Insuficiência Cardíaca Flashcards

(36 cards)

1
Q

Defina a disfunção sistólica.

A

Alteração no esvaziamento ventricular (ejeção) com contratilidade reduzida e VE dilatado. Caracteríscico da ICFEReduzido.

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2
Q

Defina a disfunção diastólica.

A

Alteração do enchimento ventricular com dilatação do átrio, acúmulo retrógado de volume para circulação pulmonar. Ocorre hipertrofia de VE, mas possui contratilidade normal. Característico da ICFEPreservado. Nenhum tratamento

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3
Q

Qual o tratamento para ICFEP?

A

Não há tratamento que demonstrou significativa melhora da sobrevida de pacientes, basta tratar de HAS e possíveis isquemias e controlar a resposta ventricular a FA.

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4
Q

Qual o tratamento para ICFER?

A

Bloqueio neuro-humoral com uso de IECA/BRA, beta-bloqueadores, espironolactona, diurético ou digitálicos.

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5
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de beta bloqueador.

A

Medicamento com maior potencial de aumento de sobrevida de pacientes, usado a partir do estágio B. Início com dose mínima e ajuste aos poucos. Deve-se monitorar piora da IC, presença de hipotensão ou bradicardia. Os betabloqueadores com comprovação científica de melhora de sobrevida foram carvedilol, metoprolol (succinato) e bisoprolol.

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6
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de de IECA.

A

Uso a partir do estágio B. Possui contraindicações absolutas em caso de estenose de artéria renal e angioedema. Possui alguns efeitos adversos:
- tosse seca: substitui por BRA
- hipotensão arterial: reduzir dose e rever diurético
- insuficiência renal: rever dose e associar com hidralazina/nitrato - mais suscetível em pct idosos com disgfunção grave em uso de altas doses de diuréticos.
- hipercalemia: reduzir dose e associar com hidralazina/nitrato

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7
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de BRA.

A

Uso em pct que não toleram o uso de IECA; uso em combinação com IECA e betabloqueadores em pacientes que permanecem sintomáticos e que não toleram associação com ARM.

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8
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de ARM.

A

É a espironolactona, um antagonista de aldosterona. Usado a partir do estágio C com IECA, betabloqueadores e diuréticos. Dose de 25mg/dia. Pode levar ao efeito adverso de hipocalemia e deve-se observar potássio que se for maior que 5,5 suspende e se for entra 5 e 5,5 reduz a dose pela metade. Pode levar a ginecomastia dolorosa em homens.

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9
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de inibidores de SLGT2.

A

Inibem a reabsorção de glicose na porção do túbulo proximal, levando a maior osmolaridade do fluído e consequente excreção de água (aumenta a diurese). Exemplos são a dapagliglozina e a empagliflozina. Usado a partir do estágio C. Uso associado a IECA/ARNI, betabloq e ARM em pcts com ou sem DM2.

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9
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de ARNI.

A

Inibidor de Neprilisina e do receptor de angiotensina. Um exemplo é o Sacubitril que age inibindo a neprilisina e levando a uma maior ação dos BNP (maior diurese e vasodilatação periférica). Além disso, tem se o Valsartana que faz inibição do SRAA. A associação dos dois se faz de forma muito benéfica e promove queda de 20% na morte em relação ao tratamento somente com enalapril.
Porém, essa terapia possui alto custo e só é receitada para pct sintomáticos mesmo com uso de IECA + betabloq. Deve ter intervalo de 36h pelo menos para troca de fármacos (chances de angioedema).

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10
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de hidralazina + nitrato.

A

Usado em pct com insuficiência renal que não toleram associação de BRA + IECA.

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11
Q

O que pode gerar uma dose excessiva de diuréticos no tratamento da ICFER.

A

Depleção eletrolítica (K e Mg); ativação neuro-humoral; hipotensão e azotemia. Por isso, deve-se sempre fazer ajuste da dose e verificar peso, edema, pressão venosa, hipotensão postural e eletrolíticos do paciente.

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12
Q

O que ocorre com uma dose subeótima de diuréticos no tratamento da ICFER?

A

Retenção de líquido e descompesação da ICFER crônica.

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13
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de ivabradina.

A

Usado em pcts sintomáticos; com FE menor ou igual a 35%; ritmo sinusal; FC maior que 70 mesmo em dose plena de betabloq, IECA e ARM.
Reduz hospitalização por IC e morte cardiovascular.

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14
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de digitálicos.

A

Usados para controle da FC, e diferente da ivabradina, pode ser usado em FA. Associação com IECA, betabloq e diuréticos. Contraindicações de bradiarritmias e MCH obstrutiva.

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15
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de anticoagulação.

A

Apenas em caso de FA, tromboembolismo prévio ou trombo mural.

16
Q

No tratamento de ICFER, defina as características do uso de ressincronisação em pacientes com BRE.

A

Implante de marcapasso que leva a melhora clínica (maior tolerância ao esforço e qualidade de vida) e redução da mortalidade. Benefícios foram observados em pacientes com:
- FE < ou igual a 35%
- ritmo sinusal
- classificação 3 e 4 do NYHA
- tratamento clínico otimizado por mais de 3 meses
- BRE com QRS superior ou igual a 150ms.
- BRE 130-149ms ou não BRE maior que 150ms.

18
Q

Qual a definição de insuficiência cardíaca aguda?

A

IC de início rápido ou mudança clínica dos sinais/sintomas de IC com necessidade urgente de terapia.
Cursa com alta mortalidade em 1 ano, taxa de reinternação de cerca de 50% em 1 ano.

Início rápido: em decorrência a um IAM, por exemplo, levando a congestão e edema agudo de pulmão. Outros exemplos: crise hipertensiva, miocardites e valvopatias agudas.
Mudança clínica de pacientes com IC crônica: maioria dos casos por erro de manejo.

19
Q

Qual a bordagem inicial da IC aguda?

A

Identificar risco imediato de vida e abordagem terapêutica. Deve se tratar a etiologia e a causa da descompensação.
Baixo débito/choque cardiogênico: inotrópicos/BIA/suporte mecânico.
Congestão pulmonar importante com SatO2 < 90%: suporte ventilatório e O2.
Arritmia com repercussão: cardioversão elétrica, marcapasso provisório.
Insuficiência coronariana aguda: PTCA/trombolítico.
Lesão valvar aguda: ETE/intervenção cirúrgica/percutânea.

20
Q

Com quanto tempo deve-se identificar paciente com alto risco imediato de vida?

A

Em até 30 minutos

21
Q

Quais podem ser as causas de descompensação de uma IC crônica?

A

Falta de adesão; arritmias; drogas; isquemia; HAS; TEP; anemia; infecções; gestação; tireoide.

22
Q

Quais os 4 critérios que se devem identificar para realizar o tratamento de uma IC aguda?

A

Etiologia; modelo hemodinâmico (estado de congestão e/ou baixa perfusão); modelo fisiopatológico (avaliar fração de ejeção) e modelo clínico (agudo ou crônica descompensado).

23
Q

Quais sinais de hipoperfusão?

A

Hipotensão; pulso fino; sonolência; extremidades finas; oligúria; confusão mental.

24
Quais sinais clínicos de congestão pulmonar?
dispnéia; estertores pulmonares; pressão venosa elevada; edema; ascite.
25
Qual estado hemodinâmico de um paciente compensado?
Quente e seco.
26
Em pct com perfil hemodinâmico quente e úmido, qual deve ser o tratamento farmacológico?
Diuréticos e vasodilatadores para perda hídrica e redistribuição da volemia.
27
Em caso de pct com perfil hemodinâmico frio e seco, qual deve ser a causa e o tratamento dessa descompensação?
Causa: excesso de diuréticos. Tratamento: suspender diuréticos e possível reposição volêmica.
28
Em um pct com perfil hemodinâmico frio e úmido, qual deve ser o tratamento?
Perfil com pior prognóstico. Uso de inotrópicos e vasopressores para aumentar DC e correção de volume com diuréticos.
29
Quanso deve internar paciente com IC?
Sinais clínicos de baixo DC, hipotensão, piora da função renal, diminuição do sensório, congestão pulmonar importante, dispnéia em repouso, taquipnéia, satO2 < 90%, arritmia com repercussão, insuficiência coronariana aguda, comorbidades agudas, infecções, embolia pulmonar, DM descompensado, AVE, aumento de mais de 5kg de peso corporal.
30
Qual o tratamento hemodinâmico da IC aguda?
Diuréticos como furosemida para o controle de paciente hipervolêmicos/congestos; vasodilatadores como nitroglicerina e nitroprussiato de sódio em paciente com congestos com necessidade de redistribuição da volemia; inotrópicos como dobutamina para pacientes com baixo débito cardíaco. Esses 3 tratamentos não possuem efeito benéfico na redução da mortalidade desses pacientes. Além disso, bloqueio neuro-humoral com IECA/BRA, betabloq, espironolactona, etc. Esse sim tem redução da mortalidade.
31
Diferencie o uso de diuréticos em paciente com IC aguda ou IC crônica descompensada;
Na IC aguda temos uma volemia normal, porém mal distribuída, por isso, o uso de diuréticos se faz de forma parcimonioso. Já na ICCD temos retenção de Na e água, com volemia aumentada e certa resistência ao diurético, por isso, usa-se de forma generosa.
32
Quais efeitos hemodinâmicos favoráveis e efeitos adversos possui o uso de vasodilatadores na ICC descompensada?
Favoráveis: redução da resistência vascular periférica; redução da pressão de enchimento; aumento do DC; melhora sintomática. Adversos: hipotensão sintomática e piora da função renal. Essa medicação deve ser feita de modo a necessitar de monitorização frequente da PA.
33
Quando usar Inotrópicos na ICD?
Quando houver ICD com sinais de baixo débito cardíaco; em pacientes não responsivos ou intolerantes a diuréticos e vasodilatadores; em pacientes congestos, com piora da função renal, não responsivos a diurético.
34
Quais efeitos favoráveis e efeitos adversos do uso de inotrópicos?
Favoráveis: aumento do débito cardíaco e redução das pressões de enchimento. Adversos: lesão miocárdica; arritmias; maior mortalidade.
35
Como fazer manejo de pacientes com uso crônico de betabloqueadores que possuem resistência à dobutamina e apresentam ICD com baixo débito cardíaco?
Existem outros medicamentos inotrópicos com outros mecanismos de ação de modo a contornar a resistência a dobutamina, são eles:......