca).
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Pinus * Vespa-da-madeira (Sirex noctilio):
vespa nativa do hemisfério norte, com 2 a 3 cm, que vivem em **galerias nos troncos e galhos mais grossos.** As perfurações feitas por larvas e adultos levam à **deterioração da madeira** pela ação de fungos, ocasionando grandes perdas. Controle cultural pela eliminação e queima das árvores afetadas. Controle biológico pelo **parasitoide Ibalia leucospoides e pelo nematoide Deladenus siricidicola.**
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Formigas
São himenópteros da família Formicidae. As formigas-cortadeiras são **pragas polífagas** que causam prejuízos decorrentes da desfolha em diversas culturas. A **desfolha** e corte de ramos novos de mudas e plantas jovens (como frutíferas e eucalipto) pode levar à morte das plantas. O controle das formigas é feito visando-se à **eliminação da rainha.**
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* Formiga-quenquém (Acromyrmex sp.):
São menores que as saúvas e têm quatro pares de espinhos no tórax. Os **formigueiros são pequenos**, não têm solo solto ao redor e são constituídos por **uma ou poucas panelas (câmaras)**, o que facilita o seu controle. As formigas-quenquém podem ser controladas por aração do solo, já que os formigueiros são mais superficiais, ou por escavação do formigueiro e aplicação de piretroides.
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* Saúva (Atta sp.):
são maiores que as quenquéns e têm três pares de espinhos no tórax. Os ninhos ("sauveiros") são facilmente percebidos pelo **acúmulo de solo retirado das escavações.** Os sauveiros são grandes ninhos subterrâneos com câmaras separadas para criação do fungo do qual as formigas se alimentam. Os orifícios de abertura para o exterior são chamados de olheiros.
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O controle de formigas é feito para:
destruição do formigueiro onde se encontra a rainha. Diferentemente dos cupins, as formigas assexuadas não são capazes de se tornar rainhas de substituição.
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A forma mais prática de controle é com o uso de iscas formicidas?
base de fipronil e sulfluramida. As iscas formicidas são capazes de eliminar formigueiros devido ao comportamento de trofalaxia, em que as formigas trocam alimentos e feromônios entre si pelo aparelho bucal, contribuindo para a distribuição do inseticida no formigueiro. Uma desvantagem desse método é perda de eficácia da isca quando ela é molhada pela chuva, ou seja, tem eficiência apenas na época seca, a menos que as iscas sejam colocadas em recipientes que as protejam da água. Outra forma de controle é a **aplicação de inseticidas** piretroides ou organofosforados nos olheiros por termonebulização ou em pó com polvilhadoras. Nesse método, os aplicadores são usados para espalharo produto nos formigueiros pelas aberturas dos olheiros. A definição das doses se baseia no tamanho dos formigueiros. No caso das saúvas, essa estimativa é feita a partir da área com solo solto na superfície.
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Cupins
Insetos sociais **xilófagos** (alimentam-se de celulose) que atacam madeira seca, madeira viva e raízes. Existem **formas sexuadas ápteras (rei e rainha)** responsáveis pela proliferação dentro do cupinzeiro, e formas aladas (aleluias ou siriris) que ocorrem em determinada época do ano para fundação de novas colônias. As formas **assexuadas também podem originar reis e rainhas de substituição,** fazendo com que uma parte da colônia possa originar um novo cupinzeiro ou que a colônia possa continuar existindo mesmo depois da morte do casal real (diferentemente das formigas, em que a rainha não pode ser substituída). Os **cupins subterrâneos** da família Rhinotermitidae (gêneros Coptotermes e Heterotermes) são os de **maior importância agrícola** pela destruição de sementes, raízes e plantas novas. Controle por tratamento de sementes e toletes (cana) ou aplicação de neonicotinoides ou fipronil nos montículos na forma de calda ou grânulos.
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Pragas de grãos armazenados
As pragas de grãos armazenados são consideradas **pragas-chave severas**, ou seja, seu nível de equilíbrio se situa acima do nível de dano econômico. Dessa forma, seu controle deve ser **preventivo.** Os insetos são um grande problema no armazenamento de produtos agrícolas devido ao seu **alto potencial biótico** (as condições de armazenamento são ideais para seu desenvolvimento, além de não haver inimigos naturais para seu controle), por apresentarem **infestação cruzada** (capacidade dos insetos de atacar tanto no campo quanto no armazenamento) e por serem **polífagos** (alimentam-se de várias espécies). Os danos que causam aos grãos armazenados são **quantitativos, relacionado à perda de peso dos grãos, e qualitativos, relacionados às alterações na qualidade do produto** (qualidade culinária, germinação e vigor de sementes).
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As pragas de grãos armazenados podem ser de diferentes tipos:
* Primárias: **atacam e danificam os grãos inteiros e sadios**. Rompem o tegumento e atacam o endosperma e embrião. Podem estar internamente à semente (o que dificulta o controle químico) ou externamente. * Secundárias: só **atacam grãos já danificados**, seja por pragas primárias ou por outros motivos, como quebras durante o beneficiamento. * Associadas: não danificam os grãos diretamente em função do seu hábito alimentar (alimentam-se de insetos, fungos), mas liberam excrementos, odores, toxinas e teias na massa de grãos. * Ocasionais: não deveriam estar presentes no armazenamento, mas podem ocorrer por algum motivo, como cupins.
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As principais pragas de grãos armazenados são: * Gorgulhos (Sitophilus zeamais e S. oryzae):
pequenos besouros (3 mm) com rostro alongado (aparelho bucal alongado co as peças bucais na ponta). Principal praga de grãos armazenados no Brasil. Tanto larva quanto adultos danificam os grãos.
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As principais pragas de grãos armazenados são: * Carunchos:
também são pequenos besouros (até 5 mm), porém sem rostro como os gorgulhos. O caruncho-das-tulhas (Araecerus fasciculatus) ataca vários produtos armazenados (café, cacau, cereais, frutos secos, leguminosas). Outras espécies de carunchos também ocorrem em vários outros produtos (Zabrotes subfasciatus, Acanthoscelides obtectus).
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As principais pragas de grãos armazenados são: * Traças:
os insetos adultos da traça-dos-cereais (Sitotroga cerealella) são mariposas pequenas (1 cm) que realizam a postura sobre os grãos. As lagartas penetram nos grãos após a eclosão. Especialmente importante para milho e outros cereais. Outras espécies de traças (Plodia interpunctella, Corcyra cephalonica) são pragas primárias externas, atacando grãos trincados ou quebrados.
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O manejo integrado de pragas de grãos armazenados envolve: * Limpeza:
limpeza geral da unidade armazenadora após cada armazenamento. Método preventivo e eficiente.
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O manejo integrado de pragas de grãos armazenados envolve: * Controle físico:
atmosfera modificada (teor de O2) e condições de temperatura e umidade relativa (que podem afetar também a qualidade dos grãos)
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O manejo integrado de pragas de grãos armazenados envolve: * Controle mecânico:
pós inertes, como terra diatomácea e ácido bórico, que causam abrasão do tegumento e levam à sua desidratação pelo aumento da perda de água. Uso de sacarias especiais que impedem a entrada de insetos.
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O manejo integrado de pragas de grãos armazenados envolve: * Controle comportamental:
emprego de feromônios, mas com poucas opções disponíveis.
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O manejo integrado de pragas de grãos armazenados envolve: * Controle químico:
efetuado por três etapas, a aplicação residual, o expurgo ou fumigação e a aplicação de proteção. A **aplicação residual** consiste no tratamento das estruturas de armazenamento já limpas, com o objetivo de eliminar insetos que permaneceram no depósito após a última estocagem. No **expurgo ou fumigação**, são empregados produtos chamados de **fumigantes**, sendo o principal deles a **fosfina** (fosfeto de alumínio ou magnésio), cujo absorção se dá através dos espiráculos dos insetos durante os movimentos respiratórios. Idealmente todo material que entra na unidade de armazenamento deve ser fumigado. A **aplicação de proteção** é feita diretamente sobre os grãos ou sacarias.