GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P2 Flashcards

(593 cards)

1
Q

Quais são os sintomas de presunção de gravidez?

A

Náuseas, vômitos, aumento de volume e sensibilidade mamária, polaciúria, nictúria, percepção de movimentos fetais pela paciente, desejos alimentares, fadiga, tontura, sialorreia, distensão abdominal, constipação, dispneia, congestão nasal, câimbras e lombalgia.

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2
Q

Quais são os sinais de presunção de gravidez?

A

Atraso menstrual de 10 a 14 dias, congestão mamária, mastalgia, pigmentação das aréolas, tubérculos de Montgomery, colostro, rede venosa visível, alterações vulvovaginais, muco cervical e alterações cutâneas.

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3
Q

Quais são os sinais de probabilidade de gravidez?

A

Sinal de Hegar, Sinal de Nobile-Budin, Sinal de Osiander, amolecimento do colo, aumento abdominal.

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4
Q

Quais são os sinais de certeza de gravidez?

A

Ausculta dos batimentos cardiofetais, sinal de puzos, percepção de movimentos fetais pelo examinador (18-20 semanas).

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5
Q

Como se faz o diagnóstico laboratorial e de imagem da gravidez?

A

Detecção do B-hCG urinário ou sérico e USG (saco gestacional entre 4-5 semanas, batimentos cardíacos com 6 semanas).

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6
Q

Como calcular a data provável do parto (DPP)?

A

DUM + 7 dias e - 3 meses (ou + 9 meses). Ex: DUM 02/01/2025 → DPP 09/10/2025.

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7
Q

Quais alterações na marcha podem ocorrer na gestante?

A

Marcha anserina (afastamento dos pés), acentuação da lordose lombar.

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8
Q

Quais são os sinais observados na cabeça durante a gravidez?

A

Cloasma/melasma, hipertrofia da tireoide, sinal de Halban (lanugem).

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9
Q

O que é o sinal de Hunter?

A

Escurecimento da aréola, podendo haver aréola secundária. Sinal presuntivo.

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10
Q

O que são tubérculos de Montgomery e qual sua função?

A

Glândulas sebáceas na aréola que lubrificam e protegem o mamilo e liberam odor que atrai o bebê.

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11
Q

O que é a linha nigra e por que aparece?

A

Linha pigmentada do púbis até o umbigo/xifóide por ação hormonal. Desaparece após o parto.

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12
Q

Quais os sinais encontrados na genitália externa da gestante?

A

Sinal de Jacquemier-Kluge, varizes e corrimento.

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13
Q

Qual a finalidade da palpação obstétrica?

A

Avaliar apresentação, situação e posição fetal, volume fetal, altura uterina e quantidade de líquido amniótico.

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14
Q

O que são as manobras de Leopold-Zweifel?

A

1ª: situação fetal; 2ª: posição fetal; 3ª: apresentação; 4ª: insinuação.

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15
Q

Quais parâmetros devem ser avaliados na ausculta fetal?

A

Vitalidade fetal, gestação única ou múltipla, posição fetal, sofrimento fetal (taquicardia), batimentos 120-160 bpm.

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16
Q

Quando os batimentos cardíacos fetais podem ser detectados?

A

5-6 semanas: USG; 10-12 semanas: sonar Doppler; >16 semanas: estetoscópio de Pinard.

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17
Q

Como deve ser feita a ausculta na gestação gemelar?

A

Deve haver distância de 10 cm entre batimentos e diferença de pelo menos 15 bpm.

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18
Q

Em que situações o toque vaginal é indicado?

A

Contrações, ameaça de parto prematuro, trabalho de parto, apagamento do colo.

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19
Q

Quais modificações ocorrem no metabolismo energético da gestante?

A

Aumento das necessidades nutricionais, alterações no gasto energético após 20 semanas, acúmulo de gordura antes das 30 semanas.

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20
Q

Quais mudanças ocorrem no metabolismo hídrico?

A

Aumento da água corporal total, ativação do SRAA, diminuição do ADH e retenção de sódio. Edema por compressão venosa.

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21
Q

Frente: Quais alterações respiratórias ocorrem na gravidez?

A

Verso: Aumento da caixa torácica, diafragma elevado, respiração mais torácica, maior volume corrente, expiração prolongada.

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22
Q

Frente: Quais alterações urinárias são típicas da gestação?

A

Verso: Aumento da filtração glomerular (glicosúria), compressão dos ureteres e relaxamento da musculatura lisa por progesterona (maior risco de ITU/hidronefrose).

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23
Q

Frente: Quais mudanças hematológicas ocorrem na gravidez?

A

Verso: Hipervolemia, hemodiluição, aumento de fibrinogênio e fatores de coagulação, redução da fibrinólise, leucocitose sem desvio.

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24
Q

Frente: Como se comporta o sistema cardiovascular na gestação?

A

Aumento da FC (10-15 bpm)

Mudança do eixo cardíaco

Sopro sistólico em 90%

Desdobramento da 1ª bulha

PA diminui por queda da RVP

Débito cardíaco aumenta até 30-40% (máximo em 24 semanas)

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25
Frente: Quais alterações gastrointestinais são comuns na gravidez?
Verso: Lentificação do esvaziamento gástrico e do peristaltismo, constipação, azia.
26
Frente: Quais mudanças ocorrem no sistema genital durante a gestação?
Verso: Útero aumenta de 70g para 1100g, pH vaginal ácido, tubas alongadas e corpo lúteo ativo no 1º trimestre.
27
O que é um parto eutócico?
É o parto de evolução normal, ocorrendo com equilíbrio entre motor (contrações uterinas), trajeto (canal de parto) e objeto (feto).
28
O que é estatística fetal?
Relação entre o feto e a pelve materna, incluindo relação entre partes fetais, atitude fetal, ovóides fetais e situação fetal.
29
O que é a atitude fetal normal?
Flexão generalizada, posição fetal 'enrolada' com membros e cabeça fletidos.
30
Quais são os tipos de ovóides fetais?
Ovóide fetal (forma geral do feto), ovóide cefálico (cabeça) e ovóide córmico (tronco).
31
Como é a relação dos eixos longitudinais fetal e materno?
Pode ser longitudinal, transversa ou oblíqua.
32
Quais são os tipos de apresentação fetal na situação longitudinal?
Apresentação cefálica (mais comum) e apresentação pélvica.
33
Quais são os graus de flexão/deflexão cefálica?
1° grau: Bregma (fletida, mais comum e ideal) 2° grau: Naso 3° grau: Mento
34
O que é posição fetal?
Relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo da mãe.
35
Quais são as variedades de posição fetal?
Anterior, posterior e transversa.
36
O que é necessário identificar no crânio fetal?
Fontanelas (bragmática, lambdóide) e suturas (sagital, coronal, metópica, lambdóide).
37
O que compõe o trajeto mole no canal de parto?
Segmento uterino inferior, colo uterino, vagina e região vulvo-perineal.
38
Quais são os componentes do trajeto duro (bacia óssea)?
Estreito superior, médio e inferior da pelve materna.
39
Quais são os principais diâmetros do estreito superior da pelve?
Conjugada anatômica: 11 cm Conjugada obstétrica: 10,5 cm Conjugada diagonal: 12 cm
40
Qual o diâmetro importante no estreito médio?
Diâmetro biciático (10,5 cm), referência para o plano 0 de De Lee.
41
O que mede a saída da pelve (estreito inferior)?
Conjugada exitus (9,5–11,5 cm) e diâmetro transverso (bituberoso).
42
O que são os mecanismos do parto?
Movimentos feitos pelo feto para se adaptar ao canal de parto, auxiliados pelas contrações uterinas.
43
Quais são as etapas dos mecanismos do parto?
1. Insinuação (encaixamento) 2. Flexão 3. Descida 4. Rotação interna 5. Deflexão e desprendimento cefálico 6. Rotação externa da cabeça e interna dos ombros 7. Desprendimento da cintura escapular e corpo
44
O que é insinuação (encaixamento)?
Quando o maior diâmetro da apresentação atravessa o estreito superior; referência fetal no plano 0 de De Lee.
45
O que acontece durante a flexão?
A cabeça fetal se flete para apresentar um diâmetro menor à bacia.
46
O que caracteriza a descida fetal?
Movimento espiral descendente da cabeça através do canal de parto.
47
O que ocorre na rotação interna?
A cabeça fetal gira para colocar o occipício no púbis, facilitando o nascimento.
48
O que é deflexão e desprendimento cefálico?
O suboccipício se apoia no subpúbis e a cabeça é expulsa por movimento de deflexão.
49
O que é restituição na rotação externa?
Após a saída da cabeça, ela gira de volta à posição inicial para alinhamento dos ombros.
50
Como ocorre o desprendimento do corpo fetal?
Ombro anterior apoia-se no púbis e flexão lateral ajuda a expulsar o ombro posterior e o corpo.
51
Quais são as fases clínicas do parto?
1. Pródromos 2. Período de dilatação 3. Período expulsivo 4. Período de dequitação 5. Período de Greenberg
52
Quais são os sinais dos pródromos do parto?
Descida do fundo uterino, melhora respiratória, dores lombares, perda do tampão mucoso e contrações irregulares.
53
O que ocorre no período de dilatação?
Início com contrações efetivas e modificação do colo, terminando com dilatação total (10 cm).
54
Quais são as fases do período de dilatação?
Fase latente: até 4 cm, contrações menos eficazes Fase ativa: dilatação rápida a partir de 4 cm (com subfases de aceleração, inclinação máxima e desaceleração)
55
Qual a velocidade de dilatação na fase ativa?
Primíparas: 1,2 cm/h Multíparas: 1,5 cm/h
56
O que ocorre no período expulsivo?
Dilatação completa até nascimento do feto, com participação ativa dos puxos maternos e contrações.
57
O que acontece no período de dequitação?
Descolamento e expulsão da placenta, ocorrendo por mecanismos de Schultze (central) ou Duncan (lateral).
58
O que é o período de Greenberg?
Primeira hora após a dequitação, com objetivo de prevenir hemorragias através de miotamponagem, trombotamponagem e contração uterina (globo de segurança de Pinard).
59
Quais mecanismos hemostáticos atuam no período de Greenberg?
1. Miotamponagem 2. Trombotamponagem 3. Indiferença miouterina 4. Contração uterina fixa (globo de segurança de Pinard)
60
Qual é o objetivo da assistência pré-natal?
Garantir o nascimento de uma criança saudável, reduzir riscos para a mãe e tratar gestantes de alto risco.
61
Quais exames devem ser feitos na consulta pré-concepcional?
Hemograma, tipagem sanguínea do casal, sorologias, avaliação medicamentosa e vacinal.
62
Quando iniciar o ácido fólico antes da gestação e qual a dose?
Iniciar 3 meses antes da gestação; dose de 400–800 mcg/dia. Se não iniciou antes, deve começar o quanto antes, preferencialmente até a 12ª semana de gestação
63
Qual é a frequência das consultas no pré-natal de baixo risco?
Até 28 semanas: mensal | 28-36 semanas: quinzenal | 36-41 semanas: semanal.
64
O que avaliar na anamnese pré-natal?
Paridade, idade gestacional (DUM/USG), planejamento da gestação, histórico obstétrico, aleitamento, vacinação e informações do parceiro.
65
Quais são os exames físicos realizados no pré-natal?
Peso, altura, PA, edemas, exame das mamas, ACV, AR, altura uterina, manobras de Leopold, BCF, toque bidigital (se necessário).
66
Como interpretar a altura uterina durante a gestação?
Entre 18-30 semanas, altura uterina (cm) ≈ IG (semanas); variação normal ±3 cm.
67
Quais causas de altura uterina
PIG, oligoâmnio, óbito fetal, erro de IG.
68
Quais causas de altura uterina >P90?
GIG, polidrâmnio, gemelaridade, miomas.
69
Quais são as manobras de Leopold e o que cada uma avalia?
1. Situação (fundo uterino) 2. Posição (dorso fetal) 3. Apresentação (cefálica/pélvica) 4. Insinuação (descida fetal).
70
Quando a mãe começa a sentir a movimentação fetal?
Entre 18–22 semanas.
71
Como e quando auscultar os batimentos cardíacos fetais?
USG: 6-7 semanas; Sonar: 12-13 semanas; Pinard: 20 semanas. Frequência normal: 110-160 bpm.
72
Qual a suplementação de ferro na gestação?
SUPLEMENTAÇÃO PROFILÁTICA OBRIGATÓRIA: SEGUNDO TRIMESTRE 30-60MG 1.1Ferritina disponível: - Ferritina de 30-70 -> suplemento 30-60mg ferro/dia - Ferritina <30 -> suplemento com 80-120 ferro/dia 2. Com anemia: sempre suplementar. 120-200MG FERRO DIA / 2X
73
Por que suplementar cálcio durante a gestação? COMO É A SUPLEMENTAÇÃO?
Para prevenir hipertensão gestacional; 1. Profilática (preventiva): Indicada especialmente em gestantes com baixa ingestão de cálcio na dieta (menos de 1.000 mg/dia Início: a partir do segundo trimestre, podendo ser iniciada no primeiro trimestre em casos de risco aumentado de pré-eclâmpsia. dose de 1.000 mg/dia a partir da 12ª semana até o parto.
74
Como calcular a idade gestacional pelo 1º trimestre no USG?
Pelo Comprimento Cabeça-Nádega (CCN); mais preciso com erro de ±5 dias.
75
Quais parâmetros são usados para estimar IG no 2º e 3º trimestres?
Circunferência Cefálica (CC), Comprimento do Fêmur (CF), Diâmetro Biparietal (DBP), Circunferência Abdominal (CA).
76
O que avalia a morfológica do 1º trimestre?
TN, osso nasal, ducto venoso, doppler da tricúspide → risco de trissomias.
77
Como medir o líquido amniótico na USG?
ILA: soma dos maiores bolsões dos 4 quadrantes (5–24 cm normal). MBV: maior bolsão individual (2–8 cm normal).
78
O que indica oligoâmnio e polidrâmnio?
Oligoâmnio: ILA <5 cm, produção urinária fetal diminuída. Polidrâmnio: ILA >24 cm, diabetes gestacional ou defeitos de deglutição fetal.
79
Quais são os 5 parâmetros do Perfil Biofísico Fetal?
Cardiotocografia, movimentos respiratórios, movimentos somáticos, tônus, líquido amniótico.
80
Como diagnosticar diabetes gestacional?
Jejum ≥92 mg/dL ou 1h após TOTG ≥180 mg/dL ou 2h após TOTG ≥153 mg/dL.
81
Quais vacinas são recomendadas na gestação?
Influenza, DTPa, Hepatite B, Covid-19 (Pfizer/Coronavac), VSR (entre 24-34 semanas).
82
Quais vacinas são contraindicadas na gestação?
BCG, sarampo, rubéola, caxumba, varicela, poliomielite oral, febre amarela (exceto alto risco).
83
Como calcular a data provável do parto (DPP)?
Regra de Näegele: DPP = DUM + 7 dias - 3 meses.
84
Qual a importância de não re-datar a gestação após o 1º USG?
Para manter a acurácia da idade gestacional estabelecida inicialmente (erro ±5 dias).
85
.
.
86
Quando o partograma deve ser iniciado?
Na fase ativa do trabalho de parto, atualmente considerada com 6 cm de dilatação cervical.
87
Quais símbolos são usados no partograma?
Triângulo (▲) representa dilatação cervical e círculo (○) representa descida da apresentação fetal.
88
O que indica a linha de alerta no partograma?
Um sinal para investigar possíveis distócias, sem necessidade imediata de intervenção.
89
O que indica a linha de ação no partograma?
Sugere a necessidade de intervenção clínica se ultrapassada.
90
.
.
91
O que significa DCP?
Desproporção cefalopélvica – incompatibilidade entre o tamanho do bebê e a pelve materna.
92
O que é DCP absoluta?
Desproporção anatômica real entre feto e pelve, impedindo o parto vaginal.
93
O que é DCP relativa?
A passagem é prejudicada por posição fetal (transversal, deflexões, assinclitismo), podendo melhorar com intervenções.
94
Qual a principal causa da fase ativa prolongada?
Hipoatividade uterina.
95
O que é uma fase ativa prolongada?
Quando a curva de dilatação atravessa a linha de alerta ou ação no partograma.
96
Como intervir na fase ativa prolongada?
Posição vertical da gestante, mobilização, amniotomia ou uso de ocitocina.
97
O que é parada secundária da dilatação?
Dilatação estacionada em dois toques sucessivos com 2h de intervalo.
98
Conduta na parada secundária da dilatação com DCP relativa?
Tentar amniotomia, mobilizar a gestante e aguardar 4–6 horas se vitalidade fetal está preservada.
99
Quando está indicada cesariana na parada da dilatação?
Se há sofrimento fetal ou ausência de progresso após 4–6h com DCP relativa.
100
O que é parada secundária da descida?
Altura da apresentação fetal não muda em 2 avaliações com intervalo mínimo de 2h.
101
O que é período expulsivo prolongado?
A descida do feto ocorre, mas é muito lenta, geralmente por hipotonia ou DCP.
102
Tempo máximo para o período expulsivo em nulíparas e multíparas?
3h para nulíparas, 2h para multíparas.
103
O que é parto taquitócico?
Parto muito rápido: dilatação, descida e expulsão ocorrem em menos de 4h.
104
Riscos do parto taquitócico para a mãe e o feto:
Mais lacerações, atonia uterina e sofrimento fetal agudo.
105
Qual a principal alteração uterina associada ao parto taquitócico?
Taquissistolia (contrações excessivamente frequentes).
106
Qual a principal função do partograma?
Acompanhar graficamente o trabalho de parto e auxiliar na tomada de decisão individualizada.
107
A ultrapassagem da linha de alerta exige conduta imediata?
Não necessariamente. Serve como sinal para avaliação mais cuidadosa.
108
Quais os principais fatores de risco para distócias de parto?
Nuliparidade, idade avançada, obesidade, anomalias uterinas, uso de tocolíticos, infecção, baixa estatura, posição fetal desfavorável, macrossomia.
109
O que é o puerpério?
É o período após o parto em que o corpo da mulher passa por transformações físicas e emocionais para retornar ao estado pré-gestacional.
110
Quais são as fases do puerpério?
Imediato: 1º ao 10º dia; Tardio: 11º ao 45º dia; Remoto: após 45 dias até retorno da função reprodutiva.
111
O que acontece com o volume circulante no puerpério?
Inicialmente há aumento, depois redução do leito vascular após saída da placenta.
112
Quais sinais vitais retornam ao normal na 1ª semana?
Débito cardíaco, frequência cardíaca, pulso e pressão arterial.
113
O que acontece com o edema no puerpério?
Piora no início, depois melhora com retorno do retorno venoso e PVC.
114
Como o diafragma se comporta no puerpério?
Retorna à sua posição normal.
115
Em quanto tempo melhora a dispneia?
Em até 2 dias.
116
Quais alterações hematológicas ocorrem no puerpério?
Redução de hemoglobina e hematócrito, leucocitose fisiológica, aumento de plaquetas, fatores de coagulação e fibrinogênio.
117
Qual complicação pode surgir por essas alterações hematológicas?
Risco aumentado de tromboembolismo.
118
Por que ocorre constipação no puerpério?
Flacidez abdominal, dor perineal, íleo paralítico.
119
O que dificulta a micção no puerpério?
Edema uretral, analgesia e sensibilidade vesical reduzida.
120
Quando desaparece a dilatação dos ureteres?
Após 4 semanas.
121
Qual hormônio regula a produção de leite?
Prolactina.
122
O que é apojadura e quando ocorre?
Descida do leite, geralmente no 3º dia.
123
Qual o volume de leite esperado por dia no início?
De 50 até 550ml/dia.
124
O que é baby blues?
Quadro leve e transitório de instabilidade emocional no pós-parto.
125
Como diferenciar baby blues de depressão pós-parto?
Baby blues: leve, até 2 semanas; Depressão: persistente, interfere nas funções diárias e no vínculo com o bebê.
126
Quais complicações são comuns no puerpério?
Hemorragia, infecções pélvicas, mastite, tromboflebite pélvica séptica.
127
O que pode causar infecção pélvica?
Flora vaginal colonizando o útero ou feridas, como a da cesárea.
128
Quando reavaliar HAS no puerpério?
Em até 15 dias.
129
Quando reavaliar DMG e hipotireoidismo?
Em 40 dias.
130
Quando reavaliar anemia?
Em 30 dias.
131
Qual método contraceptivo é categoria 1 segundo a OMS para puerpério?
DIU de cobre.
132
Quando os métodos com progestagênio são liberados segundo CDC e OMS?
CDC: após 30 dias; OMS: após 6 semanas.
133
Qual o intervalo ideal entre partos?
18 meses entre parto e novo teste positivo de gravidez.
134
Quanto tempo deve durar o repouso sexual?
Pelo menos 40 dias.
135
Quais orientações devem ser passadas à puérpera?
Alimentação, hidratação, evitar álcool/tabaco, rede de apoio, repouso.
136
Como o médico deve se portar com a puérpera?
Escutar, acolher, ser gentil, discutir anticoncepção, estimular aleitamento, observar saúde mental e infecções.
137
O que não se deve fazer ao visitar uma puérpera?
Não opinar sobre aparência, peso ou amamentação; se visitar, ajude.
138
Qual é a principal causa de morte materna no 1º trimestre da gestação?
Gravidez ectópica.
139
O que se espera ver no USG transvaginal com beta-HCG ≥1500-2000 mUI/mL?
Saco gestacional intrauterino.
140
Quando suspeitar de gravidez ectópica com base no beta-HCG?
Beta-HCG ≥1500-2000 sem saco gestacional intrauterino.
141
Como evolui o beta-HCG em uma gestação normal?
Dobra a cada 48 horas nas primeiras 6-7 semanas.
142
Quando se visualiza o saco vitelino pelo USG transvaginal?
Por volta da 5ª semana.
143
Quando se visualiza BCF (batimento cardíaco fetal)?
Por volta da 6ª semana.
144
Qual o tipo de aborto com colo aberto e eliminação parcial dos produtos ovulares?
Aborto incompleto.
145
Qual o tipo de aborto com saco gestacional vazio maior que 25 mm?
Aborto anembrionário.
146
Qual o cariótipo da mola completa?
46XX ou 46XY, origem paterna.
147
Existe feto na mola completa?
Não.
148
Qual imagem é típica da mola completa no USG?
Imagem em flocos de neve ou cacho de uva.
149
Quais são os cariótipos possíveis da mola parcial?
69XXY, 69XXX ou 69XYY.
150
Como é o beta-HCG na mola completa?
Muito elevado, geralmente >100.000.
151
Qual o tratamento da mola hidatiforme?
Escoamento uterino por curetagem aspirativa.
152
Como deve ser feito o seguimento após mola hidatiforme?
Beta-HCG semanal até 3 negativos, depois mensal por 6 meses.
153
Qual o local mais comum da gravidez ectópica?
Trompa (98%), principalmente na ampola.
154
Cite três fatores de risco para gravidez ectópica.
Cirurgia tubária, DIP prévia, gravidez ectópica anterior.
155
Quais são os critérios para tratamento com metotrexato?
Estável, beta <5000, massa <4 cm, sem BCF.
156
Quando indicar salpingectomia?
Tuba rompida ou muito lesada.
157
Como é feito o diagnóstico definitivo de gravidez ectópica?
Videolaparoscopia.
158
Como monitorar paciente com gravidez actópica após uso de metotrexato?
Beta-HCG no dia 4 e 7; se queda >15%, acompanhar; se <15%, repetir dose.
159
Qual é a principal causa de morte materna no mundo?
Síndromes hipertensivas na gravidez
160
Quais são os principais tipos de hipertensão na gravidez?
Hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, HELLP, hipertensão gestacional
161
Quando é diagnosticada a hipertensão crônica na gravidez?
Antes da gestação ou antes da 20ª semana
162
Quais achados laboratoriais sugerem hipertensão crônica?
Uréia >25 mg/dL, creatinina >1 mg/dL
163
Qual a definição de pré-eclâmpsia?
Hipertensão após 20 semanas + proteinúria (>300mg/24h ou P/C >0,3)
164
Qual valor pressórico define hipertensão na gestação?
PA ≥ 140x90 mmHg
165
Quais são os critérios de gravidade da pré-eclâmpsia?
PA ≥160x110 mmHg, sintomas SNC, Cr >1,1 mg/dL, TGO >70U/L, plaquetas <100.000, EAP
166
O que define a eclâmpsia?
Convulsões em paciente com pré-eclâmpsia, sem outra causa
167
Qual a tríade diagnóstica da síndrome HELLP?
Hemólise, elevação de enzimas hepáticas (TGO>70U/L), plaquetopenia (<100.000/mm³)
168
Como se diagnostica hemólise na HELLP?
DHL >600U/L, bilirrubina total >1,2 mg%
169
Quando ocorre a hipertensão gestacional?
Após 20 semanas, sem proteinúria
170
Até quando a hipertensão gestacional deve regredir?
Até 12 semanas pós-parto
171
Qual a conduta diante de pré-eclâmpsia com bom prognóstico?
Expectar até 37 semanas
172
Qual a conduta diante de PE com mau prognóstico entre 24 e 37 semanas?
Resolução após estabilização + corticoide para maturação pulmonar
173
Qual o hipotensor de primeira linha na gestação?
Alfa-metildopa
174
Qual a dose inicial e máxima de alfametildopa?
750 mg/dia até 2g/dia
175
Qual outra droga oral pode ser usada na gestação e qual sua dose?
Nifedipina retard – 20 mg 12/12h até 60 mg/dia
176
Qual droga intravenosa é preferida na urgência hipertensiva?
Hidralazina 5-10 mg IV (até 30 mg em 30 min)
177
Qual a meta de redução da PA na urgência hipertensiva?
Reduzir 20% da PA inicial, evitando hipotensão
178
Qual a droga de escolha para prevenir convulsões na eclâmpsia?
Sulfato de magnésio
179
Qual a dose de ataque no Esquema de Zuspan?
4g EV em 20 min (1 ml/min)
180
Como se prepara a dose de ataque de sulfato de magnésio a 50% no esquema Zuspan?
Diluir 8 ml (4g) em 12 ml de água destilada, infundir 1 ml/min por 20 min
181
Como é feita a dose de manutenção no esquema Zuspan?
1g/h: diluir 10 ml (5g) em 490 ml SF 0,9%, infundir a 100 ml/h
182
Qual a dose de ataque no esquema de Pritchard?
4g EV + 5g IM em cada glúteo
183
Qual o antídoto do sulfato de magnésio?
Gluconato de cálcio 1g EV
184
Quais critérios de segurança para uso de MgSO4?
Reflexo patelar presente, FR ≥16 irpm, diurese ≥25 ml/h
185
Quando usar AAS na gravidez?
Início na 12ª semana, suspender na 36ª semana
186
Qual a dose recomendada de AAS para prevenção de pré-eclâmpsia?
100 a 150 mg/dia
187
Quando indicar suplementação de cálcio na gestação?
Dieta pobre em cálcio ou alto risco para PE
188
Qual a dose de cálcio recomendada?
1-2g/dia de suplementação
189
Quais são os principais biomarcadores na fisiopatologia da pré-eclâmpsia?
↓ PlGF, ↑ sFlt-1, ↑ relação sFlt-1/PlGF
190
Quais células estão envolvidas na falha da invasão trofoblástica na PE?
Células NK deciduais e macrófagos
191
Quais drogas anti-hipertensivas são seguras no puerpério?
Alfametildopa, nifedipina, carvedilol – preferir baixa relação leite/plasma
192
Em quanto tempo a PA normaliza no pós-parto?
Em até 3 meses (81% dos casos)
193
O que é insuficiência placentária?
Déficit no aporte de oxigênio e/ou nutrientes ao feto, levando a comprometimento do crescimento e oxigenação fetal.
194
Quais são as principais consequências da insuficiência placentária?
RCIU, hipóxia, asfixia e morte fetal.
195
Qual a fórmula da asfixia fetal?
Asfixia = hipóxia + hipercapnia.
196
Quando deve-se avaliar a vitalidade fetal?
Na presença de doenças maternas, intercorrências obstétricas, alterações fetais e após 28-32 semanas.
197
Quais doenças maternas indicam avaliação da vitalidade fetal?
Hipertensão, endocrinopatias, cardiopatias, pneumopatias, nefropatias, doenças do tecido conjuntivo, anemia, trombofilias.
198
Quais são as intercorrências obstétricas associadas à avaliação de vitalidade?
RCIU, pós-datismo, oligoâmnio, polidrâmnio, corioamniorrexe, placenta prévia, gemelaridade, história obstétrica ruim, ↓MF.
199
Quais doenças fetais requerem avaliação da vitalidade?
Isoimunização, cardiopatias, malformações e infecções fetais.
200
Quais métodos clínicos avaliam a vitalidade fetal anteparto?
Anamnese, percepção de movimentos fetais, medida da altura uterina e ausculta da FCF.
201
Quais métodos biofísicos complementam a avaliação da vitalidade fetal?
CTG, USG, perfil biofísico fetal, avaliação do LA, Dopplerfluxometria.
202
Quais exames laboratoriais são usados na avaliação fetal?
pH fetal e amnioscopia.
203
O que indica a movimentação fetal?
Integridade e função do SNC fetal.
204
Quando há maior percepção da movimentação fetal?
Entre 29-38 semanas, à tarde/noite.
205
O que é cardiotocografia?
Método que correlaciona FCF e movimentação fetal para avaliar oxigenação e integridade do SNC fetal.
206
Qual o principal parâmetro da CTG de repouso?
Aceleração transitória causada por movimento fetal.
207
O que significa CTG reativa?
Aumento de 20 bpm por pelo menos 3 minutos após estímulo.
208
O que é feito quando o traçado da CTG de repouso é não reativo?
Aumenta-se o tempo de observação ou realiza-se estímulo vibroacústico.
209
Para que serve o estímulo vibroacústico?
Avaliar a reatividade fetal frente a possível sono fisiológico.
210
O que é o perfil biofísico fetal?
Teste com 5 parâmetros: FCF, movimentos respiratórios, tônus, movimentação somática e líquido amniótico.
211
Quais parâmetros do PBF (perfil biofisico fetal) indicam sofrimento agudo?
Reatividade da FCF, movimentação respiratória, tônus e Movimentação Fetal.
212
Quais parâmetros do perfil biofisico fetal PBF indicam sofrimento crônico?
Redução do líquido amniótico.
213
Como é interpretado o PBF com escore 6?
Sugere sofrimento fetal em 20% dos casos.
214
Qual valor de PBF está associado a óbito neonatal em mais de 50% dos casos?
Escore ≤ 2.
215
Qual o valor normal do índice de líquido amniótico?
Entre 8 e 25 cm.
216
O que indica um Liquido Aminiótico < 5 cm?
Oligoâmnio acentuado.
217
O que avalia o Doppler das artérias uterinas?
Perfusão materna da placenta e risco de RCIU ou pré-eclâmpsia.
218
O que indica incisura protodiastólica nas artérias uterinas?
Resistência vascular aumentada, associada a RCIU e pré-eclâmpsia.
219
O que avalia o Doppler da artéria umbilical?
Fluxo feto-placentário e resistência placentária.
220
O que significa IP (Índice de Pulasilidade) elevado na artéria umbilical?
Maior resistência placentária e risco de hipóxia fetal.
221
O que indica diástole zero ou reversa na artéria umbilical?
Disfunção placentária grave com risco de acidemia e óbito fetal.
222
O que avalia o Doppler da artéria cerebral média?
Redistribuição do fluxo fetal (centralização fetal).
223
O que é o efeito poupador do cérebro?
Redução do Índice de Pulasilidade- IP na ACM como resposta à hipóxia fetal crônica.
224
O que é centralização hemodinâmica fetal?
Desvio do fluxo para cérebro, coração e adrenais em situação de hipóxia.
225
O que indica alteração na onda “a” do ducto venoso?
Descompensação fetal com risco elevado de acidemia e óbito.
226
Por que avaliar a vitalidade fetal no parto?
Porque a maioria dos casos de asfixia a termo ocorre sem fatores de risco prévios.
227
Quais métodos são usados para avaliar a vitalidade fetal intraparto?
Presença de mecônio, gasometria fetal, monitorização eletrônica da FCF.
228
Qual a frequência de avaliação da FCF no trabalho de parto?
Baixo risco: 30/30 e 15/15 min. Alto risco: 15/15 e 5/5 min.
229
Quais são os parâmetros analisados na FCF?
Linha de base, variabilidade, acelerações e desacelerações.
230
O que caracteriza uma desaceleração precoce?
Compressão do polo cefálico e queda de FCF sincronizada com contração.
231
O que caracteriza uma desaceleração tardia?
Queda de FCF após a contração, relacionada à hipoxemia.
232
O que caracteriza uma desaceleração variável?
Compressão do cordão umbilical; queda abrupta da FCF ≥15 bpm.
233
O que é FCF categoria I?
Normal: FCF 110-160, variabilidade moderada, sem desacelerações tardias/variáveis.
234
O que é FCF categoria II?
Indeterminada: alterações isoladas como taquicardia, desacelerações variáveis/tardias, variabilidade mínima.
235
O que é FCF categoria III?
Anormal: padrão sinusoidal, variabilidade ausente, desacelerações tardias/variáveis >50%, bradicardia.
236
Qual o significado clínico de acelerações transitórias na CTG?
Indicam boa oxigenação fetal.
237
Quando o hCG atinge seu pico durante a gestação?
Entre a 8ª e a 14ª semana de gestação.
238
A subunidade do hCG é homóloga a qual hormônio?
Ao TSH.
239
O rastreio universal de tireoidopatias é recomendado por alguma entidade?
Não. Nem o Ministério da Saúde, nem a ACOG, nem a Sociedade Americana de Tireoidopatias recomendam.
240
Quais são as principais indicações para rastreio seletivo de tireoidopatias na gestação?
História pessoal ou familiar de tireoidopatia, DM1, doenças autoimunes, idade >30 anos, uso de lítio ou amiodarona, bócio, radiação em pescoço, infertilidade, abortamento habitual, obesidade mórbida, áreas com deficiência de iodo.
241
Causa mais comum de hipotireoidismo na gestação?
Tireoidite de Hashimoto.
242
Qual a diferença entre hipotireoidismo primário e secundário?
Primário é por defeito na tireoide; secundário é por deficiência de TSH (hipófise ou hipotálamo).
243
Como se apresenta o perfil hormonal no hipotireoidismo clínico?
TSH aumentado e T4 livre diminuído.
244
Como é o perfil hormonal do hipotireoidismo subclínico?
TSH aumentado com T4 livre normal.
245
Quando tratar hipotireoidismo na gestação?
Sempre que TSH > 4; considerar se TSH entre 2,6-4 com TPO positivo.
246
Qual a dose inicial de levotiroxina no tratamento do hipotireoidismo gestacional?
1,6 a 2,0 mcg/kg/dia.
247
Qual a meta de TSH durante o tratamento de hipotireoidismo na gestação?
Manter TSH entre 0,5 e 2,5 mIU/L.
248
Como deve ser ajustada a levotiroxina em gestantes com Hashimoto?
Aumentar a dose em 25%.
249
Como deve ser feita a monitorização do tratamento do hipotireoidismo?
Dosar TSH e T4 livre a cada 4 a 6 semanas.
250
Hipotireoidismo não tratado na gestação pode causar o quê no feto?
Anomalias, RCIU, baixo peso ao nascer, mortalidade perinatal e comprometimento do desenvolvimento psicomotor.
251
Quais são as principais causas de hipertireoidismo na gestação?
Doença de Graves, hiperêmese gravídica, neoplasia trofoblástica, gestação múltipla, hipertireoidismo transitório.
252
Principais sintomas do hipertireoidismo gestacional?
Ansiedade, tremores, perda de peso, palpitações, exoftalmia, pele quente, aumento da frequência intestinal.
253
Perfil hormonal típico do hipertireoidismo?
TSH suprimido, T4 livre e T3 livre aumentados.
254
O uso de iodo radioativo é permitido na gestação?
Não, é proscrito.
255
Quais são os anticorpos positivos na Doença de Graves?
Antiperoxidase, antitireoglobulina, antimicrossomal.
256
Quando indicar tratamento para hipertireoidismo gestacional?
Se T4 livre > 2,5 ng/dL com sintomas.
257
Qual o objetivo do tratamento do hipertireoidismo na gestação?
Manter o T4 livre no limite superior da normalidade, evitar hipo/hipertireoidismo fetal.
258
Quais medicações são usadas para hipertireoidismo gestacional?
Tionamidas: propiltiouracila (PTU) e metimazol (MMI).
259
Qual tionamida é preferida no 1º trimestre?
Propiltiouracila (PTU).
260
Qual tionamida é usada a partir do 2º trimestre?
Metimazol (MMI).
261
Principais efeitos colaterais graves das tionamidas?
Agranulocitose, hepatotoxicidade (PTU), colestase (MMI), vasculite.
262
Teratogenicidade associada ao metimazol?
Aplasia dérmica, anomalias faciais, atresia anal/esofágica, fístula traqueoesofágica.
263
Como administrar tionamidas durante a amamentação?
Dose segura: PTU < 450 mg/dia, MMI < 30 mg/dia, fracionar doses, ingerir após mamada, intervalo de 3-4h entre mamadas, monitorar bebê.
264
Conduta frente a nódulo tireoidiano na gestação?
PAFF até 20s, cirurgia se maligno (2º tri), acompanhar se colóide ou indeterminado.
265
Quais características indicam investigação de um nódulo na tireoide - gestacional?
Crescimento rápido, nódulo sólido ≥ 2 cm ou cístico ≥ 4 cm.
266
Em que trimestre a cirurgia tireoidiana é mais segura?
No segundo trimestre.
267
O que é RCIU?
Fetos com peso estimado abaixo do percentil 10 para a idade gestacional.
268
Quais os principais riscos associados à RCIU?
Encefalopatia hipóxico-isquêmica, hemorragia intracraniana, APGAR < 4 no 5º minuto, convulsões neonatais, paralisia cerebral, retardo mental, óbito fetal ou intraparto.
269
Qual a importância de detectar precocemente a RCIU?
Reduz complicações neonatais graves e morbimortalidade.
270
Cite 3 etiologias maternas da RCIU.
Hipertensão, infecções (ex: toxoplasmose), diabetes.
271
Cite 3 etiologias fetais da RCIU.
Cromossomopatias, malformações, síndromes genéticas.
272
Cite 3 etiologias placentárias da RCIU.
Artéria umbilical única, inserção velamentosa do cordão, infartos placentários.
273
Como suspeitar clinicamente de RCIU?
Medida da altura uterina menor do esperado.
274
Qual exame confirma o diagnóstico de RCIU?
Ultrassonografia obstétrica com estimativa do peso fetal.
275
O que o Doppler da artéria umbilical indica?
Insuficiência placentária quando alterado.
276
O que a centralização fetal indica?
Redistribuição hemodinâmica com vasodilatação cerebral em resposta à hipoxemia.
277
O que indica alteração no Doppler do ducto venoso?
Deterioração fetal avançada com vasoconstrição periférica intensa.
278
Quais são os dois tipos de RCIU?
Precoce (antes de 32 semanas) e Tardia (após 32 semanas).
279
Quais características da RCIU precoce?
Difícil manejo, alta associação com pré-eclâmpsia, maior tolerância à hipóxia.
280
Quais características da RCIU tardia?
Difícil diagnóstico, baixa associação com pré-eclâmpsia, menor tolerância à hipóxia.
281
Existe tratamento intraútero para RCIU?
Não. Apenas monitoramento e interrupção da gestação quando necessário.
282
Como diferenciar RCIU de PIG?
RCIU associa-se a alterações no Doppler e líquido amniótico; PIG pode ser constitucional.
283
Quais hábitos devem ser interrompidos em caso de RCIU?
Fumo, álcool e drogas.
284
Qual é a segunda principal causa de morte materna?
Hemorragia Puerperal (HPP), atrás apenas das síndromes hipertensivas.
285
Qual a definição de HPP segundo a FIGO e ACOG?
Perda >500 mL após parto vaginal ou >1000 mL após cesariana, ou queda do Ht >10%, ou sintomas clínicos de hipovolemia.
286
Como é classificada a HPP em relação ao tempo?
Primária: nas primeiras 24h pós-parto. Secundária: entre 24h e 12 semanas.
287
O que é HPP maciça?
Perda >2000 mL, transfusão ≥4 CH ou queda de Hb ≥4g/dL.
288
Quais são os 4 T's da HPP?
Tônus (atonia uterina), Trauma (lacerações, hematomas), Tecido (placenta retida), Trombina (coagulopatias).
289
Qual causa mais comum de HPP?
Atonia uterina (70%).
290
Quais são fatores de risco anteparto para HPP?
História prévia, distensão uterina, distúrbios de coagulação, uso de anticoagulantes, placenta anterior, multíparas, HAS, anemia, idade materna avançada.
291
Quais são fatores de risco intraparto para HPP?
TP prolongado, lacerações, placenta prévia/acreta, DPP, indução, corioamnionite, parto instrumentado.
292
Quais são os componentes do manejo ativo do 3º período de HPP?
Ocitocina 10 UI IM, massagem uterina e tração controlada do cordão.
293
Qual o índice de choque e sua interpretação?
Índice = FC / PAS. ≥ 0,9 sugere instabilidade e necessidade de transfusão.
294
Quais medidas clínicas iniciais devem ser tomadas na HPP?
Acesso venoso duplo, SF 0,9%, exames laboratoriais, O2, SVD, elevação MMII.
295
Quais metas transfusionais devem ser atingidas na HPP?
Hb > 8g/dL, Ht 21–24%, PLQ > 50.000, fibrinogênio > 200mg/dL.
296
Quais são os principais fármacos usados na atonia uterina?
Ocitocina, ergometrina, misoprostol e ácido tranexâmico.
297
Quando usar o balão de tamponamento uterino na HPP?
Em casos refratários à farmacoterapia; uso por até 24h com SF aquecido.
298
Qual é a função da sutura de B-Lynch?
Compressão uterina para hemostasia em atonia refratária.
299
Quando indicar histerectomia na HPP?
Após falha de medidas conservadoras; não deve ser postergada em casos graves.
300
Quais condutas cirúrgicas podem ser usadas no trauma obstétrico?
Sutura de lacerações, drenagem de hematomas, correção de inversão e rotura por laparotomia.
301
O que deve ser feito em caso de dequitação >30min sem plano de clivagem?
Evitar extração manual; realizar histerectomia com placenta in situ.
302
Quais exames e condutas em suspeita de coagulopatia (Trombina)?
Coagulograma, CH, PFC, plaquetas, crioprecipitado, fatores VIIa, desmopressina.
303
O que é mastite segundo a OMS?
Condição inflamatória da mama que pode ou não estar acompanhada de infecção.
304
O que é mastite lactacional?
Inflamação da glândula mamária durante a amamentação.
305
Quando a mastite ocorre com mais frequência?
Principalmente nas primeiras 6 semanas do aleitamento.
306
Quais as vias de entrada do patógeno na mama?
Ducto lactífero, fissuras, via hematogênica.
307
Qual é a principal causa da mastite?
Estase láctea associada a trauma papilar.
308
Cite fatores que causam estase láctea.
Obstrução ductal, cirurgias mamárias, sutiã apertado, conchas mal usadas, hipergalactia, esvaziamento ineficiente.
309
O que pode causar trauma papilar?
Posicionamento incorreto do bebê, uso incorreto de bombas, anquiloglossia.
310
Principal agente causador da mastite lactacional?
Staphylococcus aureus.
311
Outros agentes envolvidos na mastite?
Staphylococcus epidermidis, Streptococcus pyogenes, E. coli, Bacteroides, Corynebacterium.
312
Como é feito o diagnóstico de mastite?
Diagnóstico clínico.
313
Quais sintomas sugerem mastite?
Dor, hiperemia local, febre, fadiga, tremores, endurecimento mamário.
314
Quais exames complementares podem ser usados na mastite?
Ultrassonografia e punção para suspeita de abscesso.
315
Quando considerar biópsia na mastite?
Em casos com apresentação atípica.
316
Qual exame não tem indicação na mastite?
Cultura do leite.
317
Principais diagnósticos diferenciais de mastite?
Apojadura, obstrução ductal, galactocele, lesões dermatológicas, carcinoma inflamatório.
318
Tratamento inicial da mastite?
Esvaziamento eficaz da mama, analgesia e anti-inflamatórios.
319
Quais antibióticos são indicados na mastite?
Cefadroxila, cefuroxima, cefaclor, clindamicina.
320
Quando iniciar antibiótico na mastite?
Após 12-24h de dor com sinais sistêmicos (febre, hiperemia).
321
O que é mastite complicada?
Mastite com formação de abscesso mamário.
322
Quais fatores aumentam risco de mastite complicada?
Cesárea, trauma precoce, distúrbio de lactação prévio, mamilos invertidos.
323
Tratamento do abscesso mamário?
Drenagem cirúrgica + antibióticos endovenosos.
324
Quando indicar internação por mastite?
Falta de melhora após 48h de ATB oral, sepse, necessidade de drenagem.
325
Antibióticos IV para mastite complicada?
Cefalotina, cefazolina, ceftriaxona + clindamicina, oxacilina.
326
Como prevenir mastite no pré-natal?
Orientar técnica de amamentação, higiene da mama, avaliação das mamas, autoexame.
327
Como prevenir mastite no pós-parto?
Avaliação da mamada, rede de apoio, pega correta.
328
O que é endometrite puerperal?
Infecção do endométrio após o parto, geralmente polimicrobiana.
329
Fatores de risco para endometrite?
Toques vaginais frequentes, bolsa rota, fórceps, cesárea, obesidade, tabagismo.
330
Sintomas de endometrite?
Febre, dor em hipogástrio, loquiação purulenta, subinvolução uterina.
331
Tratamento da endometrite?
Ocitocina + antibióticos como clindamicina, ampicilina, gentamicina, metronidazol.
332
Qual o diferencial da endometrite?
Infecção da ferida operatória.
333
Sinais de infecção da ferida operatória?
Dor, rubor, calor, edema, secreção purulenta.
334
Tratamento ambulatorial da infecção da ferida de endometrite pós op?
Cefalexina 500mg 6/6h.
335
Tratamento hospitalar da infecção da ferida de endometrite pós op?
Clindamicina + Gentamicina.
336
O que são verminoses?
Doenças causadas por parasitas intestinais (helmintos ou protozoários), geralmente assintomáticas, que podem afetar gestantes.
337
Por que gestantes são mais vulneráveis às verminoses?
Devido à imunossupressão fisiológica da gestação.
338
Quais os principais fatores de risco para verminoses na gestação?
Pobreza, condições sanitárias precárias e baixa educação em saúde.
339
Quais os parasitas mais comuns na gestação?
Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Trichuris trichiura e Giardia lamblia.
340
Qual parasita está mais associado à anemia ferropriva na gestação?
Ancylostoma duodenale e Necator americanus.
341
Quais são os principais impactos das verminoses na gestação?
Anemia ferropriva, desnutrição, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
342
Quais sintomas podem indicar verminose em gestantes?
Dor abdominal, diarreia, perda de peso, náuseas, vômitos e prurido anal.
343
Quais exames laboratoriais são indicados para diagnóstico de verminoses?
Exame parasitológico de fezes e hemograma.
344
Qual o tratamento antiparasitário recomendado para gestantes após o 1º trimestre?
Albendazol 400 mg ou Mebendazol 500 mg em dose única.
345
Por que o tratamento antiparasitário só é indicado após o 1º trimestre?
Para evitar riscos teratogênicos ao feto.
346
O que deve ser associado ao tratamento medicamentoso em gestantes com verminose?
Suplementação de ferro e vitaminas.
347
Quais são as principais formas de prevenção das verminoses na gestação?
Melhoria do saneamento básico, educação em saúde, uso de calçados e lavagem de mãos.
348
Como políticas públicas podem ajudar na prevenção das verminoses?
Por meio de programas de desparasitação em gestantes e melhorias de infraestrutura sanitária.
349
Qual exame detecta a presença de ovos ou larvas de parasitas intestinais?
Exame parasitológico de fezes (EPF).
350
Como as verminoses podem afetar o bebê?
Podem levar à desnutrição fetal, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
351
Qual a importância clínica das ITUs na gestação?
TPP, prematuridade, baixo peso ao nascer, RPM, corioamnionite, sepse materna/neonatal, anemia, pré-eclâmpsia e IR.
352
Como são classificadas as ITUs na gestação?
Baixas (bexiga/uretra: bacteriúria assintomática e cistite) e Altas (pielonefrite).
353
Qual o efeito da progesterona no trato urinário gestacional?
Relaxamento da musculatura lisa, dilatação e hipomotilidade.
354
Quais alterações renais ocorrem fisiologicamente na gestação?
Aumento da TFG, glicosúria, aminoacidúria, urina mais alcalina e diluída.
355
Por que o rim direito é mais acometido na gestação?
Pela dextrorrotação uterina e compressão mecânica do ureter direito.
356
Principal agente etiológico da ITU gestacional?
Escherichia coli (75–95% dos casos).
357
Outros agentes etiológicos comuns nas ITUs gestacionais?
Enterobacter, Klebsiella, Pseudomonas, S. saprophyticus, E. faecalis, S. agalactiae.
358
Qual o exame padrão-ouro para diagnóstico de ITU na gestação?
Urocultura.
359
Critérios de positividade da urocultura?
≥100.000 UFC/mL na urina jato médio ou ≥10.000 UFC/mL por cateterismo.
360
Limitação do EAS e teste do nitrito?
Baixa sensibilidade e especificidade; podem estar normais mesmo com infecção.
361
Sintomas clássicos da cistite?
Disúria, polaciúria, urgência miccional, dor suprapúbica, hematúria.
362
Como diferenciar cistite complicada?
Hematúria franca e/ou febre → tratar como pielonefrite.
363
Sintomas da pielonefrite na gestação?
Febre, dor em flanco, lombalgia, náuseas, vômitos, desconforto CV.
364
Qual sinal clínico é pesquisado na pielonefrite?
Sinal de Giordano.
365
Exame complementar importante na pielonefrite?
Ultrassonografia das vias urinárias (descartar obstrução ou abscesso).
366
Como deve ser o tratamento da pielonefrite?
Internação + antibiótico venoso baseado em antibiograma.
367
Nomeie antibióticos seguros na gestação para ITU.
Fosfomicina, amoxicilina, clavulanato, ampicilina, cefalexina, cefuroxima.
368
Qual antibiótico deve ser evitado no final da gestação?
Nitrofurantoína.
369
O que é ITU recorrente na gestação?
≥2 ITUs sintomáticas ou assintomáticas na gestação; ou ≥2 nos últimos 6 meses ou ≥3 nos últimos 12 meses.
370
Quando indicar profilaxia antibiótica na gestante?
ITU recorrente, pielonefrite, 2+ ITUs baixas, ITU complicada ou fator de risco importante.
371
Profilaxia de escolha para recorrência de itu em gestante?
Nitrofurantoína 50–100mg/dia.
372
Outras opções de profilaxia para ITU na gestação?
Amoxicilina 250mg ou cefalexina 250–500mg/dia.
373
Medidas não antibióticas na prevenção de ITU?
Administração pós-coito, cranberry 2x/dia, vitamina C 100mg/dia.
374
Como a ITU pode causar TPP?
Produção de fosfolipase A2 → corioamnionite subclínica → ativação de prostaglandinas.
375
Com qual frequência fazer urocultura em gestantes com risco?
Todo mês, se houver fatores de risco ou histórico de recorrência.
376
Com que frequência fazer urocultura em gestantes sem fatores de risco?
Na 1ª consulta e no 3º trimestre.
377
O que é a dengue?
Arbovirose causada por vírus RNA de fita simples da família Flaviviridae.
378
Qual o período médio de incubação da dengue no ser humano?
De 3 a 6 dias (podendo variar de 3 a 15 dias).
379
Quando ocorre a transmissão da dengue?
Durante o período de viremia: 1 dia antes do início da febre até o 6º dia da doença.
380
Qual tipo de imunidade ocorre após a infecção por um sorotipo da dengue?
Imunidade vitalícia para aquele sorotipo e imunidade cruzada temporária para os demais.
381
O que a fisiopatologia da dengue pode causar?
Trombocitopenia, coagulopatia e aumento da permeabilidade vascular.
382
Quais são as três fases clínicas da dengue?
Fase febril, fase crítica e fase de recuperação.
383
Principais sintomas da fase febril da dengue?
Febre alta, cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária, exantema, náuseas, vômitos.
384
Quando inicia a fase crítica da dengue?
Com a defervescência da febre (entre o 3º e 7º dia da doença).
385
O que marca a fase crítica da dengue?
Aumento da permeabilidade vascular e possíveis formas graves como choque, sangramentos e disfunção orgânica.
386
Sintomas da fase de recuperação da dengue?
Reabsorção de líquidos, melhora clínica, rash confluente com prurido.
387
O que é a prova do laço?
Teste diagnóstico onde se contam petéquias após compressão do braço por 5 minutos.
388
Como suspeitar de dengue em uma paciente?
Febre aguda (2-7 dias) + ≥2 sintomas típicos + história epidemiológica positiva.
389
Existe antiviral específico para dengue?
Não. O tratamento é apenas de suporte.
390
Qual medicamento pode ser usado para febre e dor na dengue?
Paracetamol.
391
Quais medicamentos devem ser evitados na dengue?
AAS e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
392
Como é o manejo da gestante com dengue?
De acordo com o estadiamento clínico, com monitoramento mais frequente.
393
Principais riscos fetais associados à dengue na gestação?
Aborto, prematuridade, baixo peso ao nascer, natimorto e morte neonatal.
394
Mecanismo de parto prematuro na dengue gestacional?
Ativação uterina por citocinas pró-inflamatórias e insuficiência placentária.
395
Vacinas contra dengue disponíveis no Brasil?
Dengvaxia (CYD-TDV) e Qdenga (TAK-003).
396
Repelentes seguros na gestação contra Aedes aegypti?
DEET, IR3535 e Icaridina (com orientação médica).
397
A amamentação é contraindicada na dengue?
Não, desde que a mãe esteja clinicamente estável.
398
O que é considerado prematuridade?
Nascimento antes de 37 semanas completas de gestação.
399
Quais são as classificações da prematuridade segundo a OMS?
Extremo: < 28 semanas; Muito prematuro: 28–31 semanas; Moderado: 32–34 semanas; Tardio: 34–36 semanas
400
Qual é a principal causa de mortalidade neonatal no Brasil?
Prematuridade.
401
Quais são as duas principais causas da prematuridade espontânea?
Trabalho de parto prematuro e rotura prematura de membranas (RPM).
402
Quais são os principais fatores de risco maternos para prematuridade?
Idade materna <18 ou >35 anos; Tabagismo, álcool, drogas; Baixo IMC; Infecções genitais/urinárias; Doenças crônicas (HAS, DM); Parto prematuro prévio; Gestação múltipla; Incompetência istmocervical.
403
Qual a definição de trabalho de parto prematuro (TPP)?
Contrações regulares entre 22s e 36s6d com modificação cervical (dilatação ≥ 2 cm e/ou esvaecimento ≥ 80%).
404
Quais exames complementares devem ser solicitados na suspeita de Trabalho de parto prematuro ?
Cardiotocografia, USG com doppler, USG transvaginal (colo), Toque vaginal, Especular, Fibronectina fetal (22-34s).
405
Quais são os critérios diagnósticos de Trabalho de parto prematuro verdadeiro?
Contrações regulares a cada 5 min, Dilatação ≥ 1 cm, Esvaecimento cervical, Progressão do colo.
406
Qual é o objetivo principal da tocólise?
Protelar o parto por 48–72 horas para administração de corticoide e transferência.
407
Quais são as indicações para tocólise?
IG entre 24 e 34 semanas com contrações e modificação cervical.
408
Cite 3 contraindicações absolutas à tocólise.
Sofrimento fetal, Infecção intra-amniótica, Sangramento com instabilidade materna.
409
Quais são os principais tocolíticos utilizados?
Atosiban, Nifedipina, Indometacina (com cautela), Terbutalina (menos usada).
410
Qual o esquema de corticoide para maturação pulmonar fetal?
Betametasona: 12 mg IM 12/12h por 2 dias; Dexametasona: 6 mg IM 12/12h por 2 dias.
411
Em qual faixa de IG está indicado o corticoide antenatal?
24 a 34 semanas (podendo ser considerado até 36s6d se risco iminente de parto).
412
Qual é o objetivo do uso de sulfato de magnésio na prematuridade?
Neuroproteção fetal (redução da paralisia cerebral).
413
Qual o esquema de sulfato de magnésio para neuroproteção fetal?
Ataque 4g EV + manutenção 1g/h por até 24h (mínimo de 4h).
414
A profilaxia antibiótica está indicada em todo Trabalho de parto prematuro?
Não. Apenas em casos com rotura prematura de membranas (RPM).
415
Qual antibiótico é indicado para profilaxia de infecção por EGB?
Penicilina cristalina: 5 MIU EV + 2,5 MIU 4/4h ou Ampicilina: 2g EV + 1g 4/4h.
416
Quais são as indicações para interrupção da gestação prematura?
Sofrimento fetal, Infecção, Sangramento ativo, Comprometimento materno grave.
417
O que deve ser evitado na condução do parto prematuro?
Amniotomia, Episiotomia de rotina, Leito rígido, Tocólise ambulatorial.
418
Qual a via preferencial de parto em prematuros > 34 semanas?
Via vaginal, podendo ser utilizada fórceps se necessário.
419
Quando deve ser feita a cerclagem?
Colo curto ≤ 25 mm + parto prematuro prévio < 34s ou incompetência istmocervical.
420
Quando iniciar a progesterona para prevenção de parto prematuro?
Entre 16 e 36 semanas, via vaginal, em gestantes com antecedente de parto prematuro.
421
Qual é a dose de progesterona micronizada para prevenção de parto prematuro?
200 mg via vaginal diariamente.
422
Após um episódio de TPP, a mulher pode receber novo tocolítico?
Sim, pode repetir o mesmo ou trocar a medicação, conforme avaliação.
423
A corticoterapia pode ser repetida em novo episódio de ameaça de TPP?
Pode ser considerada repetição em casos selecionados, com intervalo mínimo de 7 dias.
424
O que é Diabetes Mellitus Gestacional (DMG)?
Intolerância aos carboidratos com início ou primeiro diagnóstico durante a gestação, independente do uso de insulina ou normalização após o parto.
425
Qual a principal causa fisiopatológica do DMG?
Aumento da resistência insulínica pela ação dos hormônios placentários no 2º e 3º trimestres.
426
Cite três hormônios responsáveis pela resistência insulínica na gravidez.
Lactogênio placentário humano, progesterona e cortisol.
427
Quais são os principais fatores de risco para DMG?
Idade > 25 anos, IMC ≥ 25, histórico familiar de DM2, histórico prévio de DMG, SOP, RN > 4kg.
428
Quando deve ser feito o rastreio universal para DMG?
Entre 24 e 28 semanas de gestação.
429
Qual o exame utilizado para diagnóstico de DMG?
Teste oral de tolerância à glicose (TOTG 75g).
430
Quais os valores diagnósticos de DMG no TOTG 75g?
Jejum ≥ 92 mg/dL, 1h ≥ 180 mg/dL, 2h ≥ 153 mg/dL (basta 1 valor alterado).
431
Quais os principais riscos fetais associados ao DMG?
Macrossomia, hipoglicemia neonatal, distúrbios respiratórios, óbito fetal, malformações (em DM pré-gestacional).
432
Quais os principais riscos maternos associados ao DMG?
Pré-eclâmpsia, polidrâmnio, parto cesáreo, infecções.
433
Qual o primeiro passo no tratamento do DMG? ;
Tratamento não farmacológico: dieta + atividade física + monitorização da glicemia.
434
Qual é a meta de glicemia em jejum em gestantes com DMG?
< 95 mg/dL.
435
Qual é a meta de glicemia 1 hora após refeição em gestantes com DMG?
< 140 mg/dL.
436
Qual é a meta de glicemia 2 horas após refeição em gestantes com DMG?
< 120 mg/dL.
437
Qual é o tratamento farmacológico de escolha para DMG?
Insulinoterapia
438
A insulina atravessa a barreira placentária?
Não
439
Em quais casos pode-se considerar uso de antidiabéticos orais no DMG?
Quando há inviabilidade ou recusa ao uso de insulina; metformina pode ser usada com cautela.
440
Qual a dose inicial habitual de insulina em DMG?
0,3 a 0,5 UI/kg/dia.
441
Quando iniciar insulinoterapia no DMG?
Quando metas glicêmicas não forem atingidas com dieta e exercício.
442
Como deve ser o controle glicêmico no trabalho de parto?
Glicemia entre 72–126 mg/dL; monitorar de 1/1h (insulina) a 4/6h (dieta).
443
Quando reavaliar a glicemia após o parto em DMG?
De 6 a 12 semanas com TOTG ou glicemia de jejum.
444
Qual a frequência de rastreio para DM tipo 2 em mulheres com histórico de DMG?
No mínimo a cada 3 anos.
445
Qual conduta obstétrica se o peso fetal estimado for ≥ 4500g?
Indicar cesárea eletiva.
446
DMG aumenta o risco de síndrome metabólica na vida adulta?
Sim
447
Qual a recomendação mínima de carboidratos por dia para gestantes com DMG?
175g/dia.
448
Por que dietas "low carb" não são indicadas na gestação?
Risco de cetose, prejudicial ao feto.
449
Qual o tipo de atividade física recomendado para gestantes com DMG?
Aeróbicos leves (caminhada, natação), alongamentos e exercícios de resistência moderada.
450
Qual o agente etiológico da toxoplasmose?
Toxoplasma gondii, protozoário intracelular.
451
Como é feita a transmissão da toxoplasmose congênita?
Via transplacentária (transmissão vertical).
452
Qual o risco e a gravidade da toxoplasmose ao longo da gestação?
Risco de transmissão aumenta com a idade gestacional, mas gravidade fetal é maior no início da gestação.
453
Quais são os sintomas maternos da toxoplasmose?
Em geral assintomática; quando sintomática: febre, mialgia, rash, linfadenopatia.
454
Quais as manifestações da toxoplasmose congênita (Tétrade de Sabin)?
Coriorretinite, hidrocefalia, calcificações intracranianas e alterações neurológicas/oculares.
455
Quando realizar sorologia para toxoplasmose na gestante?
1º trimestre e 3º trimestre ou em caso de abortamento.
456
O que significa IgG+ e IgM– para toxoplasmose?
Imunidade prévia (infecção antiga).
457
O que significa IgG– e IgM– para toxoplasmose?
Gestante suscetível → repetir exames.
458
O que significa IgM+ com IgG+ na toxoplasmose
Infecção recente → solicitar avididade de IgG.
459
Quando a avididade do IgG é considerada alta na toxoplasmose?
Avididade alta → infecção > 4 a 5 meses (antes da gestação).
460
Conduta na toxoplasmose materna com IgM+ e sem infecção fetal?
Espiramicina 1g 8/8h (3g/dia) até o final da gestação.
461
Quando usar pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico na toxoplasmose gestacional?
Quando há confirmação de infecção fetal.
462
Quais exames fetais avaliar na toxoplasmose?
Ultrassonografia mensal e PCR de líquido amniótico.
463
Quais achados fetais sugerem infecção por toxoplasmose?
Ventriculomegalia, calcificações intracranianas, hepatoesplenomegalia, ascite.
464
A toxoplasmose gestacional é de notificação compulsória?
Sim.
465
Como é feita a transmissão da sífilis congênita?
Transplacentária, pode ocorrer em qualquer fase gestacional.
466
Quais as complicações da sífilis congênita?
Aborto, prematuridade, malformações, surdez, cegueira, hidropsia fetal, morte neonatal.
467
Quais testes são usados para triagem de sífilis na gestação?
Testes não-treponêmicos (VDRL, RPR).
468
Quais testes confirmam a sífilis?
Testes treponêmicos (FTA-ABS, TPHA, EIA).
469
Quando fazer o rastreio de sífilis na gestação?
No início do pré-natal, entre 28–30 semanas, e no parto.
470
Qual a conduta se o VDRL for positivo?
Iniciar tratamento imediatamente com penicilina e confirmar com teste treponêmico.
471
Qual o tratamento da sífilis primária ou secundária na gestação?
Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM dose única.
472
Qual o tratamento da sífilis latente tardia ou terciária na gestação?
Penicilina benzatina 2,4 milhões UI IM, 1x por semana por 3 semanas.
473
Qual o tratamento do parceiro da gestante com sífilis?
Mesmo esquema da gestante se exposição em até 90 dias.
474
Como saber se o tratamento da sífilis foi eficaz?
Queda de 2 diluições no VDRL em 6–12 meses.
475
O que é cicatriz sorológica na sífilis?
Títulos baixos persistentes (ex: 1:2) após tratamento, sem nova exposição.
476
A sífilis gestacional é de notificação compulsória?
Sim.
477
O que é importante saber sobre avididade na toxoplasmose?
Alta avididade exclui infecção recente. Baixa = conduta terapêutica.
478
O que fazer com gestante IgG– e IgM– para toxoplasmose?
Repetir exames durante a gestação (gestante suscetível).
479
Em que situação se troca espiramicina por sulfadiazina + pirimetamina + folínico?
Quando se confirma infecção fetal (por USG ou PCR positivo).
480
O que é gemelaridade?
Presença simultânea de dois ou mais fetos dentro ou fora do útero.
481
Como é classificada a gemelaridade?
Pelo número de fetos (dupla, tripla...), zigosidade, número de placentas (corionicidade) e número de cavidades amnióticas (amnionicidade).
482
Quando a gravidez gemelar é considerada de alto risco?
Sempre, independentemente do número de fetos.
483
Quais achados clínicos sugerem gemelaridade?
Fundo uterino aumentado, dois BCFs, níveis de beta-HCG muito elevados.
484
Qual exame confirma o diagnóstico de gemelaridade?
Ultrassonografia.
485
Qual a diferença entre gêmeos dizigóticos e monozigóticos?
Dizigóticos vêm de dois óvulos diferentes; monozigóticos de um único óvulo dividido.
486
Como sempre serão os gêmeos dizigóticos quanto à corionia e amnionia?
Sempre dicoriônicos e diamnióticos.
487
Gêmeos de sexos diferentes são sempre...?
Dizigóticos.
488
Um gêmeo pode ser monozigótico e ainda ser dicoriônico e diamniótico?
Sim, se a divisão ocorrer até o 3º dia após a fecundação.
489
O que define a corionicidade e amnionicidade?
O momento da divisão do zigoto nos gêmeos monozigóticos.
490
Divisão até o 3º dia gera quais tipos de gêmeos?
Monozigóticos, dicoriônicos e diamnióticos.
491
Divisão entre o 3º e 8º dia gera quais tipos?
Monozigóticos, monocoriônicos e diamnióticos.
492
Divisão entre 8º e 13º dia gera quais tipos?
Monozigóticos, monocoriônicos e monoamnióticos.
493
Divisão após o 13º dia gera...?
Gêmeos unidos (siameses).
494
Como diferenciar corionicidade no 1º trimestre?
USG com sinal do lambda = dicoriônica; sinal do T = monocoriônica.
495
Como diferenciar corionicidade após o 2º trimestre?
Sexos discordantes ou duas massas placentárias = dicoriônica; caso contrário, monocoriônica.
496
Qual a frequência de consultas no pré-natal de gemelaridade?
Mensais até 28 semanas, quinzenais até 34, e semanais após isso.
497
Quando está indicada cesárea em gestação gemelar?
Quando o primeiro feto está em apresentação não cefálica.
498
Pode-se tentar parto vaginal com primeiro feto cefálico e segundo pélvico?
Sim, se o segundo tiver >1500g e diferença de peso < 40%.
499
Quando o parto vaginal é claramente indicado em gemelaridade?
Quando ambos os fetos estão em apresentação cefálica.
500
O que é a Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF)?
Complicação de gestações monocoriônicas por anastomoses arteriovenosas entre os fetos.
501
Qual a fisiopatologia da STFF?
Um feto doa sangue (oligodrâmnio), e o outro recebe em excesso (polidrâmnio).
502
Quando suspeitar de STFF?(sind.transfusão feto-fetal)
Após 16 semanas com desbalanceamento de líquido amniótico entre os sacos.
503
Qual o tratamento da STFF a partir do estágio 2 de Quintero?
Ablação a laser das anastomoses (laserfetoscopia).
504
O que é a Sequência Anemia-Policitemia (TAPS)?
Complicação com um feto anêmico e outro policitêmico, por anastomoses finas (<1mm).
505
Qual exame confirma TAPS?
Doppler da artéria cerebral média (MCA).
506
Qual o valor da velocidade sistólica na MCA para sugerir anemia fetal?
>1,5 MoM.
507
Qual o valor da velocidade sistólica na MCA para sugerir policitemia?
<1,0 MoM.
508
Qual o tratamento para TAPS?
Monitoramento doppler, ablação a laser, ou transfusão intrauterina em casos graves.
509
Qual é a principal estratégia para evitar a transmissão vertical do HIV?
Uso de TARV com carga viral indetectável por ≥6 meses.
510
Com TARV adequada, qual o risco de transmissão vertical do HIV?
Menor que 2%.
511
Quais são os principais momentos de risco para transmissão vertical do HIV?
Trabalho de parto (65%), 3º trimestre (35%), aleitamento materno (7–22%).
512
Quais exames devem ser feitos na gestante HIV+?
Carga viral, CD4 a cada 3 meses, sorologias, genotipagem.
513
Quando repetir a carga viral na gestação?
4 semanas após início da TARV e na 34ª semana.
514
Quais fatores aumentam o risco de transmissão vertical do HIV?
CV alta, infecção aguda, drogas, fumo, DSTs, parto vaginal com procedimentos invasivos.
515
Qual esquema de TARV recomendado?
Tenofovir + Lamivudina + Raltegravir ou Dolutegravir.
516
Como deve ser o clampeamento do cordão na gestante HIV+?
Clampeamento oportuno (OMS não recomenda clampeamento imediato).
517
O aleitamento materno é recomendado para gestantes HIV+?
Não. Deve ser evitado.
518
.
.
519
Quando deve ser iniciada a vacinação para HBV em mulheres negativas?
O mais rápido possível com 3 doses.
520
Qual antiviral para HBV é mais seguro e preferido na gestação?
Tenofovir (classe B, baixa resistência).
521
Qual a principal medida para evitar transmissão vertical do HBV?
Vacina + HBIg nas primeiras 12h após o nascimento.
522
,
,
523
A amamentação é permitida na mulher com HBV em uso de Tenofovir?
Sim, é considerada segura.
524
Por que a genotipagem é importante no manejo da gestante com HIV/HBV?
Para guiar o esquema de TARV e prevenir resistência.
525
Qual a conduta se a mãe for HBeAg+ com CV muito alta?
Administração da profilaxia neonatal + possível início de antiviral na gestação.
526
,
.
527
Quando testar gestantes para HCV segundo guidelines?
Se houver fatores de risco (histórico transfusional, drogas EV, HIV/HBV, tatuagens, etc).
528
Existe vacina contra o HCV?
Não.
529
Como é feito o diagnóstico de transmissão vertical do HCV?
Anti-HCV após 15–18 meses + HCV-RNA positivo em 2 ocasiões.
530
.
.
531
Quais fatores não estão associados ao aumento da transmissão vertical do HCV?
Tipo de parto, genótipo, aleitamento materno.
532
Quando o aleitamento é contraindicado na mulher com HCV?
Apenas se houver fissuras ou sangramento nos mamilos.
533
Existe profilaxia pós-exposição para o HCV?
Não.
534
O que é RPMO?
Ruptura espontânea das membranas coriônica e amniótica antes do início do trabalho de parto, independente da idade gestacional.
535
O que é o período de latência na RPMO?
Intervalo entre a ruptura das membranas e o início do trabalho de parto.
536
Cite causas relacionadas à sobredistensão uterina na RPMO.
Polidrâmnio e gestação múltipla.
537
Fatores mecânicos relacionados à RPMO?
Contrações uterinas e movimentação fetal excessiva.
538
Como o tabagismo contribui para a RPMO?
Altera a oxigenação tecidual e prejudica a integridade das membranas.
539
Qual o fator infeccioso mais associado à RPMO?
Infecção ascendente da flora vaginal.
540
Principais agentes infecciosos envolvidos na RPMO?
Estreptococos do grupo B, Gardnerella vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Escherichia coli.
541
Qual principal manifestação clínica da RPMO?
Saída de líquido amniótico pelo orifício cervical externo sem sinais de trabalho de parto.
542
Quais diagnósticos diferenciais devem ser considerados na suspeita de RPMO?
Perda urinária, muco cervical por dilatação, cervicites, leucorreias.
543
O que é a prova do forro?
Forro escuro por 30 min com odor semelhante a água sanitária, indicando presença de líquido amniótico.
544
Como funciona o teste da nitrazina?
Mede o pH vaginal: LA tem pH 7,1–7,3 (normal da vagina: 4,5–6,0); falsos positivos com sangue e sêmen.
545
O que é o teste de cristalização na RPMO?
Esfregaço vaginal com padrão de “folha de samambaia”, indica presença de cristais de LA.
546
Qual a utilidade do USG na RPMO?
Avaliar presença de oligoâmnio (não específico da RPMO).
547
Para que serve o teste com Índigo Carmin?
Confirma presença de comunicação com cavidade amniótica por infusão intrauterina.
548
O que detecta o teste PAMG-1?
Detecta alfa-1 microglobulina placentária, proteína da decídua presente no LA. É caro.
549
Quais exames devem ser feitos em todos os casos de RPM?
CTG, USG, urina 1, urocultura, hemograma, PCR, swab vaginal e anal para SGB.
550
Objetivos principais da conduta na RPMO?
Evitar prematuridade, melhorar prognóstico fetal, evitar complicações maternas e neonatais.
551
.
.
552
Após RPM a termo, em quanto tempo ocorre o parto espontâneo em 50% dos casos?
33 horas.
553
Conduta na RPMO a termo?
Internar, avaliar infecção, profilaxia para GBS e indução se necessário.
554
Antibiótico profilático para GBS (penicilina)?
Penicilina cristalina: 5 mi UI EV (ataque), 2,5 mi UI EV 4/4h até parto ou cultura.
555
Alternativa à penicilina na profilaxia para GBS?
Ampicilina 2 g EV (ataque), 1 g EV 4/4h até parto/cultura.
556
Conduta inicial entre 24 e 34 semanas com RPM?
Internação, conduta expectante, avaliar vitalidade fetal e infecção, corticóide e sulfato de magnésio.
557
Corticoterapia indicada entre 24 e 34 semanas?
Sim. Betametasona 12 mg IM 1x/dia (2 dias) ou Dexametasona 6 mg IM 2x/dia (2 dias).
558
Uso do sulfato de magnésio na RPMO?
IG < 32 semanas. Ataque: 4 g EV; manutenção: 1 g/h por até 24h. Fazer mínimo 4 horas.
559
Quando interromper a conduta expectante na RPM?
Infecção materna, sofrimento fetal, trabalho de parto, ou ao atingir 34 semanas.
560
Critérios clínicos para diagnóstico de corioamnionite?
Febre + 2: útero doloroso, secreção com odor, taquicardia materna/fetal, leucocitose.
561
Qual o marcador laboratorial mais sensível para corioamnionite?
Proteína C reativa (PCR).
562
Conduta na corioamnionite?;
Interrupção da gestação preferencialmente por via vaginal e antibioticoterapia EV.
563
Esquema antibiótico EV para corioamnionite?
;Clindamicina + gentamicina ou Gentamicina + metronidazol.
564
Qual a diferença entre urgência e emergência médica?
Urgência: agravo súbito com necessidade de assistência imediata, podendo ou não ter risco à vida. Emergência: risco iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo tratamento imediato.
565
Quais são os passos da classificação de risco em obstetrícia?
1. Avaliar estado mental 2. Verificar ventilação e circulação 3. Avaliar dor 4. Sinais e sintomas 5. Fatores de risco
566
Definição de morte materna segundo a OMS
Morte durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, por causas relacionadas ou agravadas pela gestação, exceto causas acidentais/incidentais.
567
O que é morte materna direta?
Decorre de complicações obstétricas ou de intervenções incorretas durante gestação, parto ou puerpério. Exemplos: hemorragia, eclâmpsia.
568
O que é morte materna indireta?
Resulta de doença pré-existente ou adquirida na gestação, agravada pelos efeitos da gravidez. Exemplo: infecções respiratórias.
569
Quais são os tipos de hipertensão na gravidez?
HAS crônica Hipertensão gestacional Pré-eclâmpsia/eclâmpsia HAS com pré-eclâmpsia sobreposta
570
Critérios laboratoriais para pré-eclâmpsia?
Cr >1,0 mg/dL Plaquetas <150.000 TGO >40 U/L Proteinúria >300 mg/24h P/C > 0,3
571
Quando é indicada a administração de MgSO₄?
Pré-eclâmpsia grave Iminência de eclâmpsia Eclâmpsia estabelecida Emergência hipertensiva
572
Qual a dose de ataque e manutenção do sulfato de magnésio (via IV)?
Ataque: 4g IV em 15–20min Manutenção: 1g/h por 24h
573
Quais drogas são usadas na crise hipertensiva e suas doses?
Hidralazina: 5-10 mg IV (até 30 mg) Nifedipina: 10 mg VO (até 30 mg) Labetalol: 10-20 mg IV (até 80 mg – não disponível no Brasil)
574
O QUE DEFINE CRISE HIPERTENSIVA? QUAL TRATAMENTO?
PA >160/110 POR > 15MIN 1- SULFATO DE MAGNÉSIO 2- HIDRALAZINA AMPOLA 20MG (1ML) DILUIR ATÉ 10ML INICIAR COM 5MG E.V (2,5ML EM 5MIN) AVALIAR PA EM 20MIN SE NÃO CONTROLAR REPETE 5 A 10MG EV ATÉ DOSE MÁXIMA DE 40-100MG
575
O QUE DEFINE EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA? QUAL TRATAMENTO?
CRISE HIPERTENSIVA + SINTOMAS EXUBERANTES INICIA SULFATO DE MAGNÉSIO ANTES DA PA CONFIRMAR
576
O QUE DEFINE IMINENÊNCIA DE ECLÂMPSIA ? QUAL TRATAMENTO?
NÍTIDO COMPROMETIMENTO DE SNC: CEFALEIA, ESTOCOMAS, FOTOFOBIA, DOR EPIGASTRICA/HIPOCONDRIO DIREITO, NAUSEA E VOMITOS INICIA SULFATO DE MAGNESIO
577
O QUE DEFINE ECLAMPSIA ? QUAL TRATAMENTO?
CONVULSÕES TONICO-CLÔNICAS EM GESTANTE COM PRÉ ECLÂMPSIA
578
Quais são os 3 componentes da síndrome HELLP?
1. Hemólise (DHL >600, BT >1,2) 2. TGO >70 U/L 3. Plaquetas <100.000/mm³
579
O que significa o 'Código Vermelho' na hemorragia obstétrica?
Diagnóstico verbal Acionar equipe multidisciplinar Comunicar paciente e registrar
580
Como calcular indice de choque? Quando o índice de choque indica transfusão?
Frequencia cardíaca divido por PA sistólica IC ≥ 0,9 indica possibilidade de transfusão.
581
Qual a fórmula para calcular volume de sangue perdido pelas compressas?
Peso compressa suja (g) – compressa seca (g) = volume perdido (mL)
582
Quais são os sinais e sintomas comuns na sepse materna?
Febre, anorexia, letargia, vômitos, tosse produtiva, ingurgitamento , rubor mamário, rash cutâneo, descarga vaginal fétida, sintomas urinários, infecção de ferida cirúrgica, dor abdominal pélvica, retardo na involução uterina
583
Definição de sepse materna segundo a OMS (2017)
Disfunção orgânica por infecção ocorrida durante a gestação, parto, pós-aborto ou puerpério.
584
Quais os critérios clínicos do qSOFA?
FR ≥ 22 PAS ≤ 100 mmHg Alteração do nível de consciência
585
como são os criterios qsofa modificados para a obstetrícia?
22ªsemana ao 7º dia pos parto FR > 25 Não alerta PAS <90
586
Quando é definido o diagnóstico de sepse?
SOFA ≥ 2 com infecção.
587
Quando é definido choque séptico?
Hipotensão com necessidade de drogas vasoativas + lactato aumentado.
588
Como a sepse afeta o sistema cardiovascular na gestante?
Queda da resistência vascular Aumento do débito cardíaco Pode ocultar sinais precoces de sepse
589
Alterações respiratórias que afetam o quadro séptico na gestante
Aumento do volume-minuto Redução do volume residual Favorece hiperventilação e risco de hipóxia
590
Por que a gestação favorece CIVD na sepse materna?
Estado pró-coagulante com aumento de fatores de coagulação e inibição da fibrinólise.
591
Quais medidas iniciais no manejo da sepse materna?
Acesso venoso calibroso Antibioticoterapia precoce Controle do foco infeccioso Suporte com hemoderivados
592
Quando indicar transfusão de plaquetas na sepse materna?
<5.000/mm³: sempre <30.000/mm³: se sangramento ≥50.000/mm³: se cirurgia/invasivo
593
quais são os passos das medidas para prognostico de sepse na mulher no ciclo gravidico puerperal ?
1- Medir lactato, coletar novamente se o valor for >2 2- Colher hemocultura antes de adm antibiótico 3- Adm antibiótico na 1ªhora 4- Expansão volêmica cristaloides 30ml/kg nas 3hrs 5- Adm vasopressor durante ou depois da expansão volêmica para manter PA >65