Revisão Nefro Prova 1 Flashcards

(125 cards)

1
Q

principais causas de hipernatremia

A

1- Perda cutânea: clima quente, exercício físico
extenuante, queimadura.
2- Perda fecal: diarreia osmótica (gastroenterite).
3- Perda urinária por diabetes insipidus (central ou
nefrogênico), ingestão de etanol(poliúria aquosa
transitória), furosemida, diurese osmótica
(ex.: diabetes, manitol), diurese pós-obstrutiva,
diurese por necrose tubular aguda.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

qual a formula de correção da hipernatremia? qual o objetivo a ser alcançado?

A

Deficit de Água livre =
Água corporal total x Peso x [(Na/140) – 1].

reduzir a natremia em até 10 mEq/L
nas primeiras 24h.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

como reduzir a hipernatremia?

A

Preferencial: reposição de água livre por via
oral ou cateter enteral.
Nos casos de intolerância gastrointestinal /
necessidade de grandes volumes: reposição
venosa através de soro glicosado puro ou
salina hipotônica (0,45% ou 0,225%).
Se o paciente estiver hipovolêmico, repor com
SF 0,9% até atingir estabilidade hemodinâmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

qual o risco de correção rápida da natremia?

A

Risco de correção rápida da natremia:

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

uma complicação da hipernatremia

A

a redução
do volume cerebral pode “esticar” e romper
vasos cerebrais, levando a hemorragias
subaracnoide e intraparenquimatosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

em quais pessoas a hipernatremia ocorre?

A

isso ocorrerá principalmente com crianças,

idosos, pacientes debilitados ou comatosos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Causa de

hipernatremia Hipervolemica

A

Soluções salinas hipertônicas
Soluções de bicarbonato de
sódio
Hiperaldosteronismo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Causa de

hipernatremia com volemia quase normal

A

Diabetes insipidus

Perda associada à febre

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Causa de

hipernatremia hipovolemica

A
Perda gastrointestinal
Perda cutânea
Uso de diuréticos de alça
Diurese osmótica
Distúrbio na sensação de sede
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q
Para você que acabou de
ler HIPOnatremia e segue agora pela
HIPERnatremia, uma dúvida pode
surgir: a perda gastrointestinal (e outras
condições semelhantes) poderia levar a
ambos os distúrbios eletrolíticos? Como
vou saber qual dos dois o paciente terá?
A

A maior parte das perdas fluidas é
hipotônica (“diluída”, com mais “água livre”)
em relação ao plasma&raquo_space; tendendo a HIPERnatremia.
Mas se for reposto fluido hipotônico ( agua, SG 5%) em quantidade maior que a perdida pode dar Hipo natremia

Aquestão é simples. Perdeu fluido,
“bebeu água?”. Se bebeu (em excesso) =
Hiponatremia.Se não bebeu = HIPERnatremia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

como é o quadro clínico laboratorial da DI?

A

1 Desidratação.
2 Fraqueza, sede intensa (polidipsia), confusão
mental, convulsão.
3 Poliúria, enurese, noctúria.
4 Urina hipotônica (< 300 mOsm/L) + sódio
plasmático elevado + poliúria (50 ml/kg/dia).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

como fazer o dxx e confirmar a DI?

A

1 Confirmação da poliúria.
2 Teste da privação hídrica: iniciar pela
manhã (não fazer em pacientes francamente
desidratados), com medidas horárias
do peso corporal, da osmolaridade
plasmática e urinária e do sódio sérico.
Sem ADH, o paciente não consegue concentrar
a urina (não atinge osmolaridade
> 300, densidade > 1,010).
3 Diferenciar DI Central X Nefrogênico:
administrar DDAVP (0,03 mcg/kg SC ou
IV) e medir osmolaridade urinária após
1-2h. Se responder (aumento da osmolaridade
> 50%) = Central. Se não responder
= Nefrogênico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

tto da DI

A

Tratamento:
1 Central: Desmopressina (DDAVP - IV/SC/
Nasal/VO)
2 Nefrogênico: Diuréticos tiazídicos/amilorida
+ dieta pobre em sódio. Indometacina também
é efetiva em alguns pacientes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

qual o valor da natremia normal?

A

Natremia normal = 135-145 mEq/L

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

qual o valor da Osm efetiva normal?

A

Osm efetiva normal = 280 a 295 mOsm/L

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como se dá o controle da natremia?

A

Pelo mecanismo da sede e pelo Hormônio

Antidiurético (ADH) ou Vasopressina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Existem
dois estímulos fisiológicos que aumentam a
liberação de ADH:

A

1- Desidratação hipertônica = Aumento da osmolaridade
plasmática.
2- Baixo fluxo de sangue aos órgãos = Hipovolemia,
ICC, cirrose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

qual o grande risco da hiponatremia hipotônica?

A

Transferência de água do ECF para o ICF,
provocandoEDEMA CELULAR, especialmente
dos neurônios. Resultado: edema cerebral
(hipertensão intracraniana).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

sintomas de hiponatremia aguda ( <48h )

A

Hiponatremia
aguda (< 48h): responsável pelos casos sintomáticos
(cefaleia e náuseas, torpor, convulsões,
coma).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

qual o valor da hiponatremia aguda grave?

A

Hiponatremia aguda grave (< 110

mEq/L): pode causar a morte.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

quais os sintomas da hiponatremia crônica?

A

Hiponatremia
crônica (insidiosa): o mecanismo de proteção
neuronal (eliminação de solutos) protege os
neurônios (paciente assintomático)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Qual é a situação em que a hiponatremia

branda pode ser fatal?

A

Quando o paciente
já tinha hipertensão intracraniana, devido a
algum distúrbio neurológico grave (ex.: TCE,
hemorragia cerebral, tumor, etc.).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Quais são as causas de hiponatremia?

A

1- Hiponatremia hipovolêmica
2- Hiponatremia euvolêmica
3- Hiponatremia hipervolêmica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

quais as causas de Hiponatremia hipovolêmica

A

o estado hipovolêmico
estimula a liberação de ADH. É a
causa mais comum de hiponatremia.
1- Perda Extrarrenal (Na urinário < 20 mEq/L):
desidratação, diarreia, vômitos, perda para terceiro espaço (queimaduras, pancreatite,
trauma).
2- Perda Renal (Na urinário > 20 mEq/L): diuréticos,
nefropatia perdedora de sal, deficiência
mineralocorticoide, síndrome cerebral
perdedora de sal, bicarbonatúria e alcalose
metabólica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
causas de Hiponatremia euvolêmica:
SIAD, endócrina (hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal). O Cecil coloca como a principal causa de hiponatremia em pacientes internados.
26
causas de Hiponatremia hipervolêmica:
aumento da água corporal por aumento de ADH ou incapacidade de excretar água. Na urinário < 20 mEq/L: síndrome nefrótica, ICC, cirrose com ascite. Na urinário > 20 mEq/L: insuficiência renal oligúrica.
27
oq é a SIAD (Síndrome daAntidiurese Inapropriada ou, segundo o nome mais conhecido: SIADH – Secreção Inapropriada de ADH)
Nesta síndrome, há uma hiperfunção do ADH – este hormônio, como vimos, promove a retenção renal de água livre, causando hiponatremia.
28
quais as causas de SIADH?
1- Pós-operatório: especialmente as cirurgias abdominais em mulheres. 2- Doenças do SNC: TCE, meningites infecciosas, hemorragia subaracnoide. 3- Tumores: carcinoma de pulmão oat cell (pequenas células), Tu carcinoide. 4- Pneumopatias: legionelose, outras pneumonias, pneumopatias estruturais, etc. 5- Drogas: haloperidol, clorpropamida, carbamazepina, antidepressivos, sibutramina, ocitocina, quimioterápicos. • Outras doenças: AIDS
29
Critérios para dxx de SIADH:
hiponatremia hipotônica EUVOLÊMICA, ácido úrico baixo (< 4 mg/dl), sódio urinário alto (> 40 mEq/L), osmolaridade urinária inapropriadamente concentrada.
30
tto da hiponatremia
* Se for Hipovolêmica: SF 0,9%. * Se for Hipervolêmica (ICC, cirrose) ou euvolêmica (SIAD): restrição hídrica + furosemida. Considerar VAPTANs.
31
Hiponatremia aguda sintomática – como | tratar?
Objetivos: aumentar a natremia em 3-6 mEq/L nas primeiras 3h; aumentar a natremia em 8-10 mEq/L nas primeiras 24h. Utilizar salina hipertônica a 3% (misturar SF 0,9% com NaCl 20%, proporção 9:1). Fórmula de correção (mEq ou mmol de sódio): 0,6 x Peso x (Na final - Na inicial); se for mulher: trocar 0,6 por 0,5.
32
Risco de correção rápida da natremia:
síndrome | da desmielinização osmótica.
33
Qual é a importância da calemia?
Embora somente 2% do potássio corporal esteja no ECF, é a concentração plasmática de potássio (calemia) que deve ser mantida numa estreita faixa, entre 3,5-5,0 mEq/L (ou 5,5 mEq/L segundo alguns laboratórios) para evitar distúrbios neuromusculares
34
Qual é o principal reservatório corporal de | potássio?
As células musculares esqueléticas. A concentração de potássio intracelular chega a 140 mEq/L
35
Quais hormônios controlam o potássio?
Todos os três hormônios reguladores do potássio corporal agem baixando o potássio plasmático, protegendo o indivíduo contra a hipercalemia. São eles: Aldosterona (principal): aumenta a excreção renal de potássio. Insulina e Adrenalina (efeito beta-2): estimulam a entrada de potássio nas células.
36
Onde e como atua a aldosterona?
A aldosterona atua no túbulo coletor cortical, aumentando a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e H+. É sempre uma troca de cátion por cátion. Para cada Na+ reabsorvido, é eliminado 1 K+ ou 1 H+
37
Onde e como a aldosterona é liberada?
``` A aldosterona é produzida e liberada na zona glomerulosa da glândula suprarrenal. Existem dois estímulos principais para a secreção de aldosterona: (1) angiotensina II e (2) hipercalemia. ```
38
qual a relação do ph com a concentração de potássio sérica?
existe o fenômeno da troca de K+ por H+ na membrana das células. Na alcalemia (aumento do pH), há pouco H+ no extracelular, estimulando a saída de H+ das células para o plasma, seguida sempre da entrada de potássio nas células: Hipocalemia. Na acidemia (redução do pH), há muito H+ no extracelular, estimulando a entrada de H+ nas células, seguida sempre por saída de potássio das células para o plasma: Hipercalemia.
39
Existem basicamente dois mecanismos principais na hipocalemia :
(1) perda externa de potássio; (2) entrada | de potássio nas células
40
quais são as perdas externas de potássio ?
1- Perda gastrointestinal: qualquer!! Inclui vômitos, drenagem nasogástrica, diarreia, fístulas digestivas, laxantes. OBS : Característica laboratorial: potássio urinário baixo (< 15 mEq/dia). 2- Perda urinária: poliúria (qualquer causa), diuréticos (tiazídicos, furosemida, acetazolamida), alcalose metabólica, depleção de magnésio, hidrocortisona, aminoglicosídeos, anfotericina B, hiperaldosteronismo primário, hipertensão renovascular, síndromes tubulares (acidoses tubulares renais tipos I e II, síndrome de Bartter, síndrome de Gitelman, síndrome de Liddle). OBS : Característica laboratorial: potássio urinário alto (> 15 mEq/dia).
41
diga causas de hipocalemia por entrada de potássio nas células
Reposição de insulina, estresse cirúrgico ou clínico (adrenalina), beta-2-agonistas (Berotec, Aerolin), bicarbonato de sódio, alcalemia. Outras: paralisia periódica hipocalêmica (familiar ou tireotoxicose), intoxicação por sulfato de bário, intoxicação por cloroquina, tratamento da anemia megaloblástica
42
quais os sinais e sintomas da hipocalemia?
Fraqueza muscular, cãibras, fadiga, paralisia, rabdomiólise, íleo metabólico, constipação, encefalopatia hepática no cirrótico, extrassistolia frequente, taquiarritmias, torsades des pointes (especialmente na intoxicação digitálica e na depleção associada de magnésio), poliúria e polidipsia (no diabetes insipidus nefrogênico da hipocalemia crônica – nefropatia hipocalêmica).
43
Quais são as alterações da hipocalemia no Ecg?
``` Todo paciente com hipocalemia precisa de um ECG, pois as alterações neste exame são o prenúncio das arritmias cardíacas hipocalêmicas. 1- Alterações precoces: achatamento da T, onda U proeminente (U > T), apiculamento da P, infradesnível do ST. 2- Alterações mais graves: aumento do PR, alargamento do QRS. ```
44
Quais são as restrições na reposição de | potássio?
Não devemos ultrapassar a velocidade de 0,3 mEq/kg/h ou 40 mEq/h. Na veia central, concentração máxima de 60 mEq/L no soro e 40 mEq/L na veia periférica.
45
Como repor potássio?
A- Via de preferência: via Oral ou Enteral – quase todo o potássio administrado por via oral ou enteral é absorvido pelo intestino, exceto em caso de distúrbio do trato gastrointestinal B- Na hipocalemia leve (3,0 a 3,5 mEq/L), repõe-se 40 a 80 mEq por dia. obs: Em caso de distúrbio gastrointestinal, a reposição é venosa, adicionando-se KCl na Salina hipotônica a 0,45%. C- Na hipocalemia grave com alteração do ECG: repor por via venosa de 10-40 mEq/h, numa concentração de 40mEq/L (v. periférica) ou 60 mEq/L (v. central). O potássio deve ser dosado a cada 2h. Utilizar sempre a Salina a 0,45%. Nunca usar soro glicosado – a glicose estimula a liberação de insulina que, por sua vez, pode baixar transitoriamente o potássio!
46
Combinação Hipocalemia + Acidose metabólica | – quais são as causas?
1- Diarreia ou perdas digestivas do piloro para baixo. 2- Acidoses tubulares renais (Tipos I e II). 3- Sepse (hipocalemia + acidose lática). 4- Reposição de insulina na cetoacidose diabética. 5- Insuficiência renal aguda por aminoglicosídeos, anfotericina B e leptospirose
47
DIGA um importante fator desencadeante de encefalopatia hepática em pacientes cirróticos
A hipocalemia estimula diretamente a produção de amônia (NH3 ) pelo rim
48
paciente vem com arritmia... qual raciocinio vai fazer eu pensar que existe uma probabilidade maior de essa arritmia ter sido causada por hipocalemia ?
As arritmias precipitadas pela hipocalemia são muito mais prováveis na vigência de hipomagnesemia!
49
como diferenciar se a hipocalemia é extra-renal ou de perda renal
medimos a concentração de K+ na urina. Em caso de hipocalemia, naturalmente o K+ urinário não ultrapassa 15 mEq/d. Assim: • K+ urinário < 15 mEq/dia =Perda extrarrenal • K+ urinário > 15 mEq/dia = Perda renal. Neste caso, ainda podemos ter a dúvida se é uma perda secundária ou não à perda digestiva pré-pilórica, podendo-se dosar o cloreto urinário (<10 mEq/L nas perdas pré-pilóricas).
50
Em se confirmando a perda renal, resta-nos | ainda definir: síndrome tubular ou hiperaldosteronismo?
Para tanto, colhemos a gasometria arterial e calculamos o Gradiente Transtubular de Potássio (GTTK), que reflete a secreção de potássio no néfron distal: GTTK = K urinário x Osmolaridade Plasmática/ K plasmático x Osmolaridade Urinária Se : GTTK < 2: perda renal por aporte de sal aumentado no ducto coletor – diurese osmótica, nefropatia perdedora de sal, uso de diuréticos. se : GTTK > 4: perda por hipersecreção de K+ no ducto coletor (ATR tipo I e II, anfotericina B - ou hiperaldosteronismo, hipomagnesemia, vômitos): – ATR tipo I e II, anfotericina B – o paciente estará acidótico. – Hiperaldosteronismo, hipomagnesemia, vômitos – o paciente estará alcalótico.
51
quais as causas de hipercalemia?
``` Existem dois mecanismos principais: (1) retenção corporal de potássio, (2) saída de potássio das células. obs: A hipercalemia por administração excessiva não é esperada se a função renal estiver adequada. ```
52
quanto as causas de hipercalcemia, quais são as causas de retenção corporal de potássio?
1- Insuficiência Renal: é a causa mais importante!! 2- Hipoaldosteronismo (ATR Tipo IV) obs: sempre devemos pensar em hipoaldosteronismo quando temos uma hipercalemia inexplicada e
53
toda insuficiência renal causa hipercalemia?
Não é qualquer insuficiência renal que retém potássio, mas sim aquelas que cursam com oligúria, anúria ou TFG < 15-10 ml/min.
54
quanto as causas de hipercalcemia, quais são as causas de saída de potássio da célula?
``` Condições diversas: 1- rabdomiólise, 2- hiperosmolaridade (cetoacidose diabética, síndrome hiperosmolar não cetótica, hipernatremia), 3- acidose metabólica, 4- betabloqueador, 5- intoxicação digitálica, 6- succinilcolina, 7- paralisia periódica hipercalêmica. Obs.: Devemos descartar também a pseudo-hipercalemia que ocorre por sangue hemolisado, coleta em antebraço após fortes e repetidas contrações musculares ou trombocitose. ```
55
quais são os sintomas de hipercalemia?
Fraqueza muscular, paralisia, bradiarritmia…, parada cardíaca (fibrilação ventricular, atividade elétrica sem pulso ou assistolia).
56
quais são as alterações da hipercalemia no ECG?
Quais são as alterações no Ecg? Todo paciente com hipercalemia precisa de um ECG, pois as alterações neste exame são o prenúncio da parada cardíaca hipercalêmica. Alteração mais precoce: onda T alta e apiculada. Alterações mais graves: alargamento do QRS, achatamento e desaparecimento da onda P (ritmo “sinoventricular” ou padrão “ondas em sino”).
57
qual o tto da hipercalemia?
(A)Na hipercalemia grave com alteração do ECG: quatro medidas estão indicadas: (1) gluconato de cálcio (primeira medida) – o cálcio protege o coração contra a hipercalemia, prevenindo a PCR, mesmo sem baixar os níveis séricos de potássio; o gluconato de cálcio não está indicado na ausência de alterações no ECG; (2) glicose + insulina; (3) bicarbonato de sódio; (4) beta-2-agonista (Berotec, Aerolin). (B)Terapia de manutenção: furosemida (se houver diurese), Resina de troca (Sorcal). (C)Hipercalemia refratária ou recidivante na Insuficiência renal: indicação clássica de Diálise de urgência (a hemodiálise é a mais eficaz).
58
quando pedir um ECG para paciente com hipercalemia?
todo paciente com K > 6,5 mEq/L deve ter um ECG realizado imediatamente
59
Como é regulado o pH do nosso organismo?
Pelos sistemas-tampão e pelas respostas | compensatórias renal e respiratória.
60
O que é sistema-tampão?
É um sistema de substâncias químicas capazes de evitar grandes variações do pH do meio aquoso. Um sistema-tampão é formado por uma base fraca (“base tampão”) e um ácido fraco (“ácido tampão”), que se interconvertem.
61
Quais são os sistemas-tampão do organismo?
Sistema bicarbonato-dióxido de carbono: principal tampão do sangue e do ECF, sendo responsável por 1/3 do tamponamento. A reação H+ + HCO3- H2CO3 CO2 + H2O corre em ambos os sentidos, tamponando os ácidos, quando o bicarbonato se combina com o H+ , e tamponando as bases, quando o CO2 se combina com a água, repondo o H+ consumido. Tampão celular e ósseo: responsável por 2/3 do tamponamento. As células contêm bases fracas (ex.: hemoglobina) e ácidos fracos que funcionam como sistema-tampão. O H+ entra e sai da célula, sendo trocado na membrana celular por K+ ou Na+. O mineral ósseo também serve como tampão, através da troca de H+ com Ca+2
62
Como se dá a compensação renal dos distúrbios ácido-base?
Pela secreção e excreção tubular de H+ e pela reabsorção de HCO3 .
63
Como avaliar o equilíbrio acidobásico do | organismo?
``` Através da gasometria arterial (pH, bicarbonato e PCO2 ). A relação bicarbonato/PCO2 determina o pH, como em todo sistema-tampão: pH——[base] / [ácido]. * Valores normais: pH = 7,35-7,45 HCO3 = 22-26 mEq/L PCO2 = 35-45 mmHg. ```
64
Quais são os distúrbios acidobásicos puros | (simples)?
Acidose metabólica: pH baixo, HCO3 baixo Acidose respiratória: pH baixo, PCO2 alto Alcalose metabólica: pH alto, HCO3 alto Alcalose respiratória: pH alto, PCO2 baixo
65
O que é um distúrbio acidobásico misto?
É a existência concomitante de um distúrbio metabólico e um distúrbio respiratório. Na combinação de uma acidose com uma alcalose, o pH pode estar na faixa normal (ex.: acidose metabólica + alcalose respiratória). Na combinação de duas acidoses (acidose mista) ou de duas alcaloses (alcalose mista), o pH sofre uma variação muito acentuada.
66
diga Algumas formas de definir a resposta compensatória esperada nos distúrbios metabólicos
Acidose metabólica: estímulo imediato para hiperventilação (respiração de Kussmaul), eliminando mais CO2. PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 ± 2. Alcalose metabólica: estímulo imediato para hipoventilação, retendo mais CO2. PCO2 esperada = HCO3 + 15 obs:: Outra fórmula seria: ∆PCO2. = 0,6 x ∆bic
67
diga Algumas formas de definir a resposta compensatória esperada nos distúrbios respiratórios?
``` 1- Acidose respiratória Aguda: HCO3 aumenta 1 mEq/L quando a PCO2 aumenta 10 mmHg. Ou pela fórmula: ∆bic = 0,1 x ∆PCO2 . Crônica: HCO3 aumenta 4 mEq/L quando a PCO2 aumenta 10 mmHg. Ou pela fórmula: ∆bic = 0,4 x ∆PCO2 . 2- Alcalose respiratória: Aguda: HCO3 diminui 2 mEq/L quando a PCO2 diminui 10 mmHg. Ou pela fórmula: ∆bic = 0,2 x ∆PCO2 . Crônica: HCO3 diminui 4 mEq/L quando a PCO2 diminui 10 mmHg. Ou pela fórmula: ∆bic = 0,4 x ∆PCO2 . ```
68
oq é o anion gap?
É o conjunto de ânions plasmáticos “não medidos”. Na verdade, são todos os ânions que não o cloro e o bicarbonato, subtraídos de todos os cátions que não o sódio. Conceito: O Ânion-Gap (AG) aumenta sempre que ocorre um aumento de algum ânion novo no plasma que não seja o cloro nem o bicarbonato.
69
Como se calcula o ânion-gap?
AG = Na - Cl - HCO3 (Valor normal = 8,0-12 | mEq/L)
70
Para que serve o ânion-gap?
Para orientar a etiologia da acidose metabólica e como controle de tratamento em algumas acidoses metabólicas. As acidoses metabólicas são classificadas em: 1- Acidoses com AG elevado (normoclorêmicas) 2- Acidoses com AG normal (hiperclorêmicas)
71
diga causas de Acidoses com AG elevado (normoclorêmicas)
- Acidose lática (choque, PCR, sepse, convulsões, isquemia mesentérica). - Cetoacidose (diabética, alcoólica, jejum). - Síndrome urêmica. - Intoxicação exógena (salicilatos, metanol, etilenoglicol).
72
diga causas de Acidoses com AG normal (hiperclorêmicas)
- Diarreia e perdas digestivas do piloro para baixo (ex.: fístulas). - Acidoses tubulares renais (Tipos I, II e IV). - Outros: hipoaldosteronismo, doença renal crônica (fase precoce), reposição excessiva de SF 0,9%, NPT, acetazolamida, derivação ureteral (ureterossigmoidostomia), resina de troca.
73
Quais são as indicações de bicarbonato | de sódio no caso de acidose metabólica??
As duas acidoses metabólicas mais comuns da prática médica (acidose lática e cetoacidose), a princípio, não devem ser tratadas com NaHCO3 !!! Exceção se faz para as acidemias mais graves: pH < 7,10-7,20 (estes limites dependem da referência).
74
quais são as Indicações clássicas de NaHCO3 no caso de acidose metabólica
``` Indicações clássicas de NaHCO3 : Acidose urêmica (Nos casos refratários = Diálise) Intoxicação exógena: o NaHCO3 ajuda na excreção renal do veneno Acidoses hiperclorêmicas (diarreia, ureterossigmoidostomia, acidoses tubulares renais) Obs.: Nas Acidoses Tubulares Renais (ATRs), a reposição de citrato costuma ser mais tolerada que o bicarbonato. ```
75
causas de alcalose metabólica Hipovolêmica
``` GASTROINTESTINAL Vômitos, perdas digestivas acima do piloro (lembrar da estenose pilórica). Obstrução mecânica de delgado. Tumor viloso do cólon-reto. RENAL Diuréticos tiazídicos e de alça (furosemida). Desordens tubulares (Bartter, Gitelman). Alcalose pós-hipercapnia crônica. ```
76
causas de alcalose metabólica NORMO/HIPERVOLÊMICAS
``` NORMO/HIPERVOLÊMICAS Hiperaldosteronismo primário, hipertensão renovascular. Síndrome de Cushing, Hidrocortisona. Desordens tubulares (Liddle). ```
77
CAUSAS DE ALCALOSE METABÓLICA EXÓGENAS
EXÓGENA Hemotransfusão maciça (citrato). Síndrome leite-álcali. Iatrogênica: administração de NaHCO3 .
78
Para separar entre causas hipovolêmicas (maioria) e causas normo ou hipervolêmicas, utiliza-se:
o cloro urinário: Cl urinário baixo (< 20 mEq/L): causas hipovolêmicas do tipo vômitos Cl urinário alto: causas hipervolêmicas (ex.: hiperaldosteronismo) ou hipovolêmicas do tipo diuréticos e desordens tubulares (Bartter, Gitelman).
79
Sinais e Sintomas da alcalose metabólica
Sintomas neurológicos, arritmias, depressão respiratória. Precipitação de encefalopatia hepática: o pH alcalino promove a conversão de amônio (NH4+) em amônia (NH3), esta última com a capacidade de passar pela barreira hematoencefálica e contribuir para a encefalopatia dos hepatopatas. Precipitação de tetania e convulsões em pacientes com Hipocalcemia: em pH alcalino, o cálcio torna-se mais ávido pela albumina, o que faz reduzir a fração ionizada do cálcio, agravando ou precipitando os sintomas da hipocalcemia.
80
O que é acidúria paradoxal?
Na alcalose metabólica decorrente de vômitos, o pH urinário está paradoxalmente baixo (ácido). Dois mecanismos contribuem para isso: (1) Na hipovolemia, o aumento da reabsorção tubular proximal de sódio mantém a reabsorção de bicarbonato elevada, evitando a eliminação urinária do excesso de bicarbonato. (2) Na hipocalemia, há um aumento da produção de amônia (NH3 ) pelo rim, além de ocorrer maior secreção de H+ no túbulo coletor.
81
tto da alcalose metabólica
Nas causas hipovolêmicas, hipoclorêmicas e hipocalêmicas: Reposição de soro fisiológico 0,9% + KCl. A correção da hipovolemia, hipocloremia e hipocalemia permite a eliminação do excesso de bicarbonato pela urina. A acidúria paradoxal logo se transforma em bicarbonatúria e diurese alcalina. Nas demais: tratar a causa básica. A alcalemia grave é pouco encontrada.
82
qual a diferença entre Acidose respiratória aguda X crônica X crônica agudizada
Principal conceito sobre acidose respiratória!! Acidose respiratória aguda: pH < 7,35, BE normal. Acidose respiratória crônica: pH normal ou quase normal, BE alto. Acidose respiratória crônica agudizada: pH < 7,35, BE alto.
83
quais as causas de AR aguda ou agudizada
Lesão do SNC: bulbar ou da medula em C2-C3 (nervo frênico). Radiculoneuropatia periférica: Guillain-Barré. Prejuízo da placa neuromuscular: Miastenia gravis. Obstrução de via aérea superior. Pneumopatia grave com fadiga respiratória.
84
quais as causas de AR crônica ?
(retentor crônico de CO2)DPOC em fase avançada. Síndrome de Pickwick (obesidade mórbida + apneia do sono). Fibrose intersticial idiopática.
85
Qual o tto da acidose respiratória?
``` Tratamento Suporte Ventilatório Não Invasivo (VNI): ausência de instabilidade hemodinâmica ou rebaixamento da consciência. Intubação traqueal + ventilação mecânica = contraindicação à VNI. ```
86
um dos distúrbios acidobásicos mais comumente encontrados na gasometria arteria.....
alcalose respiratória
87
Causas de alcalose respiratória (Hiperventilação)
1- Hiperventilação psicogênica (“síndrome conversiva histérica”). 2- Pneumopatias agudas (crise asmática, pneumonia, TEP). 3- Hipertensão intracraniana - Hiperventilação central. 4- Insuficiência hepática fulminante (acidose lática + alcalose respiratória). 5- Intoxicação por salicilatos (acidose metabólica alcalose respiratória). 6- Sepse por Gram-negativos (acidose lática + alcalose respiratória).
88
Quais os sinais e sintomas da alcalose respiratória?
A alcalose respiratória aguda provoca intensa vasoconstricção cerebral, agravando o quadro neurológico do paciente. Pelo mesmo mecanismo, uma alcalose respiratória leve (PCO2 entre 30-35 mmHg) induzida por ventilação mecânica faz parte do tratamento inicial da hipertensão intracraniana. Pode precipitar tetania em pacientes com hipocalcemia, pelo mesmo mecanismo exposto na alcalose metabólica.
89
qual o tto da alcalose respiratória?
Tratamento | Tratar a causa básica
90
E qual situação diuréticos tiazidicos não são indicados?
Não é indicado o uso de tiazídicos quando o clearance de creatinina apresenta-se menor do que 50ml/min. Isso na doença renal crônica
91
MNEMÔNICO ACIDOSE METABÓLICA – acúmulo de ácidos
``` CUSMAEL C-- Cetoacidose – ácido acetoacético e ácido B-hidroxibutírico U-- Uremia – ácido sulfúrico e ácido fosfórico S-- Salicilato – ácido salicílico M-- Metanol – ácido fórmico A-- Acetaminofeno – ácido piroglutâmico E-- Etilenoglicol – ácido oxálico L-- Lactato – ácido lático ```
92
Oq é injúria renal aguda?
Corresponde a uma queda abrupta na função renal, resultando em acúmulo de escórias nitrogenadas e alteração da regulação do volume extracelular, dos eletrólitos e do equilíbrio ácido-básico
93
oq é AZOTEMIA ?
aumento de escórias nitrogenadas, detectado pela elevação de ureia e creatinina no sangue
94
qual o valor normal da taxa de filtração glomerular?
Valor normal = 120ml/min
95
A medida da função renal | (TFG) é verificada através dos seguintes parâmetros:
Ureia plasmática (20-40mg/dl) : ruim marcador Creatinina plasmática (1,2mg/dl) : bom marcador pq não é reabsorvida. Porém é marcador tardio Clearance de creatinina (91 – 130ml/min)
96
CLASSIFICAÇÃO IRA: classificação de acordo com o débito urinário
IRA oligúrica: < 500 ou 400ml/24 horas; IRA não oligúrica: > 500 ou 400ml/24 horas; IRA anúrica: < 50 ou 100ml/24 horas.
97
como fazer a AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL (Taxa de | Filtração Glomerular - TFG)
Clearance de inulina (padrão-ouro). Creatinina sérica. Clearance de creatinina (urina de 24h e fórmulas)
98
Como calculamos o Clearance de Creatinina | na prática?
Cl Cr = (140 – Idade) x Peso/Creatinina plasmática x 72 Se for mulher, devemos multiplicar o resultado por 0,85.
99
oq é a injúria renal aguda?
É um declínio rápido da taxa de filtração glomerular e retenção de escórias nitrogenadas, como ureia e creatinina. Existem três critérios disponíveis (ver texto). RIFLE: (1) RISCO; (2) LESÃO; (3) FALÊNCIA; (4) PERDA; (5) ESTÁGIO FINAL. AKIN: (1) RISCO; (2) LESÃO; (3) FALÊNCIA. KDIGO: ESTÁGIOS (1), (2) e (3).
100
quais as etiologias da injúria renal aguda?
1) Doenças caracterizadas por hipoperfusão renal, com integridade do tecido parenquimatoso = PRÉ-RENAL. 2) Doenças envolvendo o parênquima renal = RENAL INTRÍNSECA. A causa mais comum é a Necrose Tubular Aguda (NTA). 3) Doenças associadas à obstrução aguda do trato urinário = PÓS-RENAL OU OBSTRUTIVA
101
Qual é a causa mais comum de lesão renal | aguda?
Comunidade: pré-renal // Hospitalar: renal intrínseca | NTA por sepse
102
Quais são as principais características bioquímicas que diferenciam as causas de IRA??
Na lesão pré-renal, o sódio urinário é < 20 mEq/L, a fração de excreção de sódio é menor que 1% e a elevação da ureia sérica é desproporcional ao aumento da creatinina sérica (relação Ur/Cr > 40). Na renal intrínseca, temos sódio urinário > 40 mEq/L, fração excretória de sódio > 1% e relação Ur/Cr < 20.
103
Quais são as principais características de sedimento urinário que diferenciam as causas de IRA??
Pré-renal: o sedimento é tipicamente acelular e pode conter cilindros. Pós-renal: pode haver hematúria e piúria em pacientes com obstrução intraluminal, como cálculos e coágulos. Intrínseca: cilindros granulares, células epiteliais tubulares, Cilindros hemáticos, Cilindros leucocitário, cilindros granulares não pigmentados, cilindros granulares grosseiros, Eosinofilúria cilindros granulares pigmentados e cilindros de células epiteliais tubulares são característicos da NTA tóxica ou isquêmica. São geralmente encontrados em associação a hematúria microscópica e proteinúria tubular leve (< 1 g/dia).
104
Paciente com sedimento urinário de cilindros granulares grosseiros
são típicos da Insuficiência renal crônica
105
Paciente com sedimento urinário de Cilindros leucocitários e cilindros granulares não pigmentados
nefrite intersticial
106
Paciente com sedimento urinário de cilindros granulares pigmentados e cilindros de células epiteliais tubulares
NTA tóxica ou isquêmica São geralmente encontrados em associação a hematúria microscópica e proteinúria tubular leve (< 1 g/dia).
107
Paciente com sedimento urinário de .Eosinofilúria
.Eosinofilúria é achado comum na nefrite intersticial alérgica por drogas, ocorrendo em 90% dos casos
108
Paciente com sedimento urinário de cilindros hemáticos
Cilindros hemáticos | indicam lesão glomerular aguda.
109
quais exames de imagem pedir na IRA?
Exame de imagem: Principal exame: USG (tamanho, ecogenicidade, avaliação de hidronefrose). Evitar exames contrastados (RM com gadolínio contraindicado em pacientes com Cl. Cr < 30 ml/min).
110
quando a biópsia é indicada na injúria renal aguda?
Indicada nos pacientes em que a falência pré-renal e a pós-renal já foram excluídas e não conseguimos identificar a causa da lesão intrínseca.
111
qual a base do tto da IRA?
Correção das causas reversíveis, prevenção de lesão adicional e medidas de suporte metabólico. SE precisar fazer ajustes de doses de antimicrobianos Se precisar fazer diálise de urgência
112
Antimicrobianos que não exigem ajuste na | insuficiência renal:
Oxacilina, ceftriaxone, clindamicina, cloranfenicol, azitromicina, doxiciclina, moxifloxacina e linezolida.
113
Quais são as indicações de diálise de urgência?
Acidose metabólica, hipercalemia e hipervolemia graves e refratárias. Síndrome urêmica (encefalopatia, hemorragia, pericardite). Algumas intoxicações (metanol, etilenoglicol, salicilatos).
114
oq é IRA segundo KDIGO?
- Aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl dentro de 48 horas; OU - Aumento da creatinina sérica ≥ 1,5x o valor de base, conhecido ou presumido nos últimos sete dias; OU - Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por seis horas
115
QUAL O critério de creatinina sérica e de De´bito Urinários para KDIGO 1?
aumento da creatinina sérica entre 1,5-1,9x o valor de base; OU aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl OU débito urinário < 0,5 ml/kg/h por 6-12 horas
116
QUAL O critério de creatinina sérica e de De´bito Urinários para KDIGO estagio 2?
aumento da creatinina sérica entre 2-2,9x o valor de base; OU débito urinário < 0,5 ml/kg/h ≥ 12 horas
117
QUAL O critério de creatinina sérica e de De´bito Urinários para KDIGO estagio 3?
``` aumento da creatinina sérica 3x o valor de base; OU aumento da creatinina sérica ≥ 4 mg/dl; OU débito urinário < 0,3 ml/kg/h ≥ 24 horas; OU anúria ≥ 12 horas; OU início de terapia de substituição renal; OU redução da TFG < 35 ml/min nos pacientes com menos de 18 anos. ```
118
a IRA frequentemente complica | com:
1) Sobrecarga de volume intravascular. 2) Distúrbios eletrolíticos: hiponatremia, hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia e hipermagnesemia. 3) Acidose metabólica. 4) Hiperuricemia. 5) Uremia: distúrbios neurológicos, digestivos, cardiovasculares e hematológicos. 6) Infecções.
119
PONTOS DE IMPACTAÇÃO DE CÁLCULOS URETERAIS
o JUP; o Cruzamento dos vasos ilíacos; o Óstio ureteral.
120
quais o exame de imagem de eleição para avaliação inicial dos quadros de litiase urinária? Qual o outro exame que é padrão ouro?
1- USG – exame de eleição para avaliação inicial dos quadros de litíase urinária. Visualiza cálculos opacos e transparentes, além disso, avalia a presença de hidronefrose. Baixa sensibilidade para cálculos ureterais. 2- TC – padrão-ouro para litíase urinária. Sem uso de contraste ou necessidade de preparação. Avaliação da densidade do cálculo em unidades Hounsfield (> 1000 → difícil fragmentação).
121
qual a conduta na cólica renal?
I. Hidratação – correção da desidratação (em caso de vômitos) e facilitar a eliminação dos cálculos. 3-4L/dia VO. HIPERHIDRATAÇÃO NÃO É INDICADA. II. Antieméticos – metoclopramida (plasil), ondansetrona (vonau). Ocorrem náuseas devido à dor. III. Analgesia: • AINES – diclofenaco, cetoprofeno. • Opioides – meperidina, morfina. Antiinflamatórios e opioides são os melhores medicamentos. • Hioscina (buscopan) – antiespasmódico. Apresenta potência analgésica pequena. Pode ser receitado concomitante aos antiinflamatórios e opioides. IV. Bloqueadores alfa-adrenérgicos: facilitam a expulsão dos cálculos e controlam as cólicas (presença de receptores alfa-adrenérgicos nos ureteres). Ex.: tansulosina, doxasozina. V. Bloqueadores de canais de cálcio: facilitam a expulsão dos cálculos.
122
qual o tto da doença litiásica? ( fale das medidas gerais)
1- Líquido VO – ingerir a quantidade de líquido necessária para urinar de 2 a 2,5L por dia. Chá, café, cerveja, vinho. 2- Dieta – evitar excesso de proteínas e de carboidratos. Dieta restrita em sódio e oxalato. Ingestão de 800 a 1200mg/dia de cálcio. 3- Atividades físicas – medida preventiva.
123
qual o tto da doença litiásica (tratamento específico)
1- Hipercalciúria: restrição de sódio, ingestão de 800 a 1200mg/dia de cálcio. Diuréticos tiazídicos – diminuem a eliminação de cálcio pela urina. 2- Hiperuricosúria: Alopurinol – inibidor de xantina-oxidase. Reduz a produção de ácido úrico e alcaliniza a urina (torna os sais mais solúveis, reduzindo a formação de cálculos). 3- Hipocitratúria: Citrato de K – inibe a cristalização e eleva o pH urinário. 4- Hiperoxalúria: • Restrição de oxalato na dieta; • Restrição de vitamina C – está relacionada à formação de cristais de oxalato; • Piridoxina – casos genéticos; • Oxalobacter formigenes – bactéria anaeróbica que degrada oxalato intestinal; • Em pacientes pós cirurgia bariátrica ou com alguma doença do aparelho digestivo, fazer suplementação com cálcio. 5- Relacionado à infecção: • Remoção cirúrgica do cálculo; • Antibioticoterapia; • Inibidores da urease – ácido aceto-hidroxâmico. 6- Cálculos de cistina: • Alcalinização urinária – citrato de K; • Medicamentos redutores da ligação da cistina – Dpenicilamida, Thiola. Os pacientes, em geral, não apresentam boa aceitação dessa medicação.
124
INDICAÇÕES DE INTERVENÇÃO URGENTE NA LITÍASE RENAL
* Obstrução por cálculo na vigência de infecção urinária – urosepse; * Dor de forte intensidade; * Injúria renal aguda – obstrução em rim único ou obstrução renal bilateral; * Nos casos em que não ocorre a eliminação do cálculo com o uso de alfaadrenérgicos.
125
PROCEDIMENTOS UROLÓGICOS DE URGENCIA NO CASO DE LITÍASE RENAL:
``` PROCEDIMENTOS UROLÓGICOS: o Litotripsia extracorpórea; o Litotripsia percutânea; o Ureterolitotripsia; o Dissolução oral ou local (quimólise); o Cirurgia aberta. ```