Semiologia otológica - Patologia do ouvido Externo Flashcards

(37 cards)

1
Q

Patologia OE

As patologias do CAE pode ser dividida em dois grandes grupos. Quais são?

A

Congénita e Adquirida

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Q

Patologia do OE

A patologia _______ do CAE insere-se no espetro da _______ completa, a malformações _______ do _______ _______, _______ do meato ou do CAE. Estas malformações podem surgir _______ ou _______ a malformações do _______ e/ou _______, ou ainda, no contexto de _______ mais complexas, a malformações _______ associadas, ou mesmo de outros órgãos e sistemas.

A

A patologia congénita do CAE insere-se no espetro da atrésia completa (ausência de CAE e pavilhão), a malformações isoladas do pavilhão auricular, estenose do meato ou do CAE. Estas malformações podem surgir isoladas ou associadas a malformações do OM e/ou OI, ou ainda, no contexto de síndromes mais complexas, a malformações craniofaciais associadas, ou mesmo de outros órgãos e sistemas.

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Q

Patologia do OE

A Patologia Adquirida do OE, insere-se nos seguintes grupos:
* _______
* _______
* _______
* _______
* _______
* _______

A

A Patologia Adquirida do OE, insere-se nos seguintes grupos:
* Infecciosa
* Intrínseca da Pele
* Óssea Benigna
* Traumática
* Corpos Estranhos
* Neoplásica

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4
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

Quais são as patologias infecciosas do pavilhão auricular que conheces?

A
  1. Pericondrite
  2. Celulite
  3. Zona
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Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

Caracteriza a Pericondrite:
* O que é?
* Etiologia
* Agentes
* Tratamento

A

Infeção do pericôndrio do pavilhão auricular (zona cartilaginosa, não afeta o lóbulo).

Etiologia:
* Trauma
* Infeção superficial da pele

Agentes:
1. Pseudomonas aeruginosa
2. Staph (Aureus++, e restantes também, coag (-): epidermidis, haemolyticus, lugdunensis, saprophyticus
3. Proteus mirabilis

TRATAMENTO:
Sempre AB sistémica - empírica (anti-pseudomonas, anti staph)
Com 4 situações possíveis:
Abcesso ⮕ Drenar
Infetado ⮕ ABs
Auto-imune ⮕ Corticóides
Abcesso subpericondral ⮕ Drenagem cirúrgica

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6
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

O que é isto?

A

Pericondrite

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7
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

Caracteriza a Celulite:
* O que é?
* Etiologia
* Agentes
* Tratamento

A

Infeção da pele e tecido subcutâneo do pavilhão auricular - AFETA O LÓBULO

Etiologia:
* Trauma
* Secundária a otite externa aguda

Agentes:
1. Staph (++aureus)
2. Strep (++pyogenes)

Eripsela - Streptococcus β-hemolíticos; grupo A - pyogenes

TRATAMENTO:
Sempre AB sistémica empírica (preferencialmente cubra as P. aureginosas e o S aureus - dado muitas vezes ser secundária a OtiteExternaAguda - agentes mais frequentes)

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8
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

O que é isto?

A

Eripsela - Streptococcus β-hemolíticos; grupo A - pyogenes

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9
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

Caracteriza a Zona:
* O que é / Agente causador
* Sinais
* Sintomas
* Tratamento

A

Infecção provocada pelo vírus Herpes-Zoster, resultante da reativação do vírus, latente ao nível do gânglio geniculado (VII bis).

Sinais - Erupção vesicular na concha, tragus, zona de Ramsay-Hunt (região sensitiva do intermediário de Wrisberg, nervo facial - corresponde ao pavilhão auricular, membrana do tímpano e canal auditivo externo.)

Sintomas
* inicia-se por prurido e eritema,
* sensação de parestesias da concha
* otalgia severa
com instalação progressiva, até:

Síndrome de Ramsay-Hunt:
1. Paralisia facial (VII par) periférica - afeta os 2 andares da face
2. Otalgia intensa
3. Erupção vesicular na concha e CAE
(perda de paladar dos 2/3 anteriores da língua)

Temos ainda: perda de audição e vertigem → transmissão do vírus através de proximidade direta dos nervos cranianos VII e VIII.

Tratamento:
* AV sistémicos (aciclovir, valaciclovir)
* Corticoterapia → paralisia facial

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10
Q

Patologia do OE

Delimita a Zona de Ramsay-Hunt

A

Região sensitiva do intermediário de Wrisberg, Nervo facial:
* pavilhão auricular
* membrana do tímpano
* canal auditivo externo

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11
Q

Patologia do OE

Caracteriza o Síndrome de Ramsay-Hunt. Quando é que acontece?

A

Síndrome de Ramsay-Hunt:
1. Paralisia facial (VII par) periférica - afeta os 2 andares da face
2. Otalgia intensa
3. Erupção vesicular na concha e CAE
(perda de paladar dos 2/3 anteriores da língua)

Temos ainda: perda de audição e vertigem → transmissão do vírus através de proximidade direta dos nervos cranianos VII e VIII.

Acontece na Zona. Reativação do Vírus da Herpes-Zoster, no gânglio geniculado

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12
Q

Patologia do OE - Pavilhão Auricular

O que é isto?

A

Zona

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13
Q

Patologia do OE - CAE

Quais são as patologias infecciosas do CAE que conheces?

A
  1. Otite Externa (OE)
  2. Otite Externa Difusa
  3. Otite Externa Maligna/Necrosante
  4. Furúnculo
  5. Otomicose

Há também Otite Necrotizante Benigna, muito raro, mas interessante.

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14
Q

Patologia do OE - CAE

Caracteriza a Otite Externa:
* O que é?
* Etiologia
* Agentes
* Clínica
* Características da otoscopia
* Tratamento

A

Processo infeccioso do ouvido externo

Etiologia
* Manipulação do CAE
* Entrada de água, irritantes, contaminantes

Agentes:
* P. aeruginosa
* S. aureus

Clínica:
1. otalgia
2. otorreia
3. dor à pressão tragus e manipulação do pavilhão auricular
4. prurido
5. sensação de plenitude auricular (Quando os sons são percebidos de maneira abafada, ou a pessoa fica com a sensação de que o ouvido está “cheio”) com
6. hipoacúsia

Otoscopia
* hiperemia + edema do CAE
* otorreia

Tratamento
* gotas otológicas (AB + corticoide) → AB sistémica

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15
Q

Patologia do OE - CAE

O que é isto?

A

Otite Externa

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16
Q

Patologia do OE - CAE

Como disingues clinicamente uma Otite Externa de uma Média Aguda? e de uma crónica supurativa?

A

A OMA vamos ter uma efusão do ouvido médio (observável no otoscópio) e não há dor ao toque no pavilhão auricular (na externa há)

Na crónica supurativa também há otorreia (neste caso crónica - quadro mais arrastado), mas ao observar o tímpano (otoscopia), este vai estar perfurado (na externa não)

17
Q

Patologia do OE - CAE

Caracteriza a Otite Externa Difusa:
* O que é/etiologia
* Agentes
* Diagnóstico
* Tratamento

A

Otite dos nadadores ou “das piscinas”

Agentes
* S. aureus
* Pseudomonas

Diagnóstico (junção dos vários fatores):
1. sinais inflamatórios da parede do CAE + exsudado
2. otalgia intensa
3. hipoacúsia (tanto pelo exsudado como pelo edema),
4. prurido (início do quadro clínico),
5. contexto epidemiológico (entrada de água no CAE - mais no Verão!)

Tratamento:
* antibiótico e corticóide tópico
* AB sistémica
-tratamento ineficaz ou
-imunodeprimido (idoso, diabético, HIV)
porque pode evoluir para otite externa maligna!

Distingue-se da OEA, por ser um quadro com menos dor e mais hipoacúsia. Para além de a OEA ter mais secreções purulentas e a OED mais edema (difuso), daí também maior hipoacúsia

18
Q

Patologia do OE - CAE

O que é isto?

A

Otite Externa Difusa

19
Q

Patologia do OE - CAE

Em que situções devemos abordar a OED com AB sistémica? Qual é a preocupação nestes casos?

A
  1. Tratamento tópico ineficaz
  2. Imunodeprimidos (idoso, diabético, HIV)

Poderá evoluir para Otite Externa Maligna Necrotizante

20
Q

Patologia do OE - CAE

Caracteriza a Otite Externa Maligna/Necrosante:
* O que é?
* Característica de destaque
* Agentes
* Suspeita clínica
* Clínica
* Otoscopia e ECDs a pedir
* Tratamento

A

Otite necrotizante habitualmente crónica que afecta indivíduos imunocomprometidos (+++diabéticos!!)

Presença de osteomielite dos ossos da base do crânio

Agentes
* Pseudomonas aeruginosa

Suspeita clínica
* Otite externa resistente ao tratamento!

Clínica
1. Otalgia severa
2. Otorreia

Otoscopia
* Tecido de granulação ou úlcera do CAE com osso exposto

ECDs
* TC ouvido e CE
* Cintigrafia óssea com Gálio (com repetição para monotorização do tratamento

Tratamento:
* AB endovenosa em internamento! - altas doses
* Tratamento da doença de base - longos períodos, 4 a 6 semanas
* Limpeza e desbridamento
* Oxigenoterapia hiperbárica
* Repetição da cintigrafia para monitorização do tratamento

Situação grave com uma taxa de mortalidade elevada

21
Q

Patologia do OE - CAE

O que é isto?

A

Otite Externa Maligna/Necrosante

22
Q

Patologia do OE - CAE

Caracteriza a Furuncolose:
* O que é?
* Agentes
* Clínica
* Tratamento

A

Infeção localizada da porção cartilaginosa do CAE por obstrução glândula pilossebácea devido a infeção secundária estafilocócica

Clínica
1. Otalgia
2. Dor à pressão do tragus
3. Tumefação dolorosa

Tratamento:
* gotas otológicas (AB + corticoide) → AB sistémica
* Drenagem cirúrgica → flutuação (“bolsa de pus”)

Furunculose = aparecimento recorrente de furúnculos: Drenagem + AB

23
Q

Patologia do OE - CAE

O que é isto?

24
Q

Patologia do OE - CAE

Caracteriza a Otomicose:
* O que é?
* Agentes
* Clínica
* Tratamento

A

Otite externa fúngica

Agentes:
* Aspergillus
* Candida albicans

Fase inicial:
* exsudado membranoso branco/amarelo/preto com difícil diagnóstico diferencial entre etiologia bacteriana ou fúngica

Fase tardia:
* hifas do fungo - bolor. Pele eritematosa (porção óssea CAE)

Clínica
1. prurido
2. otorreia
3. sensação de plenitude auricular

Tratamento:
* Antimicóticos tópicos ou sistémicos (casos de risco de OEMaligna)
* Acidificação com álcool e limpeza frequente do CAE
* Duração de 15 dias, em vez de 5/7 dias como nas bacterianas.

25
# Patologia do OE - CAE O que é isto?
**Otomicose**
26
# Patologia do OE Quais são as **patologias intrísecas da pele** que conheces?
1. Rolhão de Cerúmen 2. Rolhão Epidérmico 3. Quistos Epidérmicos e Colesteatomas do Conduto
27
# Patologia do OE Caracteriza o **Rolhão de Cerúmen**
O Cerúmen é produzido pelas glândulas sebáceas no CAE, possui uma função antimicrobiana por pH ligeiramente ácido. O Rolhão forma-se por acumulação atípica do mesmo. 1~**Identificação do rolhão por otoscopia**. 2~**Remoção** através de: * aspiração * lavagem (deve ser aspirado de seguida, impedindo a acumulação de água) * ou gancho 3~**Maioria dos doentes não necessita de tratamento** → Crescimento da pele do CAE faz-se para fora, o que leva à expulsão do cerúmen
28
# Patologia do OE Caracteriza o **Rolhão Epidérmico**
***Acumulação de descamações epiteliais no CAE*** - aderentes à parede ou à membrana timpânica. Pode ser sinal de patologias predisponentes: * eczema atópico * eczema de contacto * dermite seborreica * psoríase Tratamento: * **extracção do rolhão** e eventualmente corticóides tópicos ou antibióticos, se houver infecção.
29
# Patologia do OE Caracteriza os **Quistos Epidérmicos e Colesteatomas do Conduto**
Primários ⮕ surgem espontaneamente Secundários⮕ cirurgia prévia Tratamento ⮕ cirúrgico uma vez que, tal como o colesteatoma do ouvido médio, trata-se de uma patologia com potencial destrutivo da parede do CAE e, posteriormente, do ouvido médio.
30
# Patologia do OE Quais são as **patologias ósseas benignas** que conheces?
1. Exostoses 2. Osteomas do CAE 3. Displasia Fibrosa
31
# Patologia do OE Caracteriza as **Exotoses**
**Patologia óssea benigna mais frequente** (muito comum em Portugal - surfistas, mergulhadores, nadadores). ***Proliferação óssea externa*** (séssil) que **deforma a morfologia do CAE**, condicionando uma **diminuição do calibre e volume**. - **doença do surfista**, e pensa-se que a *exposição do CAE à água fria e ao vento* favorece o crescimento das exostoses. ***Assintomática até uma fase tardia***, e pode originar uma **surdez de transmissão** e **OE de repetição**. *O tratamento é cirúrgico (se houver sintomas importantes).*
32
# Patologia do OE Caracteriza os **Osteomas do CAE**
São **proliferações ósseas únicas**, frequentemente **pediculadas** e **arredondadas**. O *tratamento é cirúrgico (se houver sintomas importantes).*
33
# Patologias do OE Caracteriza a **Displasia Fibrosa do OE**
*Patologia óssea pouco frequente* ***Fibrose do osso com alteração da arquitectura óssea***. Pode ser uma **doença monostótica** (unilocular - um osso) ou **poliostótica** (multiocular - vários ossos) atingindo, frequentemente os ossos do crânio, podendo também afetar outros ossos e em quadros mais graves cursar com alterações endocrinológicas. Trata-se de uma **mutação pós-zigótica** que causa uma *doença tanto mais grave quanto mais cedo ocorrer*.
33
# Patologia do OE O que é isto?
Exostoses - ouvido do surfista
34
# Patologia do OE Quais são as **patologias trumáticas do OE** que conheces? Descreve-as e a abordagem às mesmas
**Traumatismo do CAE**: É frequentemente originado pelo próprio com cotonete, arames, chaves, ganchos de cabelo, etc., habitualmente sem gravidade, mas podendo atingir a membrana timpânica e a cadeia ossicular. **Traumatismo do Pavilhão**: Do traumatismo do pavilhão auricular pode resultar **hematoma, laceração ou amputação**. A amputação do pavilhão é uma situação que deve ser tratada sob anestesia geral em ambiente hospitalar, se possível recuperar o fragmento amputado até 6 horas. A laceração pode ser tratada sob anestesia local com sutura dos topos lacerados e antibioterapia. O hematoma, que é bastante mais frequente, deve ser drenado e efectuado penso compressivo e antibioterapia, caso contrário pode suceder uma necrose da cartilagem ou deformação da mesma (orelha em couve flor).
35
# Patologia do OE O que devemos ter em conta na abordagem de Corpos estranhos no CAE?
* Frequentes em crianças * Devem ser removidos rapidamente * Podem ser animados (organismo vivo) ou inanimados (objeto ou organismo morto * A abordagem ao corpo estranho vivo, deve ser efeito apenas após o imobilizar, não devendo ser utilizadas soluções alcoólicas que provoquem agitação e consequente aumento dos danos causados pelo mesmo Utiliza-se micropinça nos animados ou gancho nos inanimados (nunca micropinça - pode provocar deslizamento e maior afundamento do objeto)
36
# Patologia do OE Quais são as Patologias neoplásicas do OE que conheces?
Os tumores do ouvido externo são **raros**, sendo que os **malignos são os mais frequentes** ***Mais frequentes são os carcinomas pavimento-celulares do pavilhão*** O **tratamento é predominantemente cirúrgico**, *complementado com radioterapia ou quimioterapia* nos casos em que se justifica. ● **Carcinoma pavimentocelular** ● Carcinoma basocelular/basalioma ● Melanoma maligno ● Tumores glandulares: carcinoma adenoide quístico, adenoma/adenocarcinoma ceruminoso, adenoma pleiomórfico