Emergências oncológicas Flashcards

(52 cards)

1
Q

Causas de cistite não infecciosa

A

Induzida por RT ou cistite
hemorrágica associada a
ciclofosfamida

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Q

Prevenção de cistite hemorrágica associada a ciclofosfamida

A

hidratação vigorosa + MESNA
(desintoxicação de acroleína)

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3
Q

Compressão Medular maligna

A

Compressão da medula espinhal e/ou cauda equina por uma massa tumoral extradural

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4
Q

Tumores + associados à compressão medular maligna e localização + frequente

A

Neoplasia do pulmão, próstata e mama
Coluna torácica é a localização + comum (por ser a porção maior, a probabilidade é logicamente superior)

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5
Q

Qualquer dor na coluna num doente com neoplasia conhecida, nomeadamente se início recente e agravamento progressivo, deve levantar a suspeita de:

A

Síndrome de compressão medular maligna

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6
Q

Dor na coluna na compressão medular maligna aumenta com

A

movimento e aumento da pressão abdominal

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7
Q

Gold standard para o diagnóstico de compressão medular maligna

A

RM de toda a coluna

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8
Q

Tratamento da compressão medular maligna

A

Analgesia + Corticoterapia e radioterapia
(Ponderar QT e cirurgia em casos selecionados)

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9
Q

O principal fator prognóstico de retorno à marcha após tx de compressão medular maligna é

A

estado neurológico pré-tratamento

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10
Q

Síndrome da Veia Cava
Superior

A

Obstrução da veia cava superior, ou seus afluentes, por compressão extrínseca ou intrínseca

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11
Q

Causa benigna + freq de SVCS, diagnóstico e tratamento dessa causa

A

Trombose de catéter venoso central
> Dx: ecodoppler
> Tx: hipocoagulação

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12
Q

Clínica SVCS

A

Diminuição do retorno venoso da cabeça, pescoço e MS causa: dispneia, edema facial, tosse, alterações visuais, edema cerebral com confusão mental, edema laríngeo com estridor, compromisso hemodinâmico com síncope

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13
Q

Melhor exame de diagnóstico SVCS

A

RM

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14
Q

Tratamento SVCS

A

Elevação da cabeceira + QT ou RT ou CCT
> Se emergente: colocação de stent intravascular

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15
Q

Síndrome de lise tumoral

A

Libertação de ácidos nucleicos,
proteínas e metabolitos intracelulares após QT
- ↑ potássio, fosfato e ácido úrico
- ↓ cálcio
- formação e deposição renal de cristais de ácido úrico

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16
Q

Clínica da síndrome de lise tumoral

A
  • Insuficiência renal aguda com hematúria, dor no flanco, oligúria ou anúria
  • Edema e retenção hídrica
  • Síncope, HTA, IC
  • Espasmos musculares, arritmias, convulsões
  • Acidose, náuseas e vómitos
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17
Q

Síndrome de lise tumoral está mais associado a neoplasias

A

líquidas com elevada carga tumoral e turnover celular elevado: linfoma de Burkitt, leucemia linfoblástica aguda, leucemia mielóide aguda, crise blástica na leucemia mielóide crónica

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18
Q

Profilaxia síndrome de lise tumoral

A

Hidratação IV +/- alopurinol ou rasburicase, consoante o risco

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19
Q

Diferença entre alopurinol ou rasburicase na profilaxia da síndrome de lise tumoral

A

Alopurinol impede a formação de mais ácido úrico, mas não tem qualquer ação sobre o ácido úrico já formado > Início de ação 24-72h
Rasburicase metaboliza diretamente o ácido úrico e alantoína > Início de ação 4h

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20
Q

Indicações para hemodiálise na síndrome de lise tumoral

A

Se após tratamento conservador:
- K > 6
- Ácido úrico > 10
- Creatinina > 10
- Fosfato > 10
- Persistência ou agravamento da hipocalcémia

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21
Q

3 etiologias da hipercalcemia da malignidade

A
  • Produção de PTHrp pelo tumor (+ freq)
  • Osteólise
  • Produção extrarrenal de calcitriol
22
Q

Clínica hipercalcemia da malignidade

A

Bones - dor óssea
Stones - litíase, DRC
Groans - dor abdominal, obstipação
Thrones - poliúria e polidipsia > diabetes insipidus nefrogénica
Psychiatric overtones - alterações neurológicas e psiquiátricas

+ disritmias: encurtamento QT e bradicardia

23
Q

Tx hipercalcemia da malignidade

A
  1. Soro isotónico
  2. calcitonina (ponderar bifosfonatos)
  3. Soro + furosemida
24
Q

Hiperleucocitose e leucostase

A

Hiperleucocitose: leucócitos > 100 num doente com leucemia

Leucostase é quando a hiperleucocitose se torna sintomática e é uma emergência médica

25
Fisiopatologia da leucostase
Alta proliferação celular (elevado nº de blastos) > oclusão de microvasos > enfarte tecidular
26
Tx leucostase
QT indução > Se não é candidato, leucaferese + hidroxiureia
27
Hemoptises maciças
Podem definir-se como uma perda de sangue >200-600ml em 24h, mas são acima de tudo aquelas que causam obstrução da VA com compromisso das trocas
28
Abordagem urgente de hemoptises maciças
ABCDE + posição lateral de segurança com o lado afetado para baixo + broncoscopia de emergência
29
No caso de hemoptises não maciças, a abordagem passa por:
- Angio-TC - Embolização da artéria sangrante
30
Neutropenia febril
Febre + neutrófilos <500 (ou previsão de diminuição para esses níveis em 48h)
31
Tx neutropenia febril de baixo risco
Ciprofloxacina + amoxclav em ambulatório e reavaliação em 48h
32
Tx neutropenia febril de alto risco
Internamento com AB de largo espetro para cobrir Pseudomonas: piperacilina/tazobactam, cefepime, carabapenemos, ceftazidima > Adicionar vancomicina, para cobrir gram-positivos
33
Score MASCC
Estratificação do risco na neutropenia febril
34
Se neutropenia febril que não melhora após 48h de ATB de largo espetro, suspeitar de:
infeção fúngica
35
Metástases cerebrais é uma complicação mais frequente de:
neoplasia do pulmão, mama, melanoma e carcinoma de células renais
36
Clínica metástases cerebrais
Aumento da pressão IC: - Cefaleia com sinais de alarme: predomínio matinal, alteração do padrão habitual, piora com a inclinação e manobras de Valsalva - náuseas e vómitos~ - alterações neurológicas **focais progressivas** Convulsões Hemorragia intra-metástase > clínica semelhante a AVC
37
Exame com maior sensibilidade para o dx de metástases cerebrais
RM cerebral: realce em anel, edema vasogénico, margens bem definidas
38
Tx metástases cerebrais
CCT com dexametasona Ponderar cirurgia
39
Carcinomatose leptomeníngea e clínica
Disseminação de células malignas nas leptomeninges, logo, clínica de irritação meníngea: cefaleia, rigidez da nuca, fotofobia e sintomas neurológicos multifocais
40
Dx carcinomatose leptomeníngea
Dx definitivo por punção lombar e citologia positiva do LCR, contudo, pode ser suficiente RM com gandolíneo
41
Toxicidade oral mais frequente
Mucosite
42
Tx obstrução intestinal por malignidade
CCT (dexametasona) + octreótido (análogo da somatostatina, logo, inibidor da secreção IGF-1) + anti-eméticos (+haloperidol em baixa dose)
43
Enterocolite neutropénica
Neutropenia febril com dor abdominal (+QID) e diarreia aquosa > Inflamação e necrose do **cego** e mucosa circundante devido à terapêutica citotóxica e imunossupressão
44
Gold standard dx enterocolite neutropénica
TC abdominal: espessamento + edema + distensão
45
Tx enterocolite neutropénica
Pausa alimentar e ATB largo espetro: piperacilina/tazobactam ou cefepime + metronidazol
46
Podem ocorrer reações de hipersensibilidade aos fármacos da QT. Os mais frequentes são:
sais de platina, taxanos e anticorpos monoclonais
47
Tx reação de hipersensibilidade
Parar administração + CCT+ anti-histamínico > Se reação anafilática: + adrenalina
48
Neoplasia mais associada ao diagnóstico de leucostase
Leucemia mielóide aguda
49
Diagnóstico de leucostase
Clínico: sintomas respiratórios com hipoxemia + má perfusão periférica + sintomas neurológicos e oftalmológicos
50
Método mais fiável de avaliação da oxigenação na leucostase
oxímetro
51
Na leucostase devemos evitar transfusões de GV porque
o aumento da celularidade pode agravar a clínica
52
Causa mais comum de SVCS
Carcinoma de pequenas células do pulmão