Espécies de Pena e Aplicação Flashcards

1
Q

Explique a teoria do abolicionismo penal no que diz respeito a punição.

A

Esta acredita que a descriminalização e a despenalização são soluções para o caos do sistema penitenciário, tendo em vista que este modelo não está dando resultados. É uma utopia, impraticável nos dias de hoje.

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2
Q

Explique a teoria do direito penal máximo no que diz respeito a punição

A

Esta caracteriza-se pela excessiva severidade. Defende que qualquer tipo de infração penal deve ser punido severamente, com o objetivo de servir de exemplo à sociedade e buscando evitar que o agente possa cometer atos mais graves.

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3
Q

Explique a teoria do direito penal mínimo no que diz respeito à punição.

A

Segundo esta, o Estado deve intervir minimamente nos conflitos sociais, mas, quando o fizer, deve agir com eficiência e sem gerar impunidade, o que poderá restaurar a confiança gerada no Direito Penal.

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4
Q

Explique o garantismo penal.

A

Este é um ponto de equilíbrio entre os modelos abolicionista e do direito penal máximo. É um modelo normativo de direito, que obedece a estrita legalidade e o Estado Democrático de Direito.

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5
Q

Diferencie justiça retributiva de justiça restaurativa.

A
  • Justiça Retributiva: Nesta, o crime é um ato contra a sociedade que deve ser punida pelo Estado com procedimento formais e rígidos. O foco é punitivo e há pouca assistência à vítima.
  • Justiça Restaurativa: Nesta, o crime é ato contra a comunidade, a vítima e o próprio autor. O Estado, utilizando-se de procedimentos mais informais e flexíveis, deve buscar a reparação do dano causado, dar assistência a vítima e punir com penas proporcionais e humanizadas. Há um foco conciliatório.
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6
Q

Diferencie a prisão simples, a reclusão e a detenção.

A
  • Prisão Simples: É destinada às contravenções penais. Não pode ser cumprida em regime fechado, comportando apenas o semiaberto e aberto.
  • Reclusão: É prevista para os crimes mais graves e cumprida inicialmente no regime fechado, semiaberto ou aberto. Esta pode acarretar como efeito da condenação a incapacidade para exercício do poder familiar. Além disso, propicia a internação nos casos de medida de segurança. É cumprida em primeiro lugar.
  • Detenção: É reservada para os crimes mais leves e somente pode ter início no regime semiaberto ou aberto. Esta permite a aplicação do regime de tratamento ambulatorial nos casos de medida de segurança.
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7
Q

Quais os requisitos para possibilitar a progressão de regime?

A

Para a progressão de regime é necessário um requisito objetivo (tempo de cumprimento) e um requisito subjetivo (boa conduta carcerária, não registrando falta grave).

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8
Q

Em quais hipóteses é possível a regressão de regime?

A

A regressão de regime se dará em duas situações: na adaptação do regime (quando houver condenação por mais de um crime e, ao soma-los, precisar adaptar o regime de cumprimento) e em caso de regressão por falta (quando praticar fato definido como crime doloso ou falta grave).

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9
Q

Explique o regime fechado.

A

O cumprimento da pena inicia-se neste regime quando for condenado a pena superior a 8 anos. O condenado deve trabalhar durante o dia e ficar isolado durante o repouso noturno, sendo o trabalho exercido dentro do estabelecimento prisional. Excepcionalmente, admite-se o trabalho em obras ou serviços públicos fora do presídio.

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10
Q

Quais as hipótese que o preso ser colocado no regime disciplinar diferenciado?

A

Neste as regras são mais rígidas do que as do regime fechado. As hipóteses para inclusão no RDD são: o preso provisório ou condenado praticar crime doloso e conturbar a ordem interna do presídio em que se encontre; quando o preso provisório ou condenado representar risco a ordem e segurança do estabelecimento prisional; quando o preso provisório ou condenado estiver envolvido com organização criminosa.

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11
Q

Explique o regime semiaberto.

A

Este deve ser cumprido em colônia penal agrícola ou industrial, ou estabelecimento similar. Além disso, o condenado pode trabalhar durante o dia e, também, pode frequentar cursos profissionalizantes.
O cumprimento da pena inicia-se neste regime quando for condenado a pena superior a 4 anos e inferior a 8 anos e não seja reincidente.

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12
Q

Explique o regime aberto.

A

O cumprimento da pena inicia-se neste regime quando for condenado a pena igual ou inferior a 4 anos e não for reincidente.
Este regime baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado. Ele, durante o repouso noturno, deve se recolher na Casa do Albergado e pode desenvolver atividades laborativas externas durante o dia. Nos dias de folga, deve ficar recolhido.

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13
Q

O que é a remição?

A

É o abatimento do montante da condenação, periodicamente, desde que se constate estar o preso em atividade laborativa ou estudantil.

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14
Q

O direito a remição envolve os presos condenados em quais regimes? Explique.

A

O direito à remição envolve os presos em regime fechado ou semiaberto, pois, em regime aberto ou livramento condicional, há o DEVER de trabalhar.

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15
Q

O que é a detração?

A

É a contagem no tempo da PLL e da medida de segurança do período em que ficou detido em prisão provisória, no Brasil ou no exterior, de prisão administrativa ou mesmo de internação em hospital de custódia e tratamento.

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16
Q

Em caso de superveniência de doença mental, pode haver a conversão da pena em medida de segurança por prazo indeterminado?

A

Neste caso, pode haver a conversão da pena em medida de segurança, mas esta não pode ser por tempo indeterminado. Deve-se respeitar o final da pena.

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17
Q

O que é a pena restritiva de direitos? Por que ela é considerada autônoma e substitutiva?

A

É uma sanção penal autônoma e substitutiva que tem o objetivo de evitar o encarceramento de determinados criminosos, autores de infrações penais consideradas mais leves.
É substitutiva, pois derivam da permuta que se faz após a aplicação, na sentença condenatória, da PPL. É autônoma, pois subsistem por si mesmas após a aplicação.

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18
Q

Quais são as espécies de penas restritivas de direito?

A

Prestação pecuniária, limitação de fim de semana, prestação de serviços a comunidade, interdição temporária de direitos e perda de bens e valores.

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19
Q

Explique a PRD de prestação pecuniária.

A

É o pagamento em dinheiro feito a vítima e seus dependentes ou a entidade pública ou privada, com destinação social, de uma importância fixada pelo juiz.

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20
Q

Explique a PRD de perda de bens e valores.

A

Consiste na transferência, em favor do Fundo Penitenciário Nacional, de bens e valores adquiridos licitamente pelo condenado, tendo como teto o montante do prejuízo causado ou proveito obtido com a prática do crime.

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21
Q

Explique a PRD de prestação de serviços a comunidade.

A

É a atribuição de tarefas gratuitas ao condenado junto a entidades assistenciais, em programas comunitários ou estatais.

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22
Q

Explique a PRD de interdição temporária de direitos.

A

Esta espécie impede o exercício de determinada função ou atividade por um período determinado, como forma de punir o agente de crime relacionado à função ou atividade proibida.

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23
Q

Explique a PRD de limitação de fim de semana.

A

É a obrigação do condenado de permanecer, aos sábados e domingos, por cinco horas diárias, em Casa do Albergado.

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24
Q

Na PRD de prestação pecuniária, o valor pago à vítima pode ser abatido de eventual indenização civil? E se for pago a uma entidade pública ou privada?

A

Sim, o valor pago à vítima tem conotação de antecipação da indenização civil, uma vez que, em futura ação, tal valor deverá ser descontado. Por outro lado, se o montante for destinado integralmente a entidade pública ou privada com destinação social, a pena não tem qualquer conotação civil.

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25
Q

Na PRD de perda de bens e valores, pode determinar a perda dos instrumentos, valores e proveitos do crime? Explique.

A

Não. Os instrumentos utilizados para a prática do crime ou o valor ou produtos auferidos como proveitos pela prática do fato criminoso já devem ser confiscados como efeito da condenação, não sendo cabível aplicar, como PRD, a perda destes. A perda deve recair sobre patrimônio de origem lícita, justamente para ter o caráter aflitivo de pena.

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26
Q

Quais são os requisitos para que seja possível converter a PPL em PRD?

A

Pena privativa de liberdade não superior a quatro anos no caso de crimes dolosos (culposo não tem limite), cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, o réu não ser reincidente em crime doloso e, também, deve ter condições pessoais favoráveis.

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27
Q

É possível a substituição da PPL para PRD no caso de crimes hediondos ou equiparados? Explique.

A

Em regras, não cabe a substituição de PPL para PRD no caso dos delitos hediondos ou equiparados, uma vez que não preenche dois dos requisitos objetivos, a saber: tem pena superior a 4 anos e são delitos cometidos com violência ou grave ameaça. Contudo, o tráfico ilícito de entorpecentes, em decisão do STF, foi considerado uma exceção. A referida Corte decidiu que a substituição é cabível, uma vez que a vedação constante na Lei de Drogas lesava o princípio constitucional da individualização da pena.

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28
Q

É possível a substituição de PPL por PRD no caso de crime contra mulher no ambiente doméstico?

A

A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da PPL por PRD.

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29
Q

Explique a reconversão da PRD em PPL? Quanto tempo de pena cumprirá?

A

É um incidente na execução penal. Não cumprindo as condições impostas pelo juiz da condenação, poderá o sentenciado perder o benefício que lhe foi concedido, retornando à pena original privativa de liberdade. Feita a reconversão, o sentenciado cumprirá a pena privativa de liberdade pelo restante da restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de reclusão ou de detenção.

30
Q

Há reconversão da PRD em PPL caso o condenado não possa cumprir a condição por impossibilidade financeira ou deterioração do objeto? Explique.

A

Não. Neste caso cabe ao juiz da execução aplicar outra pena restritiva de direitos.

31
Q

Quando houver nova condenação no gozo da PRD, haverá reconversão desta em PPL de forma automática? Explique.

A

A reconversão não é automática. Para que esta ocorra é necessário que haja impossibilidade de cumprimento cumulativo das penas.

32
Q

Explique a pena pecuniária ou de multa.

A

É a sanção consistente no pagamento de uma determinada quantia em pecúnia, previamente fixada em lei, destinada ao Fundo Penitenciário.

33
Q

Toda a verba paga na pena de multa é destinada ao Fundo Penitenciário Nacional? Explique.

A

Não. A União e o Estado podem legislar, concorrentemente, sobre direito penitenciário, como, por exemplo, a destinação do valor da multa. Assim sendo, a mera criação do Fundo Penitenciário Nacional não faz destinar todas as penas pecuniárias para os cofres da União, sendo indispensável que haja expressa previsão legal para isso se dar, pois, caso contrário, o Estado pode legislar trazendo destinação a um fundo diferente.

34
Q

Como se dá a fixação da pena de multa?

A

Primeiramente, firma-se o número de dias-multa (mínimo de 10 e máximo de 360). Após, estabelece-se o valor do dia-multa, conforme a situação econômica do réu (piso de 1/30 do salário mínimo e teto de 5 vezes esse salário).

35
Q

A partir de que momento se inicia a correção monetária do valor da multa?

A

O entendimento majoritário defende que o termo inicial de incidência de correção monetária na multa é a partir da data do cometimento da infração penal.

36
Q

Quando e de que forma é feito o pagamento da pena de multa?

A

O pagamento da multa deve ser feito dentro de dez dias a contar do trânsito em julgado da sentença condenatória, podendo o juiz permitir o parcelamento, de forma a não prejudicar o sustento.

37
Q

Em caso de não pagamento da pena de multa, de que forma é feita a sua cobrança?

A

A multa é uma dívida de valor, então aplica-se a ela as normas relativas às cobranças da dívida ativa da Fazenda Pública. A execução se faz perante o juiz da execução penal e deve ser proposta pelo Ministério Público, seguindo o rito previsto para as ações de execução fiscal.

38
Q

O que são as circunstâncias judiciais?

A

As circunstâncias judiciais são elementos que volteiam a realização do delito, sem afetar-lhe a existência, mas que influem na fixação da pena-base, materializando-se conforme as pessoais convicções do magistrado.

39
Q

De que forma o STJ entende que deve ser fixada a pena-base utilizando as circunstâncias judiciais?

A

O STJ indica, para cada circunstância judicial do art. 59, do Código Penal, o valor de 1/8, partindo da pena mínima.

40
Q

Como valorar a culpabilidade do réu nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

É a culpabilidade em sentido lato, ou seja, analisa-se a reprovação social que o crime e o autor do fato merecem. É uma avaliação da censura que o crime merece.

41
Q

Como valorar os antecedentes do réu nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base? Tem prazo durante o qual determinado fato pode ser considerado um mau antecedente?

A

Nos antecedentes analisa-se a vida pregressa em matéria criminal.
Os maus antecedentes não caducam. O magistrado deve avaliar o caso concreto e avaliar antecedentes que tenham alguma conexão com o crime cometido pelo agente. Nesse mesmo sentido, o STF entendeu que não se aplica para o reconhecimento dos maus antecedentes o prazo quinquenal de prescrição da reincidência.

42
Q

Como valorar a conduta social do réu nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

É uma análise do papel do réu na comunidade, inserido no contexto da família, do trabalho, escola, vizinhança, etc.

43
Q

Como valorar a personalidade do réu nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

É uma valoração do conjunto de caracteres exclusivos de uma pessoa, levando em consideração o meio e as condições na qual o agente se formou e vive. A pessoa não é julgada pelo que é, mas o que fez em virtude do que é.

44
Q

O que são os motivos do crime enquanto circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

É uma análise dos precedentes que levam à ação criminosa.

45
Q

Como valorar as circunstâncias do crime nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

Nesta circunstância, o juiz analisa os elementos acidentais não participantes da estrutura do tipo, embora envolvendo o delito. São formadas pela análise e pelo discernimento do juiz.

46
Q

Como valorar as consequências do crime nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

Analisa-se o mal causado pelo crime, transcendendo ao resultado típico. Uma consequência não natural do delito.

47
Q

Como valorar o comportamento da vítima nas circunstâncias judiciais para a fixação da pena-base?

A

Analisa-se o modo de agir da vítima que pode levar ao crime. O ofendido, sem fazer uma injusta provocação, pode gerar um acirramento de ânimos.

48
Q

Quais são as circunstâncias judiciais?

A

Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos do crime, circunstâncias do crime, consequências do crime e o comportamento da vítima.

49
Q

O que são as circunstâncias agravantes e atenunantes?

A

Os agravantes e atenuantes são circunstâncias legais genéricas que recomendam que o juiz eleve a pena ou aplique-a moderadamente, devendo ficar dentro do limite máximo e mínimo previstos no tipo penal incriminador.

50
Q

A reincidência e as demais circunstâncias agravantes (relativas a forma que o agente praticou o delito) aplicam-se tanto a crimes dolosos quanto culposos? Explique.

A

A agravante da reincidência é aplicável aos delitos dolosos e culposo. As demais circunstâncias, por sua vez, somente têm aplicação quando se tratar de crimes dolosos, segundo o entendimento majoritário.

51
Q

Diferencie o motivo fútil do motivo torpe.

A
  • Motivo fútil: é o motivo de mínima importância, manifestamente desproporcional à gravidade do delito e à intensidade do motivo. Consiste em um egoísmo intolerante, mesquinhez.
  • Motivo torpe: é o motivo repugnante, abjeto, vil, que demonstra sinal de depravação do espírito do agente.
52
Q

Em relação as circunstâncias agravantes, diferencie a traição da dissimulação.

A

Na traição tenta-se ocultar a intenção criminosa. É uma atitude camuflada, oculta e invisível. Na dissimulação esconde-se a vontade ilícita, o agente ganha maior proximidade da vítima. É uma conduta ostensiva, aberta e visível.

53
Q

Em relação as circunstâncias agravantes, diferencie o meio insidioso, cruel e de perigo comum.

A

O meio insidioso é aquele com deslealdade. A crueldade é quando impõe-se a vítima um sofrimento além do necessário para alcançar o resultado típico pretendido. O perigo comum é a situação que coloca em risco mais pessoas do que a visada pelo agente.

54
Q

Como se dá a aplicação da circunstância agravante de ter sido o crime praticado contra criança, maior de sessenta anos, enfermo ou mulher grávida?

A

Para a aplicação desta é necessário um nexo lógico entre a conduta desenvolvida e o estado de fragilidade da vítima que tem as resistências diminuídas.

55
Q

O que é a reincidência?

A

É o cometimento de uma infração penal após já ter sido o agente condenado definitivamente, no Brasil ou no exterior, por crime anterior.

56
Q

Um agente ter sido condenado por contravenção e depois cometer um crime configura reincidência? E se anteriormente cometeu um crime e depois uma contravenção?

A

Não se admite contravenção antes e crime depois para configurar reincidência, por falta de previsão legal. É possível que seja crime antes e contravenção depois.

57
Q

Qual o posicionamento do STF a respeito da agravante da reincidência e o bis in idem?

A

O STF concluiu que é constitucional a aplicação da agravante da reincidência, não se considerando bis in idem, mas apenas parte da individualização da pena.

58
Q

Explique o lapso temporal entre as infrações para que o agente possa ser considerado reincidente.

A

Reincidente é aquele que comete novo delito nos cinco anos depois da extinção da sua última pena. Passado este prazo, o agente volta a ser primário, com maus antecedentes.

59
Q

Como se dá o lapso temporal para considerar um agente reincidente no caso dele estar em gozo de sursis ou de livramento condicional?

A

Caso o agente esteja em gozo de sursis ou de livramento condicional, não tendo havido revogação, o prazo dos benefícios será incluído no cômputo dos 5 anos para fazer caducar a condenação anterior.

60
Q

Como se faz a prova da reincidência de um agente?

A

A prova da reincidência se faz pela apresentação de certidão cartorária comprovando a condenação anterior. Não é possível fazer pela FAC.

61
Q

Cite alguns efeitos da reincidência.

A

Agravante que prepondera sobre outras circunstâncias legais, impede a substituição da pena, impede a obtenção de sursis, é motivo para aumentar o prazo para a obtenção de livramento condicional, impede o livramento condicional no caso de crimes hediondos com reincidência específica, aumenta o prazo de prescrição da pretensão executória, causa de interrupção do curso da prescrição, etc.

62
Q

Como funciona a reincidência caso tenha havido indulto, anistia ou abolitio criminis do crime anterior?

A

Quando tiver havido indulto em relação ao primeiro delito, se o agente cometer um segundo continua havendo reincidência. Se houver anistia ou abolitio criminis de um primeiro delito, não haverá reincidência se houver um segundo.

63
Q

A incidência de atenuantes pode reduzir a pena para abaixo do mínimo legal? Explique.

A

Conforme a Súmula nº 231 do STJ, a incidência de circunstâncias atenuantes não pode conduzir à redução da pena abaixo no mínimo legal.

64
Q

Diferencie os efeitos da coação física, da coação moral irresistível e a coação moral resistível.

A

A coação física exclui a conduta.
A coação moral irresistível exclui a culpabilidade.
A coação moral resistível é uma circunstância atenuante.

65
Q

O autor deve estar sob o domínio ou sob a influência de violenta emoção para que se configure uma circunstância atenuante?

A

O legislador definiu que basta a influência de violenta emoção. Contudo, nos casos de homicídio ou de lesão corporal, exige-se o domínio de violenta emoção, logo após provocação injusta da vítima.

66
Q

No que consiste a confissão espontânea?

A

É admitir contra si por quem seja suspeito ou acusado de um crime, tendo pleno discernimento, voluntária, expressa e pessoalmente, diante da autoridade competente, em ato solene e público, reduzido a termo, a prática de algum fato criminoso.

67
Q

O que são as causas de aumento e diminuição?

A

São causas obrigatórias ou facultativas de aumento ou de diminuição da pena em quantidades fixadas pelo próprio legislador, porém sem estabelecer um mínimo e um máximo para a pena.

68
Q

A incidência de causas de aumento e diminuição podem aumentar/reduzir a pena para fora dos limites legais?

A

Por integrarem a estrutura típica do delito, permitem a fixação da pena acima do máximo em abstrato previsto pelo legislador, como também admitem o estabelecimento da pena abaixo do mínimo legal.

69
Q

É possível compensar uma causa de aumento com uma causa de diminuição no momento da aplicação? Explique.

A

Todas as causas de aumento e de diminuição previstas na Parte Geral do Código Penal devem ser aplicadas, sem possibilidade de compensação. As previstas na Parte Especial, por sua vez, podem concorrer entre si, admitindo compensação.

70
Q

Quanto existem múltiplas causas de aumento ou diminuição a serem aplicadas, elas se aplicam uma sobre as outras ou individualmente em cima da pena base? Por que é feito dessa forma?

A

Na aplicação de múltiplas causas de aumento e de diminuição, o posicionamento majoritário defende que devem ser aplicadas uma sobre as outras. Dessa forma, evita-se a inoportuna pena zero e cria-se um método uniforme para aumentar e diminuir a pena igualitariamente.

71
Q

O que são as qualificadoras e privilégios?

A

São circunstâncias legais que permitem a modificação dos valores mínimo e máximo da pena, em abstrato, previstos para o delito.