Gastro 1 (Esôfago e estômago) Flashcards

(273 cards)

1
Q

O 1/3 superior do esôfago é composto de músculo ______ (esquelético/liso).

A

Esquelético.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Os 2/3 inferiores do esôfago são compostos de músculo _______ (esquelético/liso).

A

Liso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

V ou F?

O 1/3 superior do esôfago é composto de músculo esquelético, sendo controlado de forma voluntária.

A

Verdadeiro.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

V ou F?

Os 2/3 inferiores do esôfago são compostos de músculo liso, sendo controlado de forma voluntária.

A

Falso

Os 2/3 inferiores do esôfago são compostos de músculo liso, sendo controlado de forma involuntária.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

A Linha Z marca a transição entre quais epitélios?

A

Escamoso (esôfago) e colunar (gástrico).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Quais os plexos nervosos que controlam a peristalse? (2)

A

Auerbach e Meissner.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Disfagia

A

Dificuldade de deglutição.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Disfagia

Classificação?

A
  1. Transferência (orofaríngea/alta);
  2. Condução (esofagiana/baixa).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Na disfagia de ________ (condução/transferência), o paciente tem dificuldade de passar o alimento da boca para o esôfago.

A

Transferência.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Na disfagia de transferência ocorre _______ (entalo/engasgo) do alimento.

A

Engasgo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Na disfagia de condução ocorre _______ (entalo/engasgo) do alimento.

A

Entalo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Na disfagia de ________ (condução/transferência) pode haver regurgitação nasal, aspiração traqueal, tosse e sialorreia.

A

Transferência.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

A disfagia de ________ (condução/transferência) pode ser observada tanto para sólidos quanto para sólidos e líquidos, podendo ser intermitente ou progressiva.

A

Condução.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Disfagia de transferência

Causas? (3)

A
  1. Doenças neurológicas;
  2. Doenças musculares;
  3. Obstruções intraluminais e extrínsecas.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Disfagia de transferência

Causas neurológicas? (4)

A
  1. Esclerose múltipla;
  2. Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA);
  3. Doença de Parkinson;
  4. AVE.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Disfagia de transferência

Causas musculares? (3)

A

MMM

  1. Miastenia gravis;
  2. Miopatias primárias;
  3. Miopatias inflamatórias idiopáticas (poli/dermatomiosite).
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Disfagia de transferência

Causas mecânicas (altas)?

A
  1. Obstruções extrínsecas: compressão vascular, bócio, abscesso retroamigdaliano, osteófito cervical.
  2. Obstruções intraluminais: abscesso periamigdaliano, tumores de cabeça e pescoço.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Disfagia de condução

Causas? (2)

A

Obstrução mecânica ou distúrbios motores do esôfago.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Disfagia de condução

Causas de obstrução mecânica? (7)

A

“EMTALADO”

  1. Estenose péptica;
  2. Membranas;
  3. Tumores malignos e benignos;
  4. Anéis;
  5. Lesões agudas (ingestão de produtos químicos);
  6. Divertículos esofagianos;
  7. Obstrução extrínseca.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Disfagia de condução

Distúrbios motores? (4)

A

“4 Es”

  1. Esofagopatia chagásica: acalásia secundária/primária;
  2. Espasmo esofagiano difuso/distal;
  3. Esclerodermia;
  4. Esfôfago em quebra-nozes.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Disfagia de condução

Clínica? (4)

A

Disfagia + Regurgitação + PErda de peso + Halitose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Disfagia de condução

O que explica a halitose?

A

Alimento fica por muito tempo dentro do esôfago (“entalo”) → ação de bactérias (putrefação) → halitose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Disfagia de condução

Exame inicial?

A

Esofagografia baritada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Disturbio motor mais comum do esôfago?

A

Acalásia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Acalásia primária
Distúrbio da motilidade do esôfago, em que ocorre perda de células ganglionares **somente** do plexo de **Auerbach**. ## Footnote Primária: Primeira letra do alfabeto (**A**uerbach)
26
Acalásia secundária (doença de Chagas)
Distúrbio da motilidade do esôfago, em que ocorre perda de células ganglionares do plexo de **Auerbach** e **Meissner**. ## Footnote Secundária: Segundo, os **dois** plexos
27
**Acalásia** Tríade clínica?
**D**isfagia de condução ("entalo") + **R**egurgitação + **E**magrecimento.
28
**Acalásia** Exames? (3)
1. Esofagomanometria (padrão-ouro); 2. Esofagografia baritada; 3. EDA.
29
**Acalásia** Esofagomanometria? (4)
1. **Falha de relaxamento do esfíncter esofagiano inferior (EEI) durante a deglutição;** 2. Hipertonia do EEI (p \> 35mmHg); 3. Peristalse anormal ou de baixa amplitude; 4. ↑Pressão intraluminal do corpo esofágico.
30
**Acalásia** Esofagografia baritada? (2)
1. Dilatação do corpo esofágico; 2. Afilamento do esôfago distal (retenção de contraste): sinal do "bico de pássaro" ou "chama de vela".
31
Na acalásia, sempre devemos pedir EDA para... (2)
1. Excluir outras causas: neoplasias e doenças infiltrativas; 2. Avaliar complicações: estenose e esofagite.
32
A acalásia predispõe a quais tipos de câncer? Cite-os. (2)
Carcinoma escamoso (espinocelular) e adenocarcinoma de esôfago.
33
**Acalásia** Variáveis avaliadas na classificação de Mascarenhas e Rezende?
1. **MA**scarenhas: numérica ("**MA**temático"); 2. **RE**zende: descritiva ("**RE**senha").
34
**Acalásia** Classificação de _Mascarenhas_?
Dilatação: 1. Grau I: \< 4 cm; 2. Grau II: 4-7 cm; 3. Grau III: 7-10 cm; 4. Grau IV: \> 10 cm (dolicomegaesôfago).
35
**Acalásia** Classificação de _Rezende e Moreira_?
1. Grupo I: calibre normal + trânsito lento + leve retenção de contraste; 2. Grupo II: ↑calibre + retenção moderada de contraste + hipertonia do EEI; 3. Grupo III: ↑↑calibre + grande retenção de contraste + hipotonia do EEI; 4. Grupo IV: dolicomegaesôfago, dobrando-se sobre a cúpula diafragmática + grande retenção de contraste + atonia.
36
**Acalásia** Classificação de _Pinotti_?
1. Incipiente: sem dilatação + leve estase de contraste + aperistalse + ondas de boa amplitude; 2. Não avançado: dilatação \< 7 cm + leve estase + aperistalse + ondas de baixa amplitude e longa duração; 3. Avançado: dilatação \> 7 cm ou dolicomegaesôfago. Estase + aperistalse + atonia + ondas muito fracas.
37
**Acalásia** Como tratar estágios _iniciais_? (2)
1. Farmacológica: nitrato, antagonistas do cálcio, sildenafil, botox (grau I); 2. Dilatação endoscópica por balão (grau II). "grau **D**ois = **D**ilatação"
38
**Acalásia** Como tratar estágios avançados/falha farmacológica/sintomas graves?
1. Cardiomiotomia de Heller associada à fundoplicatura parcial para diminuir o refluxo (grau III); 2. Esofagectomia total (grau IV).
39
Espasmo Esofagiano Difuso (EED)
Distúrbio neurogênico generalizado da motilidade esofágica, caracterizado por contrações vigorosas, simultâneas e não propulsivas do esôfago distal (≠ esôfago em quebra-nozes).
40
O Espasmo Esofagiano Difuso é mais comum em _______ (homens/mulheres).
Mulheres, com distúrbios psicossomáticos associados.
41
**Espasmo Esofagiano Difuso (EED)** Clínica? (2)
Disfagia + precordialgia intensa. ## Footnote Diagnóstico diferencial: Doença coronariana (IAM).
42
**Espasmo Esofagiano Difuso** Exames diagnósticos? (2)
Esofagomanometria com teste provocativo (padrão-ouro) e esofagografia baritada.
43
**Espasmo Esofagiano Difuso** Esofagomanometria com teste provocativo (betanecol)?
Intensas contrações simultâneas, não propulsivas, com pressões maiores que 120 mmHg e longas (\>2,5s)
44
**Espasmo Esofagiano Difuso** Esofagografia baritada?
Sinal do "saca-rolhas" ou "contas de rosário".
45
**Espasmo Esofagiano Difuso** Tratamento? (2)
1. Farmacológico: nitratos, BCC, botox, antidepressivos tricíclicos; 2. Refratários → esofagomiotomia longitudinal.
46
Distúrbio de hipermotilidade mais comum do esôfago?
Esôfago em quebra-nozes.
47
O esôfago em quebra-nozes apresenta contrações de _______ (alta/muito alta) amplitude.
Muito alta.
48
**V ou F?** No esfôfago em quebra-nozes, ocorre hipertrofia da musculatura esofagiana e hipertonia (\> 120 mmHg).
**Falso** No esfôfago em quebra-nozes, ocorre hipertrofia da musculatura esofagiana e hipertonia (**\> 180 mmHg**).
49
Ondas peristálticas terciárias por discinesia esofágica, traduz...
esôfago em quebra-nozes.
50
Contrações esofágicas fracas + EEI hipotônico, traduz...
lesão esofágica da Esclerodermia.
51
**Diverticulos esofagianos** Tipos? (3)
1. Verdadeiro: Hérnia todas as camadas da parede. 2. Falso (pseudo): Apenas mucosa e submucosa. 3. Intramural: Não ultrapassa o limite externo do esôfago.
52
**Diverticulos esofagianos** Patogênese? (2)
1. **Tração**: Processos de retração mediastinal ou linfonodo "puxam" e originam divertículos verdadeiros. 2. **Pulsão:** Decorrente de alguma dismotilidade, originam pseudodivertículos (+comum).
53
**Divertículo de Zenker** Fisiopatologia?
Hipertonia do Esfíncter Esofágico Superior (EES) + fragilidade do triângulo de Killian.
54
O triângulo de Killian fica entre as fibras oblíquas do músculo __________ (tireofaríngeo/cricofaríngeo) e as fibras horizontais do músculo __________ (tireofaríngeo/cricofaríngeo).
**TC** **T**ireofaríngeo; **C**ricofaríngeo.
55
É por essa área que ocorre herniação da mucosa e da submucosa (divertículo falso / por pulsão). Estamos falando do...
Triângulo de Killian.
56
**V ou F?** O divertículo de Zenker é mais comum em idosos na 7ª década de vida e geralmente à direita.
**Falso** O divertículo de Zenker é mais comum em idosos na 7ª década de vida e geralmente ocorre à _esquerda._ "Zenkerda"
57
**V ou F?** No início, o divertículo de Zenker pode gerar "engasgo" devido à hipertonia do EES. Todavia, com a formação do divertículo, pode ocorrer compressão extrínseca mais alta, gerando "entalo".
Verdadeiro.
58
**Divertículo de Zenker** Clínica? (3)
Disfagia + Regurgitação + Halitose.
59
**Divertículo de Zenker** Exame que deve ser evitado e por quê?
Endoscopia Digestiva Alta (EDA), pelo risco de perfuração.
60
**Divertículo de Zenker** Exame diagnóstico?
Esofagografia baritada.
61
**Divertículo de Zenker** Tratamento?
Miotomia do esfíncter esofágico superior 1. \< 2 cm: apenas miotomia; 2. \> 2 cm: miotomia + diverticulopexia (até 5 cm) ou ectomia (sempre em \>5 cm);
62
**Divertículo de Zenker** Alternativa ao tratamento cirúrgico? Indicação?
1. Endoscópico (Dohlman ou diverticulotomia endoscópica com Needle Knife). 2. Indicado se \> 3 cm.
63
Divertículo médio-esofágico
Retração pós-inflamatória de linfonodos mediastinais ↓ Divertículo por tração (verdadeiro), normalmente à direita.
64
Divertículo epifrênico
Distúrbio motor em esôfago inferior ↓ Divertículo por pulsão (falso).
65
**V ou F?** Anéis e membranas são áreas de estreitamento circunferencial da luz do esôfago, ocorrendo em até 10% da população e, comumente, são assintomáticos.
**Verdadeiro.**
66
Os _______ (anéis/membranas) envolvem toda a circunferência do esôfago e predominam em sua porção distal.
Anéis.
67
Os _______ (anéis/membranas) ocluem apenas parte da circunferência do esôfago e costumam ser mais proximais.
Membranas.
68
**Síndrome de Plummer-Vinson (Paterson-Kelly)** Tríade clínica?
Disfagia cervical + anemia ferropriva + membrana no esôfago superior.
69
Estreitamento anelar de 2 a 4 mm da mucosa esofágica distal, na junção escamocolunar e que costuma causar disfagia?
Anel de Schatzki.
70
**Anel de Schatzki** História típica?
**"Entalo" súbito** com um **pedaço de carne** (síndrome do "steakhouse").
71
**Anel de Schatzki** Perfil do paciente?
Homem \> 40 anos.
72
**Anel de Schatzki** Esofagografia?
Estreitamento laminar e JEG em região torácica.
73
**Anel de Schatzki** Clínica?
Disfagia de condução.
74
**Anel de Schatzki** Tratamento?
Ruptura endoscópica do anel - dilatação por balão.
75
Dispepsia
Dor epigástrica no último mês.
76
As dispepsias podem ser divididas em... (2)
orgânica e funcional.
77
As dispepsias orgânicas podem ser causadas por... (6)
1. DRGE; 2. Gastrite; 3. Doença Ulcerosa Péptica; 4. Doença pancreática ou biliar; 5. Intolerância alimentar/medicamentosa; 6. Câncer.
78
As dispepsias funcionais podem ser causadas por... (4)
1. Gastrite; 2. Enterite por Helicobacter pylori; 3. Hipersensibilidade visceral; 4. Transtorno de ansiedade/humor.
79
Quais os critérios de Roma IV para diagnóstico de dispepsia funcional? (3)
1. Dispepsia nos últimos 3 meses, com início nos últimos 6 meses; 2. Ausência de lesão na EDA; 3. Um ou + dos seguintes: * Plenitude pós-prandial; * Saciedade precoce; * Dor epigástrica ou queimação epigástrica.
80
Quando solicitar EDA na abordagem inicial do paciente com queixa de dispepsia? (2)
1. Idade ≥ 45 anos; 2. Sinais de alarme "**DOEA**": * **D**isfagia; * **O**dinofagia; * **E**magrecimento; * **A**nemia.
81
Qual a conduta diante de paciente com dispepsia sem indicação de EDA?
Testar H. pylori.
82
Como pesquisar H. pylori? Interprete.
Se (+): erradica e se (-): IBP.
83
**V ou F?** A ocorrência de refluxo não é necessariamente patológico. O que caracteriza a DRGE em si é um refluxo insistente, persistente, que gera sintoma/incômodo ao paciente.
Verdadeiro.
84
**DRGE** Fisiopatologia?
Perda de mecanismos antirrefluxo: 1. Hipotonia e relaxamento inadequado do esfíncter esofágico inferior; 2. Junção esôfago-gástrica alterada.
85
**V ou F?** Consideramos DRGE só quando houver alterações clínicas ou endoscópicas.
**Verdadeiro.**
86
**DRGE** Sintomas típicos (esofagianos)? (2)
Pirose (queimação retroesternal) e regurgitação (conteúdo ácido / "gosto amargo na boca").
87
**DRGE** Sintomas atípicos (extra-esofagianos)? (9)
1. Faringite/laringite; 2. Rouquidão; 3. Halitose; 4. Desgaste do esmalte dentário e aftas; 5. Tosse crônica; 6. Broncoespasmo; 7. PNM de repetição; 8. "Dor torácica não cardíaca"; 9. Globus ("nó na garganta").
88
**V ou F?** A queixa de disfagia na DRGE não é comum.
**Verdadeiro** Se presente: pensar em estenose péptica ou adenocarcinoma.
89
**V ou F?** O diagnóstico de DRGE é clínico, podendo-se realizar prova terapêutica de supressão ácida.
**Verdadeiro.**
90
**DRGE** Como realizar prova terapêutica?
IBP 1x/dia em dose padrão por 2 semanas (se +, continuar por mais 6 semanas).
91
**DRGE** Indicações da prova terapêutica? (2)
1. Sem EDA ou qualquer exame que confirme a doença; 2. Suspeitos e sem indicação de EDA na abordagem inicial.
92
**DRGE** Exame diagnóstico padrão-ouro?
pHmetria de 24h. ## Footnote (alguns autores consideram a impedanciometria - mostra refluxo não-ácido)
93
**DRGE** Quando solicitar EDA? (3)
1. Idade ≥ 45 anos; 2. Sinais de alarme; 3. Refratariedade ao tratamento clínico.
94
**V ou F?** EDA normal não exclui DRGE.
**Verdadeiro.**
95
**V ou F?** Complicações da DRGE são vistas, na EDA, em 50% dos casos.
**Verdadeiro.**
96
**V ou F?** A EDA, na DRGE, serve para pesquisar complicações, afastar câncer e outras patologias.
**Verdadeiro.**
97
**DRGE** Sinais de alarme que indicam EDA? (6)
**ALARME** 1. **A**nemia; 2. **L**infadenopatia; 3. **A**marelão: icterícia; 4. "**R**aull": vômitos de repetição/hematêmese; 5. **M**assa na garganta: odinofagia/disfagia; 6. **E**magrecimento.
98
**DRGE** Complicações? (5)
1. Esôfago de Barrett; 2. Esofagite de refluxo; 3. Estenose péptica do esôfago; 4. Úlcera esofágica; 5. Sintomas respiratórios.
99
**Esofagite de refluxo** Classificações endoscópicas? O que avaliam?
1. Savary-Miller (I a V): avalia complicações; 2. Los Angeles (A a D): avalia gravidade das lesões.
100
**Esofagite de refluxo** Classificação de Savary-Miller?
1. Erosões em 1 prega; 2. Erosões em ≥ 2 pregas. 3. Erosões ocupando toda a circunferência do esôfago; 4. Úlceras e estenose, isoladas ou associadas às lesões nos graus I e III; 5. Esôfago de Barrett.
101
**Esofagite de refluxo** Savary-Miller grau...
I. ## Footnote (erosões em 1 prega)
102
**Esofagite de refluxo** Savary-Miller grau...
IV. ## Footnote (úlceras e estenose, isoladas ou associadas às lesões nos graus 1 e 3)
103
**Esofagite de refluxo** Savary-Miller grau...
II. ## Footnote (erosões em \> 2 pregas)
104
**Esofagite de refluxo** Savary-Miller grau...
III. ## Footnote (erosões ocupando toda a circunferência)
105
**Esofagite de refluxo** Savary-Miller grau...
V. ## Footnote (esôfago de Barrett)
106
**Esofagite de refluxo** Classificação de Los Angeles?
1. Erosões até 5 mm; 2. Erosões \> 5 mm não contínuas; 3. Erosões \> 5 mm contínuas envolvendo \< 75% da circunferência; 4. Erosões envolvendo \> 75% da circunferência.
107
**V ou F?** A DRGE não é indicação para erradicação da H. pylori.
**Verdadeiro.**
108
**DRGE** Opções terapêuticas? (3)
1. Não farmacológica: medidas antirrefluxo; 2. Farmacológica: antissecretores (Inibidores da Bomba de Prótons - IBPs); 3. Cirúrgica: fundoplicatura de Nissen.
109
**V ou F?** As medidas antirrefluxo são indicadas para todos os pacientes com DRGE e tem eficácia comprovada.
**Falso** As medidas antirrefluxo são indicadas para todos os pacientes com DRGE e tem eficácia _controversa_.
110
**DRGE** Medidas antirrefluxo? (5)
1. ↑Cabeceira; 2. ↓Peso; 3. Controle dietético; 4. Evitar comer antes de deitar; 5. Suspender alimentos deflagradores.
111
**DRGE** Tratamento clínico inicial?
IBP em dose plena (Omeprazol 20 mg / Lanso 30 mg / Panto 40 mg) + medidas antirrefluxo, por 4 a 8 semanas.
112
**DRGE** Paciente que não responde ao tratamento clínico em 2-4 semanas, eu devo...
Dobrar a dose do IBP e realizar por mais 12 semanas.
113
**DRGE** Quanto ao tratamento clínico de pacientes com esofagites graus III-V de Savary-Miller / C-D de Los Angeles, eu devo...
iniciar IBP em dose dobrada.
114
**V ou F?** Os pacientes com diagnóstico inicial de esofagite moderada ou grave devem realizar EDA de controle após o tratamento.
**Verdadeiro.**
115
**DRGE** Quais as opções diante do paciente que finalizou o tratamento padrão e voltou a apresentar sintomas? (2)
Uso de IBP: 1. Sob demanda: somente durante período sintomático; 2. Crônico: de forma ininterrupta.
116
**DRGE** Quando considerar o paciente como refratário ao tratamento?
Não respondeu à dose dobrada de IBP. ## Footnote (deve-se pesquisar outras etiologias)
117
**DRGE (doença do refluxo gastroesofágico)** Quais as indicações de tratamento cirúrgico? (5)
1. Alternativa ao uso crônico; 2. Complicações: estenose; úlcera; 3. Pacientes impossibilitados do uso de terapia de manutenção; 4. Associação com hérnia de hiato; 5. Refratariedade ao tratamento clínico.
118
**DRGE** Quais exames pedir antes de realizar o tratamento cirúrgico? (2)
1. pHmetria 24 horas: confirma DRGE; 2. Esofagomanometria: procura aperistalse e auxilia na escolha da técnica.
119
**DRGE** Principal técnica cirúrgica?
**Fundoplicatura total (de Nissen)** Consiste no envolvimento completo de 360º do esôfago distal pelo fundo gástrico, formando uma válvula anti-refluxo.
120
**V ou F?** Pacientes com obesidade mórbida e DRGE necessitam fazer bariátrica
**Verdadeiro.**
121
**DRGE** Qual a indicação da fundoplicatura _parcial_?
Aperistalse esofagiana.
122
**DRGE** Fundoplicatura parcial: técnicas? (anterior x posterior)
1. Anterior: Dor (180º) e Thal-Hatafuku (90º); 2. Posterior: Toupet -Lind (270º).
123
**V ou F?** Na fundoplicatura parcial anterior de Thal, há o envolvimento de 180º do esôfago distal pelo fundo gástrico, formando uma válvula anti-refluxo.
**Falso** Na fundoplicatura parcial anterior de **Dor**, há o envolvimento de 180º do esôfago distal pelo fundo gástrico, formando uma válvula anti-refluxo.
124
**V ou F?** Na fundoplicatura parcial anterior de Thal-hatafuku, há o envolvimento de 90º.
Verdadeiro.
125
**V ou F?** A técnica de fundoplicatura parcial de Lind-Toupet consiste num envolvimento anterior do esôfago de 270º.
**Falso** A técnica de fundoplicatura parcial de Lind-Toupet consiste num envolvimento _posterior_ do esôfago de 270º. "Pra ficar **Lin**do joga o **Toupet** pra trás (posterior)"
126
**Esôfago de Barrett** Definição histológica?
**Metaplasia intestinal** Substituição de epitélio escamoso estratificado do esôfago por epitélio colunar do intestino.
127
**Esôfago de Barrett** Classificação de Savary-Miller? (grau V)
Mucosa de coloração "vermelho-salmão".
128
**Esôfago de Barrett** Diagnóstico confirmatório?
Biópsia: células caliciformes. ## Footnote (a EDA somente levanta suspeita)
129
**Esôfago de Barrett** Sequência evolutiva até o desenvolvimento de câncer? (4)
Metaplasia intestinal ↓ Displasia de baixo grau ↓ Displasia de alto grau (CA in situ) ↓ Adenocarcinoma invasivo.
130
**V ou F?** O esôfago de Barrett é uma lesão precursora do adenocarcinoma invasivo de esôfago.
**Verdadeiro.**
131
**Esôfago de Barrett** Conduta para paciente sem displasia? (Consenso Brasileiro x ACG)
1. Consenso: 1 EDA no 1º ano e, após, a cada 2-3 anos. 2. ACG: nova EDA com 3-5 anos.
132
**Esôfago de Barrett** Conduta para paciente com displasia de baixo grau? (Consenso Brasileiro x ACG)
1. Consenso: 2 EDAs no 1º ano e, após, anualmente. 2. ACG: ablação endoscópica.
133
**Esôfago de Barrett** Conduta para paciente com displasia de alto grau?
Ressecção/ ablação endoscópica.
134
**Estenose peptica do esôfago** Clínica? (2)
Disfagia insidiosa + Pirose (reduz ou desaparece com o tempo = proteção)
135
**Estenose peptica do esôfago** Tratamento?
Dilatação endoscópica + IBP a longo prazo.
136
**V ou F?** O RGE é comum nos primeiros meses de vida, sendo considerado DRGE quando apresenta: défict pôndero-estrutural, irritabilidade ou PNM de repetição
**Verdadeiro**
137
**DRGE** Tratamento de escolha na pediatria?
1. 1ª linha: medidas não farmacológicas (↑frequência, ↓volume, posição ereta pós-mamar, engrossar a fórmila); 2. Refratários: Bloqueadores H2 (Ranitidina).
138
**Hérnia de hiato** Tipos?
1. Deslizamento: JEG hernia; 2. Rolamento: só o fundo hernia; 3. Mista: JEG + fundo; 4. Gigante.
139
**Hérnia de hiato** Tratamento?
1. Tipo 1: indicação de cirurgia pela DRGE. 2. Paraesofágica (2,3,4): sintomático.
140
**Candidíase esofágica** Clínica? Tratamento?
1. Placas esbranquiçadas não aderidas (geralmente imunodeprimidos) com candidíase oral associada (90%); 2. Fluconazol.
141
**Herpes esofágico** Clínica? Tratamento?
1. Múltiplas, pequenas e bordas elevadas (bx no halo) que podem apresentar dor intensa, febre e vesículas nos labios; 2. Aciclovir.
142
**CMV esofágica** Clínica? Tratamento?
1. Única, grande, plana (Bx no centro); 2. Gangiclovir.
143
**Esofagite eosinofílica (alérgica)** Epidemiologia?
Crianças e adultos jovens com **história de atopia**
144
**Esofagite eosinofílica (alérgica)** Quadro clínico?
1. Disfagia; 2. Impactação; 3. Dor torácica; 4. Pirose.
145
**Esofagite eosinofílica (alérgica)** Diagnóstico?
1. Eosinofilia/ ↑IgE; 2. EDA: Aneis mucosos e pápulas esbranquiçadas (microabcessos) com \>15 eosinófilos por campo.
146
**Esofagite eosinofílica (alérgica)** Tratamento?
1. IBP por 8 semanas; 2. Refratários: terapia dietética + corticoide tópico.
147
Carcinoma escamoso de esôfago normalmente ocorre na porção ______ (distal/média), enquanto o adenocarcinoma predomina na região ______ (distal/média).
Média; distal.
148
**V ou F?** O CA de esôfago invade mais facilmente as estruturas adjacentes devido à ausência de camada serosa.
**Verdadeiro.**
149
**CA esofágico** *escamoso* Fatores de risco? (4)
**TATA** 1. **T**abagismo; 2. **A**lcoolismo; 3. **T**ilose; 4. **A**calásia.
150
**CA esofágico** *adenocarcinoma* Fatores de risco? (4)
1. Barret; 2. DRGE; 3. Obesidade; 4. Bisfosfonados.
151
**Adenocarcinoma esofágico** Principal condição predisponente?
Esôfago de Barret (metaplasia intestinal).
152
Síndrome de Howel-Evans
Associação de tilose palmo-plantar com neoplasia esofágica.
153
**CA esofágico** Sintomas? (3)
1. **Disfagia progressiva**; 2. Odinofagia; 3. Emagrecimento.
154
A disfagia e emagrecimento do CA de esôfago evoluem em ______ (meses/anos), enquanto na acalásia em ______ (meses/anos).
Meses; anos.
155
**CA esofágico** Diagnóstico? (2)
Esofagografia baritada e esofagoscopia com biópsia.
156
**CA esofágico** Sinal radiológico clássico?
Sinal da maçã mordida/do degrau.
157
**CA esofágico** Melhor exame para estadiar o "T" e "N"?
USG endoscópico.
158
**CA esofágico** Sinal de invasão ao USG endoscópico?
Ausência de plano de clivagem.
159
**CA esofágico** Estadiamento TIS?
Carcinoma in situ (displasia de alto grau).
160
**CA esofágico** Estadiamento T1?
1. T1a: até lâmina própria ou muscular da mucosa; 2. T1b: invasão da submucosa.
161
**CA esofágico** Estadiamento T2?
Invade a muscular própria.
162
**CA esofágico** Estadiamento T3?
Atinge a adventícia.
163
**CA esofágico** Estadiamento T4?
Atinge estruturas adjacentes: 1. T4a: ressecável (ex.: pericárdio, pleura, diafragma); 2. T4b: irresecável (ex.: aorta, traqueia, corpo vertebral).
164
**CA esofágico** Estadiamento N1, N2 e N3?
1. N1: 1-2 linfonodos regionais; 2. N2: 3-6 linfonodos regionais; 3. N3: ≥ 7 linfonodos regionais.
165
**CA esofágico** Estadiamento M1?
Metástase à distância: 1. M1a: linfonodos não-regionais; 2. M1**b**: osso ("**b**one"); 3. M1c: outras regiões.
166
**CA esofágico** Conduta no T1aN0 (restrito à mucosa)?
Mucosectomia endocópica.
167
**CA esofágico** Conduta no ≥ T1b e \< T4b M0?
QT/RT neoadjuvante + esofagectomia (4-6 pós) + linfadenectomia regional
168
**CA esofágico** Conduta se T4B ou M1?
Tratamento paliativo. ## Footnote (Stent + RT)
169
**CA esofágico** Conduta em pacientes com comorbidades/mal estado geral?
QT + RT exclusiva!
170
CA esofágico T4 é irressecável quando atinge... (3)
1. Aorta; 2. Corpo vertebral; 3. Traqueia.
171
A técnica de esofagectomia com melhor linfadenectomia mas maior morbimortalidade é a ________ (transtorácica/transhiatal).
Transtorácica. ## Footnote (transhiatal: ↓linfadenectomia e ↓morbimortalidade)
172
Qual região do estômago é responsável pela maior parte da produção ácida?
Fundo gástrico. ## Footnote (há maior população das células parietais)
173
Quais fatores estimulam as células parietais e, consequentemente, a produção ácida? (3)
1. Nervo vago (AcH); 2. Células G, presentes no antro. 3. Histamina.
174
Células que produzem gastrina? Onde? Qual seu efeito?
1. Células G ("Gastrina"). 2. Antro gástrico; 3. Estimulação das células parietais: ↑H+.
175
Células que produzem somatostatina? Onde? Qual seu efeito?
1. Células D; 2. Antro gástrico; 3. Inibição da gastrina: ↓H+.
176
Principal substância responsável pela manutenção da barreira mucosa gástrica?
Prostaglandinas.
177
A _________ (somatostatina/gastrina) tem efeito estimulante sobre a produção ácida enquanto que a _________ (somatostatina/gastrina) tem efeito inibitório.
Gastrina; somatostatina. ## Footnote Macete: a **G**astrina estimula (ponto "**G**")😏
178
Úlcera _______ (gástrica/duodenal) é a mais comum.
Duodenal.
179
**Úlcera péptica** Fatores predisponentes? (2)
1. ↑Acidez: H. pylori, gastrinoma, mastocitose, leucemia basofílica; 2. ↓Defesas mucosas: AAS/AINE, isquemia, alcool, tabaco, H. pylori crônico.
180
**Úlcera péptica** Mecanismo de ação dos AINEs/AAS?
Inibição da COX → ↓ Prostaglandinas (responsáveis pela barreira mucosa gástrica).
181
**V ou F?** As prostaglandinas do "mal" são provenientes do ciclo da COX-2.
**Verdadeiro** ## Footnote E as prostaglandinas do "bem"? "O bem sempre ganha = vem em **1**º lugar" = ciclo da COX-**1**.
182
A úlcera ________ (gástrica/duodenal) é mais frequente na faixa etária mais jovem, enquanto que a úlcera ________ (gástrica/duodenal) é mais frequente em idosos.
Duodenal; gástrica.
183
Helicobacter pylori é um bacilo gram _________ (positivo/negativo).
Negativo.
184
**V ou F?** A maioria dos caso de infecção pelo H. pylori não tem repercussão clínica.
**Verdadeiro.**
185
**H. pylori** Mecanismo de ação na infecção restrita ao antro? (5)
Destruição das células D ↓ **↓Somatostatina** ↓ ↑Gastrina ↓ **↑HCl (hipercloridria)** ↓ Úlcera péptica.
186
**H. pylori** Quando tratar? (6)
1. **Dispepsia;** 2. **Doença ulcerosa péptica (ativa ou cicatrizada);** 3. **Linfoma MALT;** 4. História pessoal ou familar (1º grau) de câncer gástrico; 5. Portadores de PTI; 6. Usuários crônicos de AINE ou AAS.
187
**H. pylori** Terapia padrão-ouro? (3)
**CAO** 1. **C**laritromicina 500 mg 12/12h; 2. **A**moxicilina 1g 12/12h; 3. IBP dose plena 12/12h (**o**meprazol). (por 14 dias)
188
**H. pylori** Mecanismo de ação na infecção disseminada? (4)
Destruição das células parietais ↓ ↓Produção de ácido (↓H+) ↓ Hipocloridria + **↓barreira** ↓ Úlcera péptica.
189
A úlcera _______ (duodenal/gástrica) é decorrente de hipercloridria enquanto que a úlcera ______ (duodenal/gástrica) pode ser decorrente tanto de hiper quanto hipocloridria.
Duodenal; gástrica.
190
A úlcera _______ (gástrica/duodenal) cursa com dispepsia que piora com a alimentação e está mais associada à náuseas.
Gástrica.
191
A úlcera _______ (gástrica/duodenal) cursa com dispepsia 2-3 horas após refeição, geralmente noturna e alivia com a ingesta de alimentos.
Duodenal. ## Footnote Pode acordar o paciente à noite (descarga vagal)
192
Úlceras pépticas causadas por hipocloridria?
1. Gástrica I: pequena curvatura baixa; 2. Gástrica IV: pequena curvatura alta. ## Footnote "**Hipo**cloridria = as da **hipo**curva **14** do estômago (tipo **I** e **IV**)"
193
Úlceras pépticas causadas por hipercloridria?
1. Gástrica II: corpo gástrico; 2. Gástrica III: pré-pilórica; 3. Duodenal. ## Footnote "**Hiper**cloridria = as da **hiper**curva **23D** (tipo **II** e **III** + **Duodenal**)"
194
**Úlcera gástrica** *tipo V* Localização?
Qualquer local do estômago, sendo uma úlcera induzida por fármacos (ex.: AINE). ## Footnote (existência não-consensual)
195
**Doença ulcerosa péptica (DUP)** Indicações de EDA? (3)
1. Idade \> 45-55 anos; 2. Presença de sinais de alarme; 3. Refratário ao tratamento empírico com IBP.
196
**V ou F?** Na presença de úlcera duodenal devemos sempre biopsiar pelo alto risco de câncer.
**Falso** Na presença de _úlcera gástrica_ devemos sempre biopsiar pelo alto risco de câncer.
197
**H. Pylori** Indicações de controle de cura?
Úlcera péptica e Linfoma MALT ## Footnote Realizar controle de cura só após 4 semanas do término do tratamento (sorologia é proibido).
198
Todo paciente com diagnóstico de úlcera péptica deve receber pesquisa para H. Pylori. Como é feita?
199
Recomendações para controle de cura pós-tratamento de infecção por H. pylori? (2)
1. Testar H. pylori após 4 semanas do tratamento; 2. Se úlcera gástrica: nova EDA após 4 semanas.
200
**Úlcera péptica** Indicações de cirurgia? (2)
1. Refratariedade/recidiva; 2. Complicação aguda (perfuração, hemorragia).
201
**Úlcera péptica** *+ hipercloridria* Técnica cirúrgica?
Vagotomia ± antrectomia/piloroplastia.
202
**V ou F?** A vagotomia superseletiva cursa com a desconexão do nervo de laterjet e apresenta menor taxa de recidiva quando comparada à vagotomia troncular.
**Falso.** A vagotomia superseletiva cursa com a desconexão do nervo de laterjet e apresenta _maior taxa de recidiva quando comparada à vagotomia troncular._
203
Na úlcera gástrica, sempre devemos retirar a área do estômago que contiver a úlcera, pelo medo de...
Câncer!
204
Reconstrução à Billroth I
Gastrectomia parcial + anastomose gastroduodenal término-terminal.
205
Reconstrução à Billroth II
Gastrectomia parcial com encerramento do coto duodenal + anastomose gastrojejunal (gastrojejunostomia + alça aferente).
206
**Úlcera gástrica** *tipo I (peq. curv. baixa)* Técnica cirúrgica?
Antrectomia + reconstrução a Billroth I.
207
**Úlcera gástrica** *tipo II (corpo) e III (pré-pilórica)* Técnica cirúrgica?
Vagotomia troncular + antrectomia + reconstrução a Billroth II. ## Footnote (a antrectomia é estendida para que seja retirada a área que contém a úlcera)
208
**Úlcera gástrica** *tipo IV (peq. curv. alta)* Técnica cirúrgica?
Gastrectomia subtotal + reconstrução Y de Roux.
209
Síndromes pós-gastrectomia? (3)
1. Dumping (precoce/tardia); 2. Gastrite alcalina por refluxo biliar; 3. Da alça aferente.
210
Síndrome de Dumping
Passagem rápida do estômago para o intestino de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, em pacientes submetidos a cirurgias gástricas. Perde barreira pilórica → passagem direta do alimento ao duodeno.
211
**Síndrome de Dumping** *precoce* Clínica?
1. Gastrointestinais (mecânicos): distensão abdominal + dor + náuseas + diarreia; 2. Vasomotores: taquicardia, palpitação, rubor (devido à hiperativação simpática em até 20 min pós-alimentação).
212
**Síndrome de Dumping** *tardia* Clínica?
**Hipoglicemia (↑insulina) 2-3h** pós-alimentação. ## Footnote Alimento chega de uma só vez ao duodeno → liberação exagerada de insulina → com o passar do tempo (2-3h) a glicose circulante acaba, mas ainda há insulina sobrando → ....hipoglicemia.
213
**Síndrome de Dumping** Tratamento?
1. Deitar após a alimentação: lentifica a passagem de alimento ao duodeno; 2. Fracionar as refeições.
214
Gastrite alcalina por refluxo biliar
Refluxo de conteúdo biliar e pancreático gerando gastrite.
215
A gastrite alcalina por refluxo biliar é uma complicação mais comumumente encontrada após gastrectomia com reconstrução à Billroth _ (I/II).
II. ## Footnote (mas também pode ocorrer na billroth I, embora menos comum).
216
**Gastrite alcalina por refluxo biliar** Clínica?
Dor contínua, sem melhora com vômito (bilioso).
217
**Gastrite alcalina por refluxo biliar** Tratamento?
1. Reoperação em Y de Roux; 2. Colestiramina (droga que inativa a bile, agindo como um quelante de sal biliar).
218
**V ou F?** A gastrite alcalina de refluxo é a mais freqüente dentre as síndromes pós-gastrectomias, caracterizada por sintomas dispépticos de intensidades variáveis e regurgitação biliar pós-prandial.
**Verdadeiro.**
219
Síndrome da alça aferente
Angulação da alça aferente gerando semi-obstrução. Só ocorre em Billroth II.
220
**Síndrome da alça aferente** Clínica?
Dor que piora após refeição e que **melhora com vômito** (bilioso e em jato).
221
**Síndrome da alça aferente** Tratamento?
Reoperação em Y de Roux.
222
**V ou F?** 90% das úlceras duodenais são causadas por H. Pylori.
Verdadeiro.
223
**Úlcera péptica** Quando indicar cirurgia?
"**POH**" + refratariedade! 1. Perfuração; 2. Obstrução; 3. Hemorragia.
224
Úlceras duodenais perfuram mais na parede ________ (anterior/posterior), mas sangram mais na parede ________ (anterior/posterior).
Anterior; posterior. ## Footnote (a.gastroduodenal passa posteriormente)
225
**Úlcera duodenal** Técnica cirúrgica com mais recidivas e menos complicações?
Vagotomia superseletiva (gástrica proximal).
226
**Úlcera** perfurada 1ª pergunda para definir o tratamento?
Duodenal ou gástrica
227
**Úlcera** duodenal perfurada Tratamento?
Tratou H.pylori? 1. Não → ulcerorrafia + tampão de graham (omento) + tto do h.pylori. 2. Sim → estável? * Não → ulcerorrafia + tampão. * Sim → Antrectomia + vagotomia troncular + BII (definitiva).
228
**Úlcera** gástrica perfurada Tratamento?
Estável? 1. Não → ulcerorrafia + tampão; 2. Sim → Definitiva.
229
**CA gástrico** Tipo histológico mais comum?
Adenocarcinoma (90%).
230
**CA gástrico** Subtipos histológicos de Lauren?
Intestinal e difuso.
231
**CA gástrico** Fatores de risco da forma _intestinal_? (5)
1. Homem; 2. \> 50 anos; 3. Gastrite crônica atrófica; 4. Fatores ambientais; 5. Gastrite atrófica e pólipos. "**I**ntestinal típico dos **I**dosos"
232
**V ou F?** A forma _difusa_ do CA gástrico, acomete mais mulheres idosas.
**Falso** A forma difusa do CA gástrico, acomete mais mulheres jovens. "**DI**fuso: epidemiologia **DI**ferente"
233
**CA gástrico** Histologia da forma difusa?
Células em anel de sinete. ## Footnote (acúmulo mucoide deslocando o citoplasma para a periferia)
234
**CA gástrico** Histologia da forma _intestinal_?
Células malignas tendem a formar glândulas.
235
Epidemiologia e subtipo do CA gástrico?
1. Mulher jovem; 2. Subtipo difuso de Lauren; 3. História familiar; 4. Estômago proximal. ## Footnote "**D**á (**D**ifuso) o **Anel de sinete** para a **mulher jovem** com sangue tipo **A**"
236
**CA gástrico** Mecanismo relacionado ao H. pylori?
Hipocloridria que leva à metaplasia intestinal.
237
CA gástrico intestinal apresenta ______ (melhor/pior) prognóstico, sendo ______ (menos/mais) diferenciado.
Melhor; mais. ## Footnote "**D**ifuso é o mais **D**anoso"
238
O CA gástrico com maior hereditariedade e associado ao sangue tipo A é o ______ (intestinal/difuso).
Difuso. ## Footnote "Sangue **A**: **A** moça jovem: Epidemiologia do CA **difuso**"
239
O CA gástrico ______ (intestinal/difuso) apresenta disseminação predominantemente linfática.
Difuso. ## Footnote intestinal tem disseminação hematogênica
240
**CA gástrico** Localização?
1. 35% antro; 2. 15-30% corpo; 3. **30-40% fundo.**
241
**CA gástrico** Classificação macroscópica?
Classificação de Borrmann (1 a 5).
242
**CA gástrico** Borrmann tipo 1?
Polipoide não-ulcerado.
243
**CA gástrico** Borrmann tipo 2?
Úlcera com bordas nítidas e elevadas.
244
**CA gástrico** Borrmann tipo 3?
Úlceras com bordas imprecisas.
245
**CA gástrico** Borrmann tipo 4?
Infiltrante.
246
**CA gástrico** Borrmann tipo 5?
Não se enquadra nos tipos de 1 a 4.
247
Linite plástica
CA gástrico Borrmann 4 (infiltrante).
248
**V ou F?** CA gástrico mais comum é Borrmann 2.
**Falso** CA gástrico mais comum é _Borrmann 3_.
249
**CA gástrico** Definição de câncer gástrico precoce pela sociedade japonesa?
Tumor restrito a mucos e submucosa, independente de acometimento linfonodal (T1) ## Footnote cura 85%
250
**CA gástrico** Clínica? (2)
Dispepsia e emagrecimento.
251
**CA gástrico** Evidência de disseminação linfática?
Adenomegalia supraclavicular esquerda (linfonodo de Virchow) e axilar (linfonodo de Irish).
252
**CA gástrico** Achados paraneoplásicos? (4)
1. **Dermatomiosite**; 2. Síndrome nefrótica; 3. Acantose nigricans; 4. Sinal de Leser-Trélat (queratose seborreica súbita).
253
Sinal da Irmã Maria José
Nódulo palpável no umbigo, resultado de uma metástase de uma neoplasia maligna (câncer) na pelve ou abdômen.
254
Tumor de Krukenberg
Metástase ovariana de neoplasia gastrointestinal.
255
Prateleiras de Blumer
Metástases no fundo pélvico e em órgãos genitais, comprimindo a ampola retal, oriundas de cânceres de andar superior do abdome (cólons e estômago).
256
**CA gástrico** Diagnóstico?
Endoscopia com biópsia.
257
**V ou F?** Estadiamento do CA gástrico é idêntico ao de esôfago.
**Verdadeiro.**
258
**V ou F?** USG endoscópica é recomendada para investigação de metástases linfonodais e o T no CA gástrico precoce.
**Verdadeiro.** ## Footnote mas o estadiamento N é de fato feito no pós-operatório
259
Número mínimo de linfonodos a serem retirados para estadiamento do CA gástrico?
16.
260
**CA gástrico** Como estadiar casos com ascite?
Videolaparoscopia.
261
**CA gástrico** Tratamento curativo?
Gastrectomia + linfadenectomia (D2) ± QT/RT. ## Footnote a ressecção sempre deve ser com margem de 6cm (se difuso: 8cm)
262
No tratamento do CA gástrico, quando indicar mucosectomia endoscópica? (5)
Demanda os 5 critérios: 1. Limitado a mucosa (T1a/T1s); 2. Intestinal; 3. \< 2cm; 4. Sem acometimento linfonodal; 5. Não ulcerado
263
No tratamento do CA gástrico proximal deve-se realizar gastrectomia ______ (total/subtotal) e no distal gastrectomia ______ (total/subtotal).
Total; subtotal. ## Footnote (sempre retira o antro; subtotal é cerca de 2/3 do estômago)
264
**Linfoma gástrico** Tipos mais comuns?
1. Linfoma difuso de células B 2. Lindoma de baixo grau B (MALT)
265
**Linfoma gástrico** Tratamento?
1. Linfoma difuso de grandes células: gastrectomia + QT/RT; 2. MALT: erradicar o H.pylori.
266
GIST
Tumor advindo das células intersticiais de Cajal, raro, decorrente de mutação do proto oncogene KIT (CD 117). ## Footnote (promove estimulação constante de crescimento)
267
O GIST (tumor estromal gastrointestinal) é mais comumente encontrado no _____________ (intestino delgado/grosso /estômago/pâncreas).
Estômago (60%). ## Footnote "**G**IST: **G**astrico"
268
O GIST não demanda biópsia para o diagnóstico, sendo realizado pela morfologia à...
EDA. ## Footnote (diagnóstico pelo padrão à inspeção)
269
O GIST (tumor estromal gastrointestinal) é um tumor de _______ (alta/baixa) agressividade.
Baixa.
270
**GIST** Tratamento padrão?
Ressecção com margens livres (gastrectomias atípicas). ## Footnote (sem linfadenectomia de rotina)
271
**GIST** Tratamento se \< 2 cm + bom aspecto macroscópico?
Seguimento clínico-endocópico.
272
**GIST** Indicações terapia adjuvante? (5)
1. Metástase; 2. Irressecável; 3. \> 3 cm; 4. ≥ 5 mitoses/campo; 5. Recorrente.
273
**GIST** Terapia adjuvante?
Imatinibe (Gleevec).