GO Flashcards

(90 cards)

1
Q

Qual é a diferença entre amenorreia primária e secundária?

A

Amenorreia primária: ausência de menarca até os 15 anos (com caracteres sexuais) ou até os 13 anos (sem caracteres).
Amenorreia secundária: ausência de menstruação por >3 meses (ciclos regulares) ou >6 meses (ciclos irregulares) em mulheres que já menstruaram.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais estruturas derivam dos ductos de Müller e de Wolff no desenvolvimento embrionário feminino?

A

Ductos de Müller: trompas, útero, terço superior da vagina.
Ductos de Wolff: regridem, podendo formar cisto de Gartner.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são os compartimentos fisiológicos envolvidos na menstruação e suas funções?

A

Hipotálamo: produz GnRH.
Hipófise: secreta FSH e LH.
Ovários: produzem estrogênio e progesterona.
Útero e vagina: permitem resposta hormonal e fluxo menstrual.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como é feito o diagnóstico e manejo da síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser?

A

Paciente 46,XX com ovários funcionantes, sem útero e vagina superior.
Exames: USG, cariótipo, avaliação urinária.
Conduta: neovagina se necessário, suporte psicológico, não requer TRH.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Quais exames são indicados na investigação de amenorreia primária?

A

Exame físico (hímen), dosagem de FSH/LH, USG pélvico abdominal, cariótipo e RMN de crânio (hipotálamo/hipófise).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Menina de 13 anos sem mamas ou pelos pubianos, genitália infantil. Diagnóstico e conduta?

A

Hipogonadismo hipogonadotrófico (ex: síndrome de Kallman).
Exames: FSH/LH baixos, RMN, anosmia.
Conduta: TRH com estrogênio + progesterona (se útero presente).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Adolescente de 15 anos, dor pélvica cíclica, mamas normais, sem menarca, abaulamento em hímen. Diagnóstico?

A

Hímen imperfurado com criptomenorreia.
Diagnóstico clínico. Conduta: himenotomia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Adolescente de 16 anos com mamas, sem menstruação, sem útero/vagina no USG, cariótipo 46,XX. Diagnóstico?

A

Síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser.
Conduta: avaliação urinária, neovagina, orientação sobre fertilidade.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Menina de 15 anos, baixa estatura, sem mamas, genitália infantil, cariótipo 45,X0. Diagnóstico?

A

Síndrome de Turner.
Exames: FSH/LH elevados, útero pequeno.
Conduta: TRH e avaliação sistêmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Paciente de 14 anos, sem menarca, útero hipoplásico, FSH alto, sem mamas. Diagnóstico?

A

Insuficiência ovariana primária.
Exames: cariótipo.
Conduta: TRH com estrogênio + progesterona.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que caracteriza amenorreia secundária e quais são suas causas mais comuns?

A

Amenorreia secundária é a ausência de menstruação por ≥3 meses (em ciclos regulares) ou ≥6 meses (em ciclos irregulares).
Causas: 40% ovárias (SOP, falência ovariana), 35% hipotalâmicas (estresse, desnutrição), 19% hipofisárias (hiperprolactinemia) e 5% uterinas (síndrome de Asherman).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual o primeiro passo na avaliação de uma paciente com amenorreia secundária?

A

Anamnese e exame físico, com exclusão de gravidez por meio da dosagem de β-hCG. A presença de sangramento não exclui gestação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como a obesidade pode contribuir para a amenorreia secundária?

A

Obesidade está associada à anovulação por excesso de estrogênio periférico, resistência insulínica e síndrome dos ovários policísticos (SOP).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais exames laboratoriais iniciais devem ser solicitados após excluir gravidez?

A

Prolactina (PRL), FSH e TSH. Avaliam respectivamente: hiperprolactinemia, falência ovariana e disfunções tireoidianas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual a utilidade do teste de progesterona na investigação de amenorreia secundária?

A

Avalia anovulação. Se houver sangramento após 10 dias de medroxiprogesterona, o teste é positivo, indicando que há estrogênio endógeno, mas ausência de ovulação (SOP, estresse, perda de peso).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

O que indica um teste de estrogênio + progesterona positivo e negativo?

A

Positivo: endométrio funcional e cavidade uterina íntegra, mas há deficiência hormonal.
Negativo: provável causa uterina (ex: sinéquias).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Como a síndrome de Asherman pode causar amenorreia?

A

Por aderências intrauterinas adquiridas, geralmente após curetagem, que impedem a resposta endometrial ao estrogênio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais medicamentos podem causar amenorreia por aumento da prolactina?

A

Antipsicóticos, metoclopramida, antidepressivos tricíclicos, opióides, ranitidina, entre outros.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais são as manifestações clínicas da falência ovariana prematura e como investigá-la?

A

Fogachos, secura vaginal, hipoestrogenismo em jovens. FSH alto e cariótipo devem ser solicitados em pacientes <30 anos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Explique como o estresse e o exercício físico extenuante causam amenorreia.

A

Ambos aumentam cortisol e catecolaminas, bloqueando o pulso de GnRH e levando à inibição do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Quais são os sinais clínicos da hiperprolactinemia e como confirmar o diagnóstico?

A

Amenorreia + galactorreia. Confirmar com dosagem de PRL e imagem de sela túrcica (RNM/TC) se níveis elevados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais causas uterinas levam à amenorreia e como tratá-las?

A

Síndrome de Asherman, infecções ou cirurgias uterinas. Tratamento: histeroscopia com lise de aderências.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Como o manejo da amenorreia varia conforme o desejo reprodutivo da paciente?

A

Com desejo de gestação: indução da ovulação. Sem desejo: ACOs para regulação do ciclo. Sempre considerar mudanças no estilo de vida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Paciente de 28 anos, sem menstruação há 4 meses. Tem acne, hirsutismo e IMC de 33. β-hCG negativo. Qual hipótese e conduta inicial?

A

Síndrome dos ovários policísticos (SOP). Solicitar FSH, LH, PRL, TSH, testosterona. Conduta: ACO se não desejar gestar; metformina se resistência à insulina; orientação sobre perda de peso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Mulher de 23 anos, triatleta, IMC 17, sem menstruação há 7 meses. Sem sinais androgênicos. Qual a provável causa?
Amenorreia hipotalâmica funcional devido a estresse físico. Conduta: reeducação alimentar, redução da atividade física e possível TRH.
26
Paciente de 35 anos, sem menstruar há 1 ano após curetagem. β-hCG negativo. Teste de estrogênio + progesterona foi negativo. Qual hipótese?
Síndrome de Asherman (aderências intrauterinas). Conduta: histeroscopia diagnóstica e tratamento cirúrgico.
27
Paciente de 40 anos com amenorreia há 6 meses, galactorreia e PRL de 200. Qual o próximo passo?
Solicitar RNM de sela túrcica para avaliar prolactinoma. Tratamento inicial: cabergolina.
28
Mulher de 45 anos com fogachos, insônia e libido reduzida. FSH muito elevado. Diagnóstico e conduta?
Falência ovariana. Conduta: TRH com estrogênio + progesterona (se útero presente) para alívio dos sintomas e proteção óssea.
29
Paciente com uso prolongado de anticoncepcional de baixa dose. Após suspensão, sem menstruação por 6 meses. β-hCG negativo. FSH normal, PRL e TSH normais. Teste de progesterona foi positivo. Diagnóstico?
Anovulação funcional pós-contraceptivo. Manejo expectante ou ACO se não desejar gestação.
30
Paciente de 25 anos com amenorreia, antecedente de sepse puerperal com hipotensão. Relata queda de pelos, fadiga e galactorreia. Qual hipótese e investigação?
Síndrome de Sheehan. Avaliar hormônios hipofisários (ACTH, TSH, FSH, LH, PRL) e solicitar imagem da hipófise.
31
O que caracteriza amenorreia secundária e quais são suas causas mais comuns?
- Ausência de menstruação por ≥3 meses (ciclos regulares) ou ≥6 meses (ciclos irregulares). - Causas mais comuns: • 40% alterações ovarianas (ex: SOP, falência ovariana) • 35% disfunções hipotalâmicas (ex: estresse, desnutrição) • 19% causas hipofisárias (ex: hiperprolactinemia) • 5% causas uterinas (ex: sinéquias, síndrome de Asherman)
32
Qual o primeiro passo na avaliação de uma paciente com amenorreia secundária?
- Anamnese detalhada e exame físico. - Excluir gestação com β-hCG, pois é a causa mais comum. - Lembrar: sangramento não exclui gravidez.
33
Como a obesidade pode contribuir para a amenorreia secundária?
- Relacionada à anovulação crônica por: • Hiperinsulinemia e resistência à insulina • Excesso de conversão periférica de andrógenos em estrogênio • Maior incidência de SOP
34
Quais exames laboratoriais iniciais devem ser solicitados após excluir gravidez?
- Prolactina (PRL): descarta hiperprolactinemia - FSH: avalia falência ovariana - TSH: avalia disfunções da tireoide
35
Qual a utilidade do teste de progesterona na investigação de amenorreia secundária?
- Diagnostica anovulação. - Administração de 10 mg de medroxiprogesterona por 10 dias: • Menstruação após o uso → Teste positivo: anovulação (ex: SOP) • Ausência de sangramento → investigar outras causas
36
O que indica um teste de estrogênio + progesterona positivo e negativo?
- Positivo: endométrio funcional, mas ausência hormonal (ex: falência ovariana) - Negativo: causa uterina (ex: aderência intrauterina, síndrome de Asherman)
37
Como a síndrome de Asherman pode causar amenorreia?
- Presença de sinéquias intrauterinas após curetagem ou infecção - Impede proliferação do endométrio mesmo com estímulo hormonal - Diagnóstico por histeroscopia
38
Quais medicamentos podem causar amenorreia por aumento da prolactina?
- Metoclopramida - Antipsicóticos (haloperidol, risperidona) - Antidepressivos tricíclicos - Opioides - Ranitidina
39
Quais são as manifestações clínicas da falência ovariana prematura e como investigá-la?
- Sintomas: fogachos, secura vaginal, insônia, infertilidade - FSH elevado → hipoestrogenismo - Pacientes <30 anos: solicitar cariótipo
40
Explique como o estresse e o exercício físico extenuante causam amenorreia.
- Ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal - Aumento de cortisol e catecolaminas - Inibição da liberação pulsátil de GnRH - Resultado: bloqueio do eixo gonadal
41
Quais são os sinais clínicos da hiperprolactinemia e como confirmar o diagnóstico?
- Amenorreia + galactorreia - Confirmar com dosagem de prolactina - Se PRL muito elevada: solicitar RNM de sela túrcica
42
Quais causas uterinas levam à amenorreia e como tratá-las?
- Causa principal: síndrome de Asherman - Tratamento: histeroscopia com lise de aderências
43
Como o manejo da amenorreia varia conforme o desejo reprodutivo da paciente?
- Com desejo de gestação: indução da ovulação - Sem desejo reprodutivo: uso de ACO para simular o ciclo - Sempre orientar sobre hábitos de vida: dieta, peso, exercício
44
Paciente de 28 anos, sem menstruação há 4 meses. Acne, hirsutismo, IMC 33. β-hCG negativo. Hipótese e conduta?
- Hipótese: Síndrome dos ovários policísticos (SOP) - Exames: FSH, LH, PRL, TSH, testosterona - Conduta: ACO se não deseja gestar; metformina se resistência à insulina; mudança de estilo de vida
45
Mulher de 23 anos, triatleta, IMC 17, sem menstruação há 7 meses. Sem hirsutismo. Qual a causa provável?
- Amenorreia hipotalâmica funcional - Causa: estresse físico e baixo IMC - Conduta: orientação nutricional, reduzir exercício, TRH se necessário
46
Paciente de 35 anos, sem menstruação há 1 ano após curetagem. β-hCG negativo. Teste estrogênio + progesterona negativo.
- Hipótese: síndrome de Asherman - Diagnóstico: histeroscopia - Conduta: lise cirúrgica de sinéquias
47
Paciente de 40 anos com amenorreia há 6 meses, galactorreia, PRL de 200. Conduta?
- Hipótese: prolactinoma - Exame: RNM de sela túrcica - Tratamento: cabergolina (agonista dopaminérgico)
48
Mulher de 45 anos, fogachos, insônia, libido reduzida. FSH muito elevado. Diagnóstico e tratamento?
- Diagnóstico: falência ovariana (climatério) - Conduta: TRH com estrogênio + progesterona (se útero presente)
49
Paciente usava ACO de baixa dose. Após parar, sem menstruação por 6 meses. FSH normal, PRL e TSH normais. Progesterona positiva.
- Diagnóstico: anovulação funcional pós-contraceptivo - Conduta: ACO se não deseja gestação, ou manejo expectante
50
Paciente 25 anos com amenorreia. História de sepse puerperal e hipotensão. Fadiga, galactorreia, queda de pelos. Hipótese?
- Hipótese: síndrome de Sheehan (necrose hipofisária pós-parto) - Exames: hormônios hipofisários (ACTH, TSH, FSH, LH, PRL), RNM de hipófise
51
Sobre os fatores de risco para prolapso de órgãos pélvicos (POP), é correto afirmar: A) O parto cesáreo é fator protetor absoluto contra prolapsos e incontinência urinária. B) O tabagismo reduz a chance de prolapso por promover maior tônus muscular. C) Parto vaginal, idade avançada e obesidade são fatores de risco importantes. D) A prática de atividade física intensa é fator protetor contra o POP.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O documento afirma que a etiologia do POP é multifatorial, e aponta idade, parto vaginal, obesidade, número de gestações e deficiências do colágeno como fatores de risco. Parto cesáreo não é fator de proteção, já que o peso fetal afeta estruturas pélvicas mesmo sem passagem pelo canal vaginal. A prática de atividades físicas intensas, como crossfit e musculação exagerada, é fator de risco devido ao aumento crônico da pressão intra-abdominal. O tabagismo compromete a síntese de colágeno, prejudicando a integridade do tecido de suporte .
52
Em relação ao sistema POP-Q, o ponto Aa: A) Está localizado na parede posterior, 3 cm acima do hímen. B) Representa o ponto de maior prolapso da parede posterior. C) Localiza-se na parede anterior, a 3 cm do hímen, podendo variar de -3 a +3 cm. D) É medido apenas em pacientes histerectomizadas.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O ponto Aa representa um marco fixo da parede anterior, localizado 3 cm proximal ao hímen (dentro da vagina), na junção uretrovesical. Ele varia de -3 (normal) até +3 (prolapso total anterior). É um ponto usado em todas as pacientes, independentemente da presença do útero, portanto a alternativa D está incorreta
53
O tratamento conservador para POP está indicado, principalmente: A) Em todas as pacientes com prolapso, independentemente dos sintomas. B) Em pacientes assintomáticas com prolapso grau IV. C) Para pacientes com comorbidades que contraindicam cirurgia ou com desejo de evitar intervenção cirúrgica. D) Apenas em pacientes com idade avançada e vida sexual ativa.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O tratamento conservador, como o uso de pessários, fisioterapia do assoalho pélvico e controle de fatores de risco, é indicado principalmente em pacientes sintomáticas que não podem ou não querem ser operadas, como mulheres com comorbidades ou muito idosas. O tratamento cirúrgico é reservado para casos sintomáticos com repercussões e quando outras medidas falharam 【ACOG Practice Bulletin No. 218】.
54
Qual dos seguintes achados no POP-Q indica prolapso uterino total? A) C ≥ +1 e D ≥ +1 com Ba -3 B) C = -7 e Ba = +2 C) Aa = -3, Ap = -3, C = 0 D) C = +3, Ba = +3, Bp = +3
✔ Resposta correta: D Justificativa: O prolapso uterino total ocorre quando o ponto C (colo do útero) encontra-se positivo, fora do hímen, geralmente ≥ +3, e há prolapso concomitante da parede anterior (Ba) e posterior (Bp). O documento mostra como exemplo um caso semelhante: “Aa +3, Ba +3, Ap +3, Bp +3, C +3, D +3”, indicando prolapso total .
55
Em relação à sintomatologia do prolapso de parede posterior, é comum encontrar: A) Dispareunia, flacidez e sangramento por atrito B) Constipação, necessidade de manobra digital para evacuar e tenesmo C) Obstrução urinária e dor suprapúbica D) Secreção vaginal aquosa e prurido
✔ Resposta correta: B Justificativa: O prolapso da parede posterior frequentemente leva a sintomas anorretais: constipação, esforço evacuatório, sensação de “bola” retal, manobra digital para evacuação e tenesmo retal. Disfunções miccionais são mais comuns em prolapso de parede anterior .
56
Sobre as complicações do uso de pessário vaginal, assinale a alternativa correta: A) O uso é contraindicado em pacientes idosas com prolapso grau IV. B) Exige internação hospitalar para colocação. C) Pode causar sangramento, dor e vaginose se não houver cuidados adequados. D) Deve ser usado apenas por pacientes com prolapso de parede anterior.
✔ Resposta correta: C Justificativa: Embora seja seguro e eficaz, o pessário pode causar sangramento vaginal, desconforto e vaginose, especialmente se a paciente não realizar a higiene adequadamente. O uso é indicado inclusive para pacientes muito idosas ou com contraindicação cirúrgica 【UpToDate, “Pessary use for pelvic organ prolapse”】.
57
Em relação ao uso de estrogênio tópico no POP, é incorreto afirmar: A) Ajuda a prevenir erosões e complicações pós-operatórias. B) Melhora sintomas de vaginite atrófica. C) Resolve o prolapso em mulheres com estadiamento grau III. D) Pode facilitar manobras clínicas e cirúrgicas.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O estrogênio local não reverte o prolapso, mas pode melhorar a integridade da mucosa vaginal, reduzir risco de erosão e melhorar a resposta tecidual à cirurgia. Tem uso coadjuvante, principalmente em mulheres pós-menopausa 【Berek & Novak's Gynecology】.
58
O ponto C do sistema POP-Q representa: A) O ponto de maior prolapso da parede vaginal anterior. B) A medida do fundo de saco posterior em histerectomizadas. C) O ponto mais proeminente do colo uterino ou cúpula vaginal (pós-histerectomia). D) A profundidade vaginal total.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O ponto C representa o colo uterino, ou, se a paciente é histerectomizada, a cúpula vaginal. Valores positivos (fora do hímen) indicam prolapso. Isso é fundamental para o diagnóstico de prolapso uterino total .
59
Qual dos seguintes fatores aumenta o risco de recidiva pós-cirúrgica do POP? A) Uso de estrogênio tópico antes da cirurgia. B) Tratamento do assoalho pélvico no pós-operatório. C) Ausência de reabilitação do assoalho pélvico no pós-operatório. D) Realização de colpocleise em pacientes com vida sexual ativa.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O documento reforça que a reabilitação do assoalho pélvico reduz a recidiva, melhora as funções urinárias e intestinais e favorece a sustentação dos órgãos. Sua ausência pode comprometer os resultados cirúrgicos a médio prazo .
60
Sobre os estágios do POP segundo o sistema POP-Q, o estágio II corresponde a: A) Ponto mais distal mais que 1 cm acima do hímen B) Prolapso com eversão total além de 2 cm C) Prolapso até o hímen ou até 1 cm além D) Prolapso limitado à parede posterior
✔ Resposta correta: C Justificativa: O estágio II do sistema POP-Q é definido como descida do ponto mais distal até o hímen ou até 1 cm abaixo dele. O sistema utiliza pontos específicos com relação ao plano himenal como referência anatômica objetiva para classificação .
61
Em relação aos pontos estáticos do sistema POP-Q, assinale a alternativa correta: A) Gh representa o comprimento total da vagina. B) Pb mede a distância entre o meato uretral e o ânus. C) Tvl representa o comprimento total da vagina com prolapso reduzido. D) D desaparece em pacientes não histerectomizadas.
✔ Resposta correta: C Justificativa: O Tvl (total vaginal length) representa o comprimento total da vagina medido com o prolapso reduzido, geralmente entre o hímen e o fundo de saco posterior ou cúpula. O ponto D desaparece em pacientes histerectomizadas, e o Gh mede o hiato genital (uretra até hímen), não o comprimento vaginal .
62
O uso de fisioterapia do assoalho pélvico no POP é indicado principalmente para: A) Pacientes com prolapso grau IV e ulceração. B) Pacientes assintomáticas que desejam prevenir cirurgias. C) Pacientes que se recusam a usar estrogênio vaginal. D) Pacientes com prolapso leve ou moderado, para fortalecimento muscular e redução do hiato genital.
✔ Resposta correta: D Justificativa: A fisioterapia pélvica é indicada especialmente para casos leves a moderados, atuando no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, com objetivo de reduzir o hiato genital e melhorar o suporte anatômico. Casos muito avançados geralmente requerem cirurgia 【UpToDate】.
63
Em relação ao POP-Q, qual das seguintes combinações indica um prolapso de parede anterior isolado? A) C = +3, D = +2, Aa = -3 B) Aa = +3, Ba = +3, Ap = -3, Bp = -3, C = -6 C) Ap = +3, Bp = +3, Aa = -3, Ba = -3 D) C = 0, Ba = -2, Ap = +2, D = +2
✔ Resposta correta: B Justificativa: A presença de Aa e Ba positivos indica prolapso da parede anterior (cistocele), enquanto Ap e Bp negativos indicam parede posterior sem prolapso. O ponto C negativo indica ausência de prolapso uterino .
64
Sobre os efeitos colaterais das malhas sintéticas (telas) utilizadas em cirurgias para POP, assinale a alternativa correta: A) A erosão visceral é comum, ocorrendo em até 10% dos casos. B) A dispareunia é rara, afetando menos de 1% das pacientes. C) A taxa de exposição ou extrusão da tela pode chegar a 10%. D) O uso de tela elimina completamente o risco de recorrência.
✔ Resposta correta: C Justificativa: As malhas podem causar complicações como extrusão/exposição (até 10%), erosão visceral (0,5–1%) e dispareunia (em até 67%). Além disso, não há eliminação completa do risco de recorrência (recidiva pode ocorrer mesmo com tela) .
65
Uma paciente histerectomizada apresenta Aa = +2, Ba = +2, Ap = +3, Bp = +3, C = +1. Qual o estadiamento do prolapso segundo o sistema POP-Q? A) Estágio I B) Estágio II C) Estágio III D) Estágio IV
✔ Resposta correta: C Justificativa: Estágio III corresponde a prolapso cujo ponto mais distal está mais de 1 cm abaixo do hímen, mas sem eversão total (> 2 cm). Como os pontos Aa, Ba, Ap e Bp estão ≥ +2 e C = +1, configura-se um estágio III .
66
Paciente de 78 anos, histerectomizada, relata exteriorização de “massa” vaginal, necessidade de empurrar manualmente para urinar e sensação de evacuação incompleta. Qual a hipótese diagnóstica e conduta mais adequada?
Resposta sugerida: Hipótese diagnóstica: Prolapso de cúpula vaginal com envolvimento de parede anterior e posterior (cistocele + retocele). Conduta: Avaliação completa com POP-Q. Considerar uso de pessário vaginal ou cirurgia (colpocleise) se função sexual não for relevante.
67
Mulher de 50 anos, obesa, com 4 partos vaginais, apresenta sensação de pressão vaginal, dor lombar e perda urinária ao usar o pessário. Qual investigação complementar é importante e por quê?
Deve-se investigar incontinência urinária oculta, pois o pessário pode corrigir a obstrução causada pelo prolapso, revelando uma IUE subclínica. Pode ser feito teste com pessário e urodinâmica simulando correção do prolapso.
68
Paciente de 60 anos, com constipação crônica e esforço evacuatório, relata necessidade de pressão digital perineal para evacuar. Ao exame, não há prolapso uterino. Qual o provável diagnóstico?
Prolapso de parede posterior (retocele). Sintomas de bloqueio evacuatório, tenesmo e manobra digital são típicos de prolapso posterior. O tratamento pode incluir fisioterapia pélvica e correção da constipação, ou cirurgia em casos avançados.
69
Paciente de 68 anos deseja realizar cirurgia para POP, mas tem vida sexual ativa e múltiplas comorbidades. Qual tipo de cirurgia deve ser evitado, e qual alternativa considerar?
Evitar cirurgia obliterativa (colpocleise), pois compromete a função sexual. Considerar técnicas de suspensão com ou sem tela, com avaliação individual do risco cirúrgico e possibilidade de tratamento combinado com fisioterapia.
70
Paciente jovem com prolapso grau II de parede anterior deseja evitar cirurgia. Que medidas conservadoras são recomendadas?
Recomendar fisioterapia do assoalho pélvico, controle do peso, evitar exercícios que aumentem pressão intra-abdominal e tratar constipação ou tosse crônica. O uso de estrogênio tópico pode ser considerado, especialmente em casos pós-menopausa.
71
Sobre os fatores de risco para incontinência urinária (IU), assinale a alternativa INCORRETA: A) A menopausa contribui para a IU devido à atrofia urogenital. B) O parto cesáreo protege contra a incontinência urinária. C) A obesidade é um fator de risco por aumentar a pressão intra-abdominal. D) Cirurgias urogenitais prévias podem causar IU devido a fístulas. E) A gestação, independentemente da via de parto, é fator de risco para IU.
👉 Gabarito: B Justificativa: O material destaca que cesárea isolada não é fator protetor, pois a gestação por si só, com o aumento de peso e pressão sobre o assoalho pélvico, já é suficiente para provocar danos musculares .
72
Na avaliação inicial de uma paciente com queixa de incontinência urinária, o primeiro exame a ser solicitado deve ser: A) Ultrassonografia transvaginal B) Estudo urodinâmico C) Uretrocistoscopia D) EAS e urocultura E) Perfil pressórico uretral
👉 Gabarito: D Justificativa: O arquivo recomenda sempre iniciar a investigação com EAS e urocultura, a fim de excluir infecção urinária como causa de IU .
73
Qual dos seguintes achados clínicos mais sugere a presença de uma fístula urogenital? A) Urgência miccional associada a noctúria B) Perda de urina durante esforço físico C) Perda contínua de urina após cirurgia uroginecológica D) Gotejamento constante sem urgência E) Polaciúria com disúria
👉 Gabarito: C Justificativa: O texto é claro ao descrever que a fístula pode se manifestar como perda contínua de urina logo após cirurgia uroginecológica, especialmente se houver extravasamento de urina para a vagina .
74
Assinale a alternativa correta sobre a fisiologia da micção: A) O sistema parassimpático inibe a contração da bexiga durante o esvaziamento. B) O sistema simpático atua durante o enchimento vesical promovendo relaxamento do detrusor. C) O controle voluntário da micção é exclusivamente medular. D) A contração dos esfíncteres ocorre na fase de esvaziamento. E) O detrusor permanece contraído durante a fase de enchimento.
👉 Gabarito: B Justificativa: Durante o enchimento vesical, há inibição parassimpática e estímulo simpático, promovendo relaxamento do detrusor e contração dos esfíncteres .
75
Sobre o tratamento cirúrgico da Incontinência Urinária de Esforço (IUE), assinale a correta: A) A cirurgia de Burch é preferida por ter menor taxa de complicações. B) O sling transobturatório é a técnica de escolha por menor morbidade. C) A colpoperineoplastia é indicada exclusivamente para tratamento de IU. D) O tratamento cirúrgico é a primeira linha mesmo antes da fisioterapia pélvica. E) Os slings retropúbicos são mais seguros que os transobturatórios.
👉 Gabarito: B Justificativa: O texto afirma que slings de uretra média por via transobturatória são a técnica de escolha, por apresentarem menor morbidade e alta eficácia .
76
Explique os mecanismos fisiológicos envolvidos nas fases de enchimento e esvaziamento vesical e a participação do sistema nervoso autônomo.
Justificativa: Segundo o texto, na fase de enchimento, o simpático promove relaxamento do detrusor e contração dos esfíncteres. Na fase de esvaziamento, o parassimpático promove contração do detrusor e relaxamento dos esfíncteres, controlado pelo SNC
77
Diferencie os principais tipos de incontinência urinária (esforço, urgência, mista, transbordamento, funcional e por fístula) quanto à fisiopatologia e apresentação clínica.
Justificativa: Esforço: perda sincrônica ao aumento da pressão abdominal; hipermobilidade do colo vesical. Urgência: perda associada à contração involuntária do detrusor. Mista: sintomas combinados de esforço e urgência. Transbordamento: bexiga cheia sem contração efetiva. Funcional: fatores externos (demência, fármacos, imobilidade). Fístula: perda contínua após cirurgia, urina pela vagina .
78
Quais são as indicações clínicas para a realização do estudo urodinâmico em pacientes com incontinência urinária?
Justificativa: Indicado quando há inconsistência entre clínica e exame físico, falha terapêutica, planejamento cirúrgico, alterações no fluxo ou retenção urinária e presença de prolapso genital .
79
Descreva as principais estratégias conservadoras no manejo da incontinência urinária e a importância da reabilitação do assoalho pélvico.
Justificativa: Estratégias incluem perda de peso, reeducação vesical, fisioterapia pélvica e tratamento de constipação. A fisioterapia melhora o tônus muscular perineal e pode evitar intervenções cirúrgicas .
80
Discuta os principais efeitos adversos dos antimuscarínicos no tratamento da IU de urgência e as limitações de sua utilização.
Justificativa: Efeitos adversos como boca seca, constipação, visão embaçada, taquicardia e déficit cognitivo reduzem a adesão. Contraindicações incluem glaucoma de ângulo fechado, miastenia gravis, entre outros
81
Descreva a relação entre menopausa e incontinência urinária, destacando os mecanismos fisiopatológicos envolvidos.
Justificativa: A menopausa promove atrofia urogenital devido à privação estrogênica, que leva à redução da vascularização e elasticidade dos tecidos do assoalho pélvico, facilitando a perda urinária
82
Como a anatomia da pelve feminina contribui para uma maior incidência de incontinência urinária em comparação aos homens?
Justificativa: A pelve feminina possui maior abertura e uretra mais curta, o que aumenta a vulnerabilidade da base vesical e da uretra diante do aumento de pressão intra-abdominal .
83
Explique por que a perda de peso pode melhorar os sintomas de incontinência urinária em mulheres obesas
Justificativa: A obesidade aumenta a pressão intra-abdominal, que é transmitida à bexiga e colo vesical, favorecendo perdas urinárias. Reduzir o peso corporal diminui essa pressão, reduzindo episódios de perda .
84
Qual a importância do esclarecimento pré-operatório e do termo de consentimento informado em pacientes candidatas à cirurgia para IU?
Justificativa: O sucesso da cirurgia está relacionado à expectativa realista da paciente. A cirurgia pode melhorar ou piorar sintomas de urgência, por isso, deve-se esclarecer benefícios, riscos e possíveis complicações .
85
Cite as principais complicações transoperatórias associadas ao uso de sling no tratamento da incontinência urinária de esforço.
Justificativa: As complicações incluem: perfuração de bexiga, uretra, alças intestinais e vasos de grande calibre, além de extrusão de tela e risco de formação de fístula vesicovaginal .
86
Uma mulher de 67 anos, menopausada, com queixa de perda urinária contínua desde que foi submetida a histerectomia vaginal há 10 dias. Nega urgência urinária ou esforço associado. Ao exame, nota-se presença de urina na vagina. Qual é o diagnóstico mais provável? A) Incontinência urinária de esforço B) Incontinência urinária de urgência C) Incontinência urinária mista D) Fístula vesicovaginal E) Incontinência por transbordamento
👉 Gabarito: D Justificativa: Perda contínua de urina após cirurgia uroginecológica é típica de fístula vesicovaginal, uma complicação conhecida e não necessariamente iatrogênica .
87
Paciente de 55 anos, obesa, relata perda urinária involuntária ao tossir, rir ou levantar peso. Refere que os sintomas surgiram após o segundo parto vaginal. Nega urgência ou noctúria. Qual é o tipo de incontinência urinária mais provável? A) Urgência B) Mista C) Esforço D) Funcional E) Por transbordamento
👉 Gabarito: C Justificativa: A descrição de perda urinária relacionada ao aumento da pressão intra-abdominal sem sintomas de urgência é típica de IU de esforço, comum em multíparas .
88
Mulher de 48 anos, com antecedente de DM e DPOC, queixa-se de perdas urinárias diurnas e noturnas, associadas à sensação súbita e incontrolável de urgência. Já tentou reduzir líquidos e urinar com mais frequência, sem sucesso. Pergunta: Qual o provável tipo de IU e qual abordagem terapêutica inicial é recomendada?
Justificativa: A clínica é compatível com incontinência de urgência (ou bexiga hiperativa). O tratamento deve iniciar com mudanças comportamentais, seguidas de fisioterapia pélvica e, se necessário, antimuscarínicos como oxibutinina, respeitando contraindicações .
89
Paciente de 35 anos com queixa de gotejamento urinário constante após cesariana. Relata sensação de bexiga sempre cheia. Ao exame, bexiga palpável e resíduo pós-miccional elevado. Qual a principal hipótese diagnóstica? A) Incontinência urinária de esforço B) Incontinência por transbordamento C) Infecção urinária D) Incontinência funcional E) Fístula vesicouterina
👉 Gabarito: B Justificativa: Bexiga distendida e perda constante de urina sugerem transbordamento, provavelmente por retenção urinária pós-operatória e hipocontratilidade do detrusor
90
Paciente de 60 anos com múltiplos partos vaginais e história de IU mista. Já realizou fisioterapia pélvica e usa antimuscarínicos, mas ainda se queixa de perdas aos esforços. Está considerando cirurgia. Pergunta: Qual é a técnica cirúrgica de escolha e que informações devem ser fornecidas à paciente antes do procedimento?
Justificativa: O sling transobturatório é a técnica preferencial para IUE resistente ao tratamento conservador. A paciente deve ser informada sobre a possibilidade de piora da urgência, necessidade de assinatura do termo de consentimento e complicações possíveis .