Procedimentos Flashcards

1
Q

ACESSO VENOSO PERIFÉRICO

A

Tem curta duração: trocar a cada 3-5 dias.

É necessário um dispositivo endovenoso para permitir a perfuração e permanecer o acesso, são eles:

  1. AGULHADOS: como o scalp/butterfly. Própria agulha fica no acesso.
  2. FLEXÍVEIS: abocath/jelco/intima/Itrocan: mais confortáveis, retira a agulha e fica apenas o material siliconado.

A veia precisa ter o maior calibre possível, ter visibilidade e acessibilidade, distante de articulações (desconforto), veias com poucas válvulas e local sem sinal de infecção.

ANATOMIA

  • Veia cefálica: trajeto retilíneo
  • Veia cubital média: boa para coletar sangue, mas não para garantir um acesso.
  • Veia basílica
  • Veia jugular EXTERNA

MATERIAIS

  • Luva de procedimento
  • Gaze/algodão
  • Álcool
  • Garrote/luva
  • Dispositivo endovenoso: agulhado ou flexível
  • Seringa com soro
  • Conectores (próprio equipo do soro, tampinhas, polifix..)
  • Esparadrapo comum ou cirúrgico

TÉCNICA

  1. Escolher a veia: palpar
  2. Coloca o garrote acima do local
  3. Assepsia: alcool 70, clorexidine alcoolica
  4. Introduzir a agulha com o bizel voltado para cima tensionando a pele com a outra mão, impede a veia de correr.
  5. Se for agulha flexível, voltará sangue na parte proximal e empurramos a parte siliconada para frente e puxamos a parte da agulha. Ao fazer esse movimento, pressione a mão em cima para ter certeza que não perderá o acesso.
  6. Coloca um conector
  7. Com uma seringa, puxe para ver se vem sangue
  8. Colocar o esparadrapo
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2
Q

ACESSO VENOSO CENTRAL

A

Quando for guiado por USG, terá 2 círculos, a artéria e a veia jugular. O compressível é a veia, é ali que tenho que inserir o cateter.

INDICAÇÕES

  • Cateter de hemodiálise
  • Marcapasso: para passar ele
  • Cateter de artéria pulmonar: mede DC, pressão de artéria pulmonar
  • Filtro de veia cava: previne TEP
  • Cateter venoso central: decorrente de falha de acesso periférico, medicação especial (vasoativa, nutrição parenteral), monitorização (sat venosa central, PA venosa central).

Não é para grandes expansões volêmicas, o do central é fino e comprido, o jelco 14 de um periférico é curto e grosso, bem mais rápido!

SÍTIOS DE PUNÇÃO

  1. Veia jugular interna: fácil acesso, punção guiada por USG facilitada, é compressível (se puncionar a artéria sem querer, da certo comprimir 5-10min). Sem desvantagens.
    - Veia lateral a artéria, entre as duas cabeças do esternocleidomastoideo no ápice desse triangulo.
    - Em 45, guiada para o mamilo ipsilateral!
  2. Veia subclávia: melhor cuidado (área maior), menor infecção, pouca variação anatômica. Desvantagem: não compressível, complicação pulmonar (pneumotórax) -priorizar fazer o acesso no lado com pulmão pior, não trazer perigo pro mais saudável.
    - Depressão média na clavícula, logo abaixo da clavícula.
    - Sempre preferir a direita, pois a esquerda o pulmão é um pouco maior!
    - Em direção a fúrcula esternal!
  3. Veia femoral: compressível, rápido de ser acessado, sem risco de hemo ou pneumotórax. Desvatagem: mais infecção, maior risco de trombose.
    - Palpa a artéria femoral e a veia está MEDIAL a ela.

COMPLICAÇÕES IMEDIATAS: punção arterial (sangue sai mais vermelho vivo, em jato, pingando e mais escuro é venoso), hematoma (se fizer de um lado, não vá para o outro, pode comprimir via aérea do paciente), pneu/hemo/quilo/hidro/motórax, arritmia (fio guia toca), embolia.

COMPLICAÇÕES TARDIAS: trombose e infecção

  1. Posicionamento: tempo posicionando adequadamente o paciente e palpando a região.
  2. Materiais: kit acesso central (agulha, seringa, fio guia, dilatador, cateter), gaze, seringa, soro, kit sutura, fio nylon 3-0, assepsia, anestesia local
  3. EPI completo
  4. Técnica de Seldinger:
    - Faz punção com agulha
    - Passa o fio guia por dentro da agulha (se arritimia, é pq progrediu demais, voltar um pouco)
    - Tira a agulha
    - Faz um corte com bisturi
    - Passa o dilatador em movimentos circulares, comprime, e já vai tirando o dilatador
    - Coloca o cateter, sendo que só vai avançar o cateter para dentro da pele quando o fio guia já tiver saído do lado mais proximal do cateter. Se não, o fio guia pode se perder dentro dos vasos do paciente.
    - Fixar o cateter com ponto simples.

PEDIR RX DE TORAX PARA VER SE TEVE ALTERAÇÕES, não para ver se está funcionando.

7 dias: mais propenso a infecção. Não é recomendado troca periódica, só retirar se tiver sinais locais de infecção ou sistêmico.

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3
Q

PARACENTESE

A

Não há volume máx de paracentese: o suficiente para aliviar o sintoma. Mas quanto maior o volume retirado, maior o risco de sínd hepatorrenal (perde para o interstício e lesa o rim).

PUNÇÃO (aspirar, não drenar) da cavidade peritoneal com intuito de colher líquido peritoneal.

  • De alívio: dos sintomas devido volume de ascite
  • Diagnóstica: avalia o conteúdo, diagnostica peritonite ascítica, peritonite bacteriana espontânea, cirrose (hipertensão portal), ICC, tuberculose peritoneal, carcinomatose peritoneal (ascite neoplásica).

CI relativas: grande distensão de alças, plaquetopenia, alargamento do INR.

Preparação: guiada por USG, vai em um local sem alças e faz um X.

MATERIAIS

  • Antisséptico, gaze, campo fenestrado
  • Paramentação: máscara, óculos, gorro, capote, luvas
  • Anestésico local, seringa, agulha
  • Jelco/abocath 14
  • Equipo estéril
  • Seringas, tubo de ensaio, calice graduado

TÉCNICA

  • Local: fossa ilíaca esquerda ou guiado por USG em qualquer local do abdome.
  • Anestesia perisubcutânea (45 graus): vai puncionando e anestesiando. Chegará no peritônio e virá líquido, nesse local, vai voltando aspirando até parar de voltar líquido, e a partir dai injeta anestesia para anestesia o peritônio.
  • Joga o jelco (cateter) pra frente e recua a agulha.
  • Conectar o equipo ao jelco e na outra ponta solta dentro do cálice graduado.
  • Passou de 5L: obrigatório ADM ALBUMINA (aumenta pressão coloidosmótica, mantém circulação renal).
  • Repõe 1 frasco de albumina para cada litro retirado.

ACIDENTES

  • Sangramento: comprimir 5-10min e checar se houve descompensação.
  • Vazamento do líquido: comprimir e curativo compressivo, se não resolveu, dar um ponto.
  • Perfuração de alça intestinal: na seringa vem gás ou líquido entérico. Observar: a grande maioria dos casos não faz fístula intestinal, mas sim contaminação do líquido ascítico. Reexaminação clínica e laboratorial
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4
Q

INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

A
  • Tubo-boca-traqueia.
  • É uma via aérea avançada, pois possui um BALÃO ABAIXO DA GLOTE. São tbm: tubo nasotraqueal, cânula de traqueostomia e cânula de cricotireoidostomia cirúrgica.

INDICAÇÃO

  • Primeira escolha.
  • Inconsciência: glasgow < ou = 8
  • Fratura maxilofacial grave
  • Risco de obstrução: hematoma cervical, lesão de traqueia ou laringe
  • Estridor
  • Risco de aspiração: sangramento e vômito
  • Apneia

CONTRAINDICAÇÃO
- Traumas com hemorragias no local, fraturas e edema de glote.

PROCEDIMENTO: 7 Ps

  1. PREPARAÇÃO: avalia via aérea e testa os materiais como laringoscópio e cuff do tubo endotraqueal.
  2. PRÉ-OXIGENAÇÃO: 02 a 100% antes do procedimento para aumentar reserva fisiológica. AMBU ou máscara não-reinalante por 5min.
  3. PRÉ-TRATAMENTO: medicações para reduzir os efeitos deletérios da laringoscopia (reflexos ao procedimento - broncoespasmo).
    - Fentanil: diminui descarga adrenérgica
    - Lidocaína: evita hiper-reatividade brônquica
  4. INDUÇÃO e PARALISIA:
    - Hipnótico: Etomidato (0,3mg/kg), Cetamina (1 a 1,5mg/kg ou propofol (2 a 2,5mg/kg): indução
    - Bloqueador neuromuscular: Succinilcolina (1,5mg/kg) ou Rocurônio (1,2mg/kg): paralisia neuromuscular.
    - Aguardar 1min.
  5. POSICIONAMENTO: movimentação passiva da mandíbula a efetividade da paralisia muscular e posiciona-se o pescoço em hiperextensão, podendo utilizar um coxim na região occipital para melhorar a
    visualização.
  6. PASSAGEM DO TUBO: inserção do laringoscópio pela comissura labial direita + aplica-se movimento para cima e para frente. Laringe observada. NUNCA TIRAR OS OLHOS DAS CORDAS VOCAIS mesmo passando o tubo (leve inclinação para direita para continuar vendo o movimento), enxergar o tubo passando entre as cordas vocais.
  7. PÓS-INTUBAÇÃO: verificar efetividade e posicionamento correto do tubo (evitar intubação esofagiana ou seletiva em brônquio direito).
    - Expansibilidade torácica simétrica
    - Ausculta em epigástrio e focos pulmonares
    - RX tórax
    - Capnografia
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5
Q

TORACOCENTESE

A

RX tórax (supina e decúbito lateral) antes e depois do procedimento: localiza o nível.

Punção da cavidade pleural, que era para ser negativa.

  • Diagnóstica: critérios de Light: proteína, DHL: transudato ou exsudato.
  • De alívio
  • É diferente da DESCOMPRESSÃO IMEDIATA E DRENAGEM DE TÓRAX EM SELO D’AGUA (pneumotórax).
  • Pode ser guiada por USG (região dorsal) ou percussão.

CI: uso de anticoagulante, coagulopatia (não é possível realizar compressão), trombocitopenia, infecção cutânea.

POSICIONAMENTO: sentado na borda do leito, apoiando os MMSS em uma mesa (abre o campo pulmonar) ou decúbito lateral.

LOCAL: 1 a 2 espaços intercostais abaixo do nível do derrame. 5 a 10cm lateral a coluna vertebral.

  • NUNCA puncionar abaixo da 9ºcostela (zona de transição toracoabdominal).
  • NUNCA puncionar no rebordo inferior (nervo), SEMPRE REBORDO SUPERIOR!.

PROCEDIMENTO

  • Degermação, paramentação
  • Assepsia, campo cirúrgico
  • Anestesia local: lidocaína na borda superior da costela. Anestesia espaço intercostal e pleura parietal. Quando tiver aspirando antes de injetar, se chegou na pleura vai voltar líquido, nesse momento voltar um pouco a agulha e anestesiar a pleura (bastante anestésico).
  • Técnica em Z de punção com cateter agulhado: antes de inserir o cateter, tracionar a pele do paciente, para quando for tirar o cateter, a própria pele em posição normal vedar a saída de um líquido que pode restar ali.
  • Progredir o cateter siliconado e remover a agulha.
  • Conectar a válvula em T: aspiração para diagnóstico com seringa (50-60mL) em um lado e na outra deixar drenando. Ou, realizar drenagem com sistema a vácuo -seringa- (terapêutico), que voce controla quanto é retirado e evita edema de reexpansão.
  • Drenar lentamente!
  • Retirar o cateter
  • Curativo oclusivo

COMPLICAÇÕES

  • Pneumotórax
  • Dor local
  • Infecção
  • Tosse + dispneia: edema de reexpansão. Da no momento.
  • Reavaliar a necessidade de punções seriadas.
  • Manter curativo oclusivo por 48h.
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6
Q

SONDA VESICAL

A

INDICAÇÕES
- Obstrução crônica: hiperplasia prostática benigna, bexiga neurogênica, após cirurgias urológicas e pélvicas, pacientes críticos (avalia débito urinário).

CONTRAINDICAÇÃO
- Trauma uretral

COMPLICAÇÕES
- ITU (ascende bactérias), lesão uretral (falso trajeto, microfissuras).

PREPARAÇÃO
- Identificar paciente, explicar o procedimento, solicitar autorização, preparar o material e posicionar o paciente.

Posição: decúbito dorsal no homem, posição de litotomia (ginecológica) na mulher.

MATERIAIS

  • Luva estéril, gorro, máscara
  • Seringa 10mL (lidocaína), 20 mL (insuflar balão da sonda)
  • Anestésico
  • Campo estéril
  • Sonda de Foley (duas vias de saída e um cuff -balão- na outra extremidade).
  • Saco coletor (recebe a urina)

PROCEDIMENTO

  • Lavagem cirurgica
  • Paramentação
  • Antissepsia do local: glande e orifício uretral no homem e na mulher vulva e introito vaginal.
  • Campo estéril
  • Testar balonete de sonda
  • Anestesia: no homem, colocar lidocaína gel 10-15mL dentro do orifício da uretra com a seringa. Na mulher, colocar lidocaína gel na própria sonda.
  • Inserir a sonda de foley: com uma mão segura a região e outra insere. A forma correta é o balonete dentro da bexiga. A uretra feminina tem em torno de 4 cm, empurrar em torno de 7cm. No homem, em torno de 16cm.
  • Injetar 10-20mL de água destilada para inflar o balonete (verificar quanto o fabricante sugere).
  • Faz tração para ver se ficou fixada
  • Conectar o saco coletor.
  • Fixar a sonda ao paciente (coxa)

Saco coletor: extremidade distal sempre ocluída, só pode abrir quando for desprezar a urina do paciente, não pode entrar em contato com outros locais para não ter ascensão de microorganismos.

TEMPO
- Não existe tempo padrão. Ficar observando o paciente: sinais de ITU no paciente ou na sonda.

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