Gastrologia Flashcards

(48 cards)

1
Q

DISFAGIA POR DISTÚRBIOS MOTORES
Acalásia - mecanismo | clínica | diagnóstico (3) | manejo

A

Mecanismo: destruição do plexo de Auerbach (redução da peristalse)

Clínica: disfagia, perda de peso (evolução lenta)

Diagnóstico
- Primeiro exame: EDA
- Padrão-ouro: manometria esofágica
- Estadiamento: esofagografia baritada (bico pássaro)

Tratamento → classificação de Mascarenhas e Rezende
- I (< 4 cm): nitratos ou BCC
- II (4-7 cm): EDA com dilatação pneumática e botox
- III (7-10 cm): cardiomiotomia a Heller-Pinotti
- IV (dolicomegaesófago): esofagectomia trans-hiatal

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2
Q

DISFAGIA POR DISTÚRBIOS MOTORES
Espasmo esofagiano difuso - mecanismo | clínica | diagnóstico | manejo

A

Mecanismo: anormalidade neuromuscular idiopática

Clínica: disfagia e precordialgia

Diagnóstico: manometria esofágica, EDA e esofagografia baritada (sinal do saca-rolhas)

Manejo: TCC, ansiolíticos, nitrato nas crises; miotomia longitudinal

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3
Q

DISFAGIA
Ca de esôfago - FR | clínica | diagnóstico | estadiamento | manejo

A

FR: tabagismo, etilismo, HPV e acalásia (CEC) e DRGE e esôfago de Barret (adenocarcinoma)

Clínica: disfagia, perda de peso (evolução rápida)

Diagnóstico: EDA + biópsia
- Esofagografia baritada (sinal da maça mordida)

Estadiamento: USG endoscópica para T e N
- TC de tórax: se LFN aumentado → PAAF

Manejo
- T1a (restrito a mucosa): mucosectomia por EDA
- Resto: esofagectomia +/- QT+RT neo
- T4b ou M1: paliação

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4
Q

QUEIMAÇÃO/PIROSE
DRGE - mecanismo | clínica | sinais de alarme | diagnóstico | manejo | esôfago de Barret

A

Mecanismo: relaxamento transitório ou hipotonia do EEI

Clínica: pirose + regurgitação; tosse, rouquidão, broncoespasmo, PNM

Sinais de alarme: > 40 anos, disfagia ou sangramento, perda de peso

Diagnóstico: prova terapêutica
- Se negativa ou sintomas atípicos: pHmetria de 24h
- Se sinais de alarme, EDA

Manejo:
- IBP por 4-8 semanas → se falha após 2 semanas, dobrar a dose → se falhar de novo, refratário
- Fundoplicatura se refratário, DRGE recorrente ou complicações
* Pré-ops: pHmetria ou EDA para confirmar; manometria para escolher técnica cirurgia

Esôfago de Barret (metaplasia intestinal)
- Quadro: pcte tinha sintomas de DRGE e melhora
- Diagnóstico: EDA + biópsia
- Manejo: IBP + seguimento com EDA +/- cx
- Biópsia
* Sem displasia: EDA 3-5 anos
* Displasia de baixo grau: EDA de 6-12 meses
* Displasia de alto grau: ablação endoscópica OU esofagectomia
* Ca de esôfago: esofagectomia

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5
Q

DISPEPSIA
Doença ulcerosa péptica - mecanismo | classificação de Johnson |clínica | sinais de alarme | diagnóstico

A

Mecanismo: h. pylori (hiper ou hipocloridria) OU AINEs (menos PG → menos barreira)

Classificação de Johson
- Hipercloridria: duodenal, corpo gástrico + duodenal (II) ou pré-pilórica (III)
- Hipocloridria: pequena curvatura baixa (I) ou pequena curvatura alta (IV)
- Outras regiões ou pcte em uso de AINE (V)

Clínica: dispepsia, dor relacionada a alimentação (gástrica: precoce; duodenal: 2-3h após)

Sinais de alarme: > 45 anos, HF de Ca, sangramento digestivo, vômitos, perda de peso → EDA

Diagnóstico
- Jovem, sem sinais de alarme: diagnóstico de presunção
- > 45 anos OU sinais de alarme: EDA
- SEMPRE investigar h. pylori: urease na biópsia, histologia, cultura (invasivos) OU ureia respiratória, sorologia, Ag fecal

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6
Q

DISPEPSIA
Doença ulcerosa péptica - manejo

A

Clínico: suspender AINE + IBP por 4-8 semanas
- Erradicar h. pylori (claritromicina, amoxicilina e omeprazol por 14 dias) se úlcera péptica, dispepsia ou linfoma MALT → controle de cura após 4 semanas

Cirúrgico
- Se hipercloridria: vagotomia + antrectomia + BII
- Se hipocloridria: antrectomia + BI OU gastrectomia subtotal + Y de Rou
- Se úlcera gástrica: algum tipo de gastrectomia

Reconstrução do trânsito
- Billroth I: gastroduodenostomia
- Billroth II: gastrojejunostomia + alça aferente

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7
Q

SÍNDROMES PÓS-GASTRECTOMIA - Dumping | gastrite alcalina | alça aferente

A

Dumping: ausênica de piloro (após BI ou BII) → diminuir carbos, fracionar dieta e deitar após refeições
- Precoce: 15-30 min após alimentação → dor e náusea, sintomas vasomotores
- Tardia: hiperinsulinemia e hipoglicemia 1-3h após alimentação

Gastrite alcalina: ausência de piloro (após BI ou BII) → transformar BII em Y de Roux
- Dor contínua que não passa com vômito

Sd. da alça aferente: só após BII → transformar BII em Y de Roux
- Dor que piora com a alimentação e alivia com vômitos em jato

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8
Q

ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
FR | classificação Bormann X Lauren | clínica | diagnóstico

A

FR: h. pylori, anemia perniciosa, HF+, tabagismo, gastrectomia parcial, tipo sanguíneo A

Bormann
- I: polipoide
- II: úlcera com bordos nítidos
- III: úlcera com bordos não nítidos
- IV: infiltrante (linite plástica)

Lauren (intestinal X difuso)
- Difuso: cél. em anel de sinete, pior prognóstico, disseminação linfática
- Intestinal: associado com gastrite atrófica/ h. pylori, disseminação hematogênica

Clínica: dispepsia + sinais de alarme
- Doença avançada: ascite, massa palpável, LFN a distância (Virchow, Maria José, Irish, Blumer e Klukemberg)

Diagnóstico: EDA + biópsia

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9
Q

ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
Estadiamento | Ca gástrico precoce | manejo

A

Estadiamento: TNM
- TC abdômen, pelve e tórax
- USG endoscópica
- Videolaparoscopia

Ca gástrico precoce
- T1 (invade mucosa e submucosa, independe do acometimento LFN)
- Ressecção endoscópica desde que: limitado a mucosa, não ulcerado, < 2 cm, bem diferenciado, sem invasão linfovascular

Manejo: cx (para pctes sem MTX)
- Ressecção com margem + linfadenectomia a D2
* Se distal, gastrectomia subtotal + Y de Roux
* Se proximal, gastrectomia total + Y de Roux

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10
Q

DIARREIA
Aguda X crônica | alta X baixa | invasiva X não invasiva

A

Aguda: < 2 semanas → infecção
Crônica: > 4 semanas → infecção, DII, SII, intolerâncias

Alta: grande volume, 3-5 evac/dia, restos alimentares
Baixa: pequeno volume, 8-10 evac/dia, tenesmo e urgência

Não invasiva: sem muco/pus/sangue
Invasiva: muco, pus e/ou sangue → se febre associada = disenteria

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11
Q

SD. DE MÁ ABSORÇÃO
Avaliação inicial

A

1) Confirmar disabsorção
- Teste quantitativo de gordura fecal > 7g/dia OU teste qualitativo de gordura fecal
2) Definir problema na absorção ou digestão → teste da d-xilose urinária
- > 5g indica que mucosa absorveu, mas não houve digestão
- < 5g indica que mucosa não absorveu

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12
Q

SD. DE MÁ ABSORÇÃO
Doença de Whipple - agente | perfil | clínica | diagnóstico | manejo

A

Agente: tropheryma whipplei

Perfil: homens 30-60 anos com exposição ao solo ou animais

Clínica: sd. disabsortiva + artralgia, miorritmia oculomastigatória

Diagnóstico: biópsia de duodeno com macrófagos PAS

Manejo: ceftriaxone IV 2 semanas + bactrim 1 ano

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13
Q

SD. DE MÁ ABSORÇÃO
Doença celíaca - fisiopatologia | clínica | doenças associadas | diagnóstico | manejo | complicação

A

Fisiopatologia: contato com fração tóxica do gluten (gliadina) → inflamação imune da mucosa do delgado

Clínica: diarreia alta, esteatorreia, def. de vit. D, osteopenia, emagrecimento, menarca tardia e menopausa precoce

Doenças associadas: DM1, Hashimoto, hepatite autoimune, dermatite herpetiforme

Diagnóstico: anti-transglutaminase IgA ou anti-endomísio positivos → EDA + biópsia

Manejo: dieta sem glúten

Complicação: linfoma T intestinal

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14
Q

SD. DE MÁ ABSORÇÃO
Sd. do intestino irritável - clínica | manejo

Colite pseudomembranosa - agente | clínica | diagnóstico | manejo

Tumor/sd. carcinoide - definição | clínica | diagnóstico | complicação

A

Sd. do intestino irritável
- Clínica: dor abdominal 1x/semana por 3 meses + alteração do hábito intestinal; sintomas não acordam
- Manejo: suporte psicológico e dietético + antiespasmódicos

Colite pseudomembranosa
- Agente: clostridium difficile
- Clínica: diarreia após uso de ATB
- Diagnóstico: toxinas A e B nas fezes
- Manejo: suspender ATB, iniciar metronidazol ou vanco

Tumor carcinoide (cél. neuroendócrinas e cromafins)
- Clínica = sd. carcinoide
* Flushing, taquicardia, hipotensão, diarreia, asma, insuficiência tricúspide, estenose pulmonar
- Diagnóstico: ácido-5-hidroxi-indolacético (urina), cromogranina A (sangue)
- Complicação: pelagra (def. B3)

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15
Q

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Características e clínica - RCU X DC X extra-intestinais

A

RCU
- Retocólon, poupa o ânus
- Superficial, contínua
- Erosões → sangramento
- Perda de haustrações
- Pseudopólipos
- Biópsia: criptite, microabcessos
- Cigarro é protetor

DC
- Boca ao ânus, poupa o reto
- Transmural, descontínua
- Úlceras aftoides
- Estenoses → obstrução intestinal
- Lesões em pedra de calçamento
- Fístulas
- Fissura perianal
- Biópsia: granuloma não caseoso
- Cigarro é fator de risco

Extra-intestinais → “RCU E DC”
- Resposta imune (febre, leucocitose)
- Colangite esclerosante (RCU)
- Uveíte
- Eritema nodoso e pioderma gangrenoso
- Dor articular/espondilite
- Cálculos renais e biliares (DC)

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16
Q

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
RCU e DC - diagnóstico | manejo

A

Diagnóstico: EDA + biópsia
- Imagem: enteroTC ou RM
- AutoAc: ASCA (DC) e p-ANCA (RCU)
- Calprotectina fecal: diag. diferencial com sd. do intestino irritável

Manejo clínico
- Ataque: corticoide (não fazer pulso), anti-TNF alfa (avaliar e tratar TB latente antes de usar)
- Manutenção: mesalazina ou sulfassalazina (melhores para RCU) e imunomoduladores (azatioprina, MTX)

Manejo cx
- Indicações: fístulas ou fissuras, obstrução intestinal, déficit de crescimento, displasia de alto grau/câncer, hemorragia ou megacólon
- Técnica
* DC: estricturoplasia + infliximab
* RCU: (procto)colectomia + ileoanastomose com o ânus ou reto

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17
Q

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
RCU e DC - complicações

A

Megacólon tóxico
- Distensão, dor, febre, taquicardia, hipotesão, rebaixamento do sensório, leucocitose, anemia
- Diagnóstico: RX
- Manejo: suporte + corticoide IV → se refratário, infliximab → se refratário, colectomia com ileostomia

Câncer colorretal
- Risco aumenta conforme duração e extensão da doença
- Após 8 anos de doença: ileocolonoscopia e biópsia anual
- Manejo: proctocolectomia

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18
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Localização | manejo

A

Localização: RX
- Delgado: distensão central, pregas coniventes (empilhamento de moedas)
- Cólon: distensão periférica, haustrações

Manejo
- NPO, hidratação venosa, SNG
- Obstrução mecânica: conservador 24-48h (se peritonite: cx)
- Obstrução funcional: conservador

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19
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Causas mecânicas - brida ou aderência | íleo biliar | volvo | intussuscepção

A

Brida/aderência: causa mais comum
- Requer cx abdominal prévia
- Manejo: suporte (24-48h) + gastrografina → se refratário, lise das aderências

Íleo biliar: colecistite + fístula + obstrução do delgado por cálculo
- Localização mais comum: íleo distal; no piloro = sd. de Bouveret
- Diagnóstico: TC ou RX → tríade de Rigler (aerobilia, distensão central, cálculo ectópico)
- Manejo: suporte + retirada do cálculo + CVL

Volvo: torção sobre o próprio eixo
- Obstrução em alça fechada tende a ter complicação mais rapidamente
- Diagnóstico
* RX: grão de café ou U invertido
* Enema baritado: bico de pássaro
- Manejo: descompressão endoscópica + sigmoidectomia eletiva → se complicado, cx urgência

Intussuscepção: causa mais comum na infância (3 meses a 6 anos)
- Se em adultos, sempre secundária (investigar)
- Clínica: dor abdominal, massa em salsicha, fezes em geleia de framboesa
- Diagnóstico
* USG: sinal do alvo
* Enema opaco: diagnóstico e tto
- Manejo: enema → se refratário ou adulto, cx

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20
Q

OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Causas funcionais - íleo paralítico | sd. de Ogilve

A

Íleo paralítico: ID e IG paralisados
- Causas: pós-op, medicamentoso, DHE (K+), inflamação
- Clínica: dor contínua, distensão, peristalse ausente
- Conduta: excluir causas mecânicas e suporte

Sd. de Ogilve: só cólon paralisado
- Paciente grave (sepse)
- Clínica: dor, distensão colônica, peristalse presente
- Conduta: excluir causas mecânicas e suporte → se não responder em 72h ou ceco > 12 cm, neoestigmina ou descompressão colonoscópica → se refratário, cecostomia

21
Q

ISQUEMIA MESENTÉRICA - Aguda X crônica (causas | clínica | diagnóstico | manejo)

A

Aguda
- Causas: embolia, vasoconstrição, trombose arterial, trombose venosa
- Clínica: dor abdominal desproporcional ao EF, temp retal < temp axilar, taquipneia (acidose metabólica inexplicável), irritação peritoneal (tardio)
- Diagnóstico
* AngioTC: falha no enchimento de contraste
* Angiografia mesentérica seletiva → padrão-ouro
- Manejo
* Suporte: dieta zero, hidratação IV, ATB
* Embolia ou trombose arterial: heparinização plena e laparotomia
* Trombose venosa: heparinização
* Vasoconstrição: papaverina intra-arterial por cateterismo

Crônica
- Causa: DAC
- Clínica: angina mesentérica e emagrecimento
- Diagnóstico: angiografia mesentérica
- Manejo: revascularização (cx se jovem; stent se idoso ou comorbidades)

22
Q

COLITE ISQUÊMICA - epidemio | clínica | localização mais comum | diagnóstico | manejo

A

Epidemio: idosos com hipoperfusão

Clínica: dor, diarreia muco-sanguinolenta, febre, distensão

Localização mais comum: flexura esplênica e junção retossigmoide

Diagnóstico: colono → mucosa inflamada
* Enema ou clister opaco com “impressões digitais”

Manejo: suporte (manter perfusão)
* Colectomia se peritonite, hemorragia, colite fulminante ou refratário ao tto

23
Q

APENDICITE AGUDA - fisiopato | clínica | diagnóstico | manejo | escore de Alvarado

A

Fisiopato: obstrução do apêndice → fecalito, hiperplasia linfoide…

Clínica
- Distensão abdominal → dor periumbilical por 12-24h
- Isquemia → dor em FID
- Náuseas, vômitos, anorexia, febre
- Blumberg: descompressão súbita dolorosa em McBurney
- Rovsing: pressão em FIE com dor em FID
- Dunphy: dor FID que piora com a tosse
- Lenander: temperatura retal > axilar em pelo menos 1ºC

Diagnóstico
- Se alta probabilidade (história clássica, homem) → clínico
- Se probabilidade média (criança, idoso ou mulher) OU se complicação OU se > 48h de evolução → imagem
* Criança ou gestante: USG
* Homem ou não gestante: TC (padrão-ouro)

Manejo
- Simples e precoce → apendicectomia + ATB profilático
- Complicada ou tardia (> 48h) → imagem
* Não complicada → apendicectomia + ATB profilático
* Abcesso → drenagem + ATB + colono em 4-6 semanas + SN, apendicectomia tardia
* Fleimão → ATB + colono em 4-6 semanas + SN, apendicectomia tardia
* Peritonite difusa → cx de urgência + ATB-terapia

Escore de Alvarado → > 7 = cx
- Dor que migra para FID (1 ponto)
- Anorexia (1 ponto)
- Náuseas ou vômitos (1 ponto)
- Dor a palpação em FID (2 pontos)
- Descompressão + em FID (1 ponto)
- Temp > 37,5ºC (1 ponto)
- Leucocitose (2 pontos)
- Desvio para a esquerda (1 ponto)

24
Q

DIVERTICULITE AGUDA - fisiopato | clínica | diagnóstico | Hinchey |

A

Fisiopato: obstrução da luz do divertículo → distensão → isquemia → microperfurações → abcesso pericólico

Clínica: apendicite do lado esquerdo em idoso

Diagnóstico: TC
- Evitar colono e enema durante a inflamação, apenas após 4-6 semanas para afastar Ca

Classificação de Hinchey
- 0 = ausência de complicações
- 1 = abcesso pericólico
* 1a = fleimão
* 1b = abcesso pericólico
- 2 = abcesso pélvico
- 3 = peritonite purulenta
- 4 = peritonite fecal

Manejo: sempre ATB-terapia
- Sem complicações: ATB VO ou IV e colono após resolução
* Indicação de cx: imunodeprimido, incapaz de excluir Ca, fístula
- Abcesso > 4 cm: drenagem + ATB + colono + cx eletiva
- Peritonite: ATB + cx de urgência (Hartmann)
* Se tipo III: lavagem laparoscópica

25
PÓLIPOS INTESTINAIS Pólipos adenomatosos - definição | histologia | risco malignização | manejo
Definição: potencial de virar adenocarcinoma Histologia - Tubular → melhor prognóstico - Viloso → pior prognóstico - Túbulo-viloso Risco de malignizar: > 2 cm, viloso, displasia de alto grau Manejo: sempre polipectomia - Garantir: margens livres; ressecção total, sem peacemeal; restrito a submucosa; sem invasão angiolinfática - Após 3 anos: colonoscopia * Se pólipo séssil ou peacemeal: em 3-6 meses
26
PÓLIPOS INTESTINAIS Sd. de polipose intestinal - PAF | variantes da PAF | sd. de Peutz-Jeghers
PAF - Definição: > 100 pólipos adenomatosos - Mutação do gene APC - Aos 40-50 anos, pctes desenvolvem Ca colorretal → colectomia profilática ao diagnóstico - Rastreio: colono anual a partir de 10-12 anos Variantes da PAF - Sd. de Gardner: PAF + * Osteomas (mandibulares e cranianos) * Tumores de tecidos moles (lipoma, cistos) * Dentes supranumerários - Sd. de Turcot: PAF + tumor no SNC (meduloblastoma, glioblastoma) Sd. de Peutz-Jeghers - Definição: todo TGI com pólipos hamartomatosos - Manchas melanocíticas - Sangramento, intussuscepção, maior risco de câncer - Colonoscopia a cada 2 anos
27
CÂNCER COLORRETAL (ADENOCARCINOMA) - apresentações | clínica | diagnóstico | rastreio | estadiamento | CEA | manejo
Apresentações - Esporádico: mais comum → FR: idade mais elevada, tabagismo, alcoolismo, DII, HF + - Síndrome de polipose: PAF + variantes - Hereditário não polipose: Sd. de Lynch * Ca cólon ou outro associado (endométrio, ureter) * Acometendo > 3 familiares, pelo menos 1 parente de 1º grau * Pelo menos 1 caso antes dos 50 anos * Acometendo 2 gerações consecutivas * Ausência de polipose hereditária Clínica: assintomático - Cólon direito → anemia ferropriva - Cólon esquerdo → alteração no padrão intestinal (obstrução) - Reto → hematoquezia, tenesmo, constipação Diagnóstico: colonoscopia + biópsia Rastreio: colono a cada 10 anos a partir dos 50 anos * Se risco, a partir dos 40 anos ou 10 anos antes da idade apresentada por familiar * Lynch: dos 21-40 anos a cada 2 anos, após, anual Estadiamento → TC de abdômen: metástase hepática e LFN * Se CEA > 10 ng/ml: TC de tórax * Se reto: RM ou USG transretal → avaliar o mesoreto * Se recorrência: PET-TC CEA: prognóstico e acompanhamento Manejo - Cólon e reto alto * Ressecção com margem + linfadenectomia * Adjuvância para T3/T4; N+; pouco diferenciado; complicação; ou margens comprometidas - Reto médio e baixo * Ressecção com margem + excisão total do mesoreto * Ressecção anterior do reto → se não acomete esfíncter anal * Ressecção abdominoperineal→ se acomete esfíncter anal * Neoadjuvância (QT e RT) → se T3/T4, N+ OU localmente avançado * Total neoadjuvant therapy: QT + RT com resposta clínica completa
28
PANCREATITE AGUDA - clínica | diagnóstico | classificação TC | prognóstico | manejo | complicações locais
Clínica - Dor epimesogástrica que irradia para dorso → dor contínua em faixa - Náuseas e vômitos - Icterícia leve - Mancha de Cullen: periumbilical - Mancha de Grey-Turner: flancos Diagnóstico: 2 ou 3 dos seguintes critérios - Dor abdominal fortemente sugestiva - Amilase e lipase 3x o valor normal → lipase é a mais específica - Exames de imagem * Primeiro: USG → visualização da pedra e sombra acústica * Principal: TC com contraste → em 48-72h de evolução ou imediata se grave/dúvida Classificação TC - Edematosa: captação homogênea de contraste → mais comum - Necrosante: captação heterogênea de contraste, coleção peripancreática Prognóstico - Preditores clínicos: idade, obesidade, peritonite - Preditores labs: PCR > 15 - Escore de Atlanta * Leve (80%): geralmente edematosa * Moderada: falência orgânica transitória (< 48h) e/ou complicações locais ou sistêmicas * Grave: geralmente necrosante → falência orgânica persistente Manejo: internação + dieta zero por período curto + hidratação e controle hidroeletrolítico + analgesia - Reintrodução da dieta dentro de 24-72h: hipolipídica e preferir o TGI - Pancreatite biliar: CVL antes da alta - Pancreatite biliar + colangite ou obstrução distal: papilotomia e CVL Complicações locais - Pseudocisto * Intervir se compressão de estruturas (plenitude pós-prandial, náuseas, vômitos, anorexia) * Drenagem endoscópica - Necrose * Intervir se infectada → imipenem * Intervir se necrose sintomática refratária: febre baixa, anorexia, SIRS * Drenagem endoscópica se necrose encapsulada * Drenagem percutânea guiada por TC * Cx 3-4 semanas após o início
29
PANCREATITE CRÔNICA - AP | etiologia | clínica | diagnóstico | manejo | complicação
AP: calcificação do parênquima Etiologia: álcool Clínica - Tríade: calcificação com perda de função, esteatorreia, diabetes - Outros: dor abdominal e emagrecimento Diagnóstico → imagem - USG endoscópica: melhor para fase inicial - TC: mais usada Manejo - Clínico: cessar etilismo e tabagismo + refeições pequenas e pobres em gordura + analgesia escalonada + enzimas pancreáticas VO - Cirúrgico: se dor intratável * CPRE antes para indicar a técnica Complicação: trombose da v. esplênica - Provoca: HP segmentar - Clínica: varizes apenas em fundo gástrico + esplenomegalia - Conduta: esplenectomia
30
CÂNCER DE PÂNCREAS - FR | AP | clínica | diagnóstico | manejo
FR: tabagismo AP mais comum: adenocarcinoma de cabeça do pâncreas Clínica - Icterícia colestática verdínica - Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula indolor e palpável - Perda ponderal - Dor abdominal - Linfonodo supraclavicular esquerdo Diagnóstico - Marcador: CA 19-9 - USG endoscópica + TC ou colangioRM - Biópsia percutânea ou transduodenal Manejo - Paliativo (irresecáveis): * Sem condição cx: stents em colédoco e/ou duodeno * Condição cx: coledocojejunostomia para icterícia e gastrojejunostomia para obstrução duodenal + QT adjuvante - Curativo: até T3, N, M0 * Whipple ou child + linfadenectomia + QT neo e adjuvante
31
HEPATITES VIRAIS Hepatite A - formas clínicas | transmissão | anti-HAV positividade | manejo | vacina | profilaxia pós-exposição Hepatite E - característica diferencial
Hepatite A - Formas clínicas: assintomática, sintomática, colestática, fulminante - Transmissão: fecal-oral - Anti-HAV: IgM (4-6 meses); IgG (cicatriz) - Manejo: sintomático e afastar de atividades por 2 semanas - Vacina: dose única aos 15 meses - Profilaxia pós-exposição em não-vacinados: em até 14 dias * > 1 ano: vacina (+ Ig se imunodeprimido) * < 1 ano: apenas Ig Hepatite E: fulmina em gestantes
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HEPATITES VIRAIS Hepatite B - transmissão | vírus | marcadores | mutante pré-core | crônica | manejo (indicações, objetivo e esquema)
Transmissão: sexual, vertical, percutânea Vírus: DNA-HBV Marcadores: - HBsAg: Ag na infecção ativa → anti-HBs: resolução da infecção - Anti-HBc (IgM e IgG): contato com o vírus - HBeAg: Ag da replicação viral → anti-HBe: indica parada da replicação Hepatite B mutante pré-core - Falha na síntese do HBeAg → vírus replica sem demonstrar - Suspeita: HBeAg negativo + HBsAg positivo + aumento de transaminases - Confirmação: aumento de DNA-HBV - Variante mais agressiva → mais risco de fulminar, cirrose e câncer Hepatite B crônica - Imunotolerância → replicação viral intensa; HBeAg +; DNA-HBV > 20000; aminotransferases normais - Imunoeliminação → sistema imune reconhece e tenta eliminar o vírus; elevação das aminotransferases - Soroconversão: HBeAg -; DNA-HBV -; HBsAg pode ficar + Manejo - Indicações: * Aguda: gravidade (coagulopatia) * Crônica: HF de CHC, infecção conjunta de HIV ou HCV, aumento de ALT + marcador de replicação, fibrose evidenciada por bx ou elastografia, drogas imunossupressoras ou QT, extra-hepática - Objetivo: perda sustentada do HBsAg - 1ª linha: tenofovir (TDF) - Entecavir se TDF contraindicado OU 1ª escolha para prevenir reativação - Tenofovir alafenamida (TAF) se TDF contraindicado
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HEPATITES VIRAIS Hepatite C - marcadores | transmissão | manejo (objetivo e esquemas) Hepatite D - conceitos
Hepatite C - Anti-HCV +: hepatite em atividade, cura ou falso-positivo - Infecção ativa: anti-HCV + e HCV-RNA + - Transmissão: drogas injetáveis - Manejo (todos os pacientes) * Objetivo: resposta viral sustentada → HCV-RNA indetectável * Esquemas (12-24 semanas): sofosbuvir + velpatasvir OU pibrentasvir + glecaprevir * Se cirrose avançada: acrescentar ribavirina * Se < 12 anos: alfapeginterferon + ribavirina Hepatite D - Precisa do vírus B para gerar infecção (tem que ser HBsAg +) - Coinfecção: D e B agudas - Superinfecção: D aguda + B prévia → maior risco de fulminante e cirrose
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CIRROSE - manifestações (HP X IH) | classificação | causas
Manifestações - HP: varizes esofagogástricas, circulação colateral, ascite, esplenomegalia - IH: icterícia (aumento de BD), hipoalbuminemia, coagulopatia, encafalopatia, hipoestrogenismo, eritema palmar, aranha vascular (telangiectasia) Classificação - Child-Pugh (BEATA): Bilirrubina, Encefalopatia, Albumina, TP (INR), Ascite * Child B: 7-9 pontos - Meld (BIC): Bilirrubina, INR e Creatinina Causas - Vírus: hepatite B e C - Infiltração gordurosa - Doenças de depósito - Doenças autoimunes
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CIRROSE - doença hepática gordurosa Alcoólica - labs | fisiopatologia | evolução | clínica | manejo se grave Não-alcoólica - fisiopatologia | evolução | clínica | indicações de rastreio | diagnóstico | manejo
Alcoólica - Labs: aumento do GGT e VCM - Evolução: esteatose alcoólica (libação) → hepatite alcoólica (libação em etilista crônico) → cirrose (etilista crônico) - Fisiopatologia: acúmulo de acetaldeído - Clínica: febre, icterícia, dor, TGO > TGP, leucocitose - Manejo se grave: (Maddrey > 32): prednisolona 4 semanas Não-alcoólica - Fisiopatologia: resistência insulínica → TGD no fígado - Evolução: esteatose → esteato hepatite (NASH) → cirrose - Clínica: dor abdominal, elevação de ferritina - Indicações de rastreio: DM2, pré-DM, obesidade, aumento transaminases por > 6 meses - Diagnóstico * USG abdominal: esteatose * Excluir demais causas de esteatose * Escore FIB-4: idade, transaminases, plaquetas → se > 1,3, fazer elastografia → se > 8 kPa, doença avançada, confirmar com biópsia - Tratamento: MEV * Se doença avançada: pioglitazona ou GLP1 para diabéticos; vit. E para demais
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CIRROSE - doenças de depósito - fisiopatologia | clínica | diagnóstico | manejo Doença de Wilson Hemocromatose
Doença de Wilson - Fisiopatologia: mutação ATP7B → acúmulo de cobre e redução de ceruloplasmina - Clínica: doença hepática, quadro neurológico, anel de Kayser-Fleisher - Diagnóstico: urina em 24h * SN: biópsia hepática - Manejo: quelante → trientina ou d-penicilamina Hemocromatose - Fisiopatologia: mutação no gene HFE → maior absorção intestinal de ferro - Clínica: aumento da sat. de tranferrina e da ferritina, hepatopatia, hiperglicemia, hiperpigmentação, heart, hipogonadismo, artrite de metacarpofalangeanas - Diagnóstico * Teste genético: C282Y * RM: acúmulo de ferro - Manejo: flebotomia (sangria) → ferritina alvo de 50 ng/mL
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CIRROSE - doenças autoimunes Colangite biliar primária - perfil | fisiopatologia | clínica | diagnóstico | manejo Hepatite autoimune - fisiopatologia | clínica | manejo
Colangite biliar primária - Perfil: mulher 40-60 anos - Fisiopatologia (IgM): lesão imune em ducto biliar → aumento do sal biliar - Clínica: prurido; xantelasma; icterícia; disabsorção * Associação com Sjögren e Hashimoto - Diagnóstico (2 de 3 critérios) 1) Aumento de FA 2) Anticorpo anti-mitocôndria 3) Biópsia - Manejo: ursacol Hepatite autoimune - Fisiopatologia (IgG): agressão autoimune contra o fígado * Tipo 1: FAN, anti-músculo liso * Tipo 2: anti-LKM 1 - Clínica: doença hepática - Manejo: prednisona
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HIPERTENSÃO PORTA - classificação | diagnóstico
Classificação - Pré-hepática: boa função hepática e sem ascite * Trombose da veia porta * Trombose da veia esplênica - Intra-hepática * Pré-sinusoidal: esquistossomose * Sinusoidal: cirrose * Pós-sinusoidal: veno-oclusiva (veia centrolobular) - Pós-hepática * Doenças cardíaca * Trombose da veia hepática: síndrome de Budd-Chiari * Obstrução da veia cava Diagnóstico - EDA com varizes - Ideal: USG com doppler - Elastografia > 20-21 kPa - Gradiente pressórico entre porta e VCI > 6 mmHg
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HIPERTENSÃO PORTA - complicações Varizes - sem sangramento | sangramento ativo | sangramento prévio
Sem sangramento → profilaxia primária - Indicações: calibre > 5 mm; cherry-red spots; varizes em pcte Child B ou C - BB OU ligadura elástica por EDA Sangramento ativo - Estabilização → ABC * Repor perda volêmica * IBP + terlipressina ou somatostatina ou octreotide * Profilaxia de PBE: ceftriaxone ou norfloxacino * Suspender BB e diuréticos - Localizar sangramento: EDA em 12h - Manejo * Ligadura elástica é escolha * Balão de Sengstaken: sangramento refratário * TIPS: shunt portossistêmico intra-hepático transjugular * Cirurgias: shunts não seletivos Sangramento prévio → profilaxia secundária - BB + ligadura elástica
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HIPERTENSÃO PORTA - complicações Ascite - diagnóstico | manejo | PBE
Diagnóstico: paracentese - GASA > 1,1 → HP como causa * PTN total < 2,5: cirrose * PTN total > 2,5: IC, Budd-Chiari - GASA < 1,1 → neoplasia, TB, pâncreas, síndrome nefrótica * PTN total < 2,5: sd. nefrótica * PTN total > 2,5: neoplasia, TB, pâncreas - PMN > 250: PBE ou PBS - Bioquímica * PTN total > 1g, glicose < 50 e LDH elevado → se 2 desses, PBS = ATB + TC + cx - Gram e culturas Manejo - Restrição de sódio - Restrição hídrica se hipoNa - Espirono + furo VO (100:40) - Paracentese de alívio para ascite sintomática/tensa * Se grande volume, repor 6-10 g de albumina para cada L PBE - Clínica: assintomática OU febre, dor abdominal, encefalopatia - Diagnóstico: ascite com PMN > 250 e cultura positiva monobacteriana - Manejo * Excluir PBS * Retirar BB e diuréticos * ATB: ceftriaxone ou cefotaxima * Profilaxia da síndrome hepatorrenal: albumina 1,5 g/kg no 1º dia e 1 g/kg no 3º
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INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - complicações - fisiopatologia | clínica | diagnóstico | manejo Síndrome hepatorrenal Síndrome hepatopulmonar
Síndrome hepatorrenal - Fisiopatologia: excesso de NO → vasodilatação periférica + vasoconstrição renal - Clínica: hepatopata grave + IRA - Diagnóstico * Excluir IRA pré-renal, infecção, drogas nefrotóxicas * USG: normal - Manejo: albumina + noradrenalina ou terlipressina * Hemodiálise SN * Definitivo: tx hepático Síndrome hepatopulmonar - Fisiopatologia: excesso de NO → vasodilatação periférica + vasodilatação pulmonar - Clínica: hepatopata grave + platipneia + ortodeóxia * Dispneia e dessaturação com ortostase - Diagnóstico: clínico - Manejo: suporte com O2 * Definitivo: tx hepático
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HIPERTENSÃO PORTAL E INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - complicações Encefalopatia hepática - fisiopatologia | etiologia | clínica | manejo
Fisiopatologia: elevação de amônia e outras toxinas Etiologia: HDA, infecção (PBE e PBS) OU constipação e hipoK Clínica: alteração de sono, flapping, desorientação, coma - 1ª manifestação: inversão do ciclo sono-vigília Manejo - Lactulona: transforma amônia em amônio, que tem menor penetração no SNC - ATB: rifaximina, neomicina, metronidazol - Haloperidol para agitação → NÃO usar BZD
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HEMORRAGIA DIGESTIVA Abordagem geral - classificação | clínica | abordagem inicial
Classificação - Alta: antes do âng. de Treitz - Baixa: após o âng. de Treitz Clínica - Hematêmese → HDA - Melena → sugere HDA - Hematoquezia → sugere HDB - Hipovolemia Abordagem inicial - Estabilização clínica → ABC * Solução inicial: cristaloide (SF 0,9% ou RL) → alvo: PAS > 100 mmHg * Hemotransfusão se hipotensão refratária, hemorragia maciça ou Hb < 7 - Labs: Cr, ureia, eletrólitos, hemograma, coagulograma - Dieta zero, SNG SN - Drogas se suspeita de HDA * IBP venoso * Se suspeita de cirrose: ceftriaxona e terlipressina - Buscar a etiologia
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HDA Generalidades - etiologias | exames
Etiologias - Sem hipertensão porta * Úlcera péptica: mais comum * Mallory-Weiss; gastrite, esofagite; neoplasias; Dieulafoy; GAVE; hemobilia - Com hipertensão porta → varizes esofagogástricas Exames - EDA em 24h da admissão (12h se varizes) - Se instabilidade → angioembolização ou cx
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HDA - FR | manejo (medicamentoso X EDA X refratários) DUP - Forrest Varizes esofagogástricas
DUP - FR: AINE / h. pylori - Forrest * I: sgto ativo → IA pulsátil, IB babando * IIA vaso visível, IIB coágulo, IIC hematina * III: base clara e limpa - Manejo * Medicamentoso: IBP IV * Endoscópico: ~ I e IIA → terapia endoscópica (clipagem, coagulação térmica, injeção de epinefrina) ~ IIC ou III → reintroduzir dieta, erradicar h. pylori, suspender AINE, IBP VO e alta * Falha na EDA: 2ª tentativa EDA → arteriografia para embolização arterial → cx Varizes esofagogástricas - FR: cirrose hepática - Manejo * Medicamentoso: ATB profilático, terlipressina IV e BB após ~ Ceftriaxone IV → cipro VO * EDA: ligadura elástica ~ Varizes gástricas: cianoacrilato ~ Sgto incontrolável: balão de Sengstaken-Blakemore * Falha EDA: 2ª tentativa → TIPS ou cirurgia
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HDA - definição | FR | manejo Sd. Mallory-Weiss Lesão Dieulafoy GAVE Hemobilia Fístula aorto-entérica
Síndrome de Malory-Weiss - Definição: lacerações na JEG - FR: vômitos vigorosos - Manejo * Medicamentoso: IBP + anti-eméticos * EDA: terapia hemostática se sangramento ativo Lesão de Dieulafoy - Definição: art. dilatada na submucosa gástrica - FR: homens, DCV, AINEs - Manejo: hemostasia EDA GAVE: ectasia vascular antral gástrica - Definição: dilatação de vênulas no antro (em melancia) - FR: mulheres idosas, esclerodermia, cirrose - Manejo: hemostasia EDA Hemobilia - Definição: sgto originado das vias biliares - FR: trauma, procedimento biliar, neoplasia - Clínica: HDA + dor HD + icterícia → tríade de Sanblom / Quickie - Diagnóstico: EDA com sgto pela papila duodenal - Manejo: embolização arterial Fístula aortoentérica - Definição: comunicação entre aorta abdominal e ID - FR: aneurisma aorta abdominal, prótese aórtica - Clínica: sgto catastrófico + hemorragia sentinela - Diagnóstico: angio-TC - Manejo: reparo cirúrgico
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HDB Generalidades - etiologias | exames
Etiologias - Diverticulose (mais comum) - Angiodisplasia - Neoplasias - Doença anorretal → sempre fazer exame proctológico - Colite - Crianças: Meckel Exames - Colono após estabilização e preparo intestinal - EDA antes da colono se suspeitar de HDA - Se instabilidade refratária: angiografia com embolização - Se sgto de difícil diagnóstico: cintilo hemácias marcadas
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HDB - definição| características | FR | manejo Doença diverticular Angiodisplasia Divertículo de Meckel
Doença diverticular - Definição: divertículos no cólon e complicações - Cólon esquerdo: diverticulite; cólon direito: sangramento - FR: idade, constipação, dieta pobre em fibras - Manejo: hemostasia por colono Angiodisplasia - Definição: má formação venosa → sgto lento - Mais comum em idosos e em ceco e cólon direito - Manejo: hemostasia por colono Divertículo de Meckel - Definição: anomalia congênita mais comum do TGI → fechamento incompleto do conduto onfalo-mesentérico - Clínica: assintomáticos, sangramento ou diverticulite - Diagnóstico: cintilografia com tecnécio - Manejo: diverticulectomia +/- enterectomia