SIMULADOS Flashcards

(777 cards)

1
Q

são elementos da Constituição:

estrutura do Estado e do Poder, ex.: da Organização do Estado e dos seus órgãos.

A

ORGANICOS (144 DA CF)

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2
Q

são elementos da Constituição:

limitam a atuação do Poder Estatal, ex.: direitos e garantias fundamentais.

A

Limitativos

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3
Q

são elementos da Constituição:
identificam a ideologia adotada pelo constituinte/ visam o bem estar social, ex.: da ordem social.

A

Socioideológicos

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4
Q

são elementos da Constituição:

asseguram vigência das normas em situação de conflito, defesa da CF, do Estado e das Instituições democráticas, ex.: Intervenção, ADIs e ADCs, Emendas, Defesa do Estado.

A

De estabilização constitucional

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5
Q

Caberá ao STJ, julgar, em recurso ordinário os mandados de segurança decididos, apenas, em única instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.

A

Vejamos a previsão constitucional acerca do assunto:

“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

II - julgar, em recurso ordinário:

a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;”

Apesar dos concurseiros em geral ficarem reticentes em marcarem as questões com as palavras “APENAS”, ‘SOMENTE” e quaisquer outras que denotam exclusão definitiva, a assertiva em análise traz, exatamente, um dos casos em que o uso da palavra “SOMENTE” continua mantendo correto o conteúdo trazido pela assertiva. Conforme podemos observar na leitura do texto da CF supracitado.

Gabarito: CERTO

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6
Q

Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município.

A

Súmula 637-STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município.

Pois, apesar da decisão ser emanada por um órgão jurisdicional, ela possui caráter político-administrativo e não jurisdicional. Sendo que o Recurso Extraordinário é cabível para impugnar decisões judiciais em sentido estrito.

Gabarito: CERTO

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7
Q

De acordo com as normas de Processo Civil, no que se refere as provas, são princípios informadores da conciliação e a mediação:

da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.

A

“Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.”

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8
Q

A associação autora é parte legítima para propor a ação civil pública e não terá que adiantar custas ou honorários periciais; no entanto, a associação será condenada em honorários advocatícios caso seja comprovada a sua má-fé.

A

Lei n° 7.347/1985:

“Art. 5° Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:

I - o Ministério Público;

II - a Defensoria Pública;

III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

V - a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

“Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas processuais.”

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9
Q

O contrato social das sociedades limitadas poderá prever regência supletiva pelas normas da sociedade anônima.

A

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da SOCIEDADE SIMPLES.

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a REGÊNCIA SUPLETIVA da sociedade limitada pelas normas da SOCIEDADE ANÔNIMA.

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10
Q

Configura causa de aumento de pena do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato..

A

A conduta de suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato encontra-se prevista no art. 16, §1º, I do Estatuto do Desarmamento e o autor incorrerá nas penas do caput do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, ou seja, reclusão de três a seis anos e multa. Logo, não configura causa de aumento.

Gabarito: ERRADO

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11
Q

A posse ou porte de arma de fogo de uso restrito nunca foi crime hediondo, e recente alteração feita pelo Pacote Anticrime, considerou hediondo apenas a posse/porte de arma de fogo de uso proibido.

A

A posse ou porte de arma de fogo de uso restrito era considerada crime hediondo desde a Lei nº 13.497/17, deixando de ser após o Pacote Anticrime.

A segunda parte da assertiva está correta, pois o parágrafo único, inciso II, do art. 1º da lei nº 8.072/90 prevê como crime hediondo o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003.

Gabarito: ERRADO

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12
Q

As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.

A

Art. 25 da lei nº 10.826/03: “As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei.”

Gabarito: CERTO

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13
Q

Configura causa de aumento do crime de organização criminosa, previsto na Lei 12.850/13, o fato das circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

A

Conforme art. 2º, §4º, V da Lei 12.850/13, configura causa de aumento de 1/6 a 1/3 se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

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14
Q

Condenações anteriores transitadas em julgado podem ser utilizadas como personalidade ou conduta social desfavorável

A
  • Condenações anteriores transitadas em julgado não podem ser utilizadas como personalidade ou conduta social desfavorável.

Eventuais condenações criminais do réu transitadas em julgado e não utilizadas para caracterizar a reincidência somente podem ser valoradas, na primeira fase da dosimetria, a título de antecedentes criminais, não se admitindo sua utilização também para desvalorar a personalidade ou a conduta social do agente.

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15
Q

Marcos, fã incondicional dos filmes de Quentin Tarantino, resolveu adquirir um colete à prova de balas. Para isso, entrou em um site chinês e realizou a compra por 600 dólares, sem maiores formalidades. Ocorre que não deu nada certo, pois a encomenda ficou retida nos Correios e a Polícia Federal instaurou um inquérito policial para apurar o fato.

Com base nas situações hipotéticas assim, julgue os itens a seguir:

Marcos terá sucesso em sua defesa se invocar o princípio da insignificância.

A

ERRADO: Em regra, a jurisprudência não admite a aplicação do princípio da insignificância para o crime de contrabando, haja vista que o bem jurídico tutelado não possui caráter exclusivamente patrimonial, pois envolve a vontade estatal de controlar a entrada de determinado produto em prol da segurança e da saúde pública. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no AgRg no REsp 1427793/RS, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 16/02/2016.

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16
Q

A Lei dos Crimes Hediondos traz hipóteses de delação premiada.

A

A assertiva está correta, conforme redação dos seguintes dispositivos da Lei de Crimes Hediondos:

“Art. 7º Ao art. 159 do Código Penal fica acrescido o seguinte parágrafo:

“Art. 159. ……………………………………………………..

………………………………………………………………

§ 4º Se o crime é cometido por quadrilha ou bando, o co-autor que denunciá-lo à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.

Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.

Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.”

Gabarito: CERTO

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17
Q

O STF declarou inconstitucional o dispositivo legal que determinava o cumprimento inicial da pena em Crimes Hediondos no regime fechado. Porém, para o juiz conceder a progressão de regime prisional em apenados por Crimes Hediondos, deverá ser realizado o exame criminológico.

C
Certo

A

ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA:

Com o advento da Lei nº 14.843/2024, o exame criminológico passou a ser, em tese, obrigatório para todos os casos de progressão de regime:

LEP, art. 112, § 1º Em todos os casos, o apenado somente terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, e pelos resultados do exame criminológico, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 14.843, de 2024)

Súmula 439-STJ: Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada.

  • Aprovada em 28/04/2010, DJe 13/05/2010.
  • Está parcialmente superada por força das alterações promovidas pela Lei 14.843/2024.
  • A súmula dizia que o juiz somente poderia exigir o exame criminológico se houvesse necessidade diante das peculiaridades do caso concreto, devendo, para isso, prolatar decisão fundamentada.
  • Com a Lei nº 14.843/2024, o juiz deverá exigir o exame criminológico em todas as situações de progressão de regime e, somente se for dispensar o exame, é que deverá fundamentar essa excepcionalidade com base nas peculiaridades do caso.

Ou seja, com a Lei 14.843/2024, o erro da questão que consistia na afirmação de que deveria ser realizado exame criminológico passa a ser correto! A menos que sobrevenha alguma decisão de inconstitucionalidade sobre o referido dispositivo.

Gabarito: CERTO

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18
Q

Conforme expressa previsão da Lei de Identificação Criminal do Civilmente Identificado, poderá a autoridade policial, de ofício, identificar criminalmente indivíduo suspeito de ser o autor de determinada infração penal no caso do ato se mostrar essencial às investigações criminais.

A

Ao revés, aduz o art. 3º, IV da Lei 12.037/2009 que embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa. Portanto, trata-se da única hipótese de identificação criminal em que a autoridade policial não poderá atuar de ofício.

Gabarito: ERRADO

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19
Q

Ângelo, preso preventivamente pelo crime de lavagem de dinheiro e organização criminosa, sendo o único do grupo que foi encontrado, decide após ter sido convencido por seu advogado a apresentar proposta de acordo de não colaboração premiada.

Acerca da lei de organização criminosa e o procedimento processual, assinale julgue os itens a seguir.

O juiz poderá, a requerimento das partes conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 a Pena Privativa de Liberdade ou substitui-la por PRD daquele que tenha colaborador efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos resultados previstos na lei 12.850/13.

A

CERTO; conforme art. 4ª da lei 12.850/13 O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.

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20
Q

A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração no prazo máximo de 30 dias contado da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.

A

CERTO: conforme art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.

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21
Q

Recebido o auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição das drogas apreendidas, que será feita pelo delegado de polícia no prazo de 15 dias.

A

CERTO: conforme art. Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será […]§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.

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22
Q

Para Cesare Lombroso, expoente da escola positivista da criminologia, todos os criminosos seriam criminosos natos e padeceriam de um atavismo determinista que os conduziria para a delinquência. O delinquente, assim, já nascia com determinadas deformações que o tornavam, no futuro, um indivíduo criminoso.

A

INCORRETA. Apesar de Lombroso, da escola positivista da criminologia, realmente trabalhar com a figura do atavismo e abordar o indivíduo criminoso na perspectiva de um determinismo biológico, não é correto dizer que, para o autor, todos os criminosos são natos e que todos padeciam de tal atavismo que o impeliam para a delinquência.

Isso porque Lombroso aborda diferentes “tipos de criminosos”, quais sejam:

a) Criminoso Nato: o indivíduo sofria influência biológica, possuía estigmas, instinto criminoso. Era um ser selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada, fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços cumpridos, face enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso e falador de gírias etc.).

b) Criminoso Louco: perversos, loucos morais, alienados mentais que devem permanecer no hospício. Seriam os criminosos loucos indivíduos com capacidade de compreensão prejudicada.

c) Criminoso de Ocasião: predisposto hereditariamente, são pseudocriminosos. Podem ser traduzidos pela expressão: “a ocasião faz o ladrão”, pois assumem hábitos criminosos influenciados pelas circunstâncias que vivem.

d) Criminoso por Paixão: sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar questões passionais. São sujeitos exaltados.

Destaca-se que o criminoso de ocasião poderia ser facilmente corrigido, ao passo em que o criminoso nato não poderia, a princípio, sê-lo.

A partir de tal diferenciação, verifica-se que a assertiva peca por sua generalização, a despeito de trazer, efetivamente, características da criminologia lombrosiana.

Gabarito: ERRADO

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23
Q

Considere que Carlito está cumprindo pena de privação de liberdade há três meses. Considere, ainda, que Carlito, quando foi preso, trabalhava em uma empresa, havia oito meses, com registro na carteira de trabalho. Nessa situação, se a esposa de Horácio solicitar o pedido, junto à previdência social, de recebimento do auxílio-reclusão, ela fará jus ao benefício.

A

carência de 24 meses para esse benefício.

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24
Q

João está em gozo de auxílio-doença, em meio a seu tratamento médico, para sua reabilitação profissional, necessita de transfusão de sangue, porém se recusa a fazer.

Com base no caso narrado, julgue o item a seguir.

João poderá ter seu auxílio-doença suspenso caso se negue a receber a transfusão de sangue.

A

De acordo com a lei nº 8.213/91, no seu art. 101: O segurado em gozo de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e o pensionista inválido estão obrigados, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado, e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.

Gabarito: ERRADO

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25
Conforme disposto na Lei n° 8.213/1991, julgue o item abaixo: O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto não terá direito ao auxílio-doença.
Inovação legislativa trazida pela Emenda Constitucional n° 103/2019. Prevê o artigo 59, §8°, da Lei n° 8.213/1991: Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. § 8º O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá direito ao auxílio-doença. Assim, mesmo que recluso em regime aberto ou semiaberto, o auxílio-doença será devido, visto que mantém a sua qualidade de segurado por até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso (art. 15, inciso IV da Lei n° 8.213/1991), nada mencionando a legislação sobre diferenciação em razão do regime de pena cumprido, se fechado, semiaberto ou aberto. Gabarito: ERRADO
26
Com base nas normas de direito financeiro previstas na Constituição Federal, julgue o item que segue: Em hipóteses de grave comoção nacional ou mediante decretação de estado de calamidade pública, admite-se ao banco central conceder, diretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional.
Trata-se de assertiva conflituosa em relação ao texto constitucional. O examinador, nesse caso, estabelece duas condições (grave comoção e estado de calamidade) a fim de tornar a assertiva palatável e confundir o candidato que não realizou a leitura do dispositivo. Esse tipo de técnica de avaliação é muito comum em matérias não muito afeitas ao cargo, como, por exemplo, Direito Financeiro para Delta. Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Gabarito: ERRADO
27
No que diz respeito as disposições constitucionais, legais e jurisprudenciais a respeito do Direito Financeiro e Tributário, julgue os itens que seguem. Extingue o crédito tributário o depósito do seu montante integral.
O depósito do montante integral do crédito suspende a exigibilidade do crédito tributário (art. 151, II do CTN). *Cuidado para não confundir com a conversão de depósito em renda, essa sim extingue o crédito tributário. Gabarito: ERRADO
28
Os costumes, como as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas, não são citados entre as fontes destinadas a suprir lacunas na legislação tributária. Portanto, são considerados normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e dos decretos.
De acordo com o art. 100, III, do CTN, as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas são reconhecidas como normas complementares das leis, dos tratados e convenções internacionais e dos decretos: “Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;” Por essa razão, não são métodos de integração da legislação tributária para suprir lacunas, mas integram a própria legislação tributária, já que as normas complementares, nos termos do art. 96, do CTN, estão compreendidas na legislação tributária: “Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.” Em suma, o costume não é mecanismos de suprir conflitos, mas sim norma complementar do direito tributário. Gabarito: CERTO
29
Conforme a jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal, o marco inicial para a prescrição da pretensão punitiva é a data do trânsito em julgado para ambas as partes.
Gabarito: errado A pegadinha é que o enunciado diz prescrição da pretensão punitiva. O prazo para a prescrição da execução da pena concretamente aplicada somente começa a correr do dia em que a sentença condenatória transita em julgado para ambas as partes, momento em que nasce para o Estado a pretensão executória da pena, conforme interpretação dada pelo Supremo Tribunal Federal ao princípio da presunção de inocência (art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal) nas ADC 43, 44 e 54.
30
O prazo prescricional da pena de multa será o mesmo da pena privativa de liberdade quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.
CP Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada
31
Calcula-se a prescrição, antes do trânsito em julgado, pela pena em abstrato, incluindo-se as causas de aumento de pena, entre elas eventual concurso de crimes.
ERRADA. Em regra, as causas de aumento e diminuição serão levadas em consideração, de forma a se chegar à pena máxima em abstrato e assim definir o prazo prescricional da pretensão punitiva. Contudo, o STF excepcionou essa regra, ao editar a súmula n. 497, que dispõe que, quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. Apesar desta súmula tratar apenas do crime continuado, deve-se projetar seus efeitos também para o concurso formal próprio, que também utiliza o sistema da exasperação.
32
Aplica-se a redução do prazo prescricional ao indivíduo que tenha respondido ao processo penal e que possua 20 anos de idade na data da sentença.
Conforme o art. 115 do CP, são reduzidos de metade os prazos prescricionais quando o agente era, ao tempo do crime, menor de 21 anos. Ora, se ao tempo da prolação da sentença o agente tinha a idade de 20 anos, por óbvio que no momento da prático do crime era menor de 21 anos, fazendo jus à redução do prazo prescricional.
33
Havendo dúvida resultante da omissão cartorária em certificar a data de recebimento da sentença, não se pode presumir a data de publicação com o lançamento de movimentação dos autos na Internet, para fins de interrupção do prazo prescricional.
CORRETA Havendo dúvida resultante da omissão cartorária em certificar a data de recebimento da sentença conforme o art. 389 do CPP, não se pode presumir a data de publicação com o mero lançamento de movimentação dos autos na internet, a fim de se verificar a ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Nesse caso, a sentença deve ser considerada publicada na data da prática do ato subsequente, que, de maneira inequívoca, demonstre a publicidade do decreto condenatório (ex: data da expedição do mandado de intimação da sentença). STJ. 6ª Turma. HC 408736-ES, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 06/02/2018 (Info 619).
34
Em se tratando do crime cometido por Pedro, é prevista a exclusão ilicitude em razão de Pedro ser neto da vítima, bastando, para tanto, que não haja a representação.
Causaria extinção de punibilidade e não da ilicitude. Além disso, a questão não fala da idade da avó, somente há uma suposição de que ela é idosa por ser avó de Pedro.
35
Embora não admita analogia in malam partem, é possível a interpretação ampliativa das restrições contidas em decreto concessivo de indulto e comutação de penas.
Jurisprudência em teses do Superior Tribunal de Justiça, Boletim nº 139, publicado em 6 de janeiro de 2020, sobre indulto e comutação da pena 1)O instituto da graça, previsto no art. 5º, XLIII, da Constituição Federal, engloba o indulto e a comutação de pena, estando a competência privativa do Presidente da República para a concessão desses benefícios limitada pela vedação estabelecida no referido dispositivo constitucional. 2)A sentença que concede o indulto ou a comutação de pena tem natureza declaratória, não havendo como impedir a concessão dos benefícios ao sentenciado, se cumpridos todos os requisitos exigidos no decreto presidencial. 3)O deferimento do indulto e da comutação das penas deve observar estritamente os critérios estabelecidos pela Presidência da República no respectivo ato de concessão, sendo vedada a interpretação ampliativa da norma, sob pena de usurpação da competência privativa disposta no art. 84, XII, da Constituição e, ainda, ofensa aos princípios da separação entre os Poderes e da legalidade.(...) Fonte: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: artigos 1º a 120 do código penal. v.1 Grupo GEN, 2023.
36
Para a concessão de indulto, deve ser considerada a pena originalmente imposta, e nao a pena remanescente decorrida de comutações anteriores.
Certo. juris em teses
37
O indulto e a comutação de pena incidem sobre as execuções em curso no momento da edição do decreto presidencial, não sendo possível considerar na base de cálculo dos benefícios as penas já extintas em decorrência do integral cumprimento.
Certo. juris em teses
38
É possível a concessão de indulto aos condenados por crime de tráfico de drogas privilegiado, por estar desprovido de natureza hedionda.
Cuidado. o art. 44 da lei de drogas veda a concessão de sussis, graça, indulto, anistia e fiança para os crimes previstos 33, caput, e º1, 34 a 37.OU seja, mesmo os que não são equiparados a hediondo não são aptos para incidir os mencionados benefícios. NO ENTANTO, O TRÁFICO PRIVILEGIADO NÃO ESTÁ NESSE ROL, E, PORTANTO, PODERÁ RECEBER INDULTO - JURIS EM TESE.
39
No caso de réu inimputável, a sentença é absolutória imprópria e a prescrição da ms é regulada pela...? Já no caso de réu semi-imputável, a sentença é condenatória e então a prescrição da pena é regulada pela...?
1 - pena máxima abstratamente prevista para o delito; 2- pena concretamente aplicada;
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para mensurar a prescrição da pretensão punitiva em abstrato (ou propriamente dita) o que se leva em conta e o que não? lembrando que prescrição da pretensão pnitiva se divide em: em abstrato; retroativa; (pena em concreto) superveniente; (pena em concreto) virtual; (não aceita)
leva em conta: qualificadora e causas de aumento não leva em conta: circusnstâncias judiciais agravantes e atenuantes, concurso de crimes (no caso de concuro de crimes a etinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um isoladamente,
41
nos crimes continuados, regula-se a prescrição...?
pela pena aplicada na sentença, NÃO se computando o acréscimo decorrente da continuação.
42
na falsidade ideológica, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição é?
momento da consumação do delito e não da eventual reiteração dos seus efeitos.
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a prescrição não corre enquanto durar a supensão condicional do processo.
certo. mas cuidado, na transação penal a pena não é suspensa, continua a correr. lembrar também que as causas de suspensão e interrupção da prescrição previstas no cp NÃO são taxativas.
44
O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA POR AUTORIDADE ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE INTERROMPE A PRESCRIÇÃO?
SEGUNDO STJ NÃO, POR SE TRATAR DE ATO NULO (COMO NO CASO DE PRERROGATIVA DE FUNÇÃO QUE É CASO DE COMPETENCIA ABSOLUTA). TODAVIA, CASO SE TRATA DE COMPETENCIA RELATIVA, PREVALECE QUE TEM O CONDÃO DE INTERROMPER.
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No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo tempo que resta de pena, não se computando o período em que o réu permanece preso preventivamente/provisoriamente.
vai cair!! COBRADA 3X VEZES PELA CESPE RECENTEMENTE. CERTO. A PRESCRIÇÃO REGULADA PELA PENA RESIDUAL, ART. 113, NÃO ADMITE O COMPUTO DO TEMPO DA PRISÃO PROVISÓRIA, E SO ABRANGE AS HIPOTESES DE EVASÃO DO CONDENADO OU REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. A DETRAÇÃO É FEITA QUANDO DO CUMPRIMENTO DA PENA.
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DETRAÇÃO PENAL DE TEMPO DE PRISÃO PROVISÓRIA JÁ CUMPRIDA POR CONDENADO DEVE INFLUENCIAR NO CALCULO DA PRESCRIÇÃO, POR APLICAÇÃO ANÁLOGICA DA REGRA APLICÁVEL A EVASÃO DO CONDENADO.
ERRADO. vai cair!! COBRADA 3X VEZES PELA CESPE RECENTEMENTE. A PRESCRIÇÃO REGULADA PELA PENA RESIDUAL, ART. 113, NÃO ADMITE O COMPUTO DO TEMPO DA PRISÃO PROVISÓRIA, E SO ABRANGE AS HIPOTESES DE EVASÃO DO CONDENADO OU REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. A DETRAÇÃO É FEITA QUANDO DO CUMPRIMENTO DA PENA.
47
A PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA FLUIRÁ CONSIDERANDO O SALDO QUE RESTAR DA PENA, COMPUTANDO-SE A DETRAÇÃO DO PERÍODO DE PRISÃO PREVENTIVA CUMPRIDO PELO CONDENADO.
ERRADO. vai cair!! COBRADA 3X VEZES PELA CESPE RECENTEMENTE. CERTO. A PRESCRIÇÃO REGULADA PELA PENA RESIDUAL, ART. 113, NÃO ADMITE O COMPUTO DO TEMPO DA PRISÃO PROVISÓRIA, E SO ABRANGE AS HIPOTESES DE EVASÃO DO CONDENADO OU REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL. A DETRAÇÃO É FEITA QUANDO DO CUMPRIMENTO DA PENA.
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O PRAZO DA PRESCRIÇÃO É REDUZIDO À METADE QUANDO O CRIMINOSO TIVER, AO TEMPO DO CRIME, IDADE IGUAL OU MENOR A 21 ANOS DE IDADE.
ERRADO. É SO MENOR DE 21 ANOS DE IDADE
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EXEMPLOS DE EFEITOS PENAIS SECUNDÁRIOS PENAIS
REINCIDÊNCIA; REVOGAÇÃO SURSIS OU LIVRAMENTO CONDICIONAL; CONVERSÃO DE PRD EM PPL; IMPOSSIBILIDADE DE TRANSAÇÃO PENAL OU SUSPENSÃO COND PROCESSO
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EXEMPLOS DE EFEITOS PENAIS SECUNDÁRIOS EXTRAPENAIS
GENÉRICOS - TORNAR CERTA OBRIG INDENIZAR O DANO; PERDA EM FAVOR DA UNIÃO INSTRUMENTO E PRODUTO CRIME ESPECÍFICOS (MOTIVAÇÃO INDISPENSÁVEL, MAS REQUERIMENTO DISPENSÁVEL; NÃO AUTOMATICOS COM EXCEÇÃO CONTRA MULHER EM RAZÃO DO SEXO FEMINO- PERDA CARGO, FUNÇÃO PUBLICA; INCAPAC PODER FAMILIAR; INABILITAÇÃO DIRIGIR
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Em 2015, João foi condenado por crime contra a ordem tributária. A pena foi integralmente cumprida em 2018, sendo declarada extinta a execução penal. Ocorre que, em 2020, João praticou novo crime de estelionato, que o levou a celebrar ANP. Em 2023, João requereu, com base no art. 94 do cp, a reabilitação criminal quanto à condenação pelo crime contra a ordem tributária. O pedido deve ser negado porque João não tem direito a reabilitação criminal.
Certo. segundo decisão do stj em 2023 (vai cair!!!), como João celebrou anpp após ter sido indiciado pelo crime de estelionato denota que não possui bom comportamento exigido pelo inciso ii, do art. 94 do cp. O fato do anpp não gerar reincidência ou maus antecedentes não necessariamente implica o reconhecimento 'de bom comportamento público e privado' para fins de reabilitação criminal.
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A reabilitação atinge todos os efeitos da condenação, alcançando, inclusive, os casos de perda de cargo ou função pública, o que significa que o condenado que perdeu o cargo ou a função pode, se reintegrado, ser reconduzido ao exercício do mesmo cargo, com reparação de vantagens e de vencimentos, entre outros.
errada. Reabilitação Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo (perda cargo e incapacidade poder familiar_
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O CP ADOTOU O SISTEMA DUALISTA NO QUE SE REFERE À MEDIDA DE SEGURANÇA
ERRADO. CP ADOTOU EXPRESSAMENTE O SISTEM VICARIANTE OU UNITÁRIA: ASSIM, AO SEMI IMPUTAVEL, SERÁ APLICADA A PENA REDUZIDA DE 1/3 A 2/3 OU MS CONFORME MAIS ADEQUADO AO CASO, VEDADA A APLICAÇÃO CUMULATIVA
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AS MEDIDAS DE SEGURANÇA, DIFERENTE DA PENA, TEM FINALIDADE ESSENCIALMENTE PREVENTIVA (PREVENÇÃO ESPECIAL).
CORRETO. VOLTA-SE APENAS PARAO FUTURO NO QUE SE REFERE A PERICULOSIDADE DO AGENTE.
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NA SEMI-IMPUTABILIDADE SUBSISTE A CULPABILIDADE.
CORRETO, A SENTENÇA É CONDENATÓRIA, AO CONTRÁRIO DA INIMPUTABILIDADE.
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PARA CONCEITUAR AUTOR, O CP ADOTOU A TEORIA UNITÁRIA.
ERRADO. NÃO É PARA CONCEITUAR AUTOR, MAS SIM PARA DEFINIR A PUNIÇÃO (OU O CRIME EM QUE INCURSOS) DE CADA AGENTE. *Teoria adotada para responsabilização no concurso de agentes - teoria monistra/unitária *Teoria adotada para conceituar autor - Teoria objetiva formal (cp) + dominio do fato
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stj o aumento decorrente do concurso formal (ou concurso ideal) deve se dar de acordo com o número de infrações. 2 infrações = ? 3 infrações = ? 4 infrações = ? 5 inrações = ? 6 ou mais = ?
2 infrações = 1/6 3 infrações = 1/5 4 infrações = 1/4 5 inrações = 1/3 6 ou mais = 1/2
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A existência entre o concurso formal próprio ou impróprio relaciona-se com o elemento subjetivo do agente, ou seja, a existência ou não de desígnos autonomos.
Correto. perfeito/próprio = agente produziu um ou mais resultados mas não tinha desígno autonomos de pratica-los de forma autonoma imperfeito/impróprio = pratica, mediante uma conduta, dois ou mais crimes dolosos, tendo o desígno de praticar cada um deles
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Não incide a continuidade delitiva específica nos crimes de estupro praticados com violência presumida.
Correto. segundo o stj a violencia de que trata a continuidade delitiva específica ou especial é a real.
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No crime continuado, a pena de multa deve ser aplicada mediante o critério da exasperação.
Correto. Segundo o STJ o art 72 se refere somente aos casos de concurso formal e material, sendo inaplicável para a continuidade delitiva. Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente.
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É constitucional o compartilhamento direto de dados cadastrais genéricos com os órgãos de persecução penal, para fins de investigação criminal, independentemente de autorização da justiça.
É constitucional norma que permite o acesso, por autoridades policiais e pelo Ministério Público, a dados cadastrais de pessoas investigadas independentemente de autorização judicial, excluído do âmbito de incidência da norma a possibilidade de requisição de qualquer outro dado cadastral além daqueles referentes à qualificação pessoal, filiação e endereço (art. 5º, X e LXXIX, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4.906/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 11/09/2024 (Info 1150).
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Quando persistirem os motivos que ensejaram a transferência inicial do preso para o sistema penitenciário federal, é prescindível a ocorrência de fatos novos para eventuais prorrogações da medida.
Súmula 662-STJ: Para a prorrogação do prazo de permanência no sistema penitenciário federal, é prescindível a ocorrência de fato novo; basta constar, em decisão fundamentada, a persistência dos motivos que ensejaram a transferência inicial do preso. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 13/9/2023. Plus Não cabe à Justiça Federal discutir os motivos declinados pelo Juízo que solicita a transferência ou a permanência de preso em estabelecimento prisional de segurança máxima, pois este é o único habilitado a declarar a excepcionalidade da medida. STJ. 6ª Turma. AgRg no CC 199.369-PA, Rel. Min. Teodoro Silva Santos, julgado em 6/2/2024 (Info 800). Súmula 639-STJ: Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal. Aprovada em 27/11/2019, DJe 02/12/2019.
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A reincidência específica como único fundamento justifica o agravamento da pena em fração mais gravosa que 1/6.
errada. A reincidência específica como único fundamento só justifica o agravamento da pena em fração mais gravosa que 1/6 em casos excepcionais e mediante detalhada fundamentação baseada em dados concretos do caso. STJ. Terceira Seção. REsp 2.003.716-RS, julgado em 25/10/2023. (Info 793) Tema 1172 de Recursos Repetitivos.
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O fato de o réu mentir em interrogatório judicial, imputando prática criminosa a terceiro, não autorização a majoração da pena-base
CORRETO. O fato de o réu mentir em interrogatório judicial, imputando prática criminosa a terceiro, não autorização a majoração da pena-base. STJ. Sexta Turma. HC 834.126-RS, julgado em 05/09/2023. (Info 789) [...] Ainda que o falseamento da verdade eventualmente possa, a depender do caso e se cabalmente comprovado, justificar a responsabilização do réu por crime autônomo, isso não significa que essa prática, no interrogatório, autorize a exasperação da pena-base do acusado. [...
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O intenso envolvimento com o tráfico de drogas constitui fundamento idôneo para valorar negativamente a conduta social do agente na primeira fase da dosimetria da pena no crime de homicídio qualificado.
DESTAQUE: O intenso envolvimento com o tráfico de drogas constitui fundamento idôneo para valorar negativamente a conduta social do agente na primeira fase da dosimetria da pena no crime de homicídio qualificado. STJ. Quinta Turma. HC 807.513-ES, julgado em 11/04/2023, DJe 14/04/2023. (Info 770)
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São constitucionais — por não violarem os preceitos dos arts. 3º, I a IV, e 5º, “caput”, ambos da CF/1988 nem o princípio da proporcionalidade, sob a perspectiva da proibição da proteção deficiente — dispositivos de leis que estabelecem a suspensão da pretensão punitiva estatal, em consequência do parcelamento de débitos tributários, bem como a extinção da punibilidade do agente, se realizado o pagamento integral
VAI CAIR!!!!! RESUMO: São constitucionais — por não violarem os preceitos dos arts. 3º, I a IV, e 5º, “caput”, ambos da CF/1988 nem o princípio da proporcionalidade, sob a perspectiva da proibição da proteção DEFICIENTE — dispositivos de leis que estabelecem a suspensão da pretensão punitiva estatal, em consequência do parcelamento de débitos tributários, bem como a extinção da punibilidade do agente, se realizado o pagamento integral. STF. Plenário. ADI 4.273/DF, julgado em 14/08/2023. (Info 1103) No caso, o legislador penal-tributário, atuando em espaço de conformação que lhe é próprio, conferiu prevalência à política de arrecadação dos tributos e de restabelecimento das atividades econômicas das empresas.
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As decisões proferidas pelo Superior Tribunal Justiça, em recurso interposto contra o acórdão confirmatório da pronúncia, não se inserem no conceito do art. 117, inciso III, do Código Penal como causa interruptiva da prescrição.
CERTA. STJ. Quinta Turma. HC 826.977-SP, julgado em 05/12/2023. (Info 798) O inciso III do art. 117 do Código Penal dispõe que "o curso da prescrição interrompe-se: [...] pela decisão confirmatória da pronúncia". No entanto, não é possível considerar que a generalidade do vocábulo autoriza a interrupção da prescrição a cada decisão proferida após a pronúncia, sob pena de se desvirtuar a própria sistemática trazida no referido dispositivo legal. De fato, as causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva listadas no referido dispositivo legal guardam íntima relação com o curso da ação penal em primeira e segunda instâncias, que são as instâncias nas quais, em regra, é formada a culpa. Relevante anotar, no ponto, que o único pronunciamento do STJ que pode ser considerado, na hipótese, como marco interruptivo da prescrição, é aquele que restabelece a pronúncia, nas hipóteses em que o réu é despronunciado pela Corte local. Isso se deve ao fato de que o julgamento pelo Tribunal do Júri apenas se torna possível após a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça. Dessa forma, não é possível desconsiderar referida decisão como marco interruptivo da prescrição. [...]
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ESSA É CERTEZA QUE VAI CAIR A efetiva restrição de liberdade das vítimas é prescindível (dispensável) para a configuração do crime de redução a condição análoga à de escravo.
A efetiva restrição de liberdade das vítimas é prescindível (dispensável) para a configuração do crime de redução a condição análoga à de escravo. STJ. Quinta Turma. REsp 1.969.868-MT, julgado em 13/09/2023, DJe 12/09/2023. (Info 787) "o crime de redução a condição análoga à de escravo pode ocorrer independentemente da restrição à liberdade de locomoção do trabalhador, uma vez que esta é apenas uma das formas de cometimento do delito, mas não é a única.
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A restituição imediata e integral do bem furtado não constitui, por si só, motivo suficiente para a incidência do princípio da insignificância.
CORRETA. A restituição imediata e integral do bem furtado não constitui, por si só, motivo suficiente para a incidência do princípio da insignificância. STJ. Terceira Seção. REsp 2.062.095-AL e REsp 2.062.375-AL, julgado em 25/10/2023. (Info 793) Tema 1205 de Recursos Repetitivos.
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O crime de apropriação indébita previdenciária, previsto no art. 168-A, §1º, I, do Código Penal, possui natureza de delito material, que só se consuma com a constituição definitiva, na via administrativa, do crédito tributário, consoante o disposto na Súmula Vinculante n. 24 do Supremo Tribunal Federal
Correta. crime de apropriação indébita previdenciária, previsto no art. 168-A, §1º, I, do Código Penal, possui natureza de delito material, que só se consuma com a constituição definitiva, na via administrativa, do crédito tributário, consoante o disposto na Súmula Vinculante n. 24 do Supremo Tribunal Federal. STJ. Terceira Seção. REsp 1.982.304-SP, julgado em 17/10/2023, DJe 20/10/2023. (Info 792) Tema 1166 de Recursos Repetitivos
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No crime de furto contra empresa de segurança e transporte de valores, o prejuízo está inserido no risco do negócio e autoriza a exasperação da pena basilar, porquanto ínsito ao tipo penal.
errada. No crime de furto contra empresa de segurança e transporte de valores, o prejuízo está inserido no risco do negócio e não autoriza a exasperação da pena basilar, porquanto ínsito ao tipo penal. STJ. Quinta Turma. AgRg no REsp 2.322.175-MG, julgado em 30/05/2023. (Info 777)
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vai cair certeza: Compete ao juízo federal processar e julgar crime de estelionato contra fundo estrangeiro no qual os atos desenvolvidos foram praticados em território nacional, ainda que diverso o domicílio de sócio lesado
errado. DESTAQUE: Compete ao juízo estadual processar e julgar crime de estelionato contra fundo estrangeiro no qual os atos desenvolvidos foram praticados em território nacional, ainda que diverso o domicílio de sócio lesado. STJ. Terceira Seção. AgRg no CC 192.274-RJ, julgado em 8/3/2023, DJe 10/3/2023. (Info 775) Todavia, há apuração de delito de estelionato (e não contra o Sistema Financeiro Nacional) praticados por representantes de empresa, em prejuízo de fundo estrangeiro sediado em Nassau-Bahamas, e representado por diretor residente e domiciliado em Lugano-Suíça. Como também destacou o Juízo federal suscitante, o fato de a vítima se encontrar sediada no exterior, por si só, não é capaz de configurar a competência da Justiça Federal. De igual modo, o simples fato de as atividades desempenhadas pelos réus serem fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) não são suficientes para em razão delas somente atrair a aplicação do art. 109, IV, da Constituição Federal. Desse modo, "com relação à competência para julgamento do delito de estelionato, fixada pelo local de residência da vítima, este critério somente incide na hipótese prevista no art. 70, § 4º, do CPP. Sendo vítima sediada no estrangeiro, e tendo as transferências ocorrido no exterior, não há como aplicá-lo, valendo, pois, a regra do caput do art. 70 do Código Penal, sendo o local de consumação do delito a cidade de Barueri". [...]
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não é possível a aplicação da continuidade delitiva entre os delitos de estupro qualificado (art. 213, §1º, do Código Penal) e estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), pois se tratam de tipos penais que tutelam bens jurídicos diversos e que possuem circunstâncias elementares bastante distintivas
correto. Enquanto o estupro de vulnerável tutela a dignidade sexual e o direito ao desenvolvimento da personalidade livre de abusos, o estupro qualificado tutela a liberdade sexual e o direito ao exercício da sexualidade sem coações.
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Nos casos de estupro de vulnerável praticado em continuidade delitiva em que não é possível precisar o número de infrações cometidas, tendo os crimes ocorrido durante longo período de tempo, deve-se aplicar a causa de aumento de pena no patamar máximo de 2/3.
cuidado. se a questão só copiar a ementa vai gerar dúvida., mas é questão correta. Nos casos de estupro de vulnerável praticado em continuidade delitiva em que não é possível precisar o número de infrações cometidas, tendo os crimes ocorrido durante longo período de tempo, deve-se aplicar a causa de aumento de pena no patamar máximo de 2/3. STJ. Sexta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado 08/08/2023. (Info 782)
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Desde que deferido, o pedido de refúgio, a concessão de residência permanente ao estrangeiro equivale a uma anistia legal para os crimes de uso de documento falso e falsificação de documento público, conforme estabelecido no art. 10, parágrafo 1º, da Lei n. 9.474/1997 em relação aos refugiados
errada! vai cair ctza!! DESTAQUE: AINDA QUE INDEFERIDO o pedido de refúgio, a concessão de residência permanente ao estrangeiro equivale a uma anistia legal para os crimes de uso de documento falso e falsificação de documento público, conforme estabelecido no art. 10, parágrafo 1º, da Lei n. 9.474/1997 em relação aos refugiados. STJ. Quinta Turma. AREsp 2.346.755-SP, julgado em 07/11/2023, DJe 13/11/2023. (Info 795)
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O fato de a referida dívida ativa estar garantida por contrato de seguro no bojo de execução fiscal movida contra o contribuinte não descaracteriza a materialidade dos crimes fiscais
Correta. O fato de a referida dívida ativa estar garantida por contrato de seguro no bojo de execução fiscal movida contra o contribuinte não descaracteriza a materialidade dos crimes fiscais. STJ. Quinta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 14/2/2023. (Info 764) A constituição definitiva do crédito tributário, pressuposto material do crime fiscal, não é afastada pela mera garantia do débito em execução. Acrescente-se, não tendo sido afastada a constituição definitiva do débito tributário por sua garantia no âmbito da execução fiscal, também não é obrigatória e legalmente impositiva a suspensão da ação penal.
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A incidência da circunstância agravante do art. 61, inciso II, e, do Código Penal no crime de tortura, previsto no art. 1°, inciso II, da Lei n. 9.455/1997, não configura bis in idem.
DESTAQUE: A incidência da circunstância agravante do art. 61, inciso II, e, do Código Penal no crime de tortura, previsto no art. 1°, inciso II, da Lei n. 9.455/1997, não configura bis in idem. STJ. Quinta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 12/12/2023. (Info 799) Tema 1171 de Recursos Repetitivos. Nota-se que o tipo penal descrito no art. 1°, II, da Lei n. 9.455/1997 caracteriza-se como um crime específico, uma vez que requer uma condição especial do agente, ou seja, é um delito que somente pode ser perpetrado por uma pessoa que tenha a vítima sob sua guarda, poder ou autoridade. Já a agravante prevista no art. 61, II, alínea e, do Código Penal diz respeito à prática do crime contra um descendente, independentemente de estar ou não sob a guarda, poder ou autoridade do autor do delito.
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É idônea (adequada) a mensuração da repercussão internacional do delito na majoração da pena-base pelas consequências do crime. STJ. Sexta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 22/08/2023, DJe 28/08/2023. (Info 786)
DESTAQUE: É idônea (adequada) a mensuração da repercussão internacional do delito na majoração da pena-base pelas consequências do crime. STJ. Sexta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 22/08/2023, DJe 28/08/2023. (Info 786)
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vai cair!!! Os tipos penais trazidos nos arts. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente são autônomos, com verbos e condutas distintas, sendo que o crime do art. 241-B não configura fase normal, tampouco meio de execução para o crime do art. 241-A, o que possibilita o reconhecimento de concurso material de crimes
DESTAQUE: Os tipos penais trazidos nos arts. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente são autônomos, com verbos e condutas distintas, sendo que o crime do art. 241-B não configura fase normal, tampouco meio de execução para o crime do art. 241-A, o que possibilita o reconhecimento de concurso material de crimes. STJ. Terceira Seção. REsp 1.971.049-SP, REsp 1.970.216-SP, REsp 1.976.855-MS, julgado em 03/08/2023, DJe 08/08/2023. (Info 782) Tema 1168 de Recursos Repetitivos.
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Apesar da pactuação de cláusulas gravosas, o acordo de colaboração premiada deve ser visto na sua integralidade, como um corpo único, e passa a configurar, a partir de sua celebração, um título executivo judicial.
errada. DESTAQUE: Apesar da pactuação de cláusulas gravosas, o acordo de colaboração premiada deve ser visto na sua integralidade, como um corpo único, e passa a configurar, a partir de sua homologação, um título executivo judicial. STJ. Sexta Turma. AgRg no RHC 163.224-RJ, julgado em 14/03/2023, DJe 17/03/2023. (Info 769)
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O crime de "obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira" se consuma no momento em que assinado o contrato de obtenção de financiamento mediante fraude
DESTAQUE: O crime de "obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira" se consuma no momento em que assinado o contrato de obtenção de financiamento mediante fraude. STJ. Quinta Turma. AgRg no REsp 2.002.450-SE, julgado em 17/04/2023, DJe 19/04/2023. (Info 771)
80
O fato de o minério estar localizado em propriedade particular ou em zona rural municipal afasta a dominialidade federal do bem e a tipicidade prevista no art. 2º da Lei n. 8.176/1991 (usurpação mineral
DESTAQUE: O fato de o minério estar localizado em propriedade particular ou em zona rural municipal não afasta a dominialidade federal do bem e a tipicidade prevista no art. 2º da Lei n. 8.176/1991 (usurpação mineral). STJ. Sexta Turma. AgRg no AREsp 1.789.629-MT, julgado em 28/11/2023, DJe 04/12/2023. (Info 799)
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Não há incompatibilidade entre o efeito de perda do cargo previsto no art. 92, I, do Código Penal e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
DESTAQUE: Não há incompatibilidade entre o efeito de perda do cargo previsto no art. 92, I, do Código Penal e a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. STJ. Quinta Turma. AgRg no REsp 2.060.059-MG, julgado em 30/11/2023, DJe 06/12/2023. (Info 798)
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A contratação de serviços espirituais para provocar a morte de autoridades não configura crime de ameaça.
DESTAQUE: A contratação de serviços espirituais para provocar a morte de autoridades não configura crime de ameaça. STJ. Sexta Turma. HC 697.581-GO, julgado em 07/03/2023, DJe 15/03/2023. (Info 771)
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“O art. 268 do Código Penal veicula norma penal em branco que pode ser complementada por atos normativos infralegais editados pelos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), respeitadas as respectivas esferas de atuação, sem que isso implique ofensa à competência privativa da União para legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I).”
Tese fixada: “O art. 268 do Código Penal veicula norma penal em branco que pode ser complementada por atos normativos infralegais editados pelos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), respeitadas as respectivas esferas de atuação, sem que isso implique ofensa à competência privativa da União para legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I).” RESUMO: A complementação de norma penal em branco por ato normativo estadual, distrital ou municipal, para aplicação do tipo de infração de medida sanitária preventiva (Código Penal, art. 268), não viola a competência privativa da União para legislar sobre direito penal (CF/1988, art. 22, I). STF. Plenário. ARE 1.418.846/RS, julgado em 24/03/2023 (Info 1088) (Tema 1.246 de Repercussão Geral) No entanto, o referido tipo penal configura norma penal em branco heterogênea, razão pela qual necessita de complementação por atos normativos infralegais, tais como decretos, portarias e resoluções. Na espécie, essa complementação se faz mediante ato do poder público, compreendida a competência de quaisquer dos entes federados. Ademais, ela não se reveste de natureza criminal, mas, via de regra, administrativa e técnico-científica, o que justifica a possibilidade de edição do ato normativo suplementador pelo ente federado com competência administrativa para tanto.
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A valoração do requisito subjetivo para concessão do livramento condicional - bom comportamento durante a execução da pena (art. 83, inciso III, alínea a, do Código Penal) - deve considerar todo o histórico prisional, não se limitando ao período de 12 meses referido na alínea b do mesmo inciso III do art. 83 do Código Penal.
DESTAQUE: A valoração do requisito subjetivo para concessão do livramento condicional - bom comportamento durante a execução da pena (art. 83, inciso III, alínea a, do Código Penal) - deve considerar todo o histórico prisional, não se limitando ao período de 12 meses referido na alínea b do mesmo inciso III do art. 83 do Código Penal. STJ. Terceira Seção. REsp 1.970.217-MG, julgado em 24/5/2023. (Recursos Repetitivos - Tema 1161). (Info 776)
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À justiça estadual competem o processamento e o julgamento do crime de violação de direito autoral, ainda que cometido em caráter transnacional.
tem cara da cespe e eu errei. Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de violação de direito autoral de caráter transnacional O Brasil assinou diversos tratados se comprometendo a proteger os direitos autorais. Assim o crime de violação de direito autoral for praticado com transnacionalidade a competência para seu julgamento será da Justiça Federal, nos termos do art 109, V da CF/88: Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...) V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução no País o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente; STF. Plenário. RE 702.362/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2023 (Repercussão Geral – Tema 580) (Info 1121).
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A análise do pedido de trancamento da ação penal é prejudicada pela aceitação de proposta de suspensão condicional do processo.
Súmula 667-STJ: Eventual aceitação de proposta de suspensão condicional do processo não prejudica a análise do pedido de trancamento de ação penal. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 18/4/2024 (Info 808)
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É legítima a realização da busca e apreensão pessoal, sem mandado judicial, amparada na fundada suspeita (justa causa) de que o agente esteja na posse de objetos que constituam corpo de delito, como, por exemplo, no caso de o agente dispensar algo no chão ao notar a aproximação da polícia militar em patrulhamento de rotina.
CPP Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar. 8) O fato de o acusado dispensar algo no chão ao notar a aproximação da polícia configura fundada suspeita apta a justificar a busca e apreensão sem mandado judicial, pois indica presunção de posse de objetos ilícitos.
88
Durante uma abordagem policial, o nervosismo do suspeito é causa suficiente para caracterizar a fundada suspeita e justificar a realização de busca pessoal
5) O nervosismo do suspeito percebido pelos agentes públicos não é suficiente para caracterizar a fundada suspeita para fins de busca pessoal, uma vez que essa percepção é dotada de excesso de subjetivismo.
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É lícita a realização da busca pessoal praticada como rotina do policiamento ostensivo, com finalidade preventiva e motivação exploratória.
2) O art. 244 do CPP não autoriza buscas pessoais praticadas como "rotina" ou "praxe" do policiamento ostensivo, com finalidade preventiva e motivação exploratória, mas apenas buscas pessoais com finalidade probatória e motivação correlata.
90
Durante uma abordagem policial realizada sem que tenha havido investigação prévia e fundada suspeita que justifiquem a abordagem, a descoberta casual de objetos ilícitos é capaz de convalidar eventual ilegalidade prévia na revista do indivíduo.
3) A existência de fundada suspeita deve ser aferida com base em elementos prévios à busca pessoal ou veicular, pois a descoberta casual de objetos ilícitos ou situação de flagrância, durante a diligência, não convalida a ilegalidade da abordagem policial.
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reconheceu necessidade de flexibilizar o entendimento para não limitar a atuação policial. Assim, fugir correndo ao ver a polícia justifica revista pessoal.
STJ 3ª Seção, 877.943 - 2024: reconheceu necessidade de flexibilizar o entendimento para não limitar a atuação policial. Assim, fugir correndo ao ver a polícia justifica revista pessoal. (mesmo assim, se a defesa alega que o réu não fugiu ⇒ ônus da prova transfere-se ao MP) (em regra, essa fuga, por si, não autoriza a busca domiciliar)
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É cabível a celebração de Acordo de Não Persecução Penal em casos de processos em andamento quando da entrada em vigência da Lei nº 13.964, de 2019, mesmo se ausente confissão do réu até aquele momento, desde que o pedido tenha sido feito antes do trânsito em julgado.
.É cabível a celebração de Acordo de Não Persecução Penal em casos de processos em andamento quando da entrada em vigência da Lei nº 13.964, de 2019, mesmo se ausente confissão do réu até aquele momento, desde que o pedido tenha sido feito antes do trânsito em julgado. STF. Plenário. HC 185.913/DF Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/09/2024 (Info 1151).
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O sequestro de bens somente cabe por ocasião do oferecimento da denúncia ou queixa.
CPP, Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação da autoridade policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
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O fato de o produto de infração praticada por organização criminosa destinar-se, mesmo que em parte, ao exterior é causa de aumento de pena.
correta. ART. 2º, § 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços): I - se há participação de criança ou adolescente; II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
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será permitida a identificação criminal do indiciado em atestado de antecedentes após o transito em julgado
correta. Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
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a exclusão dos perfis genéticos de dados poderá ocorrer, no caso de condenação, mediante requerimento, após 20 anos da sentença condenatória.
Errado, Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) I - no caso de absolvição do acusado; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) II - no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do CUMPRIMENTO da pena
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A identificação do perfil genético demanda autorização judicial.
A identificação de perfil genético, segundo a LEP, não demanda autorização judicial. Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Todavia, cuidado na lei de identificação criminal : Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si; IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, SEGUNDO DESPACHO DA AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indicia o inciso, IV, no caso demanda autorização judicial, as demais em teoria não. NÃO CONFUNDIR, AINDA, COM O ACESSO AO BANCO NACIONAL DE IDENTIFICAÇÃO GENÉTICO OU MULTIBIOMETRICO E DE IMPRESSÕES DIGITAIS O DELEGADO PRECISA DE AUTORIZAÇÃPO JUDICIAL (NAS DUAS LEIS) E + IP INSTAURADO,
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Arquivado o IP, pode o indiciado requerer a retirada de sua identificação,não sendo necessária a apresentação de provas de sua identificação civil.
Errada. Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que apresente provas de sua identificação civil.
99
No processo penal, é necessária a produção de provas a respeito de fatos incontroversos e costumes.
Correto. Precisam ser provados. Fatos não contestados ou incontroversos - não existe no processo penal confissão presumida. costumes - exemplo repouso noturno
100
Aplica-se a teoria da perda de uma chance probatória na hipótese em que, injustificadamente, a acusação deixa de produzir prova que poderia comprovar a tese defensiva ou colocar o réu salvo de qualquer dúvida em relação a versão acusatória.
Correto. STJ 2023.
101
PROVA NOMINADA X TÍPICA
PROVA NOMINADA É AQUELA QUE O NOMEM IURIS (PREVISÃO LEGAL) ESTÁ PREVISTO NO CPP COM OU SEM PROCEDIMENTO PREVISTO NO CPP. PROVA TÍPICA É AQUELA QUE O PROCEDIMENTO ESTÁ PREVISTO EM LEI. EX RECONHECIMENTO DE PESSOAS
102
PROVA ANÔMALA X PROVA IRRITUAL
PROVA ANÔMALA É AQUELA UTILIZADA PARA FINS DIVERSOS DAQUELES QUE LHE SÃO PRÓPRIOS. EXEMPLO DEPOIMENTO DE TESTEMUNHA QUE DEVERIA SER FEITO EM JUÍZO E VEM AO PROCESSO POR CERTIDÃO. PROVA IRRITUAL É AQUELA PRODUZIDA SEM A OBSERVÂNCIA DO MODELO TÍPICO PREVISTO EM LEI. É A PROVA ILEGÍTIMA. EX RECONHECIMENTO DE PESSOAS QUE NÃO SEGUE O 226 CPP
103
TRêS CONSEQUêNCIAS DA ADOÇÃO DO SISTEMA DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO OU DA PERSUASÃO RACIONAL DO JUIZ
1- NÃO HÁ PROVA COM VALOR ABSOLUTA 2- TODAS AS PROVAS DEVEM SER VALORADAS PELA MAGISTRADO, AINDA QUE FAÇA TAL VALORAÇÃO PARA AFASTAR DETERMINADA PROVA DO PROCESSO; 3- SOMENTE SÃO VÁLIDAS AS PROVAS CONSTANTES NO PROCESSO, DE MODO QUE O JUIZ NÃO PODE SE VALER DE CONHECIMENTOS PRIVADOS;
104
DIFERENÇA DA CONSEQUêNCIA DE PROVA ILÍCITA X ILEGÍTIMA
DIREITO DE EXCLUSÃO (DESENTRANHAMENTO) X DECLARAÇÃO DE NULIDADE (ABSOLUTA OU RELATIVA)
105
A falta de procedimentos para garantir a idoneidade e integridade dos dados extraídos de um celular apreendido resulta na quebra da cadeia de custódia e na inadmissibilidade da prova digital.
Certo. 2024 stj
106
A mera inobservância do procedimento de cadeia de custódia previsto no CPP não acarreta, automaticamente, a imprestabilidade das provas colhidas; a consequência processual dependerá da análise do caso concreto.
correto stj 2024
107
Requisitos, segundo o STJ (2024), para que seja válida a confissão extrajudicial.
feita formalmente; de mandeira documentada; dentro de um estabelecimento estatal público o oficial; tais prerrogativas não podem ser renunciadas pelo interrogado e se alguma delas não for cumprida a prova ser inadmissível. ***IMPORTANTE: A INADMISSIBILIDADE PERMANECE MESMO QUE A ACUSAÇÃO TENTE INTRODUZIR A CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL NO PROCESSO POR OUTROS MEIOS DE PROVA (COMO O TESTEMUNHO DOS POLICIAIS POR EXEMPLO)
108
A confissão extrajudicial pode embasar a sentença condenatória.
Errado, segundo STJ EM 2024: A CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL PODE SER APENAS COMO MEIO DE OBTEÇÃO DE PROVAS, INDICANDO À POLÍCIA OU AO MINISTÉRIO PÚBLICO POSSÍVEIS FONTES DE PROVAS NA INVESTIGAÇÃO , MAS NÃO PODE EMBASAR A SENTENÇA CONDENATÓRIA.
109
Em relação ao interrogatório do réu, adota-se o sistema presidencialista, enquanto que para a escuta de testemunhas o do cross examination.
Correto.
110
A expedição de carta precatória, como regra, suspende a instrução criminal.
Errado segundo art 222 §1º, a expedição de carta precatória não suspenderá e instrução criminal.
111
A regra de que a expedição de carta precatória não suspenderá a instrução criminal vale somente para a inquirição das testemunhas.
Correto. Segundo STJ 2024, tal dispositivo não alcança o interrogatório do réu, que DEVE ser o último ato da instrução criminal. OU SEJA, MESMO COM A EXPEDIÇÃO DA CP, QUE NÃO SUSPENDE A INSTRUÇÃO CRIMINAL, O INTERROGATÓRIO DEVE SER O ÚLTIMO ATO, NÃO PODENDO SER REALIZADO ANTES DA OITIVA DAS TESTEMUNHAS ( NO ENTANDO EVENTUAL RECONHECIMENTO DE NULIDADE SE SUJEITA A PRECLUSÃO E A DEMONSTRAÇÃO DE PREJUIZO PARA O RÉU).
112
Em todos os termos da ação penal poderá intervir como o assisnte o mp, o ofendido ou seu representante legal.
Errado. So cabe assistente nas ações penais pública, sejam elas publicas incondicionadas ou condicionadas a representação. Nas privadas não é permitido. Além disso é até o tj. Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar.
113
O assistente será admitivo em todos os termos do processo, inclusive para acompanhamento do IP.
Errado, não cabe assistente no IP e nem na execução penal. Além disso, somente poderá ser admitido enquanto não passar em julgado a sentença
114
A medida cautelar de proibição de manter contato pode ser aplicada a crime cominado com PRD e multa.
Errado. As medidas cautelares previstas neste título não e aplicam a infração a que não for ISOLADA, CUMULATIVA OU ALTERNATIVAMENTE cominada PPL.
115
Conforme entendimento jurisprudencial do STJ, o trancamento de uma ação penal por meio de habeas corpus é cabível, de forma excepcional, com base em prova pré-constituída que demonstre, desde logo, por exemplo, a inépcia da denúncia, a atipicidade da conduta ou a incidência de causa de extinção da punibilidade.
O encerramento prematuro da ação penal ou do inquérito policial é medida excepcional, cabível apenas quando comprovada, de forma inequívoca e sem incursão probatória, a atipicidade da conduta, a inépcia da denúncia, a absoluta ausência de provas de materialidade ou indícios de autoria, ou a existência de causa extintiva de punibilidade. STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 193.928-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 16/9/2024 (Info 832).
116
A busca pessoal independerá de mandado em quais casos... (3)?
no caso de prisão; quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito; quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar;
117
O parágrafo unico do art. 316 se aplica no processos onde houver prerrogativa de foro.
Correto. "Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal. " Segundo o stf se aplica até o final dos processos de conhecimento, onde há o encerramento da cognição plena pelo tribunal de segundo grau e, igualmente, nos crimes com prerrogativa de foro. não confundir com as exceções ao juiz das garantias JECRIM; JURI; MARIA DA PENHA; COMPETENCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL
118
Não se concederá fiança (3)
Aos que anteriormente, no mesmo processo, tenham quebrado a fiança concendida; em caso de prisão civil ou militar; quando presentes os motivos que autorizem a decretação da prisão preventiva.
119
A absolvição quanto ao crime de emissão, oferecimento, ou negociação de títulos fraudulentos NÃO ilide a possibilidade de condenação por gestão fraudulenta de inst. financeira.
Correo. CESPE 2023
120
Restituição da fiança (3)
declarada sem efeito; tj de sentença asbolutória; ext. da ação penal; exceção (ou seja não vai restituir - ja cobrado cespe) - no caso de prescrição da pretensão executória.
121
No caso de recusa de oferecimento do acordo de não persecução penal pelo representante do Ministério Público, o recurso dirigido às instâncias administrativas contra o parecer da instância superior do Ministério Público detém efeito suspensivo capaz de sustar o andamento de ação penal.
errado. DESTAQUE: No caso de recusa de oferecimento do acordo de não persecução penal pelo representante do Ministério Público, o recurso dirigido às instâncias administrativas contra o parecer da instância superior do Ministério Público não detém efeito suspensivo capaz de sustar o andamento de ação penal. STJ. Quinta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 05/06/2023, DJe 07/06/2023. (Info 780)
122
Havendo solução de continuidade entre os mandatos, que não foram exercidos pelo réu de maneira ininterrupta, cessa o foro por prerrogativa de função referente a atos praticados durante o primeiro deles.
Certo. DESTAQUE: Havendo solução de continuidade entre os mandatos, não exercidos de maneira ininterrupta, cessa o foro por prerrogativa de função referente a atos praticados durante o primeiro mandato. STJ. Quinta Turma. AgRg no RHC 182.049-DF, julgado em 08/08/2023, DJe 16/08/2023. (Info 785) De acordo com a jurisprudência do STF e do STJ, "na hipótese em que o delito seja praticado em um mandato e o réu seja reeleito para o mesmo cargo, a continuidade do foro por prerrogativa de função restringe-se às hipóteses em que os diferentes mandatos sejam exercidos em ordem sequencial e ininterrupta (Inq 4.127)" (RHC 111.781/CE).
123
As mesmas garantias e prerrogativas outorgadas aos Desembargadores dos Tribunais de Justiça devem ser estendidas aos Conselheiros estaduais e distritais, no que se inclui o reconhecimento do foro por prerrogativa de função durante o exercício do cargo, haja, ou não, relação de causalidade entre a infração penal e o cargo.
DESTAQUE: As mesmas garantias e prerrogativas outorgadas aos Desembargadores dos Tribunais de Justiça devem ser estendidas aos Conselheiros estaduais e distritais, no que se inclui o reconhecimento do foro por prerrogativa de função durante o exercício do cargo, haja, ou não, relação de causalidade entre a infração penal e o cargo. STJ. Corte Especial. Processo em segredo de justiça, julgado em 16/08/2023. (Info 783)
124
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes de produção de medicamentos sem registro no órgão competente, mesmo na ausência de prova incontestável sobre a transnacionalidade das condutas.
DESTAQUE: Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes de produção de medicamentos sem registro no órgão competente, mesmo na ausência de prova incontestável sobre a transnacionalidade das condutas, contanto que haja indícios concretos de que as matérias-primas foram adquiridas do exterior. STJ. Terceira Seção. CC 188.135-GO, julgado em 08/02/2023, DJe 23/02/2023. (Info 779)
125
Se o intento da prática dos homicídios era o de impedir o exercício do jus puniendi em relação ao crime de contrabando, ou seja, visavam embaraçar a persecutio in criminis que seria realizada na Justiça Federal, há o interesse federal na persecução, também, dos crimes dolosos contra a vida, pois cometidos para obstar ou dificultar o exercício de atribuições conferidas a órgãos federais
DESTAQUE: Compete ao Tribunal do Júri Federal julgar causa na qual há demonstração de interesse federal específico em relação ao crime doloso contra a vida, ou quando há conexão deste com crime federal. STJ. Terceira Seção. CC 194.981-SP, julgado em 24/05/2023. (Info 778)
126
Compete à Justiça estadual processar e julgar causa quando não se verifica, da atuação de indiciado que se autodeclara quilombola, disputa alguma por terra quilombola ou interesse da comunidade na ação delituosa
DESTAQUE: Compete à Justiça estadual processar e julgar causa quando não se verifica, da atuação de indiciado que se autodeclara quilombola, disputa alguma por terra quilombola ou interesse da comunidade na ação delituosa. STJ. Terceira Seção. CC 192.658-RO, julgado em 10/05/2023, DJe 16/05/2023. (Info 777) O fato de o investigado se autodeclarar quilombola, por si só, não atrai a competência da Justiça Federal, isso porque não há nos autos elementos que evidenciem que os crimes ambientais perpetrados foram em detrimento do interesse direto e específico da União, de suas entidades autárquicas ou de empresas públicas federais. Assim, se não se verifica lesão a bens, serviços ou interesses da União ou de seus entes, afasta-se a competência da Justiça Federal
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Não há usurpação de competência do Tribunal de Justiça local quanto à supervisão de investigação contra detentor de prerrogativa de foro no âmbito de inquéritos civis e ações de improbidade administrativa.
DESTAQUE: Não há usurpação de competência do Tribunal de Justiça local quanto à supervisão de investigação contra detentor de prerrogativa de foro no âmbito de inquéritos civis e ações de improbidade administrativa. STJ. Quinta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 24/04/2023, DJe 27/04/2023. (Info 774) Portanto, embora o investigado exercesse cargo com foro privilegiado, não havia nenhum ato de investigação criminal iniciado na origem, mas apenas o inquérito de natureza civil. Não havendo que se falar, até aquele momento, em usurpação da competência do Tribunal de Justiça local quanto à supervisão da investigação, uma vez que "não existe foro privilegiado por prerrogativa de função para o processamento e julgamento da ação civil pública de improbidade administrativa"
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Compete à Justiça Federal o julgamento de crime de falsidade ideológica, consistente no fornecimento de informação inverídica a servidor da FUNAI, para fins de emissão de Registro Administrativo de Nascimento de Indígena - RANI
DESTAQUE: Compete à Justiça Federal o julgamento de crime de falsidade ideológica, consistente no fornecimento de informação inverídica a servidor da FUNAI, para fins de emissão de Registro Administrativo de Nascimento de Indígena - RANI. STJ. Terceira Seção. CC 193.369-PR, julgado em 02/03/2023, DJe 07/03/2023. (Info 766) Considerando que a informação falsa foi fornecida a servidor de autarquia federal, entendo que a competência seja da Justiça Federal, ante a existência de interesse direto da União no crime sob apuração, sendo o caso de aplicar, por analogia, o entendimento firmado na Súmula n. 546/STJ: "A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor".
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Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsificação de documento público, consistente na falsificação de identidades funcionais do Poder Judiciário da União.
DESTAQUE: Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsificação de documento público, consistente na falsificação de identidades funcionais do Poder Judiciário da União. STJ. Terceira Seção. CC 192.033-SP, julgado em 14/12/2022. (Info 763) Dessa forma, a falsificação de identidades funcionais do Poder Judiciário da União atinge direta e essencialmente a fé pública e a presunção de veracidade de documento, cuja expedição atribui-se à Administração Pública Federal, à qual o resguardo compete constitucionalmente à Justiça Comum Federal (art. 109, inciso IV, da Constituição Federal).
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A inspeção de segurança nas bagagens dos passageiros de ônibus, em fiscalização de rotina realizada pela Polícia Rodoviária Federal, tem natureza administrativa e prescinde (dispensa) de fundada suspeita
correto. DESTAQUE: A inspeção de segurança nas bagagens dos passageiros de ônibus, em fiscalização de rotina realizada pela Polícia Rodoviária Federal, tem natureza administrativa e prescinde (dispensa) de fundada suspeita. STJ. Sexta Turma. HC 625.274-SP, julgado em 17/10/2023, DJe 20/10/2023. (Info 796)
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A simples falta de assinatura do perito encarregado pela lavratura do laudo toxicológico definitivo constitui mera irregularidade e não tem o condão de anular a prova pericial na hipótese de existirem outros elementos que comprovem a sua autenticidade, notadamente quando o expert estiver devidamente identificado e for constatada a existência de substância ilícita.
DESTAQUE: A simples falta de assinatura do perito encarregado pela lavratura do laudo toxicológico definitivo constitui mera irregularidade e não tem o condão de anular a prova pericial na hipótese de existirem outros elementos que comprovem a sua autenticidade, notadamente quando o expert estiver devidamente identificado e for constatada a existência de substância ilícita. STJ. Quinta Turma. REsp 2.048.422-MG, REsp 2.048.645-MG e REsp 2.048.440-MG, julgado em 22/11/2023. (Info 796) Tema 1206 de Recursos Repetitivos.
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Sem autorização judicial, é ilícita a solicitação de relatórios de inteligência financeira feita pela autoridade policial ao COAF (atual UIF).
DESTAQUE: Sem autorização judicial, é ilícita a solicitação de relatórios de inteligência financeira feita pela autoridade policial ao COAF (atual UIF). STJ. Sexta Turma. RHC 147.707-PA, julgado em 15/08/2023. (Info 784) [...] Infere-se do julgado que é possível o compartilhamento dos relatórios de inteligência da UIF e da íntegra do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil com os órgãos de persecução penal, ou seja, constatadas pela UIF ou pela Receita Federal do Brasil ilegalidades nos processos administrativos fiscais, deve ser feita a comunicação com os órgãos de persecução penal No caso em análise, a autoridade policial requisitou diretamente ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF (atual Unidade de Inteligência Financeira - UIF) o envio dos relatórios de inteligência financeira sem autorização judicial, situação, portanto, diversa da qual foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, constata-se a ilicitude dos relatórios de inteligência financeira solicitados diretamente pela autoridade policial ao COAF.
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A participação dos órgãos de persecução estatal na gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, sem prévia autorização judicial, acarreta a ilicitude da prova
DESTAQUE: A participação dos órgãos de persecução estatal na gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, sem prévia autorização judicial, acarreta a ilicitude da prova. STJ. Sexta Turma. RHC 150.343-GO, julgado em 15/08/2023. (Info 783)
134
A confissão do réu, por si só, não autoriza a entrada dos policiais em seu domicílio
Correto. DESTAQUE: A confissão do réu, por si só, não autoriza a entrada dos policiais em seu domicílio, sendo necessário que a permissão conferida de forma livre e voluntária pelo morador seja registrada pela autoridade policial por escrito ou em áudio e vídeo. STJ. Quinta Turma. AgRg no AREsp 2.223.319-MS, julgado em 09/05/2023 (Info 778)
135
O depoimento testemunhal indireto possui a capacidade necessária para sustentar uma acusação.
DESTAQUE: O depoimento testemunhal indireto não possui a capacidade necessária para sustentar uma acusação e justificar a instauração do processo penal, sendo imprescindível a presença de outros elementos probatórios substanciais. STJ. Quinta Turma. AREsp 2.290.314-SE, julgado em 23/05/2023, DJe 26/05/2023. (Info 776)
136
É inconstitucional, em qualquer esfera da Federação, a adoção de reeleições sucessivas ilimitadas para os mesmos cargos na mesa diretora das casas legislativas.
certo. Sangue no olho para não ter medo de generalizações. No caso, é sim sempre inconstitucional a REELEIÇÃO ILIMITADA AO MESMO CARGO da Mesa Diretora. A exceção fica por conta da possibilidade de ocupar CARGO DIVERSO na diretoria. INFO 1030 - STF: 6. Teses de julgamento: (i) a eleição dos membros das Mesas das Assembleias Legislativas estaduais deve observar o limite de uma única reeleição ou recondução, limite cuja observância independe de os mandatos consecutivos referirem-se à mesma legislatura; (ii) a vedação à reeleição ou recondução aplica-se somente para o mesmo cargo da mesa diretora, não impedindo que membro da mesa anterior se mantenha no órgão de direção, desde que em cargo distinto; e (iii) o limite de uma única reeleição ou recondução, acima veiculado, deve orientar a formação das Mesas das Assembleias Legislativas que foram eleitas após a publicação do acórdão da ADI 6.524, mantendo-se inalterados os atos anteriores.
137
É competência comum da União, dos estados e do Distrito Federal legislar sobre a posse e o porte de armas de fogo em território nacional.
Erro 01. Não existe competência comum legislativa. A competência legislativa ou é privativa da União ou concorrente. Erro 02. A competência comum também abrange os Municípios. Erro 03. A competência para legislar sobre material bélico é privativa da União. A competência para autorizar e fiscalizar a produção de material bélico é exclusiva (material) da União
138
É inconstitucional — por violar exclusivamente a competência legislativa privativa da União (arts. 21, VI; e 22, XXI, CF/88) — lei estadual que dispõe sobre o porte de armas de fogo pelos servidores públicos de instituto de perícias, órgão integrante da Secretaria da Segurança Pública local.
errado. viola a materia e a privativa É inconstitucional — por violar competência material e legislativa privativa da União (arts. 21, VI; e 22, XXI, CF/88) — lei estadual que dispõe sobre o porte de armas de fogo pelos servidores públicos de instituto de perícias, órgão integrante da Secretaria da Segurança Pública local. STF. Plenário. ADI 7.627/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 07/11/2024 (Info 1158). outra: É inconstitucional lei estadual que concede o direito ao porte de arma de fogo a membros da Defensoria Pública local. Essa previsão viola a competência material exclusiva da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (art. 21, VI, CF/88). Além disso, ofende a competência privativa da União para legislar sobre o assunto (art. 22, XXI, CF/88). STF. Plenário. ADI 7.571/ES, Rel. Min. Cristiano Zanin, julgado em 05/06/2024 (Info 1139).
139
É inconstitucional a fixação do maior tempo de serviço público estadual, federal e municipal como critério de desempate em promoção funcional de membros do Ministério Público.
certo. É inconstitucional norma estadual que fixa o tempo de serviço público no ente federado ou o tempo de serviço público em geral como critério de desempate na aferição da antiguidade para a promoção e a remoção dos defensores públicos locais. Essa norma afronta a competência do legislador complementar nacional para tratar sobre o tema (arts. 61, § 1º, II, “d”; 93; e 134, §§ 1º e 4º, CF/88), além de violar o princípio da isonomia (arts. 5º, “caput”; e 19, III, CF/88). STF. Plenário. ADI 7.317/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2023 (Info 1092).
140
O defensor público, por exercer a advocacia dentro de suas atribuições institucionais, submete-se à disciplina prevista no Estatuto da OAB e na legislação que prevê o regime próprio da Defensoria Pública.
errada. Tese fixada pelo STF: É inconstitucional a exigência de inscrição do Defensor Público nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. STF. Plenário. RE 1240999/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 3/11/2021 (Repercussão Geral – Tema 1074) (Info 1036). Os Defensores Públicos não precisam estar inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para desempenhar suas funções institucionais. STF. Plenário. ADI 4636/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 3/11/2021 (Info 1036).
141
Compete exclusivamente ao STF julgar as ações ajuizadas contra decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
certo. Informativo 1000 STF: Nos termos do artigo 102, I, “r”, da Constituição Federal (CF), é competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal (STF) processar e julgar, originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) proferidas no exercício de suas competências constitucionais, respectivamente, previstas nos artigos 103-B, § 4º, e 130-A, § 2º, da CF.
142
É privativa do Poder Executivo a iniciativa de projeto de lei com o objetivo de definir o limite para requisição de pequeno valor (RPV).
Tema 1.326 STF: A iniciativa legislativa para definição de obrigações de pequeno valor para pagamento de condenação judicial não é reservada ao chefe do Poder Executivo. "(...) o Tribunal afirmou que o simples fato de a matéria implicar aumento de despesas para a administração pública não é suficiente para atrair a iniciativa legislativa privativa do chefe do Poder Executivo."
143
As ações rescisórias e as revisões criminais de julgados de um tribunal regional federal são de competência do Superior Tribunal de Justiça.
errada. CF, Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, ORIGINARIAMENTE: (...) b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
144
Poderão ser ajuizados processos contra a União na seção judiciária do Distrito Federal, ainda que o autor seja domiciliado em outro estado da Federação.
certo. As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas: local de domicílio do autor; local em que ocorreu o ato / fato que deu origem à demanda; local onde esteja situada a coisa; ou no DF. Art. 109, § 2°, CF.
145
Os tribunais de justiça, ao realizarem o controle de constitucionalidade abstrato de legislações municipais e estaduais com base na respectiva Constituição estadual, podem utilizar, como parâmetro de controle, normas da Constituição Federal de 1988 que, apesar de consideradas de reprodução obrigatória, não estejam presentes, de forma expressa e literal, no texto da Constituição do estado-membro.
certo. Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. STF. Plenário. RE 650898/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/2/2017 (repercussão geral) (Info 852). Obs.: a tese acima fala em "leis municipais", mas ela também pode ser aplicada para representações de inconstitucionalidade propostas no TJ contra "leis estaduais". A tese falou apenas de leis municipais porque foi o caso analisado no recurso extraordinário. Normas de reprodução obrigatória são dispositivos da Constituição Federal de 1988 que, como o próprio nome indica, devem ser repetidos nas Constituições Estaduais. As normas de reprodução obrigatória são também chamadas de "normas de observância obrigatória" ou "normas centrais". Importante esclarecer que, se uma norma é de reprodução obrigatória, considera-se que ela está presente na Constituição Estadual mesmo que a Carta estadual seja silente. Ex.: a CF/88 prevê que os Municípios são autônomos (art. 18). Trata-se de norma de reprodução obrigatória. Isso significa que, mesmo se a Constituição Estadual não disser que os Municípios são autônomos, ainda assim considera-se que essa regra está presente na Carta Estadual.
146
Não é cabível a impetração de mandado de segurança com a finalidade de impugnar ato normativo geral e abstrato.
certo. Súmula 266, STF: O mandado de segurança não pode ser utilizado como mecanismo de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral, posto não ser sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade.
147
Não é cabível mandado de injunção para discutir a efetividade de lei regulamentadora já existente.
certo. É em caso de falta de norma regulamentadora, não de sua falta de efetividade.
148
De acordo com a jurisprudência do STF, as decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade, diferentemente dos precedentes firmados em sede de repercussão geral, afetam a eficácia temporal da coisa julgada formada nas relações jurídicas tributárias de trato sucessivo.
errado. Os efeitos temporais da coisa julgada nas relações jurídicas tributárias de trato sucessivo são imediatamente cessados quando o STF decidir em sentido oposto em controle concentrado de constitucionalidade ou recurso extraordinário com repercussão geral. (STF. Plenário. RE 955227/BA, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/02/2023 - Repercussão Geral – Tema 885)
149
Hc precisam ser escritos, em ligua portuguesa e assinados (não podem ser apócrifas)
correto. aula nelma fontana *so hc dispensa adv. SÓ ADV
150
CABE HC PARA PROTEGAR LIBERDADE VIRTUAL.
errado. nelma fontana - stj diz que a a liberdade que hc protege é a física!!
151
apreensão de passaporte, pode ser impetrado hc.
sim, pois sem o passaporte não consigo sair do país e portanto tutela liberdade de lomoção, cabível HC
152
apreensão de cnh, pode ser impetrado hc.
errado. para cnh não pode. não afeta liberdade de ir e vir
153
não cabe hc contra ato de ministro do stf.
Correto. nao cabe (nelma)
154
Segundo o STF, o direito de greve dos empregados públicos constitui norma constitucional de eficácia contida.
certo. cuidado: SERVIDOR PÚBLICO - EFICÁCIA LIMITADA EMPREGADO PÚBLICO / INICIATIVA PRIVADA - EFICÁCIA CONTIDA
155
As normas que estabelecem o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data SÃO NORMAS DE EFICÁCIA PLENA para o CEBRASPE.
Veja essa questão: - Ano: 2016 - TRT8 Acerca do conceito de Constituição, da classificação das Constituições, da classificação das normas constitucionais e dos princípios estabelecidos na Constituição Federal de 1988 (CF), assinale a opção correta. Resposta: Normas constitucionais de eficácia plena são autoaplicáveis ou autoexecutáveis, como, por exemplo, as normas que estabelecem o mandado de segurança, o habeas corpus, o mandado de injunção e o habeas data.
156
A classificação de determinada norma como materialmente constitucional baseia-se em critérios objetivos e categóricos, sendo, portanto, imune à subjetividade do intérprete.
ERRADA. Em síntese: a questão traz o conceito de constitucionalidade formal, uma vez que esta não está sujeita à subjetividade do intérprete. Quanto à material, por não ser definida em critérios objetivos (independe de constar no texto constitucional), será avaliada conforme a subjetividade do intérprete.
157
O DECRETO DO ESTADO DE DEFESA DEVERÁ SER SUBMETIDO AO CONGRESSO NACIONAL, QUE, POR MAIORIA ABSOLUTA, O APRECIARÁ NO PRAZO DE 24 HORAS.
Errado. o PR ENCAMINHA AO CN NO PRAZO DE 24 PARA QUE O CN APRECIE, POR MAIORIA ABSOLUTA, DENTRO DO PRAZO DE DEZ DIAS A CONTAR DO SEU RECEBIMENTO,
158
O Tribunal de Contas da União (TCU) é competente para fiscalizar a legalidade dos atos de admissão de servidores efetivos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Art. 71. O controle externo, a cargo do CN, será exercido com o auxílio do TCU, ao qual COMPETE: III - APRECIAR, para fins de REGISTRO, a LEGALIDADE dos atos de ADMISSÃO de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de APOSENTADORIAS, REFORMAS e PENSÕES, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Logo, ele é competente para fiscalizar a legalidade dos atos de admissão de servidores efetivos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
159
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado, quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República ou o Presidente do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços para prestarem, PESSOALMENTE, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
CERTO. EC 123/2023 A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado, quaisquer TITULARES de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República ou o Presidente do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços para prestarem, PESSOALMENTE, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Convoca MTP: MINISTROS de ESTADO Titulares Dos Órgãos subordinados pelo PR (Se liga, não é qualquer pessoa subordinada) Presidente do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços
160
A imprescritibilidade não se aplica às ações em que se pretende a responsabilização direta do agente público que praticou ato de tortura durante o regime militar
CERTO. DESTAQUE: A imprescritibilidade não se aplica às ações em que se pretende a responsabilização direta do agente público que praticou ato de tortura durante o regime militar. STJ. Quarta Turma. REsp 2.054.390-SP, julgado em 29/11/2023. (Info 799) A imprescritibilidade não se aplica às ações em que se pretende a responsabilização direta do agente público que praticou o ato de tortura, em razão de ensejar a perpetuidade dos conflitos entre indivíduos, recaindo as condenações sobre os herdeiros do causador do dano nos limites das forças da herança, bem como ignorar a luta histórica pela conquista da anistia e a redemocratização do País e desprezar os princípios de reconciliação e de pacificação nacional, expressamente previstos nos art. 2º da Lei n. 9.140/1995, e art. 1º da Lei n. 12.528/2011
161
“A trabalhadora gestante tem direito ao gozo de licença-maternidade e à estabilidade provisória, independentemente do regime jurídico aplicável, se contratual ou administrativo, ainda que ocupe cargo em comissão ou seja contratada por tempo determinado.”
CERTA. Tese fixada: “A trabalhadora gestante tem direito ao gozo de licença-maternidade e à estabilidade provisória, independentemente do regime jurídico aplicável, se contratual ou administrativo, ainda que ocupe cargo em comissão ou seja contratada por tempo determinado.” RESUMO: Dada a prevalência da proteção constitucional à maternidade e à infância, a gestante contratada pela Administração Pública por prazo determinado ou ocupante de cargo em comissão também possui direito à licençamaternidade de 120 dias e à estabilidade provisória, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. STF. Plenário. RE 842.844/SC, julgado em 05/10/2023. (Info 1111) (Tema 542 de Repercussão Geral)
162
É NECESSÁRIA NORMA REGULAMENTADORA PARA APLICABILIDADE DO IDC.
ERRADO. RESUMO: A aplicabilidade do IDC é imediata, atribuindo-se ao Procurador-Geral da República (PGR) a responsabilidade de verificar a ocorrência de grave violação dos direitos humanos, previstos em instrumentos normativos internacionais, sem o intermédio de uma legislação de regência. Não é necessária norma legal regulamentadora, pois o preceito constitucional já possui todos os elementos qualificadores necessários à sua incidência (CF/1988, art. 5º, § 1º).
163
Os estados, o DF e os municípios devem, de forma imediata, aderir formalmente as diretrizes da norma que institui a politica nacional para população em situação de rua.
Errado. RESUMO: Nesse contexto, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem, de modo imediato, observar, obrigatoriamente e INDEPENDENTEMENTE DE ADESÃO FORMAL, as diretrizes contidas no Decreto federal 7.053/2009, que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua, em conjunto e nos moldes das determinações estabelecidas na parte dispositiva da decisão desta Corte.
164
No caso de serviços de saúde, o déficit de profissionais pode ser suprido por concurso público ou, por exemplo, pelo remanejamento de recursos humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP).”
CERTO. “1. A intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à realização de direitos fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave do serviço, não viola o princípio da separação dos Poderes. 2. A decisão judicial, como regra, em lugar de determinar medidas pontuais, deve apontar as finalidades a serem alcançadas e determinar à Administração Pública que apresente um plano e/ou os meios adequados para alcançar o resultado; 3. No caso de serviços de saúde, o déficit de profissionais pode ser suprido por concurso público ou, por exemplo, pelo remanejamento de recursos humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP).” STF. Plenário. RE 684.612/RJ, julgado em 30/06/2023. (Info 1101) (Tema 698 de Repercussão Geral).
165
É CONSTITUCIONAL lei estadual que cria cadastro de usuários e dependentes de drogas, com informações concernentes ao registro de ocorrência policial, inclusive sobre reincidência.
ERRADA. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por invadir a competência privativa da União para legislar sobre matéria penal e processual penal (CF/1988, art. 22, I), bem como por violar o Estado de direito, os direitos fundamentais e o sistema constitucional especial de proteção de dados — lei estadual que cria cadastro de usuários e dependentes de drogas, com informações concernentes ao registro de ocorrência policial, inclusive sobre reincidência. STF. Plenário. ADI 6.561/TO, julgado em 01/09/2023 (Info 1106)
166
É INCONSTITUCIONAL — por invadir a competência da União exclusiva para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (CF/1988, art. 21, VI), e privativa para legislar sobre material bélico (CF/1988, art. 22, XXI) — lei estadual que reconhece o risco da atividade e a efetiva necessidade do porte de armas de fogo para os vigilantes de empresas de segurança privada.
CERTO. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por invadir a competência da União exclusiva para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (CF/1988, art. 21, VI), e privativa para legislar sobre material bélico (CF/1988, art. 22, XXI) — lei estadual que reconhece o risco da atividade e a efetiva necessidade do porte de armas de fogo para os vigilantes de empresas de segurança privada. STF. Plenário. ADI 7.252/TO, julgado em 24/04/2023. (Info 1092) Em estrita observância às regras de repartição de competências constitucionalmente previstas, a União editou a Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), a qual dispõe, entre outras questões, sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição. A referida norma atribui à Polícia Federal a competência para autorizar o porte de arma de fogo de uso permitido em todo o território nacional.
167
Norma estadual que, a pretexto de proteger os estudantes, proíbe modalidade de uso da língua portuguesa VIOLA a competência legislativa da União.
Correta. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violar a competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional (CF/1988, art. 22, XXIV) — lei estadual que veda a adoção da “linguagem neutra” na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas e privadas, assim como em editais de concursos públicos locais. STF. Plenário. ADI 7.019/RO, julgado em 10/02/2023. (Info 1082) (Tema 881 de Repercussão Geral)
168
É constitucional lei estadual que fixa distância mínima entre presídios e contingente máximo da população carcerária.
certo. RESUMO: É constitucional — por ausência de afronta ao direito social à segurança (CF/1988, art. 6º), ao direito de propriedade (CF/1988, art. 5º, “caput” e XXII), ao princípio da proporcionalidade, ou à competência da União para legislar sobre direito civil (CF/1988, art. 22, I) — lei estadual que fixa distância mínima entre presídios e contingente máximo da população carcerária. STF. Plenário. ADI 2.402/ES, julgado em 23/06/2023. (Info 1101) (Tema 1.043 de Repercussão Geral).
169
É constitucional o ato normativo municipal, editado no exercício de competência legislativa suplementar, que proíba a participação em licitação ou a contratação: (a) de agentes eletivos; (b) de ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança; (c) de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de qualquer destes; e (d) dos demais servidores públicos municipais
RESUMO: É constitucional — por não violar o sistema de repartição de competências e atender à vedação ao nepotismo — norma municipal que proíbe a celebração de contratos do município com agentes públicos municipais e respectivos parentes, até o terceiro grau. Contudo, esse impedimento não se aplica às pessoas ligadas — por matrimônio ou parentesco, afim ou consanguíneo, até o terceiro grau, inclusive, ou por adoção — a servidores municipais não ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança, sob pena de infringência ao princípio da proporcionalidade. Os municípios dispõem de competência legislativa suplementar, em matéria de licitação e contratação pública, para atender às suas peculiaridades locais, desde que respeitadas as normas gerais estabelecidas pela União e os princípios constitucionais da Administração Pública. ” STF. Plenário. RE 910.552/MG, julgado em 30/06/2023. (Info 1101) (Tema 1.001 de Repercussão Geral).
170
São constitucionais — à luz do regime constitucional de repartição de competências (CF/1988, arts. 24, I; e 169, “caput”) e do equilíbrio federativo — dispositivos da Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) que incluem, no cálculo dos gastos com pessoal pela Administração Pública, as despesas com inativos e pensionistas, bem como o imposto de renda retido na fonte.
certo. boa para financeiro. São constitucionais — à luz do regime constitucional de repartição de competências (CF/1988, arts. 24, I; e 169, “caput”) e do equilíbrio federativo — dispositivos da Lei Complementar 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) que incluem, no cálculo dos gastos com pessoal pela Administração Pública, as despesas com inativos e pensionistas, bem como o imposto de renda retido na fonte. STF. Plenário. ADC 69/DF, julgado em 30/06/2023. (Info 1101) (Tema 1.001 de Repercussão Geral).
171
É constitucional lei estadual que proíbe, no âmbito de seu território, a fabricação, a venda e a comercialização de armas de brinquedo que simulam armas de fogo reais
certa. RESUMO: É constitucional lei estadual que proíbe, no âmbito de seu território, a fabricação, a venda e a comercialização de armas de brinquedo que simulam armas de fogo reais. STF. Plenário. - ADI 5.126/SP, julgado em 16/12/2022 (Info 1081) A norma impugnada não usurpa a competência privativa da União para legislar sobre direito penal (CF/1988, art. 22, I), tampouco sobre material bélico (CF/1988, art. 21, VI, e 22, XXI). Ao contrário, ela dispõe sobre matéria afeta ao direito do consumidor e à proteção à infância e à juventude, inserindo-se, portanto, no âmbito da competência concorrente das unidades da Federação (CF/1988, art. 24, V, VIII e XV, e art. 227).
172
O Conselho Federal e os Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não estão obrigados a prestar contas ao Tribunal de Contas da União nem a qualquer outra entidade externa
Certo. RESUMO: A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não se sujeita à prestação de contas perante o Tribunal de Contas da União (TCU) e a ausência dessa obrigatoriedade não representa ofensa ao art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988, já que inexiste previsão expressa em sentido diverso. STF. Plenário. RE 1.182.189/BA, julgado em 24/04/2023. (Info 1091) (Tema 1054 de Repercussão Geral)
173
Os Estados não estão vinculados ao modelo e ao procedimento federal (CF/1988, art. 81) para a resolução normativa do problema da dupla vacância da chefia do Poder Executivo ocorrida no último biênio do período governamental e decorrente de causas não eleitorais
CERTO. RESUMO: Os Estados não estão vinculados ao modelo e ao procedimento federal (CF/1988, art. 81) para a resolução normativa do problema da dupla vacância da chefia do Poder Executivo ocorrida no último biênio do período governamental e decorrente de causas não eleitorais, mas encontram limites em outros preceitos e princípios constitucionais (CF/1988, art. 25). STF. Plenário. ADPF 969/AL, julgado em 14/08/2023. (Info 1104) NÃO CONFUNDIR: É INCONSTITUCIONAL — por violar o pressuposto da dupla vacância, previsto para o modelo federal e cuja observância pelos estados-membros é obrigatória —, norma de Constituição estadual que determina, em caso de vacância, eleição avulsa para o cargo de vice-governador pela Assembleia Legislativa. STF. Plenário. ADI 999/AL, julgado em 23/06/2023. (Info 1100)
174
É INCONSTITUCIONAL — por violação às regras previstas na Lei federal 1.079/1950 — norma de Constituição estadual ou de Lei Orgânica distrital que atribuem à Assembleia ou à Câmara Legislativa o julgamento do governador pela prática de crime de responsabilidade.
CERTO. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violação às regras previstas na Lei federal 1.079/1950 — norma de Constituição estadual ou de Lei Orgânica distrital que atribuem à Assembleia ou à Câmara Legislativa o julgamento do governador pela prática de crime de responsabilidade. STF. Plenário. ADI 3.466/DF, julgado em 12/04/2023. (Info 1094) Isso porque a concentração do juízo de admissibilidade da acusação e do julgamento dos crimes de responsabilidade do governador unicamente perante o Poder Legislativo local, que é unicameral, ofende o desenho institucional de um juízo bifásico (CF/1988, art. 86).
175
É INCONSTITUCIONAL — por violar o art. 39, § 4º, da CF/1988, haja vista o caráter de indevido acréscimo remuneratório — norma estadual que prevê adicional de “auxílio-aperfeiçoamento profissional” aos seus magistrados.
CERTO. É INCONSTITUCIONAL — por violar o art. 39, § 4º, da CF/1988, haja vista o caráter de indevido acréscimo remuneratório — norma estadual que prevê adicional de “auxílio-aperfeiçoamento profissional” aos seus magistrados. STF. Plenário. - ADI 5.407/MG, julgado em 30/06/2023. (Info 1102) Essa vantagem remuneratória vai além do subsídio estipulado para os magistrados do estado, configurando adicional calculado sobre o valor do subsídio, em descompasso com a sistemática remuneratória disciplinada pela EC 19/1998. Atenção! Não confunda com o julgado! RESUMO: É constitucional — quando caracterizada a natureza indenizatória da verba — a concessão de auxílio destinado ao aperfeiçoamento profissional de membros de Procuradoria Estadual, remunerados sob a forma de subsídio. (Info 1108)
176
É constitucional — por tratar de matéria que não se submete à reserva de iniciativa do Supremo Tribunal Federal — a Lei Complementar 152/2015, de autoria parlamentar, que, ao elevar a idade da aposentadoria compulsória no serviço público para 75 anos de idade, inclui os magistrados.
CERTO. RESUMO: É constitucional — por tratar de matéria que não se submete à reserva de iniciativa do Supremo Tribunal Federal — a Lei Complementar 152/2015, de autoria parlamentar, que, ao elevar a idade da aposentadoria compulsória no serviço público para 75 anos de idade, inclui os magistrados. STF. Plenário. ADI 5.430/DF, julgado em 19/05/2023. (Info 1095) Em que pese esta Corte já ter decidido, em sede cautelar, pela necessidade da edição de lei complementar nacional, de iniciativa do STF, para regulamentar a aposentadoria compulsória dos magistrados, posteriormente, em sessão administrativa, entendeu inexistir vício formal de iniciativa no projeto que originou a Lei Complementar 152/2015. Isso porque a aposentadoria dos membros do Poder Judiciário, aos 75 anos de idade, decorreria do próprio sistema normativo constitucional, e a lei a ser editada com o propósito de regulamentar o tema consistiria em regra de aplicação geral, dispensando-se a observância estrita de iniciativa legislativa.
177
É constitucional norma de lei estadual que imponha ao Poder Judiciário (i) participar, juntamente com os demais poderes e órgãos autônomos, da cobertura de déficit e do custeio do regime próprio de previdência social e (ii) realizar o pagamento do abono de permanência dos seus membros e servidores.
CORRETO. 1. É constitucional norma de lei estadual que imponha ao Poder Judiciário (i) participar, juntamente com os demais poderes e órgãos autônomos, da cobertura de déficit e do custeio do regime próprio de previdência social e (ii) realizar o pagamento do abono de permanência dos seus membros e servidores NÃO CONFUNDIR: 2. É INCONSTITUCIONAL norma de lei estadual que autorize a Secretaria de Estado de Fazenda a reter o valor correspondente às contribuições previdenciárias devidas pelo Poder Judiciário, seus membros e servidores.” STF. Plenário. ADI 4.859/PI, julgado em 10/03/2023. (Info 1086) RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violar a independência do Poder Judiciário — norma estadual que permite que a Secretaria de Fazenda do estado retenha, na fonte, as contribuições previdenciárias devidas pelo Poder Judiciário, e por seus membros e servidores.
178
É CONSTITUCIONAL norma estadual que permite a remoção entre juízes de direito vinculados a diferentes tribunais de justiça
ERRADA. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violar a competência da União para dispor sobre a magistratura brasileira, tanto na justiça estadual como na justiça federal — norma estadual que permite a remoção entre juízes de direito vinculados a diferentes tribunais de justiça. STF. Plenário. ADI 6.782/RN, julgado em 03/03/2023. (Info 1085)
179
A superveniente aposentadoria da autoridade detentora do foro por prerrogativa de função cessa a competência do Superior Tribunal de Justiça para o processamento e julgamento do feito. STJ. Corte Especial. Processo em segredo de justiça
CERTO. DESTAQUE: A superveniente aposentadoria da autoridade detentora do foro por prerrogativa de função cessa a competência do Superior Tribunal de Justiça para o processamento e julgamento do feito. STJ. Corte Especial. Processo em segredo de justiça, julgado em 7/12/2022. (Info 762) O Pleno do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento, no julgamento do Recurso Extraordinário 549.560, com repercussão geral reconhecida, fixando a seguinte tese: "O foro especial por prerrogativa de função não se estende a magistrados aposentados."
180
Integram a administração pública direta os hospitais públicos federais que prestam serviços de saúde, de maneira centralizada, no Sistema Único de Saúde (SUS).
certo. Integram a Administração Pública. Se é direta ou indireta, sem outras informações fica confuso. Mas a questão fala em “de maneira centralizada”. Ou seja, não houve descentralização, não há presença da Adm. Ind.
181
Com relação ao seu aspecto material, o ato administrativo é regido pelo regime jurídico de direito público, e deve ser exarado em conformidade com a forma prevista no ordenamento jurídico.
errada. Com relação ao seu aspecto material, o ato administrativo é regido pelo regime jurídico de direito público, e deve ser exarado(determinado) em conformidade com o conteúdo prevista no ordenamento jurídico. Com relação ao seu aspecto Formal, o ato administrativo é regido pelo regime jurídico de direito público, e deve ser exarado(determinado) em conformidade com a forma prevista no ordenamento jurídico. Além disso, o ato administrativo nem sempre é regido exclusivamente pelo regime jurídico de direito público. Embora a Administração Pública, em regra, atue com prerrogativas e restrições próprias do direito público, há situações em que seus atos seguem normas de direito privado. Isso ocorre, por exemplo, em contratos administrativos que tenham cláusulas regidas pelo direito privado ou em atos que não envolvam o exercício de poder público (como a administração de bens disponíveis).
182
As fundações públicas são criadas por lei, podendo ser entidades de direito público ou privado e realizar atividades também de interesse público ou privado, desde que não tenham fins lucrativos.
errada. Fundação pública CRIADA por lei -> Fundação autarquica Fundacao pública AUTORIZADA por lei -> Direito privado Fundações são CRIADAS por lei? DEPENDE! Elas PODEM ser. Ou seja, podem ser CRIADAS ou AUTORIZADAS. Elas podem realizar atividades de direito privado? NÃO! Somente de direito PÚBLICO. Elas podem ter fins lucrativos? NÃO! ATENÇÃO: Devem realizar atividades de INTERESSE PÚBLICO e não podem exercer atividades de interesse privado. Ademais, não podem ter fins lucrativos.
183
É constitucional que a administração pública delegue poder de polícia a uma sociedade de economia mista de capital social majoritariamente público para fins de aplicação de multas de trânsito.
Incompleta, mas marcou como certa. é cabível, mas faltou que será através de LEI, e a SEM deverá prestar serviço público em regime não concorrencial. Acho que faltou muitas informações para ser considerada correta. RE 633782 STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. Fases que podem ser delegadas: Sanção. Fiscalização. Consentimento. Fase que NÃO pode ser delegada: ORDEM.
184
O abuso de poder pode decorrer tanto de condutas comissivas quanto de condutas omissivas da administração e, em ambos os casos, a ilicitude atinge o ato administrativo.
CERTO. O abuso de poder pode ocorrer de forma comissiva (= ação) ou omissiva. Na omissão, pode, por exemplo, deixar de praticar um ato visando interesse próprio. NÃO CONFUNDIR COM RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO QUE É O FUNDAMENTO PARA A RESPONSABILIZAÇÃO, TAMBÉM PODE SER ATO OMISSIVO E COMISSIVO: RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE ATOS LÍCITOS – Pauta-se no principio da isonomia e requer um efeito anormal para a vítima (particular) do ato produzido pelo Estado. RESPONSABILIDADE DECORRENTE DE ATOS ILÍCITOS – Pauta-se no Principio da legalidade.
185
A autorização legislativa é imprescindível para a alienação de controle acionário de empresas subsidiárias de sociedade de economia mista.
errada. 1) Em relação às Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista matrizes (Empresas-mãe) são exigíveis autorização legislativa e processo licitatório para a alienação do controle acionário; 2) No tocante às subsidiárias e controladas das Pessoas Jurídicas de Direito Privado acima citadas será dispensável a autorização legislativa, bem como a realização de processo de licitação pública para a alienação de controle acionário, bastanto, para tanto, a adoção de procedimento público competitivo.
186
O fomento, a intervenção administrativa, os serviços públicos e o poder de polícia são exemplos de atividades que integram o conceito de administração pública extroversa.
correto, A administração pública extroversa refere-se às ações da administração que se voltam para o controle, regulação e intervenção na sociedade ou em atividades externas, ou seja, ações que buscam garantir a ordem pública, o bem-estar social e a conformidade com as normas estabelecidas. Já a administração pública introversa é o conjunto de atividades internas que o governo realiza para se organizar e funcionar bem. São ações que acontecem dentro do próprio governo e não têm um impacto direto na sociedade.
187
O controle parlamentar caracteriza-se como um controle de mérito que visa apreciar a oportunidade ou a conveniência dos atos praticados pelo Poder Executivo.
errado. Controle parlamentar é um controle POLÍTICO/FINANCEIRO , o controle de mérito através do Poder Legislativo é uma exceção que deve estar prevista constitucionalmente. Apesar de não preponderar o controle de mérito, o Poder Legislativo atua na apreciação do mérito, no que concerne a economicidade do controle POLÍTICO exercido pelo Poder Legislativo. (CESPE/2018/STJ)Cabe ao Poder Legislativo o poder-dever de controle financeiro das atividades do Poder Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato administrativo sob o aspecto da economicidade.(certo) CONTROLE PARLAMENTAR DIRETO = CONGRESSO NACIONAL + ORGÃOS INTERNOS (POLITICO) CONTROLE PARLAMENTAR FINANCEIRO = CONGRESSO NACIONAL + TCU (FINANCEIRO)
188
Com base no poder de sustação, o Congresso Nacional pode sustar a eficácia de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem da competência deste, como decretos autônomos e medidas provisórias inconstitucionais.
errado. As medidas provisórias não decorrem do poder regulamentar e não se equiparam à delegação legislativa
189
A competência do Congresso Nacional para realizar controle de atos da administração pública permite que qualquer parlamentar, individualmente, requisite informações do Poder Executivo, com caráter obrigatório.
ERRADO: Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Atuarão de forma institucional e não individual como preceitua a questão.
190
A aplicação da sanção prevista em lei ao responsável por ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas é um exemplo de controle realizado pelo Poder Judiciário.
ERRADO, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
191
A consulta pública é exemplo de controle exercido pelo Poder Legislativo.
ERRADO, a consulta publica é controle popular ou social.
192
Os tribunais de contas, ao apreciarem as contas anuais do respectivo chefe do poder executivo, no ambito de tomada de contas especiais (TCE), podem condenar-lhe ao pagamento de multa ou débito, bem como aplicar-lhe outras sanções administrativas previstas em lei, independentemente de posterior aprovação pelo poder legislativo local.
CERTO. No âmbito da tomada de contas especial, é possível a condenação administrativa de Chefes dos Poderes Executivos municipais, estaduais e distrital pelos Tribunais de Contas, quando identificada a responsabilidade pessoal em face de irregularidades no cumprimento de convênios interfederativos de repasse de verbas, sem necessidade de posterior julgamento ou aprovação do ato pelo respectivo Poder Legislativo.Desse modo, os Temas 835 e 157 estão limitados ao aspecto da inelegibilidade prevista no art. 1º, inciso I, alínea “g”, da LC 64/90. STF. Plenário. ARE 1.436.197/RO, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/12/2023 (Repercussão Geral – Tema 1287) (Info 1121) Tomada de contas especial A Tomada de Contas Especial (TCE) é um processo administrativo realizado com o objetivo de apurar a responsabilidade pela ocorrência de dano à administração pública e de obter o respectivo ressarcimento Na espécie, a imputação de débito e multa resultante da constatação de irregularidades na execução de convênio, após o julgamento em TCE, não se confunde com a análise ordinária das contas anuais, a qual se materializa pela elaboração de parecer prévio, de natureza meramente opinativa, elaborado em sessenta dias a contar do recebimento daquelas (art. 71, I, CF/88
193
Não compete aos tribunais de contas examinar previamente a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público.
Correto.
194
A CF impede que o município crie o seu próprio tribunal de contas, mas permite que o estado-membro institua tribunal de contas dos municípios, incumbido de auxiliar o Poder Legislativo municipal no exercício de seu poder de controle externo.
CERTO A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4º), mas permite que os Estados-membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, rel. min. Octavio Gallotti – /DF, rel. min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as câmaras municipais no exercício de seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1º). Esses conselhos ou tribunais de contas dos Municípios – embora qualificados como órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º) – atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das câmaras de vereadores. A prestação de contas desses tribunais de contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1º), há de se fazer, por isso mesmo, perante o tribunal de contas do próprio Estado, e não perante a assembleia legislativa do Estado-membro. Prevalência, na espécie, da competência genérica do tribunal de contas do Estado (CF, art. 71, II, c/c art. 75). tribunal de contas dos municípios x tribunal de contas municipal ou do município
195
Ato administrativo discricionário publicado pelo Poder Executivo de um estado poderá ser objeto de ação judicial, sendo vedado ao Poder Judiciário apreciar os motivos da elaboração desse ato.
errado. O QUE O JUDICIÁRIO NÃO PODE APRECIAR É O MÉRITO DO ATO, AGORA A DISCRICIONARIEDADE PODE SIM, POIS SERÁ FEITA SOBRE A LEGALIDADE E LEGITIMIDADE. ALÉM DO MAIS O CESPE ESTÁ INTERDISCIPLINANDO CONCEITOS, POIS ACRESCENTOU O MOTIVO JÁ QUE QUANDO ESTE É EXPRESSO PRECISA SER VÁLIDO. A Administração Pública não será obrigada a motivar determinados atos. Porém, quando motivados ficarão vinculados ao ato, podendo o poder judiciário analisar o "motivo" vinculado ao ato se esse está cumprindo seu papel perante a legalidade. ------------------------------ * o poder judiciário, no exercício da função jurisdicional, não revoga atos administrativos, somente os anula, se houver ilegalidade ou ilegitimidade. > o judiciário pode apreciar os aspectos de legalidade e legitimidade dos elementos competência, finalidade e forma. Quanto aos elementos motivo e objeto, o judiciário pode verificar se a administração ultrapassou ou não os limites de discricionariedade, nesse caso, o controle judicial também é de legalidade e legitimidade ( e não de mérito).
196
É legítima a verificação pelo Poder judiciário da regularidade do ato discricionário da administração, no que se refere às suas causas, motivos e finalidade.
Correto. o judiciário pode apreciar os aspectos de legalidade e legitimidade dos elementos competência, finalidade e forma. Quanto aos elementos motivo e objeto, o judiciário pode verificar se a administração ultrapassou ou não os limites de discricionariedade, nesse caso, o controle judicial também é de legalidade e legitimidade ( e não de mérito).
197
Controle interno se refere, sempre, a atos de natureza administrativa.
certo. Ja foi cobrado antes Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PGE-AM Prova: CESPE - 2016 - PGE-AM - Procurador do Estado Acerca do controle administrativo interno e externo, julgue o item a seguir. O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. R: Certo. O controle interno é aquele que a Administração realiza sobre seus próprios atos. Ao nos referirmos a "Administração", queremos dizer qualquer dos Poderes da República (e não apenas o Executivo), desde que estejam agindo como administração pública, isto é, produzindo atos administrativos. Firmada esta premissa, o controle interno será aquele a recair sobre estes atos, e que sejam feitos pelo mesmo Poder, em âmbito administrativo. Na linha do exposto, a doutrina de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo: "O controle administrativo é um controle de legalidade e de mérito. É sempre um controle interno, porque é realizado por órgãos integrantes do mesmo Poder que praticou o ato. Deriva do poder da autotutela que a administração publica tem sobre seus próprios atos e agentes(... )"
198
Modalidade de controle interno (4)
Controle hierárquico proprio; Controle hierárquico improprio; Tutela ou controle finalístico (cuidado, é controle interno, apesar de nao existir subordinação ou hierarquica. Depende de lei) Controle interno financeiro orçamentário.
199
A anulação de ato administrativo que esteja em desacordo com súmula vinculante é, quanto à natureza, modalidade de controle de legalidade.
Quanto à natureza/parâmetro: 1 - DE LEGALIDADE 2 - DE MÉRITO
200
A responsabilidade civil da administração pública por danos ao meio ambiente, decorrente de sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter solidário, mas de execução subsidiária
Certo. Súmula 652 – A responsabilidade civil da administração pública por danos ao meio ambiente, decorrente de sua omissão no dever de fiscalização, é de caráter solidário, mas de execução subsidiária
201
A pessoa física delegatária de serviço público responderá objetivamente pelos danos que causar no desempenho de suas funções
(E) Pessoa física delegatária: Responsabilidade objetiva do Estado, MAS SUBJETIVA DA PESSOA FISICA É COMO SE A QUESTÃO TIVESSE PERGUNTANDO “O AGENTE PÚBLICO RESPONDE OBJETIVAMENTE? RESPOSTA NÃO, O ESTADO SIM, PRIMARIA, DIRETA E OBJETIVAMENTE, MAS O AGENTE PÚBLICO DE FORMA SUBJETIVA E SUBSIDIARIA. O ESTADO RESPONDE DE FORMA DIRETA, PRIMÁRIA E OBJETIVA PELOS DANOS QUE NOTÁRIOS E OFICIAIS DE REGISTRO, NO EXERCÍCIO DE SERVIÇO PÚBLICO POR DELEGAÇÃO, CAUSEM A TERCEIROS. X NÃO CONFUNDIR: Pessoa jurídica delegatária/concessionária: Responsabilidade subsidiária do Estado, MAS RESPONSABILIDADE OBJETIVA. É subsidiária a responsabilidade do Estado por danos causados por pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público a terceiros usuários e não usuários do serviço, apesar da natureza objetiva da obrigação (CORRETA)
202
Não há nexo de causalidade entre o prejuízo sofrido por investidores em decorrência de quebra de instituição financeira e a suposta ausência ou falha na fiscalização realizada pelo BACEN no mercado de capitais.
Correto. - STJ JURIS EM TESTES.
203
São nulas — por violarem os princípios da separação dos Poderes e da legalidade — as decisões judiciais que condicionam a rescisão de contratos de trabalho de empregados públicos não estáveis à prévia conclusão de negociação coletiva, de modo a impedir que o estado federado realize atos tendentes a descontinuar a atividade das fundações, sociedades de economia mista e autarquias estaduais.
Correto. RESUMO: São nulas — por violarem os princípios da separação dos Poderes e da legalidade — as decisões judiciais que condicionam a rescisão de contratos de trabalho de empregados públicos não estáveis à prévia conclusão de negociação coletiva, de modo a impedir que o estado federado realize atos tendentes a descontinuar a atividade das fundações, sociedades de economia mista e autarquias estaduais. STF. Plenário. ADPF 486/RS, julgado em 30/06/2023. (Info 1101 A extinção de entidades da Administração Pública indireta deve ser autorizada por lei, inexistindo outras condicionantes no texto constitucional
204
É constitucional a constituição de fundação pública de direito privado para a prestação de serviço público de saúde.
correto. Tese fixada: “É constitucional a constituição de fundação pública de direito privado para a prestação de serviço público de saúde.” RESUMO: Lei estadual pode autorizar a criação de fundação pública de direito privado para atuar na prestação de serviço público de saúde. STF. Plenário. ADI 4.197/SE, julgado em 28/02/2023 (Info 1085) Ademais, inexiste modelo pré-definido pela Constituição Federal para a prestação de tais serviços pelo poder público, razão pela qual deve prevalecer a autonomia de cada ente federativo para definir a forma mais eficiente de realizar as atividades correlatas (CF/1988, art. 18). Com relação ao regime de pessoal, a jurisprudência desta Corte entende que a relação jurídica mantida entre as fundações de direito privado instituídas pelo poder público e seus prestadores de serviço é regida pela CLT
205
É possível a compensação de créditos decorrentes da aquisição de imóveis em contrato administrativo firmado entre empresa pública e particular, mesmo sem autorização deste.
certo. DESTAQUE: É possível a compensação de créditos decorrentes da aquisição de imóveis em contrato administrativo firmado entre empresa pública e particular, mesmo sem autorização deste. STJ. Segunda Turma. REsp 1.913.122-DF, julgado em 12/9/2023, DJe 15/9/2023. (Info 789) Quanto à possibilidade de compensação, o art. 54 da Lei n. 8.666/1993 estabelece que as regras do Direito Privado podem ser utilizadas supletivamente no âmbito dos contratos admirativos. À luz dessa previsão legal, é possível que o instituto da compensação, modalidade de extinção das obrigações, seja aplicado ao caso concreto,
206
É INCONSTITUCIONAL a vedação à posse em cargo público de candidato(a) aprovado(a) que, embora tenha sido acometido(a) por doença grave, não apresenta sintoma incapacitante nem possui restrição relevante que impeça o exercício da função pretendida
certo. Tese fixada: “É INCONSTITUCIONAL a vedação à posse em cargo público de candidato(a) aprovado(a) que, embora tenha sido acometido(a) por doença grave, não apresenta sintoma incapacitante nem possui restrição relevante que impeça o exercício da função pretendida (CF, arts. 1º, III, 3º, IV, 5º, caput, 37, caput, I e II).” RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violação dos arts. 1º, III, 3º, IV, 5º, “caput”, 37, “caput”, I e II, da CF/1988 — a vedação à posse em cargo público de candidato(a) que esteve acometido(a) de doença grave, mas que não apresenta sintomas atuais de restrição para o trabalho. STF. Plenário. RE 886.131/MG, julgado em 30/11/2023. (Info 1119)
207
A suspensão dos direitos políticos prevista no artigo 15, III, da Constituição Federal (‘condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos’) não impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público
certo.!! vai cair!! Tese fixada: “A suspensão dos direitos políticos prevista no artigo 15, III, da Constituição Federal (‘condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos’) não impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, desde que não incompatível com a infração penal praticada, em respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho (CF, art. 1º, III e IV) e do dever do Estado em proporcionar as condições necessárias para a harmônica integração social do condenado, objetivo principal da execução penal, nos termos do artigo 1º da LEP (Lei nº 7.210/84). O início do efetivo exercício do cargo ficará condicionado ao regime da pena ou à decisão judicial do juízo de execuções, que analisará a compatibilidade de horários.” RESUMO: É possível a nomeação e a posse de condenado criminalmente, de forma definitiva, devidamente aprovado em concurso público, desde que haja compatibilidade entre o cargo a ser exercido e a infração penal cometida, sendo que o efetivo exercício dependerá do regime de cumprimento da pena e da inexistência de conflito de horários com a jornada de trabalho. STF. Plenário. RE 1.282.553/RR, julgado em 04/10/2023. (Info 1111) Tema 1.190 de Repercussão Geral.
208
O candidato estrangeiro tem direito líquido e certo à nomeação em concurso público para provimento de cargos de professor, técnico e cientista em universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais, nos termos do art. 207, §1º, da Constituição Federal, salvo se a restrição da nacionalidade estiver expressa no edital
Certo. Tese fixada: “O candidato estrangeiro tem direito líquido e certo à nomeação em concurso público para provimento de cargos de professor, técnico e cientista em universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais, nos termos do art. 207, §1º, da Constituição Federal, salvo se a restrição da nacionalidade estiver expressa no edital docertame com o exclusivo objetivo de preservar o interesse público e desde que, sem prejuízo de controle judicial, devidamente justificada.” RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por violar o princípio da isonomia (CF/1988, art. 5º, “caput”) e a norma que estabelece às universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica a possibilidade de prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros (CF/1988, art. 207, §1º) — a negativa de nomeação de aprovado em concurso público para cargo de professor em instituto federal, fundada apenas em motivo de nacionalidade. STF. Plenário. RE 1.177.699/SC, julgado em 24/03/2023. (Info 1088) (Tema 1.032 de Repercussão Geral).
209
O terço constitucional de férias e a gratificação natalina integram a base de cálculo do abono permanência
correto. DESTAQUE: O terço constitucional de férias e a gratificação natalina integram a base de cálculo do abono permanência. STJ. Primeira Turma. AgInt no REsp 1.971.130-RN, julgado em 4/9/2023, DJe 6/9/2023. (Info 790) O entendimento desta Corte Superior é no sentido de que o abono de permanência é uma vantagem de caráter permanente, incorporando-se ao patrimônio jurídico do servidor de forma irreversível, e insere-se no conceito de remuneração do cargo efetivo.
210
É constitucional o art. 23, caput, da Emenda Constitucional 103/2019, que fixa novos critérios de cálculo para a pensão por morte no Regime Geral e nos Regimes Próprios de Previdência Social
certo. vai cair!!! Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento). § 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5 (cinco). § 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica
211
Somente os servidores públicos civis detentores de cargo efetivo (art. 40, CF, na redação dada pela EC 20/98) são vinculados ao regime próprio de previdência social,
certo. Tese fixada: “Somente os servidores públicos civis detentores de cargo efetivo (art. 40, CF, na redação dada pela EC 20/98) são vinculados ao regime próprio de previdência social, a excluir os estáveis nos termos do art. 19 do ADCT e os demais servidores admitidos sem concurso público.” STF. Plenário. RE 1.426.306/TO, julgado em 13/06/2023. (Info 1098) (Tema 1.254 de Repercussão Geral).
212
A equiparação de carreira de nível médio a outra de nível superior constitui forma de provimento derivado vedada pelo art. 37, II, da CF/88.”
certo. Tese fixada: “A equiparação de carreira de nível médio a outra de nível superior constitui forma de provimento derivado vedada pelo art. 37, II, da CF/88.” RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — por força da regra do concurso público (CF/1988, art. 37, II) — lei estadual que, ao reestruturar determinada carreira, permite a transposição de servidores para cargos com atribuições e requisitos de ingresso distintos daqueles exigidos na ocasião do provimento originário. STF. Plenário. ADI 5.510/PR, julgado em 02/06/2023. (Info 1097)
213
É INCONSTITUCIONAL — tendo em vista a vedação expressa do art. 37, XIII, da CF/1988, a autonomia federativa (CF/1988, art. 39, § 1º) e a exigência de lei específica para reajustes — a vinculação ou equiparação entre agentes públicos de entes federativos distintos para obtenção de efeitos remuneratórios
certo. É INCONSTITUCIONAL — tendo em vista a vedação expressa do art. 37, XIII, da CF/1988, a autonomia federativa (CF/1988, art. 39, § 1º) e a exigência de lei específica para reajustes — a vinculação ou equiparação entre agentes públicos de entes federativos distintos para obtenção de efeitos remuneratórios. STF. Plenário. ADI 7.264/TO, julgado em 19/05/2023. (Info 1096)
214
O valor recebido por Ministros de Estado pela participação em conselhos de empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, não se submete ao teto remuneratório constitucional
certo. DESTAQUE: O valor recebido por Ministros de Estado pela participação em conselhos de empresas públicas e sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, não se submete ao teto remuneratório constitucional, SALVO no caso de as estatais receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. STJ. Segunda Turma. AC 46-RS, julgado em 23/05/2023. (Info 776)
215
É constitucional norma estadual que impede a exoneração a pedido e a aposentadoria voluntária de servidor que responde a processo administrativo disciplinar (PAD). Contudo, é possível conceder a aposentadoria ao investigado quando a conclusão do PAD não observar prazo razoável.
certo. RESUMO: É constitucional norma estadual que impede a exoneração a pedido e a aposentadoria voluntária de servidor que responde a processo administrativo disciplinar (PAD). Contudo, é possível conceder a aposentadoria ao investigado quando a conclusão do PAD não observar prazo razoável. STF. Plenário. ADI 6.591/DF, julgado em 02/05/2023. (Info 1092)
216
Por analogia, aplica-se aos servidores públicos estaduais e municipais que são pais ou cuidadores legais de pessoas com deficiência o direito à jornada de trabalho reduzida, sem necessidade de compensação de horário ou redução de vencimentos, nos moldes previstos para os servidores públicos federais na Lei 8.112/1990
certo. Tese Fixada: “Aos servidores públicos estaduais e municipais é aplicado, para todos os efeitos, o art. 98, § 2° e § 3°, da Lei 8.112/1990.” RESUMO: Por analogia, aplica-se aos servidores públicos estaduais e municipais que são pais ou cuidadores legais de pessoas com deficiência o direito à jornada de trabalho reduzida, sem necessidade de compensação de horário ou redução de vencimentos, nos moldes previstos para os servidores públicos federais na Lei 8.112/1990. STF. Plenário. RE 1.237.867/SP. Julgado em 16/12/2022. (Info 1080) (Tema 1.097 de Repercussão Geral)
217
Não ocorre renúncia tácita à prescrição (art. 191 do Código Civil), a ensejar o pagamento retroativo de parcelas anteriores à mudança de orientação jurídica, quando a Administração Pública, inexistindo lei que, no caso concreto, autorize a mencionada retroação, reconhece administrativamente o direito pleiteado pelo interessado
certo. DESTAQUE: Não ocorre renúncia tácita à prescrição (art. 191 do Código Civil), a ensejar o pagamento retroativo de parcelas anteriores à mudança de orientação jurídica, quando a Administração Pública, inexistindo lei que, no caso concreto, autorize a mencionada retroação, reconhece administrativamente o direito pleiteado pelo interessado. STJ. Primeira Seção. REsp 1.925.192-RS, REsp 1.925.193-RS, REsp 1.928.910-RS, julgado em 13/9/2023. (Info 787) (Tema 1109 de Recursos Repetitivos).
218
A falta de intimação do servidor público, após a apresentação do relatório final pela comissão processante, em processo administrativo disciplinar, não configura ofensa às garantias do contraditório e da ampla defesa, ante a ausência de previsão legal
cuidado!!! questão boa para cair. certo. DESTAQUE: A falta de intimação do servidor público, após a apresentação do relatório final pela comissão processante, em processo administrativo disciplinar, não configura ofensa às garantias do contraditório e da ampla defesa, ante a ausência de previsão legal. STJ. Primeira Seção. MS 22.750-DF, julgado em 09/08/2023, DJe 15/08/2023. (Info 784)
219
É imprescritível a pretensão de ressarcimento ao erário decorrente da exploração irregular do patrimônio mineral da União
correto. Tese fixada: “É imprescritível a pretensão de ressarcimento ao erário decorrente da exploração irregular do patrimônio mineral da União, porquanto indissociável do dano ambiental causado.” RESUMO: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário, decorrentes de lavra mineral efetuada em desacordo com a licença concedida, tendo em conta a degradação ambiental e a especial proteção constitucional atribuída ao meio ambiente e aos recursos minerais. STF. Plenário. RE 1.427.694/SC, julgado em 01/09/2023. (Info 1106) (Tema 1.268 de Repercussão Geral)
220
Os Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não podem instituir e cobrar anuidade das sociedades de advogados.
certo. DESTAQUE: Os Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil não podem instituir e cobrar anuidade das sociedades de advogados. STJ. Primeira Seção. REsp 2.015.612-SP e REsp 2.014.023-SP, julgado em 25/10/2023. (Info 793) Tema 1179 de Recursos Repetitivos
221
Aplica-se o prazo prescricional de 5 anos, nos termos do art. 1º do Decreto n. 20.910/1932, à ação de ressarcimento de benefício previdenciário pago indevidamente, quando comprovada a má-fé do benefíciário
certo. sim, é comprovada má-fé do beneficiário. DESTAQUE: Aplica-se o prazo prescricional de 5 anos, nos termos do art. 1º do Decreto n. 20.910/1932, à ação de ressarcimento de benefício previdenciário pago indevidamente, quando comprovada a má-fé do benefíciário. STJ. Segunda Turma. AgInt no REsp 1.998.744-RJ, julgado em 06/03/2023, DJe 10/03/2023. (Info 768) O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 669.069/MG, em sede de repercussão geral, consolidou a orientação de que é prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. [...] Acerca do tema, esta Corte entende que (i) configurada a má-fé do beneficiário no recebimento dos valores e (ii) na ausência de prazo prescricional específico definido em lei, é aplicável o prazo disposto no art. 1º do Decreto n. 20.910/1932, em respeito aos princípios da isonomia e simetria.
222
Para a caracterização do crime de abuso de autoridade, é preciso que o agente esteja no exercício de suas funções públicas.
ERRADO. Se o agente público estiver fora do exercício de suas funções, mas invocar essa condição para praticar o ato, ainda poderá configurar o crime de abuso de autoridade. Lei nº 13.869/2019, Art. 1º: "Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído".
223
A Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro determina que as instituições financeiras e demais entidades sujeitas à sua regulamentação mantenham os registros de transações financeiras em um sistema informatizado por, no mínimo, quinze anos, a fim de garantir a rastreabilidade das operações financeiras
GABARITO: QUESTÃO ERRADA! JUSTIFICATIVA: A Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro determina que as instituições financeiras e demais entidades sujeitas à sua regulamentação mantenham os registros de transações financeiras em um sistema informatizado por, no mínimo, CINCO anos, a fim de garantir a rastreabilidade das operações financeiras. LEI 9.613/1998 Art. 10, §2º Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II deste artigo deverão ser conservados durante o período mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela autoridade competente.
224
A comunicação de operações financeiras suspeitas às autoridades competentes deve ser realizada sem a ciência do cliente proprietário da conta, a fim de se evitar o comprometimento de eventuais investigações.
CERTO. FUNDAMENTO LEGAL: Lei 9.613/98 Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º: (...) II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a proposta ou realização:
225
Não é hediondo o delito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido, ainda que com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado.
VAI CAIR DEMAIS!!! Súmula 668-STJ: Não é hediondo o delito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido, ainda que com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado.STJ. 3ª Seção. Aprovada em 18/4/2024 (Info 808). Lembrando que: Raspou? Restritou!
226
Se o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido for praticado por um integrante das Forças Armadas, a pena aplicável a ele será aumentada da metade.
ERRADO. O crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido está no art. 12. Logo, não há causa de aumento. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 (COMERCIO ILEGAL ARMA DE FOGO) e 18 (TRAF. INT. ARMA DE FOGO), a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18 (PORTE, DISPARO, POSSO OU PORTE REST/PROIBIDO, COMERCIO E TRAFICO INTERNACIONAL), a pena é aumentada da metade se: I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
227
Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, relativos ao crime de racismo, a vítima deve estar acompanhada de advogado ou defensor público.
Certo. notar que sao em todos os atos PROCESSUAIS e engloba cível e criminal. não confundir com lmp. Lei de Racismo: Art. 20-D. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a vítima dos crimes de racismo deverá estar acompanhada de advogado ou defensor público. LMP: Art. 27 Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar DEVERÁ estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei (para a representação pelas medidas protetivas ela NÃO precisa estar acompanhada de advogado)
228
A criação de empresas fictícias para emitir notas fiscais falsas, com a finalidade de reduzir a carga tributária, configura crime contra a ordem tributária, mesmo que não ocorra efetivo prejuízo ao erário.
certo. Lei 8.137-90 Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude (no caso ocorreu com criação de empresas fictícias), para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo; (Não há exigência de constituição definitiva do crédito tributário neste inciso) ART. 1º - Crimes materiais [exceto o inciso V] Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Art. 2º - Crimes formais [independem da constituição do crédito tributário] Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
229
O condenado por crime de abuso de autoridade será obrigado a indenizar o dano causado, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo da indenização.
Lei n.º 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; GABARITO: CERTO.
230
O recolhimento de valores a menor relativos a tributos, ainda que não comprovada fraude dolosa, configura ilícito fiscal passível de pena de reclusão.
errado. Os tipos penais da lei não se cogita da existência da modalidade culposa Jurisprudência: O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para preencher o tipo subjetivo do crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei 8.137/90) (STJ - Informativo: 753) - exige dolo específico não confundir com: O STJ entende ser típica a conduta de deixar de repassar ao fisco o ICMS indevidamente apropriado. A ausência de fraude na apuração do tributo não é pressuposto desse delito, visto que ele não é praticado na clandestinidade. A conduta dolosa consiste na consciência de não recolher o valor do tributo devido. (STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp n. 1.877.226/SC, relator Ministro Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/10/2022) ou seja precisa de dolo em todos os crimes contra ordem tributario, o que o crime de apropriação indebita tributaria dispensa é a fraude. " deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;"
231
unico crime da lei de tortura que é próprio?
ii - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal.
232
unico crime da lei de tortura que não exige especial fim de agir?
§1º (tortura pela simples tortura) - na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermeédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. *lembrar que ele NÃO É PROPRIO.
233
unico crime na lei de tortura que não é equiparado a hediondo?
§2º aquele que se omite em face dessas condutas quando tinha o dever de evita-las ou apura-las....
234
todo crime de homicídio qualificado é considerado hediondo.
errado. não será hediondo o homicídio hibrido (acompanhado de privilégio)
235
é hediondo o homicídio cometido em atividade típica de mílicia.
errado. o hediondo é em atividade típica de grupo de exterminio, ainda que cometido por um so agente.
236
a falsificação de cheque ou testamento particular é falsificação de documento particular.
Errado. são equiparados a doc publicos Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. *CUIDADO, CARTÃO DE CRÉDITO É PARTICULAR!!!!
237
O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pessoa, constitui infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido praticado contra menor de dezoito anos de idade qualifica o crime
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: Pena - reclusão, de um a três anos. →O crime tem apenas uma conduta – PRIVAR – por isso é não é de Ação múltipla. A pegadinha é que ele tem dois meios para ser praticado: o seqüestro ou o cárcere privado, mas apenas uma conduta. § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena - reclusão, de dois a oito anos.
238
A respeito do delito de redução a condição análoga à de escravo, julgue o item subsecutivo. O sujeito ativo no delito em apreço poderá ser qualquer pessoa, embora, em regra, seja o empregador ou seus prepostos, e o sujeito passivo só poderá ser alguém vinculado a determinada relação de trabalho
(CERTO) Trata-se de crime COMUM, pois qualquer pessoa pode cometer, nada obstante o delito seja normalmente cometido pelo empregado ou por seus prepostos
239
CESPE: No que se refere ao trabalho em condições análogas às de escravo, a conduta que configura o sistema de barracão, ou truck system, consiste em: restringir, por qualquer meio, a locomoção de alguém, em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.
certo. CESPE: I É necessária a restrição da liberdade de ir e vir do trabalhador para que haja a configuração do trabalho em condições análogas às de escravo. (FALSO) II O trabalho em condições análogas às de escravo pode ser configurado pela submissão do trabalhador à jornada exaustiva e a condições degradantes de trabalho. (CERTO) ☛ INFORMATIVO 543 STJ - O delito pode ser praticado por meio de outras condutas como no caso em que os trabalhadores são sujeitados a condições degradantes, subumanas. IlI Na configuração do trabalho em condições análogas às de escravo, o cerceamento de liberdade pode decorrer de constrangimentos econômicos e não necessariamente físicos. (CERTO)
240
A captação clandestina de sinal de TV por assinatura configura o crime de furto, conforme a jurisprudência do STF
O SINAL DE TV A CABO NÃO é considerado ENERGIA para fins de FURTO. STF, Relator (a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 12/04/2011. No mesmo sentido o STJ: CC 173.968/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2020, DJe 18/12/2020.
241
Em se tratando de crime de extorsão, não se admite tentativa
falso. Se o agente constrange a vítima, mas ela não faz o que foi exigido ▸ Tentativa Se o agente constrange a vítima e ela faz o que foi exigido, mas não se consegue a vantagem econômica ▸ Consumado Se o agente constrange a vítima, ela faz o que foi exigido e se consegue a vantagem econômica▸ Consumado
242
Não há crime quando o agente transmite e divulga cenas pornográficas que envolvam pessoa com 16 anos de idade, devidamente identificada, no caso de se destinarem a fins acadêmicos
errado. Exclusão de ilicitude § 2º NÃO HÁ CRIME quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que IMPOSSIBILITE a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, CASO SEJA MAIOR DE 18 (DEZOITO) ANO
243
Situação hipotética: Mário, aliciador de garotas de programa, induziu Bruna, de quinze anos de idade, a manter relações sexuais com várias pessoas, com a promessa de uma vida luxuosa. Bruna decidiu não se prostituir e voltou a estudar. Assertiva: Nessa situação, é atípica a conduta de Mário.
(FALSO) ☛ Ao INDUZIR Bruna à prostituição, já se caracteriza o crime.
244
Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfico envolvendo adolescente, como meio de vingança pelo término de relacionamento, configura crime específico previsto no ECA, o que afasta a incidência do novo tipo penal previsto no art. 218-C do Código Penal
certo. Cuidado! Se a vítima for pessoa MENOR DE 18 ANOS, o delito será o do art. 241 ou o do art. 241-A do ECA: Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
245
Segundo o atual Código Penal, constitui crime contra a dignidade sexual o aliciamento de pessoa, mediante abuso, para fim de exploração sexual
(FALSO) Aliciar + mediante abuso + para fim de exploração sexual = Tráfico de pessoas É crime contra a liberdade pessoal ------------------------------------------- NÃO CONFUNDIR COM Inclui-se entre os crimes contra a dignidade sexual, descrito no Código Penal, a promoção, por qualquer meio, de entrada ilegal de brasileiro em país estrangeiro, com a finalidade de OBTENÇÃO DE VANTAGEM ECONÔMICA. (CERTO) CRIME DE PROMOÇÃO DE MIGRAÇÃO ILEGAL Finalidade: obter vantagem econômica Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro (Crime contra a dignidade sexual)
246
O sistema de consulta processual envolvendo crimes contra a dignidade sexual, tornará de acesso público o nome completo do réu, seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a tipificação penal do fato a partir da condenação em primeira instância pelos crimes tipificados nos arts. 213, 216-B, 217-A, 218-B, 227, 228, 229 e 230 deste Código, inclusive com os dados da pena ou da medida de segurança imposta, ressalvada a possibilidade de o juiz fundamentadamente determinar a manutenção do sigilo.
correto! lei de 2024 Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1º O sistema de consulta processual tornará de acesso público o nome completo do réu, seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a tipificação penal do fato a partir da condenação em primeira instância pelos crimes tipificados nos arts. 213, 216-B, 217-A, 218-B, 227, 228, 229 e 230 deste Código, inclusive com os dados da pena ou da medida de segurança imposta, ressalvada a possibilidade de o juiz fundamentadamente determinar a manutenção do sigilo. (Incluído pela Lei nº 15.035, de 2024) § 2º Caso o réu seja absolvido em grau recursal, será restabelecido o sigilo sobre as informações a que se refere o § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 15.035, de 2024) § 3º O réu condenado passará a ser monitorado por dispositivo eletrônico.
247
A associação criminosa, denominação atual do antigo crime de quadrilha ou bando, por ser crime material, só se realiza quando mais de três pessoas se reúnem, em caráter estável e permanente, para o cometimento de crimes
(FALSO) Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. ☛ Associação criminosa é crime FORMAL, de consumação antecipada ou resultado cortado
248
No crime de associação criminosa, incide causa de aumento de pena o fato de a associação ser armada ou haver participação de criança ou de adolescente. (
(CERTO) Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
249
Caso José seja denunciado pelo crime de associação criminosa, ele poderá valer-se, antes ou após a prolação da sentença, da colaboração premiada para identificar os demais fiscais que participaram do delito. Se a colaboração for posterior à sentença, será admitida a progressão de regime prisional ao colaborador, ainda que ausentes os requisitos objetivos para a sua concessão
(CERTO) Informativo 690 do STF: é possível aplicar os benefícios da colaboração premiada nos casos em que não há previsão expressa
250
CESPE 2024 - VAI CAIR: Para a configuração dos crimes contra a fé pública, como o delito de moeda falsa, é PRESCINDÍVEL a existência de um sujeito passivo específico e determinado.
(CERTO) A fé pública é a crença na veracidade dos documentos, símbolos e sinais que são empregados pelo homem em suas relações em sociedade. Sujeito passivo é o Estado e mediatamente, a pessoa física ou jurídica prejudicada pela conduta criminosa
251
O crime de moeda falsa, em qualquer de suas hipóteses, consuma-se no momento em que a moeda é colocada em circulação, desde que a falsificação seja convincente
(FALSO) Verbo: falsificar ➤ Falsificou, o crime se consuma Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país OU NO ESTRANGEIRO:
252
A conduta do agente pode recair sobre moeda estrangeira, ainda que não tenha curso legal no país de origem
(FALSO) → CURSO LEGAL NO PAÍS OU NO ESTRANGEIRO Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país OU NO ESTRANGEIRO
253
Os crimes relacionados aos petrechos para falsificação de moeda somente são punidos se o sujeito ativo realizar o crime a título oneroso.
(FALSO) Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
254
Quando representar crime-meio para a falsificação de papéis públicos, o crime de petrechos de falsificação deverá ser absorvido pelo crime-fim.
CERTO)
255
A conduta do comerciante de dolosamente alterar parte das informações dos livros mercantis da sua empresa configura o crime de falsificação de documento particular
(FALSO) § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
256
Comete o crime de falsificação de documento público o servidor responsável pela folha que insere pessoa que não esteja na condição de segurado obrigatório em documento destinado a fazer prova perante a previdência social
(CERTO) § 3 Nas mesmas penas incorre quem INSERE ou FAZ INSERIR: [modalidades equiparadas - são espécies de “falsidade ideológica, inseridas neste artigo por erro do legislador] I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
257
O empresário que inserir na carteira de trabalho e previdência social de seu empregado declaração diversa da que deveria ter escrito cometerá o crime de falsidade ideológica
(FALSO) 297 - falsificação de documento público § 3 Nas mesmas penas incorre quem INSERE ou FAZ INSERIR: [modalidades equiparadas - são espécies de “falsidade ideológica, inseridas neste artigo por erro do legislador] I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.
258
A prática da clonagem de cartão de crédito constitui o crime de falsidade ideológica
(FALSO) Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
259
A inexistência do dolo específico, como a finalidade de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, por exemplo, acarreta a atipicidade do crime de falsidade ideológica
certo. Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, COM O FIM DE PREJUDICAR DIREITO, CRIAR OBRIGAÇÃO ou ALTERAR A VERDADE sobre fato juridicamente relevante:
260
A configuração do delito de falsidade ideológica exige a comprovação da intenção de prejudicar terceiros
(FALSO) Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, COM O FIM DE PREJUDICAR DIREITO, CRIAR OBRIGAÇÃO ou ALTERAR A VERDADE sobre fato juridicamente relevante
261
O delito de falsidade ideológica envolve a utilização de documentos materialmente modificados
(Falso) No crime de falsidade ideológica, a forma material do documento é inalterada, sendo falso apenas o conteúdo nele inserido. (CERTO)
262
Para a configuração do crime de falsidade ideológica, é imprescindível a ocorrência de dano efetivo mediante a apresentação do documento cuja verdade foi juridicamente alterada
(FALSO) A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, a falsidade ideológica se consuma no momento em que é praticada a conduta. [STJ. 3ª Seção. RvCr 5.233-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 13/05/2020 (Info 672).
263
Lauro, condutor não habilitado, no intuito de se precaver em eventual fiscalização ao dirigir sua motocicleta pela cidade, foi até uma delegacia de polícia e registrou boletim de ocorrência de perda de CNH inexistente. Nessa situação hipotética, a conduta de Lauro configurou Falsidade ideológica.
certo.
264
O agente que faz declaração falsa na inscrição definitiva da Ordem dos Advogados do Brasil, afirmando que não exercia qualquer atividade profissional: pratica falsidade ideológica de documento particular
☛ Se a Ordem dos Advogados do Brasil não é considerada autarquia, nem faz parte da Administração Indireta da União, os documentos por ela emitidos são considerados PARTICULARES. [STJ]
265
O Código Penal comina penas diferentes nas hipóteses de falsidade ideológica, a depender da natureza pública ou particular do documento
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é particular.
266
Em se tratando do crime de falsidade ideológica, o prazo prescricional se reinicia com a eventual reiteração de seus efeitos.
FALSO) Informativo 672-STJ: A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no tempo. A despeito dos efeitos que possam, ou não, gerar, a falsidade ideológica se consuma no momento em que é praticada a conduta. Diante desse contexto, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva é o momento da consumação do delito (e não o da eventual reiteração de seus efeitos).
267
Segundo o entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), inserir informação falsa em currículo Lattes configura: CONDUTA ATÍPICA.
→ O STJ decidiu no RHC 81.451-RJ que “Não é típica a conduta de inserir, em currículo Lattes, dado que não condiz com a realidade
268
O indivíduo foragido do sistema carcerário que utiliza carteira de identidade falsa perante a autoridade policial para evitar ser preso pratica o crime de falsa identidade
(FALSO) → A falsa identidade não envolve a apresentação de documento falso, ou seja, o agente apenas se atribui um nome falso.
269
Ao participar de um concurso público, um candidato foi flagrado utilizando um aparelho eletrônico transmissor e receptador de mensagens, com o objetivo de fraudar o certame. Nessa situação, o candidato praticou o crime de estelionato.
errado. antes de 2012 era atípico agora é 311-A Com a previsão do art. 311-A do CP, não tenho dúvidas de que a “cola eletrônica” passou a ser criminalizada
270
Os crimes funcionais estão sujeitos à extraterritorialidade condicionada da lei penal brasileira
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
271
O peculato-malversação é caracterizado pelo emprego indevido de verbas ou rendas públicas mediante aplicação diversa daquela estabelecida em lei, ainda que em favor da própria administração pública
FALSO) Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem MOVELLLLLLLLL, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Peculato-Malversação – quando o funcionário público se apropria de bem PARTICULAR que esteja sob guarda, vigilância ou custódia da Administração Pública.
272
Para a consumação do crime de peculato-desvio, por ser crime formal, não se exige que o funcionário público ou o terceiro obtenha os recursos desviados, bastando que desvie o bem em proveito próprio ou alheio.
(CERTO) STJ - JURIS EM TESES: 11) A consumação do crime de peculato-desvio (art. 312, caput, 2ª parte, do CP) ocorre no momento em que o funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel, em proveito próprio ou de terceiro, ainda que não obtenha a vantagem indevida.
273
Para a caracterização do crime de peculato-desvio, é necessário apenas que o funcionário público tenha a posse do bem público em razão do cargo, sendo irrelevante que ele efetivamente desvie o bem para benefício próprio ou de terceiro
errado. muito cuidado questao de 2024 CUIDADO, EXIGE QUE DESVIE EFETIVAMENTE O BEM, SENDO IRRELEVANTE A OBTEÇÃO DOS RECUROS POR SER FORMAL, MAS SE NÃO DESVIAR NÃO TEM CRIME CONSUMADO. STJ - JURIS EM TESES: 11) A consumação do crime de peculato-desvio (art. 312, caput, 2ª parte, do CP) ocorre no momento em que o funcionário efetivamente desvia o dinheiro, valor ou outro bem móvel, em proveito próprio ou de terceiro, ainda que não obtenha a vantagem indevida.
274
vai cair!!! Na situação em que o agente se apropria ilicitamente de recursos públicos e deixa de declarar e recolher o tributo incidente sobre os valores indevidamente apropriados, é possível a instauração de ações penais individualizadas para os crimes de peculato e sonegação fiscal
(CERTO) STJ - JURIS EM TESES: 13) A instauração de ação penal individualizada para os crimes de peculato e sonegação fiscal em relação aos valores indevidamente apropriados não constitui bis in idem
275
Se um servidor público, valendo-se de seu cargo, apropriou-se, temporariamente, de equipamentos de informática da repartição e os manteve em residência para uso particular, durante alguns dias, não se configura o crime de peculato
(CERTO) O STF considerou atípica a conduta de “peculato de uso” de um veículo para a realização de deslocamentos por interesse particular. STF. 1ª Turma. HC 108433 AgR/MG, rel. Min. Luiz Fux, 25/6/2013 (Info 712).
276
Suponha que um funcionário público, sem ter a posse direta de bem móvel sob o poder da administração, concorreu para que tal bem fosse subtraído em proveito de terceiro, valendo-se da facilidade que o cargo público lhe oferecia. Nesse caso, o funcionário público praticou o crime de peculato
1º - Aplica-se a MESMA PENA, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o SUBTRAI, ou CONCORRE PARA QUE SEJA SUBTRAÍDO, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. PECULATO FURTO = CRIME MATERIAL
277
É cabível a extinção da punibilidade pelo crime de peculato culposo caso seja efetuada reparação do dano em momento anterior à sentença irrecorrível
CERTO. CESPE: No peculato culposo, a reparação do dano funciona como causa de extinção de punibilidade se precede a sentença recorrível; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. (FALSO) CESPE: No peculato culposo, a reparação integral do prejuízo causado à administração pública autoriza a redução da pena, ainda que tal reparação seja posterior ao trânsito em julgado da sentença condenatória. (CERTO) § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
278
CESPE: Pedro, diretor de uma escola estadual, desviou, de forma livre e consciente, em proveito próprio e ao longo de alguns meses, parte dos alimentos da merenda escolar dos alunos. Por temer futura fiscalização, Pedro restituiu, paulatinamente, todos os alimentos desviados. O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Pedro pela prática do crime de peculato. Nessa situação, a reparação do dano precedente à sentença irrecorrível extingue a punibilidade de Pedro, mas, se lhe for posterior, a pena imposta será reduzida à metade
(FALSO) STJ - JÚRIS EM TESES: 12) A reparação do dano antes do recebimento da denúncia não exclui o crime de peculato doloso, diante da ausência de previsão legal, podendo configurar arrependimento posterior, nos termos do art. 16 do CP.
279
O peculato-estelionato é caracterizado pela apropriação de dinheiro ou utilidade recebida, no exercício do cargo, em razão de erro da vítima dolosamente provocado pelo agente
(FALSO) Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. - O erro do ofendido DEVE SER ESPONTÂNEO, pois, se provocado pelo funcionário, poderá configurar o crime de estelionato.
280
O servidor responsável pela folha que introduz registro incorreto no sistema do RPPS, a fim de reduzir o benefício de alguém, causando-lhe dano, comete o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações
(CERTO) Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário AUTORIZADO, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: ・Funcionário autorizado ・Finalidade: obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano
281
CESPE: O auditor fiscal que excluir indevidamente dívida tributária do banco de dados da secretaria de fazenda, no intuito de beneficiar determinado contribuinte, permitindo a expedição de certidão negativa, cometerá o crime de falsidade ideológica
(FALSO) Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário AUTORIZADO, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: ・Funcionário autorizado ・Finalidade: obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano
282
Será sujeito ativo do crime de emprego irregular de verbas públicas somente o servidor que tenha o poder de administração das verbas.
(CERTO) Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei. ・Crime próprio - o sujeito ativo não é qualquer funcionário público, mas apenas aquele que tenha o poder de administração de verbas ou rendas públicas. ・O desvio é em prol da própria administração pública. Caso contrário, será crime de peculato. ・Crime material = consuma-se com a efetiva aplicação das verbas em lugar diverso. ・Cabe tentativ
283
CESPE 2024: No crime de concussão, a vantagem indevida deve ser exigida pelo funcionário público em proveito próprio, não se configurando o crime se a exigência for feita por terceiro em nome do funcionário.
(FALSO) Art. 316 - Exigir, PARA SI OU PARA OUTREM, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
284
CESPE 2024: Para a caracterização do crime de concussão, é necessário que o agente público, abusando de sua autoridade, exija a vantagem indevida mediante grave ameaça à vítima
(FALSO) STJ - JÚRIS EM TESES: 21) Comete o crime de extorsão e não o de concussão, o funcionário público que se utiliza de violência ou grave ameaça para obter vantagem indevida.
285
O funcionário público que, ao cobrar multa do contribuinte, emprega meio vexatório ou gravoso pratica crime de excesso de exação.
(FALSO) → EXCESSO DE EXAÇÃO É TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. Art. 316. § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza
286
Um funcionário público que cobrar de particular multa de forma acintosa praticará conduta atípica
(CERTO) → EXCESSO DE EXAÇÃO É TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.
287
CESPE 2024: Funcionário público que exige tributo indevido comete o delito de excesso de exação, punível em sua forma dolosa ou culposa.
(FALSO) SÓ DOLO!!!
288
O crime de corrupção passiva praticado por meio das condutas de “aceitar promessa” ou “solicitar” é formal e se consuma com a mera solicitação ou aceitação da vantagem indevida.
(CERTO) STJ - JÚRIS EM TESES: 18) O crime de corrupção passiva praticado pelas condutas de “aceitar promessa” ou “solicitar” é formal e se consuma com a mera solicitação ou aceitação da vantagem indevida. #SELIGA: na modalidade “receber" é material O crime de corrupção passiva somente se configura com a efetiva prática ou omissão da conduta funcional do servidor, já que o chamado ato de ofício integra o tipo penal. (FALSO
289
CESPE 2024: Comete o crime de corrupção ativa o servidor que solicita vantagem indevida a comerciante com o objetivo de se omitir em lavrar auto de infração. CESPE 2024: A solicitação de vantagem indevida por funcionário público, ainda que não efetivada a vantagem, configura crime de corrupção ativa.
AMBAS (FALSO) PASSIVA!!! Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumila, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
290
CESPE: Não é possível a propositura de acordo de não persecução penal para os crimes de corrupção ativa e passiva
(FALSO) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. ☛ Não há vedação legal expressa que impeça a realização de ANPP para os crimes de corrupção ativa e passiva. Observe que presentes os requisitos: ・Praticados sem violência ou grave ameaça;
291
A corrupção passiva é crime próprio, ou seja, seu sujeito passivo é funcionário público
(FALSO) SUJEITO ATIVO É FUNCIONÁRIO PÚBLICO
292
Em casos específicos, a ocorrência da bilateralidade pode ser necessária para a configuração dos crimes de corrupção passiva e ativa.
(CERTO) REGRA: não há bilateralidade. JURIS EM TESES - Tese 16: Não há bilateralidade entre os crimes de corrupção passiva e ativa, uma vez que estão previstos em tipos penais distintos e autônomos, são independentes e a comprovação de um deles não pressupõe a do outro. EXCEÇÃO (DOUTRINA): Excepcionalmente, parte da Doutrina sustenta que, quando configurar o art. 317 do CP (corrupção PASSIVA) na modalidade “receber", significa que alguém "ofereceu” modo a também configurar o art. 333 (corrupção ATIVA).
293
Cometerá prevaricação o servidor público que retardar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo à influência de alguém
FALSO) § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: [CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA] Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa
294
Comete o crime de corrupção passiva médico do SUS que cobra de paciente pela utilização de máquina particular em procedimento custeado pelo SUS.
(FALSO) "Para tipificação do art. 317 do Código Penal - corrupção passiva -, deve ser demonstrada a solicitação ou recebimento de vantagem indevida pelo agente público, não configurada quando há mero ressarcimento ou reembolso de despesa. " STJ. 5ª Turma. HC 541.447-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021 (Info 709).
295
Classifica-se o crime de facilitação de contrabando ou descaminho como crime comum, uma vez que ele pode ser cometido por qualquer pessoa. (
(FALSO) TJM-MG/2013: A facilitação de contrabando e descaminho é crime funcional próprio. (CERTO) ☛Não é qualquer funcionário público que o pratica, mas somente aquele incumbido de prevenir o contrabando ou o descaminho Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
296
CESPE: O crime de facilitação de descaminho é um crime acessório, exigindo-se, para a sua consumação, a completude do descaminho.
(FALSO) Crime formal: não importa se o descaminho ou contrabando se completou
297
O crime de condescendência criminosa é classificado como omissivo próprio, unissubsistente, portanto não se admite modalidade culposa nem tentativa para esse crime
(CERTO) Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente. CESPE: Comete o crime de prevaricação funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo. (FALSO) * CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – deixar de RESPONSABILIZAR por indulgência (clemência, misericórdia) * PREVARICAÇÃO – retardar ou deixar de praticar ATO DE OFÍCIO por sentimento ou interesse pessoal * CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA - Cedendo a pedido ou influência de alguém
298
CESPE: Para fins penais, não se considera funcionário público o empregado que trabalha para empresa particular prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da administração pública
(FALSO) Art. 327, § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade TÍPICA da Administração Pública.
299
O conceito de funcionário público, para fins penais, não alcança administrador de hospital credenciado para a prestação de serviços para o Sistema Único de Saúde
(FALSO) CESPE: O médico de hospital credenciado pelo SUS que presta atendimento a segurado, por ser considerado funcionário público para efeitos penais, pode ser sujeito ativo do delito de concussão. (CERTO)
300
CESPE: Não se considera funcionário público para fins penais o advogado dativo nomeado para a defesa de hipossuficientes em local onde a defensoria pública não atua
(FALSO) 6) Os advogados dativos, nomeados para exercer a defesa de acusado necessitado nos locais onde não existe Defensoria Pública, são considerados funcionários públicos para fins penais, nos termos do art. 327 do Código Penal. CESPE: O conceito de funcionário público, para fins penais, não alcança o depositário judicial nomeado como
301
CESPE: O conceito de funcionário público, para fins penais, não alcança o depositário judicial nomeado como auxiliar do juízo para a guarda e conservação de bens penhorados.
(CERTO) Depositário judicial não é funcionário público para fins penais, porque não ocupa cargo público, mas a ele é atribuído um munus, pelo juízo, em razão do fato de que determinados bens ficam sob sua guarda e zelo. STJ. 6ª Turma. HC 402.949-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/03/2018 (Info 623).
302
CESPE 2024: A causa de aumento de pena prevista para os crimes contra a administração pública praticados por ocupantes de cargos em comissão não se aplica aos dirigentes de autarquias.
(CERTO) NÃO se aplica: Dirigentes de AUTARQUIAS Art. 327, § 2º - A pena será aumentada da terça parte (1/3) quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
303
Diego, com o objetivo de impedir a execução de uma ordem judicial, ameaçou e agrediu um oficial de justiça que se encontrava em sua residência para realizar uma intimação. Nessa situação hipotética, Diego praticou o crime de:
RESISTÊNCIA. Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça [NAO se exige a “grave” ameaça] a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
304
CESPE: A conduta de um indivíduo que, mediante violência, se opõe à execução de mandado de prisão e provoca lesões corporais em policial militar que tenta executar a medida deverá ser tipificada ou como crime de resistência, ou como crime de lesão corporal, dado que ninguém pode ser responsabilizado por dois crimes em razão de um único fato, em observância ao princípio da vedação ao bis in idem.
(FALSO) § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
305
CESPE: Pratica o crime de desobediência o condutor de veículo que se recusa a acatar a ordem de parada emitida por uma autoridade durante uma ação de policiamento ostensivo, cujo propósito é prevenir e reprimir crimes.
(CERTO) A desobediência à ordem legal de parada, emanada por agentes públicos em contexto de policiamento ostensivo, para a prevenção e repressão de crimes, constitui conduta penalmente típica, prevista no art. 330 do Código Penal Brasileiro. STJ. 3ª Seção. REsp 1859933-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 09/03/2022 (Recurso Repetitivo – Tema 1060) (Info 732)
306
CESPE: Configura crime de desobediência a oposição à execução de ato legal, emanado por funcionário público, mediante atitude negativa, sendo a pena privativa de liberdade prevista para tal crime mais branda que a prevista para o crime de resistência.
(CERTO) DEPEN: A oposição passiva à execução de ato legal praticado por funcionário público não caracteriza o crime de resistência. (CERTO) ☛ RESISTÊNCIA SEM VIOLÊNCIA É DESOBEDIÊNCIA!
307
CESPE: Josefa, diretora administrativa da Secretaria de Estado de Educação, solicitou a quantia de R$ 2.000,00 ao particular André, a pretexto de obter decisão favorável a ele, em procedimento administrativo conduzido por outro servidor na Secretaria de Estado de Administração. Nessa situação, a conduta de Josefa amolda-se, em tese, ao crime de corrupção passiva e incide causa de aumento de pena em razão da função de direção ocupada por Josefa.
(FALSO) CESPE DELEGADO PC-PB: O particular que solicita vantagem econômica de suspeito sob falso pretexto de exercer influência sobre o delegado responsável pelo inquérito policial, para que não o indicie, pratica: TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, A PRETEXTO DE influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
308
CESPE PC/PE 2024: No âmbito dos crimes contra a administração pública, o ato de solicitar para si vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público, insinuando o agente que a vantagem é também destinada ao funcionário público, caracteriza o crime de: tráfico de influência com causa de aumento de pena
Parágrafo único - A pena é AUMENTADA DA METADE, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário
309
CESPE: Quanto ao crime tipificado como tráfico de influência, Recaindo a influência sobre um magistrado ou funcionário da justiça, não se configura o delito em questão.
correto porque magistrado, jurado, orgão do mp, perito, tradutor, interprete, testemunha OU FUNCIONARIOA DA JUSTIÇA É EXPLORAÇÃO DE PRESTIGIO.
310
CESPE: Quanto ao crime tipificado como tráfico de influência Somente o funcionário público pode figurar como sujeito ativo, ressalvando-se as hipóteses de participação
ERRADO → Crime praticado por PARTICULAR contra a administração pública geral.
311
CESPE: A configuração do crime de corrupção ativa exige que a oferta ou promessa de vantagem indevida seja acompanhada da prática efetiva do ato de ofício pelo funcionário público
(FALSO) Basta oferecer ou prometer! CESPE: Não pratica crime de corrupção ativa, definido como crime contra a administração pública, aquele que, sem ter oferecido ou prometido anteriormente vantagem indevida a um funcionário público, dá-lhe essa vantagem, cedendo a seu pedido. (CERTO) Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. NÃO tipifica o verbo dar!
312
CESPE: Não é admitida a aplicação do princípio da insignificância no caso de contrabando de cigarros
(FALSO) #VAICARI!!!! O princípio da insignificância é aplicável ao crime de contrabando de cigarros quando a quantidade apreendida não ultrapassar 1.000 (mil) maços, seja pela diminuta reprovabilidade da conduta, seja pela necessidade de se dar efetividade à repressão ao contrabando de vulto, EXCETUADA a hipótese de reiteração da conduta, circunstância apta a indicar maior reprovabilidade e periculosidade social da ação. STJ. 3ª Seção.REsps 1.971.993-SP e 1.977.652-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Rel. para acórdão Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 13/9/2023 (Recurso Repetitivo – Tema 1143) (Info 787).
313
CESPE: De acordo com o Código Penal brasileiro, a conduta de solicitar dinheiro a pretexto de influir em ato praticado por perito judicial caracteriza o crime de
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO. Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo
314
CESPE - 2019 - MP - PI - Para influenciar promotor de justiça a não oferecer denúncia contra Lúcio, Mário, analista do Ministério Público, solicitou ao provável denunciado a quantia de R$ 5.000. Lúcio pagou o valor, mas Mário não comentou o assunto com o membro do Ministério Público, e a denúncia foi oferecida regularmente. Nessa situação hipotética, Mário e Lúcio cometeram, respectivamente, o crime de exploração de prestígio e uma conduta atípica
(CERTO) ☛ Aquele que COOMPRA o prestígio de alguém que alegava ter influência junto a órgão público para impedir um ato de fiscalização, apesar de praticar ato antiético e imoral, não comete nenhum ilícito se, ao fim e ao cabo, é enganado e não obtém o resultado esperado
315
NÃO CONSTITUI CRIME previsto neste Título a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais
Art. 359-T. NÃO CONSTITUI CRIME previsto neste Título a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais. Golpe de Estado Art. 359-M. TENTAR depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à violência.
316
Flávia, servidora pública efetiva do Poder Judiciário federal há mais de dois anos e desde então segurada da Fundação de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais do Poder Judiciário (FUNPRESP-JUD), deseja se licenciar do cargo por um período de dois anos, sem remuneração, para tratar de interesses particulares. Nesse caso, Flávia não poderá manter o vínculo jurídico com o plano de benefícios da FUNPRESP-JUD enquanto permanecer licenciada do cargo.
errada. Lei 12.618/2012 Art. 14. Poderá permanecer filiado aos respectivos planos de benefícios o participante:  I - cedido a outro órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, inclusive suas empresas públicas e sociedades de economia mista; II - afastado ou licenciado do cargo efetivo temporariamente, com ou sem recebimento de remuneração; III - que optar pelo benefício proporcional diferido ou autopatrocínio, na forma do regulamento do plano de benefícios.
317
Em decorrência de vínculo funcional com o poder público federal, Gustavo se filiou como participante da FUNPRESP-EXE e, posteriormente, foi exonerado do cargo que ocupava a seu pedido. Nesse caso, a extinção do vínculo funcional de Gustavo com o poder público provoca a obrigatória extinção de seu plano de previdência complementar mantido com a FUNPRESP-EXE.
Quando um servidor é exonerado, ele tem algumas opções em relação ao seu plano de previdência complementar: Portabilidade: Gustavo pode transferir os recursos acumulados para outro plano de previdência complementar. Resgate: Ele pode optar por resgatar os valores acumulados, conforme as regras do plano. Autopatrocínio: Gustavo pode continuar contribuindo para o plano por conta própria, sem a contrapartida do patrocinador. Benefício Proporcional Diferido: Ele pode deixar os recursos no plano para receber um benefício futuro proporcional ao tempo de contribuição. Portanto, a exoneração não implica na obrigatória extinção do plano de previdência complementar, mas sim na necessidade de Gustavo escolher uma das opções disponíveis.
318
É vedado à União realizar aporte de recursos à entidade de previdência privada de caráter complementar, salvo na condição de patrocinador.
Art. 5º. É VEDADO à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas o aporte de recursos a entidades de previdência privada de caráter complementar, salvo na condição de patrocinador.
319
Os referidos servidores integrarão o regime de previdência complementar da União, segundo o qual o valor de suas aposentadorias observará o limite máximo dos benefícios do RGPS, cujos requisitos e critérios também serão aplicados, no que couber, ao RPPS.
cuidado. aqui a questão não disse que a adesão é obrigatória pelo servidor com o verbo 'integrarão'. A EC 103/2019, Reforma da Previdência, trouxe a obrigatoriedade do regime de previdência complementar (RPC) para os servidores federais que ingressassem após a regulamentação completa dos dispositivos que dependiam de legislação infraconstitucional. De acordo com o artigo 40 da CF, após as alterações promovidas pela EC 103/2019, os servidores que ingressam no serviço público após a instituição do regime de previdência complementar estarão submetidos ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para fins de aposentadoria. Assim, a aposentadoria desses servidores será limitada ao teto do INSS, sendo-lhes facultado aderir à previdência complementar para garantir valores superiores. Além disso, a EC 103/2019 determinou que os requisitos e critérios para concessão de aposentadorias no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos apliquem, no que couber, as regras do RGPS. Por isso, as regras de idade mínima, tempo de contribuição e cálculo dos benefícios devem seguir parâmetros similares aos aplicados ao RGPS, respeitadas as especificidades do RPPS. Portanto, os servidores que ingressaram após a regulamentação completa da EC 103/2019, estarão vinculados ao regime de previdência complementar da União e terão suas aposentadorias limitadas ao teto do RGPS, conforme determinado pela legislação vigente.
320
Caso esses servidores sejam deficientes ou policiais federais, eles não possuem garantia constitucional à aposentadoria especial.
certo. CF. Art. 40. § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. Como ainda não tem essa lei complementar para a União, tem-se aplicado a LC 142/03 apenas para os servidores com deficiência.
321
Na aposentadoria por incapacidade permanente de tais servidores, será assegurado, constitucionalmente, o recebimento de proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
errado. CF. Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo. São três situações: aposentadoria por incapacidade permanente (antiga invalidez), aposentadoria compulsória e aposentadoria programada (que reúne requisitos de idade e tempo de contribuição). Somente a compulsória é proporcional ao tempo de contribuição.
322
O regime próprio de previdência social (RPPS) dos servidores titulares de cargos efetivos tem caráter não contributivo e não solidário, observados os critérios relativos à preservação do equilíbrio financeiro e atuarial.
CF: Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
323
De forma geral, os regimes próprios de previdência social não podem conceder benefícios distintos dos previstos no regime geral de previdência social (RGPS).
certo. cuidado com a interpretação. aqui não falou que são os mesmos; proprio é so aposentadoria e pensão por morte mas isso não significa que eles podem conceder beneficios distintos do rgps e nem que são os mesmos.
324
Os empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mista criadas pelos estados e pelo Distrito Federal são segurados obrigatórios do regime próprio de previdência social da respectiva unidade federativa.
errada. empregado público = RGPS
325
O regime de previdência complementar dos servidores efetivos dos estados e dos municípios é operado por entidades de previdência complementar criadas por regimes próprios de previdência social dos respectivos entes federativos.
Falso. O regime de previdência complementar dos servidores efetivos dos estados e dos municípios não é operado por entidades criadas pelos regimes próprios de previdência social (RPPS), mas sim por entidades fechadas de previdência complementar (EFPC) ou, em alguns casos, por entidades abertas de previdência complementar (EAPC), desde que atendam aos requisitos legais. A Constituição Federal, no art. 40, § 15, estabelece que a previdência complementar dos servidores será operada por entidade fechada de previdência complementar de natureza pública. Essa entidade pode ser instituída pelos próprios entes federativos, mas não é uma extensão do RPPS, e sim uma entidade autônoma com gestão e normativas próprias.
326
Todos os regimes próprios de previdência social instituídos pelas unidades federativas do Brasil podem definir as pessoas físicas que serão por eles seguradas.
ERRADO. Os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) são estabelecidos pelos entes federativos (União, estados, municípios e Distrito Federal) para atender exclusivamente a seus servidores públicos efetivos. No entanto, as regras de quem pode ser segurado desses regimes não são definidas livremente por cada unidade federativa, pois estão sujeitas às normas constitucionais e infraconstitucionais. O artigo 40 da Constituição Federal estabelece que apenas servidores públicos efetivos podem ser segurados do RPPS. ASSIM, trabalhadores contratados temporariamente, empregados públicos e outros profissionais vinculados ao ente federativo via CLT não podem ser segurados do RPPS, devendo ser vinculados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). A EC nº 103/2019 (Reforma da Previdência) reforçou que os entes federativos não podem incluir outras categorias de segurados além dos servidores efetivos em seus RPPS. Antes da reforma, alguns municípios tinham regras mais flexíveis, permitindo a inclusão de cargos comissionados, mas isso foi vedado com a nova legislação.
327
Tanto os servidores públicos vinculados aos entes federativos quanto os trabalhadores da iniciativa privada podem aderir aos planos de previdência mantidos por entidades abertas de previdência complementar (EAPC).
CERTO. As Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) são administradas por instituições financeiras, como bancos e seguradoras, e podem ser contratadas por qualquer pessoa física.
328
Ressalvadas as hipóteses de caso fortuito ou força maior, a sentença trabalhista homologatória de acordo somente será considerada início de prova material válida quando houver nos autos elementos probatórios contemporâneos aos fatos alegados e que sejam aptos a demonstrar o tempo de serviço no período que se pretende reconhecer na ação previdenciária.
certo. A sentença trabalhista homologatória de acordo, assim como a anotação na CTPS e demais documentos dela decorrentes, somente será considerada início de prova material válida, conforme o disposto no art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91, quando houver nos autos elementos probatórios contemporâneos aos fatos alegados e que sejam aptos a demonstrar o tempo de serviço no período que se pretende reconhecer na ação previdenciária, exceto na hipótese de caso fortuito ou força maior. STJ. 1ª Seção. REsps 1.938.265- MG e 2.056.866-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 11/9/2024 (Recurso Repetitivo – Tema 1188) (Info 825).
329
A contagem recíproca do tempo de contribuição entre o RGPS e os RPPS, e destes entre si, é garantida ao segurado, para fins de aposentadoria, quando houver necessidade de computar períodos de contribuição ou atividade sujeitos a regimes previdenciários distintos, devendo ser observada a compensação financeira entre eles, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
Artigo 201, CF § 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei.
330
Suponha que Lúcia, filiada ao RGPS antes de 13 de novembro de 2019, tenha contribuído como segurada empregada para o RGPS por um período de dezoito anos ininterruptos, tendo realizado um total de 216 contribuições mensais, mas que, desde o ano de 2014, ela tenha deixado de contribuir para o referido regime. Considere, ainda, que, em agosto de 2024, Lúcia tenha completado 62 anos de idade. Nessa situação hipotética, Lúcia tem direito ao recebimento do benefício da aposentadoria programada pelo INSS, uma vez que cumpriu todos os requisitos previstos na legislação previdenciária.
certo. Cumpriu critérios para aposentadoria programada: 180 contribuições mensais e idade de 62 anos para mulheres
331
Os referidos servidores, ainda que aposentados, deverão pagar contribuições para o custeio do RPPS, cujas alíquotas poderão ser progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria.
certo. CF: Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
332
O regime de previdência complementar desses servidores públicos federais poderá oferecer o plano de benefícios na modalidade contribuição definida ou benefício definido.
Gab: Errado CF, Art. 40, O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar.
333
são estáveis após tres anos de efetivo exercicio o servidores nomeados para cargo efetivo quesó perderão o cargo em (3)
i - virtude de sentença judicicla transitada em julgado. ii - processo administrativo que lhe seja assegurada ampla defesa iii - procedimento de avaliação períodica de desempenho, na forma de LEI COMPLEMENTAR, assegurada a ampla defesa
334
Quais as novas formas de financiamento da seguridade social (2)
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (Vide Emenda Constitucional nº 132, de 2023) Vigência V - sobre bens e serviços, nos termos de lei COMPLEMENTAR. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)
335
A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma independente pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei orçamentária anual, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
dois erros: 1 - será eleborada de forma INTEGRADA 2- prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias LDO § 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos
336
contribuição direta seguridade e indireta
direta - contribuição social indireta - uniao, e, df e m
337
As contribuições sociais de que trata este artigo so poderão ser exigidas após decorridos 90 dias a partir de sua instituição.
ERRADO. é da data de sua PUBLICAÇÃO
338
São vedados a moratória e o parcelamento em prazo inferior a 60 meses.
errado. em prazo superior a 60 meses!!!
339
Caso não sejam convertidas em lei no prazo constitucionalmente estabelecido, as medidas provisórias serão revogadas, com efeito ex nunc
O erro da alternativa encontra-se em afirmar que haverá revogação. Ao revés, não sendo convertida em lei no prazo determinado, a medida provisória perde sua eficácia desde a edição, com efeitos ex tunc, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por meio de decreto legislativo, no prazo de sessenta dias contados da rejeição ou da perda de eficácia por decurso de prazo, as relações jurídicas dela decorrente. Gabarito: ERRADO
340
A capacidade jurídica dá extensão à personalidade jurídica, pois pode haver capacidade relativa a certos atos civis, enquanto à personalidade é terminologia genérica; Já a capacidade de direito ou jurídica é aquela que gera a aptidão para exercer direitos e contrair obrigações. Julgue: Ambas as afirmações estão corretas.
certo capacidade de direito ou de gozo - toda pessoa possui capacidade de fato ou de exercício - precisa primeiro da capacidade de direito e depois da de exercício (contrair obrigações)
341
João Silva exerce atividade rural desde dezembro de 2015. Em maio de 2019, se inscreveu na Junta Comercial competente como empresário rural. Durante o ano de 2020, com dificuldades em suas atividades devido à pandemia de Coronavírus, João Silva viu suas receitas caírem drasticamente e suas dívidas se elevarem. Com base na situação hipotética narrada, julgue o item subsequente. Considerando as informações expostas, seria cabível o requerimento de recuperação judicial, por parte de João Silva, ainda no ano de 2020
certo. O Superior Tribunal de Justiça, recentemente, pacificou entendimento no sentido de que “o empresário rural, embora precise estar registrado na Junta Comercial para requerer a recuperação judicial, pode computar o período anterior à formalização do registro para cumprir o prazo mínimo de dois anos exigido pelo artigo 48 da Lei 11.101/2005”.
342
Serafin e Mariana se casaram, na data de 15 de outubro de 2019, mediante regime de separação obrigatória de bens. Após um ano de casamento, lograram construir um relevante patrimônio, momento em que decidiram por abrir uma sociedade limitada, que teria ambos como sócios, cada qual com 50% (cinquenta por cento) das quotas sociais. Com base na situação hipotética narrada, julgue o item subsequente. Serafin e Mariana poderão, nas condições descritas, constituir tal sociedade.
INCORRETA. Verifica-se que Serafin e Mariana se casaram sob o regime de separação obrigatória de bens, razão pela qual não poderão constituir a sociedade pretendida. Gabarito: ERRADO NAO CONFUNDIR: Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, QUALQUER QUE SEJA O REGIME DE BENS, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
343
Diferentemente dos arquivos diplomáticos, os arquivos consulares podem ser violados em caso de fundada suspeita de atentado contra a incolumidade do Estado receptor.
A presente assertiva encontra-se incorreta, considerando o disposto no art. 33 da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, internalizada no ordenamento pátrio pelo Decreto nº 61.078/67. Ressalta-se que, assim como os arquivos diplomáticos, os arquivos consulares também são invioláveis.
344
Na zona econômica exclusiva o Estado costeiro tem o direito de explorar, aproveitar, conservar e gerir os recursos naturais, mas os Estados estrangeiros podem sobrevoar, navegar e colocar dutos submarinos na ZEE.
A assertiva encontra-se de acordo com a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar. Há uma liberdade de sobrevoo, navegação e colocação de dutos submarinos na ZEE. Assim, lembre-se de que, embora o Estado costeiro tenha a prerrogativa de gerir, de explorar, de conservar e de aproveitar os recursos naturais, Estados estrangeiros podem sobrevoar, podem navegar e podem instalar dutos submarinos.
345
A ratificação imperfeita, que consiste no consentimento dado pelo Estado com violação a uma norma interna de competência, o desobriga de cumprir o tratado no qual foi perpetrada.
Nestes termos, a Convenção de Viena, em seu artigo 46: “Disposições do Direito Interno sobre Competência para Concluir Tratados 1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importância fundamental. 2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e de boa fé”. Sendo assim, a assertiva encontra-se incorreta. Gabarito: ERRADO
346
No caso de furto de energia elétrica, o pagamento integral do débito, desde que efetuado em momento anterior ao recebimento da peça acusatória, configura causa de extinção da punibilidade
O STJ pacificou o entendimento contrário ao expresso na questão, logo: No caso de furto de energia elétrica, o pagamento integral do débito, desde que efetuado em momento anterior ao recebimento da peça acusatória, NÃO configura causa de extinção da punibilidade (RHC 101299/RS STJ-2019). Gabarito: ERRADO
347
Em relação a dosimetria da pena, julgue o item que segue. Os atos infracionais não podem ser valorados negativamente na dosimetria da pena.
Atos infracionais NÃO podem ser considerados maus antecedentes para a elevação da pena-base, tampouco podem ser utilizados para caracterizar personalidade voltada para a prática de crimes ou má conduta social. Há impropriedade na majoração da pena-base pela consideração negativa da personalidade do agente em razão da prévia prática de atos infracionais, pois é incompossível exacerbar a reprimenda criminal com base em passagens pela Vara da Infância. STJ. 5ª Turma. HC 499987/SP, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 30/05/2019. STJ. 6ª Turma. REsp 1702051/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 06/03/2018. Gabarito: CERTO exceção: PODEM EMBASAR DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA
348
As hipóteses de reincidência específica ou multirreincidência podem justificar a exasperação da pena, na segunda fase da dosimetria, acima do patamar de 1/6, para a agravante de reincidência.
As hipóteses de reincidência específica ou multirreincidência PODEM justificar a exasperação da pena, na segunda fase da dosimetria, acima do patamar de 1/6, para a agravante de reincidência. STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 548.769/RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro Aurélio, em 10/03/2020. STJ. 5ª Turma. HC 462.137/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 02/04/2019. Ou seja, de fato existe tal possibilidade. Não obstante, vale ressaltar que essa possibilidade é excepcional, conforme decidido pelo próprio STJ: A reincidência específica como único fundamento só justifica o agravamento da pena em fração mais grave que 1/6 em casos de especialização e mediante fundamentação detalhada baseada em dados concretos do caso. STJ. 3ª Seção. REsp 2.003.716-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 25/10/2023 (Recurso Repetitivo – Tema 1172) (Info 793). Gabarito: CERTO
349
Quantos aos crimes previstos na Lei 8.666/93, julgue o item que segue. O crime de fraude à licitação, consistente em “frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação” (art. 90, Lei nº 8.666/93) é classificado como crime formal, prescindindo, portanto, da existência de prejuízo ao erário.
CERTO. Dispõe o Enunciado de Súmula nº 645 do Superior Tribunal de Justiça que “o crime de fraude à licitação é formal, e sua ​​consumação prescinde da comprovação do prejuízo ou da obtenção de vantagem”. Trata-se justamente do crime trazido pela assertiva: “frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação” (art. 90, Lei nº 8.666/93). A despeito da súmula ter sido aprovada recentemente pela Terceira Seção do STJ, a mesma apenas solidifica entendimento que já era majoritário no Tribunal. A tese 4 da edição 134 do Jurisprudência em Teses, por exemplo, já trazia que “o crime do art. 90 da Lei n. 8.666/1993 é formal e prescinde da existência de prejuízo ao erário, haja vista que o dano se revela pela simples quebra do caráter competitivo entre os licitantes interessados em contratar, causada pela frustração ou pela fraude no procedimento licitatório”.
350
Aos crimes previstos no Estatuto do Idoso, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 3 anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099/95.
Assertiva errada, enunciado contrário ao disposto no Estatuto do Idoso: “Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099/95, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.” Mais um tipo de questão literal muito cobrada, quando o assunto é o Estatuto do Idoso. FIQUEM ATENTOS! Gabarito: ERRADO
351
Podemos afirmar que os princípios da economia processual e da celeridade fundamentam a possibilidade de utilização da carta precatória itinerante no Processo Penal.
A carta precatória executa a ordem de uma circunscrição judiciária em outra. Ela existe para possibilitar a execução de ordens emanadas por autoridades (delegados, juízes) fora do âmbito de competência (atuação) da autoridade que determina a ordem. CPP: Art. 355-A precatória será devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de lançado o “cumpra-se” e de feita a citação por mandado do juiz deprecado. § 1º Verificado que o réu se encontra em território sujeito à jurisdição de outro juiz, a este remeterá o juiz deprecado os autos para efetivação da diligência, desde que haja tempo para fazer-se a citação. § 2º Certificado pelo oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, a precatória será imediatamente devolvida, para o fim previsto no artigo 362. O caráter itinerante reside na possibilidade de, não sendo localizado o acusado no juízo deprecado e havendo informação de que ele se encontra em outra comarca, a precatória ser enviada diretamente para lá, sem voltar ao juiz deprecante para que expeça outra carta. Tal hipótese resguarda fundamentos nos princípios da economia processual e na celeridade, pois evita que se expeça outra carta e evita que demore mais tempo com uma possível devolução da mesma ao juiz deprecante. Gabarito: CERTO
352
Nos crimes redução a condição análogo à de escravo, o membro do ministério público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, sem reserva de jurisdição, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
CERTO. Art. 13-A. do CPP - Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), Sequestro (art. 148); Redução a Condição Análoga à de Escravo (art. 149); Tráfico de Pessoas (art. 149-A); Sequestro Relâmpago (art. 158, § 3º); e Extorsão Mediante Sequestro (art. 159). Tráfico de Criança ou Adolescente para o Exterior (art. 239). O membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da VÍTIMA ou de SUSPEITOS. Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Não há previsão/necessidade de autorização judicial, trata-se do poder requisitório do delegado de polícia.
353
Em nenhum caso, competirá ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar.
Apesar da assertiva, praticamente, reproduzir o enunciado da súmula 691-STF: “Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar.” O item peca ao acrescentar a expressão “Em nenhum caso”, pois o próprio STF já excepcionou a aplicação da súmula em alguns casos: “A Súmula 691 pode ser afastada em casos excepcionais, quando a decisão atacada se mostrar teratológica, flagrantemente ilegal, abusiva ou manifestamente contrária à jurisprudência do STF (HC 118684, julgado em 03/12/2013).” Gabarito: ERRADO
354
O auxílio-creche integra o salário-de-contribuição.
ERRADO. Súmula 310, STJ: o auxílio creche não integra o salário-de-contribuição. Os valores percebidos a título de auxílio creche constituem-se em benefício trabalhista de nítido caráter indenizatório e, por essa razão, não integram o salário-de- contribuição
355
A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória e a previdência privada, de caráter complementar e filiação facultativo, serão regidos por Lei Complementar.
Apenas a previdência privada será regida por Lei Complementar. O restante da assertiva está correta. Veja-se os artigos da Constituição Federal a respeito do tema: Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Gabarito: ERRADO
356
É causa de extinção da punibilidade no crime de apropriação indébita previdenciária (art. 168-A,CP) se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
Essa causa de extinção da punibilidade é do crime de sonegação das contribuições previdenciárias (art. 337-A, §1°,CP). Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. No crime de apropriação indébita previdenciária, a causa de extinção da punibilidade requer o pagamento do tributo (art. 168-A, §2°,CP), diferentemente do delito de sonegação de contribuição previdenciária. Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Gabarito: ERRADO
357
Com o advento da EC 103/19, as aposentadorias voluntárias atualmente concedidas aos trabalhadores urbanos são três: aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria especial.
Com o advento da EC 103/19 hoje só tem uma espécie de aposentadoria voluntária: aposentadoria por idade + aposentadoria por tempo de contribuição. Conforme previsto no art. 201, §7°, I, CF, há requisitos cumulativos mínimos de idade e tempo de contribuição para a concessão do benefício de aposentadoria, até então só existentes para o regime próprio dos servidores públicos federais (Lei n° 8.112/90). Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, observado tempo mínimo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Salienta-se, contudo, que a aposentadoria especial é uma espécie de aposentadoria (gênero), visto que são necessários os requisitos cumulativos de idade e tempo de contribuição, porém, sua forma de contagem é distinta. Veja a redação do art. 201, §1°, II, CF. Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: § 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Gabarito: ERRADO
358
É possível que o requerimento de Lúcia seja indeferido por completo sob o fundamento de inadmissibilidade, nas condições narradas, de contagem recíproca.
A questão encontra-se incorreta no tocante ao “por completo”. É possível o requerimento de averbação do período que laborou em escritório de advocacia (de 1°/1/1992 a 31/12/1996), haja vista ser anterior ao vínculo estatutário com a PGM/Manaus. O período em que exerceu docência em rede de ensino privada (de 1°/1/2002 a 31/12/2005), por ser concomitante ao período que exerce serviço público, é vedado por lei. Veja a redação do art. 96, II, Lei n° 8.213/91. Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as normas seguintes: II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes; Gabarito: ERRADO
359
Após a inscrição em dívida ativa, a prescrição do crédito tributário ficará suspensa por 180 dias.
A Lei de Execuções Fiscais prevê que haverá a suspensão do prazo prescricional por 180 dias para o “crédito”, sem mencionar acerca do crédito ser tributário ou não (Art. 2º, §3º): “§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.” Como o CTN prevê no artigo 151 os casos de suspensão do crédito tributário, a saída, segundo os tribunais, foi entender que a disposição da LEF (Lei de execuções fiscais) se aplica para os casos de crédito não tributário, ao passo que as disposições do CTN se aplicariam ao crédito tributário. Assim, o STJ entende que esse dispositivo apenas se aplica às execuções fiscais de créditos não tributários. (v. EREsp 981.480/SP, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/08/2009, DJe 21/08/2009). Gabarito: ERRADO
360
Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.
Art. 160 do CTN: “Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento.” Gabarito: CERTO
361
Prescreve em cinco anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição de imposto pago de maneira indevida.
Art. 169 do CTN: “Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.” Dessa forma, é importante saber que: para submeter a matéria diretamente ao judiciário, o contribuinte possui o prazo de 5 anos, o mesmo disponível para formular o pleito administrativamente. Porém, se optar por formular o pleito primeiramente na via administrativa e o mesmo vier a ser indeferido, haverá a incidência do art. 169 do CTN, de forma que o prazo para buscar a anulação da decisão administrativa é de apenas 2 anos. Gabarito: ERRADO
362
O crime de apropriação indébita tributária pode ocorrer tanto em operações próprias como em razão de substituição tributária
Súmula 658-STJ: O crime de apropriação indébita tributária pode ocorrer tanto em operações próprias, como em razão de substituição tributária
363
A pena aplicável por crime de extorsão praticado com emprego de arma de fogo será cumprida em regime inicialmente fechado, por expressa previsão legal, ainda que o condenado seja réu primário e tenha bons antecedentes.
errado. A afirmação de que a pena para o crime de extorsão praticado com emprego de arma de fogo deve ser cumprida, por expressa previsão legal, em regime inicialmente fechado, mesmo que o condenado seja réu primário e possua bons antecedentes, está incorreta. Além disso, cumpre destacar que tal modalidade de extorsão não é crime hediondo, não se podendo falar em aplicação do §1º do art. 2 da 8072. § 1 A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
364
A entrega, de forma dolosa, de uma mercadoria por outra é uma forma de fraude em licitação ou contrato, sendo considerada conduta criminosa.
Gabarito: CERTO Código Penal Fraude em licitação ou contrato Art. 337-L. Fraudar, em prejuízo da Administração Pública, licitação ou contrato dela decorrente, mediante: I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade ou em quantidade diversas das previstas no edital ou nos instrumentos contratuais; II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada, deteriorada, inservível para consumo ou com prazo de validade vencido; III - entrega de uma mercadoria por outra; IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da mercadoria ou do serviço fornecido; V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para a Administração Pública a proposta ou a execução do contrato: Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.
365
A utilização de criptomoeda no crime de lavagem de dinheiro praticado de forma reiterada é causa de aumento de pena de metade.
errado. Gabarito: CERTO Lei n° 9.613/98 - Lavagem de dinheiro Art. 1°, § 4º A pena será aumentada de 1/3 a 2/3 se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada, por intermédio de organização criminosa ou por meio da utilização de ativo virtual. ------------------------------------- NO ESTELIONATO TRATA-SE DE CRIME AUTONOMO. ESTELIONATO: Art. 171-A. Organizar, gerir, ofertar ou distribuir carteiras ou intermediar operações que envolvam ativos virtuais, valores mobiliários ou quaisquer ativos financeiros com o fim de obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. ASSIM, CRIPTOMOEDA/ARTIGO VIRTUAL É CAUSA DE AUMENTO NA LAVAGEM DE DINHEIRO E CRIME AUTONOMO NO ESTELIONATO.
366
A prática da clonagem de cartão de crédito constitui o crime de falsidade ideológica.
Gabarito: ERRADO Falsificação de documento particular Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Falsificação de cartão Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.
367
O indivíduo preso em decorrência de cometimento de crime contra o patrimônio conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral e devendo o seu trabalho ser sempre remunerado.
CERTO. CÓDIGO PENAL Direitos do preso Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência Social.
368
Salvo disposição expressa em contrário, é punível a instigação de uma pessoa à prática de infração penal, ainda que não tenha sido iniciado o iter criminis.
ERRADO (art. 31 do CP). Casos de impunibilidade Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado.
369
Comete o crime de corrupção ativa o servidor que solicita vantagem indevida a comerciante com o objetivo de se omitir em lavrar auto de infração.
ERRADO Simples: Corrupção PASSIVA = Solicitar ou receber OU Aceitar Promessa. Funcionário PÚBLICO. Crime PRÓPRIO. Corrupção Ativa = Oferecer ou prometer . Particular. Concussão: tem que ser exigido. MACETE DE CORRUPÇÃO PASSIVA [crime próprio]: Corrupção passiva é "SRA" = Solicitar, Receber, Aceitar promessa MACETE DE CORRUPÇÃO ATIVA [crime comum]: "Quem usa PÓ fica ATIVO = Prometer, Oferecer Gab: Errado
370
Se a arma empregada para a prática do delito for de uso restrito ou proibido, a pena do roubo será aplicada em dobro.
Art. 157, § 2º-B. No roubo com utilização de arma há 3 causas de aumento de pena: Arma branca ➜ 1/3 até metade Arma de fogo➜ 2/3 Arma de fogo de uso restrito ou proibido ➜ DOBRO
371
372
Os crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e de porte ilegal de arma de fogo de uso proibido têm a mesma pena máxima, conforme o Estatuto do Desarmamento.
errado. Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (...) § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
373
No âmbito do Poder Judiciário, o presidente de tribunal poderá designar os servidores de seus quadros pessoais que poderão, no exercício de funções de segurança, portar arma de fogo, respeitando-se o limite máximo de cinquenta por cento de servidores nessa função.
Atenção! INF 1162/STF (2024) É inconstitucional — por violar os princípios da eficiência e da isonomia — dispositivo de norma federal que limita o porte de armas a 50% dos servidores do Poder Judiciário ou do Ministério Público que exercem função de segurança.
374
Em caso de condenação criminal do servidor pela prática de crime funcional e do crime de organização criminosa, apesar de ele acumular dois cargos públicos, a sua condenação criminal transitada em julgado não ensejará a perda do seu cargo de professor.
errado. Imagine que, quando o réu praticou o crime, ele estava ocupando o cargo público “X”. No entanto, anos mais tarde, no momento em que foi prolatada a sentença condenatória, ele já estava em outro cargo público (“Z”). O juiz poderá condenar o réu à perda do atual cargo público (“Z”) mesmo sendo ele posterior à prática do delito? REGRA: não. Em regra, a pena de perdimento deve ser restrita ao cargo público ocupado ou função pública exercida no momento da prática do delito. EXCEÇÃO: se o juiz, motivadamente, considerar que o novo cargo guarda correlação com as atribuições do anterior, ou seja, daquele que o réu ocupava no momento do crime, neste caso mostra-se devida a perda da nova função como uma forma de anular (evitar) a possibilidade de que o agente pratique novamente delitos da mesma natureza. CESPE 2024: Considerando-se os efeitos da condenação no direito penal, é correto afirmar que a perda do cargo público em razão de condenação criminal: A) exige motivação declarada na sentença, e a mudança de cargo durante a ação penal é relevante, uma vez que a penalidade não pode recair sobre o cargo ocupado pelo réu no momento da decisão, salvo se o novo cargo guardar correlação com o cargo anterior. CERTO
375
Comete crime de ameaça o agente que, mediante grave ameaça, mandar que um passageiro de um ônibus mude de lugar, consumando-se o delito mesmo que a vítima não o obedeça.
AMEAÇA X CONSTRANGIMENTO ILEGAL No crime de ameaça o mal injusto e grave contra a vítima visa apenas amedrontá-la, intimidá-la. No constrangimento ilegal o sujeito ativo deseja uma conduta positiva ou negativa do sujeito passivo. Logo, não há que se falar em Ameaça. É uma diferença sutil , mas que já caiu outras vezes.
376
CESPE 2024: Considere que um cidadão penalmente imputável, ao longo de vários meses, tenha desviado energia elétrica de sua fonte natural, por meio de ligação clandestina, em prejuízo à concessionária pública. Nessa situação, o agente praticou o crime de furto simples, em razão da equiparação da energia elétrica a coisa alheia móvel
(FALSO) CUIDADO! A energia elétrica é equiparada a coisa alheia móvel (certo), porém, o furto será qualificado.
377
CESPE: Em caso de furto de objeto de pequeno valor, é facultada ao juiz a aplicação de somente pena de multa, desde que o réu seja primário, sendo esse requisito subjetivo aferido suficientemente pela simples folha de antecedentes criminais do réu.
(CERTO) Súmula 636-STJ: A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência. CESPE: Ainda que se trate de furto qualificado, se os bens subtraídos forem de pequeno valor e os agentes, primários, poderá o juiz substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la ou aplicar somente a pena de multa. (CERTO) CESPE: Não é possível o reconhecimento da causa de diminuição da pena prevista no art. 155, § 2.º, do CP, quando se tratar de furto qualificado, em razão do caráter reprovável da conduta. (FALSO) Súmula 511 – É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
378
Violência contra coisa com o objetivo de subtrair coisa móvel alheia e que não atinja pessoa humana configura crime de roubo.
ERRADO O crime de roubo exige o emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
379
Em se tratando do crime de roubo impróprio, embora seja ele material e plurissubsistente, não se admite a tentativa
O roubo impróprio se configura quando o agente, após a subtração da coisa, emprega grave ameaça ou violência para assegurar a coisa ou a impunidade do delito, não se admitindo a sua tentativa. Caso o agente não empregue violência ou grave ameaça, resta configurado o crime de furto. Caso contrário, roubo impróprio consumado. É uma hipótese excepcional, quando se trata de crime material (aquele que, para a consumação, exige-se o resultado naturalístico) e plurissubsistente (cuja conduta admite ser fracionada em atos). Ressalta-se que o roubo se consuma com a subtração da coisa. Por isso, o roubo impróprio não admite tentativa
380
A ação para a aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência, de modo que a suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que concorreram para a prática do ato de improbidade.
Resposta: CORRETA. Nos termos da Lei nº 14.230, de 2021: Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência. (...) § 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que concorreram para a prática do ato de improbidade.
381
Acerca do tema controle da administração exercido pelo Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que prevê a Constituição Federal, que o TCU poderá aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, multa proporcional ao dano causado ao erário; além de assinar o prazo de 60 dias para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
O erro da questão reside no fato que a Constituição Federal não prevê o prazo de 60 dias, na verdade, apenas afirma que o TCU poderá “assinar prazo”. Vejamos: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX – ASSINAR PRAZO para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. GABARITO: ERRADA
382
Julgue a afirmação a seguir: lei estadual pode autorizar a criação de fundação pública de direito privado para atuar na prestação de serviço público de saúde.
Esse foi o entendimento do Pretório Excelsio no bojo do informativo 1085/2023. De acordo com o STF, É constitucional a constituição de fundação pública de direito privado para a prestação de serviço público de saúde. STF. Plenário. ADI 4197/SE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 1º/3/2023 (Info 1085). O art. 37, XIX, da CF/88, com redação dada pela EC 19/98, afirma que cabe à lei ordinária autorizar a criação de fundações públicas e à lei complementar definir suas áreas de atuação. No caso analisado pelo STF, as fundações públicas instituídas tiveram suas criações autorizadas pelas leis ordinárias impugnadas. São leis específicas. Logo, não há dúvidas quanto à compatibilidade com a primeira parte do inciso XIX do art. 37 da CF/88. Vale ressaltar que, anteriormente à Emenda Constitucional nº 19/1998, não havia impedimento para que a matéria fosse disciplinada simplesmente por lei ordinária. A exigência lei complementar somente veio com a EC 19/98. O serviço público de saúde a que se dedicam as fundações públicas criadas não incide no óbice do desempenho, pelas fundações públicas, de atividades que exigem a atuação exclusiva do Estado — os denominados serviços públicos inerentes — já que, “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” (art. 199, CF/88). Assim, conclui-se que as leis impugnadas foram editadas em conformidade com a norma que regulamenta a parte final do art. 37, XIX, da Constituição, razão pela qual deve ser afastada a tese de inconstitucionalidade formal. GABARITO: CERTA
383
É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado para a transferência de tecnologia.
Resposta: ERRADA. A hipótese trata de caso de dispensa de licitação, e não inexigibilidade. Lei nº 14.133/2021. Art. 75. É dispensável a licitação: XII - para contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles definidos no instrumento firmado para a transferência de tecnologia; GABARITO: ERRADA
384
No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento. Ainda, haverá a aludida relevância em ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos e, também, nas ações penais.
Resposta: CORRETA, consoante emenda constitucional nº 125, de 2022. Veja-se: Art. 105 da CF. (...). § 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a admissão do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o julgamento. § 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos: I - ações penais; II - ações de improbidade administrativa; III - ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos; IV - ações que possam gerar inelegibilidade; V - hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça; VI - outras hipóteses previstas em lei. GABARITO: CERTA
385
A proposta de emenda à constituição será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. De tal modo, permite-se ao Estado-membro estabelecer reforma da Constituição estadual à aprovação da respectiva proposta por quórum mais elevado do que o previsto na Constituição Federal.
Resposta: ERRADA. A primeira parte do enunciado está correta, conforme o art. 60, §2º, da CF/88. Contudo, consoante entendimento do STF acerca da matéria, é vedado ao Estado-membro estabelecer reforma da Constituição estadual à aprovação da respectiva proposta por quórum mais elevado do que o previsto na Constituição Federal: não confundir com iniciativa popular para emendar CE e aompliação de autoridades que possam propor adi como parametro ce. nesses dois casos não é de observanci obrigatória as normas da cf.
386
Consoante os últimos entendimentos exarados pelo Pretório Excelsio, é correto afirmar que é inconstitucional lei estadual que obriga as empresas concessionárias de energia elétrica a expedirem notificação com aviso de recebimento para a realização de vistoria técnica no medidor de usuário residencial.
Sendo assim, é INCONSTITUCIONAL — por violação à competência da União para explorar os serviços e instalações de energia elétrica e para legislar sobre energia (arts. 21, XVII, “b”; 22, IV; e 175, parágrafo único, CF/88) — lei estadual que obriga as empresas concessionárias de energia elétrica a expedirem notificação com aviso de recebimento para a realização de vistoria técnica no medidor de usuário residencial. STF. Plenário. ADI 3703/RJ, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 6/3/2023 (Info 1085).
387
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
A questão tratou da disponibilidade de caixa dos entes federativos e o local onde tais recursos ficam armazenados. O artigo 164 da CF define que: Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. § 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. § 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Portanto, as disponibilidades de caixa da União são depositadas no Banco Central. É importante ficar atento que é comum bancas trocarem Banco Central por Banco do Brasil. Já as disponibilidades de caixa dos Estados, DF e Municípios são depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. A assertiva encontra-se de acordo com o texto constitucional e está certa. GABARITO: CERTA
388
Independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil, a tutela de urgência será concedida quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito proletório da parte
rata-se de afirmativa ERRADA uma vez que está em desacordo com o disposto no art. 311, do Código de Processo Civil de 2015. A alternativa refere-se à tutela de evidência, e não de urgência. Vejamos as hipóteses legais da TUTELA DA EVIDÊNCIA: Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. O art. 311, I, do CPP trata-se do que a doutrina convencionou em apontar como TUTELA DE EVIDÊNCIA SANCIONATÓRIA ou, conforme dispõe o professor Jaylto Lopes Jr (2022), “TUTELA DE EVIDÊNCIA PUNITIVA”. Portanto, a alternativa encontra-se incorreta, pois há inversão da definição.
389
A tutela de evidência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Trata-se de afirmativa ERRADA uma vez que está em desacordo com o disposto no art. 300 do Código de Processo Civil de 2015. Vejamos: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. A alternativa encontra-se incorreta, porquanto estamos diante da tutela de urgência, e não de evidência. Bom, passamos pelos pontos do edital, mas impede ressaltar que há necessidade de leitura integral dos dispositivos (arts. 294-311) do Código de Processo Civil. Para fins de tecer alguns comentários acerca do tema, vejamos: Características da tutela provisória: a. Não é definitiva; b. É precária (pode ser modificada ou revogada a qualquer momento); c. Não faz coisa julgada e; d. Deve permitir o retorno ao status quo, ou seja, o deferimento da tutela não pode se revelar como a própria tutela final, irreversível. Afinal, há uma cognição sumária. a. Enunciado n. 40 do CJF: A irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência não impede sua concessão, em se tratando de direito provável, cuja lesão seja irreversível. Acerca da Tutela provisória de urgência: a. Probabilidade do direito e risco ao resultado útil do processo. Acerca da Tutela provisória da evidência: a. É uma tutela que independe da urgência. E como visto, no art. 311, caput, do CPC consagra expressamente o entendimento de que tutela de evidência independe da demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional, em diferenciação clara e indiscutível com a tutela de urgência. GABARITO: ERRADA
390
As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, não incluída a atividade satisfativa conforme expresso no Código de Processo Civil.
Trata-se de afirmativa ERRADA uma vez que está em desacordo com o disposto no art. 4º do Código de Processo Civil de 2015. Vejamos: Art. 4º do CPC. Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
391
Julgue os itens a seguir, relativos a atos internacionais, personalidade internacional, cortes internacionais e fontes do direito internacional público. Organizações internacionais podem ser sucedidas por outras, bem como faz-se possível sua simples dissolução em conformidade com o direito internacional
CORRETA. Conforme leciona Paulo Henrique Gonçalves Portela, os organismos internacionais são marcados pela permanência, ou seja, devem funcionar por prazo indeterminado. Porém, consigna-se que apesar da permanência os organismos internacionais podem deixar de existir, fundamentalmente por decisão de seus membros, a partir de sua dissolução (v.g. Pacto de Varsóvia) ou de sua sucessão por outra organização. GABARITO: CERTA
392
Deixar a autoridade responsável pela apreensão de criança ou adolescente de comunicar tal fato, de imediato, ao juiz e à família, comete crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade.
ERRADA. A conduta narrada NÃO se amolda ao crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, no seu art. Xxxx, mas sim, ao Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu art. 231, aplicável ao caso por força do princípio da especialidade: Art. 231. Deixar a autoridade responsável pela apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada. O correspondente na Lei 13.869/2019 encontra-se previsto no seu artigo 12: Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
393
A Lei 13.964/2019 inovou ao fazer acrescentar no rol de crimes hediondos os delitos de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição e o de tráfico internacional de arma de fogo.
ERRADA. A Lei 13.964/19, de fato, fez inserir alguns novos tipos penais no rol dos crimes hediondos. Porém, a assertiva faz uma inversão sutil, mas extremamente importante: à há hediondez no comércio ilegal de arma de fogo (não havendo menção a acessórios ou munições); à há hediondez no tráfico internacional de arma de fogo, e aqui sim, a lei incluiu acessórios ou munições. Vejamos o que diz o art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.072/90: “Art. 1º. Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (...) III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003); (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei n. 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)”.
394
Julgue a afirmação a seguir. Acerca do tema dosimetria da pena, pode a atenuante da confissão, mesmo qualificada, pode ser compensada integralmente com qualificadora do motivo fútil deslocada para a segunda fase da dosimetria em razão da pluralidade de qualificadoras.
De acordo com o STJ, havendo duas ou mais qualificadoras, uma delas deverá ser utilizada para qualificar a conduta, alterando o quantum da pena em abstrato, e as demais poderão ser valoradas na segunda fase da dosimetria, caso correspondam a uma das agravantes previstas na legislação penal, ou, ainda, como circunstância judicial, afastando a pena-base do mínimo legal. Além disso, possui entendimento no sentido de que a confissão, ainda que parcial, ou mesmo qualificada - em que o agente admite a autoria dos fatos, alegando, porém, ter agido sob o pálio de excludentes de ilicitude ou de culpabilidade -, deve ser reconhecida e considerada para fins de atenuar a pena (STJ. 6ª Turma. HC 350.956/SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe 15/8/2016). Nesse sentido, o STJ, no bojo do informativo 761/2022, entendeu que a atenuante da confissão, mesmo qualificada, pode ser compensada integralmente com qualificadora do motivo fútil deslocada para a segunda fase da dosimetria em razão da pluralidade de qualificadoras. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 2.010.303-MG, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 14/11/2022 (Info 761). GABARITO: CERTA
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É correto afirmar que a garantia do crédito tributário na execução fiscal possui natureza de pagamento voluntário e, portanto, configura hipótese de extinção da punibilidade ou de suspensão do processo por crime tributário.
De acordo com o STJ, o fato de a referida dívida ativa estar garantida por contrato de seguro no bojo de execução fiscal movida contra o contribuinte não descaracteriza a materialidade dos crimes fiscais. A constituição definitiva do crédito tributário, pressuposto material do crime fiscal, não é afastada pela mera garantia do débito em execução. A jurisprudência do STJ é no sentido de que “conquanto o débito fiscal tenha sido garantido na origem, o certo é que não se equipara ao pagamento do tributo, razão pela qual não enseja, imediata e obrigatoriamente, o trancamento da ação penal, como almejado” (AgRg no AREsp 1.230.863/SP, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 7/5/2019). Não tendo sido afastada a constituição definitiva do débito tributário por sua garantia no âmbito da execução fiscal, também não é obrigatória e legalmente impositiva a suspensão da ação penal. GABARITO: ERRADA NÃO CONFUNDIR COM *STJ EM 2024 VALIDOU O ENTENDIMENTO DE QUE PARA CRIMES TRIBUTÁRIOS, TENDO SIDO CONSTITUIDO O CREDITO TRIBUTARIO APÓS LEI 12.382/2011 O PEDIDO DE PARCELAMENTO SOMENTE SUSPENDE A PRETENSÃO PUNITIVA E A PRESCRIÇÃO PENAL SE FEITO ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. TODAVIA, COMO SE TRATA DE LEI MAIS GRAVE, OS CREDITO TRIBUTARIOS OCORRIDOS ANTES DESSA LEI, A QUALQUER TEMPO PEDIDO O PARCELAMENTO SE DARÁ A SUSPENSÃO;
396
Consoante recente alteração na Lei 7716/89, lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, o crime de injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional permite o aumento de pena em 2/3, caso seja cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
Muita atenção pois esse delito foi introduzido na Lei contra o Racismo em 2023!!! De acordo com a previsão do art. 2º-A da referida lei, o delito de injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional possui pena de 2 a 5 anos de reclusão e multa. Além disso, como previsto no parágrafo único, a pena é aumentada de METADE se o crime for cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas. Portanto, incorreta a questão. GABARITO: ERRADA
397
Considerando o novo procedimento trazido pela Lei 13.964/2019, previsto no art. 51 do Código Penal, o qual prevê que a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, é correto afirmar que, caso o Ministério Público, intimado, não proponha a execução da pena pecuniária, não caberá ao juiz da execução a determinação do pagamento da pena de multa de ofício.
Sendo assim, incumbe ao Ministério Público a execução da pena de multa, o qual, atento às disposições contidas nos arts. 164 e seguintes da Lei de Execução Penal, deverá promovê-la, não cabendo ao juízo da execução a determinação, de ofício, do respectivo pagamento. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 2.092.616/GO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 2/8/2022. E, por conseguinte, não cabe a determinação do pagamento da pena de multa, de ofício, ao juízo da execução. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 2.222.146-GO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 9/5/2023 (Info 779). GABARITO: CERTA
398
. Durante o trâmite da carta rogatória, o prazo prescricional fica suspenso, voltando a correr após a juntada do comprovante de citação aos autos.
ERRADO. O artigo 368 do Código de Processo Penal dispõe que “ Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.” Aí, surge a dúvida: o prazo prescricional volta a correr do momento em que o réu é citado ou a partir da juntada da carta aos autos? De acordo com o Superior Tribunal Justiça, a suspensão acaba com o cumprimento da carta, isto é, com a citação, ainda que haja demora para a juntada da rogatória cumprida nos autos (STJ. 5ª Turma. REsp 1882330/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 06/04/2021 - Info 691).
399
É legítimo que o magistrado formule perguntas às testemunhas de acusação no caso de o membro do Ministério Público não comparecer à audiência de instrução e julgamento.
ERRADO. Se o membro do Ministério Público for intimado mas não comparecer à audiência para oitiva das testemunhas, o juiz tem duas opções: 1) suspender a audiência e designar nova data para o ato; 2) realizar a audiência mesmo sem a presença do MP. Neste caso, não poderá fazer perguntas às testemunhas arroladas pela acusação. O magistrado, de acordo com o STJ, não pode fazer perguntas diretamente às testemunhas, assumindo o papel do órgão ministerial. Se assim fizer, haverá nulidade do que for colhido (STJ. 6ª Turma. REsp 1846407-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 13/12/2022 - Info 761). Bibliografia: STJ. 6ª Turma. REsp 1846407-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 13/12/2022 - Info 761. GABARITO: ERRADA
400
Conforme entendeu o STJ, no caso de recusa do órgão do Ministério Público em oferecer o Acordo de Não Persecução Penal, poderá o investigado requerer a remessa dos autos a órgão superior do MP, sendo essa remessa apta a suspender a tramitação da ação penal.
Conforme entendeu a Corte Cidadã no bojo do informativo 780/2023, no caso de recusa de oferecimento do acordo de não persecução penal pelo representante do Ministério Público, o recurso dirigido às instâncias administrativas contra o parecer da instância superior do Ministério Público não detém efeito suspensivo capaz de sustar o andamento de ação penal. GABARITO: ERRADA
401
Em uma situação hipotética em que haja duas sentenças transitadas em julgado envolvendo as mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido, pacificou o STJ o entendimento no sentido de prevalecer a decisão que primeiro transitou em julgado.
vai cair. questão contraintuitiva a cara da cespe. Em 2022, o STJ pacificou o tema decidindo que, havendo divergência entre duas sentenças transitadas em julgado, deverá prevalecer a coisa julgada formada por último, enquanto não invalidada por ação rescisória. vale a segunda, e não a primeira, salvo se a primeira já se executou, ou começou de executar-se”. (Comentários ao Código de Processo Civil. 3. ed. , t. 6. Rio de Janeiro: Forense, 2002, p. 214). (...) (EAREsp 600.811/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em 04/12/2019, DJe 07/02/2020) Portanto, a regra é a prevalência pela decisão que transitou em julgado por último. A exceção fica por conta do caso de já ter sido iniciada ou concluída a execução do primeiro título. GABARITO: ERRADA
402
É correto afirmar que no caso de inserção de dados falsos em sistema de dados federais a competência para julgamento da ação penal é da justiça federal.
O STJ decidiu, em publicação de maio de 2023, que “a inserção de dados falsos em sistema de dados federais não fixa, por si só, a competência da Justiça Federal, a qual somente é atraída quando houver ofensa direta a bens, serviços ou interesses da União ou órgão federal”. O Dizer O direito fez uma interessante análise desse caso concreto, vejamos: Caso concreto: No dia 18/03/2018, policiais rodoviários federais, em patrulhamento, abordaram um caminhão conduzido por João, que transportava madeira. Indagado sobre a origem da madeira transportada, João apresentou um Documento de Origem Florestal – DOF, emitido pela empresa Alfa Ltda e que tinha como destinatária a empresa Beta Ltda. Ao conferir o carregamento de madeira, os policiais constataram que o DOF era irregular e/ou inválido, pois as espécies de madeira transportadas não correspondiam àquelas mencionadas no documento. Instaurou-se inquérito policial para apuração da responsabilidade criminal decorrente desse fato e na investigação ficou constatado que: · houve a inserção de dados falsos de madeira no sistema DOF; · não havia indícios de que João (motorista do caminho) teria agido com dolo ao apresentar o DOF, tendo ficado demonstrado que ele não sabia que o documento era falso. Logo, ficou afastado o crime de uso de documento falso (art. 304 do Código Penal); · eventual prática do delito tipificado pelo art. 46 da Lei nº 9.605/98, estava fulminada pela prescrição. · remanescia apenas o delito tipificado pelo art. 299 do Código Penal, correspondente à adulteração do documento do sistema DOF. De quem é a competência para apurar esse fato: Justiça Federal ou Justiça Estadual? Justiça Estadual. O Sistema DOF foi instituído e implantado pelo IBAMA (art. 1º da Portaria/MMA nº 253/2006 c/c Instrução Normativa nº 112/2006 do IBAMA), estando, inclusive, hospedado no site da autarquia. Contudo, para o STJ, isso não é suficiente, por si só, para atrair a competência da Justiça Federal para o julgamento do delito de falsificação de Documento de Origem Florestal. Nesse sentido: STJ. 3ª Seção. CC 168.575/MS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 9/10/2019. No caso, não foi indicado nenhum prejuízo concreto ao ente federal ou demonstrada a ofensa a interesse direto e específico da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas com a suposta apresentação de informação falsa no sistema DOF (Documento de Origem Florestal), motivo pelo qual o feito deve ser processado e julgado pela Justiça comum estadual. Questão incorreta, portanto. GABARITO: ERRADA
403
O modelo integrador de reação ao crime busca, precipuamente, a reinserção social do infrator, de modo que ele seja resgatado e tenha um novo papel na construção dos anseios sociais. Nesse modelo, o Estado busca ressocializar o indivíduo criminoso, reeducando-o a fim de reintegrá-lo à sociedade, após o cumprimento da pena imposta.
ERRADA. Primeiramente, importa lembrarmos que a ocorrência de ação criminosa gera uma reação social em sentido contrário, no mínimo proporcional àquela, ocorrendo por meio de três modelos: dissuasório (clássico ou retributivo), ressocializador e integrador (restaurador ou consensual). Portanto, a assertiva está incorreta, uma vez que no modelo integrador não se busca a ressocialização do criminoso, mas a restauração o conflito social através da conciliação entre autor e vítima, com a consequente reparação do dano. GABARITO: ERRADA
404
O auxílio-reclusão será devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço, de modo que a aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão.
Resposta: CORRETA, à luz da Lei 8.213. Veja-se: Art. 80. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do caput do art. 25 desta Lei, será devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de pensão por morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço. (...). § 4º A aferição da renda mensal bruta para enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão.
405
Como empregado, é segurado obrigatório da Previdência Social o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social.
Resposta: ERRADA. Isso porque, nos ditames da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, na hipótese narrada, configura-se segurado obrigatório como contribuinte individual, e não como empregado. Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: V - como contribuinte individual: e) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; GABARITO: ERRADA
406
A exigência dos requisitos previstos em edital para nomeação em cargo público pode ser afastada por legislação posterior desde que mais benéfica ao candidato.
Neste sentido: A exigência dos requisitos previstos em edital para nomeação em cargo público não pode ser afastada por legislação posterior mais benéfica ao candidato. STJ. 2ª Turma. AgInt no RMS 61.658-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 10/05/2022 (Info 748). GABARITO: E
407
O acordo de não persecução cível pode ser celebrado mesmo que a ação de improbidade administrativa já esteja em fase de recurso.
“Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados: I - o integral ressarcimento do dano; II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados. (...)” As negociações para a celebração do acordo ocorrerão entre o Ministério Público, de um lado, e, de outro, o investigado ou demandado e o seu defensor, conforme o § 5º do art. 17-B da referida Lei, e o juiz não participará das negociações. Já o §3º do art. 17-B prevê que o acordo poderá ser celebrado no curso da investigação de apuração do ilícito, no curso da ação de improbidade ou no momento da execução da sentença condenatória. Desse modo, o STJ entendeu: É possível a homologação judicial de acordo de não persecução cível no âmbito da ação de improbidade administrativa em fase recursal. STJ. 1ª Seção. EAREsp 102.585-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 09/03/2022 (Info 728). GABARITO: C
408
Determinada Câmara Municipal pretendia realizar consulta popular sobre questão local concomitantemente às eleições municipais. Para tal consulta, foi adotado o seguinte procedimento: aprovação pela Câmara Municipal a respeito da questão, encaminhamento para a Justiça Eleitoral 100 (cem) dias antes da data das eleições e foram observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. O procedimento descrito está de acordo com o que prevê a Carta Magna.
A E/C 111/2021 introduziu o § 12 ao artigo 14 da Constituição Federal. Este artigo passou a prever a possibilidade de consulta popular sobre questões locais. O procedimento foi descrito no texto: § 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) Portanto, o procedimento descrito na assertiva foi correto, pois todos os requisitos foram preenchidos de forma satisfatórias e dentro dos limites fixados na CF. Importante fazer a leitura do § 13, que foi introduzido pela mesma E/C: § 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) GABARITO: C
409
Lei complementar estadual não pode conferir à Defensoria Pública a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições
A Defensoria Pública detém a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias à sua atuação. STF. Plenário. ADI 6852/DF e ADI 6862/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 18/2/2022 (Info 1045). STF. Plenário. ADI 6865/PB, ADI 6867/ES, ADI 6870/DF, ADI 6871/CE, ADI 6872/AP, ADI 6873/AM e ADI 6875/RN, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em 18/2/2022 (Info 1045). É constitucional lei complementar estadual que, desde que observados os parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, confere à Defensoria Pública a prerrogativa de requisitar, de quaisquer autoridades públicas e de seus agentes, certidões, exames, perícias, vistorias, diligências, processos, documentos, informações, esclarecimentos e demais providências necessárias ao exercício de suas atribuições. STF. Plenário. ADI 6860/MT, ADI 6861/PI e ADI 6863/PE, Rel. Min. Nunes Marques, julgados em 13/9/2022 (Info 1067). GABARITO: E
410
Os estados não podem editar normas específicas quanto ao porte de arma de fogo no exercício de sua competência constitucional para suplementar as normas gerais fixadas pela União sobre matéria atinente à segurança pública.
Sendo assim, no exercício de sua competência suplementar, os Estados-membros podem editar normas específicas, desde que mais restritivas. Neste sentido: É constitucional ato normativo estadual que, respeitando as condições mínimas definidas em diploma federal de normas gerais, estabelece exigência adicional para a manutenção do porte de arma de fogo por servidores estaduais aposentados das forças de segurança pública. STF. Plenário. ADI 7.024/PR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 16/12/2022 (Info 1081). GABARITO: E
411
A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é instrumento eficaz de controle da inconstitucionalidade por omissão.
De acordo com o STF, a ADPF pode ter por objeto as omissões do poder público, quer totais ou parciais, normativas ou não normativas, nas mesmas circunstâncias em que ela é cabível contra os atos em geral do poder público, desde que essas omissões se afigurem lesivas a preceito fundamental, a ponto de obstar a efetividade de norma constitucional que o consagra. Vale salientar que tanto a Constituição como a lei infraconstitucional deixaram de conceituar preceito fundamental, cabendo essa tarefa à doutrina e, em última instância, ao STF. Até o momento, os Ministros do STF não definiram, com precisão, o que entendem por preceito fundamental, analisando caso a caso. Neste sentido: A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é instrumento eficaz de controle da inconstitucionalidade por omissão. STF. Plenário. ADPF 272/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 25/3/2021 (Info 1011).
412
O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
Trata-se de afirmativa ERRADA uma vez que está em desacordo com o disposto no art. 165, §2º do Código de Processo Civil de 2015. Vejamos, a diferença básica acerca da conciliação e mediação. Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. § 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça. § 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. § 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. GABARITO: E
413
Conforme o Superior Tribunal de Justiça o estabelecimento comercial é composto por patrimônio material e imaterial, constituindo exemplos do primeiro os bens corpóreos essenciais à exploração comercial, como mobiliários, utensílios e automóveis, e, do segundo, os bens e direitos industriais, como patente, nome empresarial, marca registra, desenho industrial, dentre outros.
Trata-se de afirmativa CORRETA uma vez que está de acordo com o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no (Resp 633.179/MT), vejamos: Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. (Vide Lei nº 14.195, de 2021) § 1º O estabelecimento não se confunde com o local onde se exerce a atividade empresarial, que poderá ser físico ou virtual. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) § 2º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for virtual, o endereço informado para fins de registro poderá ser, conforme o caso, o endereço do empresário individual ou o de um dos sócios da sociedade empresária. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) § 3º Quando o local onde se exerce a atividade empresarial for físico, a fixação do horário de funcionamento competirá ao Município, observada a regra geral prevista no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022). Portanto (tema do edital – 4.5 DPF), trata-se de assertiva verdadeira. GABARITO: C
414
O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de seis meses, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Trata-se de afirmativa ERRADA uma vez que está em desacordo com a literalidade do art. 1.146 do Código Civil, vejamos: Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo PRAZO DE UM ANO, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. Importante a leitura integral dos dispositivos acerca do tema, pois há um alta incidência de cobrança. GABARITO: E
415
Na denúncia pelo Presidente da República de tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, para que produza efeitos no ordenamento jurídico interno, não é imprescindível a sua aprovação pelo Congresso Nacional.
NÃO CONFUNDIR DEPÓSITO COM DENUNCIA Em recente julgamento exarado pelo STF (19/06/2023), restou fixado o seguinte entendimento: “A denúncia pelo Presidente da República de tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, para que produza efeitos no ordenamento jurídico interno, NÃO PRESCINDE da sua aprovação pelo Congresso” [ADC 39, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 19/06/2023] → ou seja, É IMPRESCINDÍVEL que o Congresso APROVE a denúncia. Denúncia é o ato pelo qual o país se retira, se desobriga, de um tratado internacional anteriormente firmado. Entendeu o STF que como o CN aprova a celebração do tratado, ele também deve aprovar a sua denúncia. Consignou, ainda, que esse entendimento que deverá ser aplicado a partir da publicação da ata do julgamento, mantendo-se a eficácia das denúncias realizadas até esse marco temporal GABARITO: E
416
Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.
Deltas! Leiam a DUDH (Declaração Universal dos Direitos Humanos). É corriqueiro que seja cobrado a letra seca da declaração nas provas. A assertiva está correta e é exatamente a redação do artigo 13. Confiramos: “Art. 13. 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar.”. GABARITO: C
417
O STJ entende que a elementar “no exercício da atividade comercial ou industrial”, prevista no crime de receptação (art. 180 do CP), não exige a habitualidade da conduta, isto é, basta a prática de um único ato de uma das ações do núcleo do tipo para que se configure a modalidade qualificada de tal delito.
A questão trata de recente entendimento do Superior Tribunal de Justiça, exarado no informativo nº 771 – 2023. De acordo com o STJ, para que se configure a modalidade qualificada da receptação, a lei exige que a prática de um dos verbos previstos no § 1º do art. 180 ocorra no exercício de atividade comercial ou industrial. A expressão “no exercício de atividade comercial ou industrial” pressupõe, segundo a doutrina, habitualidade no exercício do comércio ou da indústria, “pois é sabido que a atividade comercial (em sentido amplo) não se aperfeiçoa com um único ato, sem continuidade no tempo.” (MASSON, Cleber. Código Penal Comentado. 6ª ed., São Paulo: Método, 2018). O verbete publicado foi: A receptação, em sua forma qualificada, demanda especial qualidade do sujeito ativo, que deve ser comerciante ou industrial. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 2.259.297-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 18/4/2023 (Info 771). – Fonte: Dizer O Direito. Portanto, tendo em vista que a elementar “no exercício da atividade comercial ou industrial”, ao contrário que afirmado na questão, EXIGE a habitualidade para a sua configuração, a questão encontra-se incorreta. GABARITO: E
418
Pedro cometeu homicídio contra Otávio. Foi, posteriormente, denunciado, pronunciado e condenado pelo conselho de sentença do Tribunal do Júri. Neste momento processual, em razão de Pedro ter, comprovadamente, envolvimento com o tráfico de drogas, pode o juiz togado aumentar a pena-base pela conduta social desfavorável
A questão traz entendimento recente do STJ, exarado no informativo 770 – 2023, cujo verbete é: O intenso envolvimento com o tráfico de drogas constitui fundamento idôneo para valorar negativamente a conduta social do agente na primeira fase da dosimetria da pena no crime de homicídio qualificado. No caso concreto, na 1ª fase da dosimetria, o magistrado considerou negativa a conduta social do condenado, consignando que ele é uma pessoa envolvida com o tráfico. O juiz afirmou que o acusado atuava sob ordens diretas do tráfico de drogas da região, encontrando-se em alto nível de inserção criminosa e que se trata de pessoa temida na comunidade, possuindo laços estreitos com uma rede de pessoas dedicadas à prática criminosa. O STJ considerou que essa majoração foi plenamente justificada, considerando que essa circunstância reflete o temor causado pelo agente. A conduta social é uma avaliação de natureza comportamental, pertinente ao relacionamento do agente no trabalho, na vizinhança, perante familiares ou amigos, não havendo uma delimitação mínima do campo de análise, podendo ser pequena como no núcleo familiar ou mais ampla como a comunidade em que o indivíduo mora. O fato de o condenado estar envolvido com o tráfico de drogas denota sua periculosidade, destemor às instituições constituídas, e também demonstra sua propensão para violar as regras sociais. STJ. 5ª Turma. HC 807.513-ES, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 11/4/2023 (Info 770) – Fonte: Dizer O Direito. GABARITO: C
419
É correto afirmar que se o crime de preconceito de raça for cometido no contexto de atividades esportivas, o agente delituoso poderá ser punido com a sanção de proibição de frequência a locais destinados a práticas esportivas por 3 (três) anos.
A questão traz a recente modificação legislativa na lei 7.716/1989 – lei que define os crimes resultantes de preconceito de raça e cor. A lei em questão ganhou contornos ainda mais importantes ao tipificar como racismo a injúria racial, com pena aumentada de um a três anos para de dois a cinco anos de reclusão. Além disso, atente-se que todos os crimes previstos na Lei 7.716 terão as penas aumentadas em um terço até a metade quando ocorrerem em contexto ou com intuito de descontração, diversão ou recreação. Por fim, alteração importantíssima diante dos últimos acontecimentos no contexto do futebol foi a inclusão da qualificadora do §2º-A, o qual prevê que se qualquer dos crimes previstos neste artigo for cometido no contexto de atividades esportivas, religiosas, artísticas ou culturais destinadas ao público, o agente será punido com “reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e proibição de frequência, por 3 (três) anos, a locais destinados a práticas esportivas, artísticas ou culturais destinadas ao público, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 14.532, de 2023)” Considerando que a questão traz o que prevê o §2º-A, do art. 20, da Lei 7.716/89, encontra-se, portanto, correta. GABARITO: C
420
O estelionato previdenciário, quando praticado por um terceiro, em favor de alguém não beneficiário, consiste em delito instantâneo de efeitos permanentes.
Importante verificar que os julgados trazem duas situações distintas, e que tal distinção é absolutamente necessária para fins da análise prescricional: à Se o estelionato é praticado pelo próprio beneficiário: crime permanente, renovado enquanto o agente mantiver o INSS em erro. Prazo prescricional: início a partir da cessação da permanência; à Se o estelionato é praticado por terceiro para que outrem goze de benefício indevido: crime instantâneo de efeitos permanentes. Prazo prescricional: início a partir do recebimento da primeira prestação do benefício indevido. GABARITO: C
421
O não acatamento de ordem de parada a veículo em trânsito, emitida fora de situação de ostensividade, configura o crime de desobediência.
ERRADA. Desobedecer a ordem de parada em atividade relacionada ao trânsito: o STJ entende que desobediência à ordem de parada emitida pela autoridade de trânsito ou por seus agentes, ou mesmo por policiais ou outros agentes públicos, no exercício de atividades relacionadas ao trânsito, não constitui crime de desobediência, pois já há previsão de sanção administrativa específica no artigo 195 do Código de Trânsito Brasileiro. Desobediência à ordem de parada em atividade ostensiva: por outro lado, quando a ordem de parada não é emanada de autoridade de trânsito, mas por policiais militares no exercício de atividade ostensiva, destinada à prevenção e à repressão de crimes, resta configurado o delito de desobediência. TEMA 1060 Caracterização do crime de quando a ordem de parada a veículo for emitida por policial no exercício de atividade ostensiva de segurança pública. STJ -  Condutor que desobedece ordem de parada no contexto de policiamento ostensivo comete crime de desobediência.  STJ -  Condutor que desobedece ordem de parada no contexto de mera fiscalização de trânsito, comete apenas infração administrativ RESISTÊNCIA: uso de violência ou ameaça contra funcionário.  * DESOBEDIÊNCIA: agente apenas deixa de realizar a ordem sem ocorrer violência ou ameaça. (VERBO DESOBEDECER) * DESACATO: o agente ofende o funcionário público que está exercendo a função.(VERBO DESACATAR)
422
A intimação do militar será feita por intermédio do chefe do respectivo serviço.
GAB: CERTO Art. 358, CPP. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço. C/c Art. 370, CPP. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
423
A Polícia Civil recebeu denúncia anônima de que um grupo criminoso teria promovido o ingresso de estrangeiro, de forma irregular, no território nacional. Imediatamente, foi instaurado o inquérito policial por meio de portaria, a partir do qual foram realizadas posteriores investigações. Descobriu-se que o grupo era composto por 20 integrantes, divididos de forma organizada, cada um com suas funções, e tinha como objetivo promover a entrada ilegal de estrangeiros no Brasil em troca de dinheiro. Com base nessas informações, julgue os itens apresentados a seguir: Para realizar a prisão em flagrante dos criminosos, seria necessário aguardar a entrada dos estrangeiros em território nacional, momento no qual ocorreria a consumação do delito de promoção de migração ilegal.
Nível de dificuldade: difícil. ERRADO. Embora o crime de promoção de migração ilegal (art. 232-A do Código Penal) consume-se com a entrada do migrante em território nacional, verifica-se, no caso apresentado, a prática conexa do delito de organização criminosa, previsto no art. 2º da Lei nº 12.850/2013, que é um crime permanente, cuja consumação protrai-se no tempo e, assim, permite a prisão em flagrante a qualquer momento enquanto durar a permanência e estabilidade do grupo. Dessa forma, ao contrário do que afirma o item, não seria necessário aguardar a entrada dos estrangeiros no território nacional para se efetuar a prisão em flagrante, uma vez que já seria cabível o flagrante pela prática do crime de organização criminosa. Gabarito: E
424
De acordo com a doutrina, a conexão tem como uma de suas modalidades a conexão intersubjetiva por reciprocidade, hipótese na qual as infrações são praticadas por diversas pessoas, umas contra as outras. O crime de rixa é um exemplo dessa modalidade de conexão, tendo em vista que os envolvidos, desafiante e desafiado, acabam sofrendo e provocando lesões corporais recíprocas.
ERRADA. O crime de rixa não pode ser um exemplo de conexão intersubjetiva por reciprocidade, pois a conexão exige, obrigatoriamente, a ocorrência de duas ou mais infrações. Na rixa, o crime é único.
425
Corréu agraciado por acordo de não persecução penal não está impedido de prestar declarações em juízo na condição de testemunha.
ERRADA. A orientação do STJ é no sentido de que o corréu não denunciado, porque realizado acordo de não persecução penal, não poderá prestar declarações na condição de testemunha. No entanto, nada impede que seja ouvido na qualidade de informante: “a despeito de um corréu não ter sido denunciado, por ter feito Acordo de Não Persecução Penal, inexiste impedimento para sua oitiva como informante, mas não como testemunha” (STJ, 5ª Turma, AgRg no RHC n. 144.641/PR, julgado em 28/11/2022) (destaque e grifo nosso).
426
CONSEQUÊNCIAS DA RESCIsÃO IMPUTADA AO COLABORADOR
*PERDA DO PREMIO *MANUTENÇÃO DAS PROVAS, INCLUSIVE AS AUTOINCRIMINATÓRIAS OBS: ISSO NÃO OCORRE NA RETRATAÇÃO E, QIE AS PROVAS AUTOINCRIMINAT´PRIAS NÃO PODERÃO SER UTILIZADAS EXCLUSIVAMENTE EM SEU DESFAVOR.
427
Enquanto o Direito Penal parte da regra geral para o caso concreto de forma lógica e abstrata, a Criminologia faz o movimento contrário – observa o caso concreto para somente depois identificar uma regra a ele amoldável.
CERTA. O método empregado pelo Direito Penal é o método dedutivo – parte-se da regra geral para o caso concreto. O crime lhe interessa enquanto fato descrito na norma legal, visando a perquirir a tipificação adequada. A criminologia, por sua vez, vale-se do método indutivo, em que se procura, previamente, analisar e observar, para somente depois encontrar uma regra para aquele caso concreto, podendo ela variar de um caso para outro. Não há uma equação fechada, não há um teorema deduzível para o caso (GONZAGA, Christiano. Manual de criminologia. São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p. 19).
428
A vitimização terciária – ou sobrevitimização – é a provocada pelo meio social, em decorrência de estigmas vinculados ao crime, assim como pela omissão do Estado na implementação de medidas destinadas a minimizar as consequências negativas advindas do delito.
ERRADA. O conceito se adequa, sim, à vitimização terciária – trata-se de processo provocado tanto pelo meio social em geral (que nega ou escasseia a receptividade à vítima), como pela omissão estatal em prover medidas voltadas a arrefecer os mais diversos danos experenciados pelo ofendido. Porém, muito cuidado, e aqui está o erro da assertiva – quando se fala em sobrevitimização, está-se diante da vitimização secundária, e não terciária. A sobrevitmização/vitimização secundária/revitimização é a que ocorre no seio das instâncias formais de controle social (Polícias, Ministério Público, Poder Judiciário), em que a vítima sofre com o descaso da máquina pública, com a morosidade no atendimento, com o não atendimento às suas demandas, com a sua submissão a uma série de procedimentos que, de forma repetitiva, reforçam traumas e estigmas
429
José sempre trabalhou em uma fábrica, ocupando o mesmo cargo e recebendo adicional de periculosidade. Ao requer a sua aposentadoria, postulou pelo reconhecimento do seu tempo de trabalho como tempo especial, em razão do adicional de periculosidade recebido. Com razão José, uma vez que o recebimento de adicional de periculosidade atrai o reconhecimento de atividade especial para fins de aposentadoria.
Comentário: ERRADA. Nos termos da jurisprudência do STJ: A percepção de adicional de insalubridade pelo segurado, por si só, não lhe confere o direito de ter o respectivo período reconhecido como especial, porquanto os requisitos para a percepção do direito trabalhista são distintos dos requisitos para o reconhecimento da especialidade do trabalho no âmbito da previdência social. STJ. 2ª Turma. AgInt nos EDcl no AgInt no AREsp 1.865.832-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 3/4/2023 (Info 773).
430
Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Comentário: ERRADA. SEGURIDADE SOCIAL E NÃO PREVIDENCIA. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais. § 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
431
Será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, ainda quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão
Resposta: ERRADA. O candidato deve se atentar à redação dada pela Lei nº 13.846/2019, que alterou a Lei nº 8.213/91: Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. § 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
432
Receita pública engloba todos os valores que ingressam nos cofres públicos, independentemente de serem definitivos ou não.
No direito financeiro, há diferença entre receita e ingresso. Somente são consideradas receitas públicas os numerários que entra nos cofres públicos com caráter definitivo. Já o ingresso considera todos os valores que entram nos cofres públicos, independentemente de terem definitividade ou não. Um exemplo de ingresso público são valores depositados por licitantes como forma de garantir determinada proposta, estes valores entram nos cofres públicos mas não pertencem ao Poder Público. Um exemplo de receita pública são os valores decorrentes de impostos, estes sim são definitivos do Poder Público. GABARITO: E
433
A conversão de depósito em renda é hipótese de suspensão do crédito tributário.
As hipóteses de extinção do crédito tributário estão previstas no artigo 156 do CTN: Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. GABARITO: E
434
As empresas públicas e as sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que não distribuam lucros a acionistas privados nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de cobrança de tarifa como contraprestação do serviço.
O tema em questão objeto de análise pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que em sede de Repercussão Geral definiu a tese exposta: As empresas públicas e as sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos essenciais, que não distribuam lucros a acionistas privados nem ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de cobrança de tarifa como contraprestação do serviço. STF. Plenário. RE 1320054 RG, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 06/05/2021 (Repercussão Geral – Tema 1140) Portanto, assertiva certa. GABARITO: C
435
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributo sobre entidades religiosas e templos de qualquer culto.
É muito comum examinadores trocarem as palavras tributo e imposto, tratando-as como sinônimos. É necessário lembrar que tributo é gênero, um conceito amplo, já imposto é espécie de tributo, conceito restrito. Desta forma, a vedação constitucional é relacionada aos impostos e não aos tributos, conforme artigo 150 da CF: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: b) entidades religiosas e templos de qualquer culto, inclusive suas organizações assistenciais e beneficentes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023) GABARITO: E
436
É vedada a celebração de PPP com o objetivo único de executar obra pública parada por falência de empreiteira.
A Lei 11.079/2004 fixou hipóteses em que é vedada a celebração de contrato de PPP no artigo 2º, §4º: § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Portanto, é vedada a celebração de PPP quando o objeto único for a execução de obra pública, seja qual for o motivo. Desta forma, a assertiva encontra-se certa. GABARITO: CERTO
437
O ato administrativo deve ser motivado e há necessidade de indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos quando decorrer do reexame de ofício.
O artigo 50 da Lei 9.784/99 prevê as hipóteses em que é necessário que o ato administrativo seja motivado: Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. § 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato. § 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados. § 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito. Portanto, o ato que decorra de reexame de ofício deverá ser motivado e constar a indicação dos fatos e fundamentos jurídicos. GABARITO: CERTO
438
A contratação de servidores públicos temporários sem concurso público, mas baseada em legislação local, não configura ato de improbidade administrativa, prevista no art. 11 da Lei 8.429/29, por estar ausente o elemento subjetivo (dolo), necessário para a configuração do ato de improbidade violador dos princípios da administração pública.
Resposta: Correta, conforme entendimento do STJ, em recurso repetitivo. STJ. 1ª Seção. REsp 1.913.638-MA, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 11/05/2022 (Recurso Repetitivo – Tema 1108 GABARITO: CERTO
439
É permitido o pagamento de remuneração em valor inferior ao salário mínimo ao servidor público, caso ele labore em jornada reduzida de trabalho.
Resposta: Errada. É defeso (proibido) o pagamento de remuneração em valor inferior ao salário mínimo ao servidor público, ainda que labore em jornada reduzida de trabalho. STF. Plenário. RE 964659/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 5/8/2022 (Repercussão Geral – Tema 900) (Info 1062). GABARITO: ERRADO
440
De acordo com o STJ, é correto afirmar que em ação de desapropriação indireta é cabível reparação decorrente de limitações administrativas.
Sendo assim, o STJ fixou a seguinte tese no bojo do informativo 662/2019: Em ação de desapropriação indireta é cabível reparação decorrente de limitações administrativas. GABARITO: CERTO
441
É correto afirmar que o ato praticado pelo usurpador de função é nulo.
O usurpador de função é pessoa que não tem nenhum vínculo com a Administração Pública e pratica ato administrativo, ressaltamos, sem ter qualquer forma de investidura na função pública. Lado outro, o ato praticado pelo usurpador é considerado INEXISTENTE. Não há que se falar aqui em nulidade! Os atos inexistentes são aqueles que apenas têm aparência de manifestação regular da vontade da Administração, mas, em verdade, não chegam a entrar no mundo jurídico, por absoluta falta de um elementos essencial e, por isso, não podem sequer ser convalidados. Portanto, questão incorreta. GABARITO: ERRADO NÃO CONFUNDIR COM O ato praticado pelo agente de fato reputa-se INVÁLIDO perante a Administração Pública e VÁLIDO perante 3º de boa-fé, justificado pela teoria da aparência.
442
Compete privativamente ao Presidente da República decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos artigos 167-B e seguintes da Constituição Federal.
ERRADO. Compete privativamente ao Presidente da República PROPOR AO CN A DECRETAÇÃO Do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos artigos 167-B e seguintes da Constituição Federal.
443
Imagine a seguinte situação: A Constituição Estadual de determinado Estado determina que em caso de Deputado Estadual tirar licença para interesse particular, a convocação de suplente ocorrerá caso o prazo for superior a 60 dias. Sobre a hipótese, julgue o item que se segue. O disposto na Constituição Estadual é constitucional, pois a regra prevista na Constituição Federal sobre o tema não é de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais.
O prazo previsto para a convocação de suplente, no caso de licença de parlamentar para tratar de interesses particulares (art. 56, § 1º, CF/88), é de observância obrigatória pelos estados-membros e deve ser adotado pelas respectivas Assembleias Legislativas. STF. Plenário. ADI 7253/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/05/2023 (Info 1095). GABARITO: ERRADO
444
Compete privativamente ao Presidente da República nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei.
Resposta: Correta. É a literalidade do art. 84, XIV, da Constituição Federal. GABARITO: CERTO
445
Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Resposta: Correta. É a literalidade do art. 94 da Constituição Federal. GABARITO: CERTO
446
Em regra, segundo a doutrina, uma das características da jurisdição voluntária é a não obrigatoriedade de intervenção do Poder Judiciário para que as partes obtenham o bem da vida pretendido.
Portanto, há OBRIGATORIEDADE no contexto da Jurisdição voluntária! Havendo a necessidade de submissão à intervenção judicial para fins de chancela estatal. GABARITO: ERRADO
447
Em sede de jurisdição voluntária o juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo adotar em cada caso concreto a solução que reputar mais conveniente ou oportuna, a partir do chamado juízo de equidade.
Segundo previsão expressa do art. 723, parágrafo único, do CPC, o juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo adotar em cada caso concreto a solução que reputar mais conveniente ou oportuna. A doutrina entende que tal dispositivo consagra a possibilidade de o juiz se valer de um juízo de equidade na solução das demandas de jurisdição voluntária, reconhecendo-se a presença de certa discricionariedade do juiz. GABARITO: Certo
448
Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
Trata-se de afirmativa CORRETA uma vez que está de acordo com o art. 315 do Código de Processo Civil, vejamos: Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
449
É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
Trata-se de afirmativa CORRETA uma vez que está de acordo com o art. 3º da Lei nº 11.101/2005, vejamos: Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil.
450
Dentre o preenchimento de outros requisitos, exige-se do condenado pelo crime de tráfico de drogas, para fins de concessão de liberdade condicional, o cumprimento de mais de dois terços da pena, caso não seja ele reincidente.
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico. Com base na Lei de Drogas conseguimos verificar dois erros da questão: 1 - que a vedação é para os reincidentes específicos, conforme também está previsto no CP; 2 - A Lei de Drogas coloca o cumprimento de 2/3, e não MAIS de 2/3, diferente do que dispõe o CP GABARITO: ERRADO
451
É correto afirmar que nos crimes omissivos impróprios, admitidos apenas em crimes materiais, a tipicidade é aberta, mediante subsunção indireta.
Tendo em vista que o agente pratica o verbo núcleo do tipo, podemos concluir que nos crimes omissivos impróprios, a tipicidade é aberta, mediante subsunção indireta. · Subsunção indireta ou adequação mediata -> Necessita de norma de extensão · Subsunção direta ou adequação imediata -> Não necessita de norma de extensão
451
Julgue a afirmação a seguir: pratica o crime previsto no art. 14 da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), o agente, colecionador de armas, que transporta uma arma de fogo de uso permitido sem portar a necessária guia de tráfego no momento da abordagem.
O STJ entendeu no bojo do informativo 753/2022 que a simples ausência de cumprimento de uma formalidade não pode fazer com que o agente possa ser considerado criminoso, até porque ele é colecionador de armas e não praticou nenhum ato que pudesse colocar em risco a incolumidade de terceiros, pois a sua conduta não pode ser considerada como ilícito penal. Portanto, é ATÍPICA a conduta de colecionador, com registro para a prática desportiva e guia de tráfego, que se dirigia ao clube de tiros sem portar consigo a guia de trânsito da arma de fogo. STJ. 5ª Turma. AgRg no AgRg no RHC 148.516-SC, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 09/08/2022 (Info 753). GABARITO: ERRADO
452
O Código Penal brasileiro prevê, expressamente, três situações que excluem a culpabilidade, em razão da inexigibilidade de comportamento diverso.
osso Código Penal prevê, expressamente, 2 (duas) situações que excluem a culpabilidade, em razão da inexigibilidade de comportamento diverso. É dizer, a coação moral irresistível e a obediência hierárquica (CP, art. 22) constituem causas de exclusão da culpabilidade e se situam no contexto da inexigibilidade de conduta diversa.
453
É possível o perdão judicial somente nas ações penais públicas.
(ERRADA). O perdão judicial é ato exclusivo do Poder Judiciário. Além disso, é unilateral, ou seja, independe de aceitação da parte contrária, e tem lugar em crimes de ação penal pública ou privada. “Perdão judicial [...] É possível quer nas ações penais públicas, quer nas privadas.” (Manual de direito penal: parte geral / Gustavo Junqueira, Patricia Vanzolini. – 7. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021). GABARITO: ERRADO
454
Para que seja formulada a proposta de transação penal, deve haver a prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de comprovada impossibilidade.
CERTO. Primeiramente, convém ressaltar que a conduta narrada no enunciado amolda-se ao delito do art. 46, parágrafo único, da Lei nº 9.605/1998: Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.” Trata-se de uma infração de menor potencial ofensivo, com pena máxima menor do que 02 (dois) anos. O processo e julgamento, em tese, seriam feitos perante o Juizado Especial Criminal, sendo possível a aplicação da transação penal, cuja previsão está no art. 76 da Lei nº 9.099/1995: “Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta”. A transação penal é um instituto despenalizador, que visa evitar o processo criminal e a pena restritiva de liberdade. Ela só pode ser aplicada para os casos que tramitam no Juizado Especial Criminal, diferente da suspensão condicional do processo, que abrange todos os crimes cuja pena mínima seja de até 01 (um) ano. Quanto aos crimes previstos na Lei nº 9.605/1998, para que seja proposta a transação penal, exige-se que haja a prévia composição do dano ambiental, nos termos do seu art. 27: Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade”. Se não for possível a composição ambiental, isso não impedirá a aplicação da transação, como se observa da última parte do art. 27 acima citado. GABARITO: CERTO
455
Nesse sentido, o procedimento adotado pelas autoridades brasileiras e francesas respeitou a legislação pátria, não havendo que se falar em nulidade absoluta.
Precisamos deixar claro que a presença da autoridade estrangeira é permitida no ato, mas desde que não interfira, direta ou indiretamente, na direção da audiência. No caso, decidiu a Corte Cidadã que o ato de delegação, expressa ou tácita, da condução e direção de produção de prova oral à autoridade estrangeira, a fim de que esta proceda diretamente à inquirição da testemunha ou do investigado, não encontra qualquer tipo de respaldo constitucional, legal ou jurisprudencial. Assim, trata-se de ato eivado de nulidade absoluta, por ofensa à soberania nacional, o qual não pode produzir efeitos dentro de investigações penais que estejam dentro das atribuições das autoridades brasileiras. STJ. 6ª Turma. RHC 102.322-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 12/05/2020 (Info 672). GABARITO: ERRADO
456
Recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu que o alcance material do ANPP não deve abarcar os crimes raciais, previstos na Lei 7.716/89, incluindo a injúria racial
CERTO. Assim, fixou a seguinte tese: o alcance material do ANPP NÃO deve abarcar os crimes raciais (nem a injúria racial, prevista no art. 140, § 3º, do Código Penal, nem os delitos previstos na Lei 7.716/89 - A Lei n° 14.532/2023 altera o Código Penal e a Lei 7.716/1989, entre outras providências, tipificando, como racismo, a injúria racial. As ofensas em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional passaram a estar criminalizadas pelo novo artigo 2°-A da Lei n° 7.716/1989, inserido justamente pela Lei n° 14.532/2023, e não mais no artigo 140, § 3°, do Código Penal.).
457
A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves ou quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos delitos definidos na Lei 11.343/06, sejam eles habituais ou não, será comunicada ao Juiz de imediato, e terá este, na sequência, o prazo de 30 (trinta) dias para determinar a alienação dos bens, incluídas as armas;
O Magistrado terá o prazo de 30 (trinta) dias para proceder à alienação dos bens apreendidos. Porém, armas de fogo eventualmente apreendidas NÃO estão aí incluídas, visto que seguirão procedimento estabelecido em lei própria para tanto: “Art. 61. A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática, habitual ou não, dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente. § 1º O juiz, no prazo de 30 (trinta) dias contado da comunicação de que trata o caput , determinará a alienação dos bens apreendidos, excetuadas as armas, que serão recolhidas na forma da legislação específica (destaque e grifo nosso). GABARITO: ERRADO
458
A apreensão de bens, direitos ou valores que sejam produto do crime de tráfico de drogas ou constituam dele proveito será determinada pelo Juiz, a requerimento do Ministério Público, do assistente da acusação, ou via representação da autoridade policial, não havendo previsão legal de determinação oficiosa;
“Art. 60. O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes previstos nesta Lei, procedendo-se na forma dos arts. 125 e seguintes do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. GABARITO: CERTO
459
Às mulheres genitoras de menores de até doze anos de idade incompletos é assegurada a prisão domiciliar, não se aplicando a benesse, porém, se prescindível aos cuidados da criança;
ERRADO. O STJ decidiu que o benefício da prisão domiciliar às mães de filhos de até 12 anos de idade incompletos é legalmente presumido, não havendo necessidade de comprovar que os cuidados maternos são imprescindíveis: “A concessão de prisão domiciliar às genitoras de menores de até 12 anos incompletos é legalmente presumida, não estando condicionada à comprovação da imprescindibilidade dos cuidados maternos” (STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 731.648-SC, Rel. Min. Joel IlanPaciornik, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 07/06/2022. Informativo 742).
460
A suposta prática do delito de peculato, cometido via fraude em escrituração contábil, exige a realização de perícia, por se tratar de delito não transeunte. C Certo
“Art. 158, CPP. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”. Conforme decidiu o STJ, o delito de peculato realizado via fraude em escrituração contábil é, justamente, delito não transeunte, de modo que a comprovação da materialidade demanda exame pericial: “Se a suposta prática de crime de peculato ocorreu por meio que deixou vestígios, consubstanciada em fraude na escrituração contábil da municipalidade, mostra-se indispensável a prova pericial, sob pena de ofensa ao art. 386, II, do Código de Processo Penal” (STJ. 6ª Turma. REsp 1.958.753-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/9/2022. Informativo Especial 10). GABARITO: CERTO
461
Configura crime deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional, sendo facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, com o preenchimento dos demais requisitos previstos em lei. Contudo, tal faculdade não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
V Correto. É o que dispõe os §§3º e 4º do art. 168-A do CP, em atenção à redação dada pela Lei nº 13.606, de 2018. Veja-se: Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (...) § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. § 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018) GABARITO: CERTO
462
Viola o princípio da proporcionalidade a tentativa de compatibilizar a prisão preventiva com a imposição do regime inicial de cumprimento de pena semiaberto ou aberto.
CERTO. RESUMO: Viola o princípio da proporcionalidade a tentativa de compatibilizar a prisão preventiva com a imposição do regime inicial de cumprimento de pena semiaberto ou aberto. STF. Plenário. HC 214.070 AgR/MG, julgado em 20/06/2023. (Info 1100) Na espécie, a fixação do regime semiaberto torna desproporcional a manutenção da prisão preventiva, por significar imposição de medida cautelar mais gravosa à liberdade do que a estabelecida na própria sentença condenatória, circunstância que se revela como verdadeiro constrangimento ilegal.
463
O afastamento da prisão domiciliar para mulher gestante ou mãe de filho menor de 12 anos exige fundamentação idônea e casuística, desde que se comprove a indispensabilidade da sua presença para prestar cuidados ao filho.
ERRADO. DESTAQUE: O afastamento da prisão domiciliar para mulher gestante ou mãe de filho menor de 12 anos exige fundamentação idônea e casuística, INDEPENDENTEMENTE de comprovação de indispensabilidade da sua presença para prestar cuidados ao filho, sob pena de infringência ao art. 318, inciso V, do CPP, inserido pelo Marco Legal da Primeira Infância (Lei n. 13.257/2016). STJ. Sexta Turma. AgRg no HC 805.493-SC, julgado em 20/06/2023 (Info 780)
464
Enquanto sanção premial atípica, a imediata privação da liberdade, nos termos do acordo de colaboração premiada, condicionada à homologação judicial, não ofende a Constituição ou a lei de regência
CERTO. DESTAQUE: Enquanto sanção premial atípica, a imediata privação da liberdade, nos termos do acordo de colaboração premiada, condicionada à homologação judicial, não ofende a Constituição ou a lei de regência. STJ. Corte Especial. Processo em segredo de justiça, julgado em 23/11/2023. (Info 798)
465
O comparecimento da vítima em observância ao mandado de intimação expedido pela autoridade policial, por si só, não configura representação para fins penais.
DESTAQUE: O mero comparecimento da vítima em observância ao mandado de intimação expedido pela autoridade policial, sem que seja colhida a manifestação expressa do interesse de representar, não configura representação para fins penais. STJ. Sexta Turma. REsp 2.097.134-RJ, julgado em 21/11/2023 DJe 28/11/2023. (Info 797)
466
vai cair!!! O interrogatório do réu é o último ato da instrução criminal. A inversão da ordem prevista no art. 400 do CPP tangencia somente à oitiva das testemunhas e não ao interrogatório. O eventual reconhecimento da nulidade não se sujeita à preclusão,
errado. se sujeita a preclusão se não arguida e demonstrado prejuízo. DESTAQUE: O interrogatório do réu é o último ato da instrução criminal. A inversão da ordem prevista no art. 400 do CPP tangencia somente à oitiva das testemunhas e não ao interrogatório. O eventual reconhecimento da nulidade se sujeita à preclusão, na forma do art. 571, I e II, do CPP, e à demonstração do prejuízo para o réu. STJ. Terceira Seção. REsp 1.933.759-PR, REsp 1.946.472-PR, julgado em 16/05/2023. (Info 787) (Tema 1114 de Recursos Repetitivos).
467
vai cair!!!! Só há nulidade pela falta de cientificação do acusado sobre o seu direito de permanecer em silêncio, em fase de inquérito policial, caso demonstrado o efetivo prejuízo.
certo. DESTAQUE: Só há nulidade pela falta de cientificação do acusado sobre o seu direito de permanecer em silêncio, em fase de inquérito policial, caso demonstrado o efetivo prejuízo. STJ. Quinta Turma. AgRg no HC 798.225-RS, julgado em 12/06/2023, DJe 16/06/2023. (Info 791)
468
a vedação do comportamento contraditório não se aplica a todos os sujeitos processuais.
DESTAQUE: Não é aceitável que o acusado, após a mudança de endereço sem informar ao Juízo, venha a arguir a nulidade da revelia, porquanto a vedação ao comportamento contraditório (venire contra factum proprium) aplica-se a todos os sujeitos processuais. STJ. Quinta Turma. AgRg no AREsp 2.265.981-SC, julgado em 28/02/2023, DJe 06/03/2023. (Info 773)
469
considerando o livre convencimento motivado, pode, o juiz, desde que fundamentadamente, desconsiderar a cronologia das etapas da valoração das provas,
errado. DESTAQUE: O juiz não pode desconsiderar a cronologia das etapas da valoração das provas, sob pena de facilitar verdadeira inversão do ônus da prova no caso concreto, exigindo da defesa o que primeiro caberia à acusação. STJ. Sexta Turma. REsp 2.042.215-PE, julgado em 03/10/2023, DJe 25/10/2023. (Info 798)
470
Cabe à Defesa Técnica a análise de conveniência e oportunidade a respeito de eventual recurso, no caso de conflito de vontades entre o acusado e o defensor.
certo. DESTAQUE: Cabe à Defesa Técnica a análise de conveniência e oportunidade a respeito de eventual recurso, no caso de conflito de vontades entre o acusado e o defensor. STJ. Sexta Turma. HC 839.602-MG, julgado em 03/10/2023. (Info 791)
471
Reconhecido, em recurso exclusivo da defesa, que a sentença condenou o réu por fatos que não estavam descritos na denúncia, cabe ao Tribunal somente anular a sentença e absolver o réu, mas não determinar o retorno dos autos ao primeiro grau
certo. DESTAQUE: Reconhecido, em recurso exclusivo da defesa, que a sentença condenou o réu por fatos que não estavam descritos na denúncia, cabe ao Tribunal somente anular a sentença e absolver o réu, mas não determinar o retorno dos autos ao primeiro grau. STJ. Quinta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 05/07/2023. (Info 789)
472
em nenhum caso a mudança de entendimento jurisprudencial não autoriza o ajuizamento de revisão criminal
errado. DESTAQUE: A mudança de entendimento jurisprudencial não autoriza o ajuizamento de revisão criminal, ressalvadas hipóteses excepcionalíssimas de entendimento pacífico e relevante. STJ. Terceira Seção. RvCr 5.620-SP, julgado em 14/06/2023, DJe 30/06/2023. (Info 783)
473
O fato de o acordo de não persecução penal não gerar reincidência ou maus antecedentes implica o reconhecimento de "bom comportamento público e privado", para fins de reabilitação criminal,
errado. NÃO IMPLICA NECESSARIAMENTE DESTAQUE: O fato de o acordo de não persecução penal não gerar reincidência ou maus antecedentes não necessariamente implica o reconhecimento de "bom comportamento público e privado", para fins de reabilitação criminal, conforme estabelecido no art. 94, II, do Código Penal. STJ. Quinta Turma. REsp 2.059.742-RS, julgado em 28/11/2023. (Info 797)
474
A ENTRADA IRREGULAR DE ESTRANGEIROS IMPEDE QUE ELES SOLICITEM REFÚGIO àS AUTORIDADE COMPETENTES
ERRADO. NÃO IMPEDE DESTAQUE: Ainda que indeferido o pedido de refúgio, a concessão de residência permanente ao estrangeiro equivale a uma anistia legal para os crimes de uso de documento falso e falsificação de documento público, conforme estabelecido no art. 10, parágrafo 1º, da Lei n. 9.474/1997 em relação aos refugiados. STJ. Quinta Turma. AREsp 2.346.755-SP, julgado em 07/11/2023, DJe 13/11/2023. (Info 795) Conforme estabelecido no art. 8º da Lei n. 9.474/1997, a entrada irregular de estrangeiros no território nacional não impede que eles solicitem refúgio às autoridades competentes.
474
É nula a decisão que apenas realiza remissão aos fundamentos de terceiros, desprovida de acréscimo pessoal que indique o exame do pleito pelo julgador e clarifique suas razões de convencimento
CERTO. DESTAQUE: Sob pena de nulidade, a utilização da fundamentação per relationem demanda, ainda que concisamente, acréscimos de fundamentação pelo magistrado ou exposição das premissas fáticas que formaram sua convicção. STJ. Sexta Turma. Processo em segredo de justiça, julgado em 08/08/2023, DJe 15/08/2023. (Info 785)
475
O plantio e a aquisição das sementes da Cannabis sativa, para fins medicinais, não configuram conduta criminosa, desde que haja regulamentação da ANVISA
errado. INDEPENDE DE REGULAMENTAÇÃO DESTAQUE: O plantio e a aquisição das sementes da Cannabis sativa, para fins medicinais, não configuram conduta criminosa, independente da regulamentação da ANVISA. STJ. Terceira Seção. AgRg no HC 783.717-PR, julgado em 13/09/2023, DJe 03/10/2023. (Info 794)
476
Para fixação de indenização mínima por danos morais, nos termos do art. 387, IV, do CPP, não se exige instrução probatória acerca do dano psíquico, do grau de sofrimento da vítima, bastando que conste pedido expresso na inicial acusatória, garantia suficiente ao exercício do contraditório e da ampla defesa
CERTO. DESTAQUE: Para fixação de indenização mínima por danos morais, nos termos do art. 387, IV, do CPP, não se exige instrução probatória acerca do dano psíquico, do grau de sofrimento da vítima, bastando que conste pedido expresso na inicial acusatória, garantia suficiente ao exercício do contraditório e da ampla defesa. STJ. Quinta Turma. AgRg no REsp 2.029.732-MS, julgado em 22/08/2023, DJe 25/08/2023. (Info 784)
477
É cabível a redução do prazo prescricional pela metade (art. 115 do CP) se, entre a sentença condenatória e o julgamento dos embargos de declaração, o réu atinge a idade de 70 anos.
ERRADA. É SUPERIOR A 70 (...) Quando o criminoso era, na data da sentença, maior de 70 anos
478
Havendo norma estadual que expressamente institui ressalvas à apuração de determinados delitos pela Central de Inquéritos, afasta-se a aplicação da Teoria do Juízo Aparente na convalidação dos atos processuais
CERTO. DESTAQUE: Havendo norma estadual que expressamente institui ressalvas à apuração de determinados delitos pela Central de Inquéritos, afasta-se a aplicação da Teoria do Juízo Aparente na convalidação dos atos processuais em razão da ausência de dúvida razoável no tocante ao órgão judiciário competente. STJ. Quinta Turma. RHC 168.797-PI, julgado em 07/03/2023, DJe 10/03/2023. (Info 766) Logo, não há dúvida razoável no que se refere a qual seria o órgão judiciário competente e, menos ainda, de que a descoberta de algum fato posterior tenha demonstrado a competência de outro órgão. Portanto, a consequência legal do reconhecimento da incompetência do Juízo, nos termos do art. 564, I, do CPP, é a nulidade das decisões por ele proferidas e, não sendo possível excepcionar a regra por aplicação da Teoria do Juízo Aparente, se torna inviável o aproveitamento de tais atos após a remessa dos autos ao Juízo competente.
479
É incabível a conexão de processos quando ausente a exposição de um liame circunstancial que demonstre a relação de interferência ou prejudicialidade entre as condutas criminosas.
CERTO. DESTAQUE: É incabível a conexão de processos quando ausente a exposição de um liame circunstancial que demonstre a relação de interferência ou prejudicialidade entre as condutas criminosas. STJ. Terceira Seção. CC 185.511-SP, julgado em 26/04/2023, DJe 02/05/2023. (Info 773)
480
possível que o julgador condene criminalmente o réu mesmo quando o Ministério Público pede expressamente a sua absolvição em alegações finais, sobretudo à luz das disposições trazidas pela nova Lei n. 13.964/2019
VAI CAIR!!! CERTO. STJ MANTEVE O ENTEDIMENTO DE QUE PODE, PAC NÃO REVOGOU O ARTIGO QUE TRAZ ESSA POSSIBILIDADE. Assim, diante de todas essas considerações, não há falar em violação dos arts. 3°-A do CPP ("Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação") e 2°, § 1°, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ("A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior"), porquanto o art. 385 do CPP não é incompatível com o sistema acusatório entre nós adotado e não foi tacitamente derrogado pelo advento da Lei n. 13.964/2019, responsável por introduzir o art. 3º-A no Código de Processo Penal.
481
O processo administrativo sancionatório pode ser revisto, a qualquer tempo, por iniciativa da própria administração pública, quando surgirem circunstâncias relevantes que justifiquem a inadequação da sanção aplicada, não podendo essa revisão, contudo, resultar em agravamento da penalidade.
certo. Lei 9487/99 Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. Recurso x Revisão Recurso: Art. 64 - Lei 9.784/99 O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.
482
Finalizada a fase instrutória do processo, o órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final remeterá o processo à autoridade competente para tanto, sem formular juízo acerca da causa.
errada. Lei 9784/99 Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à autoridade competente.
483
A execução das sanções aplicáveis aos agentes de atos de improbidade administrativa é permitida apenas após o trânsito em julgado da sentença condenatória.
certo. Das Penas Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (...) § 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da sentença condenatória
484
As agências reguladoras podem inovar a ordem jurídica sem delegação expressa, porém não podem criar ou aplicar sanções que não estejam previstas em lei.
errado. As Agências Reguladoras não poderão, no exercício de seu poder normativo, inovar primariamente a ordem jurídica sem expressa delegação, tampouco regulamentar matéria para a qual inexista um prévio conceito genérico, em sua lei instituidora (standards), ou criar ou aplicar sanções não previstas em lei, pois, assim como todos os Poderes, Instituições e órgãos do poder público estão submetidas ao princípio da legalidade (CF, art. 37, caput).
485
O sistema de registro de preços não é uma modalidade licitatória, mas uma das espécies de procedimentos auxiliares à contratação direta ou às modalidades do pregão e da concorrência, com o objetivo de registrar formalmente preços relativos a prestação de serviços, obras e aquisição e locação de bens para contratações futuras.
certo. XLV - sistema de registro de preços: conjunto de procedimentos para realização, mediante contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou concorrência, de registro formal de preços relativos a prestação de serviços, a obras e a aquisição e locação de bens para contratações futuras;
486
Inovação da Lei n.º 14.133/2021, o diálogo competitivo consiste em modalidade licitatória à qual se impõe a obrigatoriedade de previsão, em edital, dos critérios para pré-seleção dos licitantes, devendo ser admitidos todos os interessados que preencham os requisitos objetivos estabelecidos.
Art 32. § 1º Na modalidade diálogo competitivo, serão observadas as seguintes disposições: II - os critérios empregados para pré-seleção dos licitantes deverão ser previstos em edital, e serão admitidos todos os interessados que preencherem os requisitos objetivos estabelecidos;
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Configura o crime de modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo a conduta de dar causa a uma modificação contratual, durante a execução de contrato administrativo, para favorecer o contratado.
certo. Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do contratado, durante a execução dos contratos celebrados com a Administração Pública, sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos respectivos instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem cronológica de sua exigibilidade: 2021) (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021). Pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
488
A consecução de um contrato de patrocínio é um dos elementos do crime definido como patrocínio de contratação indevida.
errada. Outrora previsto no Art. 91 da falecida Lei 8.666/93, o crime de PATROCÍNIO DE CONTRATAÇÃO INDEVIDA, hoje previsto no Art. 337-G do Código Penal prevê pena de reclusão, de 6 meses a 3 anos, e multa a conduta de: Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Administração Pública, dando causa à instauração de licitação ou à celebração de contrato cuja invalidação vier a ser decretada pelo Poder Judiciário.
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vai cair!!!!! Considere que, no curso da execução de um contrato administrativo, seja constatado que o processo licitatório contém irregularidade insanável, consistente em fraude à licitação e pagamento de propina a agente público, mas que a anulação dos atos e do contrato prejudicaria enormemente o interesse público, pois, entre outros fatores, a população seria privada por mais tempo do objeto contratado. Nesse caso, é lícito ao poder público optar pela continuidade do contrato e pela solução da irregularidade por indenização em perdas e danos, sem prejuízo da responsabilização e das penalidades cabíveis.
certo. Art. 147 da Lei 14.133/21 Parágrafo único. Caso a paralisação ou anulação não se revele medida de interesse público, o poder público deverá optar pela continuidade do contrato e pela solução da irregularidade por meio de indenização por perdas e danos, sem prejuízo da apuração de responsabilidade e da aplicação de penalidades cabíveis.
490
Caso o contratado, injustificadamente, retarde a entrega do objeto contratual, a administração pública contratante poderá aplicar-lhe a sanção de impedimento de licitar e de contratar com órgãos públicos de quaisquer entes federados por até 3 anos.
errado. fica impedido de contratar somente com o ente federado que tiver aplicado a sanção. Art. 155. O licitante ou o contratado será responsabilizado administrativamente pelas seguintes infrações: VII - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado; Art. 156. Serão aplicadas ao responsável pelas infrações administrativas previstas nesta Lei as seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - impedimento de licitar e contratar; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar. § 4º A sanção prevista no inciso III do caput deste artigo será aplicada ao responsável pelas infrações administrativas previstas nos incisos II, III, IV, V, VI e VII do caput do art. 155 desta Lei, quando não se justificar a imposição de penalidade mais grave, e impedirá o responsável de licitar ou contratar no âmbito da Administração Pública direta e indireta do ente federativo que tiver aplicado a sanção, pelo prazo máximo de 3 (três) anos.
491
Nos processos administrativos, é necessário observar, entre outros critérios, o atendimento a fins de interesse geral, sendo vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.
CERTO LEI 9784/99 Art. 2 A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;
492
O agente de atos de improbidade administrativa se sujeitará às sanções administrativas de perda dos direitos políticos e da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
ERRADO I) " SUSPENSÃO" dos direitos políticos. Art. 37 (...) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
493
O STF declarou inconstitucional o dispositivo da Lei n.º 13.303/2016 que veda a indicação, para o conselho de administração e para a diretoria das empresas estatais, de pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral.
errado. DECLAROU CONSTITUCIONAL São constitucionais as normas dos incisos I e II do § 2º do art. 17 da Lei nº 13.303/2016 (Lei das Estatais), que impõem vedações à indicação de membros para o Conselho de Administração e para a diretoria de empresas estatais - São constitucionais os dispositivos da Lei nº 13.303/2016 (Lei das Estatais) que proíbem a indicação, para cargos no Conselho de Administração e para a diretoria das empresas estatais, de: (i) representante do órgão regulador ao qual a empresa está vinculada; (ii) Ministros de Estado, Secretários estaduais e municipais e titulares de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na Administração Pública; (iii) dirigente estatutário de partido político e titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação; e (iv) pessoa que, nos últimos 36 meses, participou de estrutura decisória de partido político ou da organização, estruturação e realização de campanha eleitoral. Contudo, em observância aos princípios da boa-fé e da continuidade do serviço público, devem ser mantidas as indicações realizadas antes ou durante a vigência da liminar deferida em 16.03.2023, a qual suspendeu as referidas restrições. STF. Plenário. ADI 7.331/DF. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, redator do acórdão Min. André Mendonça, julgado em 09/05/2024 (Info 1136).
494
Dispensa-se a licitação para a contratação de serviços técnicos especializados com profissionais ou empresas de notória especialização, inclusive os relacionados a estudos técnicos, de planejamento e projetos básicos ou executivos.
Gabarito: ERRADO. A licitação será inexigível, não dispensável, conforme art. 30 da Lei 13.303/2016: Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabilidade de competição, em especial na hipótese de: (...) II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
495
Não poderá ser indicada para o conselho de administração e para a diretoria pessoa que tenha atuado, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político.
VAI CAIR!!!! EM 2024 STF JUGOU CONSTITUCIONAL § 2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria: I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública, de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo; II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral; III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade em período inferior a 3 (três) anos antes da data de nomeação; V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou sociedade.
496
É inconstitucional disposição legal que preveja a vedação de recontratação de empresa anteriormente contratada de modo direto, por dispensa de licitação, em caso de emergência ou calamidade pública, quando a nova contratação fundar-se na mesma situação emergencial ou calamitosa que motivou a dispensa de licitação.
VAI CAIR!!! A questão está “ERRADA”, pois, de acordo com o entendimento do STF na ADI 6.890/DF (Info 1149), é constitucional a vedação à recontratação de empresa anteriormente contratada por dispensa de licitação nos casos de emergência ou calamidade pública, quando a recontratação se fundar na mesma situação emergencial ou calamitosa que motivou a dispensa inicial e o período total das contratações ultrapassar um ano.
497
No que se refere ao controle das contratações públicas realizadas com base na Lei n.º 14.133/2021, o Poder Judiciário integra a terceira linha de defesa.
ERRADO BIZU: LINHAS DE DEFESA Primeira linha: Pessoas SegUNda Linha: UNidades TerCEira Linha: TC + CEntral Art. 169. primeira linha de defesa, integrada por servidores e empregados públicos, agentes de licitação e autoridades que atuam na estrutura de governança do órgão ou entidade; II – segunda linha de defesa, integrada pelas unidades de assessoramento jurídico e de controle interno do próprio órgão ou entidade; III – terceira linha de defesa, integrada pelo órgão central de controle interno da Administração e pelo tribunal de contas.
498
No processo administrativo federal, a participação de servidor, bem como de seu cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau, como perito enseja a arguição da sua suspeição.
ERRADA. LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo. impedimento - objetiva suspeição -subjetiva. De modo mais claro.. bizu: Impedimento é fato. Suspeição é sentimento.
499
Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim mediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
ERRADO. É TENHA POR FIM IMEDIATO “Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Púbica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigação ao Administrado ou a si própria.” (Hely Lopes Meirelles)
500
Atos praticados por concessionárias e permissionárias de serviços públicos, ainda que regidos pelo direito público, não podem ser qualificados como atos administrativos
(FALSO) CESPE: Existem atos administrativos produzidos por agentes de entidades que não integram a estrutura da administração pública, mas que nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos praticados por concessionários e permissionários de serviços públicos, quando regidos pelo direito público. (CERTO)
501
O silêncio (Administrativo) não revela a prática de ato administrativo, eis que inexiste manifestação formal de vontade; ocorre, isto sim, um fato jurídico da administração, que, por isso mesmo, há de produzir efeitos na ordem jurídica
errado. silencio é fato administrativo e não da administração CESPE: EM REGRA, o silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato administrativo (CERTO). FATO - decorre de acontecimentos naturais, que independem do homem ou que dele dependem apenas indiretamente. Pode ser um FATO ADMINISTRATIVO ou um FATO DA ADMINISTRAÇÃO: a) FATO ADMINISTRATIVO - Quando o fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do direito administrativo. Ex.: morte de um funcionário, que produz a vacância de seu cargo; decurso do tempo, que produz a prescrição administrativa.
502
Os efeitos do silêncio administrativo devem estar previstos em lei, não podendo ser presumidos, em regra.
CESPE: O silêncio pode significar forma de manifestação de vontade da administração, desde que a lei assim o preveja (CERTO). CESPE: Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, NÃO se admitindo no direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da administração. (CERTO) CESPE: O silêncio administrativo consiste na ausência de manifestação da administração nos casos em que ela deveria manifestar-se. Se a lei não atribuir efeito jurídico em razão da ausência de pronunciamento, o silêncio administrativo não pode sequer ser considerado ato administrativo. (CERTO) CESPE: O silêncio administrativo, que consiste na ausência de manifestação da administração pública em situações em que ela deveria se pronunciar, somente produzirá efeitos jurídicos se a lei os previr. (CERTO).
503
CESPE: Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do direito administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A segunda, por sua vez, ocorre no caso de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para a administração se pronunciar, evitando, dessa forma, a omissão da administração.
certo. Quanto ao Silêncio Administrativo: Ato vinculado - o juiz deve determinar que se cumpra o previsto em lei. Ato discricionário - o juiz deve fixar prazo para que o administrador se pronuncie e cesse a omissão
504
O fato administrativo é conceituado como a materialização da função administrativa
(CERTO). CESPE: O fato administrativo trata de ações que não representam uma vontade, mas puramente a necessidade executória, ao passo que um ato administrativo pode ser considerado uma manifestação de vontade e uma declaração do Estado com produção imediata de efeitos. (CERTO) ・ATOS MATERIAIS - Por fim, a administração pública pratica ATOS MATERIAIS, que são atos de mera execução de atividade. Também denominados de fatos administrativos, já que não manifestam a vontade do Estado. São atos de execução da atividade pública, por exemplo, a demolição de um prédio, aplicação da multa pelas máquinas. Os ATOS ADMINISTRATIVOS, por sua vez, são aqueles atos praticados no exercício da função administrativa sob o regime de direito público, ensejando uma manifestação de vontade do Estado.
505
Os atos da Administração são gêneros dos quais são espécies: os atos políticos ou de governo, os atos privados, atos materiais e por fim, os atos administrativos.
certo. ATOS POLÍTICOS são aqueles exercidos no exercício da função política do Estado, por exemplo, declaração de guerra, decreto de lei. Os atos políticos não se submetem ao controle jurisdicional em abstrato. ATOS PRIVADOS, por sua vez, são os atos da administração pública regido pelo direito privado (doação, permuta), ocasião em que a Administração Pública não atua com prerrogativas de Estado, mas em pé de igualdade com o particular. Nessa espécie de ato, a administração e particular estão em pé de igualdade. Por fim, a administração pública pratica ATOS MATERIAIS, que são atos de mera execução de atividade. Também denominados de fatos administrativos, já que não manifestam a vontade do Estado. São atos de execução da atividade pública, por exemplo, a demolição de um prédio, aplicação da multa pelas máquinas.
506
FATO DA ADMINISTRAÇÃO
Se o fato não produz qualquer efeito jurídico no Direito Administrativo, ele é chamado fato da Administração.
507
ATOS DA ADMINISTRAÇÃO
Os atos da Administração são gêneros dos quais são espécies: os atos políticos ou de governo, os atos privados, atos materiais e por fim, os atos administrativos. Partindo-se da ideia da divisão de funções entre os três Poderes do Estado, pode-se dizer, em sentido amplo, que todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato da Administração – abrange os regimes público e privado.
508
A sanção do presidente da República é qualificada como ato administrativo em sentido estrito, ou seja, é uma manifestação de vontade da administração pública no exercício de prerrogativas públicas, cujo fim imediato é a produção de efeitos jurídicos determinados
(FALSO). trata-se de ato politico Atos Administrativos é “Toda manifestação unilateral de vontade da Administração Púbica que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigação ao Administrado ou a si própria.” (Hely Lopes Meirelles)
509
CESPE 2024: Os atos normativos emanados do Poder Executivo são atos administrativos, pelo critério subjetivo, orgânico ou formal
certo. ・SUBJETIVO, ORGÂNICO ou FORMAL: ato administrativo é o que ditam os órgãos administrativos; ficam excluídos os atos provenientes dos órgãos legislativo e judicial, ainda que tenham a mesma natureza daqueles; e ficam incluídos todos os atos da Administração, pelo só fato de serem emanados de órgãos administrativos, como os atos normativos do Executivo, os atos materiais, os atos enunciativos, os contratos ・OBJETIVO, FUNCIONAL ou MATERIAL: ato administrativo é somente aquele praticado no exercício concreto da função administrativa, seja ele editado pelos órgãos administrativos ou pelos órgãos judiciais e legislativos. (Di Pietro - Direito Administrativo - 27ª edição - Pag. 202)
510
CESPE 2025: Com relação ao seu aspecto material, o ato administrativo é regido pelo regime jurídico de direito público, e deve ser exarado em conformidade com a forma prevista no ordenamento jurídico
(FALSO) ・ASPECTO MATERIAL: "o aspecto material do ato administrativo refere-se ao conteúdo jurídico em si, que deve ser compatível com o interesse público e obedecer ao regime jurídico administrativo, sob pena de nulidade." (Maria Sylvia Zanella Di Pietro ・ASPECTO FORMAL: envolve a maneira pela qual o ato administrativo se manifesta ao público, isto é, sua forma de emissão, estruturação e comunicação. O princípio da formalidade exige que os atos administrativos observem as formas previstas em lei, seja por escrito, por meio de publicação oficial, ou até verbalmente, quando a lei permitir.
511
Competência, finalidade, forma, motivo e objeto são requisitos fundamentais do ato administrativo, sem os quais este se torna nulo
(CERTO) cuidado para não confundir. ・ESSENCIAIS (necessários à validade do ato): competência, finalidade, forma, motivo e objeto FALTAR um elemento essencial do ato --> NULIDADE DO ATO --> o ato será INVÁLIDO !!!! Se ocorrer VÍCIO em algum elemento --> NULIDADE ou ANULABILIDADE do ato !!! CESPE: Competência, finalidade, forma, motivo e objeto são requisitos de validade de um ato administrativo. (CERTO)
512
A competência é atributo do ato administrativo, podendo ser conceituada como o poder atribuído ao agente da administração pública para o desempenho específico de suas funções
(FALSO) ▲CUIDADO! A banca vai querer confundir REQUISITO/ELEMENTO com ATRIBUTO. #AQUINÃO
513
Com relação ao sujeito, o ato é sempre vinculado, ou seja, só poderá praticá-lo aquele a quem foi conferido competência por lei.
CERTO. (1) COMPETÊNCIA ou SUJEITO. ・Elemento vinculado; vício passível de convalidação (exceção – em razão da matéria e exclusiva). ! Características: Irrenunciável, Inalienável e Imprescritível CESPE: A legitimidade dos atos administrativos pressupõe competência definida em lei. (CERTO) CESPE: A competência administrativa é improrrogável e inderrogável. (CERTO) CESPE: Em regra, a competência administrativa pode ser transferida e prorrogada pela vontade dos interessados. (FALSO)
514
De acordo com entendimento sumulado do STF, considera-se que quem pratica o ato administrativo no exercício de competência delegada é a autoridade delegante, razão pela qual contra ele cabe mandado de segurança ou medida judicial.
errado. é contra a autoridade delegada. Súmula 510, STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
515
CESPE: A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio, irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de delegação ou avocação de competências legalmente admitidas
certo. Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, SALVO os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
516
VÍCIOS DO ELEMENTO COMPETÊNCIA (ATO ADM)
I. USURPAÇÃO DA FUNÇÃO PÚBLICA: o agente não foi de nenhuma forma investido no cargo, de modo que os atos não podem ser convalidados; atos inexistentes; crime. II. FUNÇÃO DE FATO: funcionário que foi investido no cargo, mas há irregularidades na investidura; tem aparência de legalidade. III. EXCESSO DE PODER: agente atua fora ou além da competência. CESPE: Configura-se o abuso de poder quando o órgão ou o agente público extrapola os limites legais de sua atuação na prática de determinado ato administrativo. (CERTO) Se EXCESSO de poder é espécie que decorre de ABUSO, a prática de excesso também configura abuso
517
O ato administrativo que não cumprir a finalidade de ser voltado à satisfação do interesse público será nulo.
CERTO. 2) FINALIDADE – É aquilo que o Estado pretende alcançar com a prática do ato administrativo. ・Elemento vinculado e vício insanável, SEMPRE nulo. MEDIATA - sempre o interesse público IMEDIATA – resultado específico a ser alcançado
518
CESPE: Entre os elementos constitutivos do ato administrativo, o motivo é caracterizado pela consequência visada pelo ato, ao passo que a finalidade é a causa legalmente prevista
errado. FINALIDADE X OBJETO: o objeto é efeito jurídico IMEDIATO que o ato produz, o seu resultado (aquisição, transformação, extinção de direitos), enquanto na finalidade há um efeito geral ou MEDIATO, que é sempre a satisfação do interesse público. OBJETO - IMEDIATO FINALIDADE - MEDIATO CESPE: A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o objeto, o fim imediato, ou seja, o resultado prático que deve ser alcançado (CERTO).
519
O vício na motivação atinge a FORMA (e não o motivo), eis que a declaração expressa dos motivos (conceito de motivação) é uma forma essencial à validade do ato.
CERTO.!! (3) FORMA – O modo como o ato administrativo se exterioriza; é ato vinculado. ・Elemento vinculado, visto que ele deve ser exteriorizado na forma que a lei exigir (ainda que, atualmente, prevaleça o princípio do formalismo moderado). Pode ser elemento discricionário, quando a lei não exigir forma determinada para a prática do ato; passível de convalidação (exceção: se essencial à validade do ato)
520
CESPE: Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de função administrativa e manifestando sua vontade, não pode ser considerado ato administrativo.
(FALSO) Quanto à forma, a regra é ser escrita, entretanto, existem os atos administrativos não escritos, como são exemplos: ordens verbais do superior ao seu subordinado; gestos, apitos e sinais luminosos na condução do trânsito; cartazes e placas que expressam uma ordem da administração pública, tais quais as que proíbem estacionar, proíbem fumar etc
521
A administração pública fica vinculada aos motivos adotados para a prática de ato administrativo, salvo se de natureza discricionária
CUIDADO!! → A teoria dos motivos determinantes é aplicada tanto para atos VINCULADOS como para DISCRICIONÁRIOS. CESPE: Segundo a teoria dos motivos determinantes, quando a administração pública declara a motivação de um ato administrativo discricionário, a validade desse ato fica vinculada à existência e à veracidade dos motivos por ela apresentados como fundamentação. (CERTO) CESPE: A motivação do ato administrativo deve ser explícita, clara e congruente, vinculando o agir do administrador público e conferindo o atributo de validade ao ato. (CERTO)
522
A motivação do ato administrativo deve ser contemporânea à decisão e emanar da autoridade responsável pela decisão administrativa.
ERRADO. " Segundo o STJ, o ato administrativo pode ter motivação posterior.
523
CESPE: Quando importar anulação, suspensão ou convalidação, o ato administrativo deverá ser motivado, com indicação de fatos e fundamentos jurídicos, ressalvada a hipótese de revogação.
ERRADO. VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. ✪ Art. 50. Os atos administrativos DEVERÃO ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
524
A presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade são requisitos dos atos administrativos que, em regra, os distinguem dos atos privados
(FALSO). SÃO ATRIBUTOS E NÃO REQUISITOS CESPE: Presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade são atributos do ato administrativo. (CERTO)
525
CESPE: Como consequência do princípio da presunção de legalidade, as decisões administrativas são de execução imediata, até mesmo aquelas com possibilidade de gerar obrigações para o particular.
CERTO. #SELIGA1: Para a CESPE ▸ é consequência da presunção de legitimidade = “execução imediata das decisões administrativas" CESPE: De acordo com o princípio da presunção de legitimidade, as decisões administrativas das pessoas jurídicas de direito público são de execução imediata e têm a possibilidade de criar obrigações para o particular, independentemente de sua anuência. (CERTO)
526
A presunção de veracidade significa que os atos administrativos foram realizados em conformidade com a lei e produzirão efeitos válidos
(FALSO) ・Legitimidade: atos presumem-se praticados conforme a lei ・ Veracidade: fatos alegados presumem-se verdadeiros. CESPE: O atributo da presunção de legitimidade estabelece que se presume, até prova em contrário, que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei; enquanto o atributo da presunção de veracidade estabelece que se presumem verdadeiros os fatos alegados pela administração pública. (CERTO)
527
AUTOEXECUTORIEDADE (gênero de que decorrem duas espécies)
EXIGIBILIDADE (espécie): obrigação que o administrado tem de cumprir o comando imperativo do ato; poder de coação indireto (ex: o sujeito cumpre a imposição do poder público, porque tem receio de sofrer a multa); presente em todo ato administrativo. EXECUTORIEDADE (espécie): poder de executar sem a intervenção do judiciário; poder de coação direto, compelindo o administrado a praticar o ato; atende situações emergentes e autorizadas por lei.
528
exceções À autoexecutoriedade
・MULTA ADMINISTRATIVA: goza de exigibilidade: forma indireta de o Estado forçar que o particular cumpra a obrigação. Porém, não é autoexecutória, já que a administração não pode compelir o particular a pagar o valor correspondente, devendo, para tanto, ir a juízo. ・DESAPROPRIAÇÃO: não há autoexecutoriedade na desapropriação. O ente público, caso haja recusa do particular, terá que ajuizar ação para desapropriar. ・DEMOLIÇÃO DE OBRA EMBARGADA: é necessário autorização judicial para demolir
529
CESPE 2024: A imperatividade é uma das características do ato administrativo em decorrência do poder da administração pública de executar diretamente os próprios atos
(FALSO) Autoexecutoriedade = ponto chave = INDEPENDENTE DA APRECIAÇÃO PELO JUDICIÁRIO Imperatividade = ponto chave = INDEPENDENTE DA PERMISSÃO DO PARTICULAR
530
CESPE: O ato administrativo pendente pressupõe um ato perfeito.
CERTO) Ato pendente. Ex.: Deferimento de férias ao servidor pela administração, mas ele só gozará, ou seja, a produção de seus efeitos só será no próximo mês. Ato perfeito, válido, mas ineficaz O que não é possível é o ato ser imperfeito, válido e eficaz, uma vez que o ato imperfeito ainda não tem existência.
531
CESPE: Validade e eficácia são qualidades do ato administrativo cuja existência seja necessariamente pressuposta no plano fático
(CERTO) A validade e eficácia do ato pressupõe que ele EXISTA!
532
O alvará que autoriza a reforma de prédio em terreno baldio vazio caracteriza-se como ato administrativo inexistente.
(CERTO) Mazza cita vários exemplos de ato inexistente: - alvará autorizando a reforma de prédio em terreno baldio (ausência de objeto); - ato praticado em usurpação de função pública (ato não imputável à Administração Pública); - folha do talão de multas não preenchida (ausência de conteúdo);
533
efeito prodomico do ato adm
surge em atos que dependem de duas manifestações de vontade, ou seja, nos atos administrativos complexos ou compostos. Esse efeito é preliminar, pois aparece antes do aperfeiçoamento do ato e significa que a segunda autoridade passa a ter o dever de se manifestar quando a primeira já o fez. Ex.: ato de nomeação para cargos em que a manifestação do Senado e do Presidente da República é necessária. Quando o Senado aprova o nome escolhido, tem-se que o efeito típico (principal) deste ato é o preenchimento do cargo. O efeito atípico – prodrômico - é a obrigação de manifestação por parte do Presidente da República
534
CESPE: A licença é ato administrativo: unilateral, vinculado e declaratório
certo. declaratório porque o particular já tem o direito constituido. CESPE: Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a administração pública faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. (CERTO)
535
CESPE: A aprovação é um ato precário
CERTO. REGRA DO R É PARA DISCRICIONÁRIO (NÃO CONFUNDIR COM PRECARIEDADE) ✓ Homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de legalidade, no que se distingue da aprovação. ✓ Admissão – É o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta a alguém a inclusão em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço público. Exemplo: ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o desfrute dos serviços de uma biblioteca pública como inscrito entre seus usuários. CESPE: Admissão é o ato bilateral e vinculado pelo qual a administração pública reconhece ao particular que preencha os requisitos legais o direito à prestação de um serviço público. (FALSO)
536
É possível a responsabilização de advogado público pela emissão de parecer de natureza opinativa, desde que reste configurada a existência de culpa ou erro grosseiro
STF, INFO 680: É possível a responsabilização de advogado público pela emissão de parecer de natureza opinativa, desde que reste configurada a existência de culpa ou erro grosseiro. OPINATIVO (FACULTATIVO E OBRIGATÓRIO* - CUIDADO OBRIGATÓRIO TBM É OPINATIVO - SOMENTE HÁ RESPONSABILIDADE SE DECORRER DE CULPA OU ERRO GROSSEIRO VINCULANTE - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA NÃO SENDO NECESSÁRIO DEMONSTRAR CULPA OU ERRO GROSSEIRO
537
Se, após elaborar a lista sêxtupla para o quinto constitucional, a OAB perceber que um dos indicados não preencheu os requisitos, ela não poderá pedir a desconsideração da lista já enviada
CERTO. O preenchimento de lugar destinado ao quinto constitucional, nos Tribunais brasileiros, é um ato complexo no qual participam a OAB, o Tribunal de origem e o chefe do Poder Executivo e, para sua revogação, depende da vontade de todos os participantes originários. STJ. 2ª Turma. AREsp 2.304.110-SC, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 12/3/2023 (Info 770).
538
Conforme o ordenamento jurídico brasileiro, os elementos discricionários dos atos administrativos são insuscetíveis de controle, salvo pelo agente responsável pela sua prática.
(FALSO) UFPR: O Poder Judiciário pode apreciar a legalidade dos atos administrativos vinculados e discricionários.
539
CESPE: O ato que aplica determinada sanção a um servidor público configura exemplo de ato constitutivo, que se caracteriza por criar, modificar ou extinguir direitos
CERTO. ATO CONSTITUTIVO: é aquele que cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à administração. Essa situação jurídica poderá ser o reconhecimento de um direito ou a imposição de uma obrigação ao administrado. O que importa é que o ato crie uma situação jurídica nova, como ocorre na concessão de uma licença; na nomeação de servidores; na aplicação de sanções administrativas.
540
Nos atos discricionários, também haverá invalidade quando faltar correlação lógica entre o motivo (causa) e o objeto (conteúdo) do ato, tendo em vista a sua finalidade.
CERTO. Parágrafo único - Nos atos discricionários, também haverá invalidade quando faltar correlação lógica entre o motivo (causa) e o objeto (conteúdo) do ato, tendo em vista a sua finalidade. Art. 53 - São inválidos os atos administrativos que desatendam os pressupostos legais e regulamentares de sua edição, ou os princípios da Administração Pública, especialmente nos casos de: I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente de que emane; II - omissão de formalidades ou procedimento essencial; III- ilicitude, impossibilidade ou inexistência do objeto; IV - inexistência ou inadequação do motivo de fato ou de direito; V - abuso de poder ou desvio de finalidade; VI - falta ou insuficiência de motivação.
541
Polícia Federal expediu ofício determinando que todos os processos de seu Sistema Eletrônico de Informações fossem cadastrados com nível de acesso restrito. Tese fixada pelo STF: %O ato de qualquer dos poderes públicos restritivo de publicidade deve ser motivado objetiva, específica e formalmente, sendo anulável os atos públicos que imponham, genericamente e sem fundamentação válida e específica, impeditivo do direito fundamental à informação
Polícia Federal expediu ofício determinando que todos os processos de seu Sistema Eletrônico de Informações fossem cadastrados com nível de acesso restrito. Tese fixada pelo STF: %O ato de qualquer dos poderes públicos restritivo de publicidade deve ser motivado objetiva, específica e formalmente, sendo NULOS os atos públicos que imponham, genericamente e sem fundamentação válida e específica, impeditivo do direito fundamental à informação.” STF. Plenário. ADPF 872/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 15/8/2023 (Info 1103). CESPE 2023: O ato administrativo restritivo de publicidade deve ser motivado de forma concreta, objetiva, específica e formal, sendo hipótese de anulabilidade o caso em que o ato se apresente genérico e sem fundamentação válida. (FALSO) é nulo
542
anulação ex... revogação ex...
ex tunc ex nunc
543
CESPE: A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos
(CERTO) Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
544
CESPE: A revogação de atos pela administração pública por motivos de conveniência e oportunidade não possui limitação de natureza material, mas somente de natureza temporal, como, por exemplo, o prazo quinquenal previsto na Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito do serviço público federal
errado. -Pelo contrário, a revogação de atos NÃO POSSUI LIMITAÇÃO TEMPORAL, ou seja, o ato pode ser revogado a qualquer tempo. Quanto aos limites materiais, pode se citar: Atos exauridos ou consumados; Ato que gera direito adquirido; Atos complexos; Atos de controle; Ato que integra procedimento; Ato vinculado; Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. ・INSUSCETÍVEIS de REVOGAÇÃO: ☓ Atos consumados; ☓ Atos vinculados – não comportam juízo de oportunidade e conveniência. ☓ Atos que geram direitos adquiridos ☓ Atos que integram um procedimento administrativo – sendo uma sucessão ordenada de atos, a cada ato praticado passa-se a uma nova etapa, ocorrendo a preclusão. ☓ Meros atos administrativos – apenas declaram situações preexistentes. Exemplo: certidão ou atestado. [enunciativos] x Complexos: a vontade de um dos órgãos não pode desfazer o ato.
545
CESPE: A cassação é a extinção do ato administrativo por descumprimento na sua execução
(CERTO). TRATA-SE DE EXTINÇÃO DE ATO ADM, NÃO CONFUNDIR COM ESPÉCIES DE CONVALIDAÇÃO (RATIFICAÇÃO, REFORMA, ETC) CESPE: A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos requisitos estabelecidos para a sua execução. (CERTO) CASSAÇÃO – Quando o beneficiário do ato deixa de cumprir os requisitos que deveria permanecer atendendo. Na maioria das vezes, funciona como sanção
546
CESPE: Ocorre a extinção do ato administrativo por caducidade quando o ato perde seus efeitos jurídicos em razão de norma jurídica superveniente que impede a permanência da situação anteriormente consentida.
(CERTO)
547
CONTRAPOSIÇÃO – ato adm
CONTRAPOSIÇÃO – Ocorre com a expedição de um segundo ato, com competência diversa, cujos efeitos são contrapostos ao do ato inicial, produzindo sua extinção. Ex.: ato de nomeação que será extinto com o ato de exoneração
548
CESPE 2021: O instituto da convalidação dos atos administrativos é consequência natural do princípio da autotutela.
(FALSO) ▲ CUIDADO! Di Pietro é queridinha da CESPE!! - A citada autora diz que autotutela é para revogar ou anular o ato. - CONVALIDAR decorreria do princípio da segurança jurídica!!!
549
CESPE: A convalidação é um ato administrativo discricionário.
(FALSO). QUANDO A QUESTÃO TRATAR DE CONVALIDAÇÃO, CUIDADO. nem sempre a convalidação é ato discricionário; ato discricionário - convalidação discricionária; ato vinculado: se o vício for sanável: convalidação vinculada. se o vício for insanável: ato deve ser anulado e outro deverá ser praticado.
550
ESPÉCIES DE CONVALIDAÇÃO DE ATO ADM
NÃO CONFUNDIR COM EXTINÇÃO (CASSAÇÃO, CADUCIDADE, ETC) ・Ratificação - Correção do vício de forma ou competência. ・Reforma - Retira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial. ・Conversão - Mantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida. CESPE: Considere que a administração pública, após ter identificado vício parcial em determinado ato administrativo, tenha retirado a parte viciada do ato e a substituído por uma parte válida, aproveitando o ato original. Nesse caso, houve a: CONVERSÃO CESPE: Determinado órgão público publicou portaria com vício de forma. Depois, publicou ato administrativo concedendo licença e férias a um servidor que não tinha direito à licença. Posteriormente, esse mesmo órgão publicou nova portaria, sem vício de forma, convalidando a anterior, e novo ato administrativo, mantendo apenas a concessão das férias daquele servidor. Nessa situação hipotética, houve: ratificação, no caso da portaria, e reforma, no caso do ato administrativo de concessão de férias. CESPE: Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se outro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato administrativo, por meio de reforma. (CERTO)
550
CESPE: Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se outro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato administrativo, por meio de reforma.
(CERTO) ・Ratificação - Correção do vício de forma ou competência. ・Reforma - Retira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial. ・Conversão - Mantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.
551
CESPE: Considere que a administração pública, após ter identificado vício parcial em determinado ato administrativo, tenha retirado a parte viciada do ato e a substituído por uma parte válida, aproveitando o ato original. Nesse caso, houve a
CONVERSÃO. ・Ratificação - Correção do vício de forma ou competência. ・Reforma - Retira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial. ・Conversão - Mantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.
552
Determinado órgão público publicou portaria com vício de forma. Depois, publicou ato administrativo concedendo licença e férias a um servidor que não tinha direito à licença. Posteriormente, esse mesmo órgão publicou nova portaria, sem vício de forma, convalidando a anterior, e novo ato administrativo, mantendo apenas a concessão das férias daquele servidor. Nessa situação hipotética, houve: ratificação, no caso da portaria, e reforma, no caso do ato administrativo de concessão de férias.
CERTO. ・Ratificação - Correção do vício de forma ou competência. ・Reforma - Retira o objeto inválido e mantém o objeto válido. Ou seja, uma anulação parcial. ・Conversão - Mantém a parte válida, retira a parte inválida e a substitui por uma nova parte válida. Ou seja, assim como a Reforma, trata-se de um ato com dois conteúdos. Porém, na conversão, a parte inválida é substituída por uma válida.
553
O poder do administrador público — que constitui, ao mesmo tempo, dever para com a comunidade — é IRRENUNCIÁVEL pelo seu titular.
CERTO. ・Irrenunciabilidade: decorre da natureza compulsória, e estabelece que o administrador não pode renunciar suas prerrogativas face ao princípio da indisponibilidade do interesse público. CESPE: Os poderes administrativos atribuídos ao Estado para atingir o bem comum podem ser utilizados em casos específicos e, em regra, são renunciáveis. (FALSO)
554
Quando o direito positivo determinar os elementos e requisitos para a realização de um ato de competência da administração pública, fala-se em poder vinculado ou regrado, ao passo que, quando o direito outorga à administração liberdade de escolha da conveniência, oportunidade e conteúdo do ato, fala-se em poder discricionário. Em ambos os casos, porém, a administração deverá observar a competência, a forma e a finalidade do ato a ser praticado.
(CERTO) Notar que quando a administração pratica um ato discricionário, há exercício simultâneo dos poderes discricionário (quanto ao motivo e objeto) e vinculado (quanto aos elementos vinculados do ato: competência, finalidade e forma).
555
A discricionariedade para a prática de determinado ato administrativo pode decorrer de disposição expressa ou de omissão de norma legal
(CERTO) A FONTE da discricionariedade é a própria lei; aquela só existe nos espaços deixados por esta. Nesses espaços, a atuação livre da Administração é previamente legitimada pelo legislador. Normalmente essa discricionariedade existe: a) quando a lei expressamente a confere à Administração; b) quando a lei é omissa; c) quando a lei prevê determinada competência, mas não estabelece a conduta a ser adotada;
556
Pelo poder hierárquico, são possíveis a apuração de faltas funcionais e a aplicação de punições ao agente infrator.
(FALSO). CUIDADO COMO A QUESTÃO COBRARM, MAS SALVO SE EXPRESSO GRAVAR QUE PODER HIERARQUICO A Administração Pública distribui e escalona as suas funções executivas. CESPE: A punição de agentes públicos decorre imediatamente do Poder Disciplinar e mediatamente do Poder Hierárquico. (CERTO) - NESSE CASO A QUESTAO TROUXE DE FORMA EXPRESSA O QUE QUERIA CESPE: No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos agentes subordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e ainda aplicar sanções. (FALSO)
557
O poder disciplinar da administração pública é considerado discricionário nos procedimentos previstos para apuração de faltas administrativas, tendo em vista que não existem regras rígidas, por exemplo, para considerar a gravidade da infração e arbitrar uma pena.
NÃO EXISTE discricionariedade quanto ao DEVER DE PUNIR quem comprovadamente tenha praticado uma sancao disciplinar, mas tao somente em relação à gradação da sanção (sALVO ENTENDIMENTO DO STJ SUMULADO 132 APENADOS COM DEMISSÃO - VINCULADO) Q883528 [CESPE] O poder disciplinar, decorrente da hierarquia, tem sua discricionariedade limitada, tendo em vista que a administração pública se vincula ao dever de punir. [CERTA] Q279986 [CESPE] O poder disciplinar se caracteriza por uma limitada discricionariedade quando confere à administração poder de escolha da pena a partir do exame da natureza e gravidade de eventual infração praticada por servidor público faltoso.[CERTA] Q277588 [CESPE] Constatada falta cometida por servidor de agência reguladora em procedimento disciplinar que lhe assegure a ampla defesa e o contraditório, terá a administração, no exercício do poder disciplinar, uma discricionariedade limitada quanto à escolha da pena a ser aplicada. [CERTA]
558
O exercício do poder regulamentar independe de previsão na lei a ser regulamentada
(CERTO) " O poder regulamentar advém da própria constituição. Portanto, independe de que a lei preveja a possibilidade de regulamentação.
559
Os atos normativos editados com base no poder regulamentar ou de regulação da administração são primários.
(FALSO). A QUESTÃO NÃO ESTÁ FALANDO DE DECRETO AUTONOMO, MAS DE ATOS NORMARTIVOS EM GERAL. - DECRETO AUTONOMO E O O VI. Art. 84, IV, CF – Compete privativamente ao Presidente da República: (NÃO delegável) IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução. NÃO CONFUNDIR #Decreto autônomo – é a exceção. É um ato primário, porque decorre diretamente da CF, e, portanto, inova o direito, criando, por força própria, situações jurídicas, direitos e obrigações. Art. 84, VI, CF - Compete privativamente ao Presidente da República: (DELEGÁVEL) VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. CESPE: Os atos normativos secundários, editados com base no poder regulamentar, não podem ser objeto do controle concentrado de constitucionalidade. (CERTO)
560
CESPE: Insere-se no âmbito do poder regulamentar a competência privativa, não passível de delegação, do presidente da República para expedir decretos para a fiel execução das leis.
CERTO. Art. 84, IV, CF – Compete privativamente ao Presidente da República: (NÃO delegável) IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução. NÃO CONFUNDIR #Decreto autônomo – é a exceção. É um ato primário, porque decorre diretamente da CF, e, portanto, inova o direito, criando, por força própria, situações jurídicas, direitos e obrigações. Art. 84, VI, CF - Compete privativamente ao Presidente da República: (DELEGÁVEL) VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
561
Considera-se REGULAR o exercício do poder de polícia quando (4)
JÁ COBRADO EM SEGUNDA FASE, INCLUSIVE. ✓ desempenhado pelo órgão competente ✓ nos limites da lei aplicável ✓ com observância do processo legal e, ✓ tratando-se de atividades que a lei tinha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder
562
Em sentido amplo, o poder de polícia representa qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais, o que corresponde à denominação de polícia administrativa
(FALSO) CESPE 2005: EM SENTIDO AMPLO, é juridicamente correto afirmar que o exercício do poder de polícia está associado à atividade do Poder Legislativo e do Poder Executivo. (CERTO) Sentido AMPLO: abrange não só as atividades, exercidas pela administração pública, de execução e regulamentação das leis em que ele se fundamenta, mas também a própria atividade de edição dessas leis, desempenhada pelo Poder Legislativo. Sentido RESTRITO: refere-se apenas à polícia administrativa - o poder de polícia não inclui a atividade legislativa, mas, tão somente, as atividades administrativas de regulamentação e de execução das leis que estabelecem normas primárias de polícia.
563
FORMAS DE ATUAÇÃO DO PODER DE POLICIA - ATOS NORMATIVOS E DE EFEITOS CONCRETOS
“No exercício da atividade de polícia, pode a Administração atuar de duas maneiras. Em primeiro lugar, pode editar atos normativos, que têm como característica o seu conteúdo genérico, abstrato e impessoal, qualificando-se, por conseguinte, como atos dotados de amplo círculo de abrangência. Nesse caso, as restrições são perpetradas por meio de decretos, regulamentos, portarias, resoluções, instruções. Além desses, pode criar também atos concretos, estes preordenados a determinados indivíduos plenamente identificados, como são, por exemplo, os veiculados por atos sancionatórios, como a multa, e por atos de consentimentos, como as licenças e autorizações. Se o Poder Público pretende regular, por exemplo, o desempenho de profissão, ou edificações, editará atos normativos. Quando, ao revés, interdita um estabelecimento ou concede autorização para porte de arma, pratica atos concretos."
564
O poder de polícia administrativa, por incidir sobre bens e direitos dos administrados, deve estar sempre adstrito aos limites da lei, motivo por que não há margem para discricionariedade em seu exercício
(FALSO) CESPE: O atributo da discricionariedade não é aplicável ao poder de polícia. (FALSO) Parágrafo único. Considera-se REGULAR o exercício do poder de polícia quando: ✓ desempenhado pelo órgão competente ✓ nos limites da lei aplicável ✓ com observância do processo legal e, ✓ tratando-se de atividades que a lei tinha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Embora a discricionariedade seja a regra, nada impede que a lei, relativamente a determinados atos ou fatos, estabeleça total vinculação da atuação administrativa a seus preceitos. É o caso, por exemplo, da concessão de licença para construção em terreno próprio ou para o exercício de uma profissão, em que não existe para a administração liberdade de valoração, quando o particular atenda os requisitos legais. CESPE: A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, mas NÃO SE FAZ PRESENTE, por exemplo, na concessão de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos. (CERTO)
565
IMPERATIVIDADE X COERCIBILIDADE
Resumindo: ambos são atos impositivos, porém a imperatividade é atributo dos atos administrativos e coercibilidade dos atos do poder de polícia. IMPERATIVIDADE - Atributo pelo qual os atos administrativos obrigam observância independentemente da anuência do administrado. O ato administrativo é impositivo, é de observância obrigatória pelo administrado, concorde ou não com seus termos A COERCIBILIDADE é um atributo que torna obrigatório o ato praticado no exercício do poder de polícia, independentemente da vontade do administrado (meios indiretos. Atributo do ato de polícia pelo qual ele é impositivo para o particular, que a ele se sujeita independentemente de sua anuência
566
CESPE: a delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista, preenchidos os demais requisitos, é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa.
certo. Portanto, segundo o STF (em sede de REPERCUSSÃO GERAL): ✓ a ÚNICA fase do ciclo de polícia que, por sua natureza, é absolutamente indelegável: a ordem de polícia, ou seja, a função legislativa ✓os atos de consentimento, de fiscalização e de aplicação de sanções podem ser delegados ✓ A delegação deve se dar por meio de lei ✓ A pessoa jurídica de direito privado deve ser integrante da Administração pública indireta e de capital social majoritariamente público ✓ Que preste exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado ✓ Em regime não concorrencial CESPE: a delegação de poder de polícia em favor de sociedade de economia mista: a) prestadora de serviço público ou explorada da atividade econômica é viável desde que autorizada por lei. ERRADO b) atuante na iniciativa privada, em concorrência com outras empresas, é viável desde que em igualdade de condições. ERRADO c) é viável mesmo se adotado o regime celetista para as relações de trabalho no âmbito da empresa. CERTO. d) é viável desde que para atos desprovidos de coercibilidade. ERRADO e) é viável desde que para atos meramente preparatórios e instrutórios ERRADO
567
O poder de polícia pode ser remunerado por meio de taxa, tanto pelo seu efetivo exercício, quanto pela potencialidade colocada à disposição do contribuinte
A taxa de polícia deve sempre decorrer do efetivo exercício do poder de polícia, isto é, da realização de atividades ou diligências públicas no interesse do contribuinte. É o que está previsto no art. 145, II da CF: II - taxas, em razão do EXERCÍCIO do poder de polícia ou pela UTILIZAÇÃO, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
568
É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária.
É inconstitucional a suspensão realizada por conselho de fiscalização profissional do exercício laboral de seus inscritos por inadimplência de anuidades, pois a medida consiste em sanção política em matéria tributária. STF. Plenário. RE 647885, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 27/04/2020 (Repercussão Geral – Tema 732) (Info 978
569
É competente a União para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento COMERCIAL.
errado. Súmula Vinculante 38: É competente o município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento COMERCIAL. não confundir Súmula 19-STJ: A fixação do horário BANCÁRIO, para atendimento ao público, é da competência da União
570
RESUMO: É constitucional a contratação direta de advogados pela Administração Pública, por inexigibilidade de licitação, se preenchidos os requisitos da lei e desde que não haja impedimento específico para a contratação desses serviços.
b) São constitucionais os arts. 13, V, e 25, II, da Lei nº 8.666/1993, desde de que interpretados no sentido de que a contratação direta de serviços advocatícios pela Administração Pública, por inexigibilidade de licitação, além dos critérios já previstos expressamente (necessidade de procedimento administrativo formal; notória especialização profissional; natureza singular do serviço), deve observar: (i) inadequação da prestação do serviço pelos integrantes do Poder Público; e (ii) cobrança de preço compatível com a responsabilidade profissional exigida pelo caso, observado, também, o valor médio cobrado pelo escritório de advocacia contratado em situações similares anteriores.”
571
A dispensa indevida de licitação que acarreta pagamento ao agente ímprobo e a ausência de prestação de serviço gera dano concreto e enseja a responsabilização nos termos do art. 11, V, da Lei n. 8.429/1992.
DESTAQUE: A dispensa indevida de licitação que acarreta pagamento ao agente ímprobo e a ausência de prestação de serviço gera dano concreto e enseja a responsabilização nos termos do art. 11, V, da Lei n. 8.429/1992. STJ. Segunda Turma. AREsp 1.417.207-MG, julgado em 17/9/2024, DJe 19/9/2024. (Info 826)
572
É possível a aplicação das sanções de "suspensão dos direitos políticos" ou "proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios" aos particulares que tenham praticado o ato ímprobo em conjunto com o agente público.
DESTAQUE: É possível a aplicação das sanções de "suspensão dos direitos políticos" ou "proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios" aos particulares que tenham praticado o ato ímprobo em conjunto com o agente público. STJ. Primeira Turma. REsp 1.735.603-AL, julgado em 03/9/2024. (Info 824)
573
A exigência do efetivo prejuízo, em relação ao ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, prevista no art. 10, caput, da Lei n. 8.429/1992 (com redação dada pela Lei n. 14.230/2021) se aplica aos processos ainda em curso.
DESTAQUE: A exigência do efetivo prejuízo, em relação ao ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, prevista no art. 10, caput, da Lei n. 8.429/1992 (com redação dada pela Lei n. 14.230/2021) se aplica aos processos ainda em curso. STJ. Primeira Turma. REsp 1.929.685-TO, julgado em 27/8/2024. (Info 823)
574
VAI CAIR!! A absolvição criminal com fundamento na atipicidade da conduta não faz coisa julgada no juízo cível, considerando a independência das instâncias.
DESTAQUE: A absolvição criminal com fundamento na atipicidade da conduta não faz coisa julgada no juízo cível, considerando a independência das instâncias. STJ. Segunda Turma. Agint no REsp 1.991.470-MG, julgado em 11/6/2024. (Info 816) Conforme entendimento sufragado no Superior Tribunal de Justiça, a absolvição operada no Juízo criminal somente se comunica com a esfera administrativa quando negada a existência do fato ou da autoria (AREsp n. 1.358.883/RS, relator Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, julgado em 3/9/2019).
575
Para fins de indisponibilidade de bens, há solidariedade entre os corréus da Ação de Improbidade Administrativa, de modo que a constrição deve recair sobre os bens de todos eles, sem divisão em quota-parte, limitando-se o somatório da medida ao quantum determinado pelo juiz, sendo defeso (vedado) que o bloqueio corresponda ao débito total em relação a cada um
VAI CAIR!!! DESTAQUE: Para fins de indisponibilidade de bens, há solidariedade entre os corréus da Ação de Improbidade Administrativa, de modo que a constrição deve recair sobre os bens de todos eles, sem divisão em quota-parte, limitando-se o somatório da medida ao quantum determinado pelo juiz, sendo defeso (vedado) que o bloqueio corresponda ao débito total em relação a cada um. STJ. Primeira Seção. REsp 1.955.116-AM, REsp 1.955.957-MG, REsp 1.955.300-DF e REsp 1.955.440-DF, julgado em 22/5/2024. (Info 813) Tema 1213 de Recursos Repetitivos.
576
Não obstante a abolição da hipótese de responsabilização por violação genérica aos princípios administrativos no art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa, a nova previsão específica em seus incisos, de violação aos princípios da moralidade e da impessoalidade, evidencia verdadeira continuidade típico-normativa da conduta
DESTAQUE: Não obstante a abolição da hipótese de responsabilização por violação genérica aos princípios administrativos no art. 11 da Lei de Improbidade Administrativa, a nova previsão específica em seus incisos, de violação aos princípios da moralidade e da impessoalidade, evidencia verdadeira continuidade típico-normativa da conduta. STJ. Primeira Turma. AgInt no AREsp 1.206.630-SP, julgado em 27/2/2024, DJe 1º/3/2024. (Info 802) XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade que contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, de serviços ou de campanhas dos órgãos públicos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
577
A demonstração do requisito da urgência para a indisponibilidade de bens, prevista no art. 16 da Lei de Improbidade Administrativa (com a redação dada pela Lei n. 14.230/2021), tem aplicação imediata ao processo em curso dado o caráter processual da medida.
DESTAQUE: A demonstração do requisito da urgência para a indisponibilidade de bens, prevista no art. 16 da Lei de Improbidade Administrativa (com a redação dada pela Lei n. 14.230/2021), tem aplicação imediata ao processo em curso dado o caráter processual da medida. STJ. Primeira Turma. AREsp 2.272.508-RN, julgado em 6/2/2024. (Info 800)
578
É constitucional — na medida em que configura discrímen razoável — lei distrital que estabelece a obrigatoriedade de: (i) serem mantidas, no mínimo, 5% (cinco por cento) de pessoas com idade acima de quarenta anos, obedecido o princípio do concurso público, nos quadros da Administração Pública direta e indireta; e (ii) ser firmada cláusula, nas licitações para contratação de serviços com fornecimento de mão de obra, que assegure o mínimo de 10% (dez por cento) das vagas a pessoas com mais de quarenta anos.
CUIDADO!!!! CONTRAINTUITIVO RESUMO: É constitucional — na medida em que configura discrímen razoável — lei distrital que estabelece a obrigatoriedade de: (i) serem mantidas, no mínimo, 5% (cinco por cento) de pessoas com idade acima de quarenta anos, obedecido o princípio do concurso público, nos quadros da Administração Pública direta e indireta; e (ii) ser firmada cláusula, nas licitações para contratação de serviços com fornecimento de mão de obra, que assegure o mínimo de 10% (dez por cento) das vagas a pessoas com mais de quarenta anos. STF. Plenário. ADI 4.082/DF, julgado em 30/08/2024. (Info 1148)
579
É constitucional — pois não viola o princípio do pacto federativo, as regras do sistema de repartição de competências ou normas gerais de licitação e contratação (CF/1988, art. 22, XXVII) — lei distrital que adota procedimento licitatório cuja ordem das fases é diversa da prevista na Lei nº 8.666/1993
VAI CAIR. Tese fixada: “São constitucionais as leis dos Estados, Distrito Federal e Municípios que, no procedimento licitatório, antecipam a fase da apresentação das propostas à da habilitação dos licitantes, em razão da competência dos demais entes federativos de legislar sobre procedimento administrativo.” RESUMO: É constitucional — pois não viola o princípio do pacto federativo, as regras do sistema de repartição de competências ou normas gerais de licitação e contratação (CF/1988, art. 22, XXVII) — lei distrital que adota procedimento licitatório cuja ordem das fases é diversa da prevista na Lei nº 8.666/1993. STF. Plenário. RE 1.188.352/DF, julgado em 24/05/2024. (Info 1138) (Tema 1036 de Repercussão Geral)
580
A execução do serviço público de loteria por agentes privados depende de delegação estatal precedida de licitação
Tese fixada: “A execução do serviço público de loteria por agentes privados depende de delegação estatal precedida de licitação.” RESUMO: É INCONSTITUCIONAL a delegação do serviço de loteria para agentes privados sem prévia licitação (CF/1988, art. 175). STF. Plenário. RE 1.498.128/CE, julgado em 27/09/2024. (Info 1152)
580
Apenas em caráter excepcional — e desde que atendidos os parâmetros fixados pelo STF —, uma decisão judicial pode determinar, independentemente do custo, o fornecimento de medicamento registrado na ANVISA, mas não incluído nas listas de dispensação do Sistema Único de Saúde
RESUMO: Apenas em caráter excepcional — e desde que atendidos os parâmetros fixados pelo STF —, uma decisão judicial pode determinar, independentemente do custo, o fornecimento de medicamento registrado na ANVISA, mas não incluído nas listas de dispensação do Sistema Único de Saúde (SUS). STF. Plenário. RE 566.471/RN, julgado em 20/09/2024. (Info 1152)
581
compete à Justiça Federal o julgamento das demandas relacionadas a medicamentos não incorporados na política pública do SUS, mas com registro na ANVISA, quando o valor do tratamento anual específico do fármaco ou do princípio ativo for igual ou superior ao valor de 210 salários mínimos
IGUAL OU SUPERIOR!! CERTO. Nesse contexto, compete à Justiça Federal o julgamento das demandas relacionadas a medicamentos não incorporados na política pública do SUS, mas com registro na ANVISA, quando o valor do tratamento anual específico do fármaco ou do princípio ativo for igual ou superior ao valor de 210 salários mínimos. Ademais, conforme jurisprudência desta Corte, mantém-se a competência da Justiça Federal em relação às ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa, as quais deverão ser propostas, necessariamente, em face da União, observadas as especificidades definidas na tese fixada para o Tema 500 da repercussão geral. Como regra geral, o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos não registrados na ANVISA por decisão judicial. Isso porque o registro na ANVISA é uma proteção à saúde pública. É por meio dele que se atesta a eficácia, a segurança e a qualidade dos medicamentos comercializados no país. Além disso, ele serve também para garantir o devido controle dos preços. O registro sanitário não é, assim, um procedimento meramente burocrático e dispensável, mas processo essencial para a tutela do direito à saúde de toda a coletividade. É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora irrazoável da ANVISA em apreciar o pedido e, desde que preenchidos três requisitos cumulativos: a) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); b) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e c) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.
581
É constitucional norma que cria hipótese de imóvel rural insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária no Programa de Arrendamento Rural, desde que presumido o cumprimento da sua função social e enquanto se mantiver arrendado.
CUIDADO. CONTRAINTUITIVO RESUMO: É constitucional norma que cria hipótese de imóvel rural insuscetível de desapropriação para fins de reforma agrária no Programa de Arrendamento Rural, desde que presumido o cumprimento da sua função social e enquanto se mantiver arrendado. STF. Plenário. ADI 2.213/DF e ADI 2.411/DF, julgado em 18/12/2023. (Info 1121 RESUMO: É constitucional norma que estabelece o esbulho possessório ou a invasão motivada por conflito agrário ou fundiário de caráter coletivo como impeditivos legais à realização da vistoria para fins de desapropriação, desde que (i) a ocupação seja anterior ou contemporânea aos procedimentos expropriatórios; e (ii) atinja porção significativa do imóvel rural, a ponto de alterar os graus de utilização da terra e de eficiência em sua exploração.
582
A desapropriação para comunidades quilombolas possui caráter reparatório e de promoção de direitos fundamentais, não se aplicando a esse procedimento os prazos de caducidade das desapropriações comuns.
DESTAQUE: A desapropriação para comunidades quilombolas possui caráter reparatório e de promoção de direitos fundamentais, não se aplicando a esse procedimento os prazos de caducidade das desapropriações comuns. STJ. Primeira Turma. REsp 2.000.449-MT, julgado em 26/11/2024. (Info 837).
583
No caso de demanda em que se pleiteia reparação moral decorrente de mau cheiro oriundo da prestação de serviço público de tratamento de esgoto, os juros moratórios devem ser contados desde a data da citação válida, salvo se a mora da prestadora do serviço tiver sido comprovada em momento anterior
DESTAQUE: No caso de demanda em que se pleiteia reparação moral decorrente de mau cheiro oriundo da prestação de serviço público de tratamento de esgoto, os juros moratórios devem ser contados desde a data da citação válida, salvo se a mora da prestadora do serviço tiver sido comprovada em momento anterior. STJ. Primeira Seção. REsp 2.090.538-PR e REsp 2.094.611-PR, julgado em 27/11/2024. (Info 835) Tema 1221 de Recursos Repetitivos
584
“O adiamento de exame de concurso público por motivo de biossegurança relacionado à pandemia do COVID-19 não impõe ao Estado o dever de indenizar
Tese fixada: “O adiamento de exame de concurso público por motivo de biossegurança relacionado à pandemia do COVID-19 não impõe ao Estado o dever de indenizar.” (Tema 1.347 de Repercussão Geral) RESUMO: A imprevisibilidade inerente à pandemia do Covid-19 afasta a responsabilidade civil estatal (CF/1988, art. 37, §6º) por danos decorrentes do adiamento de prova de certame em virtude de medidas urgentes de proteção à saúde, inclusive dos candidatos. STF. Plenário. RE 1.455.038/DF, julgado em 05/11/2024. (Info 1157)
585
As concessionárias de rodovias respondem, independentemente da existência de culpa, pelos danos oriundos de acidentes causados pela presença de animais domésticos nas pistas de rolamento, aplicando-se as regras do Código de Defesa do Consumidor e da Lei das Concessões.
DESTAQUE: As concessionárias de rodovias respondem, independentemente da existência de culpa, pelos danos oriundos de acidentes causados pela presença de animais domésticos nas pistas de rolamento, aplicando-se as regras do Código de Defesa do Consumidor e da Lei das Concessões. STJ. Corte Especial, julgado em 21/8/2024, DJe 26/8/2024. (Info 822) Tema 1122 de Recursos Repetitivos.
586
cespe 2025: vai cair É constitucional lei que imponha a vacinação compulsória, sem o consentimento do usuário, quando a medida se destinar à proteção de toda a coletividade, em especial, os mais vulneráveis
errada. A pegadinha foi a seguinte: A vacinação compulsória não significa vacinação forçada, por exigir SEMPRE O CONSENTIMENTO DO USUÁRIO, podendo, contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei. se a vacinação for compulsória sem o consentimento do usuario = vacinação forçada que é proibida. É inconstitucional — à luz do dever estatal de proteção à saúde populacional (art. 196, CF/88) — lei municipal que proíbe, em seu território, a vacinação compulsória e a respectiva imposição de restrições e sanções a pessoas não vacinadas, uma vez que desestimula a adesão à imunização e gera risco à saúde da coletividade. -->O STF reconhece a constitucionalidade da vacinação compulsória, desde que não implique vacinação forçada e que seja implementada com base em medidas indiretas, como restrições ao exercício de certas atividades ou acesso a determinados locais, respeitando critérios de razoabilidade, proporcionalidade e dignidade humana. STF. Plenário. ADPF 946/MG, Rel. Min. Luís Roberto Barroso, julgado em 07/11/2024 (Info 1158).
587
Decorre da garantia do salário mínimo nacional o direito à revisão de benefício previdenciário pelo valor nominal do salário mínimo.
vai cair!!! tema bom cobrado cespe 2025 CF. Art. 201 (...) § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o VALOR REAL, conforme critérios definidos em lei. Ademais, cumpre mencionar que é vedada a vinculação do salário mínimo para qualquer fim, inclusive para fins de reajuste ou revisão de benefícios previdenciários (art. 7º, IV, CF/88). STF: Não encontra amparo no Texto Constitucional revisão de benefício previdenciário pelo valor nominal do salário mínimo. (RE 968414, Relator Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgado em 15/05/2020, tema 996 de repercussão geral)
588
É direito dos trabalhadores urbanos e rurais a assistência gratuita a seus filhos e dependentes, desde o nascimento até os 6 anos de idade, em creches e pré-escolas.
ERRADO. Mnemônico: XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; CCCCinco anos - CCCCreches
589
Cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros natos, bem como aos filhos de brasileiros nascidos no estrangeiro, desde que registrados no Brasil antes da maioridade civil.
Gabarito: Errado. Art. 12. São brasileiros: I - natos: [...] PRIMEIRO ERRO: DESDE QUE REGISTRADOS NO BR ANTES DA MAIORIDADE CIVIL CERTO É REGISTRADOS NA REPARTIÇÃO BRASILEIRA COMPETENTE OU VENHAM A RESIDIR BR E OPTEM APÓS MAIORIDADE PELA NACIONALIDADE BR c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente OU venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; SEGUNDO ERRO: Além disso, vale registrar que a CF não exige a condição de brasileiro nato (ressalvado o disposto no art. 12, § 3º) para ter acesso aos cargos, empregos ou funções públicas. Art. 37. I ''os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
589
Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social tem direito a renda básica familiar garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda.
CERTO. Art. 6º Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária
590
A contratação temporária de servidores públicos para serviços indispensáveis da administração pública é permitida sempre que esteja presente o interesse público, independentemente de previsão legal.
ERRADO DEPENDE DE PREVISÃO LEGAL. As contratações temporárias na administração pública somente podem ocorrer nas expressas hipóteses previstas na lei inerente ao respectivo ente da federação, desde que realmente seja temporária a contratação, esteja presente o interesse público, e que a medida seja em caráter excepcional. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
591
Os servidores públicos, mesmo os civis, não gozam de todos os direitos sociais aplicáveis aos trabalhadores em geral. Alternativas Certo
Gab: Certo Realmente o servidor público não goza de todos os direitos sociais aplicáveis aos trabalhadores em geral. Vejamos: CF/88 Art. 39. § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. Exemplo clássico de prova: servidor não tem direito ao Seguro Desemprego previsto no inciso II, do artigo 7º
592
A inexistência de pronunciamentos judiciais antagônicos torna inepta a exordial da ação declaratória de constitucionalidade.
CERTO. Art. 14. A petição inicial indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator.
593
Os estados-membros não detêm competência administrativa para explorar loterias, pois é competência exclusiva da União legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive loterias, o que obsta a competência material para a exploração dessas atividades pelos outros entes federativos.
ERRADO (CF/88) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XX - sistemas de consórcios e sorteios; A competência para tratar sobre esse assunto (sistemas de sorteios) é privativa da União, portanto, os estados e municípios não podem legislar sobre loterias. Súmula vinculante 2. É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. Apesar de a união possuir a competência privativa para legislar sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive loterias, isso não impede que os estados e municípios explorem essas atividades. A competência legislativa acerca de determinado assunto não se confunde com a competência material, executiva, de exploração de serviço a ele correlato. A competência da União para legislar exclusivamente sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive loterias, não obsta a competência material (administrativa) para a exploração dessas atividades pelos entes estaduais ou municipais, nem a competência regulamentar dessa exploração. STF. Plenário. ADPF 492/RJ, ADPF 493/DF e ADI 4986/MT, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 30/9/2020 (Info 993).
594
Conforme as normas constitucionais vigentes, todos os entes subnacionais são autônomos e estão representados nos órgãos legislativos de caráter nacional.
Gab: Errado Os municípios não estão representados nos órgãos legislativos de caráter nacional.
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A Constituição Federal de 1988 determina que o período para a criação, a fusão e o desmembramento de municípios seja estabelecido em lei complementar estadual.
Não, a Constituição Federal de 1988 determina que a criação, fusão e desmembramento de municípios sejam estabelecidos por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal. Art. 18, § 4º, CF: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT 4 REQUISITOS: 1-LEI ESTADUAL (ORDINÁRIA) 2 - DENTRO DE PERÍODO DETERMINADO POR LEI COMPLEMENTAR 3- CONSULTA PRÉVIA (ATRAVÉS DE PLEBISCITO) 4- APÓS DIVULGAÇÃO DOS ESTUDOS DE VIABILIDADE MUNICIPAL NÃO CONFUNDIR COM REQUISITOS PARA CRIAÇÃO DE ESTADO 2 REQUISITOS 1 - APROVAÇÃO DA POPULAÇÃO DIRETAMENTE INTERESSADA, ATRAVÉS DE PLEBISCITO (NÃO É CONSULTA PRÉVIA) 2- APROVAÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL POR LEI COMPLEMENTAR
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Tem eficácia plena a norma constitucional que estabelece ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança os direitos básicos à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar.
ERRADO. A assertiva está incorreta porque a norma constitucional mencionada tem natureza programática, e não de eficácia plena. CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR A norma constitucional que prevê o direito à educação como um direito social é uma norma de eficácia limitada do tipo programática. (c) São programáticas as normas constitucionais que asseguram o direito fundamental de todas as crianças e jovens ao acesso à educação básica" GABARITO: ERRADA - É O caso de eficácia plena, CONFORME STF 1. A educação básica em todas as suas fases — educação infantil, ensino fundamental e ensino médio — constitui direito fundamental de todas as crianças e jovens, assegurado por normas constitucionais de eficácia plena e aplicabilidade direta e imediata. 2. A educação infantil compreende creche (de zero a 3 anos) e a pré-escola (de 4 a 5 anos). Sua oferta pelo Poder Público pode ser exigida individualmente, como no caso examinado neste processo. 3. O Poder Público tem o dever jurídico de dar efetividade integral às normas constitucionais sobre acesso à educação básica. STF. Plenário RE 1008166/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/9/2022 (Repercussão Geral – Tema 548) (Info 1069).
597
As decisões formalizadas sob o regime da repercussão geral, considerados seus efeitos, equiparam-se às proferidas nas ações de controle concentrado de constitucionalidade.
ERRADO. VAI CAIR!! As decisões proferidas no regime de repercussão geral não têm o mesmo efeito que as decisões no controle concentrado de constitucionalidade. A repercussão geral tem efeito vinculante apenas para o Poder Judiciário e, mais específico, para os tribunais que julgam casos semelhantes. Ou seja, ela não tem efeito erga omnes (para todos) como as decisões de controle concentrado, que afetam todos os órgãos do poder público. Embora ambas as decisões possuam caráter de uniformização da interpretação da Constituição, a repercussão geral limita seus efeitos ao Poder Judiciário, enquanto as decisões no controle concentrado têm um alcance mais amplo.
598
SOMENTE POR 2/3 DE SEUS MEMBROS OU DOS MEMBROS DO RESPECTIVO ÓRGÃO ESPECIAL PODERÃO OS TRIBUNAIS DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO
ERRADO. 2/3 É QUORUM DE SUMULA RESERVA DE PLENÁRIO É MAIORIA ABSOLUTA
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Situação hipotética: Embora não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade de determinada lei, turma do Superior Tribunal de Justiça determinou sua não incidência parcial em determinado caso concreto. Assertiva: Nesse caso, fica configurada violação à cláusula de reserva de plenário.
CF, Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Súmula Vinculante 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. *Aplica-se ao controle difuso e concentrado. *Não se aplica: 1) Quando já houve pronunciamento do plenário STF pela inconstitucionalidade da norma, OU súmula (Rcl 24284 AgR, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em 22/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-098 DIVULG 10-05-2017 PUBLIC 11-05-2017) 2) Quando já houver pronunciamento do plenário do tribunal ou do órgão especial do tribunal 3) Nos conflitos de direito intertemporal (juízo de recepcionalidade ou de revogação). 4) Quando é utilizada a técnica de interpretação conforme a constituição. (para o caso da lei tivermais de uma interpretação possível). 5) RECONHECER A CONSTITUCIONALIDADE 6) TURMAS RECURSAIS 7) JULGAMENTO DE REXT 8) JUÍZES DE 1º GRAU A regra da reserva de plenário não se aplica a julgamento de competência singular, podendo o juiz, mesmo de ofício, deixar de aplicar preceitos normativos que considere contrários ao texto constitucional. (CERTO) Aplica-se ao STF? R: NÃO. O STF exerce, por excelência, o controle difuso de constitucionalidade quando do julgamento do recurso extraordinário, tendo os seus colegiados fracionários competência regimental para fazê-lo sem ofensa ao art. 97 da Constituição Federal. (...) (RE 361829 ED, Relatora Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, julgado em 02/03/2010) - http://www.dizerodireito.com.br/2012/05/2-turma-do-stf-violou-clausula-de.html Aplica-se ao STJ? R: SIM. (https://constitucionalemfoco.com.br/clausula-de-reserva-de-plenario)
600
Julgue os itens a seguir, referentes ao controle incidental de constitucionalidade. I Os legitimados para provocar a jurisdição constitucional abrangem qualquer das partes envolvidas em controvérsia judicial, inclusive terceiros intervenientes (litisconsortes, assistentes, opoentes etc.) e o Ministério Público que oficie no feito. II O controle em apreço pode ser incitado por juízo de primeiro grau nas causas submetidas a sua apreciação, mesmo quando as partes não o tiverem feito. III O controle em questão pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal com competência para julgar a causa, incluindo-se os juizados especiais e as turmas recursais de todo o país.
TODOS OS ITENS CERTOS I FUNDAMENTO: LEGITIMADOS PARA ARGUIR A INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL: PARTES MP TERCEIROS INTERVENIENTES JUIZ DE OFÍCIO ____ II FUNDAMENTO: Constatando a inconstitucionalidade de uma lei, o magistrado poderá, de ofício, argui-la. Trata-se de controle de constitucionalidade incidental feito por juiz de primeiro grau -> a declaração de (in)constitucionalidade terá efeito inter partes. ____ III FUNDAMENTO: Correto! Todos os citados pela questão são competentes para exercer o controle de constitucionalidade incidental. Muito cuidado: em que pese seja possível o controle de constitucionalidade incidental em primeiro grau, o mesmo não acontece em relação a cláusula de reserva de plenário. Sendo assim, tratando-se de juizados especiais/turmas recursais e em primeiro grau como um todo, é dispensada a instauração de cláusula de reserva de plenário. OU SEJA, JUIZADOS ESPECIAIS/TURMAS RECURAIS E JUIZOS 1º GRAU PODEM REALIZAR CONTROLE DIFUSO E NÃO PRECISAM OBSERVAR CLAUSULA DE RESERVA
601
O Supremo Tribunal Federal (STF) vem entendendo pela viabilidade da intervenção de terceiros e do amicus curiae no processamento da ação direta de inconstitucionalidade e na ação declaratória de constitucionalidade.
ERRADO. É permitido amicus curiae (art. 7º, §2º, Lei 9.868/99) mas é expressamente vedada a intervenção de terceiros (art. 7º, caput, Lei 9.868/99). * O AMICUS CURIAE NÃO SE CARACTERIZA COMO INTERVENÇÃO DE TERCEIROS EM VIRTUDE DE EXPRESSA PREVISÃO LEGAL *PF NÃO PODE SER AMICUS CURIAE *A DECISÃO QUE INADMITE OU QUE ADMITE O AMICUS CURIAE É IRRECORRIVEL *AMICUS CURIAE NÃO TEM LEGITIMIDADE PARA PROPOR RECURSO (NEM MESMO OPOR EMBARGOS) OU MEDIDA CAUTELAR.
602
Conforme entendimento do STF, a técnica de se conferir efeitos ex nunc às decisões proferidas em sede de controle concentrado também pode ser utilizada no âmbito do controle difuso.
CERTO. É possível a modulação dos efeitos da decisão proferida em sede de controle incidental de constitucionalidade. (STF, RE 522.897). É possível a modulação dos efeitos da decisão proferida em recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida. (STF, RE 586.453)
603
No sistema brasileiro, uma vez promulgada uma nova Constituição, as normas constantes da Constituição anterior não são automaticamente revogadas, quando não guardem compatibilidade material com a nova constituição.
QUANDO ENTRA EM VIGOR OUTRA A CONSTITUIÇÃO A REGRA GERAL É QUE SE ROMPA TODA A ORDEM JURIDICA PROCEDENTE (ESSA REVOGAÇÃO É TACITA/AUTOMATICO). DITO ISSO, SOMENTE POR PREVISÃO EXPRESSA PODE OCORRER A DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO; RECEPÇÃO DE NORMA CONSTITUCIONAL (RECEPÇÃO MATERIAL); REPRESTINAÇÃO; OBS: OUTRA COISA SÃO AS LEIS INFRACONSTITUCIONAIS, ANALISA-SE A COMPATIBILIDADE MATERIAL (O CONTEUDO) E DESPREZA-SE A COMPATIBILIDADE FORMAL. HAVENDO COMPATIBILIDADE MATERIAL SERÁ RECEPCIONADA DE FORMA TÁCITA (AUTOMATICAMENTE) CUIDADO!!!!! i- Repristinação: "ressuscitar" uma lei anteriormente revogada ou não recepcionada. ii- Desconstitucionalização: CF nova faz norma constitucional antiga , compatível materialmente com a nova, virar lei infraconstitucional. iii- Recepção material de normas constitucionais: CF nova faz norma constitucional antiga , compatível materialmente com a nova, virar norma constitucional. Não obstante, em virtude da ilimitabilidade do Poder originário, de forma expressa pode-se adotar qualquer um desses três institutos, como ocorreu na CF de 88 em relação ao item iii, que recepcionou expressamente, por um determinado período, o sistema tributário da CF/67.
604
NO CONTROLE INCIDENTAL O JUIZ PODE RECONHECER DE OFÍCIO A INCONST E SÃO EM REGRA EX TUNC
© - RETROATIVA CUIDADO NO SEGUINTE, APENAS COM RELAÇÃO AO DEFERIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR É QUE SE ADOTA O EX NUNC (NAO RETROAGE), PARA SUPENDER OS EFEITOS. TODAS AS DEMAIS, SEJA DIFUSO OU ABSTRATO (RETROAGE). PORTANTO, CUIDADO COMO A QUESTÃO FOR COBRAR, SE INDAGAR SOBRE O EFEITO NA MEDIDA CAUTELAR É EX NUNCA. É DIFERENTE DE: CESPE: A decisão no controle difuso de constitucionalidade produz, necessariamente, efeitos retroativos. (errado) pode ter modulação.
605
É POSSIVEL FAZER CONTROLE DE NORMAS CONSTITUCIONAIS
(AFIRMATIVA CORRETA, POIS PODE FAZER EM FACE DE EMENDAS EX EMENDA QUE NÃO RESPEITOU PROCESSO DE SUA ELABORAÇÃO); - CESPE 2024 O QUE NÃO PODE É EM FACE DE NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS PORQUE SERIA DIZER QUE EXISTE ALGO ACIMA DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO COMO PARAMETRO, O QUE NÃO É VERDADE; ALÉM DISSO, NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE AS NORMAS CONSTITUCIONAIS (NORMA DE EMENDA NÃO É INFERIOR A ORIGINÁRIA), SEGUNDO O PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO.
606
Com o recebimento das informações dos requeridos e das manifestações do advogado-geral da União e do procurador-geral da República, é admitido o aditamento à inicial da ação direta de inconstitucionalidade até o julgamento.
ERRADO. Não é admitido o aditamento à inicial da ação direta de inconstitucionalidade após o recebimento das informações dos requeridos e das manifestações do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República. STF. Plenário ADI 4541/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 16/4/2021 (Info 1013).
607
O procurador-geral da República deverá ser previamente citado na ação direta de inconstitucionalidade.
ERRADO. PGR deverá ser previamente ouvido (art 103, §1º) AGU deverá ser previamente citado (art. 103, § 3º)
608
Lei que tenha destinatários determináveis não perde seu caráter abstrato e geral, podendo, portanto, ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
CERTO. Informativo 955 do STF Uma lei que tenha destinatários determináveis continua possuindo caráter abstrato e geral e pode ser impugnada por meio de ADI. Mesmo que uma lei seja fruto de acordo homologado judicialmente, ela poderá ser objeto de ADI, não havendo violação da coisa julgada material.
609
Estado-membro possui legitimidade para recorrer das decisões proferidas em sede de controle concentrado de constitucionalidade em ação direta de inconstitucionalidade (ADI) que tenha sido ajuizada pelo respectivo governador.
ERRADO. o Estado-membro não dispõe de legitimidade para interpor recurso em sede de controle normativo abstrato, ainda que a ADI tenha sido ajuizada pelo respectivo governador. Info 703
610
Não se admitem a desistência e a ação rescisória dos julgados de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade.
CERTO. Art. 5Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
611
NÃO PODEM SER OBJETOS DE ADPF
NÃO PODEM SER OBJETOS DE ADPF *PEC *SUMULA *DECISAO TRANSITADA EM JULGADA *ATOS TIPICAMENTE REGULAMENTARES *CONTRA LEI MUNICIPAL QUE VIOLAR, AO MESMO TEMPO, A CF E A CONST. DO ESTADO, EM NORMA DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA. A JURISPRUDENCIA DO STF ENTENDE NÃO SER CABÍVEL A ADPF QUANDO POSSÍVEL O AJUIZAMENTO DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL.
612
PARA PROPOR RECLAMAÇÃO PERANTE O STF PRECISA ESGOTAR VIA ADM
NELMA: CERTO, PARA VIA ADM PRECISA ESGOTAR. DIFERNTE SE FOR POR VIA JUDICIAL, PODE MESMO EM FACE DE JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NAO PRECISA ESGOTAR INSTÂNCIA.
613
1. É constitucional norma de lei estadual que imponha ao Ministério Público (i) a vinculação ao regime próprio de previdência social do respectivo ente federado; e (ii) a participação, juntamente com os poderes e demais órgãos autônomos, do custeio previdenciário. 2. É INCONSTITUCIONAL norma de lei estadual que autorize a Secretaria de Estado de Fazenda a reter o valor correspondente às contribuições previdenciárias devidas pelo Ministério Público, seus membros e servidores.”
CERTO. Tese fixada: “1. É constitucional norma de lei estadual que imponha ao Ministério Público (i) a vinculação ao regime próprio de previdência social do respectivo ente federado; e (ii) a participação, juntamente com os poderes e demais órgãos autônomos, do custeio previdenciário. 2. É INCONSTITUCIONAL norma de lei estadual que autorize a Secretaria de Estado de Fazenda a reter o valor correspondente às contribuições previdenciárias devidas pelo Ministério Público, seus membros e servidores.”
614
Ofende a Constituição Federal a previsão, em ato normativo estadual, de obrigatoriedade de escolha do Procurador-Geral do Estado entre os integrantes da respectiva carreira
errado. Tese fixada: “Não ofende a Constituição Federal a previsão, em ato normativo estadual, de obrigatoriedade de escolha do Procurador-Geral do Estado entre os integrantes da respectiva carreira.” STF. Plenário. - ADI 3.056/RN, julgado em 22/09/2023. (Info 1109)
615
É constitucional — quando caracterizada a natureza indenizatória da verba — a concessão de auxílio destinado ao aperfeiçoamento profissional de membros de Procuradoria Estadual, remunerados sob a forma de subsídio.
certo. RESUMO: É constitucional — quando caracterizada a natureza indenizatória da verba — a concessão de auxílio destinado ao aperfeiçoamento profissional de membros de Procuradoria Estadual, remunerados sob a forma de subsídio. Atenção! Não confunda com o julgado! RESUMO: É INCONSTITUCIONAL norma estadual que prevê adicional de “auxílio-aperfeiçoamento profissional” aos seus magistrados. (Info 1102)
616
É devido o pagamento de honorários sucumbenciais à Defensoria Pública, quando representa parte vencedora em demanda ajuizada contra qualquer ente público, inclusive aquele que integra; 2. O valor recebido a título de honorários sucumbenciais deve ser destinado, exclusivamente, ao aparelhamento das Defensorias Públicas, vedado o seu rateio entre os membros da instituição.”
Tese fixada: “1. É devido o pagamento de honorários sucumbenciais à Defensoria Pública, quando representa parte vencedora em demanda ajuizada contra qualquer ente público, inclusive aquele que integra; 2. O valor recebido a título de honorários sucumbenciais deve ser destinado, exclusivamente, ao aparelhamento das Defensorias Públicas, vedado o seu rateio entre os membros da instituição.” STF. Plenário. RE 1.140.005/RJ, julgado em 23/06/2023. (Info 1100) (Tema 1.002 de Repercussão Geral)
617
É INCONSTITUCIONAL norma estadual que confere à Defensoria Pública o poder de requisição para instaurar inquérito policial.
correto. RESUMO: É INCONSTITUCIONAL norma estadual que confere à Defensoria Pública o poder de requisição para instaurar inquérito policial. STF. Plenário. ADI 4.346/MG, julgado em 10/03/2023. (Info 1086)
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É constitucional norma estadual que cria função gratificada de gestor de Delegacias Interativas de Polícia do Interior (DIPs) no quadro de funções gratificadas da polícia civil local.
RESUMO: É constitucional — pois configura legítimo exercício da competência concorrente em legislar sobre organização das polícias civis (CF/1988, art. 24, XVI e § 1º) — norma estadual que cria função gratificada de gestor de Delegacias Interativas de Polícia do Interior (DIPs) no quadro de funções gratificadas da polícia civil local. STF. Plenário. ADI 6.847/AM, julgado em 20/11/2023. (Info 1117) não confundir com: RESUMO: É INCONSTITUCIONAL — pois caracteriza desvio de funções (CF/1988, arts. 24, § 1º, e 144, § 4º) — norma estadual que permite que o gestor de DIPs seja servidor estranho ao quadro de delegados, a partir de designação pelo delegado-geral de polícia civil.
619
É NULO — por violar o princípio da publicidade, bem como por restringir o direito à informação — ato público que estabelece, genericamente e sem fundamentação válida e específica, que todos os processos do Sistema Eletrônico de Informações da Polícia Federal (SEI-PF) sejam cadastrados com nível de acesso restrito.
certo. RESUMO: É NULO — por violar o princípio da publicidade, bem como por restringir o direito à informação — ato público que estabelece, genericamente e sem fundamentação válida e específica, que todos os processos do Sistema Eletrônico de Informações da Polícia Federal (SEI-PF) sejam cadastrados com nível de acesso restrito. STF. Plenário. ADPF 872/DF, julgado em 14/08/2023. (Info 1103) O controle de legalidade e finalidade dos atos administrativos exige transparência na gestão pública e não se restringe ao ato perfeito e acabado, pois abrange o processo administrativo que o precede e os motivos determinantes para adoção de dada conduta pela Administração (Lei 12.527/2011, art. 7º). [...] A publicidade do processo administrativo que precede o ato, portanto, é imprescindível para essa verificação.
620
É compatível com o sistema normativo-constitucional vigente, norma estadual que veda a promoção ou a participação de policiais em manifestações de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades ou contra atos da Administração Pública em geral.
certo. RESUMO: É compatível com o sistema normativo-constitucional vigente, norma estadual que veda a promoção ou a participação de policiais em manifestações de apreço ou desapreço a quaisquer autoridades ou contra atos da Administração Pública em geral. STF. Plenário. ADPF 734/PE, julgado em 12/04/2023. (Info 1090) Nesse contexto, as restrições da lei estadual impugnada são adequadas, necessárias e proporcionais. Isso porque os policiais civis são agentes públicos armados cujas manifestações de apreço ou desapreço relativamente a atos da Administração em geral e/ou a autoridades públicas em particular podem implicar ofensa ao art. 5º, XVI, da CF/1988, segundo o qual se reconhece a todos o direito de reunir-se pacificamente e “sem armas”. Assim, cumpre conciliar esses valores constitucionais: de um lado, a liberdade de expressão dos policiais civis e, de outro, a segurança e a ordem públicas, bem como a hierarquia e a disciplina que regem as organizações policiais.
621
É constitucional ato normativo estadual que, respeitando as condições mínimas definidas em diploma federal de normas gerais, estabelece exigência adicional para a manutenção do porte de arma de fogo por servidores estaduais aposentados das forças de segurança pública.”
certo. Tese fixada: “É constitucional ato normativo estadual que, respeitando as condições mínimas definidas em diploma federal de normas gerais, estabelece exigência adicional para a manutenção do porte de arma de fogo por servidores estaduais aposentados das forças de segurança pública.” RESUMO: No exercício de sua competência constitucional para suplementar as normas gerais fixadas pela União sobre matéria atinente à segurança pública (CF/1988, art. 24, § 2º), os estados podem editar normas específicas quanto ao porte de arma de fogo, desde que mais restritivas. STF. Plenário. ADI 7.024/PR, julgado em 16/12/2022 (Info 1081)
622
i - As terras de ocupação tradicional indígena, na qualidade de terras públicas, são inalienáveis, indisponíveis e os direitos sobre elas imprescritíveis ii - Os povos indígenas possuem capacidade civil e postulatória, sendo partes legítimas nos processos em que discutidos seus interesses, sem prejuízo, nos termos da lei, da legitimidade concorrente da FUNAI e da intervenção do Ministério Público como fiscal da lei iii - Em MUDANÇA DE POSICIONAMENTO JURISPRUDENCIAL, esta Corte concluiu pela inaplicabilidade da teoria do fato indígena e pela prevalência da teoria do indigenato iv - A proteção constitucional aos direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam independe da existência de um marco temporal em 05 de outubro de 1988 ou da configuração do renitente esbulho, como conflito físico ou controvérsia judicial persistente à data da promulgação da Constituição;
todos itens corretos. pontos importantes *segundo previsão expressa na cf as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios pertencem À União. No entanto, essas terras destinam-se a posse permanente dos índios, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes. *TEORIA DO INDIGENATO - DEFENDE QUE O DIREITO DOS ÍNDIOS SOBRE AS TERRAS OCUPADAS É ANTERIOR à CRIAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO, DE FORMA QUE A DEMARCAÇÃO TERIA APENAS EFEITO DECLARATÓRIO. *TEORIA MARCO TEMPORAL - AFIRMA QUE OS ÍNDIOS TEM DIREITO DE OCUPAR APENAS AS TERRAS QUE OCUPAVAM OU JA DISPUTAVAM NA DATA DE PROMULGAÇÃO DA CF/88
623
Prazo para conclusão do IP na justiça estadual e na Jf?
JE - PRESO - 10 + 15 JF - PRESO - 15+15 SOLTO 30 EM AMBAS
624
Prazo para conclusão IP lei de drogas e prisão temporaria em crime hediondos?
LEI DE DROGAS preso 30+30 e solto 90+90 PRISÃO TEMPORARIA PRESO 30+30 E SOLTO NAO SE APLICA
625
No ato de improbidade administrativa decorrente de violação dos princípios da administração pública, o enriquecimento do agente público é irrelevante para a configuração do ilícito.
Correto. Art. 11 § 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos
626
Os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador têm aplicabilidade no sistema de improbidade disciplinado na Lei de Improbidade Administrativa.
Correto. § 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito administrativo sancionador.
627
A responsabilidade sucessória da sociedade empresária incorporadora pelos atos da incorporada está limitada, em regra, ao patrimônio transferido pelo ato de incorporação
Correto. Exceto em caso de simulação, fraude. Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na hipótese de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária. Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data da fusão ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente comprovados.
628
A Lei n.º 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma subsidiária aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.
CERTO. De acordo com o entendimento sumulado do STJ: Súmula 633: “A Lei 9.784/1999, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios, se inexistente norma local e específica que regule a matéria.” *NÃO CONFUNDIR COM DIREITO TRIBUTARIO SINGINIFICANCIA ETC QUE PRECISA TER LEI LOCAL ESPECIFICANDO O PARAMETRO DE PEQUENO VALOR DE AÇÃO FISCAL
629
A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, mas não se faz presente, por exemplo, na concessão de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos.
CERTO. A discricionariedade é, de fato, um atributo do poder de polícia, que permite à administração pública escolher, dentro dos limites legais, a melhor maneira de atingir o interesse público. No entanto, não há discricionariedade em casos como a concessão de alvarás de construção e licenças para dirigir veículos, pois são atos vinculados.
630
A legislação vigente estabelece que, extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário.
CERTO Nos termos do art. 35, § 1º, da Lei 8.987/95, extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
631
Denomina-se parceria público-privada o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
Gabarito: Certo. administrativa: contrato de prestação de serviços que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta; remuneração da empresa é integralmente feita por pelo poder público. patrocinada: ocorre quando os valores que são pagos pelos usuários do serviço não são suficientes para dar viabilidade ao projeto. Ou seja, é necessário que o poder público complete a remuneração do parceiro privado por meio de subsídios regulares
632
A insuficiência de desempenho de servidor público aprovado em concurso público atestada por avaliação periódica não é suficiente para ensejar a perda da estabilidade.
Gab. E CF/88. Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
633
Todo aquele que exerce, por qualquer forma de vínculo, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, função em órgão da administração pública pode ser sujeito ativo tanto de ato de improbidade administrativa quanto do crime de abuso de autoridade.
CESPE 2025 JUSTIFICATIVA - Certo. O item está correto, pois menciona a parte comum do conceito de agente público para fins de configuração do ato improbidade administrativa e do crime de abuso de autoridade, nos termos do art. 2.º, caput, da Lei n.º 8.429/1992 e do art. 2.º, parágrafo único, da Lei n.º 13.869/2019.
634
A ação de improbidade administrativa deve ser processada e julgada nas instâncias ordinárias, ainda que proposta contra agente político que tenha foro por prerrogativa de função.
CERTO. não existe foro privilegiado para quem comete o ato de improbidade administrativa REGRA: julgamento por juiz de 1º grau. EXCEÇÃO: Ministro do STF (será julgado pelo próprio Supremo)
635
Os sócios, cotistas e diretores de pessoa jurídica de direito privado, via de regra, respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica.
(FALSO) CESPE MPE-SE: Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado respondem por ato de improbidade eventualmente imputado a tal pessoa jurídica. (FALSO) § 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado NÃO RESPONDEM pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios DIRETOS, caso em que responderão nos limites da sua participação.
636
As sanções veiculadas na Lei de Improbidade Administrativa aplicam-se à pessoa jurídica infratora caso a conduta tipificada como ato de improbidade administrativa seja também sancionada como ato lesivo à administração pública, considerada a independência entre as instâncias
(FALSO). CESPE: O ato ilícito que já tenha sido sancionado com base na Lei n.º 12.846/2013 impossibilita a aplicação das penalidades da Lei de Improbidade Administrativa. (CERTO) § 2º As sanções desta Lei NÃO SE APLICARÃO à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 (LEI ANTICORRUPÇÃO) + Art. 12, § 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846/2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem.
637
O sucessor de quem que causar dano ao erário está sujeito à obrigação de reparar os cofres públicos até o limite do valor do patrimônio transferido, exceto nas hipóteses de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária
(FALSO) Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei APLICA-SE TAMBEM na hipótese de alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária CESPE: A responsabilidade sucessória da sociedade empresária incorporadora pelos atos da incorporada está limitada, em regra, ao patrimônio transferido pelo ato de incorporação. (CERTO)
638
São espécies de atos de improbidade administrativa aqueles que atentam contra o decoro parlamentar e contra a dignidade da justiça
(FALSO) #ATENÇÃO! Cespe já cobrou 3 vezes essa afirmativa, que está errada! conforme a lei as espécies são 9, 10 e 11 da LIa
639
A Lei n.º 14.230/2021 revogou a seção que tratava dos atos de improbidade administrativa decorrentes da concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário.
CESPE: A Lei n.º 14.230/2021 revogou a seção que tratava dos atos de improbidade administrativa decorrentes da concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário. (CERTO) Atualmente: ESTÁ DENTRO DOS Atos que causam prejuízo ao erário. XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput (....)
640
CESPE: Receber vantagem econômica direta para facilitar a locação de bem público por preço superior ao valor de mercado constitui ato de improbidade administrativa que importa em enriquecimento ilícito
(FALSO) ✓ Facilitar a AQUISIÇÃO por preço SUPERIOR ✓ Facilitar a ALIENAÇÃO por preço INFERIOR ART. 9 ENRIQUECIMENTO ILICITO II - PERCEBER vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço SUPERIOR ao valor de mercado; III - PERCEBER vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço POR ENTE ESTATAL por preço INFERIOR ao valor de mercado
641
Aceitar promessa de vantagem econômica para tolerar a prática de lenocínio configura ato de improbidade administrativa.
(CERTO) ENRIQUECIMENTO ILICITO ART 9 V - RECEBER vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou ACEITAR PROMESSA de tal vantagem;
642
O exercício de atividade de consultoria para pessoa jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade, caracteriza ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública.
(FALSO) É ATO QUE CAUSA ENRIQUECIMENTO ILICITO VIII - ACEITAR emprego, comissão ou EXERCER atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
643
A realização de operação financeira sem a observância das normas legais e regulamentares caracteriza ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário.
(CERTO) ART. 10 VI - REALIZAR OPERAÇÃO financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou ACEITAR GARANTIA insuficiente ou inidônea;
644
VIII - FRUSTRAR a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, ACARRETANDO PERDA PATRIMONIAL EFETIVA; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021) É PREJUIZO AO ERARIO OU CONTRA PRINCPIOS?
PREJUIZ AO ERARIO Lesao ao erario = Licitatação/processo Seletivo NÃO CONFUNDIR COM ART. 11, V, FRUSTAR, EM OFENSA A IMPARCIALIDADE, O CARATER CONCORRENCIAL DE CONCURSO PUBLICO, DE CHAMAMENTO OU DE PROCEDIMENTO LICITATORIO, COM VISTAS A OBTENÇÃO DE BENEFICIO PROPRIO DIRETO OU INDIRETO DE TERCEIROS; Contra princpipios Concorrencia Concurso publico
645
Em havendo o ressarcimento integral e efetivo do dano pelo sujeito ativo do ato de improbidade administrativa que cause prejuízo ao erário ou enriquecimento ilícito, não lhe serão aplicáveis as sanções alusivas à perda de bens ou valores.
(FALSO) Art. 12. INDEPENDENTEMENTE do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
646
Situação hipotética: Em uma ação de improbidade administrativa, o Ministério Público requereu, na petição inicial, o pedido de indisponibilidade de bens do réu, a fim de garantir a integral recomposição do erário. Assertiva: Nessa situação, para o deferimento do pedido, conforme previsão da Lei de Improbidade Administrativa, além de outros requisitos, é necessário que o juiz do caso determine, obrigatoriamente, a oitiva prévia do réu no prazo de cinco dias.
(FALSO) § 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida
647
A indisponibilidade de bens de terceiro formulada no âmbito de ação de improbidade administrativa, quando este for pessoa jurídica, dependerá da instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
(CERTO) § 7º A indisponibilidade de BENS DE TERCEIRO dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual. De TERCEIRO pessoa física > demonstração da efetiva concorrência De PESSOA JURÍDICA > instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica
648
A sentença que julga improcedente a ação de improbidade administrativa fica sujeita ao reexame necessário.
(FALSO) ✪ § 19. NÃO SE APLICAM na ação de improbidade administrativa: I - a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia; CESPE: Na ação de improbidade administrativa, não se aplica a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor ainda que o réu não conteste a ação. (CERTO) II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil); III - o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato, competindo ao Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre membros de Ministérios Públicos distintos; IV - o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito.
649
Um dos critérios a ser observado no processo administrativo federal é a proibição de cobrança de quaisquer despesas processuais dos interessados.
(FALSO) ✪ XI - PROIBIÇÃO de cobrança de despesas processuais, RESSALVADAS as previstas em lei
650
O andamento do processo administrativo condiciona-se à atuação dos interessados, sendo vedada a impulsão de ofício pela administração pública.
(FALSO) ✪ XII - impulsão, DE OFÍCIO, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
651
De acordo com a lei, o processo administrativo pode iniciar-se a pedido do interessado, desde que apresentado por escrito.
(FALSO) ✪ Art. 5o O processo administrativo pode iniciar-se DE OFÍCIO ou a pedido de interessado. Art. 6o O requerimento inicial do interessado, SALVO casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
652
Para os efeitos do processo administrativo, são capazes perante a administração pública, além dos maiores de idade, os menores de dezoito anos de idade, desde que em exercício de emprego público efetivo e com idade acima dos quatorze anos
(FALSO) ✪ Art. 10. São CAPAZES, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio
653
Um órgão administrativo pode delegar parte de sua competência a outro órgão administrativo que não lhe seja subordinado hierarquicamente
(CERTO) Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, SE não houver impedimento legal, DELEGAR parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, AINDA que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial
654
A competência do sujeito é requisito de validade do ato administrativo e, em princípio, irrenunciável, porém sua irrenunciabilidade poderá ser afastada em razão de delegação ou avocação de competências legalmente admitidas
(CERTO) ✪ Art. 11. A competência é IRRENUNCIÁVEL e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, SALVO os casos de delegação e avocação LEGALMENTE admitidos.
655
A delegação poderá ser formalizada por tempo indeterminado, a critério da autoridade delegante
(FALSO) ✪ Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. § 1o O ato de delegação especificará as MATÉRIAS e PODERES transferidos, os LIMITES da atuação do delegado, a DURAÇÃO e os OBJETIVOS da delegação e o RECURSO cabível, podendo conter RESSALVA de exercício da atribuição delegada.
656
A autoridade delegante somente poderá revogar o ato de delegação quando exaurido o objetivo para o qual o ato foi editado
(FALSO) IBFC PC-BA: O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. (CERTO) ✪ § 2o O ato de delegação é REVOGÁVEL a QUALQUER TEMPO pela autoridade delegante
657
O processo administrativo deve ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir, salvo disposição em contrário.
Art. 17. INEXISTINDO competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de MENOR grau hierárquico para decidir. CESPE: De acordo com a Lei do Processo Administrativo, inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante: a autoridade de menor grau hierárquico para decidir (C)
658
Embora não haja efeitos disciplinares, o servidor que incorrer em impedimento para atuar em processo administrativo deve comunicar à autoridade competente.
(FALSO) Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui FALTA GRAVE, para efeitos disciplinares
659
Percebendo-se a participação de três órgãos, poderá ser instaurado o procedimento de decisão coordenada, o qual também exige relevância da matéria e discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório.
(CERTO) Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a PARTICIPAÇÃO DE 3 OU MAIS SETORES, ÓRGÃOS OU ENTIDADES poderão ser tomadas mediante DECISÃO COORDENADA, sempre que: I - for justificável pela relevância da matéria; e II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório. § 1º Para os fins desta Lei, considera-se DECISÃO COORDENADA a instância de natureza interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua formalização com a legislação pertinente.
660
Aos processos administrativos que envolvam, conjuntamente, autoridades dos Poderes Executivo e Legislativo não se aplica a decisão coordenada.
(CERTO) CESPE: É cabível a decisão administrativa coordenada entre os entes federativos para, conjuntamente, deliberarem sobre a execução de políticas públicas comuns, como saúde e educação. (FALSO) ✪ § 6º NÃO SE APLICA a decisão coordenada aos processos administrativos: I - de licitação; II - relacionados ao poder sancionador; ou III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos (cai muito!)
661
Quando importar anulação, suspensão ou convalidação, o ato administrativo deverá ser motivado, com indicação de fatos e fundamentos jurídicos, ressalvada a hipótese de revogação.
(FALSO) ✪ Art. 50. Os atos administrativos DEVERÃO ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo
662
A norma da Lei n.º 9.784/1999 a respeito do prazo decadencial para a revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal não pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios.
(FALSO) Súmula 633-STJ: A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria É INCONSTITUCIONAL lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para anulação de atos administrativos reputados inválidos pela Administração Pública estadual. STF. Plenário. ADI 6019/SP, julgado em 12/4/2021
663
CESPE PC-AL: Os processos em que figure como parte pessoa com deficiência mental e maior de sessenta anos de idade tramitarão em regime de prioridade, em qualquer instância administrativa
(CERTO) Art. 69-A. Terão PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: I - pessoa com idade IGUAL ou SUPERIOR a 60 anos; FGV: João, pessoa saudável, com 60 (sessenta) anos de idade, não tem direito à tramitação prioritária do processo administrativo. (FALSO) II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; CESPE: As pessoas com deficiência terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, dos procedimentos administrativos em que figurem como partes ou interessadas. (CERTO) IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia GRAVE, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia GRAVE, hepatopatia GRAVE, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, MESMO QUE A DOENÇA TENHA SIDO CONTRAÍDA APÓS O INÍCIO DO PROCESSO. CESPE DELEGADO PC-PB: Suponha que cada um dos seguintes servidores públicos figure como parte interessada em processo administrativo protocolado junto à administração pública: Leonardo, com 60 anos de idade, não relata qualquer problema de saúde; Luciano, com 50 anos de idade, apresenta diagnóstico de cardiopatia leve; Sílvio, com 40 anos de idade, comprova ser portador de deficiência física. Nessa situação, haverá prioridade na tramitação: dos processos administrativos de Leonardo e Sílvio.
664
Sabe-se que o direito da adm de anular os atos adm de que decorram efeitos favora´veis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram PRATICADOS, salvo comprovada má-fe. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência começa quando?
no caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-à da percepção do primeiro pagamento. considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade adm que improte impugnação à validade do ato.
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A compatibilidade do processo administrativo disciplinar com o ordenamento jurídico pátrio requer a estrita observância das seguintes fases, nessa ordem: instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa técnica por advogado e relatório; e julgamento.
ERRADO Processo Disciplinar A- Fases do PAD (IIDRJ) 1ª - Instauração: via portaria, com a publicação do ato que constituir a comissão. 2ª - Inquérito Administrativo - compreende instrução, defesa e relatório. 3ª - Julgamento ●Prazo conclusão: 60 + 60 dias. Súmula Vinculante 5 - STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. -STJ Súmula 641 - 2020: A portaria de instauração do PAD prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados. -STJ Súmula 592 - 2017: O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar só causa nulidade se houver demonstração de prejuízo à defesa. STJ Info 598 - 2017: A instauração de processo disciplinar contra servidor efetivo cedido deve dar-se, preferencialmente, no órgão em que tenha sido praticada a suposta irregularidade. Contudo, o julgamento e a eventual aplicação de sanção só podem ocorrer no órgão de origem - ao qual o servidor efetivo estiver vinculado.
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Em recursos em processo administrativo, é possível a retratação da autoridade que haja proferido a decisão impugnada.
certo. Art. 56. "Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito." E o parágrafo único do artigo 56 menciona a possibilidade de retratação: Parágrafo único: "O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior." NÃO CONFUNDIR COM: *8112 O RECURSO É DIRIGIDO À AUTORIDADE SUPERIOR; *INEXISTINTO COMPETENCIA LEGAL ESPECIFICA O PROCESSO ADM DEVERÁ SER INICIADO PERANTE A AUTORIDADE DE MENOR GRAU HIERARQUICO PARA DECIDIR
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O Ministério Público de determinado estado propôs ação de improbidade administrativa em decorrência de atos supostamente praticados pelo secretário de educação daquele estado. Após a instrução processual, identificou-se a ausência dos requisitos para o processamento da ação de improbidade administrativa, mas verificou-se a presença dos pressupostos para o processamento de ação civil pública. Nessa situação, o juiz da causa poderá, de ofício, converter a ação de improbidade administrativa em ação civil pública.
USTIFICATIVA CESP - Certo. A Lei n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, dispõe sobre as sanções aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa, de que trata o § 4.º do art. 37 da Constituição Federal; e dá outras providências. O art. 17, § 16 do referido instrumento normativo define que a qualquer momento, no curso da ação de improbidade administrativa, que o magistrado identificar a existência de ilegalidades ou de irregularidades administrativas a serem sanadas sem que estejam presentes todos os requisitos para a imposição das sanções aos agentes incluídos no polo passivo da demanda, poderá, em decisão motivada, converter a ação de improbidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei n.º 7.347/1985. Portanto, conforme pode ser observado, sempre que preenchida a hipótese legal constante do art. 17, § 16 da Lei n.º 8.429/92, é admissível a conversão da ação de improbidade administrativa em ação civil pública
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ALTERAÇÃO DE 2024 PARA SAIDA TEMPORARIA...NAO TERÁ DIREITO À SAÍDA TEMPORÁRIA OU A TRABALHO EXTERNO SEM VIGILÂNCIA DIRETA O CONDENADO QUE...(2)?
§ 2º Não terá direito à saída temporária de que trata o caput deste artigo ou a trabalho externo sem vigilância direta o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo ou com violência ou grave ameaça contra pessoa. (Redação dada pela Lei nº 14.843, de 2024)
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VAI CAIR!! CESPE 2025 A comercialização de réplicas e simulacros de arma de fogo que com estas possam se confundir somente pode ocorrer quando destinada à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo órgão competente.
Gabarito: CERTO Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. Parágrafo único. Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado, nas condições fixadas pelo Comando do Exército. A importação de brinquedos, réplicas e simulacros de arma de fogo configura o delito de CONTRABANDO, previsto no art. 334-A do Código Penal. Lembrando que, o porte ou a posse de réplica ou simulacro NÃO É CRIME. Contribuindo: Autorização para o porte → PF após autorização do Sinarm Autorização para compra de arma de fogo → Sinarm Certificado de Registro → PF após autorização do Sinarm. Súmula 668 STJ (2024) – Não é hediondo o delito de porte ou posse de arma de fogo de uso permitido, ainda que com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado.
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PORTE AUTORIZADO QUEM PODE EM TODO TERRITORIO NACIONAL E QUEM NÃO? (4)
ART. 6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO 1 - FORA DO SERVIÇO E EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL = integrantes das forças armadas; PF, PRF, PFF, PC, PM, CBM, Policia Legislativa, Abin, agentes departamento de segurança e gabinete do PR, E Força nacional de segurança pública; 2 - GM = Em serviço e fora do serviço independente de número de habitantes que tenha no município . *MAS NÃO EM TODO TERRITORIO NACIONAL (tem limite territoria, portanto); 3- policial penal e escolta de presos e guardas portuária = fora do serviço desde que: i - submetidos a dedicação exclusiva; ii- sujeitos À formação funcional; iii - subordinados a mecanismos de fiscalização e controle interno 4- empresas de segurança privada e transporte de valores; fisco; servidores de segurança do MP e PJ = somente em serviço
671
A comercialização de armas de fogo, bem como de acessórios e munições, somente será efetivada se houver a autorização do SINARM.
certo. * Autorização para compra: Sinarm (Art. 4º, §1o); * Autorização para o porte: PF após autorização do Sinarm (Art. 10); * Certificado de Registro (CRAF): PF após autorização do Sinarm (Art. 5); * Registrar as armas de fogo de uso permitido: Sinarm; * Registrar as armas de fogo de uso restrito: Comando do Exército; * Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade: Sinarm; * Autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil: Ministério da Justiça; * Concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional: Comando do Exército; * Registro de armas de fogo destruídas no Sistema Nacional de Armas: Ministério da Defesa..
672
A pena cominada à conduta de se injuriar alguém, ofendendo-lhe o decoro, em razão de sua cor, será aumentada de metade caso o crime seja praticado mediante concurso de duas pessoas.
Gabarito: Certo . Art. 2º-A, Lei 7.716/89. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
673
Embora se exija, para a configuração do tipo penal relativo ao crime de concussão, que o sujeito ativo detenha a qualidade de funcionário público, não é necessário, para a configuração do referido delito, que o agente o pratique no exercício de suas funções.
CESPE 2025 VAI CAIR!!! Certo.  Concussão Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
674
Um servidor público, devidamente autorizado, inseriu, em um sistema informatizado previdenciário, informações falsas a respeito dos períodos de contribuição de seu genitor, a fim de que este alcançasse o benefício de aposentadoria. Nessa situação, o servidor público praticou delito de inserção de dados falsos em sistema de informações, que é crime formal e se consuma independentemente da obtenção da vantagem indevida pretendida.
CESPE 2025 VAI CAIR!!! Certo. Inserção de dados falsos em sistema de informações Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: ) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
675
Um funcionário público da administração pública estadual solicitou o pagamento para si de determinada quantia, para deixar de multar um comerciante pelo uso indevido de espaço público. Nessa situação, mesmo que o comerciante se recuse a pagar a quantia solicitada, o funcionário público deverá responder pelo crime de corrupção passiva.
​A afirmação está correta. O crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal Brasileiro, é caracterizado pela conduta do funcionário público que solicita, recebe ou aceita promessa de vantagem indevida em razão de sua função. Trata-se de um crime formal, que se consuma no momento da solicitação, recebimento ou aceitação da promessa da vantagem indevida, independentemente da efetiva entrega ou do resultado posterior. ​
676
Suponha que Romualdo, réu primário, seja condenado pela prática de furto de pequeno valor mediante fraude, cometido por meio de dispositivo informático não conectado à Internet. Nessa situação, é cabível a substituição da pena de reclusão pela de detenção, em razão da primariedade do réu.
ESSA VAI CAIR E EU NAO POSSO ERRAR CESPE 2025 FRAUDE É SUBJETIVA!!!! Súmula 511-STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. A qualificadora relativa ao emprego de fraude é de natureza subjetiva, razão pela qual não é possível a incidência do benefício previsto no § 2º do art. 155 do CP. Recurso Especial nº 1.841.048/MS (2019/0293142-3). No furto qualificado temos duas hipóteses de furto que não aceitam o privilégio, pois são de natureza subjetiva: 1) Abuso de confiança 2) Mediante fraude Errado.
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Em se tratando de crime de violência sexual que deixe vestígios praticado contra criança ou adolescente, o exame de corpo de delito direto ou indireto pode ser dispensado, a fim de evitar a revitimização.
GABARITO: ERRADO CPP - Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I - Violência doméstica e familiar contra mulher; II - Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. § 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
678
Na falta de perito oficial, o exame de corpo de delito pode ser realizado por pessoa idônea designada pelo competente juízo e que tenha curso superior na área específica que será objeto de avaliação do exame pericial.
cpp: regra - 1 perito exceção: 2 pessoas idôneas lei de tóxicos (11.343/06): regra - 1 perito exceção: 1 pessoa idônea
679
É necessária a homologação de sentença penal estrangeira para que uma pena privativa de liberdade possa produzir efeitos no Brasil e ser cumprida em prisão brasileira, exigindo-se, para tanto, que o condenado seja nacional e a lei penal brasileira produza, para a mesma espécie de crime, as mesmas consequências.
Gabarito ERRADO Tive que "desenhar" pra eu mesmo entender Conforme dispõe o Art. do : Art. 9º – A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no Brasil para: I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; II – sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único – A homologação depende (requisitos): a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça ERRO: O condenado não precisa ser um "nacional"
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É constitucional o compartilhamento direto de dados cadastrais genéricos com os órgãos de persecução penal, para fins de investigação criminal, independentemente de autorização da justiça.
certo. QUESTÃO CESPE 2025 A questão é resolvida com o julgado do STF: É constitucional norma que permite o acesso, por autoridades policiais e pelo Ministério Público, a dados cadastrais de pessoas investigadas independentemente de autorização judicial, excluído do âmbito de incidência da norma a possibilidade de requisição de qualquer outro dado cadastral além daqueles referentes à qualificação pessoal, filiação e endereço (art. 5º, X e LXXIX, da CF/88). STF. Plenário. ADI 4.906/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 11/09/2024 (Info 1150).
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O órgão do Ministério Público tem o dever de comunicar à vítima o arquivamento de quaisquer elementos informativos de natureza similar ao inquérito policial.
CERTO. CPP, Art. 28 Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
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O paciente, na condição de Tabelião titular do 1º Ofício de Notas de CearáMirim - RN, teria se apropriado de valores públicos que deveriam ter sido repassados ao Fundo de Desenvolvimento da Justiça - FDJ, verba de natureza sui generis e tem por objetivo a dotação de recursos financeiros para o processo de modernização, manutenção e reaparelhamento do Poder Judiciário. É composto de variadas receitas, especialmente por tributos. QUAL CRIME COMETEU?
CESPE 2025 O delito tipificado no art. 2º, inciso I, da Lei n. 8.137/1990 é próprio e só pode ser praticado pela pessoa física indicada na lei como contribuinte. Sendo assim, a tese de crime fiscal não é plausível, pois o réu não ostenta a condição de contribuinte originário dos valores desviados, mas de responsável pelo recolhimento e repasse dos valores sob sua responsabilidade, que foram desviados em proveito próprio, subsumindo-se a sua conduta àquela prevista no art. 312 do Código Penal, na forma de peculato-desvio. HC nº 855.051/RN, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma STJ, julgado em 04/03/2024, DJe de 07/03/2024. Desviar é desencaminhar e distrair. É a destinação diversa que o agente dá à coisa, em proveito seu ou de outrem. Ao invés do destino certo e determinado do bem de que tem a posse, o agente lhe dá outro, no interesse próprio ou de terceiro.
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Mauro, na condição de sujeito passivo da obrigação, deixou de recolher, no prazo legal, valor de contribuição social descontado que deveria ter sido recolhido aos cofres públicos.
crime contra a ordem tributária, previsto na Lei n.º 8.137/1990. Art. 2º Constitui crime da mesma natureza: [...] II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos; (Aud. Fiscal-SEFAZ/CE-2021-CESPE) Com base na legislação penal, julgue o próximo item: Deixar de recolher, no prazo legal, tributo que foi descontado na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria ter sido repassado aos cofres públicos tipifica crime contra a ordem tributária punido com detenção. (PGEAL-2021-CESPE) Nos termos da Lei n.º 8.137/1990 e da jurisprudência do STF, se determinado comerciante contribuinte de ICMS deixar de recolher o valor desse tributo cobrado do adquirente da mercadoria ou do serviço, tal conduta poderá ser considerada crime, desde que demonstrado o dolo específico de apropriação, bem como a inadimplência sistemática do contribuinte, independentemente da caracterização de fraude.
684
AUTORIA MEDIATA NÃO VALE PARA
*CRIMES CULPOSOS; *CRIMES DE MÃO PRÓPRIA; *É POSSIVEL nos crimes próprios. Desde que o autor mediato possua as qualidades e condições especiais exigidas pelo tipo penal, nada o impede de se valer de um 'instrumento' para a execução da infração penal.
685
na autoria colateral não há vinculo subjetivo, portanto não é coautoria.
Certo. na autoria colateral embora tenham o mesmo resultado uma pessoa ignora a conduta alheia.
686
conivencia x participação inoqua
conivencia - participação negativa, não é crime, crime silente. participação inoqua- quer concorrer, mas objetivamente não concorre.
687
Segundo a jurisprudência do STF, os tribunais de contas têm competência para determinar medidas cautelares necessárias à garantia da efetividade de suas decisões e à prevenção de graves lesões ao erário, podendo, por exemplo, determinar a suspensão de efeitos de contratos administrativos.
Sim, os Tribunais de Contas (TCs) podem suspender contratos, desde que em situações específicas, como para garantir a efetividade de suas decisões e prevenir lesões ao erário. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece o poder cautelar dos TCs para suspender pagamentos e a execução de contratos, enquanto a Corte de Contas realiza uma fiscalização. Essa decisão é tomada quando há risco de grave lesão à ordem e à economia públicas.
688
O texto constitucional prevê, entre as regras gerais sobre finanças públicas, que as normas acerca das concessões de garantias pelas entidades públicas sejam instrumentalizadas por meio de lei complementar.
CERTO. CAPÍTULO II Das Finanças Públicas SEÇÃO I Normas Gerais Art. 163. Lei complementar disporá sobre: I–finanças públicas; II–dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; III–concessão de garantias pelas entidades públicas; IV–emissão e resgate de títulos da dívida pública; V–fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; VI–operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII – compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
689
A desapropriação confiscatória pode alcançar propriedades urbanas e rurais — exceto bens públicos —, não ensejando indenização ao proprietário, além de admitir a cumulação com outras sanções previstas em lei.
CERTO 1) Algumas características da expropriação / desapropriação confiscatória: a) Não há qualquer tipo de indenização b) Tem caráter sancionatório c) A competência para legislar sobre o tema é privativa da União. 2) Pode ocorrer por dois motivos: a) Cultivo ilegal de plantas psicotrópicas b) Exploração de trabalho escravo
690
é inaplicável a consunção entre o delito de embriaguez ao volante e o de condução de veículo automotor sem habilitação.
correto. súmula 664 stj aprovada em 2023
691
O agente publico exonerado sozinho não comete crime de abuso de autoridade.
Correto. é imprescindível o nexo funcional, portanto o agente publico exonerado ou aposentado somente pode ser coautor. Diferente do licenciado ou de ferias que o vinculo permanece.
692
efeitos da condenação no crime de abuso de autoridae
Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.
693
penas restrititvas de direito substitutivas previstas na lei de abuso de autoridade
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são: I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, COM A PERDA dos vencimentos e das vantagens; III - (VETADO). Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
694
De acordo com o STF, é constitucional o dispositivo normativo da Lei das Sociedades Anônimas que prevê a dispensa da publicação, no diário oficial, dos atos societários das sociedades por ações, por não violar tal medida os princípios da publicidade, da primazia do interesse público, da segurança jurídica e do direito à informação.
CERTO. É constitucional o art. 289 da Lei da S.A., na redação dada pela Lei 13.818/2019, que dispensa a publicação dos atos societários das sociedades anônimas no Diário Oficial. STF. Plenário. ADI 7.194/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 01/07/2024 (Info 1143). Essa previsão não viola os princípios da publicidade, da primazia do interesse público, da segurança jurídica e do direito à informação. VAI CAIR!!!!
695
É permitida a convolação da recuperação judicial em falência após o transcurso do prazo bienal de supervisão judicial do plano de soerguimento, enquanto não houver decisão judicial de encerramento da recuperação judicial.
Certo. Conforme a Lei 11.101/2005 (Lei de Recuperação Judicial e Falências) e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é possível convolar (transformar) a recuperação judicial em falência mesmo após o prazo de 2 anos de supervisão judicial, desde que ainda não tenha havido decisão judicial formal que encerre a recuperação judicial.
696
Conforme o Código Civil e a Lei n.º 6.404/1976, a sociedade empresária formada exclusivamente por pessoas fisicas, respondendo todos os sócios por eventuais dívidas de forma solidária e ilimitada, denomina-se
CESPE AGU 2023 sociedade em nome coletivo. Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.
697
Assinale a opção correta no tocante à sociedade limitada. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas delas a cada sócio, sendo possível a integralização mediante prestação de serviços devidamente mensurada.
ERRADA R: Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. § 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
698
Assinale a opção correta no tocante à sociedade limitada. A administração atribuída no contrato a todos os sócios se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade
ERRADA R: Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.
699
Assinale a opção correta no tocante à sociedade limitada. A sociedade não pode ser unipessoal, devendo haver, pelo menos, duas pessoas no quadro de sócios.
ERRADA R: § 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas.
700
Assinale a opção correta no tocante à sociedade limitada. Após a integralização, o capital social desse tipo de sociedade não poderá ser reduzido.
ERRADA R: Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato:
701
A respeito de recuperação judicial e extrajudicial, assinale a opção correta. Alternativas A No momento do pedido de recuperação judicial, o devedor deve estar exercendo regularmente suas atividades há pelo menos cinco anos. B Pode requerer recuperação judicial o devedor que não seja falido; caso o tenha sido, as responsabilidades daí decorrentes devem estar declaradas extintas, por sentença transitada em julgado. C O devedor pode requerer recuperação judicial desde que não tenha, há menos de dois anos, obtido concessão de recuperação judicial. D Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido de recuperação extrajudicial. E O plano de recuperação extrajudicial poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas que alcancem até vinte por cento do total sujeito à recuperação.
DELTA PE A e C) INCORRETAS - Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; B) CORRETA - Art. 48, I, da Lei nº 11.101/2005: “Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;” D) INCORRETA - Art. 161, § 1º da Lei nº 11.101/2005, vejamos: “O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial. § 1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria profissional.” E) INCORRETA - Art. 161. O devedor que preencher os requisitos do art. 48 desta Lei poderá propor e negociar com credores plano de recuperação extrajudicial. § 2º O plano não poderá contemplar o pagamento antecipado de dívidas nem tratamento desfavorável aos credores que a ele não estejam sujeitos.
702
Com base na Lei n.º 11.101/2005, assinale a opção correta acerca de recuperação judicial. Alternativas A É competente para deferir a recuperação judicial o juízo de onde se localize qualquer estabelecimento do devedor. B São exigíveis do devedor todas as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial. C O deferimento do processamento da recuperação judicial não implica a suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime da recuperação. D O deferimento da recuperação judicial suspende as execuções ajuizadas contra o devedor relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial. E O processamento da recuperação judicial torna ineficaz a convenção de arbitragem, impedindo a instauração de procedimento arbitral
A) Errada. Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. B) Errada. Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência: II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor. C) Errada. Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica: I - suspensão do curso da prescrição das obrigações do devedor sujeitas ao regime desta Lei; D) Gabarito. Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica: II - suspensão das execuções ajuizadas contra o devedor, inclusive daquelas dos credores particulares do sócio solidário, relativas a créditos ou obrigações sujeitos à recuperação judicial ou à falência; E) Errada. Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial implica: § 9º O processamento da recuperação judicial ou a decretação da falência não autoriza o administrador judicial a recusar a eficácia da convenção de arbitragem, não impedindo ou suspendendo a instauração de procedimento arbitral.
703
No âmbito dos tipos de créditos existentes na falência, consideram-se créditos extraconcursais Alternativas A as custas judiciais relativas às ações em que a massa falida tenha sido vencida. B os créditos derivados da legislação trabalhista e os créditos tributários. C as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, incluídas as multas tributárias. D os créditos quirografários e os créditos subordinados. E os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado.
letra a Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no artigo 83 desta Lei, na ordem a seguir, aqueles relativos: I – Revogado pela Lei 14.112/2020; I-A – às quantias referidas nos artigos 150 e 151 desta Lei; I-B – ao valor efetivamente entregue ao devedor em recuperação judicial pelo financiador, em conformidade com o disposto na Seção IV-A do Capítulo III desta Lei; I-C – aos créditos em dinheiro objeto de restituição, conforme previsto no artigo 86 desta Lei; I-D – às remunerações devidas ao administrador judicial e aos seus auxiliares, aos reembolsos devidos a membros do Comitê de Credores, e aos créditos derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência; I-E – às obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do artigo 67 desta Lei, ou após a decretação da falência; II – às quantias fornecidas à massa falida pelos credores; III – às despesas com arrecadação, administração, realização do ativo, distribuição do seu produto e custas do processo de falência; IV – às custas judiciais relativas às ações e às execuções em que a massa falida tenha sido vencida; V – aos tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no artigo 83 desta Lei. Alternativa B: Incorreta. Créditos trabalhistas e créditos tributários são classificados como créditos concursais, com suas próprias classes de prioridade, mas não são considerados créditos extraconcursais. Alternativa C: Incorreta. Multas contratuais e penas pecuniárias são também créditos concursais, mas não têm natureza de créditos extraconcursais. Além disso, esses créditos têm classificação subordinada na ordem de pagamento. Alternativa D: Incorreta. Créditos quirografários e créditos subordinados são categorias de créditos concursais. Créditos quirografários não têm garantia específica, e créditos subordinados estão na última posição na ordem de pagamento. Alternativa E: Incorreta. Créditos com garantia real, embora tenham prioridade sobre quirografários e subordinados, também são concursais e não se enquadram como créditos extraconcursais.
704
É competência comum da União, dos estados e do Distrito Federal legislar sobre a posse e o porte de armas de fogo em território nacional.
cespe 2025 Errado A União tem competência privativa para legislar sobre o tema, de acordo com o artigo 21, inciso VI, e o Artigo 22, incisos I e XXI, da Constituição. Art. 21. Compete à União: VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; Um Exemplo: ADENDO - JURISPRUDÊNCIAS. É inconstitucional — por violar competência material e legislativa privativa da União (arts. 21, VI; e 22, XXI, CF/88) — lei estadual que dispõe sobre o porte de armas de fogo pelos servidores públicos de instituto de perícias, órgão integrante da Secretaria da Segurança Pública local. STF. Plenário. ADI 7.627/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 07/11/2024 (Info 1158). É inconstitucional lei estadual que concede o direito ao porte de arma de fogo a membros da Defensoria Pública local. Essa previsão viola a competência material exclusiva da União para autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico (art. 21, VI, CF/88). Além disso, ofende a competência privativa da União para legislar sobre o assunto (art. 22, XXI, CF/88). STF. Plenário. ADI 7.571/ES, Rel. Min. Cristiano Zanin, julgado em 05/06/2024 (Info 1139). É inconstitucional lei estadual que concede porte de arma de fogo a agentes socioeducativos. Isso porque a competência para legislar sobre direito penal e material bélico é privativa da União (art. 22, I e XXI, CF/88). STF. Plenário. ADI 7.424/ES, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 06/02/2024 (Info 1122). É inconstitucional, por violação à competência legislativa privativa da União, a lei estadual que autoriza seus órgãos de segurança pública a alienação de armas de fogo a seus integrantes, por meio de venda direta. STF. Plenário. ADI 7004/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 25/4/2023 (Info 1091). A concessão de porte de arma a procuradores estaduais, por lei estadual, é incompatível com a Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 6985/AL, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/2/2022 (Info 1045)
705
O Conselho Nacional de Justiça, enquanto órgão de controle do Poder Judiciário, possui competência tanto para editar atos normativos quanto para fiscalizar os tribunais a fim de que cumpram os referidos atos.
CERTO. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), instituído pela Emenda Constitucional nº 45/2004, possui uma gama de atribuições que visam garantir a eficiência e a integridade do Poder Judiciário. Dentre essas atribuições, destacam-se a edição de atos normativos e a fiscalização dos tribunais.
706
A característica de historicidade dos direitos fundamentais está relacionada à concepção de gerações ou dimensões desses direitos.
CERTO. A historicidade dos direitos fundamentais indica que a compreensão e a proteção desses direitos não são estáticas, mas evoluem ao longo do tempo, refletindo as mudanças sociais, econômicas e culturais de cada época. Essa evolução é marcada por lutas e conquistas, e a concepção de gerações ou dimensões é uma forma de organizar essa evolução histórica. 1ª Geração – Direitos de Liberdade (séculos XVII e XVIII) Direitos civis e políticos, voltados à limitação do poder do Estado. Exemplo: direito à vida, à liberdade, à propriedade e direitos políticos. Baseados nos ideais do liberalismo. 2ª Geração – Direitos de Igualdade (século XIX e início do XX) Direitos sociais, econômicos e culturais, que exigem uma atuação positiva do Estado. Exemplo: direito à educação, saúde, trabalho e previdência social. Influenciados pelo Estado Social. 3ª Geração – Direitos de Fraternidade ou Solidariedade (século XX) Direitos coletivos e difusos, ligados a toda a humanidade. Exemplo: direito ao meio ambiente equilibrado, à paz e ao desenvolvimento sustentável. Expressam a solidariedade entre os povos. 4ª Geração – Direitos Tecnológicos e Democráticos (final do século XX) Direitos relacionados à biotecnologia, globalização e democracia participativa. Exemplo: direito à informação, à proteção de dados e à bioética. Defendida por Norberto Bobbio. 5ª Geração – Direito à Paz e à Governança Global (atualidade) Algumas doutrinas apontam essa nova geração como o direito supremo à paz mundial e ao equilíbrio global. Exemplo: direito à segurança cibernética, proteção contra guerras e terrorismo.
707
Para a caracterização da responsabilidade por omissão estatal, é necessária a violação de um dever jurídico específico de agir do Estado.
A responsabilidade civil do Estado por omissão ocorre quando ele deixa de cumprir com um dever jurídico que lhe é atribuído, ou seja, quando o Estado deveria agir em uma situação específica, mas se omite, causando um dano. Para que a responsabilidade por omissão seja caracterizada, de fato, é necessária a violação de um dever jurídico específico de agir. Esse dever pode ser, por exemplo, a obrigação de proporcionar segurança pública, saúde, educação, entre outros. C - Certo. Boa tarde, colegas Com a finalidade de talvez pacificar o assunto aqui. tenho visto, com a devida vênia, uma confusão por parte de alguns colegas. 1º ponto: A jurisprudência mais recente do STF e do STJ é no sentido de que a responsabilidade por Omissão estatal é Objetiva. 2º ponto: Há sim uma certa divisão entre a Omissão Específica e genérica; 3º ponto: Aqui está o equívoco de alguns comentários. Explico: O estado responderá Objetivamente quando sua omissão for específica e demonstrada a previsibilidade e a evitabilidade do dano. De outro plano, o Estado não irá responder por Omissões genéricas, haja visto que, se assim o fosse, estaríamos considerando que o Estado seria um Segurador Universal e adotaríamos a teoria do Risco Integral para essas omissões.
708
Em qualquer caso, a administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que da greve decorre, permitida a compensação em caso de acordo.
ERRADO. Informativo 845 do STF: “A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público” (RE nº 693.456, j. em 27/10/2016)
709
CESPE: A CF veda expressamente que as empresas públicas e as sociedades de economia mista gozem de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado.
(CERTO) ESSE ARTIGO CAI TODA VEZ PARA DPF PRECISO DECORAR Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. § 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade. § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
710
A encampação é uma forma de retomada de serviço concedido para a qual basta decisão discricionária da autoridade competente fundada no interesse público.
ERRADO. Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior, vide Lei nº. 8.987 /95.
711
O ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública só é passível de sanção se tiver gerado lesividade relevante ao bem jurídico tutelado.
NAO POSSO ERRAR, CAIU VARIAS VEZES. CERTO. EXIGE LESIVIDADE RELEVANTE MAS NAO RECONHECIMENTO DE DANO OU ENRIQUECIMENTO ILICITO. Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das seguintes condutas: § 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos.
712
A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão ou autorização.
ERRADO. AUTORIZAÇÃO: é ato precário e discricionário, SEM necessidade de licitação. PERMISSÃO: licitação em qualquer modalidade CONCESSÃO: licitação na modalidade concorrência. Art. 175, CF: Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de CONCESSÃO ou PERMISSÃO, SEMPRE através de LICITAÇÃO, a prestação de serviços públicos.
713
Os serviços públicos propriamente ditos admitem delegação. Os serviços públicos propriamente ditos admitem delegação.
AMBAS FALSAS. *Os serviços públicos propriamente ditos são aqueles considerados essenciais à sobrevivência do grupo social e do próprio Estado, a exemplo da defesa nacional e do serviço de polícia judiciária e administrativa. Não podem ser delegados *Os serviços de utilidade pública são aqueles cuja prestação é conveniente para a coletividade, uma vez que, apesar de visarem a facilitar a vida do indivíduo na sociedade, não são considerados essenciais. Admitem serem prestados tanto pelo Estado como por particulares (Delegação).
714
Os serviços públicos propriamente ditos são aqueles em que a administração pública, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu controle.
ERRADO. - Serviços públicos propriamente ditos: são aqueles que a administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para sobrevivência da sociedade. Dessa forma, tais serviços não permitem delegação a terceiros. Ex.: segurança pública, defesa nacional, etc. CESPE: A prestação de serviços públicos por delegação é realizada por concessionários ou permissionários, após procedimento licitatório, podendo ocorrer em relação a serviços públicos uti singuli e uti universi. (FALSO) ▸Serviços uti universi não podem ser delegados
715
A aplicação da teoria da imprevisão para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato está vinculada ao princípio da continuidade dos serviços públicos.
(CERTO) O princípio da continuidade do serviço público, em decorrência do qual o serviço não pode parar, tem como uma de suas consequências a aplicação da teoria da imprevisão, para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e permitir a continuação do serviço. (CERTO)
716
De acordo com a CF, a prestação de serviços públicos incumbe ao poder público, que poderá fazê-la diretamente ou mediante licitação, sob regime de:
permissão ou concessão. (CERTO) Por outro lado, é importante observar que a autorização é ato PRECÁRIO e DISCRICIONÁRIO sem necessidade de licitação. AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: A doutrina conceitua a autorização de serviço público como ato administrativo unilateral, discricionário e precário. Assim, a Administração Pública tem o poder de analisar critérios e oportunidade e conveniência para a sua prática, dentro dos limites da lei e, uma vez praticado o ato, seu desfazimento a qualquer tempo, não enseja direito à indenização pelo beneficiado.
717
A diferença fundamental entre permissão e concessão de serviço público é o caráter definitivo da segunda.
(FALSO) Tanto a concessão quanto à permissão são formas de descentralização do serviço por colaboração e por tempo determinado; transfere-se apenas a execução do serviço, a titularidade permanece com a Administração
718
Por meio da concessão, o poder público delega a prestação de serviço público a concessionário que demonstre capacidade para seu desempenho, sendo esse serviço realizado por conta e risco do poder concedente.
(FALSO) CESPE: A concessão de serviço público pode prever a delegação do serviço a um consórcio de empresas, caso em que o contrato de concessão terá prazo indeterminado. (FALSO CESPE: A administração pública poderá delegar aos particulares a execução de determinado serviço público, mediante concessão, que constitui ato administrativo unilateral, discricionário e precário. (FALSO) CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
719
CESPE: Na concessão de serviços públicos, procedido de execução de obra pública, o concessionário não recebe qualquer contrapartida pecuniária por parte da concedente, mas, sim, dos usuários do serviço, por meio do pagamento de tarifas.
(CERTO) III - CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO PRECEDIDA DA EXECUÇÃO DE OBRA PÚBLICA: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegados pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
720
Em se tratando de permissão de serviço público, o serviço é executado em nome do Estado por conta e risco do permissionário, e é atribuído exclusivamente à pessoa jurídica
(FALSO) IV - PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa FÍSICA ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco
721
De acordo com a Lei n.º 8.987/1995, as permissões de serviço público feitas mediante licitação não podem ser formalizadas por contrato de adesão.
(FALSO) Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
722
Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada, administrativa ou comum de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n.º 8.987/1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado
(FALSO) COMUM É CONCESSÃO DA LEI DE SERVIÇO PUBLICO, ESPECIAL É A DE PARCIARIA PUBLICO PRIVADA Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. CONCESSÕES COMUNS *Reguladas pela Lei 8.987/95, comportando as concessões de serviço público simples e as concessões de serviço público precedidas da execução de obra pública). *Remuneradas por tarifas cobradas dos usuários CONCESSÕES ESPECIAIS (PARCERIA PUBLICO PRIVADA) *Reguladas pela Lei 11.079/04, se dividem em concessões patrocinadas e administrativas *Remuneradas também pelo Estado
723
CESPE: Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços dos quais a administração pública seja a usuária direta ou indireta, não envolvendo a execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
(FALSO 2º. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, AINDA QUE envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens CESPE: Em relação à parceria público-privada, entende-se por concessão administrativa o contrato de prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. (CERTO)
724
CESPE PC-AL: A concorrência e o diálogo competitivo são modalidades de licitação aplicáveis às parcerias público-privadas.
(CERTO) $ A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência ou diálogo competitivo, devendo haver submissão da minuta de edital e contrato à consulta pública, além de licença ambiental prévia, sempre que o objeto do contrato exigir
725
O consórcio público adquirirá personalidade jurídica de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
Assertiva correta. Realmente, os consórcios públicos podem assumir personalidade jurídica de direito privado ou público, conforme expressa disposição legal: LEI 11107/05 – CONSÓRCIOS PÚBLICOS “Art. 6º O consórcio público ADQUIRIRÁ PERSONALIDADE JURÍDICA: I – DE DIREITO PÚBLICO, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – DE DIREITO PRIVADO, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.”
726
O parecer é um ato administrativo enunciativo e, conforme a sua indispensabilidade à regularidade do ato, poderá ser facultativo ou obrigatório. Na hipótese de ser obrigatório sua natureza será vinculante e a sua ausência acarretará a nulidade do ato por vício de forma.
O parecer, mesmo quando for obrigatório, não será vinculante, não possuindo essa natureza, sendo apenas um ato que manifesta opinião técnica sobre determinado assunto de interesse da Administração Pública. A conclusão do parecer não obriga a autoridade à qual ele se dirige. Fonte: Manual de Direito Administrativo/2020 – Matheus Carvalho. GABARITO: ERRADO
727
diferença reforma x conversão ato adm
(ii) reforma, maneira de aproveitamento do ato que admite que um novo ato administrativo suprima a parte inválida do ato anterior, mantendo exclusivamente sua parte válida; (iii) conversão, que se aproxima muito da reforma; através da conversão, depois de se retirar a parte inválida do ato anterior, processa-se a sua substituição por uma nova parte, de modo que o novo ato passa a conter a parte válida anterior e uma nova parte, nascida a partir do ato de aproveitamento.
728
A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos de prefeito pelo mesmo núcleo familiar aplica-se, até mesmo, na hipótese em que tenha havido a convocação do segundo colocado nas eleições para o exercício de mandato-tampão.
O exposto na assertiva coaduna com entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o tema: “A vedação ao exercício de três mandatos consecutivos de prefeito pelo mesmo núcleo familiar aplica-se também na hipótese em que tenha havido a convocação do segundo colocado nas eleições para o exercício de mandato-tampão. STF. 2ª Turma. RE 1128439/RN, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 23/10/2018 (Info 921).
729
É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.
Art. 8º, II da CF: “é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município.”. GABARITO: CERTO
730
A capacidade jurídica dá extensão à personalidade jurídica, pois pode haver capacidade relativa a certos atos civis, enquanto à personalidade é terminologia genérica; Já a capacidade de direito ou jurídica é aquela que gera a aptidão para exercer direitos e contrair obrigações.
731
O Código Civil de 2002 adotou a Teoria dos atos de Comércio, pelo qual empresário é aquele que pratica determinados atos comerciais previstos expressamente na legislação.
A Teoria da Empresa, por sua vez, é a adotada no ordenamento jurídico pátrio, de modo que a atividade empresarial passa a ser toda aquela atividade econômica exercida profissionalmente, organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços, nos termos do Art. 966 do Código civil de 2002: Art. 966. Considera-se empresário quem exerce pro profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Nesse sentido, a Teoria da Empresa opta por definir um conceito amplo de empresário, distanciando-se do modelo taxativo da Teoria dos Atos de Comércio. Vale a pena memorizar, enfim, os seguintes pontos concernentes ao Art. 966: Elementos que caracterizam o Empresário: - Exercício PROFISSIONAL - Atividade ECONÔMICA - Atividade ORGANIZADA - Com a finalidade de PRODUÇÃO ou CIRCULAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS. GABARITO: ERRADO
732
Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência.
Por fim, vejamos o que dispõe o Art. 1.147 do CC, já cobrado em prova de Delegado de Polícia: Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento NÃO PODE fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato. GABARITO: CERTO
733
O TPI atuará de acordo com o princípio da responsabilidade individual. Nesse sentido, o Tribunal deverá processar e julgar indivíduos pelos atos que violem as regras que essa corte internacional pretende proteger. Estados não serão processados nem julgados pelo TPI.
Por oportuno, destaca-se as informações gerais sobre o Tribunal Penal Internacional: 1) É o principal órgão jurisdicional internacional voltado ao combate aos crimes internacionais; 2) É órgão permanente, ao contrário de seus precursores; 3) O TPI processa indivíduos, não Estados (princípio da responsabilidade individual); 4) Caráter complementar da jurisdição do TPI; 5) É organismo internacional, com personalidade jurídica própria; e 6) Principal instrumento internacional: Estatuto de Roma de 1998. Sendo assim, a presente assertiva está correta. Fonte: PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado: Incluindo Noções de Direitos Humanos e de Direito Comunitário. 13. ed. rev., atual. E ampl. - Salvador: Juspodivm, 2021.
734
O TPI é composto de 16 (dezesseis) juízes, que devem reunir os requisitos necessários para o exercício das mais altas funções nos Judiciários dos respectivos Estados. Os juízes são eleitos pelos Estados partes do Estatuto de Roma para um mandato de 9 (nove) anos, sem direito a recondução, não podendo haver dois juízes da mesma nacionalidade.
De acordo com o artigo 34 do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, os órgãos do TPI são a Presidência, o Juízo de Instrução, o Juízo de Julgamento em Primeira Instância, a Seção de Recursos, o Gabinete do Procurador e a Secretaria. O TPI é composto por 18 (dezoito) juízes, que devem reunir os requisitos necessários para o exercício das mais altas funções nos Judiciários dos respectivos Estados, dominar uma das línguas de trabalho da corte (francês ou inglês) e ter reconhecida competência e experiência em matérias da alçada do Tribunal, como o Direito Penal e o Direito Processual Penal ou o Direito Internacional, o Direito Humanitário e os Direitos Humanos. Na seleção dos magistrados, deve estar garantida uma equitativa representação geográfica e dos principais sistemas jurídicos do mundo, bem como de mulheres. Por fim, deve ser assegurada a presença de juízes especializados em determinadas matérias incluindo, entre outras, a violência contra mulheres ou crianças. O juízes são eleitos pelos Estados partes do Estatuto de Roma para um mandato de 9 (nove) anos, sem direito a recondução, não podendo haver 2 (dois) juízes da mesma nacionalidade. No exercício de suas funções, devem portar-se com independência em relação a seus Estados e imparcialidade, bem como devem ter dedicação exclusiva. Portanto, apenas a composição da corte estava em desacordo com o Estatuto de Roma, o que deixou a assertiva incorreta. Ressalta-se que, as bancas de concurso tem preferência por questões deste modelo, razão pela qual faz-se necessário a leitura atenta dos dispositivos legais referentes a composição de órgãos, mandato, quórum de votação, etc. Fonte: PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado: Incluindo Noções de Direitos Humanos e de Direito Comunitário. 13. ed. rev., atual. E ampl. - Salvador: Juspodivm, 2021. GABARITO: ERRADO
735
Para que o Brasil coopere em matéria penal com outro país é imprescindível a observância do princípio da dupla incriminação, de acordo com o qual o ato ilícito que fundamenta o pedido de cooperação deve ser considerando delituoso nos dois Estados polos da relação cooperacional.
Entretanto, é importante destacar que, em nome do princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, pode o princípio da dupla incriminação ser afastado, seja por determinação da lei interna, seja pelos próprios tratados internacionais que regulam a cooperação penal entre os Estados. Vale ressaltar que o princípio da dupla incriminação pode ser afastado em todas as hipóteses ou apenas quando o pedido não implicar medidas coercitivas. Exemplos de acordos de que o Brasil faz parte que afastam o princípio da dupla incriminação são o Tratado de Assistência Mútua em Matéria Penal entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Canadá (Decreto 6.747, de 22/01/2009) e o Acordo de Cooperação e Auxílio Jurídico Mútuo em Matéria Penal entre a República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha (Decreto 6.681, de 08/12/2008). Sendo assim, considerando que o princípio da dupla incriminação pode ser excepcionado, a assertiva está incorreta. Fonte: PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado: Incluindo Noções de Direitos Humanos e de Direito Comunitário. 13. ed. rev., atual. E ampl. - Salvador: Juspodivm, 2021. GABARITO: ERRADO
736
A reserva é uma declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado. Esta não poderá ser feita se for proibida pelo tratado ou incompatível a finalidade e objeto do instrumento ou, ainda, relativamente a dispositivos sobre os quais o próprio tratado proíba reservas.
É nesse sentido que a Convenção de Viena de 1969 (art. 19) determina que a reserva não poderá ser feita se for proibida pelo tratado ou incompatível a finalidade e objeto do instrumento ou, ainda, relativamente a dispositivos sobre os quais o próprio tratado proíba reservas. Sendo assim, a presente assertiva está correta.
737
A isenção tributária prevista na Convenção de Viena sobre Relações Consulares não se aplica a imóvel alugado para servir de residência oficial a representante de consulado.
A presente assertiva está de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça (1ª Turma, AREsp 1065190/SP, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 21/11/2019). Consoante decidiu o Tribunal da Cidadania, a isenção prevista no art. 32, §§ 1º e 2º, do Decreto no 61.078/1967, que promulgou a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, possui natureza subjetiva, destinada a desonerar os Estados signatários de eventuais obrigações tributárias que, na condição de proprietários ou locatários, teriam sobre os imóveis onde cumprem sua missão consular, não se estendendo para outras pessoas a quem a lei do Estado receptor atribui responsabilidade tributária para o pagamento desses tributos. A posse direta exercida pelo locatário, porquanto destituída de animus domini, não o qualifica como sujeito passivo do IPTU. Diante dessa premissa normativa, constata-se que é inaplicável a Convenção de Viena sobre Relações Consulares na parte em que isenta o Estado signatário dos tributos incidentes sobre o imóvel alugado para o exercício de sua missão consular, visto que o ordenamento jurídico brasileiro não atribui essa responsabilidade tributária ao locatário, mas ao proprietário (locador). GABARITO: CERTO
738
O crime de falsa identidade, constante no art. 307 do Código Penal, tipifica a conduta de atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem, sendo apenado com detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. Tal crime poderá restar configurado ainda que o agente não apresente qualquer documento de identificação, exigindo-se, contudo, dolo específico.
Veja-se que o tipo penal não exige a apresentação de qualquer documento de identificação, sendo que, caso haja a apresentação de documento falso, estará configurado o crime do art. 304 do Código Penal. Dessa forma, verifica-se que o crime de falsa identidade é subsidiário em relação ao crime de uso de documento falso, incidindo apenas quando não houver a apresentação de um documento falsificado. Já o dolo específico no crime de falsa identidade consiste na finalidade de obter vantagem ou causar dano a outrem. Vale ressaltar, por fim, que, nos termos da Súmula nº 522 do Superior Tribunal de Justiça, a conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que o agente alegue que o fez em autodefesa. GABARITO: CERTO
739
Adulterar placa de veículo reboque ou semirreboque é conduta formalmente atípica.
A Lei 14.562 de 26 de abril de 2023 ALTEROU o art. 311 do CP, para criminalizar a conduta de quem altera sinal identificador de veículo NÃO CATEGORIZADO COMO AUTOMOTOR: "Art. 311. Adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de identificação, ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, elétrico, híbrido, de REBOQUE, de semirreboque ou de suas combinações, bem como de seus componentes ou equipamentos, sem autorização do órgão competente: (Redação dada pela Lei nº 14.562, de 2023)Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. Com a nova redação do art. 311 do CP fica evidenciado que a conduta descrita no enunciado da questão se enquadra no presente crime (DEIXOU de ser conduta atípica)! GABARITO: ERRADO
740
Agiu corretamente o juízo ao negar o benefício de redução de pena previsto na legislação especial, uma vez que é possível a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para a formação da convicção do juiz, de modo a afastar o benefício legal.
STJ: É vedada a utilização de inquéritos e/ou ações penais em curso para impedir a aplicação do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006. (STJ. 3ª Seção. REsp 1.977.027, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 10/08/2022 (Recurso Repetitivo - Tema 1139)). Gabarito: ERRADO
741
Para o STJ, ocorrendo uma única subtração, porém com duas ou mais mortes, haverá concurso formal impróprio de latrocínios.
O STJ entendia, no passado, que a quantidade de latrocínios era aferida a partir do número de vítimas em relação às quais foi dirigida a violência, e não pela quantidade de patrimônios atingidos. Ocorre que esse entendimento destoava do STF. O Supremo possui julgados afastando o concurso formal impróprio e reconhecendo a ocorrência de crime único de latrocínio, nas situações em que, embora o animus necandi seja dirigido a mais de uma pessoa, apenas um patrimônio tenha sido atingido. A pluralidade de vítimas atingidas pela violência no crime de roubo com resultado morte ou lesão grave, embora único o patrimônio lesado, não altera a unidade do crime, devendo essa circunstância ser sopesada na individualização da pena (STF. 2ª Turma. HC 96736, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 17/09/2013). Diante disso, o STJ decidiu fazer um overruling da sua jurisprudência, adequando-a ao entendimento do STF acerca do tema. Vigora, portanto, atualmente, o seguinte: subtraído um só patrimônio, a pluralidade de vítimas da violência não impede o reconhecimento de crime único de latrocínio. STJ. 3ª Seção. AgRg no AREsp 2.119.185-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 13/9/2023 (Info 789). GABARITO:ERRADO
742
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que para a configuração do delito de apropriação indébita previdenciária não é necessário um fim específico, ou seja, o animus rem sibi habendi, bastando para nesta incidir a vontade livre e consciente de não recolher as importâncias descontadas dos salários dos empregados da empresa pela qual responde o agente.
Embora haja certa divergência, no crime de apropriação indébita previdenciária, a respeito da necessidade de finalidade específica, a orientação dominante é de que não se exige nenhum propósito além daquele de deixar de repassar à Previdência Social os valores de contribuições recolhidas dentro do prazo e forma legais: a) STF: “A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que para a configuração do delito de apropriação indébita previdenciária não é necessário um fim específico, ou seja, o animus rem sibi habendi, bastando para nesta incidir a vontade livre e consciente de não recolher as importâncias descontadas dos salários dos empregados da empresa pela qual responde o agente” (HC 122.766 AgR/SP, DJe 13/11/2014); b) “Em crimes de sonegação fiscal e de apropriação indébita de contribuição previdenciária, este Superior Tribunal de Justiça pacificou a orientação no sentido de que sua comprovação prescinde de dolo específico sendo suficiente, para a sua caracterização, a presença do dolo genérico consistente na omissão voluntária do recolhimento, no prazo legal, dos valores devidos” (AgRg no REsp 1.477.691/DF, DJe 28/10/2016). GABARITO: CERTO
743
Aplica-se a regra da continuidade delitiva (art. 71 do CP) ao crime de estelionato previdenciário praticado por terceiro que, após a morte do beneficiário, segue recebendo o benefício regularmente concedido ao segurado, como se este fosse, sacando a prestação previdenciária por meio de cartão magnético todos os meses.
Jurisprudência em teses do STJ – Edição nº84. O professor Cleber Masson assevera a compatibilidade do estelionato previdenciário com o instituto do crime continuado, previsto no art. 71 do Código Penal. Esse também é o entendimento do STJ: A regra da continuidade delitiva é aplicável ao estelionato previdenciário (art. 171, § 3.º, do CP) praticado por aquele que, após a morte do beneficiário, passa a receber mensalmente o benefício em seu lugar, mediante a utilização do cartão magnético do falecido. Nessa situação, não se verifica a ocorrência de crime único, pois a fraude é praticada reiteradamente, todos os meses, a cada utilização do cartão magnético do beneficiário já falecido. Assim, configurada a reiteração criminosa nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução, tem incidência a regra da continuidade delitiva prevista no art. 71 do CP. GABARITO: CERTO NÃO CONFUNDIR!!! O ilícito praticado pelo segurado da previdência é de natureza permanente e se consuma apenas quando cessa o recebimento indevido do benefício, iniciando-se daí a contagem do prazo prescricional, e o ilícito praticado pelo servidor do INSS ou por terceiro não beneficiário é instantâneo de efeitos permanentes e sua consumação se dá no pagamento da primeira prestação do benefício indevido, a partir de quando se conta o prazo de prescrição da pretensão punitiva.
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Ao aplicar a penalidade administrativa a Caio pela prática de ato irregular no exercício de sua função pública, o chefe da repartição exerceu o poder disciplinar.
Gab: Certo Caio cometeu uma infração funcional (chefiar parente, o que pode caracterizar nepotismo ou violar princípios da moralidade administrativa), e foi punido com advertência após processo disciplinar. Isso é exercício típico do poder disciplinar, com base na Lei nº 8.112/1990 e nos princípios da administração pública. DICA PARA NÃO CONFUNDIR: Se o chefe está mandando em você → Poder Hierárquico Se o chefe estiver punindo o servidor → Poder Disciplinar Se a Administração punir um particular que tenha VÍNCULO JURÍDICO com a ADM PÚBLICA → Poder Disciplinar Se a Administração punir um particular → Poder de Polícia
744
Caio praticou uma conduta considerada proibida à luz da Lei n.º 8.112/1990, visto que não é permitido que um servidor mantenha, sob sua chefia imediata e no exercício de cargo de confiança, parente até o seu terceiro grau civil.
Gabarito: ERRADO. A primeira parte da assertiva está correta, Caio não poderia manter sua irmã sob sua chefia imediata por ser parente de segundo grau. Mas o trecho final da questão está errado ao afirmar que a proibição se estende até os parentes de terceiro grau, sendo que só se aplica aos que possuem parentesco de até segundo grau. Lei 8.112/90 " Art. 117. Ao servidor é proibido: VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;" NÃO CONFUNDIR COM LEI DO PROCESSO ADM FEDERAL ART. 20 SUSPEIÇÃO É TERCEIRO GRAU.
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A competência para a instauração e para o julgamento do processo administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública é passível de delegação, mas não de subdelegação.
certo. Lei 12.846 de 2013 - Art. 8 § 1º A competência para a instauração e o julgamento do processo administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
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A apuração da prática de ato de improbidade administrativa é realizada por comissão processante, que tem o dever de notificar o Ministério Público, o tribunal de contas e o conselho de contas da existência de procedimento administrativo em trâmite, relativo à prática de tais atos.
Gabarito: ERRADO. A obrigação de comunicar é ao Ministério Público, o tribunal de contas OU o conselho de contas. Lei n.º 8.429/1992 "Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.".
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Se a arma empregada para a prática do delito for de uso restrito ou proibido, a pena do roubo será aplicada em dobro.
CERTO Art. 157, § 2º-B. No roubo com utilização de arma há 3 causas de aumento de pena: Arma branca ➜ 1/3 até metade Arma de fogo➜ 2/3 Arma de fogo de uso restrito ou proibido ➜ DOBRO
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A vedação à aquisição de arma de fogo por menor de 25 anos não se aplica aos integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo.
errado. cespe 2024 Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6 desta Lei. VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei; IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental. AS EXCEÇÕES SO ABRANGEM OS CONCURSADOS QUE PORTEM ARMAS, NÃO ESTAO ABRANGIDOS OS VIGILANTES E DESPORTO.
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Se o crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido for praticado por um integrante das Forças Armadas, a pena aplicável a ele será aumentada da metade.
GABARITO: ERRADO Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6°, 7° e 8° desta Lei. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se: I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. O crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido está no art. 12. Logo, não há causa de aumento.
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Suponha que um cidadão penalmente imputável tenha ofendido dolosamente a integridade física de um desafeto, de tal forma que sua conduta resultou em risco de morte para o ofendido. Nessa situação, de acordo com a classificação das lesões corporais prevista no Código Penal, foi cometido o crime de lesão corporal grave.
Gabarito: C Mnemônicos salvam vidas! PIDA Lesão corporal grave, que pode ser caracterizada por: Perigo de vida Incapacidade para as atividades habituais por mais de 30 dias Debilidade permanente de membro, sentido ou função Aceleração do parto PEIDA Lesão corporal gravíssima, que pode ser caracterizada por: Perda ou inutilização de membro, sentido ou função Enfermidade incurável Incapacidade permanente para o trabalho Deformidade permanente Aborto
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Em uma ação penal, não enseja nulidade o reconhecimento fotográfico do acusado unicamente mediante a exibição de fotografias dele às testemunhas.
ERRADO. 1) O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no art. 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se encontra na condição de suspeito da prática de um crime; 2) À vista dos efeitos e dos riscos de um reconhecimento falho, a inobservância do procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado o reconhecimento em juízo; 3) Pode o magistrado realizar, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que observado o devido procedimento probatório, bem como pode ele se convencer da autoria delitiva a partir do exame de outras provas que não guardem relação de causa e efeito com o ato viciado de reconhecimento; 4) O reconhecimento do suspeito por simples exibição de fotografia(s) ao reconhecedor, a par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento pessoal, há de ser visto como etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal e, portanto, não pode servir como prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo. STJ. 6ª Turma. HC 598.886-SC, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/10/2020 (Info 684). TEMOS UM JULGADO MAIS RECENTE TAMBÉM NESSE SENTIDO. É nulo o reconhecimento fotográfico realizado através da apresentação informal de foto via aplicativo de mensagens. STJ. 6ª Turma. HC 817.270-RJ, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 6/8/2024 (Info 820).
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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na qualidade de órgão do Poder Judiciário com jurisdição em todo o território nacional, tem a atribuição de elaborar o Estatuto da Magistratura.
GAB E Erro 1: CNJ não possui jurisdição; Erro 2: o Estatuto da Magistratura é elaborado pelo STF
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As turmas recursais não compõem o rol constitucional de órgãos do Poder Judiciário.
certo. Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Fonte: CF Plus Vale lembrar que o CNJ apesar de ser órgão do poder judiciário não possui jurisdição
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A advocacia pública está inserida, no texto constitucional, entre as funções essenciais à justiça e, a exemplo da Defensoria Pública, goza das prerrogativas de autonomia funcional e administrativa e de iniciativa de proposta orçamentária.
ERRADO. A primeira parte da questão está correta: Funções Essenciais a Justiça é DAMA Defensoria Pública Advocacia Pública Ministério Público Advocacia Privada Entretanto, a advocacia pública não tem as prerrogativas da Defensoria Pública. Apesar de a advocacia pública ser uma das funções essenciais à justiça, ela não tem autonomia funcional nem administrativa, nem pode propor seu próprio orçamento. Essas prerrogativas são da Defensoria Pública. Lembrando que a advocacia pública está ligada ao chefe do Executivo
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O mandado de injunção é ação constitucional de cunho constitutivo, e não condenatório, sendo incabível a cominação de pena pecuniária pela continuidade da omissão legislativa.
O mandado de injunção é ação constitutiva; não é ação condenatória, não se presta a condenar o Congresso ao cumprimento de obrigação de fazer. Não cabe a cominação de pena pecuniária pela continuidade da omissão legislativa 4. Mandado de injunção não conhecido. (MI 689, Relator(a): EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 07-06-2006, DJ 18-08-2006 PP-00019 EMENT VOL-02243-01 PP-00001 RTJ VOL-00200-01 PP-00003 LEXSTF v. 28, n. 333, 2006, p. 139-143) Gab.: Certo
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De acordo com a CF, compete ao Ministério Público exercer os controles interno e externo da atividade policial.
ERRADO Exerce apenas o Controle Externo, sendo assim, o controle interno da polícia militar é o controle institucional que a própria polícia exerce sobre os seus membros. Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
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Os estados-membros podem instituir aglomerações urbanas e microrregiões mediante lei complementar, mas não regiões metropolitanas, já que a criação destas últimas depende de decisão de cada município
rrado. De acordo com o art. 25, § 3º, da Constituição Federal de 1988, os estados-membros podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões mediante lei complementar estadual, com o objetivo de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
758
No sistema penal brasileiro, a ilicitude é subjetiva, uma vez que sua configuração depende da capacidade de avaliação do agente acerca do caráter criminoso da conduta.
errado. pode cair na discursiva. A análise da afirmação sobre a ilicitude no sistema penal brasileiro deve considerar a distinção entre ilicitude e culpabilidade, conceitos fundamentais no direito penal. Ilicitude: A ilicitude é objetiva no direito penal brasileiro. Ela se refere à contrariedade de uma conduta à norma jurídica. Quando um comportamento está em desacordo com a lei penal, ele é considerado ilícito, independentemente das características pessoais do agente. A análise da ilicitude é, portanto, objetiva e baseada na conformidade do ato com a lei. A ilicitude pode ser afastada pela presença de causas justificantes, como legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito (art. 23 do Código Penal) Culpabilidade: A culpabilidade é subjetiva e avalia a reprovabilidade da conduta do agente, levando em conta a capacidade do agente de compreender o caráter ilícito do ato e de agir de acordo com essa compreensão. No direito penal brasileiro, a culpabilidade é analisada a partir de três elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. Portanto, a ilicitude não é subjetiva, como afirma a proposição. A ilicitude é objetiva e depende da violação de uma norma penal, enquanto a culpabilidade é a parte do juízo de reprovação que considera as características pessoais e a capacidade de entendimento do agente. Assim, a configuração da ilicitude não depende da capacidade de avaliação do agente sobre o caráter criminoso da conduta, mas sim de uma análise objetiva da conformidade do ato com a lei.
759
O excesso acidental ou fortuito é penalmente irrelevante, ao passo que o excesso inconsciente, também denominado exculpante, decorre de profunda alteração de ânimo do agente e exclui sua culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa.
Excesso inconsciente (também denominado excesso involuntário): ocorre quando o agente, inicialmente amparado por uma causa justificante, continua a agir, por erro, sem ter consciência da desnecessidade da continuação da conduta. pode derivar de erro de tipo ou erro de proibição. em dadas situações, pode excluir o dolo, ou, ainda, punir o agente pelo tipo culposo, se previsto em lei (elementos relacionados à exclusão da conduta, não da culpabilidade). Excesso exculpante: decorrente de medo, supresa ou perturbação de ânimo exclui a culpabilidade, com fundamento na inexigibilidade de conduta diversa.
760
No processo administrativo federal, é assegurado ao interessado ser intimado de todos os atos do processo.
Gabarito: ERRADO Lei 9784: Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse.
761
Caso o agente tenha sido condenado a pena privativa de liberdade igual a um ano e preencha os requisitos necessários para a substituição, a referida pena pode ser substituída por pena restritiva de direitos cumulada com a de multa.
errado. ) § 2 Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
762
Segundo o texto constitucional, a celebração de tratados internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional, é de competência
Art. 84. COMPETE PRIVATIVAMENTE ao PRESIDENTE DA REPÚBLICA: VIII - CELEBRAR tratados, convenções e atos internacionais, SUJEITOS a REFERENDO do Congresso Nacional. Parágrafo único. O Presidente da República PODERÁ DELEGAR as ATRIBUIÇÕES MENCIONADAS nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. Competências delegáveis ◊dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal e extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; ◊conceder indulto e comutar penas; e ◊prover cargos públicos federais, na forma da lei. O STF entende que a competência para exonerar ou demitir servidores também é delegável.
763
A apreciação dos atos de concessão de emissoras de rádio e televisão é de competência
exclusiva do Congresso Nacional.
764
I Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre custas dos serviços forenses. II Compete privativamente à União legislar sobre propaganda comercial. III Compete exclusivamente à União conceder anistia.
Todos os itens estão certos.
765
I Cabe reclamação constitucional quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão da suprema corte. II Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios. III Desmembramento de serventia de justiça não viola o princípio de vitaliciedade do serventuário.
ii e iii estão certos Súmulas do STF Súmula 734: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal. Súmula 733: Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios. Súmula 46: Desmembramento de serventia de justiça não viola o princípio de vitaliciedade do serventuário.
766
Vencimento é a remuneração do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei
GABARITO: ERRADO COMENTÁRIOS: Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei
767
A finalidade das comissões parlamentares de inquérito é exatamente a mesma das investigações criminais: apurar elementos de prova acerca de atos ilícitos.
ERRADA. As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) têm como finalidade investigar fatos determinados com relevância para a administração pública e o interesse público, mas não possuem exatamente a mesma finalidade das investigações criminais. Embora possam apurar atos ilícitos, as CPIs têm natureza predominantemente política e investigativa, não sendo órgãos do Poder Judiciário nem possuindo competência para aplicar sanções penais.
768