Neuro p1 revisão Flashcards

(85 cards)

1
Q

Instalação aguda de um deficit neurológico

focal persistente, do território carotídeo : quais os sintomas?

A

(1) Território carotídeo (circulação anterior):
síndromes de cerebral média e cerebral anterior.
• Hemiparesia/plegia (o mais comum - 85%
dos casos).
• Hemianestesia/parestesia.
• Paralisia facial central, disartria.
• Apraxia.
• Astereognosia.
• Afasia (motora, sensorial, de condução) –
Hemisfério esquerdo/dominante.
• Anosognosia/Heminegligência – Hemisfério
direito.
• Desvio do olhar conjugado contra a hemiplegia
nos primeiros 1-2 dias

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2
Q

Instalação aguda de um deficit neurológico
focal persistente, do território
vertebrobasilar: quais os sintomas?

A

(2) Território vertebrobasilar (circulação posterior):
síndromes de cerebral posterior, cerebelo
e tronco encefálico.
• Hemiparesia/plegia ou Tetraparesia/plegia.
• Hemianestesia/parestesia ou Anestesia/parestesia
bilateral.
• Síndromes cruzadas (motoras ou sensitivas)
– Lesões de tronco.
• Tonteira vertigem-símile, Náuseas, Nistagmo
– Síndrome vestibular.
• Ataxia cerebelar.
• Diplopia (Síndromes oculomotoras).
• Paralisia facial periférica.
• Disartria, Disfagia, Disfonia (Síndrome bulbar).
• Síndrome de Horner.
• Desvio do olhar conjugado na direção da
hemiplegia ou para baixo

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3
Q

de todos os fatores de risco para AVC, qual o principal???

A

a hipertensão arterial (incluindo a
hipertensão sistólica isolada do idoso) é o
principal fator de risco para AVE isquêmico,

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4
Q

A artéria mais incriminada no AVE aterotrombótico

é ?

A

1- A. Carótida Interna(origens
mais comuns: próximo à bifurcação carotídea
e, em segundo lugar, no sifão carotídeo)

2- A. vertebral( no seu
segmento distal ou na sua junção com a artéria
basilar

3-  Artérias
intracranianas, como a origem da cerebral
média, artéria basilar proximal e, bem
menos frequente, a origem das cerebrais
posterior e anterior
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5
Q

qual o território cerebral mais acometido pelo AVC isquemico?

A

artéria cerebral média

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6
Q

qual o dxx dif de AVE ( isquêmico ou hemorragico)

A

1- epilepsia (especialmente
no estado pós-ictal – paralisia de Todd)

2- hipoglicemia, n
3- a aura de enxaqueca e na
4- hipotensão arterial em pacientes com aterosclerose
prévia das artérias intra ou extracranianas.

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7
Q

Déficit neurológico focal
súbito > 15 minutos
= x

A

Déficit neurológico focal
súbito > 15 minutos
= internação + exame
de imagem

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8
Q

qual a definição de AIT?

A

evento agudo de isquemia encefálica

não associado a infarto cerebral.

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9
Q

como ver o risco de AVE isquemico atraves do escore ABCD2?

A

Age (idade) ≥ 60 anos = 1 ponto;

Blood pressure (PA) sistólica ≥ 140 mmHg ou
diastólica ≥ 90 mmHg = 1 ponto;

Clínica: paresia ou paralisia = 2 pontos;
apenas distúrbio da fala = 1 ponto; outros
deficits neurológicos = 0 ponto;

Duração ≥ 60 minutos = 2 pontos; entre
10-59 minutos = 1 ponto; < 10 minutos = 0
ponto;

O risco de AVE isquêmico nas 48 horas
subsequentes ao AIT são, de acordo com
o ABCD2:
6 ou 7 pontos: Alto risco (8,1%).
4 ou 5 pontos: Moderado risco (4,1%).
0 a 3 pontos: Baixo risco (1%).

manejo : Todos os pacientes com escore > 3 pontos
que se apresentem até 72h após o evento
devem ser hospitalizados para monitorização,
controle dos fatores de risco e início do
tratamento.

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10
Q

essa é a apresentação

clínica mais comum do AVE isquêmico!De qual apresentação clinica eu estou falando?

A

afasia de broca

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11
Q

sintomas da síndrome do primeiro neurônio motor

A

Paresia/plegia
Hiperreflexia tendinosa
Espasticidade

Sinal de Babinsk (cutaneoplantar
em extensão do hálux)
Abolição do reflexo cutâneo-abdominal

Atenção :: na fase aguda da lesão (primeiros 3-4 dias do AVE),
o deficit motor é do tipo flácido arreflexo,
frequentemente (mas nem sempre) evoluindo
nos próximos dias para um tipo espástico
hiper-reflexo.

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12
Q

Pq na lesão piramidal ocorre espasticidade muscular (hipertonia)
e exacerbação de reflexos ?

A

As alterações de tônus e reflexos decorrem
de lesão concomitante da via extrapiramidal.
Este feixe possui função inibitória
sobre a via piramidal, razão pela qual sua
lesão causa espasticidade muscular (hipertonia)
e exacerbação de reflexos.

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13
Q

Onde é a lesão?Hemiparesia ou hemiplegia proporcionada
fasciobraquiocrural (face, braço,
mão, perna e pé):

A

a lesão é contralateral
e está na cápsula interna, mesencéfalo ou
ponte alta.

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14
Q

Onde é a lesão? Hemiparesia ou hemiplegia desproporcionada: poupando o pé (predomínio fasciobraquial),
associado à hemianestesia do mesmo
lado

A

típico do AVE da cerebral média

(lobo frontal lateral);

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15
Q

Onde é a lesão? Hemiparesia ou hemiplegia desproporcionada: poupando a mão e a face (predomínio
crural), associado à hemianestesia do mesmo
lado

A

típico do AVE da cerebral anterior

(lobo frontal medial);

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16
Q

Onde é a lesão? Hemiparesia ou hemiplegia desproporcionada: poupando a mão e a face (predomínio
crural), associado à hemianestesia do mesmo
lado

A

típico do AVE da cerebral anterior

(lobo frontal medial);

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17
Q

Onde é a lesão? Hemiparesia ou hemiplegia desproporcionada: só da mão, só da perna, só da face ou
só da língua

A

lesão cortical, na coroa radiada
ou AVE lacunar em uma porção da
cápsula interna. A hemianestesia nos dois
primeiros casos deve-se à lesão concomitante
do córtex sensorial primário, vizinho
ao córtex motor.

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18
Q

Onde é a lesão?Hemiparesia ou hemiplegia braquiocrural
de um lado + facial do outro (síndrome
cruzada pontina):

A

nestes casos a
lesão acomete a porção anterior do tronco
encefálico, lesionando o feixe piramidal
(que ainda não cruzou) e o nervo facial
(VIIº par craniano), levando à hemiparesia/
plegia contralateral à lesão e à paralisia facial
periférica, manifestada do mesmo lado
da lesão.

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19
Q

Onde é a lesão?Hemiparesia ou hemiplegia braquiocrural,

poupando a face + disartria grave:

A

a lesão é contralateral (feixe piramidal
ainda não cruzou) e está no bulbo (pirâmide
bulbar), geralmente um AVE de bulbo. A
disartria deve-se à lesão do IXº e Xº pares
cranianos. Não ocorre paralisia facial associada,
pois o nervo facial emerge do tronco
na ponte!

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20
Q

Paresia ou plegia alternada (braço de

um lado e perna de outro), poupando a face:

A

a lesão está na decussação das pirâmides,

ao nível do bulbo distal, geralmente tumoral.

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21
Q

Tetraparesia ou tetraplegia + anestesia

abaixo do nível acometido:

A

a lesão é
bilateral do tronco ou da medula espinhal
cervical.

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22
Q

Paraparesia ou paraplegia + anestesia

abaixo do nível acometido:

A

lesão é bilateral

da medula espinhal torácica ou lombar.

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23
Q

Hemiparesia ou hemiplegia braquiocural
ou crural de um lado + hemianestesia
termoálgica do outro:

A

síndrome da hemissecção
medular (Brown-Sequard). A lesão é
ipsilateral ao deficit motor (via piramidal
após ter cruzado na junção bulbomedular).

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24
Q

quais os Subtipos de AVE isquêmico ?

A
1- Cardioembólico.
2- Aterotrombótico de grandes e médias artérias
e arterioembólico (geralmente classificados
em conjunto).
3- Aterotrombótico de pequenas artérias
(AVE lacunar).
4- Causas raras.
5- Criptogênico.
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25
Como é feito o dxx de AVE isquêmico?
Todo deficit neurológico focal súbito > 15 minutos: estabilizar o paciente e solicitar TC de crânio não contrastada ou Ressonância magnética de crânio (encéfalo). Lembre: O AVE isquêmico só aparece na TC após 24-72 horas e, na abordagem inicial, sua principal utilidade é excluir a presença de hemorragia! No caso de clínica compatível com AVE e TC normal, tratar como AVE isquêmico e repetir a TC dentro de 72h.
26
Qual a base do tto do AVE isquêmico?
1 - Verificar critérios para trombolítico venoso (rtPA = Alteplase). 2 - Se feito rtPA (Alteplase), não usar AAS ou heparina nas próximas 24h. 3 - Se não trombolizar, iniciar AAS 160-325 mg/dia e heparina profilática. Não usar heparina plena na abordagem inicial – risco de degeneração hemorrágica! 4 - Não usar anti-hipertensivo, a não ser em caso de: • PA > 220 x 120 mmHg (em qualquer situação), ou • PA > 185 x 110 mmHg, se for usar trombolítico, ou • Emergência hipertensiva (encefalopatia hipertensiva, IAM, dissecção aórtica, EAP, eclampsia). 5 - Controlar agressivamente: glicemia, sódio sérico e temperatura corporal. 6 - Nutrição precoce (evitar desnutrição). 7 - Reabilitação precoce (fisioterapia motora, fonoaudiologia).
27
quais os principais exames pedir na prevenção secundária do AVE isquêmico?
1 - Duplex-scan de carótidas e vertebrais, Angio-RM ou Angio-TC: avaliar aterotrombose extracraniana. 2 - ECG: avaliar fibrilação atrial, IAM anterior. 3 - Ecocardiograma: avaliar trombo ou condição emboligênica. Eventualmente utilizados: 4 - Doppler transcraniano, Angio-RM ou Angio-TC: avaliar aterotrombose intracraniana.
28
qual a conduta na prevenção secundária do AVE isquêmico aterotrombótico?
1-- AAS 50-325 mg/dia ± dipiridamol de liberação lenta 200 mg 2x/dia; nos alérgicos e intolerantes ao AAS: clopidogrel 75 mg/dia. 2-- Endarterectomia carotídea (em caso de estenose entre 70-99% do vaso, sintomática). (Opção: Angioplastia carotídea com stent). AVE cardioembólico: 3-- Warfarin (INR alvo entre 2 e 3) ``` + Controle dos fatores de risco: • Hipertensão arterial (principal) • Diabetes • Tabagismo • Dislipidemia ```
29
quais exames além de Tc devem ser solicitados para pacientes internados por suspeita de AVE ?
``` Devem ser também solicitados à admissão desses pacientes: hemograma, glicemia, bioquímica básica, lipidograma, coagulograma, ECG e marcadores de necrose miocárdica (“enzimas cardíacas”). ```
30
quais cuidados temos que ter em pacientes com AVE isquêmico?
Ao chegar no hospital para internação... 1-- VIAS AÉREAS : se tiver rebaixamento de consciência entubar 2-- SE HIPOVOLEMIA: não tratar com soro hipotônico ( SF 0,45% ou soro glicosado) 3-- CUIDAR DA GLICOSE: é prejudicial para o quadro clinico do paciente a glicemia < 60 e > 180 4-- CUIDAR DA HIPERTERMIA 5-- CUIDAR DA HIPONATREMIA : nível de Na <130 é prejudicial 6- CUIDAR COM A SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO : oxigênio suplementar está indicado para pacientes hipoxêmicos. A meta é atingir SatO2 > 94%
31
fatores AGUDOS que classicamente agravam a lesão neurológica do paciente com AVC:
hipertermia e hiperglicemia.
32
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA O USO DE rtPA NO | AVE ISQUÊMICO AGUDO
``` 1- Diagnóstico de AVEi causando deficit neurológico mensurável. 2- Início dos sintomas dentro do delta-T (< 4,5 horas) 3- Idade ≥ 18 anos. ```
33
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO PARA O USO DE rtPA NO | AVE ISQUÊMICO AGUDO
1- Traumatismo Cranioencefálico (TCE) significativo ou AVE nos últimos três meses. 2- Sintomas sugestivos de hemorragia subaracnoide. 3- Punção arterial em sítio não compressível nos últimos sete dias. 4- História prévia de hemorragia intracraniana. 5- Neoplasia intracraniana, malformação arteriovenosa ou aneurisma. 6- Cirurgia intracraniana ou intraespinhal recente. 7- PA sistólica > 185 ou PA diastólica > 110 mmHg. 8- Sangramento interno ativo. 9- Diátese hemorrágica aguda, incluindo (mas não limitada a): plaquetas < 100.000/ mm³; uso de heparina nas últimas 48 horas c o m a l t e r a ç ã o n o P T Ta ; u s o d e anticoagulantes com INR > 1,7s ou TP > 15s; uso atual de inibidores diretos da trombina ou do fator Xa com alteração dos testes de coagulação específicos. 10- Glicose < 50 mg/dl. 11- TC de crânio demonstrando infarto multilobar (hipodensidade > 1/3 do hemisfério cerebral).
34
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO( RELATIVOS) PARA O USO DE rtPA NO | AVE ISQUÊMICO AGUDO
1- Sintomas pequenos ou com rápida melhora (clareamento espontâneo). 2- Gravidez. 3- Convulsão no início dos sintomas com sintomas neurológicos residuais pós-ictais. 4- Cirurgia grande ou trauma grave nos últimos 14 dias. 5- Sangramento genitourinário ou digestivo nos últimos 21 dias. 6- IAM nos últimos três meses.
35
para o tto de ave isquemico, além da trombólise vascular quais outros ttos podem ser utilizados
1- trombectomia mecânica fazer a remoção do trombo (preferencialmente os de segunda geração: stent retriever) SEM OS CRITÉRIOS PARA ESSE ENTOA PODEM SER UTILIZADOS... 2- trombólise intra-arterial, 3- angioplastia com ou sem stent e trombólise combinada
36
em quais pacientes se recomenda fazer a trombectomia mecânica ( stent retriever)?
1- Escore mRS (Escala de Rankin modificada – ver adiante) pré-AVE 0-1. 2- Uso de trombolítico dentro das primeiras 4,5h. 3- Idade ≥ 18 anos. 4- Oclusão de grande artéria da circulação anterior proximal (a. carótida interna ou a. cerebral média M1). 6- NIHSS ≥ 6 (ver adiante). 7 - ASPECTS ≥ 6 (ver adiante). 8- Início do tratamento dentro de seis horas dos sintomas (quanto mais precoce, melhor).
37
Na escala NIHSS de avc, quando usar rtPA e quando não usar?
Em geral, os melhores resultados do rtPA no AVE isquêmico são obtidos em pacientes com NIHSS entre 4 e 22. Num NIHSS abaixo de 4, o deficit neurológico geralmente é pequeno e não justifica os riscos da terapia trombolítica, enquanto no NIHSS acima de 22 (considerado AVE grave) o prognóstico é ruim na grande maioria dos casos
38
quando a resposta a trombonolíticos pode ser considerada positiva na escala NIHSS?
considerada positiva quando há uma redução de 8 pontos na escala (melhora parcial) ou quando o paciente apresenta NIHSS ≤ 1 (melhora completa).
39
oq é o Escore APECTS?
Divide o território da A. Cerebral Média (ACM) em dez regiões padronizadas avaliadas em dois cortes da TC de crânio: na altura do tálamo e núcleos da base e o próximo corte logo acima dos núcleos da base. Cada área de hipodensidade precoce na TC sem contraste diminui 1 ponto no escore. Uma TC normal tem escore ASPECTS de 10 e o escore zero indica isquemia difusa.
40
QUAL ANTI-HIPERTENSIVO USAR NO CASO DE AVE ?
O anti-hipertensivo de escolha é o labetalol venoso. O nitroprussiato de sódio passa a ser o escolhido quando PA diastólica ≥ 140 mmHg ou pela ausência do labetalol na grande maioria de nossos hospitais. Como vantagem, é uma droga de efeito rápido e facilmente titulável.
41
como é a epidemiologia das meningites bacterianas?
- Ocorre mais no inverno (aglomerações em ambientes fechados – transmissão geralmente respiratória). - 90% dos casos são em crianças de até 5 anos. Outros fatores de risco: idade avançada, gestação, imunodepressão, alcoolismo, TCE, neurocirurgia
42
Qual a etiologia das meningites bacterianas
- GERAL (Brasil - Ministério da Saúde): 1º Neisseria meningitidis (meningococo) - GERAL (EUA - Harrison): 1º Streptococcus pneumoniae (pneumococo), 2º meningococo
43
Populações de risco para Listeria
- neonatos, - idosos, - transplantados, - gestantes, - pacientes com câncer e - usuários de imunossupressores.
44
Populações de risco para Bastonetes Gram-negativos:
- alcoólatras, - diabéticos, - pacientes com infecção crônica do trato urinário, - estrongiloidíase disseminada -submetidos à neurocirurgia.
45
Populações de risco para S. agalactiae:
recém-nascidos e pacientes > | 50 anos com doenças crônicas.
46
Populações de risco para S. aureus e S. epidermidis:
portadores de DVP e dispositivos para QT intratecal, além de pacientes submetidos à neurocirurgia ou com fratura aberta de crânio.
47
quais os principais agentes na meningite pós-lombar?
Na meningite pós-punção lombar, principais | agentes são o S. aureus e a Pseudomonas
48
quadro clínico + Ef da meningite bacteriana
- Clássico: FEBRE + CEFALEIA + RIGIDEZ DE NUCA - Rebaixamento de consciência (75%) - Náusea, vômitos, fotofobia - Convulsões (20-40%) – tardias (>48 h) se associam a pior prognóstico. EF: - Hipertensão intracraniana (HIC) >> pupilas dilatadas e pouco reativas, papiledema, paralisia do VIº par, postura de descerebração, reflexo de Cushing (bradicardia, hipertensão arterial, arritmia respiratória). - Sinais de irritação meníngea: KERNIG e BRUDZINSKI. - Petéquias e púrpuras sugerem meningococcemia (sepse pelo meningococo). São precedidas por exantema de evolução rápida, logo no início do quadro febril.
49
Qual a clínica da meningite bacteriana em recém nascidos?
Clínica em recém-nascidos: quadro inespecífico (febre, irritabilidade, vômitos, convulsões...)  por isso recomenda-se punção lombar em toda sepse nesta faixa etária.
50
como é a conduta diagnóstica e a terapêutica nos casos de meningite bacteriana?
``` - Suspeita diagnóstica = 1- coleta de hemoculturas, 2- punção lombar (PL) e 3- esquema antibiótico empírico (de preferência nesta ordem, mas sem atrasar o antibiótico). ```
51
quais pacientes requerem TC ou Rm antes da punção Lombar( nos casos de meningite )?
Requerem TC ou RM antes da PL: imunocomprometidos, TCE recente, papiledema, alteração do nível de consciência, deficit neurológico focal... Não atrasar antibiótico: iniciar antes do exame de imagem!
52
como se faz a punção lombar?
paciente em posição fetal, | melhores espaços são L3-L4, L4-L5 e L5-S1
53
características do liquor da meningite bacteriana
A- Pressão de abertura elevada, coloração turva ou purulenta. B- Contagem celular > 100 células/mm3 (pleocitose), com predomínio de polimorfonucleares. C- Hipoglicorraquia (glicose do LCR inferior a 40 mg/dl ou relação glicose LCR / glicose soro < 0,4). D- Hiperproteinorraquia (> 45 mg/dl).
54
Principais diagnósticos diferenciais da meningite bacteriana
- Meningites e meningoencefalites virais (pleocitose mononuclear, glicose normal). - Hemorragia subaracnoide: sem febre, TC diagnóstica em 95% dos casos, PL com sangue.
55
qual o tto das meningites bacterianas
A antibioticoterapia empíria para adultos de 18-50 anos é Cefrtiaxona 2g EV 12/12 horas por 10-14 dias. Maiores de 50 anos, etilista – penso em grams -, então além da cefrtiaxona eu associo ampicilina 2g EV de 4/4 horas por 14-21 dias Corticoide (dexametasona) durante 2 a 4 dias reduz sequelas (principalmente surdez) na meningite por hemófilo e pneumococo. Iniciar o mais rápido possível (de preferência antes do antibiótico).
56
qual a diferença dos sintomas de meningite no adulto e no idoso?
jovem é: febre > cefaleia e vômitos > meningismo > alteração do estado mental. No idoso é ao contrário: alteração do estado menal > febre > meningismo > cefaleia
57
Quando repetir a punção lombar no caso de meningite bacteriana?
- Após 24-36h de tratamento na meningite por pneumococo e após 48h na meningite por S. aureus. - Após 48h de tratamento em caso de piora clínica (qualquer agente).
58
qual a patógeno mais comum na meningite bacteriana em pessoas e 2 - 20 anos?
Neisseria meningitidis (meningococo)
59
No Brasil, o principal agente etiológico das meningites | bacterianas fora do período neonatal é:
Neisseria meningitidis.
60
quais alterações eu posso | encontrar na punção lombar de meningite bacteriana?
``` Pressão de abertura (cmH2O) > 18 Celularidade (cels/mm3) > 500 Polimorfonucleares > 66 a 70% Linfomononucleares < 34% Proteínas (mg/dl) > 45 Glicose (mg/dl) < 40 (ou < 40% da sérica) Bacterioscopia Positiva em > 60% Cultura Positiva em > 80% ``` explicação Pressão de abertura (opening pressure): a pressão normal situa-se abaixo de 18 cm H2O. Na MB os valores estão acima dos valores normais em 90% dos casos Coloração: o liquor normal é límpido e incolor como “água de rocha”. Na MB O aumento de elementos figurados (células) deixa o liquor turvo. A presença de neutrófilos degenerados deixa o liquor com aspecto purulento. Contagem celular: o liquor normal apresenta até 4 células/mm3, geralmente linfócitos e monócitos. Na MB - Em casos de meningite bacteriana aguda, a contagem celular é superior a 100 células/ mm3 (geralmente > 500), com predomínio de neutrófilos ou polimorfonucleares, em 90% dos casos. Em cerca de 1/3 dos pacientes com meningite por Listeria monocytogenes predominam os mononucleares Bioquímica: : utiliza-se técnicas bioquímicas para dosagem de glicose, proteínas, cloretos, ureia, etc. - Em meningites bacterianas ocorre hipoglicorraquia, representada por glicose do LCR inferior a 40 mg/dl ou por uma relação glicose LCR / glicose soro < 0,4 . O valor normal da glicose no LCR é superior a 2/3 da glicemia. Em meningites bacterianas, as proteínas excedem o valor de 45 mg/dl (normal até 30 mg/dl). Pesquisa de antígenos bacterianos: a pesquisa de antígenos bacterianos poderá ser processada pela técnica de aglutinação pelo látex ou contraimunoeletroforese, sendo a primeira mais comumente utilizada. Ambas nos fornecem resultados rápidos e podem ser executadas utilizando liquor, soro ou outros fluidos biológicos.
61
como é o quadro clínico das meningites virais?
semelhante à meningite bacteriana (cefaleia, febre, irritação meníngea), porém geralmente menos grave. Os sinais de Kernig e Brudzinski estão habitualmente ausentes.
62
quais os vírus envolvidos nas meningites virais?
Vírus envolvidos: os enterovírus (coxsackie, ecovírus, etc.) causam 75-90% dos casos. Outros envolvidos são herpes simplex, varicela zóster, Epstein-Barr, HIV, caxumba
63
como é feito o dxx de meningite viral?
Pelo Liquor O liquor é claro ou levemente opalescente, com aumento da celularidade (mas geralmente mantendo < 500 células/mm3 ) e predomínio de mononucleares, com elevação discreta de proteínas e glicose geralmente normal. dxx etiológico: -cultura do liquor -sorologia pareada ( intervalo de 10 a 14 dias) -coprocultura para virus ( em susp de enterovirose) -cultura de secreção de orofaringe -PCR : A PCR do liquor é uma técnica já utilizada para o diagnóstico das meningites virais, sendo mais sensível que as anteriormente citadas.
64
como é o tto da meningite viral?
``` Tratamento: - Suporte, geralmente não é necessária internação. - Nos casos graves de meningite por HSV, VZV ou EBV, alguns autores recomendam Aciclovir. ```
65
Meningoencefalite herpética: oq é
meningoencefalite grave, cujo quadro clínico se assemelha à meningite bacteriana aguda (MBA).
66
Meningoencefalite herpética: agente patogenico
HSV-1.
67
Meningoencefalite herpética: como é a clínica?
igual à MBA + distúrbios de comportamento, | sinais neurológicos focais e difusos.
68
Meningoencefalite herpética: como é o liquor?
parecido com a meningite viral. Presença de > 500 hemácias/mm³ em 20% dos pacientes.
69
Meningoencefalite herpética: como estão os exames de neuroimagem?
Exames de neuroimagem e EEG: geralmente | alterações do lobo temporal.
70
Meningoencefalite herpética: como é feito o dxx?
Diagnóstico: PCR do liquor.
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Meningoencefalite herpética:qual o tto?
Tratamento: aciclovir. - Na dúvida MBA x meningoencefalite herpética, tratar ambas empiricamente até definir etiologia.
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Pressão de abertura | (cmH2O) no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL < 18 BACTERIANA : Aumentada VIRAL : Normal-Aumentada TUBERCULOSA: Aumentada
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Celularidade | (cels/mm3) no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL 0 a 4 ``` BACTERIANA : > 500 VIRAL : Aumentada, porém < 500 TUBERCULOSA: Aumentada, porém < 500 ```
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Polimorfonucleares no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL 0 BACTERIANA : > 66 a 70% VIRAL : < 34% TUBERCULOSA: < 34%
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Linfomononucleares no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL 100% BACTERIANA : < 34% VIRAL : > 66% TUBERCULOSA: > 66%
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Proteínas (mg/dl) no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL 40 BACTERIANA : > 40 VIRAL : 20-80 TUBERCULOSA: > 100
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Glicose (mg/dl) no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL > 40 BACTERIANA : < 40 VIRAL : Geralmente normal TUBERCULOSA: < 40
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Quanto ao LCR, qual a diferença do Bacterioscopia no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL Negativa BACTERIANA : Positiva VIRAL : Negativa TUBERCULOSA: Negativa ou Positiva
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Quanto ao LCR, qual a diferença da Cultura no LCR normal, na meningite bacteriana, na meningite viral, e na meningite tuberculosa?
LCR NORMAL Negativa BACTERIANA : Positiva VIRAL : Negativa TUBERCULOSA: Negativa ou positiva
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qual o tto da meningite tuberculínica?
RIPE 9 meses (novo esquema para meningoencefalite do MS) + corticoide nas primeiras 4-8 semanas. Punção lombar a cada 15 dias, até normalizar a proteína. Não é preciso firmar o diagnóstico para iniciar o tratamento: devido à alta probabilidade de sequelas, suspeitou = tratou. rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol durante 2 meses e rifampicina + isoniazida durante os 7 meses seguintes Dependendo do caso, se tiver piora dos sintomas, posso associar corticoide (prednisona 1-2mg/kg/dia por 4 semanas.).
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Um abscesso cerebral bacteriano pode se | originar de:
− Foco supurativo. − TCE penetrante, neurocirurgia. − Disseminação hematogênica. − Criptogênico (20-30% dos casos).
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Quais são as localizações mais frequentes dos abscessos bacterianos?
Frontal e frontoparietal.
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Quadro clínico dos abscessos bacterianos:
Quadro clínico: − Tríade clássica: cefaleia + febre + deficit neurológico focal (os 3 juntos em < 50% dos casos). − Também podem ocorrer convulsões, rebaixamento do nível de consciência, náusea, vômitos...
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quais os exames complementares para o dx de abscesso bacteriano?
− TC: imagem hipodensa com captação anelar de contraste. − RM: superior à TC, pois tem capacidade de diagnosticar numa fase mais precoce. − Deve ser sempre realizada drenagem do abscesso, com fim terapêutico e diagnóstico (coleta de material para Gram e cultura). A via preferencial é a estereotáxica.
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qual o tto de abscesso bacteriano?
Tratamento: − Drenar sempre. − Iniciar antibioticoterapia empírica cobrindo anaeróbios. − Iniciar anticonvulsivante e manter pelo menos 3 meses. − Dexametasona nos casos com edema importante e hipertensão intracraniana.