med mob cardio HAS Flashcards
(37 cards)
HIPERTENSÃO PODE SER DIVIDIDA EM:
QUAL SUA PREVALENCIA?
A hipertensão arterial sistêmica pode ser dividida em primária ou essencial (90% dos casos) e secundária, sendo a doença parenquimatosa renal a forma mais comum. Além disso, é uma patologia extremamente prevalente que acomete mais de um bilhão de pessoas no mundo e cerca de 30 a 35% da população brasileira.
QUAIS SÃO OS ÓRGÃOS ALVOS QUE ACOMETE HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Órgãos-alvo: coração, cérebro, rim, retina e vasos (aortopatia e doença arterial periférica).
COMO REALIZA SEU DIAGNÓSTICO:
Medidas ambulatoriais da PA: será considerado hipertenso o paciente que mantiver PA ≥ 140x90 mmHg em, pelo menos, duas consultas com intervalo de dias ou semanas.
Pacientes com PA > 180 x 110 mmHg: podem receber o diagnóstico de HAS já na primeira consulta.
Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA): deve ser realizada na residência do paciente com esfigmomanômetro digital certificado por cinco dias (três medidas pela manhã e três à tarde). Valores menores que 130x80 mmHg são considerados normais.
Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA): pode diagnosticar ou confirmar HAS, bem como identificar hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada.
QUAIS Exames complementares REALIZADOS?
Os seguintes exames complementares devem ser solicitados para todos os pacientes com diagnóstico de HAS:
Eletrólitos e creatinina;
Glicemia de jejum;
Perfil lipídico;
Ácido úrico;
Urinálise;
Hemograma completo;
Microalbuminúria ou relação proteína/creatinina;
TSH;
Eletrocardiograma;
Ecocardiograma: mais sensível que o ECG quanto ao diagnóstico de hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE). É indicado caso haja indícios de HVE no ECG ou em pacientes com suspeita de IC;
US de carótidas e vertebrais: indicado na presença de sopro carotídeo, suspeita de doença cerebrovascular ou presença de doença aterosclerótica em outros sítios;
Medida da velocidade da onda de pulso (VOP): indicada em hipertensos de baixo e médio risco, sendo útil para avaliação da rigidez arterial.
Classificação:
HAS
QUAL É O Tratamento HAS
Não-farmacológico: perda ponderal, dieta DASH maior potássio, magnésio e cálcio, redução na ingesta de sal, atividade física e cessação do tabagismo.
Farmacológico:
Primeira linha:
Diuréticos tiazídicos: inibe bomba Na/Cl no túbulo contorcido distal pode levar à hipocalemia e precipitar crise de gota.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA): inibem formação de angiotensina I em II e aumenta bradicinina (faz vasodilatação e precipita tosse) azotemia.
Bloqueadores de receptores de angiotensina (BRA): bloqueiam receptores AT1 da angio II –> a principal vantagem sobre os IECA é ausência de tosse.
Bloqueadores do canal de cálcio (BCC): bloqueiam os canais lentos de cálcio na musculatura lisa vascular.
Observação: podemos dividir os BCC em duas classes: cardiosseletivas (verapamil > diltiazem – coronariodilatadoras, inotrópicas e cronotrópicas negativas) e vasosseletivos (di-hidropiridinas – “dipinas”) com ação vasodilatadora. Preferência por dipinas de longa duração. Edema maleolar, hiperplasia gengival e contraindicados na ICFER (exceto anlodipino).
Pacientes negros e idosos respondem melhor à combinação de diurético tiazídico + BCC.
Segunda linha:
Betabloqueadores: são indicados caso haja indicação para seu uso, como insuficiência cardíaca, doença coronariana e controle de FC.
Outros: alisquireno, metildopa (gestantes), clonidina, hidralazina, minoxidil e reserpina.
Se HAS estágio 1 ou baixo risco CV, monoterapia ou MEV por 6 meses.
QUAIS SÃO AS METAS DE TRATAMENTO?
De forma geral, < 140 x 90mmHg;
<130 x 80mmHg, se alto risco cardiovascular;
Evitar PA < 120x70 mmHg para reduzir os efeitos deletérios da hipotensão diastólica, principalmente em diabéticos e coronariopatas;
Em idosos hígidos, as metas de tratamento são PAS de 130 a 139 e PAD de 70 a 79 mmHg, e o limiar de tratamento é ≥ 140x90 mmHg;
Para idosos frágeis as metas de tratamento são PAS de 140 a 149 e PAD de 70 a 79 mmHg, e o limiar de tratamento é ≥ 160x90 mmHg;
Em gestantes, PA ≥ 160/100 mmHg deve ser caracterizada como urgência e tratada como tal –> os principais anti-hipertensivos das gestantes são metildopa, nifedipino e hidralazina.
HAS resistente definição:
É definida como a PA não controlada apesar do uso de 3 drogas em dose otimizada, sendo uma delas um diurético.
HAS refrátaria definição:
HAS refratária é aquela tratada com mais de 5 drogas, incluindo espironolactona + tiazídico.
ANTES DE VERIFICAR A PA QUAL SÃO AS CONDUTAS QUE DEVO TOMAR?
Antes de verificar a PA, solicitar ao paciente que esvazie a bexiga e descruze as pernas. Método palpatório antes de medir. PA sistólica fase I Korotkoff e diastólica fase V Korotkoff.
HAS DO JALECO BRANCO É O PACIENTE DOENTE / NÃO DOENTE
NÃO DOENTE
HAS MASCARADA PACIENTE DOENTE / NÃO DOENTE
DOENTE
APÓS DETERMINARMOS O ALVO PRESSÓRICO DEVEMOS ESCOLHER :
A ESTRATÉGIA DE SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA : Doença coronariana
Betabloqueadores, IECA ou BRA-II.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA :Insuficiência cardíaca
IECA ou BRA-II, betabloqueadores, diuréticos e antagonista da aldosterona.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Fibrilação atrial
betabloqueadores ou bloqueadores de canal de cálcio (diltiazem ou verapamil).
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Diabéticos
todos os antihipertensivos, com vantagens para IECA nos nefropatas.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Nefropatia crônica
IECA ou BRA-II. Os diuréticos são a segunda opção.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Transplantados renais:
bloqueador de canal de cálcio e BRA-II (primeira escolha por prevenir perda do enxerto)
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA brancos e jovens
IECA ou betabloqueador.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Gestantes
metildopa ou hidralazina ou pindolol.
ESTRATEGIA DE SELEÇAO DE MEDICAMENTO PARA Idosos/negros
diuréticos tiazídicos ou bloqueador do canal de cálcio. Esses pacientes respondem menos a betabloqueadores, IECA ou BRA-II por apresentarem menos atividade renina-angiotensina-aldosterona.
Pode associar IECA E BRA?
nunca associar IECA e BRA, já que possuem mecanismo semelhante e podem causar hipercalemia.
COM RELAÇÃO A ESTRATEGIA DE SELEÇÃO DE ANTIHIPERTENSIVOS HÁ Outras condições especiais COM associações benéficas, QUAIS SÃO?
Enxaqueca/tremor essencial: betabloqueador;
Hiperplasia prostática benigna: alfa-1 bloqueador;
Osteoporose: diurético tiazídico;
Nefrolitíase por oxalato de cálcio: diurético tiazídico.