Síndrome Diarreica - Clínica Flashcards

(118 cards)

1
Q

Definição de diarreia

A

Aumento na frequência de evacuações, aumento do volume, fez-se não moldadas ou de conteúdo líquido e urgência ou desconforto abdominal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Como classificar as diarreias

A

Topografia, gravidade e duração

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Classificação da diarreia quanto a topografia

A
  • Alta (delgado): maior volume, menor frequência, não causa tenesmo
  • Baixa (colonica): menor volume, maior frequência, causa tenesmo
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como avaliar gravidade da síndrome diarreica

A
  • invasiva: com sangue, muco ou pus (disenteria)

- não invasiva: sem sangue, muco ou pus.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Principal marcador da etiologia da diarreia (tempo)

A
  • aguda: <3sem

- crônica: >3sem

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Mecanismos da diarreia

A

Osmótica, secretoria, inflamatoria e motilidade

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Diarreia aguda é igual a:

A

Infecção e intoxicação alimentar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Principal causa de diarreia aguda

A

Infecção viral. Rotavírus.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais os tipos de E. Cólica causadoras de diarreia e sua principal e suas complicações

A

Enterotoxigenica, enterohemorragica. Principal complicação é SHU (O157:H7)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Principal característica e complicacoes da diarreia por Shigella

A

Diarreia invasiva importante. Causa SHU e alterações do SNC.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Complicação da diarreia por campylobacter

A

Síndrome de guillain barre

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Complicação da diarreia por Salmonella

A

Infecção a distância (bacteremia)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Diarreia por Yersinia e seu diagnóstico diferencial

A

Causa adenite mesenterica que pode simular pseudoapendicite

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Clostridium difficile

A

Causa colite pseudomembranosa

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Característica da colite pseudomembranosa

A

Ocorre em pacientes internados. Forma espécie de membrana em toda a mucosa intestinal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Principal fator de risco para colite pseudomembranosa

A

Uso prévio de antibiótico (clindamicina, cefalosporina ou quinolona). Causa desarranjo da flora bacteriana. Demora 2-6 semanas para aparecimento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Diagnóstico da colite pseudomembranosa

A

Pesquisa de toxinas nas fezes / coprodutora / colonoscopia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Tratamento da colite pseudomembranosa

A

Sempre por VIA ORAL

  • Casos leves: metronidazol
  • Casos graves: vancomicina
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Agente etiológico da cólera

A

Vibrio cholerae

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Característica da cólera

A

Diarreia muuuuuuito volumosa, causadora de DESIDRATAÇÃO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Tratamento da cólera

A

Ciprofloxacino / azitromicina

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quando investigar diarreia aguda?

A

Sinais de alarme: desidratação, diarreia com sangue, idosos, febre >38,5, uso recente de ATB, ausência de melhora após 48h

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Como investigar diarreia?

A

Hemograma, bioquímica, e exame das fezes (cultura, parasitológico, elementos anormais)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Abordagem da diarreia aguda

A

Hidratação!!!
Loperamida (NÃO usar em casos de disenteria)
ATB? Se sinais de alarme: quinolona

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Parasitoses causadoras de eosinofilia
Helmintos!! Protozoários não.
26
Trofozoitas no EPF
Protozoário
27
Características dos protozoários
Unicelulares, não causam eosinofilia, 90% assintomáticos.
28
Diagnóstico de protozoários
Cistos ou trofozoitas no EPF
29
Tratamento dos protozoários
Nitroimidazolicos: metronidazol, secnidazol, tinidazol / nitazoxanida
30
Diferença entre a Amebiase e giardíase
- Amebiase: causada pelo E. Hystolitica. Invasivo (cólon), causa disenteria, ameboma (formação de grânulomas na parede do intestino), abcessos (por invasão da corrente sanguínea, pode ocorrer no fígado, cérebro) - Giardíase: causada pela G. Lamblia. Não invasivo (delgado), causa atapetamento da mucosa, causa de má absorção (dvd com doença celíaca)
31
Ciclo evolutivo dos protozoários
Cisto - trofozoitas - cisto
32
Helmintos que fazem ciclo pulmonar
``` Regra SANTA Strongyloides stercoralis Ancilostoma duodenale Nectar americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides ```
33
Diferença entre Ciclo de Looss e síndrome de Loeffler
O ciclo define a passagem das larvas e a síndrome consiste nos achados clínicos resultantes
34
Tratamento dos helmintos (em geral):
"...bendazol"
35
Agente causador da ascaridíase
Ascaris lumbricoides
36
Síndrome de Loeffler
Tosse seca, eosinofilia, infiltrado pulmonar migratório
37
Quadro clínico da ascaridíase
O verme tem instinto migrador, podendo sair por orifícios do corpo e entrar em orifícios como a via biliar ou ducto pancreático, levando a complicacoes
38
Complicação causada pelo grande número de ascaris lumbricoides
Subclasses intestinal. Principalmente na válvula ileocecal.
39
Diagnóstico da ascaridíase
Exame parasitológico de fezes
40
Tratamento da ascaridíase
Forma não complicada: benzoimidazolico (albendazol, mebendazol) Suboclusão intestinal: piperazina (bloqueador neuromuscular do verme) + óleo mineral; após a eliminação: bendazol
41
Agente da toxicariase
Toxocara canis
42
Ciclo de vida do Ascaris
Ovo --(ingestão)--> larva --> pulmão, vias aéreas e esôfago --> verme --(intestino)--> ovo
43
Sinônimo de toxicariase
Larva migrans visceral
44
Ciclo de vida do Toxocara
Cachorro (hospedeiro definitivo) --> ovo nas fezes --> criança (hospedeiro acidental) --> ingestão dos ovos --> larvas livres na circulação (quadro sistêmico) --> morrem sem completar o ciclo
45
Quadro clínico da toxicariase
Hepatomegalia / ciclo pulmonar / eosinofilia importante
46
Diagnóstico da Toxocaríase
Sorologia (Elisa). EPF NÃO!!!
47
Tratamento da Toxocaríase
Albendazol +- corticoide (diminuir inflamação sistêmica)
48
Agentes etiologicos da ancilostomiase
Ancylostoma duodenale e necator americanus
49
Ciclo da ancilostomiase
Verme -- (intestino) --> ovo --> larvas rabditoide e filarioide no solo --> pele --> pulmão, vvaa e esôfago --> verme
50
Quadro clínico da ancilostomiase
Anemia ferropriva. É um hematofago
51
Diagnóstico da ancilostomiase
EPF
52
Tratamento da ancilostomiase
"...bendazol"
53
Agente etiológico da estrogiloidiase
Strongyloides stercoralis
54
Ciclo da estrogiloidiase
Ovo --> larva --> verme --> ovo (intestino) --> larva rabditoide - -> filarioide (interior do intestino) - -> filarioide (solo) --> pele --> pulmão, vias aéreas, esôfago --> verme
55
Principal complicação da estrongiloidiase
Maturação das larvas rabditoide em filarioide no lúmen intestinal. Ocorre com uso de corticoides. Penetram a mucosa intestinal, carreando bactérias e levando a sepse. (Estrongiloidiase disseminada)
56
Quadro clínico da estrongiloidiase
Lesão cutânea, auto infestaçao (disseminada e sepse)
57
Diagnóstico de estrongiloidiase
EPF
58
Tratamento da estrongiloidiase
Ivermectina, albendazol, tiabendazol
59
Agente etiológico da esquistossomose
Schistosoma mansoni
60
Ciclo da esquistossomose
Ovo -- (água)--> miracidio --(caramujo)--> cercaria--> pele --> vasos mesentericos --> destino dos ovos: 1. Lúmen retal 2. Parede do reto 3. Retorno ao sistema porta
61
Febre de Katayama
Fase aguda da esquistossomose: febre, mialgia, hepatoesplenomegalia, adenopatia e eosinofilia
62
Fibrose de Symmers
Fibrose granulomatosa intra hepática pre sinusoidal, causada pelos ovos da esquistossomose
63
Forma crônica da esquistossomose
Marcada pela formação de grânulomas. Hipertensão porta, hipertensão pulmonar
64
Diagnóstico da esquistossomose
EPF (Após 40 dias da infecção), biópsia de reto (maio sensibilidade) ou sorologia (esquistossomose aguda)
65
Tratamento da esquistossomose
Praziquantel / Oxaminique
66
Como classificar os tipos de diarreia crônica
Diarreia por má absorção, diarreia inflamatoria, diarreia secretoria, diarreia por dismotilidade
67
Síndrome disabsortiva é marcada por
Má digestão, má absorção e defeito no transporte de nutrientes adequadamente digeridos
68
Formas clínicas da síndrome disabsortiva
Varia desde a forma clássica (com diarreia e esteatorreia) até quadros mais brandos (com distensão abdominal e alteração do hábito intestinal) e manifestações extra intestinais (anemia, osteoporose )
69
Como confirmar uma esteatorreia?
Teste direto ou indireto (sudam
70
Como é absorvida a gordura e a conquencia da má absorção?
Lipase (produção pancreática) e ácidos biliares. Esteatorreia.
71
Como é absorvida a proteina e a conquencia da má absorção?
Pepsina e tripsina. Edema (perda proteica).
72
Como é absorvido o carboidrato e a conquencia da má absorção?
Amilase e dissacaridase. Flatulência e fezes ácidas.
73
Como é absorvida o ferro e a conquencia da má absorção?
Duodeno e jejuno. Anemia ferropriva.
74
Como é absorvida o ácido fólico e a conquencia da má absorção?
Duodeno e jejuno. Anemia megaloblastica.
75
Como é absorvida a vitamina B12 e a conquencia da má absorção?
Ligante R, fator intrínseco e íleo terminal. Anemia megaloblastica + alterações neurológicas.
76
Como sao absorvidas as vitaminas A E D K e a conquencia da má absorção?
Com a gordura. Podem levar à cegueira, ataxia, osteopenia e coagulopatia.
77
Tripé da doença celíaca
Genética + glúten + fator ambiental
78
Como é a clínica da doença celíaca?
Extremamente variável. Vai desde quadros assintomáticos, a disaborçao parcial, disabsorçao total, miopatia, paranoia, depressao
79
Quais as condições associadas com doença celíaca?
DERMATITE HERPETIFORME, sd de down
80
Dermatite HERPETIFORME é encontrada em
Doença celíaca
81
Padrão ouro para diagnóstico de doença celíaca
Biópsia de duodeno
82
Achado histopatologico da biópsia de duodeno na doença celíaca
Atrofia de vilosidades + hiperplasia de criptas
83
Como dar o diagnóstico de doença celíaca
Alterações histopatologicas desaparecerem após início de dieta sem glúten
84
Sorologia da Doença Celíaca
Antigliadina IgA e IgG Antiendomisio IgA Antitransglutaminase tecidual IgA (melhor para rastreio)
85
Tratamento da doença celíaca
Excluir glúten da dieta
86
Agente etiológico da doença de Whipple
Tropheryma whipplei. Vive no sono.
87
Quadro clínico da doença de Whipple
Esteatorreia, dor abdominal, emagrecimento, artralgia/artrite, doença neurológica (mioarritimia oculomastigatoria)
88
Sinal patognomônico da doença de Whipple
Mioarritimia oculomastigatoria
89
Características da Doença de Crohn
Acomete da boca ao anus, transmural, principalmente em íleo terminal, pode fistulizar, saltatória
90
Características da Retocolite Ulcerativa
Restrita a mucosa, ascendente, acomete reto e cólon, continua e ascendente, causa colite desinterica
91
Complicacoes da RCU
Colite tóxica, megacolon toxico, perfuração e câncer
92
Complicações da Doença de Crohn
Estenoses, fistula, abcessos, doenças perianais
93
Quais são as manifestações cutâneas das doenças intestinais inflamatórias?
Eritema nodoso e pioderma gangrenoso (RCU) (relacionadas com atividade de doença)
94
Manifestações articulares das DII
Artrite periférica (DC) e sacroileite
95
Manifestações hepatobiliares das DII
Cálculo biliar (DC) e colangite esclerosantes (RCU)
96
Exame de escolha para diagnóstico de DII
Exame endoscópico + biópsia Achados: DC: pedra de calçamento, úlceras. RCU: mucosa eritematoso, friável, edemaciada.
97
Achados histopatologicos de DII
DC: grânulomas não caseoso RCU: criptite
98
Sorologias das DII
DC: ASCA + e pANCA - RCU: ASCA - e pANCA +
99
Arsenal terapêutico das DII
Aminossalicilatos: utilizado para remissao e manutenção Corticoides: remissao em casos moderados a graves Azatioprina ou 6-mercatopurina: imunomoduladores Metotrexate e ciclofosfamida: imunomoduladores Infliximab: terapia imunobiológica ATB: casos de DC perianais e fistulizantes
100
Tratamento cirúrgico da RCU. Indicações e tipos.
RCUrativa Indicada em casos refratários, com complicações e câncer/displasia. Eletiva: proctocolectomia com IPAA Urgência: coletomia a Hartmann
101
Indicações de cirurgia na DC
CrohnPLICAÇÕES! Ressecçao local com anastomose primária
102
Clínica da síndrome do intestino irritável
Dor abdominal + diarreia/constipação + ausência de causas orgânicas
103
Critérios de Roma IV
Diagnóstico de SII. EXCLUSÃO! Dor abdominal 1x/sem por 3m + 2 dos 3: melhora com evacuação, alteração da consistência das fezes, alteração da frequência de evacuações
104
Necessidade básica diária de glicose
400kcal. 1g de glicose = 4kcal. Sg5%: 5g em 100ml.
105
Necessidade diária de sódio
1-2 mEq/kg/dia | NaCl 20%: 1ml -3,4mEq
106
Necessidade diaria de potássio
40-80mEq/dia. | KCl 10%: 1ml - 1,34mEq
107
Necessidade diária de magnésio
10-20mEq/dia | MgSO4 10%: 1ml - 0,8mEq
108
Principais localizações do tumor neuroendócrino intestinal(tumor carcinoide) e sua característica
Localizam-se principalmente no apêndice, jejunoileo é reto. São tumores pequenos, bem diferenciados de crescimento indolente
109
O que os tumores carcinoides produzem
Produtores de diversos produtos: histamina, dopamina, somatostatina, prostaglandina, gastrina. Principal produto: SEROTONINA
110
Principal sítio de metástases
Fígado
111
Síndrome carcinoide
Flush + diarreia + lesão orovolvar
112
Diagnóstico do tumor carcinoide e como encontrar anatomicamente
Dosagem urinária do 5HIAA (metabólito da serotonina). Para encontrar usar o Octreoscan
113
Em que consiste o tratamento do tumor carcinoide
- Ressecando o tumor: < 1cm: ressecção intestinal > 2cm: pelo alto risco de metastase faz ressecção ampla intestinal e do mesenterio - Comtrole dos sintomas: octreotide
114
Síndrome de Verner Morrison
vipoma
115
Característica do vipoma
Tumor neuroendócrino, localizado no pâncreas, que libera VIP, que causa secreção de fluidos e eletrólitos para o lumen intestinal
116
Quadro clínico do vipoma
Fezes volumosas com distúrbio hidroeletroliticos
117
Diagnóstico do vipoma e como encontrar o tumor
Dosagem de vip + diarreia. Localizar o tumor: Octreoscan
118
Tratamento do vipoma
Clínico: octreotide | Cirúrgico: deve ser tentado a todos os pacientes