Instabilidade Cárpica Flashcards

1
Q

Como funciona a movimentação do carpo?

A

Fileira distal movimenta seguindo metacarpo

Fileira proximal movimenta depois, seguindo o movimento oposto da fileira distal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Cite o principal mecanismo de trauma da instabilidade cárpica.
Descreva a ação das forças.

A

Indireta.

Alta energia (automobilistico e queda de altura)
- Compressão axial + Hiperextensão do punho + Desvio ulnar + Supinação intercarpal.

Compressão axial com hiperextensão do punho.
- Ocorre força de tensão nos ligamentos palmares e de cisalhamento nas articulações dorsais.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Em relação a progressão da lesão da instabilidade cárpica:

Cite os tempos/estágios da Classificação (teoria) de Mayfield.

A

Estágio 1: Transição escafóide-semilunar
- Fratura do escafóide, ruptura do ligamento escafolunar ou ambos

Estágio 2: Capitato-Semolunar (fileira distal sobre fileira proximal)

  • Subluxação/Luxação dorsal da articulação semilunocapitato ou fratura do capitato
  • Sem lesão ligamentar

Estágio 3: Transição semiluno-piramidal

  • Lesão ligamento semiluno-piramidal
  • Fratura piramidal

Estágio 4: Luxação perisemilunar (entre os ligamentos radiocarpais)

  • Luxação dorsal
  • Semilunar desvia para palmar (para o túnel do carpo)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Cite a formatação dos Arcos de Mayfield.

A

Pequeno arco - apenas lesão ligamentar (ao redor do semilunar)

Grande arco - fratura associada à lesão ligamentar (1 ou mais ossos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Em relação à classificação de Geissler para lesão ligamentar dos ossos do carpo, cite:

1) Como ela é feita?
2) O que é possível avaliar?
3) Descreva a classificação.

A

Classificação ARTROSCÓPICA.

Avaliação a integridade do ligamento escafossemilunar, desalinhamento articular radiocarpal e mediocarpal e tamanho do espaço escafossemilunar.

  • Grau I: Sem desalinhamento escafossemilunar
  • Grau II: Leve desalinhamento escafossemilunar <1mm (probe não consegue passar)
  • Grau III: Desalinhamento o suficiente para passar probe (1mm)
  • Grau IV: Instabilidade, artroscópico consegue passar o espaço (> 2,7mm). Atravessa indo do espaço radiocarpal para o mediocarpal.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Cite as categorias da Classificação de Larsen.

A

Cronicidade

  • Aguda - até 4 semanas. Consegue reparo ligamentar
  • Sub aguda - 4 semanas a 24 semanas (6 meses)
  • Crônica - > 6 meses. Reconstrução ou salvação

Periodicidade

  • Pré dinamico: Sem lesão total do ligamento, sem alteração radiográfica.
  • Dinâmico: alteração radiográfica apenas com carga, distração. Lesão total do ligamento.
  • Estático: Costuma ser a evolução da dinâmica. Alteração mesmo em radiografia simples. Mais grave.

Direção
DISI - DORSAL. Semilunar olhando pro dorso
Aumento angulo escafolunar >60º
VISI - VOLAR. Semilunar olhando para volar. Diminuição do angulo escafolunar <30º

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

O que é a DISI, em qual tempo de Mayfield apresenta alteração e qual o principal ligamento lesado?

A

Instabilidade DORSAL do segmento intercalar ou Instabilidade rotatória escafo-lunar.

Cursa até 2º tempo de Mayfield

  • LIGAMENTO ESCAFO-LUNAR (1º)
  • Pressão interfileiras aumentada (2º)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que é VISI, em qual tempo de Mayfield apresenta alteração e qual o principal ligamento lesado?

A

Instabilidade VOLAR do segmento intercalar

Cursa até o 3º tempo de Mayfield

  • Pressão interfileiras aumentada
  • Lesão ligamento semiluno-piramidal (3º)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Descreva a classificação quanto ao tipos de Padrão de Lesão das instabilidades do carpo.

A

Dissociativa - ruptura ligamentos intrínsecos dos ossos da fileira proximal do carpo
- Ex: rotatória do escafóide

Não dissociativa - lesão ligamentar dos ligamentos extrínsecos do carpo

Combinada - mistura das duas

Adaptativa - Instabilidade adquirida após consolidação viciosa de fratura do radio distal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Descreva como são as articulações da:
Fileira distal do carpo
Articulação radiocarpal
Articulação mediocarpal

A

Fileira distal
- Trapezio 1ºMTC / Trapezoide 2ºMTC / Capitato 3ºMTC Hamato 4º 5º MTC

Radiocarpal

  • Fossa escafoide (eliptica)
  • Fossa semilunar (esférica)
  • Piramidal (CFCT)

Mediocarpal

  • Lateral: art. escafotrapeziotrapezoide e art. escafocapitato (escafóide como elo entre as duas fileiras)
  • Central: art. semilunocapitato
  • Medial: art. piramidal-hamato (movimentos rotacionais)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Cite as articulações da:
Fileira distal do carpo
Articulação radiocarpal
Articulação mediocarpal

A

Fileira distal
- Trapezio 1ºMTC / Trapezoide 2ºMTC / Capitato 3ºMTC Hamato 4º 5º MTC

Radiocarpal

  • Fossa escafoide (eliptica)
  • Fossa semilunar (esférica)
  • Piramidal (CFCT)

Mediocarpal

  • Lateral: art. escafotrapeziotrapezoide e art. escafocapitato (escafóide como elo entre as duas fileiras)
  • Central: art. semilunocapitato
  • Medial: art. piramidal-hamato (movimentos rotacionais)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Cite qual é o Ligamento de Testut.

A

Ligamento radioescafossemilunar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Descreva o Espaço de Poirier.

A

Zona de fragilidade entre as bandas palmares distais e proximais: limitada pelos ligamentos radioescafocapitato e radioulnopiramidal.

Ausência de ligamento interósseo entre capitato e semilunar
Espaço aumenta com extensão do punho e praticamente desaparece na flexão
É O LOCAL ONDE O SEMILUNAR LUXA PARA DENTRO DO TÚNEL DO CARPO.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O que é o ligamento ARCIFORME/ARQUEADO?

lig. deltóide, lig. palmar distal em V, lig. de WEITBRECHT

A

Banda de suporte volar mediocarpal na cabeça do capitato

Garante estabilidade mediocarpal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais os ligamentos mais importantes para estabilidade do carpo?

A

Ligamentos interósseos proximais

  • Escafossemilunar: porção dorsal mais forte (evita subluxação dorsal)
  • Semilunopiramidal: porção volar mais forte (evita subluxação volar)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como se dá a inervação e vascularização geral dos ossos do carpo?

A

Inervação: Nervo interósseo anterior e posterior

Vascularização: 3 arcos

  • intraóssea x extraóssea
  • Palmar x dorsal
  • Ramos das a. radial, a. ulnar, interóssea anterior e arco palmar profundo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

O que leva ao risco aumentado de necrose avascular dos ossos do carpo?

A

Vascularização apenas na porção distal do osso (risco necroso porção proximal)

Escafoide, Capitato e 20% dos semilunares possuem apenas 1 artéria para irrigar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quanto a carga aplicada a nível dos ossos do carpo.

Cite os principais responsáveis pelo suporte da carga.

A

Fileira distal: 55-60% no escafoide-semilunar

Radiocarpal: 50-55% radioescafoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é a teoria das fileiras de Johnston?

A

Disposição dos ossos do carpo em fileiras proximal e distal.
- Proximal: escafoide, semilunar, piramidal
- Distal: trapezio, trapezoide, capitato, hamato
Possui o escafóide como fator de ligação e estabilização entre as fileiras

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

O que é a teoria das colunas de Navarro e o que ela explica?

A

Teoria das 3 colunas verticais
Explica a transmissão de forças.

Lateral: escafoide, trapezio, trapezoide
- Responsável pela transmissão de forças entre antebraço e mão

CENTRAL: semilunar, capitato, hamato
- Flexão e extensão

Medial: piramidal e pisiforme
- Rotação

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

O que é a teoria de Taleisnick?

A

“Teoria de Navarro modificada”

Coluna radial móvel - escafóide
- Estabilizador essencial da articulação mediocárpica

Coluna central - trapezio, trapezoide, semilunar, capitato, hamato

Coluna lateral de rotação - piramidal
- Através da art. piramidal-hamato

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

O que é a teoria do anel oval de Licthman e quais seus conceitos?

A

Combina elementos da teoria das fileiras e das colunas.

Fileira proximal se movimenta no sentido oposto da distal para manter formatação oval.

Conceito da geometria variável da fileira proximal: movimentos multidirecionais e rotacionais de forma a garantir mobilidade da fileira proximal e congruência/estabilidade entre as colunas

Conceito da angulação sincrônica: flexão/extensão sincrônica entre ossos de cada fileira.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Cite os principais ligamentos envolvidos na instabilidade DISI/VISI e qual movimentos impedem.

A

Ligamento escafosemilunar

  • Mais forte na região DORSAL.
  • Impede luxação do semilunar para DORSAL.
  • Relacionado à DISI

Ligamento semiluno-piramidal

  • Mais forte na região VOLAR
  • Impede luxação do semilunar para VOLAR
  • Relacionado à VISI
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Descreva como se dá o desvio do escafóide nas instabilidades do tipo VISI e DISI.

A

Escafóide encontra-se VOLAR (acompanha a fileira distal do carpo).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

Qual a epidemiologia das instabilidades/lesões cárpicas?

Cite as principais lesões associadas.

A

Dados relacionados às fraturas (principalmente escafóide)

  • 2 a 3% das fraturas
  • 35-40 anos
  • Bimodal: homem jovem x mulher idosa

7% lesões associadas

  • 90% fratura rádio distal ou proximal
  • 7% fraturas carpais múltiplas (50% são fraturas luxações perilunares)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Conforme a Classificação de LINSCHEID, cite os 4 tipos e como se apresenta o semilunar nas instabilidades do tipo VISI/DISI.

A

1 - DISI: olhando para dorsal (extensão)
2 - VISI: olhando para volar (flexão)

3 - Translação ulnar: espaço estiloescafóide aumentado
4 - Subluxação dorsal: relacionado à consolidação viciosa do rádio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Na avaliação clínica, cite locais de quadro álgico comumente relacionados às lesões do carpo.

A

Tabaqueira anatômica: escafóide

Distal ao tubérculo de lister: lig. escafossemilunar ou lesão do semilunar

Porção dorsal com distância de um dedo distal à cabeça da ulnar: lesão ligamento piramidal, ligamento semilunopiramidal ou piramidal-hamato

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Cite testes específicos para avaliação de lesões do carpo (5)

A

1) Teste do desvio do escafóide (KIRK-WATSON): Ruptura do ligamento ESCAFOSSEMILUNAR
- Pressão tubérculo do escafóide e desvio passivo de ulnar para radial
- Lesão parcial = dor
- Lesão total = estalido referente a subluxação dorsal do escafóide

2) Testes do Balotamento do SEMILUNOPIRAMIDAL (REAGAN): instabilidade semiluno-piramidal ou artrose
- Estabiliza semilunar com indicador e polegar e faz desvio dorsopalmar do piramidal (dor e estalido)

3) Teste do Cisalhamento SEMILUNOPIRAMIDAL (KLEINMAN): instabilidade semiluno-piramidal
- Pressão volar com sentido dorsal no pisiforme + pressão dorsal no semilunar (dor e estalido)

4) Teste de Masquelet
SEMILUNOPIRAMIDAL
- Apoio dorso com ambos os polegares e realizar movimento de cisalhamento no piramidal e semilunar (dor e crepitação)

5) Teste do desvio mediocárpico (LICHTMAN): instabilidade mediocárpica
- Pressão dorsal sobre o capitato com antebraço pronado + desvio passivo de radial para ulnar = estalido indicando redução do semilunar fletido em relação ao capitato.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Cite as incidências radiográficas para avaliação da instabilidade cárpica.

A

1) Rockwood
Punho: PA + Perfil + Obliqua radial (supinada) + Obliqua ulnar (pronada)
Se suspeitar de instabilidade:
- Perfil com flexão e extensão do punho + punho cerrado + estresse (tração polegar e indicador x preensão do lápis)

2) Skeletal Trauma
Punho: AP + P em neutro
Se necessário: PA com desvio ulnar e radial + AP com punho cerrado (aumento espaço escafossemilunar)

30
Q

Cite os critérios utilizados na radiografia em AP para avaliação dos ossos do carpo (6)

A

1) Eixo anatômico atravessa base 3ºMTC + Capitato + Porção radial do semilunar + Centro fossa semilunar + Eixo anatômico do antebraço.

2) Espaço articular entre ossos do carpo, metacarpo e rádio distal.
- Normal até 2mm
- Suspeita lesão: 3 a 5mm
- Diagnóstico de lesão: >5mm

OBS: SINAL DE TERRY-THOMAS: AUMENTO DO ESPAÇO ESCAFOSSEMILUNAR >3mm (DISI)

3) Arcos/Linhas de Gilula
- 1º arco: proximal à fileira proximal do carpo
- 2º arco: distal à fileira proximal do carpo
- 3º arco: proximal às margens corticais do capitato e hamato

4) Índice da Altura Carpal
Altura do carpo (através do capitato) é cerca de metade (45-60%) da altura do 3ºMTC (eixo anatômico)

5) Forma do Semilunar
Forma triangular indica alteração rotacional (sugere luxação perilunar)

6) Forma do Escafóide
SINAL DO ANEL CORTICAL: densidade bicortical por sobreposição do tubérculo do escafóide indica flexão (comum nas lesões escafossemilunares)

31
Q

Cite os critérios utilizados na radiografia em PERFIL para avaliação dos ossos do carpo (5)

A

1) Eixo anatômico através do 2ºMTC + Capitato + semilunar + radio
- Angulação do escafóide em relação ao eixo = 45º
- Avaliar congruência da articulação semilunocapitato

2) ÂNGULO ESCAFOSSEMILUNAR
- Normal 45º (30-60º está dentro da normalidade)
- Ângulo entre o eixo longitudinal do escafóide (maior distância) e o eixo do semilunar (linha perpendicular a uma linha conectando o corno palmar e dorsal do semilunar)
<30º = VISI
>60º = DISI
OBS: Se >80º = diagnóstico de instabilidade cárpica (lesão do ligamento escafossemilunar)

3) Sinal do V de Taleisnik
Escafóide + semilunar + radio distal formam um “C” na região volar.
- Se flexão do escafóide por lesão (DISI ou VISI) o formato fica em “V”.

4) Ângulo Capitulossemilunar
- Normal até 15º (via de regra encontram-se alinhados com ângulo de aproximadamente 0º)
- Instabilidade se >15-20º
- Eixo do semilunar
- Reta do capitato

5) Ângulo Radiossemilunar
- Normal até 15º
- Instabilidade se >15-20º

32
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico das lesões ligamentares e instabilidades do carpo?

O que é possível avaliar neste método? (5)

A

Artroscopia!

Extensão da lesão, instabilidade, artrite associada, classificar a lesão e determinar o tratamento

33
Q

Cite quais os principais tipos de lesões ligamentares do carpo (4)

A

1) Dissociação escafossemilunar (mais comum)
2) Dissociação semilunopiramidal (lunopiramidal)
3) Luxação e fratura-luxação perilunares
4) Instabilidade radiocarpal

34
Q

Em relação à Dissociação Escafossemilunar, cite:

1) Mecanismo de trauma
2) Local em que ocorre a lesão ligamentar
3) Principais achados radiográficos (6)

A

1) Hiperextensão do punho, desvio ulnar e antebraço supinado.
2) Inserção escafóidea

3) Sinal do anel cortical
Sinal de Terry-Thomas
Semilunar extendido "olhando para dorsal" (DISI) 
Outros...
Ângulo escafossemilunar >60º
Semilunar triangular
Ângulo capitulossemilunar e radiossemilunar >15º
Sinal V de Taleisnik
Ruptura arcos de Gilula
35
Q

Comente sobre o tratamento das lesões escafossemilunares conforme a Classificação de Geissler (4)

A

Grau I - Conservador
Grau II - Redução e fixação artroscópica
Grau III - Artroscopia +/- redução aberta e fixação
Grau IV - Redução aberta e fixação

36
Q

Descreva a Classificação de Kuo e Wolfe para lesões escafossemilunares (5)

A

Grau I
OCULTA
- Lesão parcial lig. escafossemilunar + lig. Testut/Radioescafossemilunar).
- Lesão pré-dinâmica.

Grau II
DINÂMICA (equivale ao Estágio I de Mayfield).
- Lesão completa ou incompetência do ligamento escafossemilunar.
- Lesão isolada do ligamento não promove instabilidade estática!

Grau III
DISSOCIAÇÃO ESCAFOSSEMILUNAR
- Lesão ligamento escafossemilunar + estabilizadores secundários
- Semilunar roda independente do escafóide.
- ESTÁTICA

Grau IV
DISI (“4 letras = IV”)
- Escafoide fletido, semilunar e piramidal extende, translação dorsal e proximal do capitato.

Grau V - ARTROSE
SLAC - Alterações degenerativas progressivas (SL Advanced Collapse)
“Colapso avançado escafossemilunar”
- SLAC I: Artrose estilóide radial
- SLAC II: Artrose fossa do escafóide
- SLAC III: Artrose semilunocapitato
- SLAC IV: ARTROSE PANCARPAL (RADIOSSEMILUNAR E DE TODO O CARPO)
obs: art. radiossemilunar costuma ser poupada.

37
Q

Descreva os possíveis tratamento das lesões escafossemilunares conforme a cronicidade.

A

AGUDAS
1) Parciais:
Se estável = gesso (flexão neutra e desvio ulnar
Se instável = redução fechada artroscópica possível?
- Sim: Redução fechada + fio K + gesso 8 semanas
- Não: Redução aberta + reparo ligamentar + fio K + gesso 12 semanas.
2) Completas
Redução aberta, reparo ligamentar, fixação com fio K e gesso 12 semanas

SUBAGUDAS
1) Tecido capsuloligamentar suficiente para reparo?
Sim = tto igual aguda
Não = Associar enxerto - reconstrução.
- Blatt, ERCC/ERLC e Brunelli
- Alquimist
- Lincscheid

CRÔNICAS
1) Possível reduzir?
Sim = tto igual subaguda + várias técnicas de reconstrução ligamentar.
NÃO? Deformidade fixa! Presença de artrose?
- Alta demanda, atividade com carga/repetitiva (jovem) = ARTRODESE

38
Q

Descreva os critérios adotados e possíveis tratamento das lesões semilunopiramidal.

A

Cronicidade x desvio x redutibilidade x possibilidade de reparo.

AGUDA

1) Sem desvio = gesso distal ao cotovelo
2) Desviada
- Redutível: redução fechada (pode por artroscopia) + FK semilunopiramidal + gesso

  • Irredutivel, Deformidade angular importante, refratária: Redução aberta com acesso dorsal
    Se ligamento viável: correção da VISI + FK + reparo lig. lunopiramidal e estabilizadores secundários + reforço capsular (gesso 8 semanas)
    Se ligamento inviável: associar reconstrução com extensor ulnar do carpo (EUC)

CRÔNICAS OU REFRATÁRIAS = Redução aberta

1) Redução fácil e lig. viável: reparo
2) Redução fácil e lig. inviável: reconstrução EUC
3) Redução difícil com impossibilidade de controlar deformidade, casos refratários ou artrose = ARTRODESE SEMILUNOPIRAMIDAL.

Obs: casos refratários sem deformidade estática pode ser feito encurtamento da ulna (tensiona e aumenta estabilidade dos ligamentos ulnocarpais).

39
Q

Descreva a técnica de fixação na lesão ligamentar escafossemilunar segundo Rockwood e Skeletal Trauma.

Quantos fios K usar?
Melhor acesso?
Reparo x Reconstrução?

A

Rockwood
2 Fios de K: escafossemilunar e escafocapitato

Skeletal Trauma
3 Fios de K: acrescenta semilunocapitato

Acesso: associar volar para melhor redução
Reparo: melhores resultados. Sutura com miniâncoras.

40
Q

Cite as técnicas dorsais (2) e palmares (1) de reconstrução na lesão do ligamento escafossemilunar

A

Dorsal:

  • Blatt: capsulodese dorsal.
  • Extensor radial curto e longo do carpo

Palmar:
- BRUNELLI: FLEXOR RADIAL DO CARPO

41
Q

Cite as técnicas de artrodese na lesão do ligamento escafossemilunar (5)

A

Escafotrapeziotrapezoide (mais usada)
- Gesso 8 semanas + 4 semanas com órtese

Escafocapitato: 50% perda movimento, degeneração articular

Escafoidectomia e artrodese dos 4 cantos

Escafossemilunar: alto índice de não consolidação

Artrodese total do punho

42
Q

Em relação à Dissociação Semilunopiramidal, cite:

1) Local em que ocorre a lesão ligamentar
2) Principais achados radiográficos (4)
3) Lesões associadas

A

1) Inserção piramidal
2) Quebra arcos de Gilula
VISI - Â ESL <30º / Â SC >30º Volar / Â RS >15º Volar
3) Lesão complexo fibrocartilagem triangular
Luxação perilunar.

43
Q

Cite as complicações da artrodese semilunopiramidal. (3)

A

Pseudoartrose (57% dos casos)
Não garante diminuição da dor
Perda até 30% movimentos.

44
Q

Descreva o tratamento da Dissociação Piramidal-Hamato.

A

Sintomas leves = conservador (infiltração + tala 3 semanas)

Sintomas graves = cirúrgico

  • Artrodese piramidal-hamato: perde 50% movimento + instabilidade ou artrose
  • GREEN: associa artrodese capitato-semilunar.
45
Q

O que significa a nomenclatura PERI e TRANS?

A
PERI = Luxação
TRANS = Fratura
46
Q

Qual a luxação mais comum do carpo?

A

Perilunar (semilunar).

47
Q

Qual desvio mais comum das luxações perilunares? E qual o desvio que o semilunar sofre?

A

Luxação DORSAL (97%)

Semilunar VOLAR (devido já estar desviado para volar no 3º tempo de Mayfield)

48
Q

Qual lesão neurológica mais comumente associada à luxação perilunar?

A

Mediano

Presente em 16% das luxações.

49
Q

Qual a epidemiologia das luxações perilunares?

A

Jovem, alta energia (25% são politraumas).

50
Q

Em qual tempo de Mayfield ocorrem as luxações perilunares?

A

4º tempo de Mayfield

- Lesão radiocarpal (4º)

51
Q

Qual o tipo mais comum de fratura-luxação perilunar?

Cite outras 2 fraturas luxações perilunares.

A

Transescafo perilunar (61%).

Transcapitato (traço transverso)
Transpiramidal (traço sagital)

52
Q

O que é a Síndrome de Fenton?

A

Síndrome escafo-capitato.

Trauma direto no estilóide radial com fratura do escafóide e capitato.

53
Q

O que é mais comum: luxação ou fratura luxação perilunar?

A

A fratura-luxação perilunar é 2 vezes mais comum.

54
Q

Cite sinais radiográficos presentes na fratura-luxação perilunar.
AP (5)
Perfil (2)

A

AP:

  • Arcos de Gilula
  • Formato TRIANGULAR do semilunar (semilunar fletido): Piece of Pie Sign
  • AUMENTO DA TRANSLAÇÃO ULNOCARPAL DO SEMILUNAR (>50% DO SEMILUNAR DESCOBERTO DO RÁDIO -> presente em 80% dos casos)
  • Diminuição altura carpal
  • Alteração espaço articular dos ossos do carpo

PERFIL

  • Incongruência da articulação lunocapitato
  • Sinal da Xícara de Chá caída (luxação volar e flexão do semilunar)
55
Q

Descreva o tratamento de urgência das fraturas-luxações perilunares.

A

IMEDIATO = REDUZIR
- Manobra de Tavernier: tração axial + extensão do punho + apoio dorsal capitato e volar semilunar + flexão do punho.

Se não for possível: redução aberta.

56
Q

Descreva o tratamento das luxações perilunares na lesão do Arco MENOR de Mayfield.

A

REDUTÍVEL:
Redução fechada + fixação percutânea (8 semanas) + gesso por 12 semanas.
- Mesmo nas estáveis!

2 Fios K: escafossemilunar e escafocapitato centrada na redução do semilunar!
OBS: pode associar fio radiossemilunar.

IRREDUTÍVEL:
Redução aberta + reparo ligamentar + fixação fio K
Acesso dorsal sobre tubérculo de lister (entre 2º e 3º compartimento extensores)
Acesso volar se alteração neurológica (avaliar nervo mediano), liberar tunel do carpo.

57
Q

Descreva o tratamento das luxações perilunares na lesão do Arco MAIOR de Mayfield.

A

RAFI + Reparo ligamentar
- Parafuso canulado
OBS: Fraturas transescafo não precisa reparar o ligamento escafossemilunar pois está íntegro (repara semilunopiramidal e os demais).

58
Q

Descreva o tratamento nos casos CRÔNICOS (3 meses) das luxações perilunares.

A

RAFI + Reparo/reconstrução ligamentar se possível
Procedimentos de salvamento se lesões irreparáveis, osteonecrose, artrose, irredutíveis…
- Artrodese total
- Carpectomia proximal

59
Q

Cite em quais situações é preferível artrodese x carpectomia.

A

Artrodese: precisa de força, trabalhadores manuais.

Carpectomia: precisa de mobilidade.

60
Q

Qual o tipo de desvio mais comum na instabilidade radiocarpal?

A

Translação ulnar.

61
Q

Quando observa-se translação dorsal na instabilidade radiocarpal?

A

Quando há instabilidade adaptativa por consolidação viciosa de fratura do radio com inversão do tilt dorsal.

62
Q

Cite 2 causas crônicas de instabilidade radiocarpal não associadas ao trauma.

A

Artrite reumatóide

Madelung

63
Q

Cite alterações radiográficas esperadas na instabilidade radiocarpal.

A

Translação anormal do carpo

Índice ulnocarpal alterado - semilunar distal à ulna

64
Q

Descreva a classificação de Dumontier para instabilidade radiocarpal (2)

A

Tipo I - luxação radiocarpal SEM fratura ou apenas fratura da ponta do estilóide radial (ligamentos avulsionados do radio)

Tipo II - Luxação radiocarpal COM fratura do estilóide radial envolvendo mais de 1/3 da fossa do escafóide (ligamentos íntegros no estilóide)

65
Q

Descreva a classificação de Moneim para instabilidade radiocarpal (2)

A

Tipo I - ligamentos intercarpais íntegros

Tipo II - combinação entre luxação radiocarpal e intercarpal.

66
Q

Descreva como deve ser feito o tratamento nas instabilidades radiocarpais.

A

REDUÇÃO IMEDIATA!
Normalmente necessária estabilização cirúrgica.

Tipo I - reparo ligamentar com âncoras
Tipo II - RAFI do estilóide radial.
- Complementar fixação com fio K ou fixador externo.
- Reparar lesões intercarpais associadas.

67
Q

Quais ligamentos impedem a migração ulnar e volar do carpo?

A

Radioescafolunar
Radiolunopiramidal
Radiopiramidal dorsal

68
Q

Em quais tipos de fraturas (3) ocorre instabilidade cárpica?

A
  • Fraturas que consolidam com angulação dorsal: leva a DISI, que pode ser fixo ou redutível, sendo que esta responde a osteotomia corretiva
  • Palmar: leva a subluxação dorsal da ulna, que causa diminuição da extensão e supinação; não causa instabilidade cárpica, como no desvio dorsal
  • Intra-articulares mal consolidades: ex. Die-Punch: intraarticular com fragmento medial, que leva a colapso pós traumático da faceta radial do semilunar, geralmente associado com rotação palmar do semilunar.
69
Q

Qual a posição do punho na artrodese pós traumática radiocarpal unilateral?

A

20º extensão

70
Q

Palavras chave instabilidade cárpica (6).

A
Classificação Lincheid
Johnson: Grande e Pequeno arco
Estágios de Mayfield
Arcos de Gilula
Manobra de Tavernier
SLAC: Watson