Gastro - Pâncreas Flashcards

1
Q

Principais causas de pancreatite aguda.

A

Litíase biliar e álcool.

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2
Q

O que é o pâncreas divisum e o que ele causa?

A

Ocorre na ausência da fusão entre as porções ventral e dorsal do pâncreas, desenvolvendo uma obstrução não litiásica da drenagem pancreática.

Porção ventral: cabeça + processo uncinado, onde fica o ducto de Wirsung
Porção dorsal: colo + corpo + cauda, onde está o ducto acessório de Santorini

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3
Q

Principais drogas relacionadas a pancreatite aguda.

A
  • Azatioprina
  • Drogas anti-HIV
  • Metronidazol
  • Sulfa
  • Ácido valproico
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4
Q

As causas da antiga entidade conhecida como pancreatite idiopática aguda correspondem a que distúrbios?

A
  • Microlitíase biliar (lama biliar)

* Disfunção do esfíncter de Oddi

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5
Q

Sinais cutâneos da pancreatite aguda.

A
  1. Equimose em flancos (sinal de Grey-Turner)
  2. Equimose periumbilical (sinal de Cullen)
  3. Necrose gordurosa subcutânea (paniculite)
  4. Equimose na base do pênis (sinal de Fox)
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6
Q

Em relação à lipase e à amilase, qual delas geralmente cai antes?

A

A amilase cai antes, permanecendo elevada de 3 a 5 dias.

A lipase demora de 7 a 10 dias para cair.

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7
Q

Níveis de amilase persistentemente elevados sugerem o quê?

A

Complicações da pancreatite aguda, como pseudocisto, abscesso, ascite.

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8
Q

Qual enzima mais específica para o diagnóstico, lipase ou amilase?

A

Lipase!!!

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9
Q

Em que situação podemos ter uma pancreatite com amilase normal?

A
  • Agudização de uma pancreatite crônica

* Pancreatite por hipertrigliceridemia

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10
Q

Se houver aumento das transaminases, pensar em que causa de pancreatite?

A

Pancreatite biliar, especialmente se TGP > 150.

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11
Q

Quais são os critérios de RANSON para pancreatite biliar na admissão hospitalar?

  • Idade
  • Leucocitose
  • Glicose
  • LDH
  • AST (TGO)
A
  • Idade > 70 anos
  • Leucocitose > 18.000
  • Glicose > 220
  • LDH > 400
  • AST (TGO) > 250
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12
Q

Para ser pancreatite grave pelos critérios de Ranson, quantos elementos devem ser contemplados?

A

3 ou mais.

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13
Q

Quais são os critérios de RANSON para pancreatite não biliar na admissão hospitalar?

  • Idade
  • Leucocitose
  • Glicose
  • LDH
  • AST (TGO)
A
  • Idade > 55 anos
  • Leucocitose > 16.000
  • Glicose > 200
  • LDH > 350
  • AST (TGO) > 25
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14
Q

Qual a importância da TC no contexto da pancreatite aguda? Quando deve ser feita?

A

Determinar se existe necrose ou não do tecido pancreático. A necrose é evidenciada por áreas não captantes de contraste.

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15
Q

Também é possível avaliar o grau de gravidade da pancreatite utilizando um escore que utiliza parâmetros tomográficos. Que escore é esse?

A

Escore de Baltazar.

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16
Q

Na pancreatite, como é o escore de Baltazar?

A

A. Normal - 0 ponto

B. Aumento volumétrico - 1 ponto

C. Inflamação peripancreática - 2 pontos

D. Coleção líquida única - 3 pontos

E. Duas ou mais coleções ou presença de gás - 4 pontos

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17
Q

Importância da USG na pancreatite aguda.

A

Ajuda a determinar se a causa é litiásica ou não.

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18
Q

Importante marcador bioquímico de gravidade da pancreatite aguda.

A

PCR.

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19
Q

Níveis de amilase e lipase possuem alto valor prognóstico?

A

Não, eles não se correlacionam com gravidade.

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20
Q

Tratamento da forma leve da pancreatite aguda.

A

Dieta zero + analgesia + correção hidroeletrolítica.

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21
Q

Tratamento da forma grave da pancreatite aguda.

A
  1. Analgesia
  2. Reposição volêmica vigorosa com correção de eletrólitos
  3. Suporte nutricional
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22
Q

Quando suspeitar que a necrose pancreática infeccionou?

A
  • Piora clínica após melhora inicial

* Durante a evolução surge novo quadro de febre, leucocitose ou outro sinal de sepse

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23
Q

Conduta na necrose pancreática infectada.

A
  1. Confirmar infecção por punção guiada por TC.
  2. ATB + necrosectomia.

Alternativa ao “2”: drenagem endoscópica e lavagem por laparoscopia retroperitoneal (método STEP UP)

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24
Q

ATB de escolha na necrose pancreática infectada.

A

Ciprofloxacino + metronidazol.

25
Q

Achado radiológico sugestivo de infecção na necrose pancreática.

A

Presença de gás (sinal da bolha de sabão).

26
Q

Indicação da CPRE com papilotomia de urgência na pancreatite aguda.

A

Pancreatite aguda biliar grave, complicada com colangite ou icterícia persistente.

27
Q

Há indicação de colecistectomia na pancreatite leve?

A

Sim, sempre fazer!!!! na mesma internação após a resolução do quadro clínico da pancreatite aguda.

28
Q

Há indicação de colecistectomia na pancreatite grave?

A

Sim, mas o ideal é esperar até pelo menos seis semanas depois da melhora do quadro da pancreatite aguda.

29
Q

Quando é possível diagnosticar um pseudocisto decorrente de uma pancreatite aguda? Como fazer?

A

Depois de quatro semanas da pancreatite aguda.

TC é o melhor exame.

30
Q

Quando suspeitar de pseudocisto?

A

Na recorrência da dor epigástrica e/ou presença de massa palpável em epigástrio.

31
Q

Quando está indicado o tratamento e abordagem do pseudocisto?

A
  • Expansão do pseudocisto
  • Sintomatologia
  • Complicações (hemorragia, ruptura, abscessos)
32
Q

Como realizar o tratamento de um pseudocisto quando for necessário aborda-lo?

A
  • Por via endoscópica, fazer drenagem interna para estômago.
  • Cirurgia
  • Instalação de stent no Wirsung via CPRE
33
Q

Qual a principal causa de pancreatite crônica?

A

Etilismo crônico (80% dos casos).

34
Q

Qual a tríade clássica da pancreatite crônica?

A
  1. Esteatorreia (insuficiência exócrina).
  2. DM (insuficiência endócrina).
  3. Calcificações.
35
Q

Como estão os níveis de amilase e lipase na pancreatite crônica?

A

Normais.

Pode haver elevação quando houver agudização da doença.

36
Q

Melhor exame para avaliar função pancreática.

A

Teste da secretina, embora pouco disponível.

37
Q

Qual o exame diagnóstico mais utilizado para diagnóstico de pancreatite crônica? O que se encontra?

Quais exames de maior acurácia diagnóstica?

A

O exame mais utilizado é a TC de abdome, podendo ser encontradas calcificações e dilatação ductal.

Os de maior acurácia são CPRE e RM.

38
Q

Tratamento clínico da pancreatite crônica.

A
  • Analgesia escolonada
  • Abstinência alcoólica
  • Refeições com baixos teores de gordura
  • IBP (pH baixo reduz função das enzimas pancreáticas)
  • Suplementos orais com lipase
39
Q

Quando está indicada a drenagem endoscópica numa pancreatite crônica?

A

Nos casos em que há dilatação de ducto (≥ 7 mm de diâmetro).

40
Q

Quando está indicada a cirurgia numa pancreatite crônica?

A
  • Dor persistente
  • Exclusão CA de pâncreas
  • Ducto com diâmetro < 7 mm
41
Q

Vínculo cerebral da hipertensão porta segmentar.

A
Varizes gástricas com função hepática normal -->
Hipertensão porta segmentar -->
Trombose de veia esplênica -->
Pancreatite crônica -->
Tratamento com esplenectomia
42
Q

Principais fatores de risco para o câncer de pâncreas.

A
  1. Tabagismo
  2. Idade avançada
  3. Sexo masculino
  4. Raça negra
  5. História familiar
  6. Pancreatite crônica
43
Q

Principal localização do CA de pâncreas.

A
  • Cabeça do pâncreas (70%)
  • Corpo (20%)
  • Cauda (10%)
44
Q

Tríade do tumor de cabeça de pâncreas.

A
  1. Perda de peso
  2. Dor abdominal
  3. Icterícia colestática
45
Q

Achado semiológico típico do tumor de cabeça de pâncreas.

A

Vesícula de Courvoisier.

46
Q

Síndrome paraneoplásica a ser lembrada no tumor de cabeça de pâncreas.

A

Síndrome de Trousseau, ou tromboflebite migratória.

47
Q

Principal marcador tumoral do câncer de pâncreas.

A

CA 19.9

48
Q

Procedimento cirúrgico a ser adotado num câncer de cabeça de pâncreas.

A

Cirurgia de Whipple - pancreatoduodenectomia + linfadenectomia regional

49
Q

Procedimento cirúrgico a ser adotado num câncer de corpo e cauda de pâncreas.

A

Pancreatectomia subtotal distal.

50
Q

Sobre os tumores neuroendócrinos do pâncreas, mais especificamente o VIPoma, responda:

  • Substância com superprodução:
  • Consequência:
  • Diagnóstico:
  • Benignidade x malignidade:
A
  • Substância com superprodução:
    Peptídeo intestinal vasoativo (VIP)
  • Consequência:
    Diarreia aquosa e intensa, com flushing e distúrbios hidroeletrolíticos.
  • Diagnóstico:
    VIP > 200
  • Benignidade x malignidade:
    40-70% malignos
51
Q

Sobre os tumores neuroendócrinos do pâncreas, mais especificamente o insulinoma, responda:

  • Substância com superprodução:
  • Consequência:
  • Diagnóstico:
  • Benignidade x malignidade:
A
  • Substância com superprodução:
    Insulina
  • Consequência:
    Hipoglicemia com consequente neuroglicopenia (confusão mental, cefaleia, escotomas) e, logo, resposta adrenérgica (sudorese, tremor, palpitação).
  • Diagnóstico:
    Glicose de jejum < 45
    Elevação do peptídeo C
    Elevação da insulina: > 3
  • Benignidade x malignidade:
    90% benignos
52
Q

Sobre os tumores neuroendócrinos do pâncreas, mais especificamente o glucagonoma, responda:

  • Substância com superprodução:
  • Consequência:
  • Diagnóstico:
  • Benignidade x malignidade:
A
  • Substância com superprodução:
    Glucagon
  • Consequência:
    Hiperglicemia com consequente DM. Também surge eritema necrolítico migratório, perda ponderal e anemia.
  • Diagnóstico:
    Glucagon > 1000
    Hipoaminoacidemia
  • Benignidade x malignidade:
    70% malignos
53
Q

Sobre os tumores neuroendócrinos do pâncreas, mais especificamente o somatostinoma, responda:

  • Substância com superprodução:
  • Consequência:
  • Diagnóstico:
  • Benignidade x malignidade:
A
  • Substância com superprodução:
    Somatostatina
  • Consequência:
    DM + colelitíase + diarreia com esteatorreia.
  • Diagnóstico:
    Somatostatina > 160
  • Benignidade x malignidade:
    > 50% malignos
54
Q

Sobre os tumores neuroendócrinos do pâncreas, quando houver doença já em metástase, qual fármaco pode ser utilizado?

A

Controle dos sintomas com análogo da somatostatina:

Octeotride.

55
Q

Sobre os tumores císticos do pâncreas, mais especificamente o pseudocisto, comente sobre:

  • Apresentação:
  • Localização mais comum:
  • Imagem na ecoendoscopia:
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
  • Conduta:
A
  • Apresentação:
    Complicação clássica da pancreatite aguda, crônica e do trauma pancreático.
  • Localização mais comum:
    Distribuição homogênea.
  • Imagem na ecoendoscopia:
    Cisto simples, sem parede própria.
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
    Amilase e lipase altas, o resto baixo.
  • Conduta: expectante; considerar cirurgia em caso de complicações.
56
Q

Sobre os tumores císticos do pâncreas, mais especificamente a neoplasia cística mucinosa, comente sobre:

  • Apresentação:
  • Localização mais comum:
  • Imagem na ecoendoscopia:
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
  • Conduta:
A
  • Apresentação:
    O tumor cístico mais comum do pâncreas. Acomete mulheres quase que exclusivamente.
  • Localização mais comum:
    Predomínio em corpo e cauda do pâncreas.
  • Imagem na ecoendoscopia:
    Cisto com parede própria (calcificação em casca de ovo). Pode haver septações e debris.
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
    CEA e CA 19,9 altos, amilase e lipase baixas.
  • Conduta:
    Remoção cirúrgica.
57
Q

Sobre os tumores císticos do pâncreas, mais especificamente a neoplasia intraductal mucinosa, comente sobre:

  • Apresentação:
  • Localização mais comum:
  • Imagem na ecoendoscopia:
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
  • Conduta:
A
  • Apresentação:
    Neoplasia mais associada à pancreatite aguda por se comunicar com o ducto pancreático.
  • Localização mais comum:
    Cabeça do pâncreas.
  • Imagem na ecoendoscopia:
    Comunicação do cisto com o ducto pancreático. Pode ser visualizada saída de mucina pela papila.
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
    Todos altos.
  • Conduta:
    Remoção cirúrgica.
58
Q

Sobre os tumores císticos do pâncreas, mais especificamente o cistoadenoma seroso, comente sobre:

  • Apresentação:
  • Localização mais comum:
  • Imagem na ecoendoscopia:
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
  • Conduta:
A
  • Apresentação:
    Benigno, mas pode atingir grandes volumes. Associação com a síndrome de Von-Hippel-Lindau.
  • Localização mais comum:
    Corpo e cauda.
  • Imagem na ecoendoscopia:
    Massa cística formada por diversos microcistos (aspecto de colmeia), podendo haver calcificação central.
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
    Todos baixos.
  • Conduta:
    Observação e acompanhamento com imagem.
59
Q

Sobre os tumores císticos do pâncreas, mais especificamente a neoplasia sólida pseudo-papilar (tumor de Frantz), comente sobre:

  • Apresentação:
  • Localização mais comum:
  • Imagem na ecoendoscopia:
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
  • Conduta:
A
  • Apresentação:
    A neoplasia cística pancreática mais incomum.
  • Localização mais comum:
    Corpo e cauda.
  • Imagem na ecoendoscopia:
    Importante componente parenquimatoso, sendo derivado de região necrosada/sangramento de um tumor primário.
  • Valores de amilase/lipase, CEA, CA 19.9:
    Todos baixos.
  • Conduta:
    Ressecção cirúrgica.