Gastro 2 Flashcards

1
Q

Diarreia

A

≥ 3 evacuações amolecidas ou líquidas nas últimas 24 horas.

(a diminuição da consistência habitual das fezes é o parâmetro mais considerado)

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2
Q

V ou F?

Na diarreia aguda ocorre desequilíbrio entre a absorção e a secreção de líquidos e eletrólitos e é um quadro autolimitado.

A

Verdadeiro.

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3
Q

Disenteria

A

Diarreia aguda com sangue, representando lesão na mucosa intestinal.

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4
Q

Diarreia

Classificação topográfica?

A

Alta (delgado) x baixa (colônica).

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5
Q

Diarreia

Classificação temporal?

A

Aguda (< 3 semanas) ou crônica (> 3 semanas).

Cassificação antiga: aguda (<2 sem); persistente/protraída: (2-4 sem) ou crônica: (>4 sem).

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6
Q

Caracterize a diarreia alta (delgado). (4)

A
  1. Alto volume;
  2. Baixa frequência;
  3. Sem tenesmo;
  4. Restos alimentares.
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7
Q

Caracterize a diarreia baixa (colônica). (3)

A
  1. Baixo volume;
  2. Alta frequência (> 10 evacuações);
  3. Com tenesmo e urgência.
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8
Q

Diarreia

Classificação fisiopatológica? (5)

A

SODIF

  1. Secretora;
  2. Osmótica;
  3. Disabsortiva;
  4. Inflamatória;
  5. Funcional.
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9
Q

Explique a fisiopatologia da diarreia osmótica. (4)

A
  1. Lesão do epitélio (por enteropatógenos);
  2. ↓Absorção de polissacarídeos;
  3. ↑Osmolaridade intraluminal;
  4. ↑Conteúdo do líquido fecal.
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10
Q

Explique a fisiopatologia da diarreia secretora. (3)

A
  1. Enterotoxinas;
  2. Ativam mediadores da secreção intestinal;
  3. Hipersecreção de água+eletrólitos (Cl-) pelo enterócito.
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11
Q

Explique a fisiopatologia da diarreia inflamatória. (4)

A
  1. Invasão bacteriana ao epitélio;
  2. Propagação intercelular;
  3. Morte do epitélio;
  4. Liberação de muco, proteínas e sangue.
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12
Q

Explique a fisiopatologia da diarreia disabsortiva. (3)

A
  1. Deficiências digestivas e lesões parietais do delgado;
  2. ↓ absorção e digestão;
  3. Diarreia + esteatorreia.
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13
Q

A diarreia _________ (osmótica/secretória) melhora com o jejum e cursa com gap osmolar fecal aumentado (> 125).

A

Osmótica.

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14
Q

A diarreia _________ (osmótica/secretória) cursa com gap osmolar fecal diminuído (< 50).

A

Secretória.

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15
Q

Presença de restos alimentares nas fezes + emagrecimento, são queixas típicas de diarreias ______ (baixas/altas).

A

Altas (delgado).

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16
Q

V ou F?

O que marca a gravidade de uma diarreia é o volume por evacuação.

A

Falso

O que marca a gravidade de uma diarreia é a presença de sangue, muco ou pus.

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17
Q

Característica marcante da diarreia disabsortiva?

A

Emagrecimento (problema de absorção).

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18
Q

A diarreia inflamatória é genericamente chamada de que? Causas mais frequentes? (2)

A
  1. Disenteria;
  2. DII, amebíase, colite bacteriana.

(DII = doença inflamatória intestinal)

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19
Q

Quem faz a digestão das gorduras? Clínica se falha na absorção?

A
  1. Lipase e sais biliares.
  2. Esteatorréia: presença excessiva de gordura nas fezes.
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20
Q

Quem faz a digestão dos carboidratos? Qual o achado clínico (se falha da absorção)?

A
  1. Amilase e dissacaridases.
  2. Flatulência e acidez fecal.
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21
Q

Quem faz a absorção das proteínas? Qual o achado clínico (se falha da absorção)?

A
  1. Pepsina (estômago), tripsina e quimiotripsina (delgado).
  2. Edema.
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22
Q

Vitamina B12

Onde é absorvida?

A

Íleo distal.

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23
Q

Vitamina B12

Teste usado para investigar má absorção? Resultados? (4)

A
  1. Teste de Schilling.
  2. Resultados - se na urina, tivermos:
  • Somente B12 → confirma má absorção;
  • B12 + extrato pancreático → insuf. exócrina do pâncreas;
  • B12 + fator intrínseco → anemia perniciosa;
  • Antibiótico → supercrescimento bacteriano.
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24
Q

Local de maior reabsorção de sais biliares?

A

Íleo.

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25
Q

Síndrome disabsortiva

Principal achado?

A

Esteatorreia.

(formação de fezes volumosas, acinzentadas ou claras, mal cheirosas, que flutuam na água e têm aparência oleosa)

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26
Q

Na síndrome disabsortiva, normalmente a diarreia é ____ (alta/baixa) e ______ (aguda/crônica).

A

Alta; crônica.

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27
Q

Como pesquisar esteatorreia? (4)

A
  1. Quantitativo: coleta de 72h (confirmado se > 7g);
  2. Qualitativo: Sudan III;
  3. Esteatócrito (semiquantitativo);
  4. Clínica: fezes muito fétidas, oleosas e que “boiam” na água.
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28
Q

Finalidade do teste de D-xilose urinária?

A

Verificar integridade da mucosa absortiva.

(auxilia no diagnóstico de diarreias disabsortivas)

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29
Q

D-xilose é uma pentose absorvida no…

A

duodeno e jejuno proximal.

E não depende de enzimas para ser absorvida

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30
Q

Interprete o teste de D-xilose urinária.

A

< 5 g (anormal):

Lesão da mucosa absortiva (esteatorréia por má absorção do intestino delgado, giardíase, gastroenterites virais, verminoses ou idade avançada) ou supercrescimento bacteriano.

> 5 g (normal):

Mucosa normal (Esteatorréia pancreática, cirrose hepática, pós-gastrectomia e má nutrição).

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31
Q

O teste de D-xilose urinária pode ser falso-positivo em quais situações? (4)

A
  1. Vômitos;
  2. Insuficiência renal;
  3. Desidratação;
  4. Hipomotilidade.
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32
Q

O teste da secretina serve para avaliar…

A

função exócrina do pâncreas.

elastase fecal támbem (estará diminuída)

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33
Q

Teste padrão-ouro para detectar supercrescimento bacteriano?

A

Cultura do aspirado duodenal.

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34
Q

Diarreia aguda

Principal causa?

A

Infecções.

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35
Q

Diarreia aguda

Etiologias infecciosas? (4)

A
  1. Virús (+ comum): Rotavírus, Coronavírus, Adenovírus, Calicivírus (em especial o norovírus) e Astrovírus.
  2. Bactérias (padrão disentérico): E. coli enteropatogênica clássica, E. coli enterotoxigenica, E. coli enterohemorrágica, E. coli enteroinvasiva, E. coli enteroagregativa18, Aeromonas, Pleisiomonas, Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, Yersinia.
  3. Parasitos: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia, Cryptosporidium, Isosopora.
  4. Fungos: Candida albicans.
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36
Q

Diarreia aguda

Etiologias não infecciosas? (4)

A
  1. Álcool;
  2. Isquemia;
  3. Toxinas (C. difficile);
  4. Medicamentos (eritromicina).
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37
Q

Diarreia aguda

Principal agente causador em crianças?

A

Rotavírus.

(grave / < 2 anos)

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38
Q

Diarreia aguda

Principal agente causador em adultos?

A

Norovírus.

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39
Q

Diarreia aguda

Principal agente (independente de faixa etária)?

A

Rotavírus.

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40
Q

A E. Coli entero-hemorrágica O157:H7 causa diarreia aguda bacteriana +…

A

Síndrome hemolítico-urêmica (SHU).

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41
Q

A E. coli enterotoxigênica causa a diarreia…

A

dos viajantes (diarreia aguda bacteriana).

(E. coli enteroToxigênica - Turista)

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42
Q

Caracterize a diarreia por Vibrio cholerae (cólera). (5)

A
  1. Aguda bacteriana;
  2. Aquosa (“Água de arroz”);
  3. Volumosa (até 20 L/dia);
  4. Desidratação grave e distúrbio eletrolítico;
  5. Pode ser fatal.
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43
Q

A Campylobacter e Yersinia (pseudotuberculosis / enterocolítica) causa diarreia aguda bacteriana +…

A

Pseudoapendicite.

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44
Q

A Campylobacter jejuni causa diarreia aguda bacteriana +…

A

Síndrome de Guillain-Barré.

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45
Q

Caracterize a diarreia causada pela Shigella. (3)

A
  1. Aguda bacteriana;
  2. 2ª mais envolvida com a SHU;
  3. Alterações no SNC:
    1. ​Cefaleia;
    2. Alteração de consciência;
    3. Crise convulsiva.
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46
Q

Diarreia aguda bacteriana + infecções à distância, devemos suspeitar de qual bactéria?

A

Salmonella.

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47
Q

Clostridium difficile é um bacilo gram-positivo comensal do trato gastrointestinal responsável por doenças gastrointestinais associadas a antibióticos, que variam desde uma diarreia até uma…

A

Colite pseudomembranosa.

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48
Q

Clostridium difficile

Fator de risco?

A

Uso recente de ATB.

(clindamicina / cefalosporina / quinolona)

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49
Q

Clostridium difficile

Diagnóstico? (4)

A
  1. PCR para C. difificile (+ sensível);
  2. Pesquisar toxinas A e B;
  3. Antígeno GDH (glutamato desidrogenase);
  4. Colonoscopia (membranas podem não estar presentes).
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50
Q

Clostridium difficile

Achado à colonoscopia?

A

Visualização de pus - pseudomembrana - em cólon.

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51
Q

Clostridium difficile

Tratamento para casos leves ou graves?

A

Vancomicina 125 mg 6/6h VO (principal)

OU

Fidaxomicina 200 mg 12/12h VO.

(10 dias)

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52
Q

Clostridium difficile

Tratamento para casos fulminantes?

A

Vancomicina 500 mg 6/6h ORAL

E

Metronidazol 500mg IV 8/8h.

(10 dias)

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53
Q

Clostridium difficile

Tratamento para casos recorrentes? (3)

A
  1. Se fez vanco: fidaxomicina OU pulso de vanco;
  2. Se fez fidaxomicina: vanco;
  3. Múltiplas (> 3) recorrências: transplante de fezes.
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54
Q

Clostridium difficile

Quando considerar um caso “fulminante”? (3)

A
  1. Hipotensão/choque;
  2. Íleo paralítico;
  3. Megacólon.
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55
Q

V ou F?

A vancomicina, no tratamento para Clostridium difficile, deve sempre ser administrada pela via oral (independente da gravidade).

A

Verdadeiro.

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56
Q

Diarreia aguda

Sinais de alarme? (7)

A
  1. Desidratação;
  2. Sangue;
  3. Imunocomprometidos;
  4. Febre (> 38,5ºC);
  5. Não melhora após 48h;
  6. Idosos (> 70 anos);
  7. Uso recente de antibióticos.
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57
Q

Diarreia aguda

Exames? (3)

A
  1. Hemograma;
  2. Bioquímica: eletrólitos, função renal;
  3. Exame de fezes + parasitológico (leucócitos, sangue, cultura, antibiograma).
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58
Q

Diarreia aguda

Tratamento? (3)

A
  1. Hidratação;
  2. Loperamida - antidiarreico (proscrito na disenteria);
  3. Antibiótico empírico: se sinais de alarme.
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59
Q

Diarreia aguda

Antibiótico empírico de escolha? (3)

A

Quinolona.

(ex.: ciprofloxacino, 1 cp, 12/12h, 5 dias)

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60
Q

V ou F?

Em caso de diarreia com disenteria ou febre, os constipantes (ex.: loperamida) estão contraindicados.

A

Verdadeiro.

(na disenteria há infecção bacteriana. Logo, impedir as evacuações pode levar à um supercrescimento bacteriano - megacólon tóxico, perfuração, etc)

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61
Q

Doença de Whipple

Agente etiológico?

A

Tropheryma whipplei.

(bacilo gram positivo)

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62
Q

Doença de Whipple

Epidemiologia?

A

Homens > 50 anos e trabalhadores da zona rural.

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63
Q

Doença de Whipple

Clínica? (5)

A
  1. nício com artralgia migratória +/- artrite;
  2. Fase avançada com diarreia disabsortiva;
  3. Uveíte;
  4. Neurológicos (cefaleia, nistagmo, oftalmoplegia, demência);
  5. Mioarritimia oculmastigatoria e oculofascialesqueletica.
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64
Q

Doença de Whipple

Sinal patognomônico?

A

Mioarritmia oculomastigatória.

(contrações lentas rítmicas e sincronizadas - 1/s - de músculos oculares, faciais ou outros)

65
Q

Doença de Whipple

Diagnóstico?

A

EDA + biópsia duodenal (macrófagos PAS+).

66
Q

Doença de Whipple

Tratamento?

A

1º Penicilina G (ou ceftriaxona) por 14 dias. E depois? SMZ + TMP (Bactrin), dose dobrada, VO, por 1 ano.

67
Q

A intolerância ao glúten, causa uma patologia chamada…

A

doença celíaca.

68
Q

V ou F?

O glúten está presente no trigo, milho, centeio e cevada.

A

Falso

O glúten está presente apenas no trigo, centeio e cevada; e ausente no milho.

69
Q

Doença celíaca

Gene mutante?

A

HLA-DQ2/DQ8.

70
Q

V ou F?

Todos os indivíduos com os genes HLA-DQ2/DQ8, são celíacos.

A

Falso

100% dos celíacos têm esses genes, mas nem todos que têm esses genes são celíacos.

71
Q

Doença celíaca

“Gatilho” imunológico?

A

Gliadina (derivado do glúten).

72
Q

Doença celíaca

Clínica? (4)

A
  1. Assintomático;
  2. Disabsorção parcial (cálcio, ferro, gordura): osteoporose, anemia, esteatorreia;
  3. Paranoia, depressão, ataxia (incoordenação motora);
  4. Miopatia: atrofia glútea.

(variável e inespecífica)

73
Q

Doença celíaca

Condições associadas? (4)

A
  1. Dermatite herpetiforme;
  2. Síndrome de Down;
  3. Deficiência de IgA;
  4. Risco aumentado de linfoma e adenocarcinoma de jejuno.
74
Q

Doença celíaca

Características das lesões herpertiformes? (4)

A
  1. Causadas por IgA;
  2. Lembram lesões herpéticas;
  3. Mais comuns em região extensora de cotovelo;
  4. Relacionadas à autoimunidade.
75
Q

Doença celíaca

Exames diagnósticos?

A

EDA + biópsia e/ou sorologia.

76
Q

Doença celíaca

Achados à biópsia? (2)

A
  1. Atrofia das vilosidades duodenais;
  2. Hiperplasia das criptas.

Padrão-ouro (quanto mais distal ao duodeno for); Fazer antes e após o tratamento para confirmar o diagnóstico.

77
Q

V ou F?

A biópsia, apesar de ser padrão-ouro na doença celíaca, não é patognomônica. É totalmente inespecífica.

A

Verdadeiro.

78
Q

Doença celíaca

Anticorpos (screening)? (3)

A
  1. AntiGliadina IgA/IgG (crianças < 18 meses);
  2. AntiEndomísio IgA (mais específico);
  3. AntiTransglutaminase IgA/IgG (mais acurado).
79
Q

V ou F?

Hoje, uma criança sintomática devemos primeiro solicitar igA total, se níveis normais, devemos solicitar Anti-transglutaminase, caso esse maior que 10x, solicitamos Anti-endomísio e se positivo fechamos o diagnóstico para doença celíaca, sem precisar de biópsia.

A

Verdadeiro.

80
Q

Doença celíaca

Tratamento?

A

Dieta 100% isenta de glúten!

81
Q

Síndrome do intestino curto

Definição?

A

Sinais e sintomas decorrentes da ausência (>40%) do intestino delgado.

82
Q

Supercrescimento bacteriano (síndrome da alça cega)

O que é?

A

Proliferação anormal de bacterias colônicas no intestino delgado por:

  1. Estase funcional;
  2. Estase anatômica;
  3. Comunicação ênterocolônica..
83
Q

Doença inflamatória intestinal

Principal fator de risco? Pico de incidência?

A
  1. História familiar.
  2. 15-30 e 60-80 anos.

(sem predileção por sexo)

84
Q

O cigarro exerce efeito protetor contra qual doença inflamatória intestinal?

A

RCU (retocolite ulcerativa).

(entretanto, o cigarro piora a Doença de Crohn = Doença do Cigarro)

85
Q

Retocolite ulcerativa

Padrão de acometimento? (4)

A

RCU

  1. Ucólon e retU;
  2. Só mUcosa;
  3. ContínUa;
  4. Ascendente.
86
Q

Retocolite ulcerativa

Clínica?

A

Diarreia baixa disentérica (colite disentérica).

87
Q

Doença de Crohn

Padrão de acometimento? (4)

A
  1. Todo o TGI (vem “Crohn tudo”);
  2. Transmural;
  3. Descontínua (salpicada);
  4. Íleo terminal é o local mais comum.

geralmente poupa o reto

88
Q

DC (doença de Crohn)

Clínica? (3)

A

Diarreia + dor abdominal + emagrecimento.

89
Q

Colite indeterminada

Clínica?

A

“mistura da DC com a RCU”.

90
Q

DC (doença de Crohn)

Principais localizações? (2)

A
  1. Ileocolite (>50%);
  2. Anal (33%).

“poupa” o reto

91
Q

Retrocolite ulcerativa

Principais localizações? (3)

A
  1. Retossigmoide (50%);
  2. Colite esquerda (30%);
  3. Pancolite (20%).

“poupa o ânus”

92
Q

DC (doença de Crohn)

Gene mutante?

A

NOD/CARD15.

93
Q

A _____ (RCU/doença de Crohn) pode evoluir para “tubo de chumbo”.

A
  1. RCU (retocolite ulcerativa);
  2. Ocorre por perda das haustrações secundárias a inflamação da mucosa.

(também chamado de “cano de chumbo”)

94
Q

A _____ (RCU/doença de Crohn) pode evoluir para mucosa com aparência de “pedras em calçamento”.

A

Doença de Crohn.

95
Q

Doença de Crohn

Diagnóstico?

A

Ileocolonoscopia (exame endoscópico) + biópsia.

96
Q

Doença de Crohn

Achados ao exame endoscópico?

A

“pedras de calçamento” e/ou úlceras aftoides.

(ileocolonoscopia)

97
Q

Doença de Crohn

Achados à biópsia?

A

Granuloma não caseoso.

(biópsia)

98
Q

Retocolite Ulcerativa

Diagnóstico?

A

Retossigmoidoscopia (exame endoscópico) + biópsia.

99
Q

Retocolite Ulcerativa

Achados ao exame endoscópico? (2)

A
  1. Mucosa eritematosa, friável e edemaciada;
  2. Pseudopólipos.

(retossigmoidoscopia)

100
Q

Retocolite Ulcerativa

Achados à biópsia?

A

Criptites e microabcessos.

(biópsia)

101
Q

A DC mostra _______ (criptites/granulomas) à biópsia; a RCU _______ (criptites/granulomas).

A

Granulomas; criptites.

102
Q

DC (doença de Crohn)

Sorologia?

A

ASCA (+) P-ANCA (-).

(Anticorpo que sugere Crohn)

103
Q

RCU (retocolite ulcerativa)

Sorologia?

A

ASCA (-) e P-ANCA (+).

(Puts, anticorpo que não é crohn)

104
Q

V ou F?
A calprotectina fecal é um marcador de inflamação intestinal que pode ser importante no diagnóstico diferencial com a síndrome do intestino irritável

A

Verdadeiro.

105
Q

DC leve a moderada

Tratamento de remissão?

A

​​Derivados 5-ASA (antiinflamatórios locais / mesalazina ou sulfassalazina).

106
Q

DC leve a moderada

Tratamento na 1ª falha da remissão?

A

Corticoide (local com enema ou oral).

(step up)

107
Q

DC leve a moderada

Tratamento na 2ª falha da remissão?

A

Imunomodulador (azatioprina ou ciclosporina) e/ou biológicos (inibidor TNF-alfa).

(step up)

108
Q

DC leve a moderada

Tratamento de manutenção?

A

Derivados 5-ASA.

109
Q

DC leve a moderada

Tratamento na 1ª falha de manutenção?

A

Imunomodulador e/ou biológico.

(step up)

110
Q

DC moderada a grave

Tratamento de remissão e manutenção?

A

Biológicos (anti-TNF) + imunossupressor.

(top down)

111
Q

DC moderada a grave

Tratamento, se fístulas?

A

Biológicos + ATB (metronidazol +/- ciprofloxacino).

(top down)

112
Q

Na DC leve a moderada a modalidade de tratamento é _____ (step up/top down), já na moderada a grave a modalidade é _____ (step up/top down).

A

Step up; top down.

113
Q

V ou F?

RCU leve é a mesma coisa que colite proximal.

A

Falso

RCU leve é a mesma coisa que colite distal.

114
Q

RCU leve

Tratamento de remissão?

A

Mesalamina retal (5-ASA).

115
Q

RCU leve

Tratamento na 1ª falha de remissão?

A

Corticoide.

116
Q

RCU leve

Tratamento na 2ª falha de remissão?

A

Biológicos.

117
Q

RCU leve

Tratamento de manutenção?

A

Mesalamina retal (se necessário).

118
Q

RCU grave

Tratamento de remissão?

A

ATB + corticoide.

119
Q

RCU grave

Tratamento na 1ª falha de remissão?

A

Biológico ou ciclosporina.

120
Q

RCU grave

Tratamento de manutenção?

A

Mesalamina retal.

121
Q

DC/RCU

Imunossupressor de escolha para manter remissão?

A

Azatioprina.

122
Q

A cirurgia é curativa apenas na _____ (RCU/doença de Crohn).

A

RCU.

(RCUrativa)

123
Q

Retocolite ulcerativa

Indicações para cirurgia eletiva? (3)

A
  1. Casos refratários;
  2. Displasia;
  3. Câncer.
124
Q

Retocolite ulcerativa

Indicações para cirurgia de urgência?

A

Complicações (megacólon, sangramento maciço).

125
Q

Retocolite ulcerativa

Técnica cirúrgica eletiva?

A

Proctocolectomia com IPAA (anastomose de bolsa ileal com canal anal), removendo cólon e reto.

126
Q

Retocolite ulcerativa

Técnica cirúrgica de urgência?

A

Colectomia à Hartmann.

127
Q

Doença de Crohn

Indicações cirúrgicas? (6)

A

nas “Crohnplicações”

  1. Obstrução intestinal grave;
  2. Perfuração intestinal;
  3. Hemorragia maciça;
  4. Megacólon tóxico refratário;
  5. Abscessos;
  6. Fístulas refratárias.
128
Q

Doença de Crohn

Técnica cirúrgica?

A

Ressecção local com anastomose primária.

(opção: estricturoplastia/estenoplastia)

129
Q

A apendicectomia é um fator que protege contra ________ (RCU/doença de Crohn).

A

RCU (retocolite ulcerativa).

130
Q

O uso de ACO é um fator que aumenta o risco de ________ (RCU/doença de Crohn).

A

Doença de Crohn.

“antiCrohncepcional”

131
Q

DII

Manifestações extraintestinais? (6)

A
  1. Resposta imune (febre, leucocitose, ↑PCR);
  2. Colangite esclerosante (RCU);
  3. Uveite (principalmente posterior);
  4. Eritema nodoso (pré-tibilial e mais comum na DC) e pioderma grangenoso (mais comum na RCU);
  5. Dor articular/EA;
  6. Cálculos renais e biliares (DC)
132
Q

DC/RCU

Complicações presentes em ambas as doenças? (3)

A
  1. Hemorragia (anemia ferropriva);
  2. Câncer: adenocarcinoma de cólon, colangiocarcinoma e linfoma;
  3. Megacólon tóxico.
133
Q

Doença de Crohn

Complicações exclusivas?

A

Estenoses e fístulas (enteroentérica é a mais comum).

134
Q

Megacólon tóxico

Clínica?

A
  1. Distensão abdominal;
  2. Febre;
  3. Dor;
  4. ↑Leuco;
  5. ↑FC/↓PA.
135
Q

Megacólon tóxico

Diagnóstico?

A

RX: Cólon transverso ≥ 6 cm

136
Q

Megacólon tóxico

Tratamento?

A

ATB + Corticoide +- Ciclosporina

(refratários: colectomia + ileostomia)

137
Q

DII

Fatores que ↑risco para câncer colorretal?

A
  1. Extensão;
  2. Duração;
  3. Colangite esclerosante (RCU).
138
Q

DII

Como é feito o rastreio para o câncer colorretal?

A
  1. Iniciar após 8-10 anos da doença;
  2. Ileocolonoscopia + Bx anualmente.
139
Q

Colite pseudomembranosa

Fisiopatologia?

A

ATB → altera a flora intestinal → esporos de c.difficile produzem toxinas A e B → inflamam a mucosa

140
Q

Colite pseudomembranosa

Clínica?

A
  1. Diarreia aquosa profusa;
  2. Dor abdominal;
  3. Febre;
  4. Leucocitose.
141
Q

Colite pseudomembranosa

Diagnóstico?

A

Pesquisa de toxina A e B nas fezes

142
Q

Colite pseudomembranosa

Prevenção?

A

Lavas as mãos

143
Q

Colite pseudomembranosa

Tratamento?

A
  1. Não grave: Vancomicina VO ou Metronidazol VO.
  2. Grave (fulminante): Vancomicina VO + Metronidazol IV.
144
Q

Síndrome do intestino irritável

Clínica? (3)

A
  1. Dor abdominal crônica;
  2. Alteração do hábito intestinal (diarreia/constipação);
  3. Muco nas fezes (50%).
145
Q

Síndrome do intestino irritável

Epidemiologia? Associação frequente?

A
  1. Mulheres 30-50 anos.
  2. Alterações psiquiátricas (80%).
146
Q

Síndrome do intestino irritável

Fisiopatologia? (3)

A
  1. Dismotilidade;
  2. Hipersensibilidade visceral;
  3. Alteração do processamento sensorial no SNC.

(distúrbio funcional)

147
Q

Síndrome do intestino irritável

Diagnóstico?

A

De exclusão, através dos critérios de Roma IV.

148
Q

Síndrome do intestino irritável

Critérios de Roma IV? (4)

A

Dor abdominal ≥ 1 dia por semana nos últimos 3 meses + ≥ 2 dos seguintes:

  1. Relação com evacuação (melhora ou piora);
  2. Alteração na frequência;
  3. Alteração na forma (consistência) das fezes.
149
Q

V ou F?

Critérios de roma presentes + ausência de sinais de alerta, nos permite fechar o diagnóstico de síndrome do intestino irritável.

A

Verdadeiro.

(sinais de alerta: perda ponderal; hematoquezia; anemia; febre; idade avançada; historia familiar de câncer; diarreia intensa com desnutrição/desidratação)

150
Q

Síndrome do intestino irritável

Tratamento? (5)

A

Orientações + sintomáticos:

  1. Antidiarreicos;
  2. Procinéticos;
  3. Antiespasmódicos;
  4. Antidepressivos tricíclicos;
  5. ISRS.
151
Q

Tumor carcinoide

Outro nome?

A

Tumor neuroendocrino

152
Q

Tumor carcinoide

Localização mais frequente de acordo com o sabiston? e com o Harrison?

A
  1. Apêndice vermiforme;
  2. Íleo.
153
Q

Tumor carcinoide

Por que ocorre a síndrome carcinoide? mais frequente em qual sítio?

A
  1. ↑Serotonina;
  2. Nos de localização hepática.
154
Q

Tumor carcinoide

Síndrome carcinoide? (4)

A
  1. Flush cutâneo (80%);
  2. Diarreia (50%);
  3. Lesão cardíaca (40%);
  4. Asma (<25%).
155
Q

Tumor carcinoide

Diagnóstico?

A
  1. Sd. carcinoide: 5-HIAA (urina) e cromogranina A (sangue);
  2. Imagem: Octeoscram.
156
Q

Tumor carcinoide

Tratamento?

A
  1. <1cm + ponta + sem invasão do meso → apendicectomia.
  2. >2cm + base + com invasão → hemicolectomia direita.
157
Q

Qual a principal malformação do TGI?

A

Divertículo de Meckel

158
Q

Divertículo de Meckel

Localização?

A

Borda ante-mesentérica 45-60cm da válvula ileocecal

159
Q

Divertículo de Meckel

Apresentação clínica mais comum?

A
  1. Sangramento digestivo (crianças);
  2. Diverticulite (adultos).