PEDIATRIA P2 Flashcards

(608 cards)

1
Q

O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

A

É um transtorno do neurodesenvolvimento com limitações persistentes na interação e comunicação social, além de comportamentos e interesses restritos e repetitivos, com variação de intensidade (leve a grave).

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2
Q

Quais são os principais critérios clínicos para diagnóstico de TEA?

A

1) Prejuízo na interação social
2) Prejuízo na comunicação/brincadeiras
3) Interesses e comportamentos restritos e repetitivos

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3
Q

Como é feito o diagnóstico de TEA?

A

É clínico, baseado na anamnese e observação comportamental. Não há exames complementares confirmatórios.

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4
Q

Quais são queixas comuns de TEA nos primeiros anos de vida?

A

Atraso na fala sem gestos compensatórios, dificuldade com metáforas e duplos sentidos, e perda de habilidades anteriormente adquiridas.

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5
Q

Qual instrumento a SBP recomenda para triagem precoce do autismo?

A

M-CHAT-R/F (entre 16 e 30 meses), apenas para triagem precoce, não diagnóstico.

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6
Q

Quais são os principais fatores de risco para TEA?

A

Irmão com TEA, histórico familiar de doenças psiquiátricas, idade dos pais > 40 anos, prematuridade, baixo peso ao nascer, internação em UTI neonatal, malformações congênitas.

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7
Q

Qual a etiologia do TEA?

A

Multifatorial: interação entre fatores genéticos e ambientais, ainda não totalmente conhecida.

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8
Q

O que deve ser sempre investigado em crianças com atraso na fala?

A

Avaliação auditiva para descartar deficiência auditiva.

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9
Q

Como é o curso e prognóstico do TEA?

A

2/3 mostram sinais desde o nascimento; 1/3 tem regressão entre 12 e 24 meses; melhor prognóstico com QI normal e linguagem funcional até os 5 anos.

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10
Q

O que caracteriza o TDAH?

A

Desatenção, impulsividade, lentidão para realizar tarefas e hiperatividade, com prejuízo funcional em diferentes áreas da vida.

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11
Q

Quais são os principais fatores de risco/etiologia para o TDAH?

A

Fatores genéticos combinados a ambientais como tabagismo gestacional, álcool, prematuridade e estresse materno.

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12
Q

Qual o neurotransmissor envolvido no TDAH?

A

Desequilíbrio nos circuitos de dopamina e noradrenalina.

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13
Q

Quais regiões cerebrais estão envolvidas no TDAH?

A

Lobo frontal, estriado, amígdala e cerebelo, com menor volume cortical e maturação mais lenta.

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14
Q

Quais são as 3 apresentações clínicas do TDAH?

A

1) Predominantemente desatento
2) Predominantemente hiperativo/impulsivo
3) Combinado

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15
Q

Por que o diagnóstico de TDAH é mais difícil em meninas?

A

Porque apresentam mais sintomas de desatenção (menos chamativos), o que atrasa o reconhecimento.

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16
Q

A partir de que idade é possível fazer diagnóstico confiável de TDAH?

A

A partir dos 3 anos, embora o diagnóstico antes dos 6 anos seja desafiador.

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17
Q

Qual é a natureza do diagnóstico de TDAH?

A

É clínico. Não existe teste ou biomarcador com valor preditivo suficiente.

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18
Q

Quais condições devem ser descartadas no diagnóstico diferencial de TDAH?

A

Transtornos do sono, deficiências auditiva e visual, disfunções da tireoide, anemias, epilepsia, doenças neurológicas, negligência, abuso, psicose infantil, esquizofrenia, doenças respiratórias crônicas, neurodegenerativas, hipertensão intracraniana, abscesso frontal.

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19
Q

Qual é um sintoma comum de desatenção relacionado a detalhes?

A

Frequentemente não dá atenção a detalhes ou comete erros por descuido.

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20
Q

Qual é um sintoma de desatenção relacionado à concentração em tarefas?

A

Frequentemente tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer.

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21
Q

Qual é um sintoma de desatenção relacionado à escuta?

A

Frequentemente parece não ouvir quando falamos diretamente com ele.

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22
Q

Qual sintoma de desatenção envolve a execução de instruções?

A

Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar tarefas.

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23
Q

Como a desatenção afeta a organização?

A

Frequentemente tem dificuldade de organizar tarefas e atividades.

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24
Q

Que atitude o indivíduo com desatenção costuma ter frente a tarefas mentais prolongadas?

A

Frequentemente evita ou é relutante em realizar atividades que exigem esforço mental prolongado.

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25
Como a desatenção se manifesta com objetos pessoais?
Frequentemente perde coisas necessárias para atividades ou tarefas diárias.
26
Como a desatenção se relaciona com estímulos externos?
Frequentemente é facilmente distraído por estímulos externos.
27
Como a desatenção afeta a memória no dia a dia?
Frequentemente é esquecido em atividades diárias, como dar recados ou pagar contas.
28
Como a hiperatividade pode se manifestar fisicamente?
Frequentemente remexe ou batuca as mãos e os pés ou se contorce na carteira.
29
Como a hiperatividade afeta o comportamento em sala de aula?
Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado.
30
Como a hiperatividade se manifesta em ambientes inapropriados?
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações inapropriadas.
31
Como a hiperatividade afeta o lazer?
Frequentemente é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer silenciosamente.
32
Qual expressão resume a inquietação motora do TDAH?
Frequentemente age como se estivesse com o motor ligado.
33
Como a hiperatividade afeta a fala?
Frequentemente fala excessivamente.
34
Como a impulsividade afeta as respostas em conversas?
Frequentemente deixa escapar a resposta antes da pergunta ser concluída.
35
Qual é a relação entre impulsividade e esperar a vez?
Frequentemente tem dificuldade de esperar a sua vez.
36
Como a impulsividade afeta a interação social?
Frequentemente interrompe ou se intromete com os outros.
37
Quantos sintomas são necessários para diagnóstico de desatenção em crianças?
Seis ou mais sintomas por mais de 6 meses, com impacto funcional real.
38
Quantos sintomas são necessários para diagnóstico de desatenção em adultos?
Cinco ou mais sintomas por mais de 6 meses.
39
Quantos sintomas são necessários para diagnóstico de hiperatividade/impulsividade em crianças?
Seis ou mais sintomas por mais de 6 meses, com impacto funcional real.
40
Quantos sintomas são necessários para diagnóstico de hiperatividade/impulsividade em adultos?
Cinco ou mais sintomas por mais de 6 meses.
41
Antes de qual idade os sintomas devem estar presentes para o diagnóstico de TDAH?
Antes dos 12 anos de idade.
42
Em quantos ambientes os sintomas devem estar presentes para o diagnóstico de TDAH?
Em pelo menos dois ambientes diferentes.
43
O que os sintomas de TDAH devem causar para confirmar o diagnóstico?
Prejuízo real na qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
44
Quais condições excluem o diagnóstico de TDAH?
Esquizofrenia, outros transtornos psicóticos ou transtornos mentais que expliquem melhor os sintomas.
45
Existem exames ou biomarcadores que confirmam TDAH?
Não. O diagnóstico é clínico e não há biomarcadores com poder preditivo suficiente.
46
Quando testes neuropsicológicos são indicados em TDAH?
Quando há suspeita de comorbidades como TAP ou deficiência intelectual, ou para diagnóstico diferencial.
47
Exames de neuroimagem e EEG devem ser usados rotineiramente para diagnóstico de TDAH?
Não. Só são indicados para auxílio no diagnóstico diferencial.
48
Quais órgãos podem causar edema em uma criança sem histórico alérgico?
Rins, fígado e coração.
49
Qual exame deve ser solicitado inicialmente para investigar edema?
Urina tipo 1.
50
Qual o achado urinário característico da glomerulonefrite aguda?
Proteinúria leve associada à hematúria.
51
Quais são os principais componentes da síndrome nefrítica?
Edema, hematúria e hipertensão arterial.
52
Qual a faixa etária mais comum de GNDA?
Entre 5 e 12 anos, pico aos 7 anos.
53
GNDA é uma complicação de qual agente?
Estreptococo beta-hemolítico do grupo A.
54
Quais sorotipos da proteína M estão associados à faringite?
M 1, 3, 4, 12, 18, 25, 49.
55
Quais sorotipos da proteína M estão associados ao impetigo?
M 2, 49, 55, 57, 60.
56
Qual o papel da proteína M na GNDA?
É o antígeno que desencadeia a resposta imune com formação de complexos imunes.
57
Quais são as principais complicações da GNDA?
Hipervolemia, emergência hipertensiva, encefalopatia hipertensiva, IRA.
58
O que pode indicar proteinúria intensa com albumina normal e creatinina elevada?
Glomerulonefrite aguda, crônica ou rapidamente progressiva.
59
O que caracteriza a síndrome nefrótica no contexto de proteinúria intensa?
Albumina baixa, hiperlipidemia e creatinina normal.
60
Qual o mecanismo de congestão pulmonar na GNDA?
Retenção hídrica e ativação do SRAA aumentam o volume intravascular, levando ao extravasamento de líquido para os pulmões.
61
O que explica a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona na GNDA?
Diminuição da oferta de sódio e água aos túbulos renais por obstrução glomerular.
62
Quais os principais sintomas gerais presentes na GNDA?
Cefaleia, inapetência e redução da diurese.
63
Em quanto tempo a TFG costuma se normalizar na GNDA?
Entre 3 e 4 semanas após o início da doença.
64
Em quais casos a biópsia renal é considerada rara?
Nos casos típicos de GNDA com recuperação clínica e laboratorial sem complicações.
65
Quais cilindros urinários podem ser observados na GNDA?
Cilindros hemáticos e cilindros granulosos.
66
Qual a relevância clínica da persistência da hipocomplementemia além de 8 semanas?
Sugere outra causa de glomerulonefrite e indica biópsia renal.
67
Por que a cultura de orofaringe ou pele tem baixa sensibilidade na GNDA?
Porque a infecção já pode ter sido resolvida quando os sintomas renais aparecem.
68
Qual exame é mais útil para confirmar infecção estreptocócica anterior em casos pós-impetigo?
Dosagem de anti-hialuronidase e anti-DNAse B.
69
Quando considerar restrição hídrica no manejo da GNDA?
Durante a presença de edema e oligúria.
70
Quando considerar o uso de furosemida por via endovenosa na GNDA?
Em casos de congestão significativa ou hipertensão grave.
71
O que diferencia GNDA de uma síndrome nefrótica típica?
Na GNDA a proteinúria é discreta, e há hematúria e hipertensão associadas.
72
P: Quais são os componentes principais da Síndrome Nefrótica?
R: Proteinúria maciça, hipoalbuminemia, edema e hiperlipidemia.
73
P: Qual o valor de proteinúria considerado nefrótico?
R: >50 mg/kg/dia ou relação proteína/creatinina urinária >2.
74
P: Qual valor de hipoalbuminemia caracteriza SN?
R: Albumina <2,5 g/dL.
75
P: A maioria dos casos de SN são de qual tipo?
R: Primária ou idiopática (90%).
76
P: Quais as causas histológicas da SN?
R: Lesão histológica mínima, GESF, GN membranoproliferativa, glomerulopatia membranosa e crescêntica.
77
P: Qual a causa mais comum de SN em crianças?
R: Lesão histológica mínima.
78
P: Qual a principal causa de SN em adolescentes e adultos?
R: Glomeruloesclerose Segmentar Focal (GESF).
79
P: O que é podocitopatia?
R: Disfunção dos podócitos que leva à perda da seletividade da filtração glomerular.
80
P: Como ocorre a proteinúria na SN?
R: Alteração na permeabilidade da membrana basal glomerular permite extravasamento de proteínas para a urina.
81
P: Explique o mecanismo da lesão histológica mínima.
R: Ativação imunológica com expressão de CD80, seguida de falha na regulação dos podócitos por linfócitos T helper, causando desorganização do citoesqueleto podocitário.
82
P: Como é o edema na SN?
R: Insidioso, mole, depressível, com derrames cavitários como ascite, derrame pleural ou pericárdico.
83
P: Quais os sinais clínicos da SN?
R: Proteinúria maciça, hipoalbuminemia, edema, hiperlipidemia, lipidúria, imunodeficiência e hipercoagulabilidade.
84
P: Quais mecanismos explicam o edema na SN?
R: Hipofluxo (perda da pressão oncótica) e hiperfluxo (ativação de canais de sódio pelas plasminas).
85
P: Por que o paciente com SN pode estar hipovolêmico?
R: Porque o líquido está no terceiro espaço, mesmo com aparência edemaciada.
86
P: Por que há imunodeficiência na SN?
R: Perda urinária de imunoglobulinas, predispondo a infecções como peritonite bacteriana espontânea.
87
P: Explique o mecanismo de hipercoagulabilidade na SN.
R: Perda de antitrombina III e proteína S, aumento de fibrinogênio e agregação plaquetária.
88
P: Quais agentes estão mais associados à peritonite bacteriana espontânea na SN?
R: Streptococcus pneumoniae e Escherichia coli.
89
P: Por que ocorre hiperlipidemia na SN?
R: Aumento da síntese hepática de lipídios, redução do catabolismo de LDL/VLDL e perda urinária de HDL.
90
P: Quais exames são indicados para avaliação da SN?
R: Urina tipo 1, proteinúria 24h, eletroforese de proteínas, lipidograma, dosagem de complemento, função renal e sorologias.
91
P: Qual o tratamento inespecífico da SN?
R: Restrição de sódio, ajuste de volemia com cristalóides/colóides. Evitar diuréticos e uso indiscriminado de albumina.
92
P: Qual o tratamento específico da SN?
R: Corticoterapia com prednisona ou prednisolona.
93
P: O que fazer se o paciente for corticorresistente?
R: Usar imunossupressores como ciclosporina, ciclofosfamida, levamisol, tacrolimus, micofenolato mofetil, rituximabe, IECA/BRA.
94
P: Quais são as indicações de biópsia renal na SN?
R: SN corticorresistente, idade <1 ano ou >10 anos, hematúria, hipertensão arterial, redução do complemento sérico.
95
P: Qual o prognóstico típico da SN na infância?
R: 85% ficam livres de recidiva após 10 anos; cura é considerada após 5 anos sem medicação e sem recorrência.
96
P: Quais complicações graves estão associadas à SN?
R: Infecções bacterianas graves e eventos tromboembólicos.
97
P: Qual glomerulopatia tem pior prognóstico?
R: Glomeruloesclerose Segmentar Focal (GESF), com risco de evoluir para DRC.
98
O que é o Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1)?
Doença autoimune crônica que destrói células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina e hiperglicemia.
99
Qual a necessidade terapêutica principal no DM1?
Uso de insulina para o resto da vida.
100
Qual tipo de DM é mais comum na infância?
Diabetes tipo 1, responsável por cerca de 90% dos casos.
101
.
.
102
Quais são os principais autoanticorpos associados ao DM1?
Anti-insulina (IAA), Anti-GAD, Anti-IA2 e Anti-ZnT8.
103
Como evolui o DM1 do ponto de vista fisiopatológico?
Pré-diabetes → intolerância à glicose → DM1 (com 90% das células beta destruídas).
104
. são fator de risco para DM1?
Não, vacinas não são fator de risco.
105
Quais são os 4 Ps clássicos do DM1?
Poliúria, polidipsia, polifagia, perda ponderal.
106
Cite sintomas de DM1 em lactentes.
Irritabilidade, sede intensa, fraldas pesadas, mais mamadas.
107
O que pode indicar presença de formiga na urina?
Glicosúria devido à hiperglicemia.
108
Quais os critérios diagnósticos para DM?
Glicemia jejum ≥126 mg/dL, aleatória ≥200 mg/dL com sintomas, TTOG ≥200 mg/dL após 2h, HbA1c ≥6,5%.
109
Quando confirmar o diagnóstico de diabetes com dois testes?
Se o paciente estiver assintomático.
110
Quais são os valores para diagnóstico de pré-diabetes?
Jejum 100–125 mg/dL e TTOG 140–199 mg/dL.
111
Quais exames laboratoriais são usados no DM1?
Glicemia, TTOG, HbA1c, urina 1, insulina basal, peptídeo C, autoanticorpos (Anti-GAD, IA2, IAA).
112
Quais são os critérios diagnósticos da cetoacidose diabética?
Glicemia >200 mg/dL, pH <7,3, HCO₃ <15, corpos cetônicos positivos.
113
Quais sintomas indicam cetoacidose diabética?
Náuseas, vômitos, dor abdominal, hálito cetônico, respiração de Kussmaul, letargia.
114
Quais exames são indicados na suspeita de cetoacidose?
Hemograma, eletrólitos, ureia, creatinina, gasometria, urina 1, amilase, lipase, perfil lipídico.
115
Quais são as três fases do tratamento da cetoacidose?
Hidratação venosa, correção de eletrólitos, reposição de insulina.
116
Qual a dose diária total de insulina no DM1?
0,4–1,0 UI/kg/dia, maior em puberdade, infecções e gestação.
117
Qual a diferença entre os tipos de insulina?
Insulina regular: 30 min antes da refeição; Análogos rápidos: 20 min antes; Ultrarrápidos: imediatamente antes.
118
Quais características indicam DM tipo 2?
Obesidade, história familiar, resistência à insulina (acantose, SOP), adolescentes, afrodescendentes ou asiáticos.
119
Qual o perfil de tratamento no DM2 pediátrico?
Menor ou nenhuma necessidade de insulina inicialmente.
120
Quem deve compor o time multidisciplinar para DM?
Pediatra, endocrinologista, nutricionista, psicólogo, dentista, educador físico.
121
Quais temas são abordados na educação em diabetes?
Contagem de carboidratos, reconhecimento de hipoglicemia, ajuste em dias de doença.
122
Qual a meta de HbA1c em crianças com DM?
<7%, podendo ser individualizada por idade e risco.
123
Quando iniciar triagem de complicações crônicas no DM?
Após 5 anos de diagnóstico.
124
Quais doenças autoimunes devem ser rastreadas no DM1?
Tireoidite de Hashimoto e doença celíaca.
125
O que é exantema?
Erupção cutânea disseminada.
126
O que é enantema?
Erupção em mucosas.
127
Quais são as 4 fases das viroses exantemáticas?
1. Incubação; 2. Período prodrômico; 3. Exantemático; 4. Convalescença.
128
Qual o agente etiológico do sarampo?
Morbillivirus.
129
Qual o período de incubação e contágio do sarampo?
Incubação: 7-14 dias; contágio: 2 dias antes até 5 dias após o exantema.
130
Quais são os principais sintomas do sarampo?
Tosse persistente, febre alta, coriza, conjuntivite, fotofobia e manchas de Koplik.
131
Como é o exantema do sarampo?
Maculopapular morbiliforme, crânio-caudal, com descamação furfurácea e pigmentação residual.
132
Qual o agente da escarlatina?
Streptococcus pyogenes.
133
Como é o exantema da escarlatina?
Puntiforme, pele em lixa, crânio-caudal, com sinais de Filatov e Pastia.
134
Qual o tratamento da escarlatina?
Penicilina Benzatina ou Amoxicilina por 10 dias; Eritromicina se alérgico.
135
Qual o agente da rubéola?
Togavirus (Rubivirus).
136
Quais os sinais clássicos da rubéola?
Febre baixa, linfadenopatia retroauricular, cervical posterior, sinal de Forchheimer, exantema róseo não confluente.
137
Quais complicações estão associadas à rubéola?
Rubéola congênita: catarata, surdez, PCA, microcefalia.
138
Qual agente causa o eritema infeccioso?
Parvovírus B19.
139
Como se caracteriza o exantema do eritema infeccioso?
Face esbofeteada, exantema rendilhado, recorrente com estímulos como luz solar ou calor.
140
Qual a principal complicação do eritema infeccioso?
Anemia aplástica, aborto fetal, manifestações hemorrágicas.
141
Qual agente causa o exantema súbito?
Herpesvírus humano 6 ou 7.
142
Como é o quadro clínico da roséola?
Febre alta de 3–5 dias com defervescência seguida de exantema maculopapular iniciando no tronco.
143
Qual a principal complicação da roséola?
Convulsão febril.
144
Qual agente causa a varicela?
Herpesvírus varicella-zoster.
145
Como é o exantema da varicela?
Polimórfico: mácula → pápula → vesícula → pústula → crosta.
146
Quais são as complicações da varicela?
Pneumonia, encefalite, síndrome de Reye, varicela congênita.
147
Qual agente causa a mononucleose infecciosa?
Epstein-Barr vírus (EBV).
148
Quais sinais caracterizam a mononucleose infecciosa?
Linfadenopatia, faringite, hepatoesplenomegalia, sinal de Hoagland (edema palpebral).
149
Qual observação é importante sobre uso de amoxicilina em mononucleose?
Pode causar rash.
150
Qual agente causa a doença mão-pé-boca?
Coxsackie A16.
151
Qual a característica das lesões na doença mão-pé-boca?
Aftas orais, vesículas em mãos, pés e nádegas que não coçam nem doem.
152
O que é a SIMP (síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica)?
Desregulação imunológica pós-COVID-19 com febre persistente e sinais sistêmicos.
153
Quais exames são alterados na SIMP?
Ferritina ↑, D-dímero ↑, IL-6, IL-1, IL-2 ↑, plaquetopenia, linfopenia.
154
Qual o tratamento da SIMP?
Internação em UTI, antibióticos, imunoglobulina EV, corticoterapia com pulsoterapia.
155
O que é ITU?
Infecção do trato urinário é a presença de colônias de bactérias na urina (≥10⁵ UFC/mL), associada a sinais e sintomas clínicos.
156
Quais são as formas de classificação da ITU quanto ao local?
ITU baixa (cistite) – comprometimento da bexiga; ITU alta (pielonefrite) – comprometimento do rim.
157
Como a ITU é classificada quanto aos sintomas?
Sintomática ou assintomática (bacteriúria assintomática).
158
O que define uma ITU complicada?
Presença de fatores que aumentam o risco de falha terapêutica, como anomalias anatômicas, obstrução, imunossupressão.
159
Quem tem mais risco de ITU não complicada?
Mulheres jovens, sexualmente ativas e saudáveis, sem alterações estruturais/fisiológicas do trato urinário.
160
Qual o principal agente etiológico da ITU?
Escherichia coli (E. coli), responsável por 80-85% dos casos.
161
Quais são outros agentes comuns além da E. coli?
Klebsiella spp, Proteus spp, Enterococcus faecalis, Staphylococcus saprophyticus.
162
Principais fatores de risco para ITU?
Sexo feminino, atividade sexual, gravidez, menopausa, diabetes, cateter vesical, obstrução, imunossupressão.
163
Quais os sintomas clássicos da cistite?
Disúria, polaciúria, urgência urinária, dor suprapúbica, hematúria, urina turva e com odor forte.
164
Quais os sintomas clássicos da pielonefrite?
Febre, calafrios, dor lombar ou em flanco, náuseas, vômitos, e sinais de cistite.
165
Exames usados no diagnóstico de ITU?
EAS (urina tipo I) e urocultura.
166
Quais achados esperados no EAS em ITU?
Leucocitúria, bacteriúria, piúria, hematúria, nitrito positivo.
167
Qual é o padrão-ouro para diagnóstico de ITU?
Urocultura com ≥10⁵ UFC/mL de um único patógeno.
168
Tratamento de cistite não complicada – primeira linha?
Nitrofurantoína 100 mg 6/6h por 5 dias ou Fosfomicina 3 g dose única.
169
Outras opções para cistite não complicada?
SMZ-TMP 160/800 mg 12/12h por 3 dias ou Ciprofloxacino 500 mg 12/12h por 3 dias.
170
Como tratar pielonefrite ambulatorialmente?
Ciprofloxacino ou Levofloxacino por 7 a 14 dias.
171
Quais antibióticos usar na pielonefrite hospitalar?
Ceftriaxona, Cefotaxima, Aminoglicosídeos (ajustar conforme cultura).
172
O que é bacteriúria assintomática?
Presença de ≥10⁵ UFC/mL de um único patógeno sem sintomas urinários.
173
Quando tratar bacteriúria assintomática?
Gestantes, pacientes com cirurgia urológica invasiva, transplantados renais nos primeiros 3 meses.
174
Por que é importante rastrear ITU na gravidez?
Maior risco de pielonefrite, parto prematuro e baixo peso ao nascer.
175
Antibióticos seguros para grávidas com ITU?
Cefalexina, Amoxicilina, Nitrofurantoína (evitar no 1º trimestre e final da gestação).
176
Medidas para prevenção de ITU recorrente?
Boa hidratação, urinar após relação sexual, evitar espermicidas, antibióticos profiláticos em casos selecionados.
177
Complicações possíveis da ITU?
Pielonefrite crônica, sepse, abscesso renal, cicatrizes renais, insuficiência renal.
178
O que é considerado febre na temperatura axilar?
Maior que 37,8ºC (ou 38ºC, conforme a literatura)
179
Qual a diferença entre temperatura axilar e retal?
A axilar é 0,4 a 0,8ºC menor que a retal
180
O que define FSSL?
Febre < 7 dias sem sinais localizatórios após anamnese e exame físico completos
181
FSSL é uma doença ou um sinal?
É um sinal
182
Qual é a principal causa de procura médica em pediatria?
Febre
183
Qual o objetivo dos Critérios de Rochester?
Avaliar risco de doença bacteriana grave (DBG) em lactentes até 3 meses
184
Quais são os critérios de inclusão dos Critérios de Rochester?
Febre < 7 dias, sem foco infeccioso, temperatura axilar > 37,6ºC
185
O que exclui um caso dos Critérios de Rochester?
Febre > 7 dias, foco definido, sinais de doença grave, febre >14 dias sem diagnóstico
186
O que é bacteremia oculta?
Infecção bacteriana sem sinais clínicos, com criança em bom estado geral
187
Qual o principal agente da bacteremia oculta antes das vacinas?
Streptococcus pneumoniae
188
Como a vacinação afetou a taxa de bacteremia oculta?
Reduziu de 5% para cerca de 0,5–0,7% após 2010
189
Qual a possível evolução da bacteremia oculta?
Pneumonia, meningite, sepse, internação
190
O que deve ser perguntado na anamnese da FSSL?
Idade, intensidade da febre, sintomas associados, alimentação, vacinação, medicamentos
191
Quais são os sinais vitais alterados indicativos de gravidade na FSSL?
FC >160 (<12m), FR >50 (6-12m), SatO2 ≤ 95%, TEC >3s
192
Quando solicitar exames complementares na FSSL?
< 3 meses, febre > 39ºC, sinais clínicos de gravidade, Yale >10
193
Qual a infecção bacteriana mais comum na FSSL?
Infecção urinária
194
Qual a prevalência de infecção urinária em FSSL?
2–5%, principalmente em meninas
195
Quais os critérios de internação hospitalar para FSSL?
Não ingere líquidos, toxemia, risco social, distúrbios metabólicos, febre persistente com piora
196
Quais os critérios de alta hospitalar para FSSL?
Estável, sem febre alta, hidratado VO, sem toxemia
197
Quais orientações devem ser dadas na alta?
Hidratação, uso correto de antitérmicos, sinais de alerta, reavaliação
198
Como deve ser feito o exame físico na criança com febre?
Começar por regiões menos incômodas, deixar orofaringe por último
199
Por que repetir o exame físico após antitérmico?
Para identificar sinais ocultos por desconforto febril
200
Sinais meníngeos são confiáveis em <1 ano?
Não, têm baixo valor preditivo nessa faixa etária
201
Caso clínico: 7 meses, febre 2 dias, sem sinais locais – conduta?
Observar, avaliar necessidade de exames conforme protocolo
202
Caso clínico: 4 anos, febre 39,5ºC há 24h – conduta?
Sintomáticos, observação domiciliar, reavaliação
203
Caso clínico: 10 meses, febre 39,3ºC há 48h – conduta?
UI/URC, HMG, RX se necessário, iniciar ATB se risco de BO
204
Qual antibiótico usado empiricamente em BO?
Ceftriaxone IM 1x/dia
205
Qual escala é usada para avaliar toxemia?
Escala de Yale
206
O que significa Yale >10?
Maior risco de doença bacteriana grave
207
Yale >16 indica o quê?
Toxemia – critério de internação
208
Quantas crianças menores de 10 anos foram afetadas por obesidade no Brasil em 2019?
Cerca de 3,1 milhões, segundo o Ministério da Saúde.
209
Quais são os principais componentes da avaliação clínica na obesidade infantil?
IMC e curva de crescimento, exame físico, história familiar, hábitos alimentares, tempo de tela e exames laboratoriais.
210
O que é acanthosis nigricans e o que ela indica?
Manchas escuras na pele, geralmente associadas à resistência à insulina.
211
Quais exames laboratoriais devem ser solicitados em crianças com obesidade?
Perfil lipídico, glicemia, TGO/TGP, TSH e insulina.
212
Quais são os hormônios principais envolvidos na regulação do apetite?
Leptina, grelina, insulina e adiponectina.
213
O que a leptina faz e o que ocorre com ela na obesidade?
Promove saciedade, mas há resistência à sua ação na obesidade.
214
Qual hormônio aumenta o apetite e é produzido no estômago?
Grelina.
215
Qual é o papel da adiponectina e como ela se comporta na obesidade?
Melhora a sensibilidade à insulina; está reduzida na obesidade.
216
Qual é o principal centro de controle do apetite no cérebro?
Núcleo arqueado do hipotálamo.
217
Quais vias estão presentes no núcleo arqueado e suas funções?
NPY/AgRP (estimula fome) e POMC/CART (inibe fome).
218
O que é o comportamento alimentar hedônico?
Comer por prazer, ansiedade, tédio ou estímulo visual, sem fome fisiológica.
219
Como o sono influencia o apetite em crianças com obesidade?
Sono insuficiente aumenta grelina e reduz leptina, elevando o apetite.
220
Quais são os principais sinais físicos da obesidade infantil?
Acanthosis nigricans, joelho valgo (genu valgum), puberdade precoce.
221
Cite cinco comorbidades associadas à obesidade infantil.
HAS, dislipidemia, DM2, apneia do sono, esteatose hepática, distúrbios psicológicos.
222
Quais são os quatro estágios de tratamento da obesidade segundo a SBP?
1. Estilo de vida; 2. Intervenção profissional estruturada; 3. Equipe multidisciplinar; 4. Medicamentos ou cirurgia.
223
Existem medicamentos antiobesidade aprovados para uso pediátrico no Brasil?
Não, apenas em casos graves e com comorbidades.
224
Quais fármacos podem ser usados indiretamente na obesidade pediátrica?
ISRS, topiramato e metilfenidato (ritalina).
225
Quando indicar tratamento farmacológico da dislipidemia em crianças obesas?
LDL ≥ 190 mg/dL, ou LDL ≥ 160 mg/dL com fatores de risco, ou TG ≥ 500 mg/dL.
226
Quais são as principais estratégias de prevenção da obesidade infantil?
Aleitamento materno, alimentação adequada, vida ativa desde cedo, educação em saúde.
227
Quais são os princípios éticos no manejo da obesidade infantil?
Combater o estigma, focar em saúde e não em peso, envolver escola e família.
228
Por que a obesidade infantil gera um ciclo vicioso?
Porque resistência hormonal e inflamação crônica favorecem aumento contínuo da gordura corporal.
229
Definição de sepse na pediatria segundo os critérios Phoenix
Infecção suspeita ou confirmada + PSS ≥ 2 pontos
230
Definição de choque séptico nos critérios Phoenix
Sepse + ≥ 1 ponto no escore cardiovascular
231
Fórmula para calcular a PAM adequada em crianças
PAM = 50 + (1,5 x idade em anos).
232
Critérios de disfunção respiratória na sepse
Necessidade de oxigenoterapia além do habitual ou suporte ventilatório.
233
Critério cardiovascular de sepse
Necessidade de drogas vasoativas ou enchimento capilar lento.
234
Critérios neurológicos de disfunção orgânica na sepse
Rebaixamento do nível de consciência.
235
Exemplo de disfunção hematológica na sepse
Plaquetopenia (<100.000) ou coagulopatia.
236
Critérios de má perfusão usados no diagnóstico de choque séptico
Enchimento capilar lento, extremidades frias, pulsos débeis, lactato elevado.
237
Volume total máximo de reposição volêmica na primeira hora
40 a 60 mL/kg.
238
Droga vasoativa preferida no choque séptico frio
Adrenalina.
239
Droga vasoativa preferida no choque séptico quente
Noradrenalina.
240
Condutas obrigatórias na primeira hora da sepse (Golden Hour)
Acesso venoso, coleta de culturas, antibiótico empírico, expansão volêmica.
241
Tempo ideal para iniciar antibiótico em suspeita de sepse
Em até 1 hora.
242
Quando iniciar vasopressor em sepse pediátrica
Após 40-60 mL/kg de SF sem melhora clínica.
243
Indicação de corticoide na sepse pediátrica
Suspeita de insuficiência adrenal ou choque refratário a vasopressores.
244
Achado laboratorial que reforça diagnóstico de choque séptico
Lactato elevado.
245
Importância do tempo de enchimento capilar na sepse
Avalia perfusão periférica e pode indicar disfunção cardiovascular.
246
Cuidados com glicemia em pacientes sépticos
Manter glicemia dentro da faixa-alvo (evitar hiperglicemia e hipoglicemia).
247
Medida essencial de prevenção da sepse infantil
Vacinação adequada.
248
Sequela comum em crianças sobreviventes à sepse
Déficits neurológicos e cognitivos.
249
Erros comuns na abordagem inicial da sepse pediátrica
Atrasar antibiótico, usar vasopressor antes de hidratação adequada, considerar apenas hipotensão.
250
Situação clínica que exige intubação precoce
Rebaixamento do nível de consciência ou esforço respiratório excessivo.
251
Parâmetro urinário monitorado na sepse
Diurese > 1 mL/kg/h.
252
Quando suspeitar de sepse mesmo sem febre
Alterações de perfusão, consciência e frequência cardíaca anormais.
253
O que é fluidoterapia de manutenção?
Administração de líquidos e eletrólitos para manter a homeostase de pacientes em jejum, suprindo perdas fisiológicas como urina, suor e fezes.
254
Qual fórmula é usada para calcular a hidratação de manutenção em crianças?
Fórmula de Holliday e Segar.
255
Como calcular o volume diário de manutenção para crianças até 10 kg?
100 mL/kg/dia.
256
Como calcular o volume diário de manutenção para crianças de 10 a 20 kg?
1000 mL + 50 . (P-10)
257
Como calcular o volume diário de manutenção para crianças com mais de 20 kg?
1500 mL + 20 . (P-20)
258
Qual volume por hora deve ser administrado?
Divida o volume total de manutenção por 24 horas.
259
Qual solução deve ser preferida para manutenção venosa segundo a SBP?
Solução isotônica com 136 mEq/L de sódio, glicose 5% e 25 mEq/L de potássio.
260
Por que as soluções hipotônicas devem ser evitadas em crianças hospitalizadas?
Porque aumentam o risco de hiponatremia hospitalar devido à secreção inapropriada de ADH.
261
Qual é a composição do soro de manutenção sugerido para uma criança hígida de 10 kg?
SG 5% 1000 mL + NaCl 20% 40 mL + KCl 19,1% 10 mL.
262
Quando considerar restrição hídrica (50–80% da fórmula)?
Em pacientes graves, como em UTI, pneumonia, pós-operatórios ou com risco de SIADH.
263
Como calcular o déficit hídrico?
% de desidratação × peso (kg) × 10.
264
Qual soro é usado na expansão volêmica em choque hipovolêmico?
SF 0,9% ou Ringer Lactato, 20 mL/kg em bolus rápido.
265
Quais são sinais clínicos de desidratação moderada?
Olhos levemente fundos, mucosas secas, turgor cutâneo diminuído, irritabilidade, diurese reduzida.
266
Qual o objetivo da solução de Ringer Lactato?
Expansão volêmica com correção parcial da acidose metabólica.
267
Quando está contraindicado o uso de KCl na manutenção?
Em pacientes com anúria, hipercalemia ou insuficiência renal grave.
268
Por que o monitoramento do peso diário é importante na fluidoterapia?
Ajuda a detectar retenção de líquidos e sobrecarga volêmica.
269
Qual valor de diurese é considerado adequado em crianças?
> 1 mL/kg/h.
270
Quais exames devem ser monitorados em pacientes em uso de fluidoterapia?
Sódio, potássio, cloro, glicemia capilar, peso, diurese e gasometria em casos graves.
271
Qual a solução de escolha em casos de hipoglicemia?
SG 10% (glicose a 10%).
272
Qual é a principal complicação da infusão excessiva de fluidos em crianças?
Hiponatremia dilucional, convulsões, edema cerebral ou sobrecarga volêmica.
273
Principal causa de PCR em crianças
Hipóxia
274
Quais são os 5H (causas reversíveis) de PCR?
Hipóxia, Hipovolemia, Hipo/hipercalemia ou acidose, Hipotermia, Hipoglicemia
275
Quais são os 5T (causas reversíveis) de PCR?
Tamponamento cardíaco, Trombose, Tóxicos, Tensão de pneumotórax, Trauma
276
Qual a primeira atitude frente à suspeita de PCR?
Garantir segurança da cena
277
Como testar responsividade em lactente?
Falar alto e estimular a planta dos pés
278
Como testar responsividade em criança?
Falar alto e bater no ombro
279
Por quanto tempo checar pulso e respiração?
No máximo 10 segundos
280
Pulso a ser avaliado em lactentes
Braquial
281
Pulso a ser avaliado em crianças maiores
Carótida ou femoral
282
Quando iniciar RCP mesmo com pulso presente?
Se FC < 60 bpm com sinais de má perfusão
283
Frequência de ventilação de resgate (com pulso)
1 ventilação a cada 2–3 s (20–30/min)
284
Proporção RCP com 1 reanimador
30:2
285
Proporção RCP com 2 reanimadores
15:2
286
Frequência ideal de compressões
100–120/min
287
Profundidade da compressão em lactentes
~4 cm (1/3 do tórax)
288
Profundidade da compressão em crianças
~5 cm (1/3 do tórax)
289
Técnica ideal de compressão em lactente com 2 reanimadores
Dois polegares com mãos envolvendo o tórax
290
Quando usar o DEA?
Assim que disponível, após 2 minutos de RCP
291
Ritmos chocáveis
FV e TV sem pulso
292
Ritmos não chocáveis
Assistolia e AESP
293
Dose inicial de desfibrilação
2 J/kg
294
Dose do segundo choque
4 J/kg
295
qual dosagem dos choques subsequentes após 1º e 2º choque?
≥ 4 J/kg, máximo 10 J/kg
296
Dose de adrenalina para PCR pediátrica por IO/IV?
0,01mg/kg. Dose máx. 1mg Repetir 3-5min CONFERIR - DUVIDA
297
qual é a diluição padrão de adrenalina na PCR
1ml de adrenalina + 9mL de SF0,9%. 0,1mg/mL
298
qual dosagem de adrenalina para via endotraqueal?
0,1mg/kg
299
Quando administrar adrenalina em ritmo não chocável?
O mais precoce possível, idealmente em até 5 minutos
300
Quando administrar adrenalina em ritmo chocável?
Após o segundo choque
301
Quando usar amiodarona?
Após 3º choque em FV/TV refratária
302
Dose de amiodarona na PCR pediátrica
5 mg/kg IV/IO, repetir até 2 vezes
303
Quando considerar bicarbonato de sódio?
Acidose grave, hipercalemia, intoxicação por tricíclicos
304
Objetivo da capnografia durante RCP
ETCO₂ ≥ 10 mmHg indica boa perfusão
305
Critérios de retorno da circulação espontânea (RCE)
Retorno de pulso, PA e melhora clínica
306
O que evitar nos cuidados pós-PCR?
Hipotensão, hiperóxia, hipoglicemia, hipertermia
307
Ventilação com via aérea avançada
1 ventilação a cada 2–3 s, sem interromper compressões
308
Via preferencial para administração de drogas na PCR
Intravenosa (IV)
309
Via alternativa para administração de drogas
Intraóssea (IO)
310
Qual tubo é recomendado para intubação pediátrica?
Tubo com cuff (balonete)
311
A pressão do cuff não deve exceder
20–25 cmH₂O
312
Pressão cricoide durante intubação pediátrica
**Não recomendada**
313
Qual o alvo de pressão diastólica durante RCP?
≥ 25 mmHg em lactentes, ≥ 30 mmHg em crianças
314
Quando suspeitar de AESP?
ECG com atividade elétrica, mas sem pulso
315
Quando suspeitar de assistolia?
Linha reta no monitor, sem atividade elétrica
316
Conduta frente à FV/TV sem pulso
Desfibrilar + RCP + adrenalina após 2º choque
317
Conduta frente à AESP/assistolia
RCP + adrenalina precoce + investigar 5H e 5T
318
Qual droga vasoativa inicial no choque séptico refratário?
Adrenalina ou noradrenalina
319
Bolus inicial de fluidos no choque séptico
10–20 mL/kg com reavaliação
320
Como calcular a FC no ECG
FC = 1500 ÷ nº de quadradinhos entre QRS
321
Conduta se FC < 60 bpm com má perfusão
Iniciar RCP, mesmo com pulso
322
O que significa “DOPE” em pacientes intubados
Deslocamento, Obstrução, Pneumotórax, Equipamento
323
O que é considerado ventilação excessiva?
Ventilar com frequência > 30/min e com volumes altos
324
Papel da capnografia pós-PCR
Avaliar perfusão, detectar retorno da circulação
325
Quando reavaliar a criança durante RCP?
A cada 2 minutos
326
Qual o tempo ideal de início da adrenalina?
Até 5 minutos após o início da RCP
327
O que fazer após 2 minutos de RCP?
Checar ritmo com DEA ou monitor
328
Qual é um sinal sugestivo de aspiração de corpo estranho em uma criança sem histórico de alergia?
Chiado súbito no peito.
329
Quais são os principais sinais clínicos de aspiração de corpo estranho?
Tosse persistente, chiado no peito, falta de ar súbita, rouquidão, lábios e unhas arroxeadas.
330
O que fazer em caso de aspiração parcial de corpo estranho?
Não intervir e encaminhar para atendimento médico.
331
O que caracteriza uma aspiração total de corpo estranho?
Ausência de som, dificuldade respiratória severa e cianose.
332
Qual manobra deve ser realizada em crianças com mais de 1 ano com obstrução total?
Manobra de Heimlich.
333
Como é feita a manobra de Heimlich em crianças maiores de 1 ano?
Compressões abdominais para cima, por trás da criança.
334
Qual é a conduta em lactentes (menores de 1 ano) com aspiração total?
5 tapotagens dorsais + 5 compressões torácicas.
335
Por que não se deve usar os dedos para retirar um corpo estranho da boca da criança?
Pode causar lesão ou empurrar o objeto mais profundamente.
336
Quais sinais indicam hipovolemia como causa de PCR?
Pele fria, pulso fraco, hipotensão.
337
Quais são os sinais de tamponamento cardíaco?
Turgência jugular, hipotensão, pulso paradoxal.
338
O que indica um pneumotórax hipertensivo?
Desvio de traqueia e ausência de murmúrio vesicular de um lado.
339
Quais distúrbios eletrolíticos estão nos 5Hs?
Hipo ou hipercalemia (potássio).
340
Em que situação não se deve aplicar a manobra de Heimlich?
Em menores de 1 ano.
341
Qual é a principal causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos?
Acidentes (quedas, asfixia, queimaduras, choques elétricos).
342
Quais os principais acidentes no 1º ano de vida?
Asfixia, quedas, queimaduras, aspiração de corpo estranho.
343
Quais os principais acidentes no 2º ano de vida?
Quedas, asfixia, queimaduras, afogamentos, intoxicações.
344
Quais os principais acidentes no 5º ano de vida?
Quedas, choques elétricos.
345
Como é classificado o TCE pela escala de Glasgow?
Leve: 13 a 15 / Moderado: 9 a 12 / Grave: < 9.
346
Quando está indicada TC em TCE leve?
Cefaleia progressiva, >3 vômitos, Glasgow <15 após 2h, alteração comportamental, crise convulsiva, suspeita de trauma não acidental, fratura com afundamento.
347
Qual a conduta em caso de TCE leve com sinais estáveis?
Monitorização, observação clínica, considerar TC.
348
O que é a Tríade de Cushing e o que ela indica?
Hipertensão, bradicardia e alteração respiratória; indica hipertensão intracraniana.
349
Como é classificada uma queimadura de 1º grau?
Acomete apenas a epiderme.
350
Como é classificada uma queimadura de 2º grau?
Acomete a epiderme e parte da derme.
351
Como é classificada uma queimadura de 3º grau?
Acomete epiderme, derme e subcutâneo.
352
Quando uma queimadura é considerada grave?
2º grau >20% SCQ ou 3º grau >10% SCQ.
353
Como se calcula a reposição volêmica na queimadura?
Fórmula de Parkland: 4ml x peso x %SCQ.
354
Como deve ser dividida a reposição volêmica segundo Parkland?
Metade nas primeiras 8h, metade nas 16h seguintes.
355
Quais fatores de risco para afogamento infantil?
Supervisão inadequada, criança não sabe nadar, brincadeiras perigosas, hipotermia, traumas.
356
Onde ocorrem mais afogamentos em <1 ano?
Baldes, banheiras (ambiente domiciliar).
357
Onde ocorrem mais afogamentos entre 1 a 5 anos?
Piscinas, tanques (ambiente domiciliar).
358
Quais são os principais corpos estranhos aspirados?
Pequenas peças de brinquedos, sementes, alimentos.
359
Qual o manejo inicial da aspiração de corpo estranho?
ABCDE, oxigênio, ventilação, IOT se necessário, observar 8h se assintomático.
360
O que avalia o Escore de Trauma Pediátrico?
Peso, via aérea, pressão sistólica, nível de consciência, ferimentos e fraturas.
361
Qual a meta principal na avaliação do paciente politraumatizado pediátrico?
Prevenção de acidentes.
362
Quais são os tipos de câncer mais comuns na infância?
Leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas.
363
Cite dois sinais de alerta para câncer infantil.
Perda de peso e palidez.
364
Quais fatores podem atrasar o diagnóstico do câncer infantil?
Tipo e localização do tumor, idade, percepção dos pais, distância do centro especializado.
365
Qual é a leucemia mais comum na infância?
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA).
366
Quais são os principais sintomas da leucemia por infiltração medular?
Dor óssea, palidez, petéquias, febre, neutropenia.
367
Quais são os sintomas da leucemia por infiltração extramedular?
Adenomegalia, hepatomegalia, cefaleia, aumento testicular.
368
Qual exame confirma o diagnóstico de leucemia?
Mielograma.
369
Quais complicações são comuns durante o tratamento da leucemia?
Hiperleucocitose, síndrome de lise tumoral, neutropenia febril.
370
Qual o tumor sólido mais comum na infância?
Tumores do sistema nervoso central.
371
Quais exames são usados para diagnóstico de tumores do SNC?
Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética.
372
Cite dois sintomas comuns de tumor do SNC.
Cefaleia e vômitos.
373
Qual é o tumor intraocular mais comum na infância?
Retinoblastoma.
374
Quais são os principais sinais clínicos do retinoblastoma?
Leucocoria, estrabismo, proptose.
375
Quais são os tipos principais de linfoma não-Hodgkin?
Burkitt, linfoblástico e grandes células.
376
Qual célula é característica do linfoma de Hodgkin?
Célula de Reed-Sternberg.
377
Quando suspeitar de Imunodeficiência Primária (EII)?
Infecções de repetição, complicações com BCG, história familiar.
378
Qual exame básico é indicado para triagem de EII?
Hemograma.
379
Qual é a imunodeficiência primária mais comum?
Deficiência de IgA.
380
Cite um exemplo de imunodeficiência combinada grave.
Síndrome de Omenn.
381
Que tipo de infecção é típica em deficiências de fagócitos?
Celulites, abscessos, osteomielites.
382
O que a dosagem de CH50 e AP50 avalia?
Sistema complemento (vias clássica e alternativa).
383
Qual grupo de EII pode causar candidíase persistente?
Deficiências celulares.
384
Qual é a principal complicação do retinoblastoma?
Cegueira e disseminação liquórica.
385
Qual estrutura anatômica permite identificar serpentes venenosas (exceto Micrurus)?
Fosseta loreal.
386
Quais os efeitos do veneno da Bothrops?
Ação coagulante, proteolítica, vasculotóxica, além de causar choque, edema pulmonar e CIVD.
387
Como a Bothrops age sobre o sangue?
Transforma fibrinogênio em fibrina, deixando o sangue incoagulável.
388
Quais são os sintomas iniciais de um acidente botrópico?
Dor imediata, edema, eritema e calor local nos primeiros 30 minutos.
389
Quais complicações graves podem ocorrer em acidentes botrópicos?
Necrose (primária ou por infecção), insuficiência renal aguda e hemorragias.
390
Como age o veneno da cascavel (Crotalus)?
Tem ação miotóxica, neurotóxica, nefrotóxica, coagulante e hepatotóxica.
391
Como é o quadro clínico típico do acidente crotálico?
Pouca dor local, mialgia intensa, fácies de Rosenfeld, ptose, visão turva, e possível insuficiência respiratória.
392
O que é a fácies neurotóxica de Rosenfeld?
Ptose palpebral bilateral com expressão facial relaxada, típica do acidente crotálico.
393
Quais alterações laboratoriais são esperadas no acidente crotálico?
CPK, DHL, AST elevados; urina escura; incoagulabilidade sanguínea.
394
Como age o veneno da Micrurus (coral)?
Ação neurotóxica intensa, semelhante à cascavel.
395
Qual o tratamento específico para acidente por Micrurus?
Soro antielapídico IV suficiente para neutralizar 150 mg de veneno.
396
Como age o veneno da Lachesis (surucucu)?
Ação coagulante, necrosante e vasculotóxica.
397
Quantas ampolas são recomendadas para acidente por Lachesis?
10 a 20 ampolas de soro antilaquético ou antibotrópico-laquético IV.
398
Qual a conduta geral nos acidentes ofídicos?
Retirar adornos, não usar torniquete ou cortes, repouso, soro IV precoce e vacinação antitetânica.
399
Quais são os riscos do soro antiofídico?
Reações imediatas (anafiláticas) e tardias (doença do soro em 6 a 10 dias).
400
Quais os gêneros de aranhas de importância médica no Brasil?
Phoneutria, Loxosceles, Latrodectus e Lycosa.
401
Quais as características das aranhas armadeiras (Phoneutria)?
Grandes, agressivas, coloração escura e veneno neurotóxico periférico.
402
Como ocorre o acidente por Loxosceles (aranha marrom)?
Quando comprimida contra a pele, frequentemente em roupas e camas.
403
Quando usar soro específico na picada por Loxosceles?
Até 36 horas após o acidente.
404
Quais as características da viúva negra (Latrodectus)?
Pequena, preta com mancha vermelha em forma de ampulheta, veneno neurotóxico.
405
Quais sintomas estão associados à picada da viúva negra?
Dor intensa irradiada, sudorese, hipertensão, espasmos musculares.
406
O que caracteriza o acidente por Lycosa (aranha de jardim)?
Benigno, pouca dor, veneno discretamente proteolítico, sem necessidade de soro.
407
Qual o gênero de escorpiões mais associado a acidentes graves no Brasil?
Tityus.
408
Qual a principal complicação do escorpionismo grave?
Falência cardiocirculatória com possível edema pulmonar.
409
Como o escorpionismo grave afeta o coração?
Alterações no ECG, aumento de CK e DHL, podendo simular infarto.
410
Como o veneno do escorpião age no organismo?
Atua nos sistemas simpático/parassimpático e causa liberação de citocinas.
411
Qual o impacto do atraso na administração do soro no escorpionismo?
A cada hora de atraso, há aumento de 13% na mortalidade.
412
Quais sintomas indicam gravidade no escorpionismo?
Vômitos, dor abdominal, hiperglicemia, aumento de amilase, edema pulmonar, arritmias, coma.
413
Por quanto tempo o paciente deve ser observado após picada de escorpião?
4 a 6 horas em ambiente hospitalar.
414
Quem deve ser encaminhado a centro de referência após picada de escorpião?
Crianças <10 anos mesmo em casos leves; maiores de 10 anos se acidente moderado ou grave.
415
Quais sinais indicam acidente escorpiônico grave?
Edema agudo de pulmão, isquemia, choque, arritmias, convulsões, coma.
416
Quais são os sinais de alerta para autismo aos seis meses?
Poucas expressões faciais, baixo contato ocular, ausência de sorriso social e pouco engajamento sociocomunicativo
417
Quais são os sinais de alerta para autismo aos nove meses?
Nao faz troca de turno comunicativa, nao balbucia mama/papa, nao olha quanto chamado, nao olha para o de o adulto aponta, imita ao pouco ou ausente
418
Quais são os sinais de alerta para autismo aos doze meses
Ausência de balbucios, nao apresenta gestos convencionais (abanar para das tchau), na o faça mamae/papai, ausência de atenção compartilhada
419
Pródromos intensos: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite. QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL TIPO DO EXANTEMA? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL SINAL CLÁSSICO? QUAIS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES?
Sarampo Morbillivirus Exantema maculopapular início retroauricular → face → tronco e membros. Descamação fina no final Sinal patognomônico: manchas de Koplik (enantema em mucosa jugal) otite, pneumonia, encefalite
420
Febre baixa, linfadenomegalia occipital e retroauricular QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL TIPO DO EXANTEMA? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL SINAL CLÁSSICO? QUAIS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES?
🟠 Rubéola (Rubivirus) Exantema maculopapular róseo, discreto face → tronco → membros (rápido) Manchas de Forchheimer no palato (enantema) Síndrome da Rubéola Congênita
421
Febre alta, odinofagia, amígdalas com exsudato QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL TIPO DO EXANTEMA? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL SINAL CLÁSSICO?
🟥 Escarlatina (Streptococcus pyogenes – toxina eritrogênica) Exantema áspero ("lixa") inicia em pescoço → tronco → membros, respeita palmas/plantas Sinal de Pastia, língua em morango
422
Febre baixa, sintomas inespecíficos, face eritematosa (bochechas vermelhas) QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL PRINCIPAL RISCO?
🩷 Eritema Infeccioso (Parvovírus B19) – "doença da bofetada" tronco/membros com padrão rendilhado risco para grávidas (hidropsia fetal)
423
Boa condição geral, Criança 6–18 meses, Febre alta por 3–5 dias, depois desaparece, surgimento súbito do exantema QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL PRINCIPAL COMPLICAÇÃO?
🌸 Exantema Súbito / Roséola (HHV-6) tronco → face e membros convulsão febril
424
Febre baixa, mal-estar Lesões em diferentes estágios, Pruriginoso QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? QUAL A ORDEM DE APARECIMENTO DO EXANTEMA? QUAL PRINCIPAL COMPLICAÇÃO?
🟢 Varicela (Herpesvírus Varicela-Zoster) mácula → pápula → vesícula → crosta Complicações: superinfecção bacteriana, pneumonia, encefalite
425
Adolescente com febre, linfadenomegalia cervical posterior, faringite, hepatoesplenomegalia QUAL É A DOENÇA? QUAL AGENTE RESPONSÁVEL? COMO É FEITO DIAGNÓSTICO?
🟤 Mononucleose Infecciosa (EBV ou CMV) Pode ter exantema após uso de amoxicilina sorologia ou heterófilo (Monospot)
426
Febre baixa, úlceras orais dolorosas, vesículas em palmas, plantas e região perioral QUAL DOENÇA? QUAL AGENTE?
🟣 Doença Mão-Pé-Boca (Coxsackie A16, Enterovírus 71)
427
Febre persistente, exantema polimorfo, conjuntivite, dor abdominal, alterações cardíacas 2–6 semanas após infecção por SARS-CoV-2 QUAL DOENÇA? QUAIS CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS? QUAL DOENÇA ELA PODE SIMULAR? QUAIS PRINCIPAIS RISCOS? QUAL TRATAMENTO?
🔴 Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIMP) – Pós-COVID Critérios obrigatórios: febre + inflamação + multissistema + evidência de COVID + exclusão de outras causas Pode simular Doença de Kawasaki Risco de choque e miocardite Tratamento: imunoglobulina + corticóide
428
O que é desnutrição?
Estado de deficiência ou excesso de macro ou micronutrientes que causa desequilíbrio entre o suprimento e a demanda do organismo, afetando crescimento e funções metabólicas.
429
Qual a diferença entre desnutrição primária e secundária?
Primária: sem doenças associadas, ligada à insegurança alimentar. Secundária: associada a doenças como síndromes disabsortivas, neoplasias, cardiopatias.
430
Quais são as 4 formas clínicas de desnutrição segundo a OMS?
Wasting (baixo peso por estatura), Stunting (baixa estatura por idade), Baixo peso por idade, e Deficiência de micronutrientes.
431
O que caracteriza a desnutrição aguda?
Perda rápida de peso ou dificuldade em ganhá-lo, podendo ser grave ou moderada conforme escore Z e circunferência braquial.
432
Quais são as características clínicas do marasmo?
Emagrecimento acentuado, hipotrofia muscular, fácies senil, pele fina e ressecada, sem edema.
433
Qual o mecanismo fisiopatológico do marasmo?
Redução da ingestão calórico-proteica, catabolismo, adaptação hormonal e imunossupressão.
434
O que diferencia o kwashiorkor do marasmo?
Kwashiorkor apresenta edema, hepatomegalia, lesões de pele e cabelo; marasmo não tem edema.
435
Quais os principais mecanismos fisiopatológicos do kwashiorkor?
Déficit proteico, estresse oxidativo, disbiose, inflamação crônica e lipidose hepática.
436
Quais critérios definem desnutrição grave em crianças de 6-59 meses?
P/E < Z-3, circunferência braquial < 11,5 cm ou presença de edema nos pés.
437
Como é classificada a desnutrição moderada 6-59 meses?
P/E entre Z-2 e Z-3, CB entre 11,5 e 12,5 cm, sem edema.
438
Quais são as 3 fases do tratamento hospitalar da desnutrição grave?
1. Estabilização (baixa caloria/proteína, prevenção da realimentação), 2. Reabilitação (alta caloria/proteína), 3. Acompanhamento (preparo para alta).
439
O que é síndrome da hiperalimentação?
Complicação grave da realimentação abrupta, com perda de íons intracelulares e retenção de sódio.
440
,
,
441
Quais micronutrientes estão comumente deficientes na DPE?
Ferro, zinco, vitaminas A, D e do complexo B.
442
COMO É A CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM ESCORE Z NORMAL?
INDICADOR PESO/IDADE E PESO/ESTATURA: +1 A -1 ESTATURA/IDADE: >-1
443
COMO É A CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM ESCORE Z EM DESNUTRIÇÃO LEVE?
-1,1 A 2
444
COMO É A CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM ESCORE Z DESNUTRIÇÃO MODERADA?
-2,1 A -3
445
COMO É A CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL EM ESCORE Z DESNUTRIÇÃO GRAVE?
< -3
446
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA PARA <6 MESES SEGUNDO A OMS? PARA DESNUTRIÇÃO MODERADA
INDICADOR PESO/IDADE E PESO/ESTATURA : -3 E -2
447
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA PARA <6 MESES SEGUNDO A OMS? PARA DESNUTRIÇÃO GRAVE
INDICADOR PESO/IDADE E PESO/ESTATURA E/OU PRESENÇA DE EDEMA: <-3
448
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA PARA 6-59 MESES SEGUNDO A OMS? PARA DESNUTRIÇÃO MODERADA
INDICADOR PESO/ESTATURA: -3 E -2 E CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL ENTRE 11,5 E 12,5
449
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO AGUDA PARA 6-59 MESES SEGUNDO A OMS? PARA DESNUTRIÇÃO GRAVE
INDICADOR PESO/ESTATURA: <-3 E CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL <11,5 OU PRESENÇA DE EDEMA NOS PÉS
450
O que é choque em termos fisiopatológicos?
É o estado de hipoperfusão tecidual em que a oferta de oxigênio e nutrientes é insuficiente para atender às demandas metabólicas.
451
Quais são os 5 tipos principais de choque na pediatria?
Séptico, hipovolêmico, anafilático, obstrutivo e cardiogênico.
452
Qual a fisiopatologia do choque séptico?
Vasodilatação sistêmica, extravasamento capilar (hipovolêmico), disfunção miocárdica (cardiogênico) por citocinas e toxinas.
453
Quais são os sinais clínicos do choque séptico?
TEC aumentado, taquicardia, oligoanúria, hipotensão tardia, alteração do nível de consciência.
454
Qual é o protocolo de tratamento inicial no choque séptico?
O2, SF 20 mL/kg até 60 mL/kg, antibiótico precoce, drogas vasoativas (epinefrina ou dobutamina).
455
Qual a principal causa do choque hipovolêmico?
Perda de volume intravascular (sangue, vômitos, diarreia, queimaduras).
456
Qual o tratamento inicial do choque hipovolêmico?
SF 20 mL/kg rápido, repetir até 60–80 mL/kg com reavaliação. Sem uso inicial de aminas.
457
O que desencadeia o choque anafilático?
Reação alérgica tipo I mediada por IgE, com liberação massiva de histamina.
458
Qual o tratamento imediato do choque anafilático?
Adrenalina IM 0,01 mg/kg, SF 20 mL/kg, oxigênio, corticoide e anti-histamínico.
459
Qual a fisiopatologia da miocardite que leva ao choque cardiogênico?
Inflamação miocárdica por vírus → ↓ contratilidade → ↓ DC → choque.
460
Quais sinais clínicos sugerem miocardite em uma criança?
Taquicardia desproporcional, dispneia, hepatomegalia, letargia, sudorese, hipotensão.
461
Qual o manejo inicial no choque cardiogênico por miocardite?
O2, SF 5–10 mL/kg com cautela, dobutamina ou milrinone, evitar sobrecarga de volume.
462
Quais são as principais causas de choque obstrutivo?
Pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco e TEP.
463
Qual a conduta inicial no choque obstrutivo?
Tratar causa base (toracocentese, pericardiocentese, anticoagulação), SF 10–20 mL/kg com cuidado.
464
Qual tipo de choque exige cautela na expansão volêmica?
Cardiogênico e obstrutivo.
465
Em qual tipo de choque o antibiótico é obrigatório nas primeiras 60 min?
Choque séptico.
466
Qual tipo de choque usa adrenalina IM como droga de escolha imediata?
Choque anafilático.
467
Qual tipo de choque frequentemente cursa com quadro hiperdinâmico (quente)?
Choque séptico na fase inicial.
468
Frente: O que é considerado um recém-nascido prematuro?
Verso: Aquele que nasce com idade gestacional menor que 37 semanas completas.
469
Frente: Classificação do prematuro com menos de 28 semanas:
Verso: Prematuro extremo.
470
Frente: Qual a idade gestacional do prematuro moderado?
Verso: De 32 semanas até 33 semanas e 6 dias.
471
Frente: O que caracteriza o prematuro tardio?
Verso: Idade gestacional entre 34 e 36 semanas e 6 dias.
472
Frente: Quais são algumas causas comuns de prematuridade?
Verso: Infecção, hipertensão, diabetes, causas idiopáticas, fatores socioambientais.
473
Frente: Por que o prematuro perde mais calor?
Verso: Alta relação superfície/peso, pele fina, pouca gordura, imaturidade do SNC, evaporação aumentada.
474
Frente: Quais as consequências da hipotermia no prematuro?
Verso: Hipoglicemia, acidose, apneia, bradicardia, risco de hemorragia intraventricular e morte.
475
Frente: Estratégias de controle térmico na sala de parto:
Verso: Sala ≥25°C, campos térmicos, touca, calor radiante, não secar pele se <32s.
476
Frente: Por que o prematuro tem risco aumentado de hipoglicemia?
Verso: Baixo estoque de glicogênio hepático.
477
Frente: Quando ocorre o maior acúmulo de glicogênio no feto?
Verso: No terceiro trimestre.
478
Frente: Qual leite é preferido para nutrição do prematuro?
Verso: Leite materno, de preferência fortificado.
479
Frente: Por que o prematuro tem maior risco de icterícia grave?
Verso: Imaturidade hepática, aumento da hemólise, maior circulação entero-hepática, barreira hematoencefálica frágil.
480
Frente: Qual o risco da icterícia não tratada?
Verso: Encefalopatia bilirrubínica (kernicterus).
481
Frente: O que é SDR?
Verso: Síndrome do desconforto respiratório – deficiência de surfactante.
482
Frente: O que é displasia broncopulmonar (DPC)?
Verso: Doença pulmonar crônica causada por lesão pulmonar e ventilação prolongada.
483
Frente: Quais são os graus da hemorragia peri-intraventricular (HPIV)?
Verso: I (germinativa), II (sem dilatação), III (com dilatação), IV (parênquima cerebral).
484
Frente: O que é retinopatia da prematuridade?
Verso: Proliferação anormal de vasos da retina, podendo levar à cegueira.
485
Frente: Fatores de risco para retinopatia da prematuridade:
Verso: IG <32s, oxigenioterapia prolongada, instabilidade hemodinâmica.
486
Frente: Quais déficits visuais o prematuro pode ter?
Verso: Estrabismo, ambliopia, erros de refração, estereopsia prejudicada.
487
Frente: Por que prematuros têm risco aumentado de déficit auditivo?
Verso: Hipóxia, infecções, antibióticos ototóxicos, imaturidade auditiva.
488
Frente: O que é PCA?
Verso: Persistência do canal arterial – conexão entre a aorta e artéria pulmonar que não se fecha após o nascimento.
489
Frente: O que é enterocolite necrosante (NEC)?
Verso: Doença intestinal inflamatória e infecciosa grave, com necrose da mucosa.
490
Frente: Fatores de risco para Enterocolite Necrosante NEC:
Verso: Prematuridade, leite artificial, disbiose, hipóxia, PCA.
491
Frente: Sinais clínicos de NEC:
Verso: Distensão abdominal, vômitos, enterorragia, letargia, apneia.
492
Frente: Mecanismos da anemia da prematuridade:
Verso: ↓ EPO, vida curta das hemácias, medula imatura, perdas iatrogênicas, crescimento rápido.
493
Frente: Conduta na anemia do prematuro:
Verso: Transfusão se sintomático, ferro após 2 semanas, eritropoetina em alguns casos.
494
Frente: O que é DMO (doença metabólica óssea)?
Verso: Mineralização óssea inadequada por falta de cálcio e fósforo.
495
Frente: Como prevenir a osteopenia no prematuro?
Verso: Leite humano fortificado, suplementação de cálcio/fósforo/Vitamina D, estímulo motor passivo.
496
Frente: Por que o prematuro é mais suscetível a infecções?
Verso: Imunidade inata e adaptativa imaturas, pele frágil, microbiota pobre, procedimentos invasivos.
497
Frente: O que é o método canguru?
Verso: Cuidado humanizado com contato pele a pele, promoção do aleitamento e vínculo mãe-bebê.
498
Frente: Benefícios do método canguru:
Verso: Redução da mortalidade, infecções, tempo de internação, aumento do vínculo e aleitamento.
499
Frente: Critérios para contato pele a pele:
Verso: Estabilidade clínica, temperatura controlada, mãe em boas condições.
500
Frente: Qual idade se usa para avaliar desenvolvimento de prematuros?
Verso: Idade corrigida até 2 anos de vida.
501
Frente: Riscos tardios do prematuro extremo:
Verso: Déficit cognitivo, TDAH, autismo, obesidade, hipertensão, doenças cardíacas.
502
Frente: Vacinas no prematuro são baseadas em qual idade?
Verso: Idade cronológica.
503
Frente: Prematuros recebem BCG e Hep B com menos de 2 kg?
Verso: Sim, após estabilização clínica.
504
Frente: O que é Palivizumabe?
Verso: Anticorpo monoclonal usado para prevenir infecção por VSR em prematuros de risco.
505
Qual a definição de anemia segundo a OMS?
Hb abaixo de -2 DP do valor esperado para idade, sexo, gestação e altitude.
506
Qual o valor de Hb para anemia em crianças de 6m a 5 anos?
< 11 g/dL.
507
Qual a causa mais comum de anemia na infância?
Anemia ferropriva.
508
Qual o achado clássico da anemia ferropriva no VCM?
Microcitose (VCM < 70 fL).
509
Qual o achado clássico da anemia ferropriva no HCM?
Hipocromia (HCM < 23 pg).
510
O que significa RDW aumentado?
Anisocitose (variação no tamanho dos glóbulos vermelhos).
511
Como se calcula o índice de Mentzer?
VCM dividido pelo número de hemácias (em milhões/mcl).
512
Índice de Mentzer > 13 sugere o quê?
Anemia ferropriva.
513
Índice de Mentzer < 13 sugere o quê?
Talassemia.
514
Qual a principal fonte de ferro heme?
Carnes vermelhas, aves e peixes.
515
Qual tipo de ferro tem melhor absorção intestinal?
Ferro heme (Fe²⁺).
516
Substância que aumenta a absorção de ferro?
Vitamina C.
517
Substâncias que inibem a absorção de ferro?
Chás, cálcio, fitatos, fibras, oxalatos.
518
Qual o estágio inicial da deficiência de ferro?
Depleção dos estoques (ferritina baixa).
519
Ferritina < 12 µg/L indica o quê?
Depleção de ferro em menores de 5 anos.
520
Sinais clínicos da anemia ferropriva?
Palidez, cansaço, pica, estomatite angular, atraso no crescimento.
521
Dose terapêutica de ferro para anemia ferropriva?
3-5 mg/kg/dia de ferro elementar VO por pelo menos 8 semanas.
522
Como avaliar a resposta ao tratamento da anemia?
Aumento de Hb ≥ 1 g/dL em 1 mês ou aumento de reticulócitos em 1-2 semanas.
523
Em que idade inicia a profilaxia com ferro em lactentes SEM fatores de risco?
Aos 6 meses.
524
Em que idade inicia a profilaxia com ferro em lactentes COM fatores de risco?
Aos 3 meses.
525
Prematuros < 1000 g devem receber qual dose de ferro?
4 mg/kg/dia de ferro elementar.
526
Quais são as consequências da anemia ferropriva na infância?
Déficit cognitivo, psicomotor, imunidade alterada, falha de crescimento.
527
Qual tipo de anemia apresenta VCM alto?
Anemia megaloblástica.
528
Principais causas de anemia megaloblástica?
Deficiência de vitamina B12 e ácido fólico.
529
Fonte de vitamina B12 na dieta?
Alimentos de origem animal.
530
Qual população infantil tem risco aumentado de deficiência de B12?
Filhos de mães vegetarianas estritas.
531
Sintomas neurológicos da deficiência de B12?
Degeneração medular, atraso no desenvolvimento, hipotonia.
532
Causa mais comum de deficiência de folato?
Desnutrição e jejum prolongado.
533
Qual leite está associado à deficiência de folato?
Leite de cabra e leite fervido.
534
Anemia associada à deficiência de folato é micro ou macrocítica?
Macrocítica.
535
Qual vitamina previne defeitos do tubo neural?
Ácido fólico.
536
Deficiência de qual vitamina pode causar glossite e palidez?
Ácido fólico.
537
Anemia fisiológica do lactente ocorre em que idade?
Por volta de 2 meses.
538
O que é anemia falciforme?
Doença genética com substituição do ácido glutâmico por valina na Hb beta.
539
Sintomas da anemia falciforme?
Crise álgica, hemólise, sequestro esplênico, infecção, AVC.
540
Como prevenir complicações da anemia falciforme?
Triagem neonatal, vacinação e antibióticos profiláticos.
541
Quais são as causas comuns de desconforto respiratório no RN?
TTRN, pneumonia/sepse, aspiração meconial, pneumotórax, cardiopatias congênitas, hipertensão pulmonar, encefalopatia hipóxico-isquêmica.
542
Quais são as causas raras de desconforto respiratório no RN?
Deficiência de surfactante, hérnia diafragmática, fístula traqueoesofágica, quilotórax, atresia de coanas, aspiração láctea, anomalias pulmonares congênitas, doenças neuromusculares, anemia grave, acidose metabólica.
543
Em qual faixa gestacional é mais comum a SDR?
Menores de 34 semanas, especialmente < 28 semanas.
544
Qual é a fisiopatologia da SDR?
Deficiência de surfactante ➝ colabamento alveolar ➝ atelectasia ➝ hipoxemia e acidose.
545
Qual o quadro clínico típico da SDR?
Gemência, retrações, batimento de asa nasal, taquipneia, cianose, aumento do requerimento de O₂, apneia.
546
Qual o tratamento da SDR?
CPAP, surfactante exógeno (Mistid ou LISA), ventilação invasiva se necessário.
547
Como prevenir SDR?
Corticoide antenatal entre 24 e 34 semanas, pelo menos 24h antes do parto.
548
Qual a fisiopatologia da TTRN?
Retardo na absorção do líquido pulmonar fetal.
549
Quais os fatores de risco para TTRN?
Cesárea eletiva antes de 39 semanas, diabetes gestacional, asma materna.
550
Quais os principais achados clínicos da TTRN?
Taquipneia isolada (>60 irpm), desconforto leve, início imediato pós-nascimento.
551
Qual o tratamento da TTRN?
CPAP, jejum se FR >80, hidratação venosa; autolimitada.
552
Quais os principais diagnósticos diferenciais da TTRN?
SDR e pneumonia.
553
Qual é a fisiopatologia da SAM?
Mecônio obstrui vias aéreas, inativa surfactante, causa inflamação ➝ hipoxemia, acidose, pneumotórax.
554
O que é “sopa de ervilha grossa”?
Mistura de mecônio com líquido amniótico, visualizada em líquido amniótico espesso.
555
Qual a conduta na SAM?
Suporte ventilatório conforme gravidade, surfactante se refratário, antibiótico se infecção associada.
556
O que pode indicar pneumotórax no RX na SAM?
Perda de aderência do pulmão, rechaço de mediastino, hipertransparência unilateral.
557
Quais as vias de transmissão da pneumonia congênita?
Transplacentária (hematogênica) e periparto (ascendente ou aspiração de LA infectado).
558
Quais os agentes mais comuns na pneumonia congênita?
Estreptococo do grupo B e Escherichia coli.
559
Qual o esquema antibiótico empírico para pneumonia congênita?
Ampicilina + gentamicina.
560
Quais os achados clínicos da pneumonia congênita?
Piora do padrão respiratório, sintomas inespecíficos, leucocitose ou leucopenia.
561
O que caracteriza a HPPRN?
Persistência da circulação fetal ➝ shunt D→E ➝ hipóxia refratária.
562
Quais as causas mais comuns de HPPRN?
SAM, SDR, pneumonia, TTRN, hérnia diafragmática, asfixia.
563
Qual o tratamento da HPPRN?
Ventilação, oxigênio, óxido nítrico (IOT), milrinona.
564
Quando é necessário usar óxido nítrico inalatório?
Casos graves com IOT e HP refratária.
565
Quais são os 5 critérios avaliados no BSA?
Movimento toracoabdominal, retração intercostal, retração xifoide, batimento de asa nasal, gemência.
566
Qual a pontuação máxima no BSA?
10 (quanto maior, maior desconforto respiratório).
567
O que é uma crise epiléptica?
Descarga neuronal anormal e excessiva, causando sintomas transitórios (motores, sensitivos, autonômicos ou psíquicos).
568
O que é uma convulsão?
Manifestação motora visível de uma crise epiléptica (ex: tônico-clônica).
569
O que define epilepsia segundo a ILAE (2014)?
≥2 crises não provocadas com intervalo ≥24h; OU 1 crise com risco ≥60% de recorrência; OU diagnóstico de síndrome epiléptica específica.
570
Como são as crises focais simples?
Sem perda de consciência, com manifestações localizadas.
571
Como são as crises focais complexas?
Com alteração da consciência e automatismos.
572
Quais tipos de crises entram nas generalizadas?
Tônico-clônicas, mioclônicas, atônicas, de ausência, entre outras.
573
Quando uma crise é considerada 'desconhecida'?
Quando não há dados suficientes para classificação.
574
Quais exames laboratoriais iniciais solicitar em crise epilética?
Glicemia, Na+, Ca2+, Mg2+, ureia, creatinina, hemograma, gasometria, tóxicos (se indicado), LCR (se meníngeos).
575
Quando pedir imagem em crise epiléptica?
Sinais focais, TCE, crise prolongada, <18 meses com crise focal.
576
Definição de crise febril?
Crise epiléptica + febre em criança de 6 meses a 6 anos, sem sinais de infecção do SNC ou crise afebril prévia.
577
Diferença entre crise febril simples e complexa?
Simples: generalizada, <15min, único episódio, sem alterações neurológicas. Complexa: focal, >15min, recorrente, doença neurológica prévia.
578
Qual a conduta para crise febril simples?
Não precisa de EEG, neuroimagem ou internação.
579
Quando considerar punção lombar em crise febril?
Se <18 meses ou sinais meníngeos.
580
Qual exame é obrigatório na crise pós-TCE?
TC de crânio.
581
Quando iniciar anticonvulsivante em TCE?
Se houver sangramento, contusão ou lesão estrutural.
582
Causas comuns de descompensação de epilepsia?
Adesão ruim, dose inadequada, febre, vômitos, diarreia, estresse, privação de sono.
583
Conduta na emergência para epiléptico em crise?
ABC, benzodiazepínico, dosagem de FAE, ajuste de medicação, internação se necessário.
584
Quando internar uma criança com 1ª crise afebril?
Crise prolongada, recorrente, suspeita de intoxicação, TCE, alterações pós-ictais, neonato/lactente alterado.
585
Quando iniciar medicação profilática na crise convulsiva?
Crise prolongada, crise não isolada, diagnóstico de epilepsia, doença neurológica prévia.
586
quais são os medicamentos usados para crise epilética focal?
Oxcarbazepina ou carbamazepina (20-40mg/kg/dia) Fenitoína (4-7mg/kg/dia) Fenobarbital (3-6mg/kg/dia) Ácido valproico (30-60mg/kg/dia)
587
588
quais são os medicamentos usados para crise epilética em neonatos?
Fenobarbital (3-6mg/kg/dia) Oxcarba pode ser usada em lactentes com crise focal
588
quais são os medicamentos usados para crise epilética de ausência e mioclônica?
Ácido valproico (30-60mg/kg/dia)
589
Qual a 1ª medicação usada nas crises convulsivas?
Benzodiazepínicos (diazepam, midazolam).
590
Qual a dose de diazepam IV para crise convulsiva?
0,3 mg/kg (máx. 10 mg).
591
Quais são as opções de via para adm diazepam e midazolam em crise convulsiva se não houver acesso venoso?
Diazepam retal 0,5 mg/kg; midazolam oral/nasal/IM 0,2–0,5 mg/kg.
592
Definição de estado de mal epiléptico?
Crise ≥30min OU ≥2 crises sem recuperação da consciência.
593
Qual o tempo mínimo de crise para risco de EME?
≥5 minutos.
594
O que define EME refratário e super-refratário?
Refratário: >2h. Super-refratário: >24h.
595
Primeiros passos na abordagem de EME?
Local seguro, aspiração, VAS, O2, acesso venoso, HGT, eletrólitos, exames, tempo da crise.
596
Exames laboratoriais iniciais no EME?
HGT, eletrólitos, gasometria, função hepática/renal, LCR, TC, tóxicos.
597
Qual a sequência terapêutica no EME?
1ª linha: diazepam/midazolam → 2ª linha: fenitoína/fenobarbital/valproato → 3ª linha: midazolam contínuo, tiopental, propofol, etc.
598
Dose de fenitoína EV?
15–20 mg/kg, máx. 50 mg/min.
599
Dose de fenobarbital EV?
20 mg/kg, máx. 100 mg/min.
600
Dose de valproato EV?
20–40 mg/kg em 10 minutos.
601
Dose de midazolam contínuo?
Ataque: 0,1–0,3 mg/kg → manutenção: 0,05–0,4 mg/kg/h.
602
Dose de propofol no EME?
2 mg/kg + manutenção de 5–10 mg/kg/h.
603
Dose de quetamina no EME?
1,5 mg/kg + manutenção 0,01–0,05 mg/kg/h.
604
Alternativas para EME refratário?
Levetiracetam, lacosamida, dieta cetogênica, imunoterapia, esteroides, hipotermia.
605
qual são as drogas de primeira linha na EME PRECOCE/IMINENTE? QUAL TEMPO DEVE SER ADM?
ATÉ 5MIN DIAZEPAM MIDAZOLAM
606
qual são as drogas de segunda linha na EME estabelecido? QUAL TEMPO DEVE SER ADM?
30min FENITOÍNA FENOBARBITAL VALPROATO
607