Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) Flashcards

(58 cards)

1
Q

O que são infecções sexualmente tranmissíveis (ISTs)?

A

ISTs são doenças transmitidas principalmente pelo contato sexual cuja etiologia são microrganismos

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2
Q

Quais aspectos são importantes para investigação de paciente com possível IST? (4)

A

Principalmente a busca por indícios de exposição sexual de risco: 1)Frequência de uso de preservativo 2) Presença de úlceras genitais 3) História de múltiplos parceiros 4) Idade de coitarca

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3
Q

Quais são fatores de risco biológicos inerentes às mulheres para ISTS? (3)

A

1) Maior superfície de contato de tecidos no ato sexual 2) Tecidos da vagina e reto são mais vulneráveis ao contágio que a pele que cobre o pênis 3) Possível sangramento pós-coito em mulheres, principalmente, naquelas que apresentam vulvovaginites ou cervicites

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4
Q

Que tipo de infecção é facilitada por outras DSTs em mulheres?

A

HIV

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5
Q

Qual é a lesão que mais facilita a infecção por HIV em mulheres?

A

Úlceras genitais

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6
Q

Como se dá a abordagem sindrômica das ISTs?

A

Essa abordagem baseia-se na sistematização dos sinais e sintomas encontrados, não necessitando exames confirmatórios para a execução do tratamento. Apresenta cura em 96,3% dos casos de úlceras genitais.

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7
Q

Qual a limitação da abordagem sindrômica das ISTs?

A

Para pacientes assintomáticos, o que ocorre especialmente nos casos de cervicite e corrimentos vaginais, não é um bom método, já que não é sensível

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8
Q

Em relação às cervicites, a maioria das pacientes é assintomática?

A

Sim, isso é uma limitação para a realização da abordagem sindrômica

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9
Q

Qual o papel da ectopia da JEC no risco de contrair ISTs? Por quê?

A

A ectopia da JEC aumenta o risco de contrair ISTs, porque o epitélio colunar exteriorizado é menos resistente às lesões por microrganismos que acontecem na região

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10
Q

Qual o método de escolha para o diagnóstico etiológico de cervicites?

A

Métodos de biologia molecular que apresentam maior especificidade e sensibilidade para detectar os patógenos. Em especial, o NAAT (“Nucleic acid amplification test”)

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11
Q

A coleta de qual material deve ser realizada para que se proceda o teste de biologia molecular?

A

Deve ser coletado material endocervical por meio de uma escova cervical (cytobrush), uma vez que os microrganismos estão presentes no interior das células do epitélio do canal endocervical

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12
Q

O que se encontra na bacterioscopia de paciente positiva para gonorreia? Qual a sensibildiade desse teste?

A

Encontram-se PMN com diplococos Gram-negativos intracelulares. A sensibildiade é baixa, por volta de 30%, não sendo um método eficaz de rastreio.

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13
Q

Qual o método de escolha para realização do rastreio de gonorreia?

A

Biologia molecular, NAAT

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14
Q

Qual a porcentagem de pacientes assintomáticas infectadas por clamídia?

A

Cerca de 70%

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15
Q

O que é encontrado na bacterioscopia de paciente positiva para clamídia? Qual a sensibilidade do teste?

A

São encontradas células com morfologia típica de chapéu mexicano. Embora seja específico, esse exame é pouco sensível.

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16
Q

Qual o método padrão-ouro para rastreio de clamídia?

A

Biologia molecular, NAAT

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17
Q

Quando iniciar o tratamento ao realizar a abordagem sindrômica da cervicite?

A

Quando houver história de exposição sexual de risco e, ao exame ginecológico, a paciente apresentar colo do útero friável/sangrante e muco ou pus na coleta do muco do canal endocervical. Nesse caso, tratar para clamídia e gonococo.

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18
Q

Quais testes realizar no exame ginecológico?

A

Realizar o ph vaginal (normal: 3,8-4,5) e teste das aminas

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19
Q

Quais as dificuldades no diagnóstico etiológico de úlceras genitais? (2)

A

1) Etiologia multifatorial (relacionadas, não raro, a doenças reumáticas) 2) Pluralidade de localizações (sugerindo outras etiologias não relacionadas à transmissão sexual)

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20
Q

Quais são os principais agentes etiológicos de úlceras genitais relacionadas a ISTs? (5)

A

Herpes vírus, Treponema pallidum (sifílis), Haemophilus ducreiy (cancro mole), clamídia (linfogranuloma venéreo) e Klebsiella granulomatis (donovanose)

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21
Q

Qual o principal agente etiológico da herpes genital?

A

O HSV2, sendo o HSV1 principalmente relacionado a lesões orais

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22
Q

Como é a lesão no herpes genital?

A

Vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa, que evoluem para pequenas úlceras arredondadas, bastante dolorosas, com bordas lisas. Posteriormente, são recobertas por crostas sero-hemáticas até a cicatrização. Regressão espontânea em 7-10 dias.

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23
Q

Como é a adenopatia que acompanha a herpes genital?

A

Bilateral dolorosa

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24
Q

Qual o principal método diagnóstico da herpes genital?

A

Biologia molecular

25
Quais fármacos são utilizados no tratamento da herpes genital?
Aciclovir, famciclovir e valaciclovir, de 7 a 10 dias
26
Como é a úlcera da sifílis primária?
Úlcera única, indolor, com bordas endurecidas e com fundo limpo, não purulento (cancro duro)
27
Como é realizado o diagnóstico da sifílis?
Utilizam-se os métodos treponêmicos (FTA-Abs) e não treponêmicos (VDRL)
28
Qual o método padrão-ouro para diagnóstico da sifílis primária?
Biologia molecular baseada no material da úlcera
29
Qual o tratamento da sifílis com história de até 1 ano de infecção?
Sífilis recente - penicilina G benzatina - 2,4 mi de unidades em dose única (1,2 milhões de UI em cada nádega)
30
Qual a utilidade do teste não treponêmico VDRL no seguimento do tratamento?
Permite avaliar a resposta ao tratamento com base na diminuição dos títulos, utilizando-se como base a redução dos títulos em 3 meses para gestantes e em 1 mês para não gestantes
31
Qual a limitação da utilização do VDRL para diagnóstico da sifílis primária?
Falta de reatividade antes da segunda semana na sifílis primária
32
Qual teste pode ser feito para avaliação direta das espiroquetas no material da úlcera genital?
A microscopia de campo escuro, que permite o diangóstico imediato, embora exija técnico experiente para realização do exame
33
Qual o agente etiológico do cancro mole?
Haemophillus ducreyi, cocobacilo Gram-negativo
34
Como é a lesão no cancro mole?
Uma ou múltiplas úlceras dolorosas hiperemiadas, com bordas irregulares eritêmato-edematosas, base amolecida, fundo purulento ou irregular, de odor fétido. Acomete principalmente a genitália externa.
35
Qual o período de incubação em geral do cancro mole?
Pequeno, de cerca de 3 a 5 dias
36
Quais são as principais localizações da úlcera do cancro mole em homens e em mulheres?
Homens: frênulo e sulco bálano-prepucial Mulheres: fúrcula da vulva e face interna de lábios
37
Como é a adenopatia do cancro mole?
Coloquialmente chamado de bubão, apresenta-se geralmente unilateralmente, apresenta fistulização de orifício único
38
Como é feito o diagnóstico do cancro mole?
Diagnóstico laboratorial - pesquisa em coloração pelo Gram em esfregaços de secreção da base da úlcera e NAAT
39
Qual o agente etiológico do linfogranuloma venéreo?
Clamídia (cepas: L1, L2, L3)
40
Qual a manifestação clínica do linfogranuloma venéreo?
Vesícula ou pápula que evolui para úlcera indolor
41
Qual a localização comum das lesões?
Colo do útero, vulva, vagina, vestíbulo
42
Quando ocorre a fase de disseminação linfática regional do linfogranuloma venéreo?
Ocorre 1 a 6 semanas após o aparecimento da primeira lesão e corresponde a infecção dos linfonodos regionais, com adenite inguinal, sendo 70% dos casos unilateral
43
Quais as manifestações na fase de sequelas do linfogranuloma venéreo?
Há drenagem do material purulento, com formação de cicatrizes e retrações. A lesão da região anal pode levar a proctite e proctocolite hemorrágica. Sintomas gerais como febre, mal-estar, emagrecimento, sudorese noturna, artralgia podem ocorrer. Em casos graves, até fístulas retais e estenose retal.
44
Como é realizado o diagnóstico do linfogranuloma venéreo?
Biologia molecular, utilizando técnicas de PCR
45
Qual o agente etiológico da donovanose?
Klebsiela ganulomatis, coco-bacilo Gram-negativo
46
Qual o período de incubação da donovanose?
Período de incubação é em torno de 50 dias, variando até 6 meses
47
Qual a apresentação clínica da donovanose?
Lesões únicas ou múltiplas granulomatosas e ulcerovegetantes em região genital, inguinal e perianal de evolução elnta, progressiva e indolor
48
Como é a adenopatia da donovanose?
Não há linfadenopatia regional na donovanose, comumente!!!
49
Qual a incidência de donovanose na região sudeste?
Baixa, sendo muito mais comum na região norte
50
Qual a conduta se hover lesões vesiculosas no exame ginecológico?
Tratar herpes e aconselhar, oferecer painel sorológico (HIV, Hep B e C, sifílis), convocar parceiro e agendar o retorno
51
Qual a conduta se não há lesões vesiculosas e a lesão tem mais de 4 semanas?
Tratar sifílis, cancro mole, fazer biópsia e tratar danovanose - lembrar que o período de incubação da danovanose é de cerca de 50 dias
52
Qual a conduta se não há lesões vesiculosas e a lesão tem menos de 4 semanas?
Tratar sifílis e cancro mole
53
Qual o diagnóstico provável da seguinte lesão?
Sifílis primária - cancro duro (lesão única, de fundo limpo)
54
Qual o diagnóstico provável da seguinte lesão?
Sifílis primária (cancro duro: lesão única, hiperemiada, bordas bem definidas)
55
Qual o diagnóstico das seguinte lesões?
Cancroide ou cancro mole (múltiplas lesões, com fundo purulento e bordas mal delimitadas)
56
Qual o provável diagnóstico das seguintes lesões?
Herpes genital (múltiplas lesões vesiculosas de base eritematosa)
57
Qual o provável diagnóstico das seguintes lesões?
Herpes genital (lesões vesiculosas na região dos lábios da vulva)
58
Qual o provável diagnóstico?
Sifílis primária (cancro duro) - lesão única, hiperemiada, bordas bem definidas e infiltradas