Fraturas do Acetábulo Flashcards

(64 cards)

1
Q
  • A fratura da coluna posterior do acetábulo é mais bem vista na incidência radiográfica
    a) alar.
    b) outlet.
    c) obturatriz.
    d) inlet.
A

a

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2
Q
23. Na fratura do acetábulo do tipo coluna anterior com hemitransversa posterior, a melhor via de acesso para o tratamento cirúrgico é a 
A) de KOCHER-LANGENBECK. 
B) ilioinguinal. 
C) de SMITH-PETERSEN. 
D) de HUETER.
A

b

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3
Q
Na avaliação radiográfica do acetábulo, a dissociação entre a linha ilioisquiática e a gota de lágrima de KÖHLER sugere fratura
A) da parede posterior.
B) transversa infratectal.
C) transversa transtectal.
D) da superfície quadrilátera.
A

d

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4
Q
Na avaliação radiográfica do acetábulo, a estrutura que corresponde à parte medial da “gota de lágrima” é a
A) coluna anterior.
B) coluna posterior.
C) fossa acetabular.
D) placa quadrilateral.
A

d

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5
Q

Na fratura complexa do acetábulo, segundo LETOURNEL, o tipo mais frequente é

a) em T.
b) dupla coluna.
c) transverso com parede posterior.
d) coluna anterior com hemitransversa posterior.

A

b

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6
Q
22 - Na fratura do acetábulo, o sinal da gaivota (gull sign) é associado à fratura da
A) parede posterior.
B) coluna posterior.
C) parede anterior.
D) coluna anterior.
A

a

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7
Q
Na fratura de acetábulo o sinal do esporão é patognomônico de fratura da:
a-) coluna anterior
b-) coluna posterior
c-) ambas colunas
d-)
A

c

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8
Q

Epidemiologia

A

3/100000/ano
Homens jovens (3ª-4ª décadas)
Trauma de alta energia → acidentes automobilísticos
Idosos (>60a) → tem aumentado incidência
Trauma de baixa/moderada energia → quedas (sobre o TM)
Mais comumente apresentam fraturas acetabulares isoladas → coluna ou parede anterior
Osso osteopenico/osteoporótico

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9
Q

Lesões associadas epidemio

A

50% lesões associadas (em idosos cai para 30%)
35% lesão em extremidade / 19% TCE / 18% torácica / 8% abdominal / 6% TGU / 4% TRM
Fx fechada acetábulo + Fx extremidade não justificam choque hipovolêmico
→ procurar outras causas
Necessidade de transfusão em fx isoladas em 35%
Fxs com grande desvio coluna posterior pode lesar a Art. GLUTEA SUPERIOR = embolizalção

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10
Q

Fx desviadas da coluna post e hipotensao

A

Fx desviadas da coluna post podem levar a lesão a. glútea superior, levando a sgmento grave
Pode ser ttada por embolização
Ortopedista deve estar junto na avaliação inicial, pois medidas simples como posicionamento de cateter suprapubico ou colostomia podem interferir na programação cirúrgica
Quanto mais experiente o cirurgião → mais redução anatômica das fxs

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11
Q

Mecanismo de lesão

A

Trauma axial – Fratura depende da posição do quadril e direção da força

Trauma através do TM → força através colo

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12
Q

Mecanismo de lesão: Trauma axial

A

Flexão: Fx parede posterior

Quadril fletido + abduzido: fx tranversa + posterior

Flexão + adução: Fratura-luxação / fx da cabeça

Quadril fletido + aduzido e RI: lx sem fx

Quadril estendido + abduzido: fx teto

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13
Q

Mecanismo de lesão: Trauma através do TM

A

RE → Fx anterior

RI → Fx posterior

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14
Q

Lesões Associadas

A
Fx colo fêmur 
Fraturas da cabeça
Fx TTC ou subtrocantérica 
Fx diafisária fêmur 
lesões joelho 
Lesão neurológica
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15
Q

Lesões Associadas: Fx colo fêmur

A
Fx colo fêmur → pode comprometer acesso cirúrgico do acetábulo
Se jovem (<65a) deve ser tratada com urgência
Dificilmente fixar acetábulo em conjunto

Fx colo → RAFI com Watson Jones ou Smith Petersen modificado

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16
Q

Lesões Associadas: Fraturas da cabeça

A

Fraturas da cabeça costuma-se operar ao mesmo tempo que acetábulo

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17
Q

Lesões Associadas: Fx TTC ou subtrocantérica

A

Fx TTC ou subtrocantérica não são urgências

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18
Q

Lesões Associadas: Fx diafisária fêmur

A

Fx diafisária fêmur → geralmente fixada 1º

Incisão pode atrapalhar acesso ao acetábulo → preferir haste retrógrada

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19
Q

Lesões Associadas: Lesões joelho

A

Investigar sempre lesões joelho (pplmente LCP → dashboard)

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20
Q

Lesões Associadas: Lesão neurológica

A

Lesão neurológica em até 30% → n. ciático mais comum (+ porção fibular)
N. femoral em 0,2% → maioria melhora

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21
Q

Vascularização

A

Face externa → glútea superior + inferior + obturatória + circunflexa medial
Face interna → iliolombar (ramo tronco posterior da ilíaca interna) e obturatória
Maior nutridora ilio se origina da iliolombar → vasculariza região supra acetabular
Parede posterior → ramos aa. Glúteas
Colo femoral → ramo profundo da a. circunflexa medial (protegida pelo m. obturador externo)

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22
Q

Avaliação inicial

A

Seguir sequência ATLS
Anamnese → passageiro/motorista; atropelamento; queda altura
Tto não deve ser realizado na emergência exceto se exposta ou
Fratura-luxação irredutível → Sedação e redução + tração ou coxim abdutor → Permaneceu luxado? Redução aberta
TC após redução → fragmentos interpostos / planejamento cx

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23
Q

Lesão de Morel-Lavallé

A

Desenluvamento fechado de partes moles

Pode ser fonte de infecção → debridar e aguardar melhora da ferida para depois fixar

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24
Q

Anatomia

A

Forma Ovalada (hemi-esfera incompleta → ferradura cavalo)
Ílio + Ísquio + Púbis
Teto → área de maior pressão da cabeça fêmur
Coluna anterior e posterior
Parede anterior e posterior

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25
colunas de Judet e Letournel
Coluna ant.: ½ anterior do ilíaco, metade anterior do acetábulo, espinhas ilíacas anteriores e púbis Coluna post.: Ísquio, espinha isquiática, incisura isquiática, metade posterior do acetábulo (relação com N. isquiático / A. Glútea superior e pudenda) Lâmina quadrilátera: Osso plano na parte medial do acetábulo / delimita a pelve verdadeira (o limite superior é a linha ilioisquiática) / está em íntima relação com a cabeça femoral
26
Radiografias
Incidências de Judet AP ALAR (PA, CP) 45º externo Mostra A ASA ilíaco na sua maior dimensão OBTURATRIZ (PP, CA) 45º interno Mostra O FORAME obturador na sua maior dimensão Dinâmico sob stress → paciente sedado → Avaliar parede posterior Fletir quadril até 90° → se estável aduzir pouco e RI 20° Se subluxação posterior → quadril instável dinamicamente
27
TC
é essencial | cortes de até 3mm
28
Marcos Anatômicos radiograficos
L. iliopectinea (forame isquiático maior → tubérculo púbico) COLUNA ANT Linha ilioisquiática → Limite da lâmina quadrilátera / relação com cabeça femoral. COLUNA POST Lágrima de Kohler → PARTE LATERAL: porção ântero-inferior do acetábulo / PARTE MEDIAL: porção anterior da lâmina quadrilátera do ilíaco Teto Rebordo anterior Rebordo posterior ver aula slide 14
29
Marcos Anatômicos radiograficos fx
Fx da coluna anterior: ROMPE LINHA ILIOPECTÍNEA Fx da coluna posterior: ROMPE LINHA ILIOISQUIÁTICA
30
Obturatriz: rx vê?
``` Coluna anterior (iliopúbica) / Parede posterior “ve O forame” ```
31
Alar: rx vê?
``` Coluna posterior (ilioiquiática) / Parede anterior “ ve A asa iliaco” ```
32
Classificação
Judet e Letournel | AO
33
Judet e Letournel
``` A- Parede posterior B- Coluna posterior C- Parede anterior D- Coluna anterior E- Fx transversa F- Coluna+parede posterior G- Transversa+Parede posterior H- Tipo “T” I- Coluna anterior+Hemitransversa J- Dupla coluna ```
34
AO
62 A- partial articular, isolated column and/or wall fracture B-partial articular, transverse type fracture C-associated both column fracture
35
Fraturas da Parede Posterior
São as mais comuns→ 25% Mais posteriores são mais cominutas Vistas no AP e obturatriz
36
Fraturas da Coluna Posterior
3-5% Vista no Alar Linha iliopectínea preservada em todas as incidências Linha ilioisquiática quebrada e deslocada Inerentemente instáveis → tração esquelética para manter a cabeça centrada abaixo da porção intacta do teto
37
Fraturas da Parede Anterior
Rara → 1-2% Todos os marcos posteriores intactos Linha iliopectínea quebrada e deslocada Pode resultar em afinamento ou duplicação da linha ilioisquiática Cabeça femoral comumente subluxada acompanhando fragmento da parede anterior
38
Fraturas da Coluna Anterior
3-5% Sempre terminam no ramo isquiático Comum haver destacamento da lâmina quadrilátera Desvio em RE do fragmento anterior sobre a cabeça Cabeça femoral desvia para medial e superior Quanto mais baixo fx cruza borda anterior, mais baixo o traço no ramo isquiopúbico
39
Fraturas Transversas
5-19% Separa o osso inominado em 2 pedaços Ilíaco superior Ísquio-púbico inferior Desvia cabeça femoral para medial e superior Quanto mais superior, mais o traço fica vertical e a área de superfície articular intacta diminui Ruptura tanto da iliopectínea quanto da ílioisquiática Linha do teto está rompida No corte axial da TC mostra um traço longitudinal
40
Fraturas Coluna Posterior e Parede Posterior
3-4% Produz um fragmento isquioacetabular solto Cabeça femoral subluxada segue o fragmento para cranial e posterior Parede posterior pode bloquear a redução
41
Fraturas Parede Posterior + Transversa
20% Luxação cabeça femoral é comum Desvio pode ser posterior pelo defeito da parede ou medial pela fratura transversa
42
Fraturas Coluna (ou parede) anterior + Hemitransversa Posterior
7% Comum em idosos após quedas sobre o quadril Deslocamento componente hemitransverso é menos grave que o da fratura anterior Geralmente complicada pela impacção do teto medial do acetábulo → pior prognóstico
43
Fraturas Coluna (ou parede) anterior + Hemitransversa Posterior
“Gull wing sign” – sinal da gaivota →Impacção marginal medial do teto acetabular → INDICA PROGNÓSTICO RUIM
44
Fraturas em “T”
7% Fx transversa + Fx com traço vertical inferior Fragmento caudal isquiopúbico dividido em posterior (isquiático) e anterior (púbico) Identificar fratura de ramo isquiático + Fx transversa Atravessa lâmina quadrilátera, fossa cotiloide, forame obturador, nó isquiopúbico, sai pelo ramo isquiático e ramo isquiopúbico
45
Fraturas em Dupla Coluna
A mais comum das fraturas associadas (23%) Representa acetábulo completamente disconexo do esqueleto axial Muitos padrões diferentes de Fx Geralmente o labrum fica intacto Fragmentos podem rodar entre si e criar uma “congruência secundária” Sinal do esporão é patognomônico!!!!!!!!!!!!!!! Melhor visto na obturatriz Representa a porção do córtex externo do ílio intacto Comum haver componente de fx parede póstero-superior
46
Sinal do esporão
= Fratura dupla coluna
47
Tratamento conservador indicações
todas as estáveis e concêntricas sem envolver domo Ausência de fragmentos intra-articulares Desvio < 2mm Fraturas baixas da coluna anterior Fraturas transversas baixas Fraturas 2 colunas mas com congruência 2ª Pacientes debilitados, muito idosos, osteoporose grave, politrauma não-compensado Lesões de Partes moles extensas com possível infecção
48
Tratamento conservador como
Repouso na cama na fase aguda para alívio sintomático Mobilização quadril assim que possível Carga proprioceptiva (<10kg) Rx AP + oblíquas a cada semana por 4 semanas Carga parcial progressiva após 6-12 semanas
49
Tratamento cirúrgico indicações
TODAS com instabilidade ou incongruência articular Instabilidade: luxação do quadril associado a Deslocamento da coluna ou da parede posterior Deslocamento da coluna ou da parede anterior Incogruência (> 2mm desvio do domo acetabular) Fratura do teto da cúpula Fragmentos ósseos retidos Fraturas deslocadas da cabeça femoral Interposição dos tecidos moles
50
Tratamento cirúrgico – outras indicações
Fratura da cabeça femoral Interposição de tecidos moles: + comum cápsula posterior Paralisia do nervo femoral ou ciático Lesão da artéria femoral com fratura da coluna anterior do acetábulo Fratura do fêmur ipsilateral Qualquer subluxação da cabeça femoral Fx da parede posterior com > 50% de envolvimento ou instáveis à flexão do quadril de 90°
51
Fatores preditores de ATQ precoce
``` Idade > 40 anos Luxação anterior Lesão cartilagem cabeça femoral Envolvimento parede posterior Impacção marginal Desvio > 2mm inicial Redução não anatômica Incongruência do teto acetabular no pós-op Utilização acesso iliofemoral estendido ```
52
Tempo para relizar a cirurgia
Maioria → estabilizar o paciente e otimizá-lo para cirurgia Deve ser realizada entre 5-7 dias (ideal até 10-15d) Após esse período, organização do hematoma, contratura partes moles <24h pode trazer risco de choque hemorrágico OBS: parede posterior pode ser tratada de imediato sem hemorragia > 3 semanas → necessária exposição extensa → piores desfechos Mortalidade geral de 0-2,5% → >60 anos de 5,7%
53
Indicações de fixação acetabular emergenciais
``` Fx colo femoral ipslateral Expostas Lesão vascular que necessita reparo Luxação irredutível Déficit progressivo ciático Luxação recorrente apesar de tração ```
54
Tratamento cirúrgico - Acessos
``` Póstero-lateral de Kocher-Langenbeck Acesso Modificado por Gibson Stoppa intrapélvico Modificado Anterior Ilioinguinal Ilieofemoral e Iliofemoral estendido Duplo: Kocher-Langenbeck + Anterior Ilioinguinal (simultâneo ou sequencial) ```
55
Póstero-lateral de Kocher-Langenbeck
Bom para PP e CP | Pode-se associar osteotomia grande trocânter para melhor exposição teto e CA
56
Acesso Modificado por Gibson
não lesiona glúteo máximo | → Incisão menos curva (+ cosmética para mulheres)
57
Stoppa intrapélvico Modificado
substituto do ilioinguinal → bom para PA,CA, transversa, PA/CA + posterior hemotransversa, em “T”, dupla coluna Mais vantajosa porque expõe melhor lâmina quadrilátera e coluna posterior Evita janela medial do acesso ilioinguinal (não disseca vasos inguinais) Importante identificar n. obturatório
58
Anterior Ilioinguinal
Bom para PA e CA e maioria das CA/PA + hemitransversa posterior e maioria das dupla colunas Janelas medial e lateral → risco de lesão de n. cutâneo lateral femoral, n. femoral, vasos ilíacos externos, canal inguinal e seu conteúdo
59
Ilieofemoral
limitado → bom para CA alta
60
Iliofemoral estendido
para fraturas complexas → Bom transversa + PP e fraturas em “T” e algumas dupla colunas Mais utilizado quando tratamento tardio (> 2 semanas)
61
Duplo: Kocher-Langenbeck + Anterior Ilioinguinal (simultâneo ou sequencial)
Bom para dupla coluna, transversas, em “T” | Exige mudança da posição pcte durante cx
62
Complicações
Precoces | Tardias
63
Complicações Precoces
Infecção → 5% (maior com cateter suprapúbico em acesso ilioinguinal; Morel-Lavallé em Kocher-Langenbeck; obesidade mórbida → IMC >40) TVP → 50% (mortalidade 5%) TEP → 5% Lesão nervosa → 30% cutâneo femoral lateral (mais comum) / 15% (porção Fibular do N. ciático/Fx parede posterior tto com Kocher-Langenbeck) → Maioria iatrogênica, maioria melhora em até 3 anos (65%)
64
Complicações Tardias
Ossificação heterotópica → 90% / surge com 3 semanas / + em TCE grave e K-L / profilaxia com indometacina (25mg, 3x/d, 4-6semanas) ou radiação (1 dose 700cGy) ONCF (Rx após 2anos) → atraso redução Lx (ppalmente > 24 h), atraso tto cx fx, trauma alta energia, fratura associada cabeça e lx posterior (7,5%) Artrose pós-traumática → 27% (principal fator relacionado = qualidade redução) Condrólise Pseudoartrose