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(90 cards)
Qual é a diferença entre amenorreia primária e secundária?
Amenorreia primária: ausência de menarca até os 15 anos (com caracteres sexuais) ou até os 13 anos (sem caracteres).
Amenorreia secundária: ausência de menstruação por >3 meses (ciclos regulares) ou >6 meses (ciclos irregulares) em mulheres que já menstruaram.
Quais estruturas derivam dos ductos de Müller e de Wolff no desenvolvimento embrionário feminino?
Ductos de Müller: trompas, útero, terço superior da vagina.
Ductos de Wolff: regridem, podendo formar cisto de Gartner.
Quais são os compartimentos fisiológicos envolvidos na menstruação e suas funções?
Hipotálamo: produz GnRH.
Hipófise: secreta FSH e LH.
Ovários: produzem estrogênio e progesterona.
Útero e vagina: permitem resposta hormonal e fluxo menstrual.
Como é feito o diagnóstico e manejo da síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser?
Paciente 46,XX com ovários funcionantes, sem útero e vagina superior.
Exames: USG, cariótipo, avaliação urinária.
Conduta: neovagina se necessário, suporte psicológico, não requer TRH.
Quais exames são indicados na investigação de amenorreia primária?
Exame físico (hímen), dosagem de FSH/LH, USG pélvico abdominal, cariótipo e RMN de crânio (hipotálamo/hipófise).
Menina de 13 anos sem mamas ou pelos pubianos, genitália infantil. Diagnóstico e conduta?
Hipogonadismo hipogonadotrófico (ex: síndrome de Kallman).
Exames: FSH/LH baixos, RMN, anosmia.
Conduta: TRH com estrogênio + progesterona (se útero presente).
Adolescente de 15 anos, dor pélvica cíclica, mamas normais, sem menarca, abaulamento em hímen. Diagnóstico?
Hímen imperfurado com criptomenorreia.
Diagnóstico clínico. Conduta: himenotomia.
Adolescente de 16 anos com mamas, sem menstruação, sem útero/vagina no USG, cariótipo 46,XX. Diagnóstico?
Síndrome de Rokitansky-Küster-Hauser.
Conduta: avaliação urinária, neovagina, orientação sobre fertilidade.
Menina de 15 anos, baixa estatura, sem mamas, genitália infantil, cariótipo 45,X0. Diagnóstico?
Síndrome de Turner.
Exames: FSH/LH elevados, útero pequeno.
Conduta: TRH e avaliação sistêmica.
Paciente de 14 anos, sem menarca, útero hipoplásico, FSH alto, sem mamas. Diagnóstico?
Insuficiência ovariana primária.
Exames: cariótipo.
Conduta: TRH com estrogênio + progesterona.
O que caracteriza amenorreia secundária e quais são suas causas mais comuns?
Amenorreia secundária é a ausência de menstruação por ≥3 meses (em ciclos regulares) ou ≥6 meses (em ciclos irregulares).
Causas: 40% ovárias (SOP, falência ovariana), 35% hipotalâmicas (estresse, desnutrição), 19% hipofisárias (hiperprolactinemia) e 5% uterinas (síndrome de Asherman).
Qual o primeiro passo na avaliação de uma paciente com amenorreia secundária?
Anamnese e exame físico, com exclusão de gravidez por meio da dosagem de β-hCG. A presença de sangramento não exclui gestação.
Como a obesidade pode contribuir para a amenorreia secundária?
Obesidade está associada à anovulação por excesso de estrogênio periférico, resistência insulínica e síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Quais exames laboratoriais iniciais devem ser solicitados após excluir gravidez?
Prolactina (PRL), FSH e TSH. Avaliam respectivamente: hiperprolactinemia, falência ovariana e disfunções tireoidianas.
Qual a utilidade do teste de progesterona na investigação de amenorreia secundária?
Avalia anovulação. Se houver sangramento após 10 dias de medroxiprogesterona, o teste é positivo, indicando que há estrogênio endógeno, mas ausência de ovulação (SOP, estresse, perda de peso).
O que indica um teste de estrogênio + progesterona positivo e negativo?
Positivo: endométrio funcional e cavidade uterina íntegra, mas há deficiência hormonal.
Negativo: provável causa uterina (ex: sinéquias).
Como a síndrome de Asherman pode causar amenorreia?
Por aderências intrauterinas adquiridas, geralmente após curetagem, que impedem a resposta endometrial ao estrogênio.
Quais medicamentos podem causar amenorreia por aumento da prolactina?
Antipsicóticos, metoclopramida, antidepressivos tricíclicos, opióides, ranitidina, entre outros.
Quais são as manifestações clínicas da falência ovariana prematura e como investigá-la?
Fogachos, secura vaginal, hipoestrogenismo em jovens. FSH alto e cariótipo devem ser solicitados em pacientes <30 anos.
Explique como o estresse e o exercício físico extenuante causam amenorreia.
Ambos aumentam cortisol e catecolaminas, bloqueando o pulso de GnRH e levando à inibição do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
Quais são os sinais clínicos da hiperprolactinemia e como confirmar o diagnóstico?
Amenorreia + galactorreia. Confirmar com dosagem de PRL e imagem de sela túrcica (RNM/TC) se níveis elevados.
Quais causas uterinas levam à amenorreia e como tratá-las?
Síndrome de Asherman, infecções ou cirurgias uterinas. Tratamento: histeroscopia com lise de aderências.
Como o manejo da amenorreia varia conforme o desejo reprodutivo da paciente?
Com desejo de gestação: indução da ovulação. Sem desejo: ACOs para regulação do ciclo. Sempre considerar mudanças no estilo de vida.
Paciente de 28 anos, sem menstruação há 4 meses. Tem acne, hirsutismo e IMC de 33. β-hCG negativo. Qual hipótese e conduta inicial?
Síndrome dos ovários policísticos (SOP). Solicitar FSH, LH, PRL, TSH, testosterona. Conduta: ACO se não desejar gestar; metformina se resistência à insulina; orientação sobre perda de peso.