Reto - MR Flashcards

(56 cards)

1
Q

Qual é a posição do câncer de reto no ranking mundial de incidência?

A

É a 8ª neoplasia mais incidente do planeta.

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2
Q

Que fração dos tumores colorretais o câncer de reto representa?

A

Cerca de 30 % de todos os cânceres colorretais diagnosticados.

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3
Q

Como o reto é dividido anatomicamente?

A

Reto alto (10‑15 cm), reto médio (6‑10 cm) e reto baixo (0‑5 cm do esfíncter anal).

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4
Q

Qual porção do reto é peritonizada?

A

Somente o reto alto; as demais são extraperitoneais.

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5
Q

Por que tumores de reto médio/baixo recidivam mais localmente?

A

Porque ficam em área extraperitoneal e a fáscia mesorretal pode ficar comprometida.

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6
Q

O que é o mesorreto?

A

Gordura perirretal que contém vasos e linfonodos; termina ao nível dos músculos levantadores do anus. Removê‑lo reduz recidiva local.

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7
Q

Qual técnica cirúrgica se tornou padrão nos anos 1980?

A

Excisão total do mesorreto (TME), que derrubou a recidiva local de 20‑30 % para <10 %.

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8
Q

Qual estudo de 2004 mudou o manejo neoadjuvante?

A

Ensaio alemão que mostrou quimiorradioterapia (QTRT) neoadjuvante reduzindo recidiva local (6 % vs 13 %) e aumentando preservação do esfíncter.

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9
Q

Quais os benefícios clássicos da QTRT neoadjuvante?

A

Menos recidiva local, mais chance de cirurgia poupadora de esfíncter, toxicidade aceitável.

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10
Q

Quando considerar quimioterapia adjuvante com FOLFOX?

A

Pacientes com doença residual pT3/N+ após neoadjuvância (estudo ADORE).

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11
Q

Por que surgiu o conceito de tratamento neoadjuvante total (TNT)?

A

Para tratar micrometástases cedo, melhorar aderência e aumentar resposta patológica completa.

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12
Q

Após atualização do RAPIDO, qual curso de RT passou a ser preferido?

A

Long course, porque se observou aumento de recidiva local com short course.

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13
Q

O que significa estratégia “Watch & Wait”?

A

Se o paciente atinge resposta clínica completa pós‑TNT, pode‑se vigiar sem operar, preservando o esfíncter.

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14
Q

Qual ensaio apoia o Watch&Wait?

A

OPRA: metade dos pacientes manteve o órgão sem piorar sobrevida; consolidação (CRT→QT) preservou mais que indução.

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15
Q

Quando a radioterapia pode ser omitida?

A

Em T2N1, T3N0/N1 de baixo risco, quimio FOLFOX neoadjuvante guiada por resposta (estudo PROSPECT) evita RT em ≈90 %.

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16
Q

Qual biomarcador já muda conduta no reto?

A

Instabilidade de microssatélites (≈5 % dos casos); nesses, imunoterapia com dostarlimab pode dispensar QTRT/cirurgia.

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17
Q

Quais sintomas clássicos de câncer de reto?

A

Sangramento retal, tenesmo, alteração do hábito intestinal, perda de peso.

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18
Q

Principais fatores de risco tradicionais?

A

Idade > 50 a, dieta rica em carne vermelha/gordura, tabagismo, alcool, doença inflamatória intestinal.

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19
Q

Qual exame padrão‑ouro de rastreio?

A

Colonoscopia a partir dos 50 a (45 a se diretriz americana), repetindo a cada 10 anos se normal.

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20
Q

Como se classifica clinicamente o câncer de reto?

A

TNM (T1‑4, N0‑2, M0/1) baseado em ressonância pélvica de alta resolução.

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21
Q

Qual esquema quimioterápico doublet mais usado?

A

FOLFOX (5‑FU/leucovorina/oxaliplatina) ou CAPOX (capecitabina/oxaliplatina).

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22
Q

Qual taxa de recidiva sistêmica persiste mesmo com TME + QTRT?

A

Cerca de 30 %, motivando estudos de intensificação sistêmica.

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23
Q

Por que discussão multidisciplinar é mandatória?

A

Para individualizar cirurgia, RT, quimio, preservação de órgão e seguimento – ninguém decide reto sozinho hoje em dia.

24
Q

Câncer de Reto: Quais os principais fatores de risco para câncer de reto?

A

Idade avançada, dieta pobre em fibras, obesidade, tabagismo, história familiar, síndrome de Lynch, PAF.

25
Câncer de Reto: Qual a importância do exame digital retal?
Permite detecção de lesões em reto inferior, avaliação da fixação tumoral e plano para ressecabilidade.
26
Câncer de Reto: Qual o exame padrão para estadiamento local?
Ressonância magnética da pelve com protocolo para câncer de reto.
27
Câncer de Reto: Qual o papel da ecoendoscopia no câncer de reto?
Boa acurácia em lesões iniciais para avaliar invasão parietal (T) e linfonodal (N), especialmente em tumores T1/T2.
28
Câncer de Reto: Quando está indicado tratamento cirúrgico isolado?
Tumores T1 com baixo risco de invasão linfonodal, margens livres e bem diferenciados.
29
Câncer de Reto: O que caracteriza a estratégia de tratamento TNT (Total Neoadjuvant Therapy)?
Quimioterapia sistêmica seguida de quimiorradioterapia ou vice-versa, antes da cirurgia.
30
Câncer de Reto: Quais os benefícios da estratégia TNT?
Maior taxa de resposta patológica completa (pCR), controle micrometastático precoce e menor toxicidade cumulativa.
31
Câncer de Reto: Qual a indicação preferencial da TNT?
Tumores localmente avançados (T3c/d, T4, N2 ou mesorreto ameaçado) e/ou com alto risco de recidiva.
32
Câncer de Reto: Qual estudo validou TNT com indução de QT seguida de CRT?
Estudo PRODIGE 23 (FOLFIRINOX → CRT → cirurgia), com aumento de pCR (28% vs. 12%).
33
Câncer de Reto: Qual estudo validou TNT com CRT seguido de QT?
Estudo OPRA, demonstrando maior preservação de órgão na estratégia de consolidação com QT após CRT.
34
Câncer de Reto: Quando considerar vigilância ativa ('watch and wait')?
Pacientes com resposta clínica completa após TNT; vigilância rigorosa com RM e endoscopia.
35
Câncer de Reto: Qual o esquema preferencial de quimiorradioterapia?
Capecitabina oral concomitante à radioterapia 50,4 Gy em 28 frações.
36
Câncer de Reto: Quais as margens cirúrgicas ideais no câncer de reto?
Margem circunferencial ≥1 mm e distal ≥1 cm (em tumores sem resposta completa).
37
Câncer de Reto: Qual o papel da quimioterapia adjuvante após TNT e cirurgia?
Controversa; pode ser considerada em pacientes com alto risco (pN+), mas sem evidência definitiva de benefício.
38
Câncer de Reto: Quais biomarcadores devem ser testados em câncer colorretal metastático?
RAS (KRAS/NRAS), BRAF, MSI/MMR, HER2 (em alguns casos).
39
Câncer de Reto: Qual a importância da mutação RAS?
Prediz resistência a terapias anti-EGFR como cetuximabe e panitumumabe.
40
Câncer de Reto: Qual o impacto da mutação BRAF V600E?
Pior prognóstico; pode indicar tratamento com BRAF + MEK + EGFR (ex: encorafenibe + cetuximabe).
41
Câncer de Reto: Qual a importância do status MSI-H/dMMR?
Alto benefício com imunoterapia (pembrolizumabe ou nivolumabe ± ipilimumabe).
42
Câncer de Reto: Quais terapias-alvo são aprovadas para tumores RAS wild-type?
Anti-EGFR: cetuximabe e panitumumabe.
43
Câncer de Reto: Quando considerar anti-EGFR em câncer de reto metastático?
Tumores RAS/BRAF wild-type, primário em cólon esquerdo ou reto, com alta expressão de EGFR.
44
Câncer de Reto: Quando usar imunoterapia no câncer de reto metastático?
MSI-H ou dMMR confirmados por IHC ou PCR; uso de pembrolizumabe ou nivolumabe.
45
Câncer de Reto: Quando testar HER2 no câncer de reto?
Tumores RAS/BRAF wild-type, refratários a anti-EGFR; HER2+ pode indicar uso de trastuzumabe + lapatinibe ou tucatinibe.
46
Câncer de Reto: Qual abordagem terapêutica inicial para doença metastática resectável?
QT neoadjuvante com objetivo de conversão, seguida de ressecção R0.
47
Câncer de Reto: Qual QT padrão na 1ª linha para câncer de reto metastático?
FOLFOX, CAPOX, FOLFIRI ou FOLFOXIRI ± bevacizumabe ou anti-EGFR (conforme perfil molecular e localização).
48
Estudos: Quando considerar a estratégia 'Watch and Wait'?
Após resposta clínica completa à TNT, especialmente validada no OPRA.
49
Quais diferenças do reto para o cólon do ponto de vista histológico?
Não possui tenias, haustrações, apêndices epiplóicos e pregas semilunares Mucosa: plexo de Meissner SUBMUCOSA: plexo de Auerbach
50
Papel e localização da linha pectínea
Divide reto vai o do canal anal. Localizada a nível do esfíncter interno ( involuntário)
51
Vascularização do reto e seu papel na distribuição de metástases?
Retal superior (Mesenterica inferior) -> meta hepática Retais médias (Ilíaca interna) -> meta pulmonar
52
Inervação do reto
Simpática: gânglio mesenterico inferior e nervo hipogástrico Parassimpático: nervo esplänicos pélvicos Sensitivo: nervo pudendo
53
O que é LARS? Low Anterior Resection Syndrome
Ocorre em casos de anastomose retal muito baixa, com ressecção do esfíncter interno. Cursa com aumento da frequência evacuatória, urgência, incontinência fecal, impotência sexual. 60% podem ter prejuízo funcional pela ausência do esfíncter
54
Acometimento da cadeia ilíaca no câncer de reto, N ou M?
N !! Sigmoide seria M
55
Definição amputação x anastomose distal
> 1 cm do anel anorretal: Anastomose < 1 cm do anel anorretal: individualmente, tende a amputação Invasão de esfíncter interno ou externo: amputação
56
Margem cirúrgica no reto
Reto alto: excisão parcial do mesoreto e margem de 5 cm distal Reto médio e baixo: excisão total do mesoreto e margem distal de 2 cm Margem radial idealmente > 1 mm -> Impacta em sobrevida e recidiva local !