PROPEDEUTICA MOTORA Flashcards
(10 cards)
Nomeclatura: concomitante x incomitante
Nomenclaturas importantes:
- Comitante vs Incomitante:
Comitante: ângulo de desvio igual em todas as distâncias.
Incomitante: ângulo de desvio varia entre as distâncias
Por exemplo, medi um estrabismo de uma criança para longe e vi que tem
30 dioptrias prismáticas, medi pra perto e tem 50 dioptrias prismáticas. Então, aumentou o estrabismo quando olhou para perto, isso é um estrabismo incomitante.
O comitante eu meço pra longe e pra perto e tenho o mesmo desvio.
Nomeclatura: Tropia x Foria
As tropias são desvios manifestos. Você olha para pessoa e um olho está
reto e o outro desviado (Tempo todo) sem oclusão, sem nada
As forias são aqueles desvios em que quando você olha pro paciente, e
aparentemente ele não tem estrabismo, mas quando você interrompe a binocularidade dele (quando vc “FECHA” um dos olhos com o oclusor) o olho desvia, quando você destampa a pessoa volta a fixar com os dois e some aquele desvio. Se, quando fechado, for desviado pra dentro recebe o nome de endoforia e se for pra fora, exoforia
** A pessoa consegue enxergar normal com os dois olhos alinhados, mas muitas vezes está fazendo uma força muscular imensa para manter o olho nessa posição.
Nomeclatura: intermitente x constante
Intermitente vs Constante (desvio sempre presente)
Na constante você olha pro paciente e ele está o tempo inteiro em XT.
Na intermitente às vezes você olha pro paciente e não vê, geralmente a
mãe vai relatar: “Doutor, de vez em quando o olhinho dele vai pra fora, mas depois volta”.
Nomeclatura: alternante x não alternante
O alternante é capaz de fixar com os dois olhos. Então, o paciente está
olhando pra você, fixando o olho direito e com o esquerdo desviado, aí depois ele olha pra um lado e pro outro e olha pra você de novo, dessa vez fixando o olho esquerdo e com o direito desviado.
O não alternante é que independente da situação o olho que está
desviado vai estar sempre desviado e o fixante vai ser sempre o outro.
Isso vai influenciar na refração, pois eu sei que um paciente que é capaz de alternar o olho com que ele está vendo, mesmo com o desvio, vai estar desenvolvendo a visão dos dois e tem menos chance de ter ambliopia. O paciente que tem o estrabismo não alternante, a chance de desenvolver ambliopia no olho não fixador é muito maior
Nomeclatura: hipotropia x hipertropia
HIPER vs HIPOtropia: desvio vertical
Hipertropia é quando o olho anormal está pra cima
Hipotropia é quando o olho anormal está pra baixo.
O que é o DVD?
DVD (desvio vertical dissociado) – “ foria vertical” em ambos os olhos
Quando ocluo, o desvio vertical aparece no olho ocluído, que eleva, abduz e extorce
E o DVD nós classificamos em dois grupos:
COMPENSADOS: é aquele que quando você faz o teste tem o DVD, mas
não é aquele que fica surgindo ao longo do dia e atrapalhando a vida do paciente.
NÃO COMPENSADOS: esse tem que tratar. É aquele que qualquer coisinha o olho do paciente sobe, acontece com frequência. Incomoda o paciente, é inestético. Ocorre muito no final do dia, quando o paciente está cansado
Método de KRIMSKY: como é
Método de KRIMSKY
Colocar prismas no olho fixador com ápice voltado para o desvio em valores crescentes até centralizar o reflexo. O método Krimsky nada mais é do que o de Hirschberg só que com prisma. Então em Hirschberg eu semi quantifiquei pelo reflexo e aqui eu vou quantificar de fato.
Trata-se da técnica de escolha para pacientes não Kolaborativos, com baixa acuidade visual ou com limitação importante de motilidade ocular
No Krimsky original, o prisma é colocado sobre o olho desviado – medida do desvio primário. Já no Krimsky modificado, o prisma é colocado sobre o olho fixador – medida do desvio secundário
O desvio secundário é maior que o desvio primário
Método de HIRSCHBERG: como é
quantifica o estrabismo pelo reflexo pupilar;
Cada 1mm de desvio = 15dp ou 7° (dp - duas letras é o dobro // ° é metade)
O reflexo na borda da pupila corresponde a 30ΔP (15º); o reflexo no estroma da íris corresponde a 60ΔP (30º) e no limbo, a 90 ΔP (45º)
TESTE DE PRISMA E COVER, como é
É o teste mais acurado para medida do desvio. Requer que o paciente tenha acuidade visual e colaboração suficientes para fixar um alvo
O prisma que corresponde à medida do desvio é aquele em que o paciente não faz movimento de refixação quando o olho é desocluído.
Quando atinge o valor adequado, o olho estrabico não faz movimento de refixação, pois o prisma escolhido é capaz de posicionar a imagem sobre a fóvea do olho desviado
Alternado: ve foria e tropia, mantem o prisma e vai fazendo o cover alternando os olhos
Simultaneo: bota o prima no olho desviado e o cover no olho bom e retira os dois ao mesmo tempo. Vê só a tropia
Como posicionar o prisma de acordo com o material
A maneira de posicionar os prismas sobre os olhos depende do material de que é feito o prisma.
Prismas de cristal devem ser posicionados de acordo com a posição de Prentice, isto é, com a superfície posterior do prisma paralela à córnea do paciente.
Já os prismas de acrílico (mais comuns!) devem ser posicionados de acordo com a fronte do paciente