Infecções das Vias Aéreas Inferiores Flashcards
(42 cards)
Definição de rinossinusite (resfriado comum)
- Infecção viral da mucosa nasal, seios paranasais e nasofaringe
- Ocorre cerca de 6-8 x/ano
A rinossinusite ocorre com frequência na criança, sendo uma das causas mais frequentes de consulta ao médico ou de absenteísmo escolar.
Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Defina rinossinusite aguda, recorrente e crônica
- Aguda: até 12 semanas de duração
- Recorrente: 6 ou mais episódios agudos ao ano, sem sintomas nas intercrises
- Crônica: mais de 12 semanas de duração
Etiologia da rinossinusite aguda (RSA)
- Rinovírus
* Outros: coronavírus, Influenza, Parainfluenza, VSR
Clínica da RSA
- Coriza, obstrução nasal, espirros, roncos
- Dor de garganta, hiperemia de mucosas
- Tosse noturna
- Febre
Classificação da RSA em viral, pós-viral e bacteriana
• RSAV: resfriado, gripe; os sintomas duram até 10 dias;
• RSAPV: piora após 5 dias ou persistência > 10 dias, duração < 12 semanas
• RSAB: secreção mucopurulenta nasal, febre, dor facial, piora clínica, duração < 12 semanas
- Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável, Moraxella catarrhalis, Streptococcus beta-hemolítico do grupo A e S. aureus
Diagnóstico diferencial da RSA
- Corpos estranhos nasais e atresia de coana unilateral: sintomas geralmente unilaterais, facilmente diferenciados por
meio da história clínica e do exame endoscópico nasal. - Rinite alérgica: em geral, não apresenta rinorreia purulenta ou febre.
- Adenoidite: pode ter quadro clínico muito semelhante, com secreção nasal ou posterior, purulenta, febre ou tosse, dificultando, muitas vezes, o diagnóstico correto.
A radiografia simples é recomendada para o diagnóstico da RSA em crianças. Verdadeiro ou falso?
Falso.
Diagnóstico da RSA
Para o diagnóstico da RSA na criança, a história e o exame clínico incluindo a endoscopia nasal são fundamentais e suficientes.
Aproximadamente 50% das crianças com RSA evoluem para cura espontânea. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro.
Tratamento da RSA
- Antipiréticos (dipirona, paracetamol e ibuprofeno em baixa doses)
- Desobstrução nasal (solução salina fisiológica)
- Mel (para maiores de 2 anos; alívio da tosse noturna)
- Obs: Influenza ou varicela + AAS = risco de síndrome de Reye (encefalopatia + disfunção hepática)
- Prevenção: lavar as mãos!
Complicações da RSA
Orbital, intracraniana e óssea.
A complicação mais frequente é a orbitária, com disseminação da infecção através de deiscências da lâmina papirácea ou através de veias avalvulares
Definição da otite média aguda
- É uma infecção com desenvolvimento rápido de sinais e sintomas de inflamação aguda na cavidade da orelha média.
- Definida como a presença de líquido (efusão) preenchendo a cavidade da orelha média sob pressão, com início abrupto dos sinais e sintomas causados pela inflamação dessa região
Fisiopatologia da OMA
Disfunção tubária 🠒 acúmulo de secreção 🠒 proliferação bacteriana
A ocorre mais frequentemente
como consequência de uma IVAS que causa inflamação/disfunção da TA, à pressão negativa da orelha média e ao movimento de secreções, contendo os vírus causadores da IVAS e as bactérias patogênicas, para a cavidade da orelha média.
Etiologia da OMA
Causada por vírus respiratórios e/ou infecção bacteriana no espaço da orelha média
- S. pneumoniae
- H. influenzae (não tipável)
- Moraxella catarrhalis
O padrão-ouro para determinar a etiologia bacteriana da
OMA é …
a cultura do fluido da orelha média por meio da timpanocentese, da drenagem através dos tubos de ventilação ou pela otorreia espontânea
Clínica da OMA
- Irritabilidade, choro, alterações de comportamento e do padrão do sono
- Febre, diminuição do apetite
- Otalgia
- Otorreia
Exame otoscópico característico da OMA
- MT: opaca, hiperemiada, abaulada (mais específico)
* Otorreia (também presente na otite externa)
Fatores de riscos para OMA
Fatores de risco relacionados ao hospedeiro:
• Ocorrência do primeiro episódio de OMA antes dos 6 meses;
• Crianças com fenda palatina, síndrome de
Down, malformações craniofaciais, imunodeficiência e discinesia ciliar primária
Fatores de risco ambientais: • IVAS • Inverno; • Creches e os berçários; • Tabagismo passivo.
Aleitamento materno é fator protetor!
A maioria das crianças (80%) apresenta evolução favorável durante um episódio de OMA, com resolução espontânea. Verdadeiro ou falso?
Verdadeiro
Tratamento da OMA
• Analgésico
• Avaliar ATBterapia
- 1ª opção: Amoxicilina (40-50 mg/kg/dia por 10 dias)
- 2ª opção: Amoxicilina-clavulanato: falha terapêutica; OMA + conjuntivite (“EYEmófilo”); uso recente de ATB
• Tubos de ventilação: podem estar indicados na OMA recorrente (3 episódios em 6 meses, ou 4 em 1 ano, com 1 dos episódios nos últimos 6 meses).
Indicação de ATB na OMA
< 6 meses: todos
6 meses - 2 anos: graves*; otorreia; bilaterais
≥ 2 anos: graves, otorreia
- Tax ≥ 39ºC; dor moderada-intensa; > 48h de doença
Complicações da OMA
- Otite média serosa ou de efusão: efusão sem inflamação; observar por 3 meses; após avaliar tubo de timpanostomia;
- Mastoidite aguda: inflamação do periósteo; sinais de inflamação retroauricular; deslocamento do pavilhão
Patogênese e fatores predisponentes para a sinusite bacteriana aguda (SBA)
- Obstrução dos óstios sinusais
• Causas funcionais: edema da infecção aérea superior; edema de rinite alérgica; trauma facial; natação ou mergulho; rinite medicamentosa; tabagismo passimo
• Causas mecânicas: atresia coanal; desvio do septo; corpo estranho; hipertrofia de adenoide; pólipos nasais - Espessamento de seceções nasais
- Disfunção mucociliar
• IVAS; fibrose cística; outas causas de imotilidade ciliar
Relembrando anatomia:
< de 5 anos: apenas etmoidal e maxilar