Bexiga Flashcards

(141 cards)

1
Q

Qual a principal forma histológica do câncer de bexiga?

A

Carcinoma urotelial (90% dos casos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual o principal fator de risco ambiental para o carcinoma urotelial?

A

Tabagismo (relacionado a >50% dos casos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais outras exposições estão associadas ao risco aumentado de câncer de bexiga?

A

Exposição ocupacional a aminas aromáticas,
radioterapia pélvica prévia,
inflamação crônica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual o padrão ouro MUSC INV??

A

Quimioterapia baseada em cisplatina (ex: gemcitabina + cisplatina)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual regime mostrou maior benefício em OS e PFS no EV-302 trial?

A

Enfortumab vedotin + pembrolizumabe

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual foi a sobrevida global com EV+Pembro no EV-302?

A

31,5 meses vs 16,1 meses com quimioterapia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual tratamento foi aprovado com base no EV-301 trial?

A

Enfortumab vedotin (monoterapia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais pacientes se beneficiam do erdafitinibe?

A

Pacientes com mutações FGFR2/3 após progressão a quimioterapia e IO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual terapia alvo é usada para tumores com mutações FGFR2/3?

A

Erdafitinibe

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Qual terapia é indicada para pacientes com câncer de bexiga HER2 3+?

A

Trastuzumabe deruxtecana (T-DXd)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quando considerar Sacituzumabe govitecano no câncer de bexiga?

A

Foi aprovado para uso após falha a quimio e IO, mas indicação retirada após resultados negativos do TROPiCS-04

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Qual foi o desenho do EV-302?

A

Fase 3 comparando EV+pembrolizumabe vs quimioterapia padrão em LA/mUC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o resultado chave do CheckMate-901?

A

Nivolumabe + GC aumentou a OS vs GC isolado (21,7 vs 18,9 meses)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

O que mostrou o THOR trial?

A

Erdafitinibe superior à quimio em pacientes com FGFR3 alterado (OS: 12,1 vs 7,8 meses)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais toxicidades importantes estão associadas ao enfortumab vedotin?

A
  1. Neuropatia periférica
  2. reações cutâneas
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais são as principais toxicidades do erdafitinibe?

A

Hiperfosfatemia, retinopatia serosa central, alterações cutâneas e estomatite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Como é feito o diagnóstico inicial do câncer de bexiga?

A

Através da cistoscopia com biópsia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais os dois principais grupos de câncer urotelial?

A

1) Doença músculo-invasiva
2) Não músculo-invasiva

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual o tratamento padrão para doença músculo-invasiva localizada?

A

Cistectomia radical com linfadenectomia pélvica bilateral + quimioterapia neoadjuvante

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quando considerar preservação vesical?

A

Em tumores unifocais T2, sem carcinoma in situ e com boa função vesical

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Qual a vantagem da quimio neoadjuvante no câncer de bexiga?

A

Aumenta a sobrevida global (benefício absoluto de 5% em 5 anos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais os critérios de ineligibilidade ao cisplatina?

A
  1. ClCr < 60 mL/min,
    2, ECOG ≥ 2,M
  2. audição prejudicada,
  3. neuropatia ≥ grau 2
  4. ICC NYHA III-IV
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Qual esquema é preferido em pacientes inaptos à cisplatina?

A

Gemcitabina + carboplatina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual imunoterapia é usada como manutenção após resposta à quimioterapia?

A

Avelumabe (JAVELIN Bladder 100)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Qual combinação de imunoterapia demonstrou benefício com GC na 1ª linha?
Nivolumabe + gemcitabina/cisplatina (CheckMate 901)
26
Qual o esquema recomendado na 1ª linha atualmente?
EV + pembrolizumabe (EV-302) para pacientes elegíveis
27
Após falha de EV-Pembro, qual a próxima linha recomendada?
Quimioterapia com cisplatina/gemcitabina ou gem/carbo
28
Quais terapias são indicadas em 3ª linha com biomarcadores positivos?
Erdafitinibe (FGFR3+) ou T-DXd (HER2 3+)
29
Qual o objetivo do estudo EV-302?
Comparar EV + pembrolizumabe versus quimioterapia padrão em 1ª linha para mUC
30
Qual foi o ganho de OS com EV + Pembro no EV-302?
31,5 vs 16,1 meses (HR 0,47; p<0,00001)
31
Qual foi a taxa de resposta objetiva no braço EV-Pembro no EV-302?
68%, com 30% de resposta completa
32
Qual o objetivo do estudo CheckMate 901?
Avaliar Nivolumabe + GC vs GC em pacientes elegíveis à cisplatina com mUC
33
Qual foi a sobrevida global no braço com Nivolumabe no CheckMate 901?
21,7 vs 18,9 meses (HR 0,78; p=0,02)
34
Qual o papel do avelumabe no JAVELIN Bladder 100?
Manutenção após resposta à quimioterapia com platina
35
Qual foi o benefício de OS com avelumabe como manutenção?
23,8 vs 15 meses (HR 0,69)
36
Qual o objetivo do EV-301?
Comparar EV vs quimioterapia em pacientes pós-QT + anti-PD-1/PD-L1
37
Quais os resultados principais do EV-301?
OS: 12,9 vs 9 meses; PFS: 5,6 vs 3,7 meses; ORR: 40,6% vs 17,9%
38
O que mostrou a coorte 1 do estudo THOR?
Erdafitinibe foi superior à quimio (OS 12,1 vs 7,8 meses) em pacientes FGFR-alterados pós-PD1
39
O que mostrou a coorte 2 do estudo THOR?
Erdafitinibe teve maior ORR e PFS vs pembro, mas sem ganho de OS
40
Qual foi a eficácia do T-DXd em câncer de bexiga HER2+?
ORR 39% (HER2 3+: 58%), PFS 7 meses, OS 12,8 meses
41
Qual foi o desfecho do sacituzumabe govitecano no TROPHY-U-01?
ORR: 27%, PFS: 5,4 meses, OS: 10,9 meses
42
Qual foi o impacto do TROPiCS-04 na indicação do SG?
Indicação retirada após falha em demonstrar ganho de sobrevida
43
Quais são as camadas histológicas da parede vesical?
Urotélio, lâmina própria, muscular da bexiga (detrusor), gordura perivesical
44
Qual a principal irrigação arterial da bexiga urinária?
Artérias vesicais superiores e inferiores (ramos da ilíaca interna)
45
Quais são os locais mais comuns de origem do câncer de bexiga?
Trígono vesical parede lateral da bexiga
46
Qual a drenagem linfática principal da bexiga?
Linfonodos ilíacos internos, externos e obturatórios
47
O que define um tumor pTis (carcinoma in situ) na bexiga?
Tumor plano, não invasivo, de alto grau, limitado ao urotélio
48
O que caracteriza pT1?
Invasão da lâmina própria, sem atingir a muscular
49
O que caracteriza pT2a e pT2b?
pT2a: invasão da muscular superficial (interna); pT2b: invasão da muscular profunda (externa)
50
O que caracteriza pT3?
Invasão além da muscular própria, atingindo a gordura perivesical
51
O que caracteriza pT4?
Invasão de órgãos adjacentes (próstata, útero, vagina, parede pélvica)
52
O que caracteriza N1?
Metástase em 1 linfonodo regional (ilíaco interno, externo ou obturatório)
53
O que caracteriza N2?
Metástase em múltiplos linfonodos regionais
54
O que caracteriza N3?
Metástase em linfonodos da cadeia ilíaca comum
55
O que define M1a no câncer de bexiga?
Metástases para linfonodos não regionais
56
O que define M1b no câncer de bexiga?
Metástases para órgãos distantes (ex: fígado, pulmão, osso)
57
Quando a cistectomia radical é indicada no câncer de bexiga?
Para tumores músculo-invasivos (≥pT2) ou recidiva de carcinoma in situ refratário à BCG
58
Quando se considera a ressecção transuretral da bexiga (RTU-B) como tratamento definitivo?
Em tumores superficiais (pTa, pT1) e carcinoma in situ com seguimento rigoroso
59
O que é removido na cistectomia radical masculina?
Bexiga, próstata, vesículas seminais e linfadenectomia pélvica bilateral
60
O que é removido na cistectomia radical feminina?
Bexiga, útero, anexos, parte da parede vaginal anterior e linfadenectomia
61
Qual a importância da linfadenectomia pélvica?
Permite estadiamento adequado e pode impactar na sobrevida
62
Quais os tipos principais de derivação urinária após cistectomia?
Conduto ileal (Bricker), neobexiga ortotópica, uretéroneocutaneostomia
63
Quais pacientes podem receber neobexiga ortotópica?
Pacientes sem comprometimento do esfíncter uretral, função renal adequada e expectativa de adesão ao seguimento
64
Qual a derivação mais comum no Brasil?
Conduto ileal (Bricker), por ser tecnicamente mais simples e segura
65
Quando considerar cistectomia pós-falha da BCG?
Após recidiva ou progressão de carcinoma in situ ou pT1 de alto grau
66
Quais complicações cirúrgicas são frequentes na cistectomia?
Infecção, fístula urinária, complicações intestinais e disfunção sexual
67
Qual foi o objetivo do estudo NIÁGARA?
Avaliar durvalumabe adjuvante após QT neoadjuvante e cistectomia em câncer de bexiga músculo-invasivo
68
Qual regime de tratamento foi utilizado no braço experimental do NIÁGARA?
QT neoadjuvante (GC) + cistectomia seguida de durvalumabe por 1 ano
69
Quais foram os resultados principais do NIÁGARA?
Melhora significativa da EFS com durvalumabe adjuvante vs placebo
70
Qual o impacto do NIÁGARA na prática clínica?
Pode estabelecer durvalumabe como padrão adjuvante após cistectomia em pacientes que receberam QT neoadjuvante
71
O benefício do durvalumabe no NIÁGARA foi dependente de PD-L1?
Não, o benefício foi observado independentemente do status de PD-L1
72
Qual o objetivo do estudo AMBASSADOR?
Avaliar atezolizumabe adjuvante após cistectomia em pacientes com alto risco de recidiva de câncer de bexiga
73
Qual foi o resultado do estudo AMBASSADOR?
Estudo foi negativo: atezolizumabe não melhorou significativamente OS ou DFS vs observação
74
Qual o objetivo do IMvigor010?
Avaliar atezolizumabe adjuvante após cistectomia em pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo de alto risco
75
Qual foi o resultado do IMvigor010?
Estudo foi negativo: sem benefício significativo em DFS global com atezolizumabe
76
Qual achado exploratório chamou atenção no IMvigor010?
Pacientes com ctDNA positivo pós-cirurgia tiveram benefício com atezolizumabe
77
Qual o impacto do IMvigor010 no uso de ctDNA?
ctDNA surgiu como biomarcador promissor para selecionar pacientes para tratamento adjuvante
78
Qual é o papel da BCG no câncer de bexiga?
Tratamento padrão para doença não músculo-invasiva de alto risco (pT1, CIS, recidivante, multifocal)
79
Qual o achado principal do estudo SWOG 8507?
BCG de manutenção por 3 anos reduziu recorrência e progressão em pacientes com alto risco
80
Qual o esquema de manutenção de BCG utilizado no SWOG 8507?
Instilações nos meses 3, 6, 12, 18, 24, 30 e 36 após indução
81
O que comparou o estudo EORTC 30962?
Dose plena vs reduzida de BCG em pacientes com câncer não músculo-invasivo
82
Qual o resultado do EORTC 30962?
Dose plena associada a menor taxa de recorrência, mas com maior toxicidade
83
O que é considerado BCG-refratariedade?
Recidiva de tumor de alto grau ou persistência de CIS dentro de 6 meses após BCG de indução
84
Qual agente emergente foi aprovado para doença BCG-refratária?
Nadofaregene firadenovec (terapia gênica aprovada pelo FDA)
85
Qual o desfecho do estudo com nadofaregene firadenovec?
ORR de 53% em pacientes com CIS BCG-refratário
86
Câncer de Bexiga - Classificação NMIBC
Ta (papilífero, mucosa), T1 (invade lâmina própria), CIS (plano, alto grau)
87
Manejo inicial do NMIBC
RTU completa, classificação de risco, instilação precoce (mitomicina), BCG em alto risco, re-RTU se T1/alto grau, vigilância rigorosa
88
Estratificação de risco NMIBC
Baixo risco: único, Ta, baixo grau, <3cm, sem CIS; Intermediário: múltiplos, >3cm, recorrente; Alto risco: T1, alto grau, CIS
89
Manejo do câncer de bexiga músculo-invasivo (MIBC)
Cistectomia radical + linfadenectomia estendida, quimio neoadjuvante cisplatina-based, reconstrução urinária (ileal conduit, neobexiga)
90
Quimio neoadjuvante padrão MIBC
Cisplatina-based (gem-cis ou MVAC), melhora sobrevida global e facilita cirurgia
91
Terapia trimodal MIBC
RTU completa + radioquimio (cisplatina ou 5-FU/MMC), para quem recusa ou não pode operar
92
Opções de adjuvância MIBC
Quimio adjuvante se não fez NAC e alto risco patológico; nivolumabe adjuvante em pT3/pT4 ou pN+ sem quimio
93
Seguimento pós cistectomia
TC tórax, abdome e pelve a cada 3-6 meses por 2 anos, depois anual; em bexiga preservada: cistoscopia regular
94
Ensaio NIAGARA
Durvalumab + quimio neoadjuvante + cistectomia + durva adjuvante vs. quimio neoadjuvante + cistectomia; melhora EFS e OS!!!!
95
Resultados principais do NIAGARA
EFS 24m: 67,8% (durva) vs. 59,8%; OS 24m: 82,2% (durva) vs. 75,2%; pCR melhorou mas não atingiu significância pré-especificada
96
CheckMate 901
1) Nivolumabe + gem-cis vs. gem-cis; melhora OS e PFS em cis-fit MIBC metastático
97
EV-302
Enfortumab vedotin + pembrolizumabe vs. gem-cis ou gem-carbo; melhora OS e PFS, incluso cis-ineligible
98
EV-302 vs CheckMate 901
EV-302: resultados superiores em OS e PFS, mas sem estudo head-to-head; CM901 restrito a cis-fit
99
Segunda linha pós EV-302
Erdafitinibe (FGFR3-alterado), quimio convencional (taxano, vinflunina), ensaio clínico
100
Segunda linha pós CheckMate 901
Enfortumab vedotin, erdafitinibe (FGFR3+), quimio convencional, ensaio clínico
101
Segunda linha pós quimio padrão
Imuno isolada (pembro/nivo), EV, erdafitinibe, quimio convencional, ensaio clínico
102
Definição de NMIBC
Tumor confinado à mucosa ou lâmina própria, sem invasão do músculo detrusor
103
Definição de MIBC
Tumor que invade o músculo detrusor (T2 ou mais)
104
Papel da RTU no NMIBC
Diagnóstico, estadiamento e tratamento inicial (RTU completa é essencial)
105
Quando fazer re-RTU no NMIBIC?
Sempre em 1) T1 ou 2) alto grau Para avaliar persistência e estadiamento correto
106
Quais pacientes precisam de BCG?
1) Todos de alto risco (T1 alto grau, CIS) 2) Alguns de risco intermediário
107
Vigilância no NMIBC baixo risco
Cistoscopia a cada 3-6 meses no 1º ano, depois anual
108
Evidência do BCG no NMIBC
Reduz risco de recorrência e progressão, padrão-ouro para alto risco
109
Taxa de progressão no NMIBC
* Baixo risco <5%, * Alto risco pode chegar a 40% em 5 anos
110
Terapia de segunda linha para FGFR3+
Erdafitinibe para doença metastática com alteração de FGFR3 (Thor TRIAL)
111
Eventos adversos mais comuns do BCG
Cistite química febre sintomas urinários irritativos
112
O que é câncer de bexiga não músculo-invasivo (CBNMI)?
Tumores restritos à mucosa (Ta, Tis) ou à submucosa (T1), sem invasão do músculo detrusor. Representa doença inicial em aproximadamente 80% dos casos de câncer de bexiga.
113
Quais são os principais subtipos de CBNMI?
Papiloma urotelial de baixo potencial maligno, carcinoma in situ (CIS), tumores Ta de baixo ou alto grau e T1 de baixo ou alto grau.
114
Qual o percentual de pacientes com câncer de bexiga que apresentam CBNMI no diagnóstico?
Cerca de 80% apresentam doença não músculo-invasiva no diagnóstico inicial.
115
Qual é a proporção de CBNMI confinada à mucosa (Ta/Tis) versus submucosa (T1)?
70% na mucosa (Ta ou Tis) e 30% na submucosa (T1).
116
Quais são os exames fundamentais no diagnóstico de CBNMI?
Cistoscopia (flexível ou rígida) seguida de RTU (ressecção transuretral) com biópsias da base tumoral e de áreas suspeitas.
117
O que deve obrigatoriamente conter na RTU para estadiamento adequado?
Presença de músculo detrusor na amostra para avaliar invasão muscular.
118
Por que são feitas biópsias de áreas normais durante RTU?
Para excluir carcinoma in situ (CIS), que pode ser multifocal e não visível macroscópicamente.
119
O que caracteriza risco baixo no CBNMI?
Lesão única, Ta de baixo grau, sem carcinoma in situ (CIS) e com tamanho inferior a 3 cm.
120
O que caracteriza risco intermediário no CBNMI?
Tumores múltiplos ou recorrentes, Ta de baixo grau, sem preencher critérios de alto risco.
121
O que caracteriza risco alto no CBNMI?
Qualquer tumor T1, qualquer tumor de alto grau ou presença de carcinoma in situ (CIS).
122
O que caracteriza risco muito alto no CBNMI?
T1 alto grau múltiplos, T1 alto grau associado a CIS, acometimento da uretra prostática, variantes histológicas agressivas (micropapilar, plasmocitoide, sarcomatoide).
123
Quando está indicada quimioterapia intravesical imediata?
Até 24 horas após RTU, nos casos de risco baixo ou intermediário, para reduzir risco de recorrência precoce.
124
Quais são os agentes mais usados na quimioterapia intravesical imediata?
Mitomicina C ou Epirrubicina.
125
Qual é o padrão ouro de tratamento para risco intermediário e alto?
BCG intravesical, que reduz risco de recorrência e progressão.
126
Descreva o esquema de indução do BCG intravesical.
Uma aplicação por semana durante 6 semanas consecutivas.
127
Como funciona a manutenção do BCG?
Após a indução, realiza-se manutenção com 3 aplicações semanais a cada 3 meses no 1º ano, depois a cada 6 meses no 2º e 3º anos.
128
Quantos pacientes conseguem completar todo o protocolo de BCG?
Apenas cerca de 25%; aproximadamente 75% interrompem devido a toxicidades locais ou sistêmicas.
129
Quais são os efeitos adversos locais mais comuns do BCG?
Cistite química, disúria, hematúria, febre, urgência e aumento da frequência urinária.
130
Quais são os efeitos adversos sistêmicos do BCG?
Artralgia, osteomielite, sepse e disfunção multiorgânica secundária à formação de granulomas.
131
O que define falha ao BCG?
Falta de resposta completa após indução e segunda RTU, ou recorrência de T1 alto grau/CIS durante ou após BCG.
132
Qual é a conduta padrão na falha ao BCG?
Cistectomia radical, principalmente para doença de alto ou muito alto risco.
133
Quais são as principais terapias intravesicais de segunda linha?
Gemcitabina + Docetaxel, Valrubicina e Nadofaragene firadenovec (vetor adenoviral com IFN alfa-2b).
134
Qual foi a taxa de resposta do Nadofaragene no estudo pivotal?
Resposta completa em 53,4% dos pacientes, com duração mediana de 9,7 meses.
135
Quais são as opções de imunoterapia sistêmica para CBNMI refratário?
Pembrolizumabe, aprovado com base no estudo KEYNOTE-057, com 41% de resposta completa aos 3 meses.
136
Por que o carcinoma na uretra prostática é mais desafiador de tratar com BCG?
Porque a administração via sonda não permite adequada exposição do BCG à uretra prostática.
137
O que pode ser feito para melhorar a exposição da uretra prostática ao BCG?
Ressecção transuretral da uretra prostática, permitindo melhor penetração do BCG.
138
O que fazer se há invasão estromal da próstata?
Indicar cistoprostatectomia, pois há risco elevado de progressão.
139
Como é realizada a vigilância após tratamento com BCG?
Cistoscopia e citologia urinária após cada ciclo de BCG, mantendo vigilância rigorosa por até 3 anos.
140
Por que é necessário vigilância do trato urinário superior?
Porque regiões como ureteres e pelve renal são menos acessíveis ao BCG, apresentando risco de recorrência.
141
Qual é o papel da cistectomia no CBNMI?
Oferece controle definitivo em casos de risco muito alto, falha ao BCG ou progressão para doença músculo-invasiva.