Luxações de quadril e fratura cabeça femoral Flashcards

(69 cards)

1
Q
Na fratura da cabeça femoral, o fragmento livre localiza-se mais comumente na posição:Sobre a luxação traumática do quadril é correto afirmar:
A) anterolateral
B) anteromedial
C) posterolateral
D) posteromedial
A

b

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2
Q

Sobre as fraturas da cabeça femoral:
A) a fixação dos fragmentos não precisa ser realizada nos casos em que os fragmentos retornam à posição anatomica após redução fechada da luxação;B) no tipo 31-C1, segundo a classificação AO, ocorre depressão da cabeça femoral;
C) observa-se frequentemente associação de fraturas do colo femoral e do acetábulo;
D) Os tipos C3.1, C3.2 e C3.3 apresentam o pior prognóstico, pelo risco de perda do suprimento vascular do fragmento principal da cabeça femoral.

A

d

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3
Q

Sobre a luxação traumática do quadril é correto afirmar:
A) a lesão associada do nervo ciático ocorre em metade dos casos;
B) o ramo fibular é mais afetado que o tibial;
C) o retorno parcial da função do nervo ciático é praticamente nulo;
D) é mais comum quando a luxação é anterior;

A

b

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4
Q
A pp complicação tardia da fx luxação posterior do quadril
A) ON
B) artrose
C) lesão no n ciático
D) Ossificação heterotópica
A

b

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Q

Na luxação traumática do quadril com lesão do nervo ciático, transferências tendinosas não devem ser realizadas antes de um ano de evolução.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

Certo

A lesão do nervo ciático ocorre em 8-19% das luxações do quadril; +-40% conseguem recuperar uma boa função após a lesão; deve-se realizar uma ENMG após 3-4 sem e a cada 3 meses; após um ano sem evidências de recuperação motora clinicamente ou pela ENMG, pode-se pensar em tto das seqüelas; Jupiter, 1744;

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6
Q

Nas luxações traumáticas do quadril, a tomografia computadorizada é o exame de eleição para verificar obstáculos à redução concêntrica da articulação.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

CERTO

Nos casos de luxações irredutíveis ou que apresentem redução não concêntrica por interposição de fragmento ósseo ou capsular, ou redução instável por fratura na reborda, está indicada a redução aberta para remoção da interposição e fixação das fraturas. A tomografia á muito útil para diagnóstico dessas complicações e planejamento operatório

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7
Q

Após a redução de luxação traumática do quadril, a presença de fragmento na região da fóvea, mesmo que pequeno, é indicação para tratamento cirúrgico.

( ) Certo ( ) Errado ( ) Não sei

A

ERRADO

Não tem importância clínica, desde que não fique encarcerado entre as superfícies articulares. Júpiter 1723, 1735. Ver questão 205/2003.

Ocasionalmente uma imagem de CT pós-redução demonstrará um pequeno fragmento ósseo dentro da fossa acetabular 2ario a uma avulsão do ligamento redondo. Este não tem importância clínica desde que não fique encarcerado entre as superfícies articulares

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8
Q
  1. A luxação pura mais comum do quadril ocorre com a articulação em

A) adução, flexão e rotação medial.
B) adução, extensão e rotação lateral.
C) abdução, flexão e rotação medial.
D) abdução, extensão e rotação lateral.

A

a

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9
Q

Na luxação anterior traumática do quadril ocorre rutura da capsula:

a-) antero superior
b-) antero inferior
c-) postero superior
d-) postero inferior

A

b

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10
Q

Epidemio

A

Trauma de alta energia: veículos, atropelamentos, quedas, acidentes de trabalho e esportes

Urgência

Lesões associadas: 50%

Posterior 9:1 anterior

50% de resultados insatisfatórios, apesar do tto correto
Prognóstico depende de muitas variáveis: dano à cartilagem no impacto, lesão do suprimento sanguíneo da cabeça femoral,tempo até obter a redução

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11
Q

MECANISMO

A

Flexão, adução e RI
luxação posterior pura

Flexão parcial, pouca adução e RI
Fx Lx posterior

Hiperabdução e flexão/extensão e RE
luxação anterior

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12
Q

Trauma típico

A

TRAUMA EM DESACELERAÇÃO COM JOELHO E QUADRIS FLETIDOS COM IMPACTO NO JOELHO CONTRA PAINEL CARRO

Quanto mais flexão e aducao maior a tendência de lx pura posterior

Quanto menos flexão e RI ; maior tendência a fratura da parede posterior ou da cabeça femoral.

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13
Q

Luxação x anteversão femoral

A

Qto maior anteversão femoral – maior tendência a fratura-luxação

Qto menos anteversão femoral – maior tendência a luxação pura

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14
Q

Luxação anterior

A

A posição em flexão e extensão irá definir a posição da luxação.

Hiperabudção + RE + flexão = inferior ao forame obturatório
está fletido então a cabeça tende a ir pra baixo

Hiperabdução + RE + extensão = supra púbica

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15
Q

Lesões Associadas

A

Trauma de Alta Energia!!!!

95% dos casos os pacientes necessitarão de tratamento hospitalar para curar as lesões, independente da luxação!!

Relação com traumas intra-abdominais, cranianos e torácicos.

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16
Q

Lesões Ortopédicas associadas

A
Fx do anel pélvico
Fx do colo femoral, diáfise e cabeça
Fx de acetábulo
Lesão ligamentar no joelho (LCP e LX de JOELHO  trauma do painel)
Lesão na coluna
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17
Q

Exame clínico

A

Luxação posterior:
membro fletido, aduzido e rotado internamente

Luxação anterior:
Membro rotado externamente

Exame neurovascular:
n. ciático antes e após redução
10-20% Luxações posteriores

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18
Q

Imagem

A

Urgência: AP de pelve e perfil quadril

Após redução: Alar, obturatriz, inlet e outlet (Rockwood 8th) e TC
TC e radiografias complementares antes da redução somente ; se irredutibilidade ou suspeita fx colo femoral

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19
Q

Radiografia

A

Perda da congruência entre cabeça femoral e teto acetabular

Luxação posterior:
cabeça menor e lateral
Sobreposição cabeça com teto acetabular
Luxação posterior RI: trocanter menor menos aparente e colo femoral visto de perfil

Luxação anterior:
Cabeça maior e medial ou inferior ao acetábulo

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20
Q

tomografia computadorizada

A

TAC - 2mm

fragmentos intra-articulares *
fraturas da cabeça *
impacções da cabeça *
fraturas acetabulares
congruência articular

planejamento operatório

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21
Q

RNM

A

Na fase aguda ainda não foi consagrado como método complementar

Têm importância na avaliação de osteonecrose traumática (após 6-8 semanas)

Avalia lesão partes moles pós redução

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22
Q

Anatomia patológica

A

Rompe ou lacera o lig. Redondo ; avulsiona labrum

A capsula pode ser descolada como uma luva do acetábulo ou do fêmur ( L-shaped lesion)

Luxação posterior → capsula sofre ruptura direta na face posterior ou inferoposterior
Luxação anterior → psos funciona como fulcro e a capsula rompe anterior e inferiormente.

Ligamento em Y geralmente esta intacto na luxação posterior.

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23
Q

Anatomia patológica: lesões

A

A cabeça pode sofrer lesão por cisalhamento, impacção e avulsão.(avulsão + comum).

Impacção + luxação anterior ( alto risco NAV )
Cisalhamento + luxação posterior ( geralmente fragmento da cabeça é anteromedial )

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24
Q

Classificação

A

Thompson e Epstein
STEWART AND MILFORT
Epstein
Brumback

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25
Thompson e Epstein
Luxação posterior | I-V
26
Thompson e Epstein I
sem fratura ou com pequenos fragmentos do rebordo posterior
27
Thompson e Epstein II
luxação com fragmento grande e único do rebordo posterior
28
Thompson e Epstein III
luxação com fratura cominutiva da parede posterior, com ou sem fragmento maior
29
Thompson e Epstein IV
Com fratura do teto do acetábulo
30
Thompson e Epstein V
Com fratura da cabeça femoral
31
STEWART AND MILFORT
POSTERIOR Tipo I: lux s/ fratura Tipo II: fx lux, com fragmento mínimo que nào causa instabilidade Tipo III: fx lux com instabilidade Tipo IV: associada fx cabeça ou colo femoral
32
Epstein
Anterior Tipo I: superiores (púbicas e subespinhosas) ˜10% Tipo II: inferiores (obturatório) ~90% (+ frequentes) A: sem fx B: fx cabeça C: fx acetábulo
33
Brumback
leva em consideração tamanho fragmento, direção e estabilidade ( Lx + fx cabeça ) I-V
34
Brumback I
I: Lx posterior + fx cabeça inferomedial A: estável, sem fx acetábulo B: estável, com fx acetábulo
35
Brumback II
II: Lx posterior + fratura da cabeça superomedial A: estável, sem fx acetábulo B: instável, com fx acetábulo
36
Brumback III
III: Lx + fx colo A: sem fx cabeça B: com fx cabeça
37
Brumback IV
IV: Lux anterior A: Indentação, depressão súpero lateral na cabeça B: Transcondral, na área de carga da cabeça
38
Brumback V
V: Fx lux central, com fratura da cabeça
39
Fratura cabeça femoral: epidemio
5 – 15% das luxações de quadril 7 – 10% luxações posteriores 68% luxações anteriores
40
Fratura cabeça femoral: Classificação
AO | Pipkin
41
Pipkin
Fx-Lx cabeça fêmur Tipo I: caudal a fóvea Tipo II: cefálica a fóvea Tipo III: associada a fx do colo Tipo IV: associada a fx de acetábulo
42
Fratura cabeça femoral: AO
31C 1- avulsao 2- depressao
43
Manobras de redução
Allis Stimson ALLIS MOD. WALKER
44
Manobra de Allis
Posição supina Quadril e joelho fletidos Relaxamente IITT TRAÇÃO AXIAL + ESTABILIZAÇÃO PELVE PELO ASSISTENTE Tração axial + RI + Adução Pós redução: RE + extensão
45
ALLIS MOD. WALKER
LUXAÇÃO ANTERIOR INFERIOR Posição supina Leve flexão quadril + RI + adução + TRAÇÃO lateral Se luxação anterior superior – tração longitudinal + RI
46
Redução aberta
2-15% Luxação irredutível Lesão iatrogênica do ciático Redução incongruente com fragmentos encarcerados Interposição de partes moles Redução incongruente com fratura da cabeça tipo 1 Pipkin
47
Causas de Luxação Irredutível: anterior
``` Abotoamento através da cápsula Reto femoral Cápsula Labrum Psoas ```
48
Causas de Luxação Irredutível: Posterior
``` Tendão do piriforme Glúteo máximo Cápsula Ligamento redondo Parede posterior Fragmento ósseo Ligamento iliofemoral Lábio ```
49
Qual via de acesso para redução aberta?
Pra onde está luxado! Posterior -> Kocher-Langenbeck Anterior-> Smith-Petersen ou Watson-Jones E pra fixar a cabeça? Depende também da posição do fragmento da cabeça. Podem ser os mesmos acima, + Ganz com luxação controlada
50
Tratamento conservador
Sem fratura associada e com redução congruente Fratura da parede posterior clinicamente estável e com redução congruente Pipkin tipo I com articulação congruente Pipkin tipo II com redução anatômica e articulação congruente Avulsão do lig redondo com frag na fóvea que não comprometa a congruência FIXAR PAREDE ACETABULAR SE > 30% TAMANHO ; MESMO QUE CONGRUENTE QUALQUER FRAGMENTO ACETABULAR QUE GERE INSTABILIDADE ARTICULAR → DEVE SER FIXADO
51
Pós redução
Avaliação estabilidade Flexão 90° Rotação interna Adução
52
Pós redução estável
Repouso 2 semanas Mobilização passiva Evitar extremos de movimento 6-8 sem Carga parcial propioceptiva Carga após 6 semanas
53
Pós redução COM FX PAREDE POSTERIOR
Avaliar estabilidade nos casos que tto conservador é indicado !!! Isso é pra fx parede posterior !!! Controle fluoroscópico sob stress para avaliar estabilidade Flexão + RI → sentido de luxar cabeça Avaliar em AP , alar e obturatriz
54
TRATAMENTO: Pipkin I
Conservador Pequeno fragmento, redução anatômica Fragmento <1cm Congruência com boa ADM Cirúrgico Fragmento intra articular Incongruência , restrição ADM FIXAÇÃO OU RESSECÇÃO
55
TRATAMENTO: Pipkin II
Cirúrgico Área de carga RAFI Fragmento antero-medial → Lx controlada melhor abordagem São passíveis de tto conservador, se redução anatônica e congruência articular
56
TRATAMENTO: Pipkin III
Cirúrgico RAFI Urgência – diminuir complicações Se sem desvio ; fixar antes de reduzir Altos índices complicações ONCF Osteoartrose
57
Acesso para fixação fx cabeça e redução aberta
``` Posterior Luxação controlada de Ganz Acesso anterior direto Acesso antero lateral Acesso posterior ( Kocker Langenbeck ) ```
58
Posterior
Reluxação necessária Maior risco de NAV Lesão da a. circunflexa femoral medial ( vascularização da CF )
59
Luxação controlada de Ganz
A princípio melhores resultados que abordagem anterior e posterior Excelente exposição cirúrgica Útil para fixação de todos os tipos de fx cabeça Boa opção para fixação de associação de fx cabeça + acetábulo Intervalo entre glúteo máximo e tensor fáscia lata Osteotomia trôcanter → rebate para anterior Flexão e RE → Luxação controlada
60
Acesso anterior direto
Smith Petersen ou Intervalo de Heuter Abordagem medial ao tensor fáscia lata Preferível para fixação se fx cabeça Intervalo entre sartório e o tensor da fáscia lata Identificar a. circunflexa femoral lateral no interior da fáscia e ligá-la
61
Acesso antero lateral
Watson Jones Abordagem lateral ao tensor da fáscia lata, entre o TFL e o glúteo mínimo Preferível se luxação irredutível ou fx colo associada
62
Acesso posterior ( Kocker Langenbeck )
Manter quadril em extensão e joelho fletidos 90 graus → diminui tensão n. ciático Atentar para dissecção do m. quadrado femoral ( risco de NAV ) Quadrado femoral → artérial circunflexa femoral medial
63
ARTROSCOPIA
Ressecção de pequenos corpos livres pós redução Correção de lesões condro-labrais pós redução Ressecção de pequenos fragmentos ósseos com quadril estável Contra indicação: Fx acetábulo associada
64
Prognóstico
Luxação simples – melhores resultados I e II – semelhante a luxação simples IV – semelhante a fratura posterior acetábulo III – pior prognóstico ** fator prognóstico: tempo luxado Melhor <12h ou se possível <6h
65
COMPLICAÇÕES
``` Neuropraxia isquiático Ossificação heterotópica Osteoartrose pós traumática Lux recorrente: RARA 1-2% Osteonecrose ( NAV ) ```
66
Osteonecrose ( NAV )
Redução em até 6 hs → 0 – 10% NAV 5-40% casos ; Pode aparecer até 5 anos após lesão. Sinais radiográficos com 2 anos pós op geralmente NAV traumática é localizada e não disseminada como a NAV idiopática ou secundária a medicamentos → permite osteotomias
67
Osteoartrose pós traumática
Complicação longo prazo + frequente. Mais comum na luxação posterior > anterior Fratura luxação + OA >50% Pipkin II, III, IV
68
Neuropraxia isquiático
Porção fibular é a mais lesada 19% - principalmente fx luxação 70% recuperação espontânea Se déficit neurológico pós redução → exploração
69
Ossificação heterotópica
Mais comum em fx luxação posterior Mais comum após redução aberta posterior Causa: lesão muscular + stress cx