Semio músculo-esquelético Flashcards
(44 cards)
Características gerais do exame ME
-Faz-se inspeção e palpação no exame físico dos ossos, sempre complementando com o estudo da mobilidade de cada segmento
-Obrigatoriamente precisa avaliar articulações e músculo
-O exame deve ser feito em pé, deitado e sentado
-Comparar sempre lados homólogos
Inspeção
É possível observar marcha; habilidade de subir escadas (tem uma para subir na maca), se despir, deitar e se mover na cama antes de começar o exame físico
Analisa anomalias, assimetrias, desvios e marcha
Claudicação
Vista na inspeção
Pode ser causada por comprometimento da coluna lombar, articulações sacroilíacas ou qualquer outro segmento dos MMII
Palpação
-Define consistência, formato, localização, tamanho e relação com os tecidos moles
-A palpação do osso pode ser muito dolorosa, como na osteomielite, neoplasias malignas de expansão rápida e fraturas. Isso dificulta o exame detalhado.
O que analisar nos músculos?
agenesia, trofismo (estado de higidez do músculo, podendo ser eutrófico, atrófico ou hipotrófico e hipertrófico ou pseudo-hipertrófico), simetria, contraturas (deformidades fxas dos músculos e/ou articulações que limitam o movimentos), movimentos anormais ou involuntários, tônus (hipotonia em criança com debilidade geral, desnutrição, distrofias e lesões do neurônio motor inferior; hipertonia em crianças com tétano e meningite) e força muscular
O que analisar nas articulações?
Rigidez pós repouso/matinal (característica de dor inflamatória), fraqueza muscular, sinais inlamatórios (artrite), crepitação articular, mobilidade articular (mais importante!!)/dor à mobilização/ limite de movimentação, aumento don volume
Principais sinais e sintomas do sistema ME
dor e deformidade
Dor aguda X crônica
Aguda: < 6 semanas, acontece em infecções, traumatismos e doenças malignas
Crônica: > 6 semanas, acontece em artrite idiopática juvenil, lupus eritematos sistêmico e osteomielite (doenças reumatológicas)
Sintomas e sinais constitucionais e extrassistêmicos
Importante analisar pois podem estar presentes em doenças sistêmicas (reumatológicas)
presença de sinais constitucionais, como febre, lesões cutânas, redução do peso, astenia,hiporexia e linfadenomegalias
O que procurar em pele e fâneros?
rash (dor articular + rash difusa = pode ser dengue; rash facial piorado pela exposição solar = pode ser LES; rash difuso que piora durante episódios febris e ao banho = pode ser AIJ)
amormalidades unguais
alopécia
fenômeno de Raynoud (redução temporária da circulação sanguínea nas extremidades)
hiperpigmentação (mancha café com leite na neurofibromatose)
ulceração digital e periungueal
nódulos (podem ser sinal de vasculites e se associado a rash róseo em tronco e região proximal dos membros e taquidispneia pode ser febre reumática)
O que procurar nos olhos?
ressecamento da mucosa ocular
visão borrada/ uveíte
conjuntivite
blefarite (inflamação da pálpebra)
O que procurar no sistema cardiorrespiratório?
dispneia
ortopneia
dor pleurítica ou pericárdica
tosse seca
Ex: dor na articulação + cardite = pode ser doença reumática
O que procurar no sistema gastrointestinal?
-Ressecamento da mucosa oral
-Aumento das glândulas salivares
-Disfagia ou sinais sugestivos de DRGE (podem ocorrer em dermato polimiosite juvenil e em esclerodermia juvenil)
-Diarreia ou constipação intestinal (podem ocorrer em doenças infecciosas ou parasitárias com repercussão musculo articular)
-Hepatosplenomegalia - referida por aumento do volume abdominal - pode indicar processo inflamatório inespecífico ou até mesmo ICC na infância = sinal de alerta para febre reumática
-Úlceras dolorosas em muscosa oral (podem indicar LESJ)
-Limitação de abertura bucal pode ser a chave inicial para o diagnóstico da esclerose sistêmica juvenil
O que procurar no sistema urinário?
-Úlcera genital
-Disúria
-Hematúria
-Presença de espuma na urina
-HA
São frequentes nas vasculites e no LESJ
O que procurar no sistema neurológico?
-Parestesias, paresias e paralisias (diminuição da força muscular suspeita de doença com comprometimento neurológico ou muscular. Pode ocorrer na dermatopoliomiosite juvenil ou se há lesões cutâneas associadas pode ser miopatia congênita)
-Crises convulsivas (se comprometimento definido de dermátomos há suspeita de comprometimento neurológico associado às vasculites ou ao LESJ)
Alterações e doenças mais comuns no sistema ME
Displasia do desenvolvimento do quadril
Doenças e problemas de coluna
Infecções osteoarticulares
Desvios angulares e rotacionais do MMII
Malformações congênitas dos pés do RN
Displasia do desenvolvimento do quadril
-A cabeça femoral mantém uma relação anormal com o acetábulo (subluxada ou totalmente deslocada)
-É possível identificar no piemiro exame físico com a manobra de Ortolani ou de Barlow
Manobra de Ortolani
-RN em DD
-Examinador com o polegar na face interna da coxa e os dedos indicador e médio posicionados na altura do trocânter maior
-As articulações coxofemorais e joelhos são fletidos em 90 graus e as coxas aduzidas e ligeiramente rodadas internamente.
-Depois disso, realiza um movimento firme de abdução (eleva o trocanter) e sutil rotação externa das coxas, que gera a sensação tátil de ressalto ou solavanco (sensação palpável conforme a cabeça femoral se desloca ou se encaixa no acetábulo)
-Teste clínico de detecção precoce de displasia de desenvolvimento do quadril
-Sem distinção entre instabilidade ou luxação
-É um exame de rotina no bebê
-SÓ TEM SENSIBILIDADE ATÉ 3 MESES DE IDADE
Manobra de Barlow
-RN em DD
-Examinador com polegar poscionado na face interna da coxa e dedos indicador e médio na altura do trocanter
-O examinador flete as articulações do quadril e joelho e aplica pressão sobre o trocânter femural (“empurra” para cima)
-Verifica se a cabeaá do fêmur se realoca no acetábulo (luxada) e depois tenta deslocá-la posteriormente, testando a estabilidade do quadril
-Teste clínico de detecção precoce de displasia do desenvolvimento do quadril
-Feita no período neonatal
-A manobra de Ortolani normalmente já é suficiente
Pacientes com displasia do desenvolvimento do quadril unilateral quando colocados em DD podem apresentar
-Encurtamento/ assimetria aparente de um fêmur em relação ao outro (Sinal de Nelaton-Galeazzi)
-Hipotrofia do MMII
-Proeminência no lado afetado do trocanter maior
-Assimetria de pregas inguinais e glúteas (Sinal de Peter-Bade)
-Limitação de abdução do quadril afetado (Sinal de Hart)
Pacientes acometidos bilateralmente geralmente apresentam todos esses sinais, mas um lado pode ser mais alterado que o outro
Sinal de Nelaton-Galeazzi
-Teste clínico de detecção precoce de dislasia de desenvolvimento do quadril
-Criança em DD com joelhos e quadris flexionados a 90 graus e pés apoiados no chão
-Examinador observa a altura dos joelhos. Se um estiver mais baixo que o outro, o sinal é + (assimetria de MMII)
Sinal de Peter-Bade
Assimetria de pregas inguinais e glúteas
Pode estar presente da displasia de desenvolvimento do quadril
Sinal de Hart
-Pesquisa displasia do desenvolvimento do quadril
-Limitação da abdução do quadril afetado (em especial em crianças maiores de 3 meses) quando fletido em DD
-Sinal mais confiável para o diagnóstico
Sinal mais confiável parao diagnóstico de displasia do desenvolvimento do quadril
Sinal de Hart